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Cont a bilida de T ópic os Ava nç a dos – Aula 0 6 – CONSOLI DAÇÃO

Professores: Francisco Velter & Luiz Roberto Missagia

CON SOLI D AÇÃO D AS


D EM ON STRAÇÕES CON TÁBEI S
1 . CON SI D ERAÇÕES I N I CI AI S

A Lei das sociedades anônim as, por m eio dos art s. 249 e 275, dispõe sobre a
necessidade da elaboração de dem onst rações cont ábeis consolidadas por part e das
com pa n h ia s a be r t a s que deverá seguir as norm as em anadas pelo art . 250 da m esm a lei.
Nesses disposit ivos, a lei prevê que a com panhia abert a que t iver m ais de 30% do valor
do seu pat rim ônio líquido represent ado por invest im ent os em sociedades cont r ola da s e o
grupo de sociedades deverão elaborar e divulgar, j unt am ent e com suas dem onst rações
financeiras, dem onst rações consolidadas nos t erm os do art . 250.
Dispõem , ainda, aqueles disposit ivos que a CVM poderá expedir norm as sobre as
sociedades cuj as dem onst rações devam ser abrangidas na consolidação bem com o incluir na
consolidação sociedades que não sej am cont roladas, desde que sej am dependent es financeira
ou adm inist rat ivam ent e da com panhia. A CVM poderá aut orizar, em casos especiais, a
exclusão de um a ou m ais sociedades cont roladas.
No caso de grupo de sociedades, a sociedade de com ando est ará se m pr e obrigada a
elaboração de dem onst rações consolidadas, independent em ent e de ser sociedade anônim a ou
out ro t ipo societ ário.
Dest a form a, no cont ext o da vida em presarial cont em porânea, no qual as em presas
est ão form ando grupos econôm icos const it uídos por diversos segm ent os indust riais,
com erciais, financeiros e de prest ação de serviços, há a necessidade de as em presas de
com ando ou cont roladoras evidenciarem de form a clara e t ransparent e t odas as t ransações
efet uadas e principalm ent e as realizadas com relação a out ras em presas do m esm o grupo
econôm ico. Assim , com fundam ent o no princípio da ent idade, surge a necessidade da
consolidação das dem onst rações cont ábeis.
Ant es de adent rarm os nos conceit os m ais t écnicos e para que possam os ent endê- los
adequadam ent e, poder- se- ia dizer que consolidação das dem onst rações financeiras se
const it ui no t rabalho de elim inar t oda e qualquer t ransação realizada ent re os com ponent es do
grupo em presarial para que o grupo possa apresent ar um dem onst rat ivo único. É com o se
fosse um a fam ília em que o filho realizasse um a venda ao seu pai e obt ivesse lucro nessa
venda. Esse lucro deve ser elim inado do pat rim ônio da fam ília, pois a fam ília, com o unidade
econôm ica ( ent idade aut ônom a) , não ganhou, ainda, absolut am ent e nada.
A consolidação de balanços, com o é m ais conhecida, é um dem onst rat ivo que ganha
im port ância cada vez m aior em face da crescent e busca de capit al por part e das em presas
j unt o ao m ercado de ações.
As dem onst rações financeiras não consolidadas das em presas pert encent es a um grupo
em presarial perdem m uit as inform ações, não sendo, m uit as vezes, adequadas na análise da
t om ada de decisões por part e dos acionist as m inorit ários e público em geral que são a razão
principal da consolidação.
Por m eio da consolidação das dem onst rações financeiras podem os conhecer a efet iva
posição financeira da em presa cont roladora j unt am ent e com as suas cont roladas e sociedades
dependent es.
Muit os grupos em presariais são const it uídos por suas at ividades serem com plem ent ares
um as das out ras. É exat am ent e nest e cont ext o que devem os analisar as dem onst rações
financeiras, pois represent am um conj unt o de at ividades em presariais. Est a análise som ent e
será válida quando realizada com base nas dem onst rações consolidadas.

INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS


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Nest e cont ext o surgem as Ent idades de Propósit o Específico ( EPE) que, nos t erm os da
I nst rução CVM nº 408/ 04, devem ser incluídas na consolidação e avaliadas pelo MEP, nos
t erm os da I nst rução CVM 247/ 96.
At e n çã o!
Aqu i t e m os m a is um a possibilida de de a va lia çã o pe lo M EP, a lé m da
con solida çã o.
No concernent e ao aspect o legal, j á vim os que a Lei 6.404/ 76, por m eio dos art s. 249 e
275 det erm ina a exigibilidade da consolidação nos t erm os do art . 250, além de delegar
com pet ência norm at iva à CVM.
A CVM, por m eio da I nst rução 247/ 96, com alt erações post eriores, edit ou os
procedim ent os que devem ser adot ados nas dem onst rações financeiras consolidadas, as quais
analisarem os det alhadam ent e a seguir.
O Conselho Federal de Cont abilidade, no âm bit o de sua com pet ência, por m eio da Norm a
Brasileira de Cont abilidade – norm a Técnica nº 8 ( NBC T 8) , edit ou procedim ent os a serem
observados pelos cont abilist as na consolidação das dem onst rações cont ábeis, reproduzindo,
basicam ent e, o pronunciam ent o proferido pela CVM, dando ênfase aos aspect os cont ábeis.
O obj et ivo da consolidação é, dest art e, apresent ar aos int eressados, principalm ent e
acionist as m inorit ários e credores, os result ados e a posição financeira da sociedade
cont roladora j unt am ent e com suas cont roladas, com o unidade econôm ica única. I st o é obt ido
m ediant e a elim inação da m aioria das t ransações realizadas ent re os com ponent es do grupo
econôm ico.
Ter- se- á, assim , por m eio da consolidação, um a visão global do em preendim ent o o que
facilit a um a análise m ais abrangent e do grupo em presarial, t endo em vist a que na análise
individual das dem onst rações algum as inform ações são perdidas ou não det ect adas.

2 - ASPECTOS LEGAI S D A CON SOLI D AÇÃO

A seguir, dent ro do propósit o do it em 15 do edit al de AFRF, apresent arem os a legislação


pert inent e a consolidação das dem onst rações cont ábeis, para, depois, analisarm os os aspect os
de consolidação com exem plos prát icos, quando cabível. Mas, salient am os, darem os ênfase a
part e da legislação porque é assim que est á no edit al.

2 .1 - LEI D AS Socie da de s An ônim a s ( Le i da s S.A.)


As disposições da Lei das S.A., em bora poucas, são enfát icas e bast ant e precisas no que
versa sobre consolidação. Por m eio da leit ura dos art igos a seguir t ranscrit os, percebe- se que
a consolidação das dem onst rações financeiras é obrigat ória em alguns casos pont uais,
geralm ent e quando há o envolvim ent o de com panhias de capit al abert o e no caso de grupos
em presariais:
Lei das S.A.
Art . 249. A com panhia abert a que t iver m ais de 30% ( t rint a por cent o) do
valor do seu pat rim ônio líquido represent ado por invest im ent os em
sociedades cont roladas deverá elaborar e divulgar, j unt am ent e com suas
dem onst rações financeiras, dem onst rações consolidadas nos t erm os do art .
250.
Parágrafo único. A Com issão de Valores Mobiliários poderá expedir norm as
sobre as sociedades cuj as dem onst rações devam ser abrangidas na
consolidação, e:
a) det erm inar a inclusão de sociedades que, em bora não cont roladas, sej am
financeira ou adm inist rat ivam ent e dependent es da com panhia;
b) aut orizar, em casos especiais, a exclusão de um a ou m ais sociedades
cont roladas.

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Norm as sobre Consolidação
Art . 250. Das dem onst rações financeiras con solida da s serão excluídas:
I - as part icipações de um a sociedade em out ra;
I I - os saldos de quaisquer cont as ent re as sociedades;
I I I - as parcelas dos result ados do exercício, dos lucros ou prej uízos
acum ulados e do cust o de est oques ou do at ivo perm anent e que
corresponderem a result ados, ainda não realizados, de negócios ent re as
sociedades.
§ 1º A part icipação dos acionist as não cont roladores no pat rim ônio líquido e
no lucro do exercício será dest acada, respect ivam ent e, no balanço pat rim onial
e na dem onst ração do result ado do exercício. ( Redação dada pela Lei nº
9.457, de 5.5.1997)
§ 2º A parcela do cust o de aquisição do invest im ent o em cont rolada, que não
for absorvida na consolidação, deverá ser m ant ida no at ivo perm anent e, com
dedução da provisão adequada para perdas j á com provadas, e será obj et o de
not a explicat iva.
§ 3º O valor da part icipação que exceder do cust o de aquisição const it uirá
parcela dest acada dos result ados de exercícios fut uros at é que fique
com provada a exist ência de ganho efet ivo.
§ 4º Para fins dest e art igo, as sociedades cont roladas, cuj o exercício social
t erm ine m ais de 60 ( sessent a) dias ant es da dat a do encerram ent o do
exercício da com panhia, elaborarão, com observância das norm as dest a Lei,
dem onst rações financeiras ext raordinárias em dat a com preendida nesse
prazo.
...
Art . 274. Os adm inist radores do grupo e os invest idos em cargos de m ais de
um a sociedade poderão t er a sua rem uneração rat eada ent re as diversas
sociedades, e a grat ificação dos adm inist radores, se houver, poderá ser
fixada, dent ro dos lim it es do § 1º do art igo 152 com base nos result ados
apurados nas dem onst rações financeiras con solida da s do grupo.
...
Art . 275. O grupo de sociedades publicará, além das dem onst rações
financeiras referent es a cada um a das com panhias que o com põem ,
dem onst rações consolidadas, com preendendo t odas as sociedades do grupo,
elaboradas com observância do dispost o no art . 250.
§1º As dem onst rações consolidadas do grupo serão publicadas j unt am ent e
com as da sociedade de com ando.
§2º A sociedade de com ando deverá publicar dem onst rações financeiras nos
t erm os dest a lei, ainda que não t enha a form a de com panhia.
§3º As com panhias filiadas indicarão, em not a às suas dem onst rações
financeiras publicadas, o órgão que publicou a últ im a dem onst ração
consolidada do grupo a que pert encer.
§4º As dem onst rações consolidadas de grupo de sociedades que inclua
com panhia abert a serão obrigat oriam ent e audit adas por audit ores
independent es regist rados na Com issão de Valores Mobiliários, e observarão
as norm as expedidas por essa com issão.
...
Art . 295. A present e Lei ent rará em vigor 60 ( sessent a) dias após a sua
publicação, aplicando- se, t odavia, a part ir da dat a da publicação, às
com panhias que se const it uírem .
...

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c) elaboração e publicação de dem onst rações financeiras con solida da s, que
som ent e serão obrigat órias para os exercícios iniciados a part ir de 1 º de
j a n e ir o de 1 9 7 8 .

Percebe- se que a lei deu am plos poderes à CVM para regulam ent ar e inclusive inserir
out ras com panhias ou casos no rol das em presas que devem consolidar suas dem onst rações
cont ábeis.

2 .2 – A Com issã o de Va lor e s M obiliá r ios - CVM


A CVM, aut arquia const it uída pela Lei n o 6.385, de 7 de dezem bro de 1976, com a
finalidade de regular e fiscalizar as operações de valores m obiliários no âm bit o de sua
com pet ência, est abelece norm as sobre as dem onst rações cont ábeis das sociedades anônim as
de capit al abert o que, em cert as circunst âncias, são aplicadas às dem ais sociedades. Em
t erm os de consolidação das dem onst rações cont ábeis, há a obrigação legal de cum prim ent o,
por part e das invest idoras de capit al abert o que possuírem part icipações societ árias em
cont roladas, das norm as expedidas pela CVM.
Est a aut arquia, por m eio das I nst ruções 247/ 96 e 408/ 2004, norm at izou os
procedim ent os relat ivos à avaliação de invest im ent os perm anent es pelo MEP e os de
consolidação de dem onst rações cont ábeis. A I nst rução 247/ 96 t rat a da consolidação a part ir
do art . 21. Já a I nst rução nº 408/ 04, t rat a da inclusão de Ent idades de Propósit o Específico –
EPE nas dem onst rações cont ábeis consolidadas das com panhias abert as e na avaliação pelo
MEP.

I nst rução CVM 247/ 96

D AS D EM ON STRAÇÕES CON TÁBEI S CON SOLI D AD AS

D O D EVER D E ELABORAR E D I VULGAR D EM ON STRAÇÕES CON TÁBEI S


CON SOLI D AD AS
Art . 21 - Ao fim de cada exercício social, dem onst rações cont ábeis
consolidadas devem ser elaboradas por:
I - Com panhia abert a que possuir invest im ent o em sociedades cont roladas,
incluindo as sociedades cont roladas em conj unt o referidas no art igo 32 dest a
I nst rução; e
I I - Sociedade de com ando de grupo de sociedades que inclua com panhia
abert a.
Art . 22 - Dem onst rações cont ábeis consolidadas com preendem o balanço
pat rim onial consolidado, a dem onst ração consolidada do result ado do
exercício e a dem onst ração consolidada das origens e aplicações de recursos,
com plem ent adas por not as explicat ivas e out ros quadros analít icos
necessários para esclarecim ent o da sit uação pat rim onial e dos result ados
consolidados.

D AS CON TROLAD AS EXCLUÍ D AS N AS D EM ON STRAÇÕES CON TÁBEI S


CON SOLI D AD AS

Art . 23 - Poderão ser excluídas das dem onst rações cont ábeis consolidadas,
sem prévia aut orização da CVM, as sociedades cont roladas que se encont rem
nas seguint es condições:
I - Com efet ivas e claras evidências de perda de cont inuidade e cuj o
pat rim ônio sej a avaliado, ou não, a valores de liquidação; ou
I I - Cuj a venda por part e da invest idora, em fut uro próxim o, t enha efet iva e
clara evidência de realização devidam ent e form alizada.

