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Definição
As Demonstrações Financeiras Consolidadas são o agrupamento das demonstrações
financeiras da entidade controladora (mãe) com as demonstrações financeiras separadas
das subsidiárias a serem apresentadas como uma única entidade econômica.
Objectivos
A finalidade das informações financeiras consolidadas “pro forma” é a de
exclusivamente ilustrar o impacto da Combinação relevante sobre as informações
financeiras históricas consolidadas da Companhia, como se a Combinação tivesse
ocorrido na data mencionada anteriormente, selecionada para propósito ilustrativo
Principais Termos para a Avaliação da Elaboração das Demonstrações Financeiras
Consolidadas
Controle
De acordo com as NIIF (Normas Internacionais de Informação Financeira) 10, as
“Demonstrações Financeiras Consolidadas”, uma entidade controla quando tem poder
sobre outras entidades, tem direitos a retornos variáveis, e a capacidade de influenciar
em retornos através de seu poder sobre eles.
Procuração
Uma entidade (matriz) tem poder sobre uma ou mais entidades quando tem direitos que
lhe dão a capacidade presente de dirigir as atividades relevantes, ou seja, as atividades
que afetam significativamente os retornos de uma ou mais entidades (subsidiárias).
Subsidiárias
São entidades controladas por outra.
Quando uma entidade deve consolidar suas demonstrações financeiras com as entidades
que esta controla?
Se uma entidade prepara suas demonstrações financeiras em conformidade com as NIIF,
emitidas pelo International Accounting Standards Board ou Conselho de Normas
Internacionais de Contabilidade (IASB), e tem controle e poder sobre uma ou mais
entidades, exigindo a consolidação das demonstrações financeiras em conformidade
com as NIIF N°. 10 “Demonstrações Financeiras Consolidadas”.
É possível que uma Empresa-Mãe não consolide suas Demonstrações Financeiras com
uma ou mais entidades?
De acordo com a IFRS 10, uma entidade controladora não precisa consolidar suas
demonstrações financeiras consolidadas se atender a todas as condições a seguir:
A empresa-mãe informou, sem objeção, que as subsidiárias e outros proprietários (sem
direito a voto) não apresentarão Demonstrações Financeiras Consolidadas.
Seus instrumentos de dívida ou de capital não são negociados em um mercado público,
seja em uma bolsa de valores local ou estrangeira.
Ela não apresenta suas demonstrações financeiras a uma organização reguladora, nem
no processo.
Sua empresa-mãe final prepara demonstrações financeiras consolidadas.
Considerações na elaboração das Demonstrações Financeiras Consolidadas
As demonstrações financeiras consolidadas devem ter a mesma estrutura contábil.
A entidade controladora deve apresentar participações não-controladoras na
demonstração consolidada da posição financeira, dentro do patrimônio líquido,
separadamente do patrimônio líquido dos proprietários da entidade controladora.
Partes similares de ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas são
combinadas.
O valor do investimento da empresa-mãe em cada subsidiária e a participação da
primeira no patrimônio líquido de cada subsidiária são compensados (eliminados).
Ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa intragrupo
relacionados a transações entre entidades do grupo são eliminados em sua totalidad
vantagem de preparar e apresentar Demonstrações Financeiras Consolidadas?
Quando uma entidade controladora (mãe) cumpre com todas as NIIF e consolida suas
demonstrações financeiras com uma ou mais entidades nas quais mantém controle e
poder, esta permitirá em um único conjunto de demonstrações financeiras, informar os
proprietários e outros usuários sobre a situação econômica e o desempenho do Grupo.
Da mesma forma, ter demonstrações financeiras consolidadas permitirá ao Grupo
participar de processos de licitação com entidades privadas e estatais. Também ajudará
ao Grupo a obter novos financiamentos de entidades bancárias.
Noção de consolidação
A consolidação de contas pode ser assumida como a agregação de contas individuais,
após homogeneização, de entidades pertencentes a um grupo de sociedade. Esta
agregação permite
transmitir informações fiáveis e relevantes sobre a situação patrimonial, financeira e
outras, desse grupo como se de uma única entidade se tratasse.
Importa então saber como se carateriza um grupo de sociedades. O grupo de sociedades
consiste num conjunto de entidades ligadas financeira e economicamente a uma
empresa-mãe que, sendo a “cabeça” do grupo, controla e dirige cada uma dessas
entidades, sem que estas percam a autonomia jurídica.
