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ISTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faculdade de Economia e Gestão

Curso de Contabilidade e Auditoria

Contabilização dos Investimentos Financeiros

Antónia Simão Manuel Saize: 81190569

Pemba, Março de 2023


ISTITUTO SUPERIOR DE CIENCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faculdade de Economia e Gestão

Curso de Contabilidade e Auditoria

Contabilização dos Investimentos Financeiros

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Contabilidade
e Auditoria da UnI\SCED.

Tutores: Fernando da Costa

Tarcila Sorte

Magno Elias

Antónia Simão Manuel Saize: 81190569

Pemba, Março de 2023


Índice

Introdução ................................................................................................................... 4

1.0. CONTABILIZAÇÃO DOS INVESTIMENTOS FINANCEIROS .............................. 5

1.1. Investimentos financeiros ..................................................................................... 5

1.2. Investimentos em associadas .............................................................................. 5

1.3. Entidades conjuntamente controladas ................................................................. 6

1.4. Investimentos em Subsidiárias e Aplicação do Método da Equivalência


Patrimonial .................................................................................................................. 7

1.4.1. Investimento em Subsidiárias ............................................................................ 7

1.4.2. Método da Equivalência Patrimonial ................................................................. 8

1.4.2.1. Reconhecimento e Mensuração ..................................................................... 8

Exercícios .................................................................................................................... 9

Conclusão ................................................................................................................. 11

Bibliografia................................................................................................................. 12
4

Introdução

O presente trabalho da cadeira de consolidação de demostrações, aborda sobre a


Contabilização dos Investimentos Financeiros, pois este que é o assunto principal e
como desenvolvimento tem o investimento em associadas, entidades conjuntamente
controladas, subsidiarias e aplicação do Método de Equivalência Patrimonial, este
trabalho foi feito na forma de ensaio contendo os exercícios do MEP.

Objectivos

Objectivo geral

 Abordar sobre a contabilização dos investimentos financeiros.

Objectivos específicos

 Definir os conceitos: Investimento Financeiro, Investimento em Associados,


Entidades Conjuntamente Controladas e Investimento em Subsidiárias;
 Abordar sobre o Método da Equivalência Patrimonial;
 Apresentar alguns exercícios sobre a Contabilização dos Investimentos
Financeiros.

Metodologia e Estrutura do Trabalho

Para o efeito do trabalho teve-se como base no método de pesquisa bibliográfico e


quanto a estrutura o trabalho apresenta: capa, folha de rosto, índice, introdução,
desenvolvimento, considerações finais e bibliografia.
5

1.0. CONTABILIZAÇÃO DOS INVESTIMENTOS FINANCEIROS

1.1. Investimentos financeiros

De acordo com Reilly e Brown (2003), “um investimento é o comprometimento de


dinheiro por um período de tempo, visando pagamentos futuros que irão compensar
o processo decorrido”.

Ainda segundo este autor “os investimentos podem ser realizados por um individuo,
ente governamental, fundo de pensão ou organização”.

“E ao realizar um investimento financeiro, é preciso identificar algumas metas, tais


como: o tempo no qual o capital será investido, objectivo do investimento, entre outros
aspectos” (Halfeld, 2007).

Neste caso, investimentos financeiros é todo investimento que se destina a adquirir


direitos sobre determinados activos de modo que estes possam gerar potenciais
rendimentos no futuro.

Carvalho (2011) estabelece que “de acordo com o controlo exercido sobre as
participações os investimentos financeiros subdividem-se em: subsidiária (Empresas
do Grupo), Entidades conjuntamente controladas, associadas, outras empresas”
(p.18).

Ainda segundo este autor, “no que se refere aos investimentos financeiros os aspectos
mais relevantes para efeito de IRC estão relacionados com: Perdas por imparidade;
Efeitos da aplicação do método da equivalência patrimonial; Mais-valias e menos-
valias; Dividendos” (p.42).

1.2. Investimentos em associadas

PARPÚBLICA (2019) considera associadas “todas as entidades sobre as quais o


Grupo exerça influência significativa e que não sejam subsidiárias nem interesses em
empreendimentos conjuntos”.

Ainda segundo PARPÚBLICA (2019) a influência significativa foi considerada como


sendo o poder de participar nas decisões das políticas financeiras e operacionais das
associadas não constituindo controlo nem controlo conjunto sobre essas políticas.
Considerou-se a existência de influência significativa quando a PARPÚBLICA detém,
direta ou indiretamente, 20% ou mais do poder de voto da investida, ou quando detém
direitos especiais de voto.
6

Neste caso as associadas são contabilizadas pelo método da equivalência


patrimonial, pelo qual o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e é depois
ajustado em função da evolução pós-aquisição da quota-parte dos ativos líquidos das
participadas detidas pelo Grupo. Os resultados do Grupo incluem a sua quota-parte
nos resultados das investidas e o outro rendimento integral do Grupo inclui a sua
quota-parte no outro rendimento integral da investida.