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§ 1º - Em casos especiais j ust ificados, poderão ser ainda excluídas da
consolidação, m ediant e prévia aut orização da Com issão de Valores
Mobiliários, as sociedades cont roladas cuj a inclusão, a crit ério da CVM, não
represent e alt eração relevant e na unidade econôm ica consolidada ou que
venha dist orcer essa unidade econôm ica.
§ 2º - No balanço pat rim onial consolidado, o valor cont ábil do invest im ent o na
sociedade cont rolada excluída da consolidação deverá ser avaliado pelo
m ét odo da equivalência pat rim onial.
§ 3º - Não será considerada j ust ificável a exclusão, nas dem onst rações
cont ábeis consolidadas, de sociedade cont rolada cuj as operações sej am de
nat ureza diversa das operações da invest idora ou das dem ais cont roladas.
D A ELABORAÇÃO D AS D EM ON STRAÇÕES CON TÁBEI S CON SOLI D AD AS

Art . 24 - Para a elaboração das dem onst rações cont ábeis consolidadas, a
invest idora deverá observar, além do dispost o no art igo 10, os seguint es
procedim ent os:
I - Excluir os saldos de quaisquer cont as at ivas e passivas, decorrent es de
t ransações ent re as sociedades incluídas na consolidação;
I I - Elim inar o lucro não realizado que est ej a incluído no result ado ou no
pat rim ônio líquido da cont roladora e correspondido por inclusão no balanço
pat rim onial da cont rolada.
I I I - Elim inar do result ado os encargos de t ribut os correspondent es ao lucro
não realizado, apresent ando- os no at ivo circulant e/ realizável a longo prazo -
t ribut os diferidos, no balanço pat rim onial consolidado.
Parágrafo Único - No processo de consolidação das dem onst rações cont ábeis,
não poderá ser efet uada a com pensação de quaisquer at ivos ou passivos pela
dedução de out ros passivos ou at ivos, a não ser que exist a um direit o de
com pensação e a com pensação represent e a expect at iva quant o à realização
do at ivo e à liquidação do passivo.
Art . 25 - A part icipação dos acionist as não cont roladores, no pat rim ônio
líquido das sociedades cont roladas, deverá ser dest acada em grupo isolado,
no balanço pat rim onial consolidado, im ediat am ent e ant es do pat rim ônio
líquido.
Art . 26 - O m ont ant e correspondent e ao ágio ou deságio provenient e da
aquisição/ subscrição de sociedade cont rolada, não excluído nos t erm os do
inciso I do art igo 24, deverá:
I - Quando decorrent e da diferença previst a no parágrafo 1º do art igo 14, ser
divulgado com o adição ou ret ificação da cont a ut ilizada pela sociedade
cont rolada para regist ro do at ivo especificado; e
I I - Quando decorrent e da diferença previst a no parágrafo 2º do art igo 14:
a) - ser divulgado em it em dest acado no at ivo perm anent e, quando
represent ar ágio; e
b) - ser divulgado em cont a apropriada de result ados de exercícios fut uros,
quando represent ar deságio.
Art . 27 - A parcela correspondent e à provisão para perdas const it uída na
invest idora deve ser deduzida do saldo da cont a da cont rolada que t enha dado
origem à const it uição da provisão, ou apresent ada com o passivo exigível,
quando represent ar expect at iva de conversão em exigibilidade.
Art . 28 - Para a elaboração da dem onst ração consolidada do result ado do
exercício a invest idora deverá:
I - I ncluir os result ados de sociedade cont rolada, adquirida ou vendida no
t ranscorrer do exercício social, t om ando por base a dat a do respect ivo regist ro
ou baixa nos seus invest im ent os perm anent es; e
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I I - Excluir t odas as receit as e despesas decorrent es de negócios ent re a
invest idora e as sociedades cont roladas, bem com o ent re est as.
Art . 29 - A part icipação dos acionist as não cont roladores no lucro líquido ou
prej uízo do exercício das cont roladas deverá ser dest acada e apresent ada,
respect ivam ent e, com o dedução ou adição ao lucro líquido ou prej uízo
consolidado.
Art . 30 - A dem onst ração consolidada das origens e aplicações dos recursos
deverá ser elaborada de m aneira consist ent e com o cont ido nest a I nst rução.

D AS N OTAS EXPLI CATI VAS ÀS D EM ON STRAÇÕES CON TÁBEI S


CON SOLI D AD AS

Art . 31 - As not as explicat ivas que acom panham as dem onst rações cont ábeis
consolidadas devem cont er inform ações precisas das cont roladas, indicando:
I - Crit érios adot ados na consolidação e as razões pelas quais foi realizada a
exclusão de det erm inada cont rolada;
I I - Event os subseqüent es à dat a de encerram ent o do exercício social que
t enham , ou possam vir a t er, efeit o relevant e sobre a sit uação financeira e os
result ados fut uros consolidados;
I I I - Efeit os, nos elem ent os do pat rim ônio e result ado consolidados, da
aquisição ou venda de sociedade cont rolada, no t ranscorrer do exercício
social, assim com o da inserção de cont rolada no processo de consolidação,
para fins de com parabilidade das dem onst rações cont ábeis; e
I V - Event os que ocasionaram diferença ent re os m ont ant es do pat rim ônio
líquido e lucro líquido ou prej uízo da invest idora, em confront o com os
correspondent es m ont ant es do pat rim ônio líquido e do lucro líquido ou
prej uízo consolidados.

DA CON SOLI D AÇÃO D AS D EM ON STRAÇÕES CON TÁBEI S DE


SOCI ED AD ES CON TROLAD AS EM CON JUN TO
Art . 32 - Os com ponent es do at ivo e passivo, as receit as e as despesas das
sociedades cont roladas em conj unt o deverão ser agregados às dem onst rações
cont ábeis consolidadas de cada invest idora, na proporção da part icipação
dest as no seu capit al social.
§ 1º - Considera- se cont rolada em conj unt o aquela em que nenhum acionist a
exerce, individualm ent e, os poderes previst os no art igo 3º dest a I nst rução.
§ 2º - No caso de um a das sociedades invest idoras passar a exercer diret a ou
indiret am ent e o cont role isolado sobre a sociedade cont rolada em conj unt o, a
cont roladora final deverá passar a consolidar int egralm ent e os elem ent os do
seu pat rim ônio.
Art . 33 - Em not a explicat iva às dem onst rações cont ábeis consolidadas,
referidas no art igo ant erior, deverão ser divulgados ainda o m ont ant e dos
principais grupos do at ivo, passivo e result ado das sociedades cont roladas em
conj unt o, bem com o o percent ual de part icipação em cada um a delas.
Art . 34 - Aplica- se o dispost o nos art igos 23 a 31 à elaboração das
dem onst rações cont ábeis consolidadas de sociedades cont roladas em
conj unt o, no que não colidir com as norm as previst as nos art igos 32 e 33.

D AS D I SPOSI ÇÕES FI N AI S

Art . 35 - As dem onst rações cont ábeis consolidadas e respect ivas not as
explicat ivas serão obj et o de exam e e de parecer de audit ores independent es.
Parágrafo Único - A audit oria referida no caput dest e art igo deverá incluir o
exam e das dem onst rações cont ábeis de t odas as cont roladas, abert as ou
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fechadas, incluídas na consolidação, realizado por audit or regist rado nest a
Com issão.
Art . 36 - As dem onst rações cont ábeis consolidadas, assim com o as not as
explicat ivas e quadros analít icos, referidos nest a I nst rução, int egram , em
cada exercício social, as dem onst rações cont ábeis da com panhia abert a
invest idora ou da sociedade de com ando de grupo de sociedades que inclua
com panhia abert a.
Art . 37 - A com panhia abert a filiada de grupo de sociedades deve indicar, em
not a explicat iva às suas dem onst rações cont ábeis, o órgão e, se possível, a
dat a de publicação das dem onst rações cont ábeis consolidadas da sociedade
de com ando de grupo de sociedades a que est iver filiada.
Art . 38 - Os aj ust es iniciais, decorrent es das alt erações int roduzidas por est a
I nst rução, deverão ser regist rados com o receit a ou despesa de equivalência
pat rim onial, no result ado não operacional, com divulgação do fat o e os valores
envolvidos em not a explicat iva.
§ 1º - Aplica- se, ainda, o dispost o no caput dest e art igo aos invest im ent os
que, por se t ornarem relevant es, passarem a ser avaliados pelo m ét odo da
equivalência pat rim onial.
§ 2º - O dispost o nest e art igo não im plicará reelaboração das dem onst rações
cont ábeis individuais ou consolidadas relat ivas ao exercício social ant erior.
Art . 39 - As com panhias abert as deverão m ant er em boa ordem , pelo prazo
de 3 ( t rês) anos e por quaisquer m eios adequados, a guarda dos papéis de
t rabalho e m em órias de cálculo relat ivos à elaboração de suas dem onst rações
cont ábeis consolidadas.
Parágrafo Único - O descum prim ent o ao dispost o aos art igos 1º , 21, 32 e 35
dest a I nst rução será considerado falt a grave, para fins do art igo 11 da LEI Nº
6.385, de 07 de dezem bro de 1976, ensej ando a aplicação das penalidades
previst as na legislação pert inent e.
Art . 40 - Todas as disposições relat ivas às sociedades coligadas, cont idas
nest a I nst rução, aplicam - se ainda às sociedades equiparadas conform e
definição cont ida no parágrafo único do art igo 2º .
Art . 41 - Est a I nst rução ent ra em vigor na dat a de sua publicação, aplicando-
se às dem onst rações cont ábeis relat ivas aos exercícios sociais a se
encerrarem a part ir de 1º de dezem bro de 1996, quando ficarão revogadas as
I nst ruções CVM nº 01, de 27 de abril de 1978, nº 15, de 03 de novem bro de
1980, nº 30, de 17 de j aneiro de 1984, o art igo 2º da I nst rução CVM nº 170,
de 03 de j aneiro de 1992, e as dem ais disposições em cont rário.
Parágrafo Único - Adapt am - se à present e I nst rução as dem ais norm as da CVM
que t rat am dessa m at éria.

Percebe- se que a CVM, dent ro de sua com pet ência norm at iva, alargou a abrangência das
em presas que devem apresent ar, obrigat oriam ent e, a consolidação para t oda e qualquer
cont rolada, não im port ando o percent ual do PL da invest idora represent ado pelo invest im ent o,
afast ando, dest a form a, a lim it ação dos 30% est abelecidos pela lei.
Assim , com base na lei e na norm a da CVM, est ão obrigados à elaboração das
dem onst rações cont ábeis consolidadas e out ras im posições:
1 – A com pa nh ia a be r t a qu e possua inve st im e n t os e m con t r ola da s;
2 – Ou t r a s socie da de s cu j a in clu sã o t e nha sido de t e r m ina do pe la CVM , de sde
qu e se j a m de pe nde n t e s fin a n ce ir a ou a dm in ist r a t iva m e n t e da
com pa n h ia , com o é o ca so de Ent ida de s de Pr opósit o Espe cífico - EPE;

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3 – O gr u po de socie da de s, in de pe nde n t e m e n t e da for m a j u r ídica ,
j u n t a m e n t e com a s de m on st r a çõe s da socie da de de com a ndo;
4 – As com pa n h ia s pe r t e n ce n t e s a u m gr upo de socie da de s, que n ã o se j a m a
socie da de de com a n do, de ve r ã o in dica r e m n ot a e x plica t iva à s sua s
de m on st r a çõe s fina nce ir a s publica da s, o ór gã o que publicou a ú lt im a
de m on st r a çã o con solida da do gr u po a qu e pe r t e n ce r ;
5 – A e x clusã o de um a ou m a is socie da de s con t r ola da s da s de m on st r a çõe s
con solida da s de ve se r a u t or iza da pe la CVM ;
6 – Qu a n do inclu ído com pa n h ia a be r t a e m de m on st r a çõe s con solida da s de
gr u po de socie da de s, e st a s de m on st r a çõe s con solida da s de ve r ã o se r
a u dit a da s por a udit or in de pe nde n t e s r e gist r a dos n a CVM ; e
7 – Qu a n do a s t r a n sa çõe s e n t r e pa r t e s r e la ciona da s e st ive r e m inclu ída s e m
de m on st r a çõe s con solida da s, fica dispe nsa da a sua in se r çã o e m not a s
e x plica t iva s.

Recent em ent e, por m eio da I nst rução nº 408, a CVM incluiu m ais um a exigência a ser
observada, t ant o na Consolidação quant o na avaliação de invest im ent os pelo MEP.