Assim, o grupo de sociedade será constituído por uma variedade de sociedades, nas
quais a entidade-mãe terá diferentes posições, isto significa que, para cada entidade
definida no grupo de sociedade, será associado um determinado tipo de controlo.
A noção de grupo vem descrita pela norma nacional, assumindo-o como “conjunto
constituído pela empresa mãe e todas as suas subsidiárias” (§ 4 NCRF 15).
Esta definição está incompleta pois apenas incluí no grupo de sociedade, a empresa-mãe
e as suas subsidiárias, deixando de fora entidades associadas e empreendimentos
conjuntos.
Assim, a noção de grupo apresentada, deve ser ampliada, de forma a incluir todas as
entidades nas quais a
empresa-mãe detenha Influência Significativa, Controlo Exclusivo ou Controlo
Conjunto.
Para que tal seja possível, é essencial que seja determinado a percentagem de controlo
detida pela empresa-mãe nas suas participadas, pois será esse o critério de seleção que
vai determinar que empresas devem ser consolidadas e qual o método de consolidação a
adotar.
Como iremos analisar no capítulo seguinte, existem empresas participadas excluídas da
consolidação e empresa-mãe dispensada da prestação de contas consolidadas. Isto é, o
grupo de sociedade defendido anteriormente pode ser alterado, para efeitos de
consolidação.
O Decreto-Lei n.º 158/2009 de 13 de Julho, que aprova o SNC, estipula condições de
obrigatoriedade e dispensa da prestação de contas consolidadas por parte da empresa-
mãe, nos seus artigos 6º e 7º, assumindo também hipóteses de exclusão do perímetro de
consolidação de participadas pelo artigo 8º. Após levantamento das empresas que
constituem o grupo de sociedade e avaliação das condições de obrigatoriedade, dispensa
e exclusão do presente decreto, será “desenhado” um organigrama representativo do
grupo, denominado de “Perímetro de consolidação”. De uma forma sumária, o processo
de consolidação de contas, passa pela combinação de DF individuais de todas as
entidades pertencentes ao perímetro de consolidação, sendo feita da base para o topo do
perímetro. A consolidação é feita depois destas DF serem devidamente
harmonizadas, quer em termos de procedimentos e políticas contabilísticas, quer
monetariamente, quando falamos de entidades com moeda de relato diferente.
Não obstante dessa harmonização, deverão ser ainda aplicados, na preparação das DFC ,
os procedimentos descritos nos parágrafos 12 a 26, da NCRF 15, com o objetivo de que
as DFC apresentem informação do grupo como se de uma única entidade se tratasse.
As DFC compreendem:
— Balanço;
— Demonstração dos Resultados;
— Anexo ao Balanço e Demonstração dos Resultados;
— Relatório de gestão (csc 508 Bº);
— Mapa de origem e da aplicação de fundos (recomendado);
— Demonstração de fluxos de caixa (obrigatório para as empresas cotadas na Bolsa
de Valores).
1) Introdução:
Amigos, o tema de hoje é grupo de sociedades... Grupo de sociedades nada mais é que
a união de empresas através de uma convenção, onde se obrigam a combinar recursos ou
esforços para a realização dos respectivos objetos, ou a participar de atividades ou
empreendimentos comuns.
Registra-se que o grupo de sociedades não possui personalidade jurídica própria mesmo
que sua constituição seja registrada na Junta Comercial. Portanto, o grupo de sociedade
possui designação própria.
Base Legal: Art. 265, caput da Lei nº 6.404/1976 e; Instrução Normativa Drei nº 81/2020 (Checado pela
Valor em 07/06/21).
2) Características e natureza:
O grupo de sociedades é uma forma de concentração de empresas, podendo ser do
mesmo tipo jurídico ou não. Portanto, o grupo pode ser constituído por sociedades por
quotas de responsabilidade limitada (Ltda.), sociedades anônimas, Empresa Individual de
Responsabilidade Limitada (Eirei), etc.
A Lei nº 6.404/1976 que, conforme já comentado, ampara a sua constituição, diz que a
sociedade controladora e suas controladas podem constituir grupo de sociedades,
mediante convenção pela qual se obriguem a combinar recursos ou esforços para a
realização dos respectivos objetos ou a participar de atividades ou empreendimentos
comuns.