Para Carvalho (2011), considera-se investimentos em associadas:

Quando um investidor tenha influência significativa sobre uma entidade (aqui se


incluindo as entidades que não sejam constituídas em forma de sociedade, como, p.
ex., as parcerias) que não seja nem uma subsidiária nem um interesse num
empreendimento. A percentagem de participação, normalmente, é superior a 20% e
inferior a 50% (p.18).

E de acordo com a Norma Internacional de Contabilidade 28, na contabilização de


Investimentos em Associadas, neste método o investimento é registado na empresa
mãe ao custo.

E “os resultados positivos apenas são reconhecidos até ao momento em que recebe
distribuição dos lucros líquidos acumulados da participada subsequente à data de
aquisição” (§ 4, NIC 28 apud Carvalho, 2011).

1.3. Entidades conjuntamente controladas

No entender de Carvalho (2011), “entidades conjuntamente controladas são as


entidades que desenvolvem uma actividade económica empreendida por dois ou mais
parceiros, sujeita a controlo conjunto destes mediante um acordo contratual” (p.18).

E para um empreendimento ser reconhecido como entidade conjuntamente


controlada, é exigida a constituição ou aquisição de uma terceira entidade pelos
empreendedores intervenientes, que funcionará de forma análoga a qualquer outra
entidade e controlará os ativos do empreendimento conjunto. Neste sentido uma
entidade conjuntamente controlada tem capacidade jurídica e económica, o que
significa que poderá fazer contratos em seu nome ou obter financiamento para a
atividade do empreendimento conjunto.

Este tipo de entidades diferencia-se das demais pela existência de acordo contratual.
Tal acordo estabelece o Controlo Conjunto da sua atividade económica, partilhado
entre dois ou mais empreendedores, instituindo aspeto caracterizador e obrigatório
para que tal entidade seja considerada como empreendimento conjunto
7

E a aplicação do MEP em entidades conjuntamente controladas é feita tendo por base


os mesmos procedimentos aplicados para o reconhecimento de investimentos em
associadas e subsidiárias.

1.4. Investimentos em Subsidiárias e Aplicação do Método da Equivalência


Patrimonial

1.4.1. Investimento em Subsidiárias

Martins e Macedo (2012) afirmam que “para que uma entidade seja classificada como
sendo subsidiária, é necessário que nela se verifique a existência de um Controlo
Exclusivo, exercido por outra entidade a que se chama empresa-mãe” (p.21).

Este autor ainda sustenta que este tipo de investimento deve ser contabilizado pela
empresa mãe, nas suas contas individuais, pelo Método da Equivalência Patrimonial,
devendo ser descontinuado, se existirem restrições severas e douradoras, que
prejudiquem a transferência de fundos da participada para a participante, devendo
nesses casos ser usado o MC.

Neste caso, presume-se que exista Influência Dominante, quando a percentagem de


participação detida é superior a 50% dos direitos de voto da sociedade filial, sendo
por isso, à semelhança da Influência Significativa, necessária a avaliação dos
potenciais direitos de voto, quando se verifica a existência ou não de Controlo
Exclusivo.

E mesmo que a percentagem de direitos de voto seja inferior a 50%, pode existir
controlo através de acordos com os restantes acionistas, por contrato ou por outras
circunstâncias, que concedam ao investidor o poder dominante na gestão das políticas
financeiras e operacionais da investida.

“Uma empresa-mãe ou a sua subsidiária pode ser um investidor ou um empreendedor


numa entidade conjuntamente controlada” (§5 NCRF 15 apud Carvalho, 2011, p.27).

E segundo Carvalho (2011), “subsidiária é uma entidade (e não tem que ser
necessariamente entidades constituídas em forma de sociedade) que é controlada por
outra entidade (empresa-mãe)” (p.18).

Ainda na visão deste autor:

Investimento subsidiária (Empresas do Grupo) é quando uma entidade (aqui se


incluindo entidades não constituídas em forma de sociedade, como, p. ex., as
8

parcerias) é controlada por uma outra entidade (designada por empresa-mãe).


Normalmente a percentagem de participação é superior a 50% (p.21).

1.4.2. Método da Equivalência Patrimonial

Segundo Carvalho (2011), “método da equivalência patrimonial é um método de


contabilização pelo qual o investimento ou interesse é inicialmente reconhecido pelo
custo e posteriormente ajustado em função das alterações verificadas, após a
aquisição na quota-parte do investidor” (p.18).

Nas entidades conjuntamente controladas adopta-se o método da equivalência


patrimonial, se a entidade for obrigada a elaborar contas consolidadas, ou o método
da consolidação proporcional, se a entidade não apresentar contas consolidadas. No
normativo IAS/IFRS esses investimentos são mensurados pelo custo ou pelo justo
valor. (Rodrigues, 2009, p.822 – 823).

1.4.2.1. Reconhecimento e Mensuração

O atual normativo do SNC torna obrigatório o uso do MEP, quando são contabilizados
investimentos em empresas associadas ou subsidiárias.

“Os procedimentos usados na contabilização da aquisição de participações em


associadas e subsidiárias são semelhantes entre si, pelo que, a partir da data que tal
investimento se torne uma associada ou subsidiária, deve ser aplicado o MEP”
(NCRF).