I N STRUÇÃO CVM N o 4 0 8 , D E 1 8 D E AGOSTO D E 2 0 0 4


Dispõe sobre a inclusão de Ent idades de Propósit o Específico
– EPE nas dem onst rações cont ábeis consolidadas das
com panhias abert as
O PRESI D EN TE D A COM I SSÃO D E VALORES M OBI LI ÁRI OS – CVM t orna
público que o Colegiado, em reunião realizada nest a dat a, com fundam ent o
nos art s. 8 o, inciso I e 22 o , § 1 o incisos I I e I V, da Lei n o 6.385, de 7 de
dezem bro de 1976, e nos art s. 177, § 3 o , e 249 da Lei n o 6.404, de 15 de
dezem bro de 1976, RESOLVEU baixar a seguint e I nst rução:
Art . 1 o Para fins do dispost o na I nst rução CVM n o 247, de 27 de m arço de
1996, as dem onst rações cont ábeis consolidadas das com panhias abert as
deverão incluir, além das sociedades cont roladas, individualm ent e ou em
conj unt o, as ent idades de propósit o específico – EPE, quando a essência de
sua relação com a com panhia abert a indicar que as at ividades dessas
ent idades são cont roladas, diret a ou indiret am ent e, individualm ent e ou em
conj unt o, pela com panhia abert a.
Parágrafo único. Considera- se que exist em indicadores de cont role das
at ividades de um a EPE quando t ais at ividades forem conduzidas em nom e da
com panhia abert a ou subst ancialm ent e em função das suas necessidades
operacionais específicas, desde que, alt ernat ivam ent e, diret a ou
indiret am ent e:
I – a com panhia abert a t enha o poder de decisão ou os direit os suficient es à
obt enção da m aioria dos benefícios das at ividades da EPE, podendo, em
conseqüência, est ar expost a aos riscos decorrent es dessas at ividades; ou
I I – a com panhia abert a est ej a expost a à m aioria dos riscos relacionados à
propriedade da EPE ou de seus at ivos.
Art . 2 o As part icipações societ árias em EPE incluídas na consolidação de ve r ã o
ser avaliadas pelo m ét odo de equivalência pat rim onial, nos t erm os da
I nst rução CVM n o 247, de 1996.
Parágrafo único. Os aj ust es decorrent es das alt erações produzidas pela
aplicação do m ét odo de equivalência pat rim onial previst os nest e art igo não

8 INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS


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const it uem aj ust es de exercícios ant eriores, devendo ser regist rados conform e
o dispost o na I nst rução n o 247, de 1996.
Art . 3 o Em not a explicat iva às suas dem onst rações cont ábeis consolidadas, a
com panhia abert a deverá divulgar, além das inform ações requeridas nos art s.
20 e 31 da I nst rução CVM n o 247, de 1996, no que for aplicável, as seguint es
inform ações:
I – a nat ureza, propósit o e at ividades da EPE;
I I - a nat ureza do seu envolvim ent o com a EPE;
I I I - o t ipo de exposição a perdas decorrent es desse envolvim ent o com a EPE;
e
I V – o t ipo e o valor dos at ivos consolidados que t enham sido dados em
garant ia das obrigações da EPE.
Art . 4 o A com panhia abert a que t enha direit os suficient es à obt enção de
benefícios relevant es das at ividades da EPE, ou que est ej a expost a a riscos
t am bém relevant es, relacionados às at ividades da EPE ou de seus at ivos, sem ,
cont udo, enquadrar- se no dispost o no art . 1 o , deverá divulgar, em not a
explicat iva, as seguint es inform ações:
I – a nat ureza, o propósit o e as at ividades da EPE;

I I – a nat ureza do seu envolvim ent o com a EPE;

III – o t ipo de exposição a perdas decorrent es desse envolvim ent o com a


EPE;
I V – a ident ificação do beneficiário principal ou grupo de beneficiários
principais das at ividades da EPE; e
V – as inform ações requeridas no art . 20 da I nst rução CVM n o 247, de 1996,
no que couber.
Parágrafo único. Para os efeit os do caput dest e art igo, não serão consideradas
com o EPE ent idades com aut onom ia operacional e financeira, t ais com o
client es e fornecedores da com panhia abert a, sem prej uízo do dispost o na
Deliberação CVM n º 26, de 5 de fevereiro de 1986.
Art . 5 o As com panhias abert as com exercício social encerrado at é 31 de
dezem bro de 2004 devem divulgar, em not a explicat iva às respect ivas
dem onst rações cont ábeis, no m ínim o, as seguint es inform ações:
I – denom inação, nat ureza, propósit o e at ividades desenvolvidas pela EPE;

I I – part icipação no pat rim ônio e nos result ados da EPE;

I I I – nat ureza de seu envolvim ent o com a EPE e t ipo de exposição a perdas,
se houver, decorrent es desse envolvim ent o;
I V – m ont ant e e nat ureza dos crédit os, obrigações, receit as e despesas ent re
a com panhia e a EPE, at ivos t ransferidos pela com panhia e direit os de uso
sobre at ivos ou serviços da EPE;
V – t ot al dos at ivos, passivos e pat rim ônio de cada EPE;

VI – avais, fianças, hipot ecas ou out ras garant ias concedidas em favor da
EPE; e
VI I – a ident ificação do beneficiário principal ou grupo de beneficiários
principais das at ividades da EPE, na hipót ese a que se refere o art . 4 o.
Art . 6 o Ressalvado o dispost o no art igo ant erior, as com panhias abert as
deverão observar as dem ais disposições dest a I nst rução nas dem onst rações

INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS 9


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cont ábeis consolidadas relat ivas aos exercícios sociais encerrados a part ir de
1 o de j aneiro de 2005, facult ada a sua aplicação im ediat a.
Parágrafo único. Para fins de com parabilidade, as dem onst rações cont ábeis
consolidadas do exercício ant erior deverão ser divulgadas incluindo as EPE
exist ent es à época em que essas dem onst rações foram originalm ent e
elaboradas.
Art . 7 o Est a I nst rução ent ra em vigor na dat a da sua publicação no Diário
Oficial da União.

2 .2 .1 – En t ida de s de Pr opósit o Espe cífico – EPE


Um a ent idade pode ser const it uída para realizar um propósit o específico e bem definido
com o, por exem plo, efet uar um arrendam ent o m ercant il, desenvolver at ividades de pesquisa e
desenvolvim ent o, de exploração de energia elét rica ou t érm ica, gás ou um a securit ização de
at ivos financeiros. Tal Ent idade de Propósit o Específico - " EPE" - pode t er a form a de um a
com panhia, fundação, sociedade ou, ainda, um a out ra que não sej a um a form a societ ária
usual. Freqüent em ent e são criadas EPE com disposições legais, est at ut ária ou cont rat uais que
im põem lim it es rígidos ao processo de t om ada de decisões de seus órgãos pelos seus gest ores.
Essas disposições geralm ent e especificam que a polít ica que guia as at ividades cont ínuas da
EPE não pode ser m odificada, a não ser, t alvez, por seu inst it uidor ou pat rocinador, ou sej a,
elas operam em um m ecanism o denom inado de " pilot o aut om át ico" ( " aut opilot ") .

O pat rocinador ou a ent idade em cuj o benefício a EPE foi criada pode t ransferir at ivos à
EPE, obt er o direit o de execut ar serviços ou de usar os at ivos por ela possuídos , enquant o
out ras part es, consideradas " fornecedores de capit al" , podem prover os recursos para
financiam ent o da Ent idade de Propósit o Específico, cobrando por esses recursos um a espécie
de aluguel, t arifa ou m esm o um a part icipação nos result ados. Um a com panhia que m ant ém
t ransações com um a Ent idade de Propósit o Específico, norm alm ent e o inst it uidor ou o
pat rocinador, pode subst ancialm ent e cont rolar a EPE.

A const it uição de um a EPE busca, em m uit as das vezes, a ut ilização de oport unidades de
financiam ent o, m ediant e a segregação dos riscos específicos dos at ivos ou de at ividades dos
riscos globais da em presa beneficiada pela sua criação. A part icipação nos benefícios por ela
gerados pode, por exem plo, t om ar a form a de um inst rum ent o de dívida, de um inst rum ent o
pat rim onial, de um direit o de part icipação, de um a part icipação residual ou de um
arrendam ent o. Alguns int eresses nesses benefícios sim plesm ent e podem ret ribuir o
propriet ário com um a t axa de ret orno fixa ou declarada, enquant o out ras dão ao propriet ário
direit o ou acesso a out ros benefícios econôm icos fut uros das at ividades da EPE. Na m aioria dos
casos, o inst it uidor ou pat rocinador ret ém um a part icipação significat iva nos benefícios das
at ividades da EPE, em bora possa t er um a parcela pequena ou nenhum a part icipação no
pat rim ônio líquido da EPE.

3 – EM PRESAS CON TROLAD AS EXCLUÍ D AS D A CON SOLI D AÇÃO


Conform e previst o no parágrafo único, inciso “ b” , do art . 249 da lei societ ária, há
sit uações em que, m esm o present es os requisit os para a elaboração da consolidação das
dem onst rações cont ábeis, a CVM pode det erm inar que elas não devem ser incluídas na
consolidação.
Vej a- se que a lei se rest ringiu a m encionar que poderia haver casos em que a
consolidação não seria necessária, rem et endo à CVM a com pet ência para disciplinar ou
divulgar t ais casos. At endendo os requisit os da Lei, a CVM, por m eio do art . 23 da I nst rução
247/ 96, regulam ent ou as possibilidades de exclusão de em presas do processo de consolidação.
Naquele disposit ivo há dois t ipos de exclusão, ou sej a, os que não necessit am de
qualquer aut orização prévia da CVM, pois est ão claram ent e definidos pela norm a e os que
necessit am de anuência prévia da CVM.

10 INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS


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Enquadram - se no prim eiro t ipo as sociedades cont roladas que se encont rem com
efet ivas e claras evidência de perda de cont inuidade e cuj o pat rim ônio sej a avaliado, ou não, a
valores de liquidação; ou cuj a venda por part e da invest idora, em fut uro próxim o, t enha
efet iva e clara evidência de realização de vida m e n t e for m a liza da .
Salient a- se que no caso de venda do invest im ent o, est e deve est ar form alizado, com
docum ent ação hábil. Dest a form a, o sim ples fat o de a invest idora int encionar alienar o
invest im ent o não é suficient e para considerá- lo excluído da consolidação. É necessário um
docum ent o em que const e que o fat o é irreversível, inclusive com sinal ( ent rada) de
pagam ent o.
No segundo grupo de em presas que podem ser excluídas da consolidação, para as quais
há a necessidade de aut orização especial da CVM que, a seu crit ério, poderá conceder ou não
a aut orização, est ão as em presas que não represent am alt eração relevant e na unidade
econôm ica consolidada ou em alguns casos se a inclusão de det erm inada ent idade venha a
dist orcer a dem onst ração consolidada.
O fat o de um a sociedade cont rolada ficar excluído do processo de consolidação não
dispensa o consolidador de qualquer procedim ent o, pois, nest e caso, o valor cont ábil do
invest im ent o na sociedade cont rolada excluída da consolidação deverá ser avaliado pelo
m ét odo da equivalência pat rim onial.
A exclusão de sociedade cont rolada, cuj as operações sej am de nat ureza diversa das
operações da invest idora ou das dem ais cont roladas n ã o represent a um a j ust ificat iva
aceit ável. Assim , se num grupo de em presas ligadas ao set or indust rial houver um a ligada ao
set or de t ransport es, a exclusão da em presa dedicada ao t ransport e não represent a
j ust ificat iva aceit ável se no m érit o da exclusão est iver present e o fat o de ela dest oar da
uniform idade do grupo quant o ao obj et o social.

4 – N ECESSI D AD E D A CON SOLI D AÇÃO N AS EM PRESAS FECH AD AS


Pelo que depreendem os da leit ura do t ext o legal, as dem onst rações financeiras
consolidadas são obrigat órias som ent e para as com pa nh ia s a be r t a s que cont rolem out ras
em presas e quando essa part icipação represent e 30% do seu PL e nos gr upos de socie da de .
Cont udo, em decorrência de cert os incent ivos fiscais que out rora foram concedidos às
em presas const it uídas sob a form a de Sociedade Anônim a, no Brasil exist em m uit as em presas
de capit al fechado. Muit as dest as em presas nacionais possuem em presas cont roladas não
abrangidas pela obrigat oriedade da consolidação. Ent ret ant o, m esm o assim , as elaboram para
fins gerenciais sem divulgação ext erna.
Cabe acrescent ar, ainda, que a principal finalidade das dem onst rações é o fornecim ent o
de inform ações út eis aos usuários. Dest a form a, é plausível que os aspect os legais sej am ,
m uit as vezes, ult rapassados para at ingir essa finalidade. Aliás, ist o vem a corroborar com o
espírit o do legislador que conferiu às em presas a liberalidade para elaborar out ros
dem onst rat ivos para dar m aior t ransparência e evidenciação aos fat os cont ábeis. É nest e
cont ext o, m esm o não obrigadas, que as em presas de capit al fechado poderão elaborar
dem onst rações cont ábeis consolidadas.

5 – CON CEI TOS BÁSI COS

5 .1 - D EM ON STRAÇÕES CON TÁBEI S CON SOLI D AD AS


A consolidação das dem onst rações cont ábeis visa reunir em um a única peça cont ábil
t odas as dem onst rações das diversas em presas que fazem part e de um grupo econôm ico,
m ediant e a elim inação das t ransações realizadas ent re essas em presas para evidenciar o
result ado obt ido com ent es alheios ao grupo.
O Conselho Federal de Cont abilidade conceit ua dem onst rações consolidadas da seguint e
form a:

INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS 11


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Dem onst rações Cont ábeis Consolidadas são aquelas result ant es da agregação
das dem onst rações cont ábeis, est abelecidas pelas Norm as Brasileiras de
Cont abilidade, de duas ou m ais ent idades, das quais um a t em o cont role diret o
ou indiret o sobre a( s) out ra( s) .
Dest a form a, podem os conceit uar dem onst rações cont ábeis consolidadas com o sendo o
frut o da adição de t odas as dem onst rações cont ábeis das em presas sob com ando único
realizadas com pessoas que não pert ençam ao grupo econôm ico.
Consoant e a nossa legislação, devem ser consolidadas as seguint es dem onst rações
cont ábeis: o ba la n ço pa t r im onia l, a de m on st r a çã o do r e sult a do do e x e r cício e a
de m on st r a çã o da s or ige n s e a plica çõe s de r e cu r sos. Da m esm a form a com o ocorre com
as dem onst rações individuais ou não consolidadas de cada um a das em presas do grupo
econôm ico, as dem onst rações consolidadas devem ser com plem ent adas por not as explicat ivas
e out ros quadros analít icos j ulgados necessários à com plet a evidenciação da sit uação
pat rim onial e dos result ados consolidados.
Ex e m plo:
Supondo que a em presa Café S/ A part icipa do capit al social das em presa Pret o S/ A e
Doce S/ A. A em presa Café S/ A exerce o cont role das out ras duas, com as quais t ransaciona
com ercialm ent e.
Est am os diant e de t rês em presas que possuem personalidade j urídica própria e est ão,
individualm ent e, obrigadas a elaborar suas dem onst rações cont ábeis.
Apesar de serem em presas dist int as, elas form am o grupo Café Pret o e Doce. Est e grupo
não possui personalidade j urídica, porém deve elaborar dem onst rações cont ábeis consolidadas
para m ensurar o seu pat rim ônio ou a posição econôm ica e financeira. Para t al, é necessário
som ar os valores const ant es nas dem onst rações cont ábeis de t odas as part icipant es e elim inar
os result ados e saldos decorrent es de t ransações realizadas ent re essas em presas.
Dest a form a, as dem onst rações consolidadas represent am o som at ório das
dem onst rações das em presas pert encent es ao grupo societ ário de cuj a som a é subt raído o
result ado de operações realizadas ent re em presas dest e m esm o grupo.
Se som arm os linha a linha das dem onst rações cont ábeis das em presas do grupo Café
Pret o e Doce e subt raindo o result ado de operações ent re as em presa Café, Pret o e Doce,
t erem os o result ado consolidado do grupo Café Pret o e Doce.
Conform e enfat izam os, o grupo Café Pret o e Doce não possui personalidade j urídica e
não faz regist ros cont ábeis. Ela exist e apenas para fins de consolidação. Os únicos regist ros
ut ilizados na consolidação são os papéis de t rabalho de consolidação, os quais devem ser
guardados pelo prazo de t rês anos para fins de audit oria. Salient am os que cada em presa,
individualm ent e, deverá realizar as suas dem onst rações cont ábeis e a cont roladora é que
deverá elaborar as dem onst rações consolidadas.

5 .2 – EFEI TOS FI SCAI S E SOCI AI S N A CON SOLI D AÇÃO


Com o a dem onst ração consolidada não pert ence a um a pessoa j urídica ela não gera
nenhum efeit o fiscal ou societ ário, pois:
1 - Os efeit os do im post o de renda e dem ais t ribut os são calculados individualm ent e
em cada em presa pert encent es do grupo societ ário. Assim , m esm o que
det erm inada em presa pert encent e ao grupo t enha prej uízo cont ábil ou fiscal, não
poderá com pensá- lo com o lucro de out ra e vice- versa.
2 - Em t erm os societ ários, os dividendos são calculados sobre o lucro de cada em presa
e não sobre o lucro consolidado do grupo. Com pet e a cada um a das em presas
individualm ent e sat isfazer ou suprir os acionist as dos dividendos a que fazem j us.
O t rat am ent o dos im post os na consolidação será obj et o de est udo no it em 8 dest a aula.

12 INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS


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5.3 – I N TERESSE D OS I N VESTI D ORES N A CON SOLI D AÇÃO
Os invest idores e os credores podem ut ilizar a consolidação das dem onst rações
cont ábeis para efet uar um a análise det alhada de suas garant ias e possibilidade de
rendim ent os, pois podem , por m eio da consolidação, visualizar a geração de result ados, t ant o
por em presa quant o pelo grupo.

5 .4 – A CON SOLI D AÇÃO E A GESTÃO EM PRESARI AL


O aspect o m ais im port ant e e de m aior ut ilidade da consolidação das dem onst rações
cont ábeis é, sem dúvida, o benefício adm inist rat ivo e gerencial, ou sej a, a gest ão em presarial,
vist o que evidencia a aplicação dos recursos financeiros e econôm icos gerados pelo grupo.
A consolidação possibilit a a análise do desem penho de cada um a das em presas
part icipant es do grupo em presarial, bem com o do grupo consolidado.
Em bora a consolidação não t raga efeit os t ribut ários diret os, é de grande valia para um
adequado planej am ent o t ribut ário, podendo ser pont o de part ida para um a reorganização
societ ária, t endo em vist a o pagam ent o de t ribut os sobre lucros não realizados.
Por m eio da consolidação e com crit eriosa análise a adm inist ração da em presa pode
visualizar a necessidade de recursos financeiros, quer sej am de t erceiros ou dos próprios
acionist as.

6 – PROCED I M EN TOS D E CON SOLI D AÇÃO


O CFC disciplinou os procedim ent os de consolidação preconizando a adoção das
seguint e regras:
A consolidação é o processo de agregar saldos de cont as e/ ou de grupos de
cont as de m esm a nat ureza, de elim inar saldos de t ransações e de part icipações
ent re ent idades que form am a unidade de nat ureza econôm ico- cont ábil e de
segregar as part icipações de não- cont roladores, quando for o caso.
A cont roladora deve consolidar as dem onst rações cont ábeis de ent idade
cont rolada a part ir da dat a em que assum e seu cont role, individual ou em
conj unt o.
Os aj ust es e as elim inações decorrent es do processo de consolidação devem ser
realizados em docum ent os auxiliares, não originando nenhum t ipo de
lançam ent o na escrit uração das ent idades que form am a unidade de nat ureza
econôm ico- cont ábil.
Quando o cont role for exercido de form a conj unt a, os saldos das cont as devem
ser agregados às dem onst rações cont ábeis consolidadas de cada cont roladora,
na proporção da part icipação dest as no capit al social da cont rolada.
No caso de um a das ent idades cont roladoras passar a exercer diret a ou
indiret am ent e o cont role da ent idade sob cont role conj unt o, a cont roladora final
deve passar a consolidar int egralm ent e os elem ent os do pat rim ônio da
cont rolada.
As ent idades que form am a unidade de nat ureza econôm ico- cont ábil devem
segregar, em cont as específicas, as t ransações realizadas ent re si.
As dem onst rações cont ábeis das ent idades cont roladas, para fins de
consolidação, devem ser levant adas na m esm a dat a ou at é no m áxim o 60
( sessent a) dias ant es da dat a das dem onst rações cont ábeis da cont roladora.
Quando dem onst rações cont ábeis com dat as diferent es são consolidadas, devem
ser efet uados aj ust es que reflit am os efeit os de event os relevant es nas
ent idades, que ocorrerem ent re aquelas dat as e a dat a- base das dem onst rações
cont ábeis da unidade de nat ureza econôm ico- cont ábil.

INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS 13


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Quando o percent ual de part icipação da cont roladora no capit al da cont rolada
variar durant e o exercício, os result ados devem ser incluídos proporcionalm ent e
às percent agens de part icipação, período por período.
Das dem onst rações cont ábeis consolidadas são elim inados:
a) os valores dos invest im ent os da cont roladora em cada cont rolada e o
correspondent e valor no pat rim ônio líquido da cont rolada;
b) os saldos de quaisquer cont as decorrent es de t ransações ent re as ent idades
incluídas na consolidação;
c) as parcelas dos result ados do exercício, do pat rim ônio líquido e do cust o de
at ivos de qualquer nat ureza que corresponderem a result ados ainda não
realizados de negócios ent re as ent idades, excet o quando represent arem perdas
perm anent es.
Os result ados ainda não realizados, provenient es de negócios ent re as ent idades
que form am a unidade de nat ureza econôm ico- cont ábil, som ent e se consideram
realizados quando result arem de negócios efet ivos com t erceiros.
No processo de consolidação das dem onst rações cont ábeis, não se podem
com pensar quaisquer at ivos ou passivos pela dedução de out ros passivos ou
at ivos, a não ser que exist a um direit o de com pensação, e est e represent e a
expect at iva quant o à realização do at ivo e à liquidação do passivo.
Os im post os e cont ribuições relacionados às t ransações ent re as ent idades que
form am a unidade de nat ureza econôm ico- cont ábil devem ser reconhecidos na
m esm a proporção dos result ados ainda não realizados, e classificados no at ivo
ou passivo a curt o ou a longo prazo com o t ribut os diferidos.
Os result ados de ent idade cont rolada devem ser incluídos nas dem onst rações
cont ábeis consolidadas:
a) a part ir da dat a da aquisição da part icipação;
b) at é a dat a da sua baixa.
As dem onst rações cont ábeis de t odas as ent idades cont roladas, no País ou no
ext erior, incluindo a filial, agência, sucursal, dependências ou escrit ório de
represent ação, devem ser consolidadas sem pre que os respect ivos at ivos e
passivos não est ej am incluídos na cont abilidade da cont roladora por força de
norm at ização específica.
Devem ser excluídas das dem onst rações cont ábeis consolidadas as ent idades
cont roladas que se encont rem nas seguint es condições:
a) com efet ivas e claras evidências de perda de cont inuidade e cuj o
pat rim ônio sej a avaliado, ou não, a valores de liquidação; ou
b) cuj a venda por part e da cont roladora, em fut uro próxim o, t enha efet iva e
clara evidência de realização devidam ent e form alizada.
No balanço pat rim onial consolidado, o valor cont ábil do invest im ent o na ent idade
cont rolada excluída da consolidação deve ser avaliado pelo m ét odo da
equivalência pat rim onial.
Sem pre que houver efeit o relevant e em razão de exclusão de ent idade
cont rolada, as dem onst rações cont ábeis consolidadas devem ser aj ust adas para
fins de com paração.
A falt a de sem elhança das operações de ent idade cont rolada com as da ent idade
cont roladora não gera sua exclusão das dem onst rações cont ábeis consolidadas.
O m ont ant e correspondent e ao ágio ou deságio provenient e da aquisição ou
subscrição de capit al de ent idade cont rolada quando decorrent e da diferença
ent re o valor de m ercado de part e ou de t odos os bens do at ivo da cont rolada e
o respect ivo valor cont ábil, deve ser apresent ado com o adição ou ret ificação da
cont a ut ilizada pela ent idade cont rolada para regist ro do at ivo especificado.

14 INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS


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O ágio ou deságio decorrent e de expect at iva de result ado fut uro, represent ado
pela diferença ent re o valor pago na aquisição do invest im ent o e o valor de
m ercado dos at ivos da cont rolada, deve ser apresent ado:
a) em cont a dest acada no at ivo perm anent e, em caso de ágio; e
b) em cont a específica de result ados de exercícios fut uros, em caso de
deságio.
O valor correspondent e à provisão para perdas const it uída na ent idade
cont roladora deve ser deduzido do saldo da cont a da ent idade cont rolada que
t enha dado origem à const it uição da provisão, ou apresent ado com o passivo
exigível, quando represent ar expect at iva de conversão em exigibilidade.

Considerando que o obj et ivo principal da consolidação é apresent ar a posição financeira


e os result ados das operações das diversas em presas do grupo, de form a agregada em peça
cont ábil única, com o se est ivéssem os apresent ando a dem onst ração de um a ent idade
aut ônom a ou em presa única, ou com o se fosse um a fam ília, os saldos das cont as devem ser
adicionadas, um a a um a, ou linha por linha.
Dest a form a, de posse das dem onst rações financeiras de t odas as em presas que
com põem um grupo econôm ico, t erem os em m ãos a m at éria prim a para o produt o final que é
a consolidação. A t écnica adot ada será, a princípio, som ar os saldos das cont as de m esm a
nat ureza de t odas essas dem onst rações.
Ex e m plo:
Considerando a exist ência de quat ro em presas que possuam os seguint es valores de
est oques de m ercadorias para revenda em suas dem onst rações, a consolidação será assim
processada:

Pant era S.A. 6.400,00


Felina S.A. 1.700,00
Bichano S.A. 2.100,00
Gat uno S.A. 4.100,00
Tot a l Con solida do 1 4 .3 0 0 ,0 0

Dest a form a, o est oque consolidado do grupo econôm ico form ado pelas quat ro
em presas acim a é de R$ 14.300,00.
Est e é o procedim ent o básico de consolidação que deverá ser adot ado para t odas as
cont as do balanço, com o Disponibilidades, Realizável no curso do exercício social subseqüent e,
despesas do exercício seguint e, ARLP, AP, duplicat as a pagar et c.

6 .1 – UN I FORM I D AD E D E CRI TÉRI OS CON TÁBEI S


Com o o procedim ent o de consolidação consist e na som a dos saldos das cont as de
m esm a nat ureza, é necessário que os crit érios de regist ro e de avaliação adot ados por t odas
as em presas do grupo sej am uniform es.
No caso de consolidação pela cont roladora, com pet e a ela elaborar um Manual de
Diret rizes Cont ábeis do Grupo, que deve ser adot ado pela cont roladora e por t odas as
cont roladas na escrit uração, avaliação de elem ent os pat rim oniais e na elaboração das
dem onst rações cont ábeis.

O referido Manual de Diret rizes Cont ábeis do Grupo deve cont er, no m ínim o:
̌ Elenco de Cont as Padronizado;
̌ Definição das Prát icas Cont ábeis Uniform es;
̌ Uniform idade de reavaliação;
̌ Manual de consolidação;

INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS 15


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̌ Modelos de Dem onst rações Financeiras;
Ressalt e- se que os planos de cont as de t odas as em presas com ponent es do grupo
econôm ico devem prever um cont role segregado das cont as e operações que serão obj et o de
elim inação na consolidação.

6 .2 – ELI M I N AÇÕES D E CON SOLI D AÇÃO


A som a dos saldos das cont as de m esm a nat ureza é o procedim ent o básico da
consolidação. Ent ret ant o, a consolidação não consist e som ent e nest a som a dos saldos de cada
cont a das diversas em presas.
Aquele procedim ent o, básico, é m uit o im port ant e e geralm ent e sim ples sem m aiores
com plexidades. Para um a consolidação consist ent e, é preciso que sej am elim inados os saldos
exist ent es ou t ransações realizadas ent re as em presas do grupo. Est a t arefa é, t alvez, a m ais
difícil, t endo em vist a que a segregação das operações nem sem pre est á adequadam ent e
regist rada.
A elim inação das t ransações ent re as em presas part icipant es do grupo há de ser
efet uada no Balanço Pat rim onial e na Dem onst ração do Result ado do Exercício.
Do balanço pat rim onial deve ser excluído o lucro não realizado que est ej a incluído no
result ado ou no pat rim ônio líquido da cont roladora e correspondido por inclusão no balanço
pat rim onial da cont rolada.
Do Result ado do exercício devem ser excluídos ou elim inados os encargos de t ribut os
correspondent es ao lucro não realizado, apresent ando- os no at ivo circulant e/ realizável a longo
prazo - t ribut os diferidos, no balanço pat rim onial consolidado.
Dada a relevância, a seguir apresent am os alguns exem plos de elim inações que se
fazem necessárias:

6 .2 .1 – ELI M I N AÇÕES D O BALAN ÇO PATRI M ON I AL

6 .2 .1 .1 – ELI M I N AÇÕES D E D UPLI CATAS A RECEBER


Quando um a em presa faz vendas a prazo à out ra, ela regist rará est e fat o em cont a de
Duplicat as a Receber. A com pradora regist rará o fat o em Duplicat as a Pagar. Se est as
em presas fizerem part e do m esm o grupo econôm ico, cuj as dem onst rações devam ser
consolidadas, ent ão esses valores hão de ser elim inados do Balanço consolidado.
O procedim ent o de exclusão consist e em debit ar a cont a represent at iva da obrigação
( Duplicat as a Pagar ou Fornecedores) e credit ar a cont a represent at iva do direit o ( Client es ou
Duplicat as a Receber) .
I m aginem os que a em presa Morab S/ A t enha efet uado vendas a prazo a sua cont rolada
Barom S/ A no valor de R$ 23.400,00. A elim inação será efet uada m ediant e o seguint e
lançam ent o:
Débit o Crédit o
Fornecedores ( em presa Barom S/ A) 23.400,00
a Duplicat as a Receber ( em presa Morab S/ A) 23.400,00

Out ras cont as que represent em t ransações ent re as em presas m erecem igual
t rat am ent o na elim inação.

6 .2 .1 .2 - I N VESTI M EN TOS

16 INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS


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Os invest im ent os na part icipação do capit al de out ras sociedades part icipant es do grupo
econôm ico não represent am , para o grupo, recursos ext ernos, logo devem ser elim inados
cont ra cont as do pat rim ônio líquido da sociedade invest ida.
Sabem os que os invest im ent os relevant es são cont abilizados pelo MEP, com isso haverá
na sociedade invest idora um valor proporcional ao valor do pat rim ônio líquido das sociedades
invest idas, por força da aplicação do MEP.
Com o as dem onst rações financeiras da invest idora que serão usadas na consolidação
t erão os seus invest im ent os cont abilizados pelo m ét odo da equivalência pat rim onial, a sua
elim inação será feit a cont ra as cont as do pat rim ônio líquido da sociedade invest ida.
A apuração dos valores a elim inar deve ser feit a m ediant e um cálculo de
proporcionalidade t om ando por base o percent ual de part icipação no capit al social da
sociedade invest ida, aplicado sobre cada um a das cont as do pat rim ônio líquido, pois os valores
a serem elim inados serão em cada um a das cont as do PL.
Dest a form a, considerando um invest im ent o de R$ 14.600,00, t erem os o seguint e
lançam ent o de elim inação dos invest im ent os:
Débit o Crédit o
Diversos
a I nvest im ent os da Cont roladora
Capit al Social das Cont roladas 8.800,00
Reservas de Capit al das Cont roladas 2.600,00
Reservas de Lucros das Cont roladas 1.400,00
Lucros Acum ulados das Cont roladas 2.100,00 14.600,00

Not a- se que o invest im ent o na part icipação societ ária represent a a saída de recursos da
em presa invest idora e o ingresso de recursos na em presa invest ida.
A invest idora regist ra est e invest im ent o no at ivo perm anent e e est ará incluído em seu
PL. A sociedade invest ida regist ra o valor na cont a Capit al Social em cont rapart ida de um at ivo
qualquer. Se forem som ados os pat rim ônios das duas em presas o valor do invest im ent o deve
ser elim inado para que não haj a a cont abilização em dobro.
Para um a m aior elucidação, im agine- se o seguint e exem plo:
A em presa Alfa, cuj o pat rim ônio é form ado exclusivam ent e pelas cont as Capit al Social e
Caixa, no valor de R$ 10.000,00, invest e a m et ade de suas disponibilidades na form ação do
Capit al Social da em presa Bet a que será sua subsidiária int egral, ou sej a, o PL de Bet a será de
R$ 5.000,00. Se som arm os os dois pat rim ônios, sem considerar nenhum a out ra at ividade,
t erem os com o result ado um PL de R$ 15.000,00.
Agora, se elim inarm os o valor do invest im ent o ( R$ 5.000,00) , o grupo apresent ará no
Balanço consolidado o valor de R$ 10.000,00 no PL, que é efet ivam ent e o que o grupo possui,
vist o que não foi agregado nenhum out ro valor.

6 .2 .2 – ELI M I N AÇÃO N A D RE
6 .2 .2 .1 – VEN D AS I N TERCOM PAN H I AS
As t ransações ent re as com panhias do m esm o grupo econôm ico, com o não são com
agent es ext ernos, não t razem reflexos pat rim oniais na consolidação, por isso devem ser
elim inados para que não haj a um a falsa int erpret ação de t erceiros de boa fé.
I m agine- se a seguint e sit uação: A em presa B é cont rolada ( subsidiária int egral) de A.
As duas em presas fazem vendas m ut uas um a a out ra, sem nada vender a t erceiras em presas
ou pessoas. Ora, na consolidação esses valores devem ser elim inados, pois se não fossem ,
poder- se- ia chegar a lucros com valores ast ronôm icos, quando de fat o não houve lucro algum
para o grupo!

INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS 17


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O sim ples fat o de elim inar as vendas int er- com panhias da DRE não é suficient e para
aj ust ar os valores à realidade. É necessário que se elim inem , t am bém , os cust os das
m ercadorias vendidas, ist o é, a elim inação das t ransações deve represent ar um est orno dessas
t ransações, com o se elas não t ivessem exist ido para o grupo.
Débit o Crédit o
Vendas ( Em presa A) 1.650,00
a Cust o dos Produt os Vendidos ( Em presa B) 1.650,00
Percebe- se que a cont rapart ida para elim inação das vendas é o cust o dos produt os
vendidos. Parece paradoxal, vist o que nas vendas pode haver result ado. Dest a form a, em
out ro it em t rat arem os da elim inação do result ado.

6 .2 .2 .2 - COM I SSÕES SOBRE VEN D AS, JUROS E OUTROS


Tal qual ocorre com as vendas, os valores decorrent es de com issões sobre vendas,
j uros e out ros quaisquer valores realizados ent re as com panhias, devem ser elim inados na
consolidação das dem onst rações cont ábeis, m ediant e o seguint e lançam ent o:
Débit o Crédit o
Receit as – com issões e j uros ( Em presa A) 1.400,00
a Despesas – com issões e j uros ( Em presa B) 1.400,00

6 .3 – TRAN SAÇÕES EN TRE EM PRESAS D O GRUPO


Com o obj et ivo de efet uar a elim inação das operações realizadas ent re as em presas do
grupo no m om ent o da consolidação, é necessário que essas t ransações e os saldos int er-
com panhias sej am cont rolados em regist ros ext ra cont ábeis, para perm it ir a apuração dos
valores de vendas, j uros, com issões e out ras receit as ocorridas durant e o exercício que devem
ser elim inados.

6 .4 – REGI STROS D A CON SOLI D AÇÃO


A consolidação das dem onst rações cont ábeis, conform e j á frisam os, não gera nenhum
regist ro cont ábil nas em presas com ponent es do grupo que t erá seus dem onst rat ivos
consolidados. Ent ret ant o, o processo de consolidação há de ser docum ent ado em papéis de
t rabalho, que são docum ent os ext ra- cont ábeis e devem ser guardados pelo período de t rês
anos para fins de audit oria, vist o que as dem onst rações consolidadas t am bém são passiveis de
audit oria nas com panhias abert as.
Dest a form a, o processo de consolidação será regist rado em docum ent os ext ra-
cont ábeis com o papéis de t rabalho elaborados m anualm ent e, ou pela ut ilização de fichas de
razão.

6 .5 – RESULTAD OS I N TERCOM PAN H I AS


Conform e disposição do art . 250 da Lei das S/ A, das dem onst rações financeiras
consolidadas serão excluídas, ent re out ras, as parcelas dos result ados do exercício, dos lucros
ou prej uízos acum ulados e do cust o de est oques ou do at ivo perm anent e que corresponderem
a result ados, ainda não realizados, de negócios ent re as sociedades.
Em it em ant erior fizem os a exclusão de vendas int er- com panhias para o qual foi
ut ilizado com o cont ra part ida a cont a cust o das vendas. Ent ret ant o, as vendas poderiam t er
sido realizadas com lucros ou prej uízos que t am bém devem ser elim inados no processo de
consolidação.
Os casos m ais corriqueiros de result ados int er em presas de um m esm o grupo
econôm ico são os j uros cobrados, as com issões de vendas, os dividendos declarados e os

18 INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS


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lucros ou prej uízos de operações de vendas ent re as sociedades que est ej am incluídos em
at ivos da com pradora.
Os j uros, com issões e out ras receit as int er- com panhias, originariam ent e, são
regist radas com o receit a em um a das em presas e com o despesa na out ra. Ent ret ant o, esses
valores não represent am result ado efet ivo com t erceiros. Dest a form a, esses valores devem
ser elim inados por m eio de lançam ent os de est orno, com o segue:
a ) Elim inação de j uros int er- com panhias
Receit a de Juros
a Despesas de Juros R$ 1.000,00

b) Elim inação de com issões de vendas


Receit a de Com issões de Vendas
a Despesas de Com issões de Vendas R$ 500,00

Com relação aos dividendos, é necessário verificar se a sociedade invest idora avalia o
invest im ent o pelo MEP ou pelo Mét odo do Cust o. Caso o invest im ent o sej a avaliado pelo MEP
os dividendos recebidos dim inuem o valor do invest im ent o e não haverá exclusão a fazer, pois
o valor do dividendo, nest e caso, não irá para o result ado.
Já os dividendos recebidos pelas invest idoras, que avaliam seus invest im ent os pelo
m ét odo do cust o de aquisição, com porão o result ado da invest idora. Nest e caso, o valor dos
dividendos recebidos devem ser elim inados na consolidação para não figurarem duplam ent e
com o result ado do grupo econôm ico. Ent ret ant o, est e não é um fat o corriqueiro, pois a m aioria
dos invest im ent os que part icipam do processo de conciliação devem ser avaliados pelo MEP.
A elim inação de lucros ou prej uízos em t ransações int er com panhias pela venda de
at ivos é bast ant e com um e deve ser est udada adequadam ent e. Nest e part icular pode haver
lucros nos est oques adquiridos de sociedade do grupo ou de bens do at ivo perm anent e.
Nas t ransações ao preço de cust o não há lucro e o fat o será elim inado pela elim inação
da venda e do cust o. Ent ret ant o, est e é um caso raro, m esm o nas t ransações int er-
com panhias, pois geralm ent e as t ransações são realizadas a valores de m ercado, donde pode
result ar que a em presa adquirent e j á t enha vendido o bem , realizando o lucro ou, ent ão, as
m ercadorias est ão no est oque ou no at ivo da em presa adquirent e.
Quando a adquirent e t enha vendido o est oque ou os bens, não há m ais lucro a ser
elim inado, sendo necessário, apenas, elim inar as operações de venda e cust o original ent re as
com panhias.
Porém , se os bens perm anecerem em est oque, m esm o que parcialm ent e, na dat a da
consolidação haverá lucros não realizados que devem ser elim inados.
Out ro aspect o que m erece nossa at enção diz respeit o ao ágio ou deságio. Nest e
part icular, cabe ressalt ar que som ent e as em presas avaliadas pelo MEP regist ram , de form a
segregada, o ágio ou deságio.
Os valores do ágio e do deságio figurarão no balanço consolidado com o at ivo, t al qual
const am do balanço da sociedade invest idora, quando decorrent es de diferença de valor
econôm ico de at ivo da sociedade invest ida e em const a específica do at ivo perm anent e ou em
REF quando o fundam ent o econôm ico t enha sido a perspect iva de result ados fut uros.

7 – TRATAM EN TO D AS PARTI CI PAÇÕES M I N ORI TÁRI AS


A Consolidação das Dem onst rações cont ábeis é condicionada, na m aioria dos casos, ao
fat o de exist ir o cont role de um a em presa sobre out ra. Conform e est udam os em capít ulos
ant eriores, o cont role pode ser t ot al, quando t erem os a cham ada subsidiária int egral, ou com a

INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS 19


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det enção da m aioria das ações do capit al vot ant e pela cont roladora caso em que não haverá o
cont role t ot al.
No caso de subsidiária int egral t em os com o acionist a único out ra em presa nacional, logo
não há part icipação de acionist as m inorit ários ou não cont roladores.
O problem a da part icipação dos acionist as m inorit ários consist e na consolidação das
dem onst rações cont ábeis das cont roladas que possuem o seu capit al pulverizado, ou sej a,
além do cont rolador há out ros acionist as que não são cont roladores. Dest a form a, o cont role
do acionist a m aj orit ário é apenas relat ivo.
A denom inação de acionist as m inorit ários surge quando a cont roladora é a acionist a
m aj orit ária, ist o é, ela possui m ais de 50% do t ot al das ações. Já a designação de acionist as
não cont roladores surge em face de a cont roladora não ser a acionist a m aj orit ária, sit uação em
que possui apenas a m aioria das ações com direit o a vot o o que lhe dá a condição de
cont roladora. Em am bas as sit uações, a part icipação dos acionist as não cont roladores deve ser
evidenciada dest acadam ent e no balanço pat rim onial consolidado.
No Pat rim ônio Líquido do Balanço Pat rim onial Consolidado deve aparecer apenas o valor
pert encent e ao grupo ou acionist as da em presa cont roladora. Dest a form a, consoant e
disposição legal, a part icipação dos acionist as m inorit ários e/ ou m aj orit ários não cont roladores
deve ser lançada no Passivo, im ediat am ent e ant es do Pat rim ônio Líquido e após os Result ados
de Exercícios Fut uros, quando for o caso.
Assim , um Balanço Pat rim onial Consolidado, com presença de acionist as m inorit ários,
apresent ar- se- á da seguint e form a no lado do passivo, caso t enham os, por hipót ese, um a
part icipação de acionist as m inorit ários no valor de R$ 210.000,00:
At ivo Passivo
Passivo Circulant e 123.000,00
Passivo Exigível a Longo Prazo 78.000,00
Result ado de Exercícios Fut uros 47.000,00
Pa r t icipa çã o m inor it á r ia e m con t r ola da con solida da 2 1 0 .0 0 0 ,0 0
Pat rim ônio Líquido 786.000,00

Assim , a part icipação de não- cont roladores é a parcela do capit al, reservas e result ados
pert encent es a acionist as ou sócios m inorit ários. No Balanço Pat rim onial, essa part icipação
deve ser dest acada em grupo isolado no balanço pat rim onial consolidado, im ediat am ent e ant es
do grupo pat rim ônio líquido.
A part icipação de não- cont roladores no lucro ou prej uízo líquido, do exercício, das
cont roladas deve ser dest acada e apresent ada, respect ivam ent e, com o dedução ou adição ao
lucro ou prej uízo líquido consolidado, na Dem onst ração Consolidada do Result ado do Exercício.
Na hipót ese de consolidação proporcional, não há parcelas a dest acar no Balanço
Pat rim onial Consolidado e na Dem onst ração do Result ado Consolidado, vist o que, nest e caso,
esses valores não aparecem na Consolidação, j á que som ent e os valores pert encent es ao
grupo cont rolador são levados aos dem onst rat ivos consolidados.
Para calcular o valor da part icipação dos acionist as m inorit ários aplica- se sobre o
Pat rim ônio Líquido o percent ual de part icipação desses acionist as no capit al social da
sociedade invest ida ( cont rolada) .