A característica fundamental do grupo de sociedades é que as empresas dele
participantes mantêm personalidades jurídicas próprias, embora fiquem subordinadas a
uma política econômica centralizada na sociedade de comando, também conhecida por
sociedade controladora ou empresa-mãe (1). Além disso, a sociedade de comando do
grupo deve ser brasileira e exercer, direta ou indiretamente, e de modo permanente, o
controle das sociedades filiadas, como titular de direitos de sócio ou acionista, ou mediante
acordo com outros sócios ou acionistas.
Portanto, considerando que cada sociedade participante do grupo conserva personalidade
e patrimônio distintos, não se presume responsabilidade solidária das sociedades do
mesmo grupo (1).
A participação recíproca das sociedades do grupo obedecerá ao disposto no artigo 244 da
Lei nº 6.404/1976, que assim estabelece:
Base Legal: Arts. 244, 265 e 266 da Lei nº 6.404/1976 e; Art. 86 da Instrução Normativa Drei nº 81/2020
(Checado pela Valor em 07/06/21).
2.1) Designação:
O grupo de sociedades terá designação de que constarão as palavras "grupo de
sociedades" ou "grupo". Somente os grupos organizados de acordo com as disposições
da Lei nº 6.404/1976 poderão usar designação com as palavras "grupo" ou "grupo de
sociedade".
Base Legal: Art. 267 da Lei nº 6.404/1976 (Checado pela Valor em 07/06/21).
Base Legal: Art. 269 da Lei nº 6.404/1976 e; Art. 87 da Instrução Normativa Drei nº 81/2020 (Checado
pela Valor em 07/06/21).
Ressalta-se que no caso das sociedades anônimas (companhia), o artigo 136, V da Lei nº
6.404/1976 exige, para participação em um grupo de sociedades, a aprovação de
acionistas que representem metade, no mínimo, das ações com direito a voto para
deliberação de participação em grupo de sociedades, ressalvadas:
a. a observância de quórum maior exigido pelo estatuto da companhia cujas
ações não estejam admitidas à negociação em bolsa ou no mercado de
balcão (companhia fechada); e
b. a possibilidade de redução do quórum qualificado, mediante autorização
da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no caso de companhia aberta
com a propriedade das ações dispersa no mercado, e cujas 3 (três)
últimas assembleias tenham sido realizadas com a presença de
acionistas representando menos da metade das ações com direito a voto.
Neste caso, a autorização da CVM será mencionada nos avisos de
convocação e a deliberação com quórum reduzido somente poderá ser
adotada em terceira convocação.
Já no caso das sociedades limitadas que participarem de um grupo de sociedades, será
necessária a aprovação da convenção e da alteração do contrato social por sócios titulares
de quotas que representem, no mínimo, 3/4 (três quartos) do capital social.
Base Legal: Art. 268 da Lei nº 6.404/1976 e; Art. 88 da Instrução Normativa Drei nº 81/2020 (Checado
pela Valor em 07/06/21).
4) Estrutura administrativa:
4.1) Administradores do grupo:
A convenção deve definir a estrutura administrativa do grupo de sociedades, podendo criar
órgãos de deliberação colegiada e cargos de direção-geral.
Base Legal: Art. 272 da Lei nº 6.404/1976 (Checado pela Valor em 07/06/21).
Base Legal: Art. 273 da Lei nº 6.404/1976 (Checado pela Valor em 07/06/21).
4.3) Remuneração:
Os administradores do grupo e os investidos em cargos de mais de uma sociedade
poderão ter a sua remuneração rateada entre as diversas sociedades, e a gratificação dos
administradores, se houver, poderá ser fixada, dentro dos limites do artigo 152, § 1º da Lei
nº 6.404/1976 com base nos resultados apurados nas demonstrações financeiras
consolidadas do grupo.
Art. 152. (...)
1º O estatuto da companhia que fixar o dividendo obrigatório em 25% (vinte e cinco por cento)
ou mais do lucro líquido, pode atribuir aos administradores participação no lucro da companhia,
desde que o seu total não ultrapasse a remuneração anual dos administradores nem 0,1 (um
décimo) dos lucros (artigo 190), prevalecendo o limite que for menor.