Contudo, se existirem restrições severas e douradoras que prejudiquem


significativamente a capacidade de transferência de fundos para a investidora, o MEP
deve ser descontinuado, devendo ser usado como método alternativo, o MC.

Inicialmente, o investimento nestas entidades é reconhecido pelo seu custo na conta


3.1 Investimentos Financeiros, sendo a sua quantia escriturada aumentada ou
diminuída para evidenciar a parte do investidor nos resultados da investida ou
quaisquer outros acontecimentos que obriguem a ajustamentos dessa mesma
quantia.

De acordo com o MEP, a entidade participante deve reconhecer nos seus resultados
a parte que lhe compete nos resultados da investida. No final de cada período,
procede-se ao reconhecimento da parte do investidor nos resultados apurados pela
entidade participada, ou seja, respeitando o princípio do acréscimo, a entidade
detentora deve reconhecer nos seus resultados, a sua quota-parte dos resultados da
investida, usando para o efeito a percentagem de participação detida.
9

Exercícios

A empresa Sempre a Subir lda, subscreveu e realizou uma participação de 30% por
1.500,00 na sociedade Juntos para Sempre, que cujo capital era composto por 5.000
acções de valor nominal 1,5.

Sabendo-se que:

 A juntos para sempre lda, apresentou resultados positivos de 1.700 no dia


31/12/2018
 A sempre a subir recebeu dividendos no valor de 75 em 2019
 No dia 31/12/2019, foram apurados resultados negativos de 150

Sempre a subir lda

Março de 2020

3.1. Investimentos Financeiros


A
3.1.1. Investimentos em subsidiarias 1.500,00

1.2. Bancos

1.2.1. Depósitos à ordem 1.500,00

P/ subscrição e realização da participação

3.1. Investimentos Financeiros

3.1.1. Investimentos em subsidiarias 510,00

7.8. Rendimentos e ganhos financeiros

7.8.9. Outros rendimentos e ganhos


financeiros

7.8.9.1. Juntos pra sempre 510,00


P/ quota-parte nos resultados

1.2 Bancos

1.2.1. Depósitos à ordem 75,00

3.1. Investimentos Financeiros


10

p/ montante de dividendos 75,00

6.9. Gastos e perdas financeiros

6.9.8. Outros gastos e perdas financeiras 45,00

3.1. Investimentos financeiros

p/ quota-parte nos resultados 45,00

Concluindo, pode perceber-se de que o MEP, é usado no investimentos em


associadas, pois para usar a equivalência patrimonial é necessário que a empresa
mãe tenha uma participação superior a 20% .
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Conclusão

Em conclusão, podemos inferir que um investimento é o comprometimento de dinheiro


por um período de tempo, visando pagamentos futuros que irão compensar o
processo decorrido. O investimento financeiro é todo investimento que se destina a
adquirir direitos sobre determinados activos de modo que estes possam gerar
potenciais rendimentos no futuro. E considera-se investimentos em associadas
quando um investidor tenha influência significativa sobre uma entidade (aqui se
incluindo as entidades que não sejam constituídas em forma de sociedade, como, p.
ex., as parcerias) que não seja nem uma subsidiária nem um interesse num
empreendimento. A percentagem de participação, normalmente, é superior a 20% e
inferior a 50%. Entidades conjuntamente controladas são as entidades que
desenvolvem uma actividade económica empreendida por dois ou mais parceiros,
sujeita a controlo conjunto destes mediante um acordo contratual. E Investimento
subsidiária (Empresas do Grupo) é quando uma entidade (aqui se incluindo entidades
não constituídas em forma de sociedade, como, p. ex., as parcerias) é controlada por
uma outra entidade (designada por empresa-mãe). Normalmente a percentagem de
participação é superior a 50%. Portanto, dentro destes investimentos encontramos o
método da equivalência patrimonial que é um método de contabilização pelo qual o
investimento ou interesse é inicialmente reconhecido pelo custo e posteriormente
ajustado em função das alterações verificadas, após a aquisição na quota-parte do
investidor.
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Bibliografia

Carvalho, Á. M. S. (2011). A NCRF 15 – Investimentos em Subsidiários e


Consolidação e implicações Físicas e de Auditoria. Porto: Instituto superior
Politécnico do Porto.

Halfeld, M. (2007). Investimentos: como administrar melhor seu dinheiro. São Paulo,
Brasil: Editora Fundamento Educacional.

Martins, A. C. & Macedo, S. (2012). Introdução à consolidação de contas: sua


problemática. Universidade de Aveiro: Instituto Superior de Contabilidade e
Administração.

PARPÚBLICA, participações públicas (SGPS) S.A. (2019). Relatório e contas


consolidadas.

Reilly, F. & Brown, K. C. (2003). Investment analysis and portifolio management. (7ª
ed.). Othio: Editor Thomson Learning.

Rodrigues, J. (2009). Sistema de Normalização Contabilística Explicado. Porto


Editora.

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