20 INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS


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Ex e m plo:
Suponha que a cont rolada Piau S/ A possua o seu capit al social dividido em 500.000
ações com valor nom inal de R$ 1,00 por ação e que seu Pat rim ônio Líquido sej a const it uído
conform e a seguir dem onst rado:

Pat rim ônio Líquido R$


Capit al Social 980.000,00
Reservas de Capit al 196.000,00
Reservas de Lucros 147.000,00
Lucros Acum ulados 98.000,00
Tot al 1.421.000,00

Considerando, por hipót ese, que 49% das 500.000 ações não pert encem à Cont roladora
( que est á fazendo a consolidação) , logo devem os aplicar essa m esm a percent agem sobre as
dem ais cont as do pat rim ônio líquido, pois esse valor pert ence ou é de direit o dos acionist as
m inorit ários ou não cont roladores. Terem os, ent ão, a seguint e sit uação:

Pat rim ônio Líquido da Cont rolada Piau S/ A


Cont roladora
Part icipação
Cont as Valor t ot al Ant ares S/ A
m inorit ários ( 49% )
( 51% )
Capit al Social 980.000,00 480.200,00 499.800,00
Reservas de Capit al 196.000,00 96.040,00 99.960,00
Reservas de Lucros 147.000,00 72.030,00 74.970,00
Lucros Acum ulados 98.000,00 48.020,00 49.980,00
Tot al 1.421.000,00 696.290,00 724.710,00

Percebe- se que do Pat rim ônio Líquido da Cont rolada Piau S/ A, R$ 696.290,00.
pert encem aos acionist as m inorit ários, cuj o valor deve ser apresent ado dest acadam ent e no
Balanço Pat rim onial Consolidado.
Para dest acar esse valor, será necessário o seguint e lançam ent o cont ábil, que será
realizado nos papéis de t rabalho, sem nenhum regist ro cont ábil em qualquer livro:
Diversos
a Part icipação Minorit ária em Cont roladas Consolidadas
Capit al Social R$ 480.200,00
Reserva de Capit al R$ 96.040,00
Reserva de Lucros R$ 72.030,00
Lucros Acum ulados R$ 48.020,00 R$ 696.290,00

Não é dem ais repet ir que o valor de R$ 696.290,00 deverá const ar no Balanço Pat rim onial
Consolidado fora do Pat rim ônio Líquido, logo acim a dest e e abaixo de Result ados de Exercícios
Fut uros.

Na Dem onst ração do Result ado de Exercício Consolidado, devem os dest acar a parcela
do lucro das cont roladas consolidadas que se refere à part icipação m inorit ária.
Tom em os, a guisa de exem plo, o percent ual de part icipação dos acionist as não
cont roladores de 49% e considerem os que a em presa cont rolada t enha obt ido um Lucro

INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS 21


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Líquido do Exercício no valor de R$ 300.000,00. Assim sendo, o valor a ser dest acado na
consolidação referent e a part icipação m inorit ária será de R$ 147.000,00 ( 49% de R$
300.000,00) .
A seguir apresent arem os um exem plo da form a de apresent ação, no qual adm it im os
que a cont roladora Ast eca S/ A t enha obt ido um lucro de R$ 500.000,00 e o lucro da
Cont rolada Piau S/ A t enha sido de R$ 300.000,00, t ot alizando um lucro de R$ 800.000,00
ent re cont roladora e cont rolada.
No dem onst rat ivo consolidado devem os dest acar a part icipação dos acionist as
m inorit ários, que pode ser da seguint e form a:

DEMONSTRAÇÃO CONSOLI DADA DO RESULTADO DO EXERCÍ CI O


da cont roladora Ast eca S/ A e da Cont rolada Piau S/ A
Receit a Brut a
Lucro Brut o
Despesas Operacionais
...
Lucro Líquido Tot al 800.000,00
( - ) Part icipações Minorit árias da I nvest ida nos
( 147.000,00)
result ados consolidados
Lucro Líquido Consolidado 653.000,00

Devem os at ent ar ao fat o de que a elim inação dos valores pert encent es aos acionist as
m inorit ários e aos acionist as não cont roladores deve ser realizada m esm o quando exist em
lucros não realizados no pat rim ônio líquido das cont roladas, o que afet ará o result ado da
cont roladora, m as não poderá afet ar a part icipação m inorit ária ( ou não cont roladores) , pois o
lucro est ará não realizado na relação de cont rolada e cont roladora, m as est ará realizado para
os dem ais acionist as.
Assim , esses m inorit ários t êm direit o de part icipar no result ado das cont roladas de que
são sócios, ainda que haj a lucro decorrent e de operações com a cont roladora, pois esse lucro
será elim inado para apurar o valor pert encent e ao grupo econôm ico, m as não para apurar a
part icipação dos m inorit ários ou não cont roladores. Aliás, est e é um dos principais obj et ivos da
consolidação e apuração da part icipação dos acionist as m inorit ários.

8 – TRATAM EN TO D E I M POSTOS N O PROCESSO D E CON SOLI D AÇÃO

8 .1 – I M POSTO D E REN D A N A TRAN SAÇÃO EN TRE SOCI ED AD ES D O GRUPO


ECON ÔM I CO
A m aioria das t ransações com lucros est ão suj eit as ao I m post o de Renda. Com o na
consolidação elim inam os os lucros não realizados decorrent es de t ransações ent re em presas
do grupo econôm ico devem os elim inar, t am bém , as despesas com o im post o de renda sobre
aquele result ado se o result ado for passível de realização e adição em consolidação fut ura,
quando o im post o excluído será t am bém adicionado. Ent ret ant o, se o lucro for elim inado na
consolidação de form a definit iva, ist o é, se ele nunca m ais for adicionado por carecer de
realização, ent ão a t ribut ação pelo I m post o de Renda será considerada definit iva e não será
excluída na consolidação.

Ex e m plo:
Na venda de est oques, com lucro, da cont rolada à sua cont roladora, com incidência de
I m post o de Renda, e se esses est oques não forem vendidos pelo adquirent e ( parcial ou
22 INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS
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t ot alm ent e) , a parcela do lucro não realizado deve ser elim inada na consolidação, bem com o a
proporção do im post o de renda incident e sobre esse lucro.
Os lançam ent os de elim inação do I m post o ( aj ust es) são os seguint es:

a ) No Balanço Pat rim onial Consolidado


A cont a Lucros ou Prej uízos Acum ulados, do Pat rim ônio Líquido, deve ser credit ada para
elim inar o efeit o do I m post o de Renda no Result ado que foi incorporado a est a cont a. Com o
cont rapart ida, devem os debit ar um a cont a do At ivo Circulant e ou ARLP em cont a de
Ant ecipação de I m post o de Renda ou I m post o de Renda a Com pensar, vist o que quando da
realização do lucro esse im post o será devido pela cont roladora.
I m post o de Renda a Com pensar
a Lucros ou Prej uízos Acum ulados

b) Na Dem onst ração Consolidada do Result ado do Exercício


Nest e dem onst rat ivo o aj ust e deverá ser no valor da parcela referent e à provisão para
im post o de renda, relat iva a despesa com o se fosse um a part ida sim ples.

8 .2 – I CM S e I PI
Sabem os que os im post os recuperáveis não fazem part e do cust o de aquisição dos
est oques da adquirent e e t am pouco farão part e da receit a líquida de vendas da sociedade
vendedora. Mesm o assim , em face da necessidade de elim inação do result ado não realizado,
alguns aj ust es se fazem necessários, conform e verem os no exem plo a seguir.
Ex e m plo:
A cont rolada Piau S/ A faz a venda de seu est oque pelo valor de R$ 50.000,00 ( com
incidência de I CMS de 18% e de I PI de 12% ) a sua cont roladora Ast eca S/ A. O cust o do
est oque foi de 28.000,00, j á deduzidos os t ribut os recuperáveis. Assim , ela apresent ará a
seguint e est rut ura de result ado:

Fat uram ent o brut o ............................................ 56.000,00


( - ) I PI .............................................................. ( 6.000,00)
Receit a brut a .................................................... 50.000,00
( - ) I CMS .......................................................... ( 9.000,00)
Receit a líquida .................................................. 41.000,00
( - ) CPV ............................................................ ( 28.000,00)
Lucro brut o ...................................................... 13.000,00

Com o a em presa Piau S/ A faz sua escrit uração de form a regular, ela debit ou e credit ou
os valores do I PI e do I CMS nas cont as próprias. A cont roladora Ast eca S/ A pode não t er
vendido t odo esse est oque adquirido de sua cont rolada, o que acarret a os seguint es efeit os,
considerando que não houve a venda da m et ade do est oque:

a ) No Balanço Pat rim onial Consolidado


Som ent e o lucro não realizado no valor de R$ 6.500,00 deve ser elim inado. Com
relação ao I PI e ao I CMS nada deve ser feit o, vist o que os saldos a recolher ou a com pensar
desses t ribut os t am bém são obrigações ou direit os válidos no dem onst rat ivo consolidado.
b) Na Dem onst ração Consolidada do Result ado do Exercício

INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS 23


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Todos os valores relat ivos ao lucro não realizado devem ser elim inados, aí incluídos o
Cust o dos Produt os Vendidos, a Receit a Líquida, o I CMS, a Receit a Brut a, o I PI e do
Fat uram ent o Brut o proporcionalm ent e a parcela não realizada.
Os aj ust es a serem efet uados para elim inar esses valores na Dem onst ração Consolidada
do Result ado serão os seguint es:

Débit o Crédit o
Fat uram ent o Brut o 28.000,00
a I PI 3.000,00
a I CMS 4.500,00
a CPV 14.000,00
a Est oques ( lucros não realizados) 6.500,00

É int eressant e observar que se for efet uado o aj ust e do Fat uram ent o Brut o, do I PI , do
I CMS e do CPV, os valores relat ivos a Receit a Brut a, Receit a Líquida e Lucro Brut o est arão
t am bém aj ust ados.

9 - N OTAS EXPLI CATI VAS ÀS D EM ON STRAÇÕES CON TÁBEI S CON SOLI D AD AS


As dem onst rações cont ábeis consolidadas devem ser com plem ent adas por not as
explicat ivas que cont enham , pelo m enos, as seguint es inform ações:
1. as denom inações das ent idades cont roladas incluídas na consolidação, bem com o o
percent ual de part icipação da cont roladora em cada ent idade cont rolada, englobando a
part icipação diret a e a indiret a por int erm édio de out ras ent idades cont roladas;
2. as caract eríst icas principais das ent idades cont roladas incluídas na consolidação;
3. os procedim ent os adot ados na consolidação;
4. o valor dos principais grupos do at ivo, do passivo e do result ado das ent idades sob
cont role conj unt o;
5. a razão pela qual os com ponent es pat rim oniais de um a ou m ais cont roladas não foram
avaliados pelos m esm os crit érios ut ilizados pela cont roladora;
6. a exposição dos m ot ivos que det erm inaram a inclusão ou exclusão de um a ent idade
cont rolada durant e o exercício, bem com o os efeit os, nos elem ent os do Pat rim ônio
Líquido e Result ado Consolidados, decorrent es dessa inclusão ou exclusão;
7. a nat ureza e os m ont ant es dos aj ust es efet uados em decorrência da defasagem de
dat as de que t rat a o it em 8.2.6, quando couber;
8. a base e o fundam ent o para a am ort ização do ágio ou deságio não absorvido na
consolidação;
9. a conciliação ent re os m ont ant es do Pat rim ônio Líquido e Lucro Líquido da cont roladora
com m ont ant es do pat rim ônio líquido ou prej uízo consolidados, e os respect ivos
esclarecim ent os, se necessários;
10. os event os subseqüent es à dat a de encerram ent o do exercício ou período que t enham
ou possam vir a t er efeit o relevant e sobre as dem onst rações cont ábeis consolidadas;
11. o efeit o da variação do percent ual de part icipação da cont roladora na cont rolada dent ro
de um m esm o exercício.

É I SSO, PESSOAL. Agora j á podem fazer os exercícios e percebam que


bast ant e t eóricos!

24 INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS


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EXERCÍ CI OS PROPOSTOS

0 1 ) ( AFTN - 9 6 - Esa f) : Não devem int egrar os Dem onst rat ivos Consolidados os pat rim ônios de
em presas cont roladoras nas quais:
a) O cont role sej a apenas t em porário
b) O cont role ocorra de form a int egral
c) Ocorra t ot al dependência t ecnológica
d) Ocorra dependência financeira int egral
e) O cont role sej a perm anent e e t ot al

0 2 ) ( AFTN - 9 6 - Esa f) : Para que os procedim ent os de Consolidação das Dem onst rações
Cont ábeis dos conglom erados reflit am t ecnicam ent e a relação do grupo para com t erceiros,
é im port ant e sej a m ant ida a uniform idade
a) De polít icas de capt ação de recursos, de form ação dos est oques e m ant idos os m esm os
credores
b) De fornecedores, de est ocagem de produt os e ut ilizem os m esm os órgãos financiadores
c) De polít icas de com pra e venda de produt os, de est ocagem de produt os e m ant idos os
m esm os credores
d) Diret iva em t odas as em presas do conglom erado com os m esm os diret ores nas em presas
e) De crit érios e procedim ent os cont ábeis ent re as em presas consolidadas

A em presa LM era subsidiária int egral da Cia ABC, que t am bém possuía 60% do capit al da
Cia XY. Em 31.12.19x1 os balanços pat rim oniais da Cia ABC e de suas cont roladas eram os
seguint es :
A em presa LM era subsidiária int egral da Cia. ABC, que t am bém possuía 60 % do
capit al da Cia. XY. Em 31/ 12/ 19X1 os balanços pat rim oniais da Cia. ABC e de suas
cont roladas eram os seguint es:
Cont roladora Cont rolada Cont rolada
ABC LM XY
ATI VO CI RCULAN TE
Disponibilidades 1.000 15.000 22.000
Valores a receber 25.000 5.000 34.000
Est oques 45.000 - 20.000
ATI VO PERM AN EN TE
I N VESTI M EN TOS
Part icipações Societ árias Cia. LM 20.000 - -
Part icipações societ árias Cia. XY 60.000 - -
I M OBI LI ZAD O LÍ QUI D O 100.000 10.000 54.000
TOTAL D O ATI VO 2 5 1 .0 0 0 3 0 .0 0 0 1 3 0 .0 0 0

PASSI VO CI RCULAN TE
Valores a pagar 16.000 - 5.000
PASSI VO EXI GÍ VEL A LON GO PRAZO
Em prést im os Bancários 35.000 10.000 25.000
PATRI M ÔN I O LÍ QUI D O
Capit al Social 200.000 20.000 100.000
TOTAL PASSI VO + PL 2 5 0 .0 0 0 3 0 .0 0 0 1 3 0 .0 0 0

INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS 25


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Out ras inform ações:
* o saldo das cont a Valores a Pagar da Cia. XY correspondia a operações de repasses
financeiros realizadas com a cont roladora.
* em 31.12.19x1 a Cia. LM t inha a receber $.2.000 de sua cont roladora .
Com base nas inform ações ant eriores, ident ifique as respost as das quest ões 03 a 08 .

03) ( AFTN - 9 6 - Esa f) O valor apurado na consolidação dos dem onst rat ivos para a
part icipações m inorit árias é:
a) $ 20.000
b) $ 200.000
c) $ 100.000
d) $ 120.000
e) $ 40.000

0 4 ) ( AFTN - 9 6 - Esa f) Em 31.12.19x1 o grupo t inha a receber de t erceiros:


a) $ 57.000
b) $ 64.000
c) $ 34.000
d) $. 5.000
e) $ 25.000

05) ( AFTN - 9 6 - Esa f) O valor consolidado do capit al social do grupo era:


a) $ 320.000
b) $ 200.000
c) $ 300.000
d) $ 220.000
e) $ 100.000

0 6 ) ( AFTN - 9 6 - Esa f) Em 31.12.19x1 as obrigações t ot ais do grupo eram :


a) $ 14.000
b) $ 70.000
c) $ 84.000
d) $ 16.000
e) $ 51.000

0 7 ) ( AFTN - 9 6 - Esa f) O valor do At ivo Perm anent e Consolidado em 31.12.19x1 era:


a) $ 244.000
b) $ 224.000
c) $ 234.000
d) $ 164.000
e) $ 184.000

0 8 ) ( AFTN - 9 6 - Esa f) O valor do Pat rim ônio Líquido Consolidado é:


a) $ 200.000
b) $ 240.000
c) $ 300.000
d) $ 220.000
e) $ 120.000

0 9 ) ( AFTN - 9 6 - Esa f) Em 10/ 10/ 19x2, a Cia. Am azonas vende à vist a para a sua subsidiária
int egral, Cia Solim ões , um im obilizado pelo valor de $ 15.000.000, obt endo um lucro na
operação de $ 3.500.000. Em 31/ 12/ 19x2, por ocasião da Consolidação das
Dem onst rações Cont ábeis, o procedim ent o de elim inação do lucro não realizado
int ercom panhias seria :
a) Terrenos
a Lucros Não- Realizados I nt ercom panhias $ 3.500.000
b) Result ado Operacional
a Terrenos $ 3.500.000
26 INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS
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c) Lucro na Alienação de I m obilizados
a Terrenos $ 3.500.000
d) Terrenos
a Lucros na Alienação de I m obilizados $ 3.500.000
e) Terrenos
a Aj ust es de Lucros Não- Realizados I nt ercom panhias $ 3.500.000

1 0 ) ( AFTN - 9 8 - Esa f) As part icipações de acionist as m inorit ários ou não cont roladores, quando
da consolidação, deverão ser
a) deduzidas do valor do invest im ent o no At ivo Perm anent e
b) acrescidas ao valor do invest im ent o no At ivo Perm anent e
c) consolidadas sem qualquer referência especial
d) segregadas em cont a específica no At ivo Perm anent e
e) segregadas em cont a específica fora do Pat rim ônio Líquido consolidado

1 1 ) ( AFTN - 9 8 - Esa f) Na consolidação dos Balanços de Cont roladora e Cont rolada t odos os
it ens abaixo deverão ser excluídos, excet o
a) part icipações societ árias de em presas não cont roladas e não pert encent es ao grupo
b) lucro na venda de At ivos I m obilizados ent re cont roladora e cont rolada
c) invest im ent o perm anent e da cont roladora na cont rolada
d) lucro não realizado nas t ransações de m ercadorias ent re cont roladora e cont rolada
e) cont as a receber que represent am cont as a pagar na cont rolada

1 2 ) ( AFTN - 9 8 - Esa f) O im post o de renda oriundo de lucro ainda não realizado, referent e a
operações efet uadas ent re as em presas em consolidação, deverá ser
a) lançado cont ra est oques, quando provenient e de t ransações de m ercadorias
b) considerado e pago quando for o caso
c) elim inado para post erior t ribut ação
d) lançado cont ra im post os a com pensar no Passivo Circulant e
e) lançado cont ra im post os a com pensar no Exigível a Longo Prazo

1 3 ) ( AFTN - 9 8 - Esa f) Na Consolidação de Dem onst rações Financeiras, o ágio oriundo de


invest im ent o de cont roladora em cont rolada avaliado pelo m ét odo da equivalência
pat rim onial deverá ser
a) elim inado proporcionalm ent e à part icipação da cont roladora na cont rolada
b) elim inado na consolidação não aparecendo na dem onst ração consolidada
c) m ant ido na consolidação e aparecendo na dem onst ração consolidada
d) t ransferido para cont a de receit a no result ado da cont roladora
e) t ransferido ao Lucros e Perdas do Balanço consolidado

1 4 ) ( AFRF- 2 0 0 1 - Esa f) No processo de elaboração da consolidação das dem onst rações não
são excluídos os( as) :
a) lucros não realizados decorrent es de operações de venda de at ivos ent re as em presas do
grupo
b) vendas de qualquer nat ureza realizadas ent re a em presa cont rolada e sua cont roladora
c) dividendos recebidos por cont a de part icipações societ árias avaliadas por equivalência
pat rim onial
d) receit as auferidas por cont a de j uros cobrados em cont rat o de m út uo realizado ent re
em presas do grupo
e) vendas de serviços realizadas ent re a em presa cont roladora e suas cont roladas

1 5 ) ( AFRF- 2 0 0 1 - Esa f) De acordo com a I nst rução CVM 247/ 96, poderão ser excluídas da
obrigat oriedade de Consolidação de Dem onst rações Financeiras:
a) t odas as com panhias abert as que t iverem m ais de 30% do seu pat rim ônio líquido
represent ado por invest im ent os em cont roladas
b) sociedades cont roladas que apresent arem efet ivas e claras evidências de perda de
cont inuidade

INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS 27


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c) sociedades cont roladas que apresent arem efet ivas e claras evidências de m anut enção da
cont inuidade
d) t odas as com panhias abert as que t iverem m enos de 30% do seu pat rim ônio líquido
represent ado por invest im ent os em cont roladas
e) sociedades cont roladas que não se configurem com o part e relacionada e não operem com
a cont roladora

Tom ando com o base unicam ent e as inform ações a seguir, responda às quest ões de 16 a
23.
I – Balanço Pat rim onial:
Con t r ola dor a - A Con t r ola da - B
At ivo
Disponível 95.000 125.000
Cont as a Receber t erceiros 120.000
Cont as a Receber int ercom panhias 140.000
Est oques 70.000 20.000
I nvest im ent os na cont rolada B 125.000
I m obilizado 350.000 35.000
Tot a l do At ivo 7 6 0 .0 0 0 3 2 0 .0 0 0
Pa ssivo + Pa t r im ôn io Líqu ido
Pa ssivo
Fornecedores t erceiros 50.000 120.000
Fornecedores int ercom panhias 140.000
Out ras cont as a pagar 40.000 55.000
Pa t r im ôn io Líqu ido
Capit al 500.000 125.000
Lucros Acum ulados 30.000 20.000
Tot a l Pa ssivo e Pa t r im ôn io Líqu ido 7 6 0 .0 0 0 3 2 0 .0 0 0

I I – Dem onst rações do Result ado de Exercício:


D e m onst r a çã o de Re su lt a dos Con t r ola dor a - A Con t r ola da - B
Vendas 80.000 140.000
Cust o das Vendas ( 70.000) ( 100.000)
Lucro Brut o 10.000 40.000
Result ado da equivalência 20.000
Lu cr o Líqu ido 30.000 40.000

• A cont roladora A const it uiu a cont rolada B da qual t em 100% do capit al.
I I I – Out ras inform ações adicionais:

• A cont rolada B vendeu para a cont roladora A, por R$ 140.000,00, m ercadorias que lhe

• A Cont roladora A vendeu m et ade dos est oques com prados da cont rolada B pelo preço
cust aram R$ 100.000,00.

• No período foram dist ribuídos dividendos, pela cont rolada B, na ordem de R$ 20.000,00.
de R$ 80.000,00.

1 6 ) ( AFRF- 2 0 0 1 - Esa f) O valor do Lucro Brut o Consolidado é de:


a) 30.000
b) 20.000
c) 10.000
d) 40.000
e) 50.000

1 7 ) ( AFRF- 2 0 0 1 - Esa f) O valor do Cust o das Vendas Consolidado é de:


a) 30.000
b) 170.000
28 INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS
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c) 70.000
d) 100.000
e) 50.000

1 8 ) ( AFRF- 2 0 0 1 - Esa f) O valor das Receit as de Vendas Consolidadas é de:


a) 220.000
b) 80.000
c) 120.000
d) 140.000
e) 50.000

1 9 ) ( AFRF- 2 0 0 1 - Esa f) No processo de consolidação das dem onst rações cont ábeis, o valor do
lucro não- realizado é:
a) 50.000
b) 20.000
c) 30.000
d) 40.000
e) 10.000

2 0 ) ( AFRF- 2 0 0 1 - Esa f) Após a consolidação dos Balanços, o valor t ot al do At ivo é:


a) 795.000
b) 815.000
c) 1.080.000
d) 720.000
e) 700.000

2 1 ) ( AFRF- 2 0 0 1 - Esa f) Após a consolidação dos Balanços, o valor dos Lucros Acum ulados é:
a) 80.000
b) 40.000
c) 50.000
d) 30.000
e) 140.000

2 2 ) ( AFRF- 2 0 0 1 - Esa f) Após a consolidação dos Balanços, o valor t ot al das Exigibilidades é:


a) 95.000
b) 265.000
c) 255.000
d) 170.000
e) 295.000

2 3 ) ( AFRF- 2 0 0 1 - Esa f) - Após a consolidação dos Balanços, o valor t ot al das Cont as a


Receber é
a) 120.000
b) 140.000
c) 260.000
d) 80.000
e) 20.000

2 4 ) ( AFRF- 2 0 0 2 - Esa f) No processo de consolidação, a part icipação societ ária dos acionist as
não pert encent es ao grupo deve ser evidenciada com o:
a) Pat rim ônio Líquido
b) At ivo
c) Passivo
d) Receit as
e) Reservas

INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS 29


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2 5 ) ( AFRF- 2 0 0 2 - Esa f) As dem onst rações cont ábeis consolidadas, exigidas nos t erm os da
I nst rução CVM 247/ 96, são:
a) Dem onst ração Consolidada dos Fluxos dos Caixas, Dem onst ração Consolidada das Mut ações
Pat rim oniais, Dem onst ração Consolidada do Result ado do Exercício e Balanço Pat rim onial
Consolidado.
b) Balanço Pat rim onial Consolidado, Dem onst ração Consolidada do Result ado do Exercício e
Dem onst ração Consolidada das Origens e Aplicações de Recursos.
c) Dem onst ração Consolidada do Result ado do Exercício, Balanço Pat rim onial Consolidado,
Dem onst ração Consolidada dos Fluxos dos Caixas e os Fluxos dos Caixas de cada um a da
em presas com ponent es do grupo.
d) Dem onst ração Consolidada das Origens e Aplicações de Recursos, Dem onst ração
Consolidada das Mut ações Pat rim oniais e Dem onst ração Consolidada do Result ado do
Exercício.
e) Dem onst ração Consolidada da cont a Lucros/ Prej uízos Acum ulados, Balanço Pat rim onial
Consolidado e Dem onst ração Consolidada do Result ado do Exercício.

2 6 ) ( AFRF- 2 0 0 2 - Esa f) O saldo em abert o de operações de repasse de recursos efet uadas da


cont roladora para as cont roladas e coligadas por ocasião da elaboração da consolidação dos
balanços será:
a) avaliado
b) realizado
c) incorporado
d) anulado
e) regist rado

2 7 ) ( AFRF- 2 0 0 2 - 2 - Esa f) Para a elaboração das Dem onst rações Cont ábeis Consolidadas, a
invest idora deve:
a) em nenhum a hipót ese ut ilizar períodos cont ábeis não idênt icos, m esm o que est e fat o
represent e m elhoria na qualidade da inform ação produzida.
b) ut ilizar dem onst rações cont ábeis e do pat rim ônio líquido das invest idas apuradas na m esm a
dat a das dem onst rações cont ábeis da invest idora.
c) com pensar quaisquer at ivos ou passivos pela dedução de out ros at ivos ou passivos m esm o
na inexist ência de direit o de com pensação.
d) ut ilizar dem onst rações cont ábeis de coligadas e cont roladas elaboradas at é 90 dias ant es da
dat a das dem onst rações cont ábeis da invest idora.
e) elim inar saldos de quaisquer cont as de at ivas e passivas result ant es de t ransações das
sociedades incluídas na consolidação.

2 8 ) ( AFRF- 2 0 0 2 - 2 - Esa f) Dos procedim ent os list ados a seguir, indique aquele que não
corresponde ao processo cont ábil de elaboração das dem onst rações consolidadas.
a) Elim inação das despesas e receit as de variação cam bial efet uadas com inst it uições
financeiras indicadas pela cont roladora.
b) Exclusão de saldos de at ivos e passivos em abert o de operações realizadas ent re
cont roladas e a cont roladora.
c) Valores de despesas e receit as de prest ação de serviços realizados ent re em presas do
grupo.
d) Valores não realizados exist ent es nos at ivos decorrent es de operações de com pra e venda
de at ivos int ercom panhias.
e) Operações de vendas efet uadas ent re as em presas do grupo que efet uará a consolidação.

2 9 ) ( AFRF- 2 0 0 3 ) A em presa Chuí S.A. possui invest im ent os na em presa Oiapoque S.A.,
t endo, de acordo com as det erm inações da Lei das Sociedades por Ações, a
obrigat oriedade de efet uar a consolidação. No ano de 2002 a em presa Chuí adquiriu da
em presa Oiapoque R$100.000,00 de fios elét ricos para reform ar suas inst alações.
Pressupondo que est e lucro será elim inado e nunca m ais realizado, podese:
a) elim inar agora o I m post o de Renda e a cont ribuição social sobre ele incident e.
b) excluir definit ivam ent e o I m post o de Renda e a cont ribuição social pois não são devidos.
c) excluir o I m post o de Renda e m ant er a cont ribuição social com o despesa do período.
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d) m ant er o I m post o de Renda e elim inar a cont ribuição social das dem onst rações.
e) m ant er o I m post o de Renda e a cont ribuição social pois am bos são despesas do período.

3 0 ) ( AFRF- 2 0 0 3 ) A em presa Fort aleza S.A. consolida em suas dem onst rações financeiras a
em presa cont rolada Rio Branco S.A. No ano de 2002 a em presa Fort aleza com prou da
em presa Rio Branco S.A. m ercadorias para revenda no valor de R$ 10.000.000,00, que
ainda perm anecem em seus est oques. Considerando um a alíquot a de 25% de I m post o de
Renda e 9% da Cont ribuição Social, t ot alizando 34% , indique o lançam ent o a ser efet uado
no Balanço Pat rim onial Consolidado, relat ivo ao I m post o de Renda e à Cont ribuição Social.
a) Nenhum , pois o I m post o de Renda e a Contribuição Social são despesas do Período.
b) Débit o de Lucros Acum ulados e Crédit o do Passivo Circulant e no valor de R$ 3.400.000,00.
c) Débit o no At ivo Circulant e e Crédit o nos Lucros Acum ulados no valor de R$ 3.400.000,00.
d) Débit o no Passivo Circulant e e Crédit o nos Lucros Acum ulados no valor de R$ 3.400.000,00.
e) Débit o de At ivo Realizável a Longo Prazo e Crédit o de Passivo Circulant e no valor de R$
2.500.000,00, pois som ent e o I m post o de Renda deve ser elim inado.

Com base no que dispõe a Lei das Sociedades Anônim as ( Lei nº 6.404/ 1976) e os at os
norm at ivos da CVM, a propósit o da consolidação de dem onst rações financeiras e out ros
aspect os relat ivos às dem onst rações cont ábeis, m arque ( C) para CERTO e ( E) para
ERRADO nas quest ões nº s 31 a 48.

3 1 ) ( I N SS- CESPE- 2 0 0 3 ) A consolidação de dem onst rações financeiras só é obrigat ória para
os casos de grupos em presariais que se const it uírem form alm ent e em grupos de
sociedades na form a das sociedades anônim as ( S.A.) , independent em ent e de serem ou
não com panhias abert as, e ainda que a sociedade de com ando não sej a um a S.A.

3 2 ) ( I N SS- CESPE- 2 0 0 3 ) Deve- se excluir das dem onst rações consolidadas, sem pre com a
anuência prévia da Com issão de Valores Mobiliários ( CVM) , os invest im ent os cuj a inclusão
possam provocar dist orção na represent ação pat rim onial e financeira do grupo. Nesse
caso, o invest im ent o excluído deve ser avaliado pelo m ét odo de equivalência pat rim onial
( MEP) e ser obj et o de not a explicat iva que explique as razões que det erm inaram a
exclusão.

3 3 ) ( Pe t r obr a s- CESPE- 2 0 0 4 ) As com panhias abert as são obrigadas a publicar o relat ório da
adm inist ração que deve cont er, ent re out ras, inform ações relat ivas a aquisição de
debênt ures de em issão própria e a polít ica de reinvest im ent os de lucros e dist ribuição de
dividendos const ant es no acordo de acionist as.

34) ( Pe t r obr a s- CESPE- 2 0 0 4 ) As dem onst rações consolidadas devem incluir t odas as
em presas cont roladas, sendo proibida, em qualquer sit uação, a exclusão de qualquer um a
dessas em presas sem anuência prévia da Com issão de Valores Mobiliários ( CVM) .

3 5 ) ( Pe t r obr a s- CESPE- 2 0 0 4 ) As com panhias fechadas e os conj unt os de sociedades que não
est ej am enquadradas na definição legal de grupos de sociedades est ão dispensados da
elaboração e da divulgação das dem onst rações cont ábeis consolidadas, que são
obrigat órias para as com panhias abert as e para os referidos grupos de sociedades.

3 6 ) ( Pe t r obr a s- CESPE- 2 0 0 4 ) Para as com panhias abert as e para as inst it uições financeiras,
a lei t ornou obrigat ória a publicação, j unt am ent e com as dem onst rações financeiras
exigidas, dos pareceres de Conselho Fiscal e de audit ores independent es regist rados na
CVM.

3 7 ) ( Pe t r obr a s- CESPE- 2 0 0 4 ) O grau de evidenciação das dem onst rações cont ábeis deve
propiciar o suficient e ent endim ent o do que cum pre dem onst rar, inclusive com o uso de
not as explicat ivas que, ent ret ant o, não poderão subst it uir o que é int rínseco às
dem onst rações.

INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS 31


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3 8 ) ( Pe t r obr a s- CESPE- 2 0 0 4 ) Para efeit o de consolidação das dem onst rações cont ábeis, um a
ent idade é cont roladora de out ra, ou sej a, exerce o com ando diret o sobre a out ra
ent idade, quando det ém a m aioria do capit al vot ant e da m esm a ou exerce o com ando
indiret o, quando dispõe de out ras condições que lhe assegurem , ainda que
t em porariam ent e, a preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a m aioria
dos adm inist radores.

3 9 ) ( Pe t r obr a s- CESPE- 2 0 0 4 ) Quando a part icipação percent ual da cont roladora no capit al
da cont rolada variar durant e o exercício, os result ados devem ser incluídos
proporcionalm ent e às percent agens de part icipação, período por período.

4 0 ) ( Pe t r obr a s- CESPE- 2 0 0 4 ) A consolidação é o processo de agregar saldos de cont as e


( ou) de grupo de cont as de m esm a nat ureza, de elim inar saldos de t ransações e de
part icipações ent re ent idades que form am o conj unt o e de segregar o int eresse de
m inorit ários, quando for o caso. Esses aj ust es e elim inações são realizados m ediant e
lançam ent os efet uados na escrit uração da ent idade cont roladora.

4 1 ) ( Pe t r obr a s- CESPE- 2 0 0 4 ) As com panhias abert as são obrigadas a elaborar e publicar,


j unt am ent e com as dem ais dem onst rações societ árias obrigat órias, a dem onst ração das
m ut ações do pat rim ônio líquido ( DMPL) , que deverá cont er, em um a de suas colunas, a
dem onst ração de lucros ou prej uízos acum ulados ( DLPA) , ficando, assim , dispensadas da
elaboração e da publicação da DLPA em separado.

4 2 ) ( Pe t r obr a s- CESPE- 2 0 0 4 ) Os j uros sobre o capit al próprio devem ser cont abilizados
com o dest inação dos lucros, diret am ent e na cont a lucros acum ulados, sem t ransit ar pelo
result ado do exercício. Assim , as em presas que t iverem cont abilizado t ais j uros com o
despesa financeira, para fins de dedut ibilidade fiscal, ficam obrigadas a efet uar a reversão
do seu valor, na últ im a linha da dem onst ração do result ado, ant es do saldo da cont a de
lucro ou prej uízo do exercício.

4 3 ) ( Pe t r obr a s- CESPE- 2 0 0 4 ) A princípio t odo o result ado do exercício deve ser dist ribuído
aos acionist as, a não ser que exist am fort es razões para não fazê- lo. Nesse caso, as
razões para a ret enção do lucro devem ser suficient es para j ust ificar a não- dist ribuição,
além de serem devidam ent e evidenciadas em not a explicat iva.

4 4 ) ( Pe t r obr a s- CESPE- 2 0 0 4 ) As part icipações nos lucros at ribuídas a t erceiros, não relat ivas
ao invest im ent o dos acionist as, devem ser regist radas com o despesas da em presa, ant es
de se apurar o lucro líquido do exercício. A base de cálculo legal para apuração, porém , é
o lucro líquido, ant es do im post o de renda e da cont ribuição social, e ant es das
part icipações, deduzido do event ual saldo de prej uízos acum ulados.

4 5 ) ( Pe t r obr a s- CESPE- 2 0 0 4 ) No balanço, os saldos de depósit os bancários em out ros países


devem ser convert idos em m oeda nacional, sendo suficient e e adm it ido para esse
procedim ent o t ão- som ent e a adoção da t axa cam bial de com pra corrent e da dat a do
balanço.

4 6 ) ( Pe t r obr a s- CESPE- 2 0 0 4 ) A variação cam bial correspondent e ao aj ust e do saldo em


m oeda nacional à t axa de câm bio ut ilizada na dat a da conversão deve ser cont abilizada
em result ado do exercício, em cont a segregada, no grupo despesas e receit as financeiras,
sendo adm it ido, para esse regist ro, o aum ent o do cust o de aquisição at é o lim it e de valor
do m ercado.

4 7 ) ( CESPE/ Unb- I N M ETRO- 2 0 0 1 ) Acerca de consolidação de dem onst rações cont ábeis,
assinale a opção corret a.
a) Poderão ser excluídas das dem onst rações cont ábeis consolidadas, sem prévia aut orização
da CVM, as sociedades cont roladas com efet ivas e claras evidências de perda de
cont inuidade e cuj o pat rim ônio sej a avaliado, ou não, a valores de liquidação.

32 INICIATIVA: PON T O DOS CON CU RSOS


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b) No balanço pat rim onial consolidado, o valor cont ábil do invest im ent o na sociedade
cont rolada excluída da consolidação deverá ser avaliado pelo m ét odo de cust o.
c) Nas dem onst rações cont ábeis consolidadas, será t am bém considerada j ust ificável a exclusão
de sociedade cont rolada cuj as operações sej am de nat ureza diversa das operações da
invest idora ou das dem ais cont roladas.
d) Para a elaboração das dem onst rações cont ábeis consolidadas, a invest idora deverá excluir
os saldos de quaisquer cont as at ivas e passivas, decorrent es de t ransações ent re as
sociedades excluídas na consolidação.
e) No processo de consolidação das dem onst rações cont ábeis, poderá ser efet uada a
com pensação de quaisquer at ivos ou passivos pela dedução de out ros passivos ou at ivos,
m esm o que não exist a direit o de com pensação.

4 8 ) ( CESPE/ Unb- I N M ETRO- 2 0 0 1 ) Com referência ao PI S/ PASEP, COFI NS, I RRF, im post o de
renda das pessoas j urídicas e cont ribuição social sobre o lucro líquido, j ulgue os it ens
abaixo.
I - O PI S/ PASEP e COFI NS incidem sobre a receit a de vendas das em presas, depois de
deduzidos os valores de I PI e I CMS.
I I - O I RRF sobre aplicações financeiras pago pelas em presas só pode ser ut ilizado para
dedução do im post o devido em cada m ês no exercício seguint e ao de sua ret enção.
I I I - A provisão para devedores duvidosos cont abilizada em det erm inado período pode ser
deduzida im ediat am ent e para fins de cálculo do lucro real, m esm o ant es do
reconhecim ent o da perda efet iva do recebível.
I V - A provisão para cont ingências só será dedut ível na apuração do lucro real e const it uirá
base de cálculo da cont ribuição social sobre o lucro líquido no pagam ent o ou na liquidação
do passivo.
V - O ganho de equivalência pat rim onial não- operacional, por variação do percent ual de
part icipação, é um a receit a não- t ribut ável para fins de im post o de renda e cont ribuição
social sobre o lucro líquido.
Est ão cert os apenas os it ens
a) I e I I . C) I I e I I I . E) I V e V.
b) I e I V. D) I I I e V.

GABARI TO
01 – A 02 – E 03 – E 04 – A 05 – B
06 – C 07 – D 08 – A 09 – C 10 – E
11 – A 12 – C 13 – C 14 – C 15 – B
16 – A 17 – E 18 – B 19 – B 20 – A
21 – D 22 – B 23 – A 24 – C 25 – B
26 – D 27 – E 28 – A 29 - E 30 - C
31 – E 32 – C 33 – C 34 – E 35 – C
36 – E 37 – C 38 – E 39 – C 40 – E
41 – C 42 – C 43 – C 44 – C 45 – E
46 – C 47 – A 48 – E

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