(...)
Base Legal: Arts. 152, § 1º e 274 da Lei nº 6.404/1976 (Checado pela Valor em 07/06/21).
5) Demonstrações Financeiras:
O grupo de sociedades publicará, além das demonstrações financeiras referentes a cada
uma das companhias que o compõem, demonstrações consolidadas, compreendendo
todas as sociedades do grupo, elaboradas com observância do disposto no artigo 250 da
Lei nº 6.404/1976:
Normas sobre Consolidação
Art. 250. Das demonstrações financeiras consolidadas serão excluídas:
I - as participações de uma sociedade em outra;
II - os saldos de quaisquer contas entre as sociedades;
III – as parcelas dos resultados do exercício, dos lucros ou prejuízos acumulados e do custo de
estoques ou do ativo não circulante que corresponderem a resultados, ainda não realizados, de
negócios entre as sociedades.
1º A participação dos acionistas não controladores no patrimônio líquido e no lucro do
exercício será destacada, respectivamente, no balanço patrimonial e na demonstração do
resultado do exercício.
2º A parcela do custo de aquisição do investimento em controlada, que não for absorvida na
consolidação, deverá ser mantida no ativo não circulante, com dedução da provisão adequada
para perdas já comprovadas, e será objeto de nota explicativa.
3º O valor da participação que exceder do custo de aquisição constituirá parcela destacada dos
resultados de exercícios futuros até que fique comprovada a existência de ganho efetivo.
4º Para fins deste artigo, as sociedades controladas, cujo exercício social termine mais de 60
(sessenta) dias antes da data do encerramento do exercício da companhia, elaborarão, com
observância das normas desta Lei, demonstrações financeiras extraordinárias em data
compreendida nesse prazo.
As demonstrações consolidadas do grupo deverão ser publicadas juntamente com as da
sociedade de comando. A sociedade de comando, por sua vez, deverá publicar
demonstrações financeiras nos termos da Lei nº 6.404/1976, ainda que não tenha a forma
de companhia.
As companhias filiadas deverão indicar, em nota às suas demonstrações financeiras
publicadas, o órgão que publicou a última demonstração consolidada do grupo a que
pertencer.
Base Legal: Art. 275, caput, §§ 1º a 3º da Lei nº 6.404/1976 (Checado pela Valor em 07/06/21).
5.1) Auditoria:
As demonstrações consolidadas de grupo de sociedades que inclua companhia aberta
serão obrigatoriamente auditadas por auditores independentes registrados na Comissão
de Valores Mobiliários (CMV), e observarão as normas expedidas por essa comissão.
Base Legal: Art. 275, § 4º da Lei nº 6.404/1976 (Checado pela Valor em 07/06/21).
Na constituição
Base Legal: Art. 277 da Lei nº 6.404/1976 (Checado pela Valor em 07/06/21).
7) Direito de retirada:
A constituição de grupo de sociedades é uma das situações previstas em lei que dão
ensejo ao direito de retirada. Neste caso, uma vez que a convenção do grupo tenha sido
aprovada pelo quórum necessário de sócios, os sócios dissidentes (que não houverem
votado a favor da constituição do grupo) terão a possibilidade de se retirar das sociedades
das quais faziam parte.
O direito de retirada poderá ser exercido no prazo de 30 (trinta) dias contados da
deliberação, no caso das sociedades limitadas, ou 30 (trinta) dias contados da publicação
da ata da assembleia que houver aprovado a convenção, nas sociedades anônimas.
Nas sociedades limitadas, os sócios que exercerem o direito de retirada terão direito à
liquidação de suas quotas, em conformidade com o previsto no contrato social ou na lei.
Nas sociedades anônimas, os sócios retirantes farão jus ao reembolso de suas ações, de
acordo com a previsão do estatuto social ou da lei.
Assim sendo, no caso de constituição de grupo de sociedades, não terá direito de retirada
o acionista de companhia aberta que seja titular de ação de espécie ou classe que tenha
liquidez e dispersão no mercado, considerando-se haver:
Base Legal: Arts. 45 e 137, caput, II e IV da Lei nº 6.404/1976 e; Arts. 1.031 e 1.077 do CC/2002
(Checado pela Valor em 07/06/21).
Informações Adicionais: