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I - Introdução
Sua principal característica, além de ser uma sociedade não personificada é o fato de
que este se extingue ao término do empreendimento. Sendo assim, é usado com
freqüência em execução de obras públicas e grandes projetos de investimento. É
imprescindível que o consórcio tenha prazo determinado previsto, segundo a Decisão
de Consulta SRF no. 272/98, da 6ª Região Fiscal.
Embora o regime tributário aplicável aos consórcios, seja o mesmo regime aplicado às
pessoas jurídicas, não os obriga nem os autoriza a apresentar a declaração de
rendimentos, conforme o Ato Declaratório Normativo - ADN nº 21, de 08/01/84, e
ainda, na aplicação do referido regime tributário, os rendimentos decorrentes das
atividades (principais e acessórias) desses consórcios devem ser computados nos
resultados das empresas consorciadas, proporcionalmente à participação de cada uma
no empreendimento.
- capa do processo/requerimento;
- contrato, alteração ou distrato do consórcio, no mínimo, em três vias, sendo pelo
menos uma original;
- decreto de autorização do Presidente da República, no caso de consórcio de
mineração; e,
- comprovante de pagamento do preço dos serviços.
O consórcio, constituído nos termos dos arts. 278 e 279 da Lei nº 6.404, de 1976, não
possui personalidade jurídica própria, mantendo-se a autonomia jurídico-tributária de
cada uma das consorciadas.
CONTRIBUINTE.
A retenção de que trata o art. 1º da Instrução Normativa SRF nº 480, de 2004, deverá
ser efetuada em nome de cada empresa participante do consórcio, tendo por base o
valor constante da correspondente nota fiscal de emissão de cada uma das pessoas
jurídicas consorciadas. Os valores retidos poderão ser deduzidos, pelo contribuinte
(consorciada), do valor do imposto e contribuições da mesma espécie devidos,
relativamente a fatos geradores ocorridos a partir do mês da retenção.
(...)
No que tange ao Imposto retido na fonte, a fonte pagadora dos rendimentos sujeitos
ao IR-fonte, pagos na atividade de consórcios, são as empresas consorciadas,
responsáveis pelas obrigações tributárias proporcionalmente à participação de cada
uma no empreendimento, mas a retenção e o recolhimento do imposto, bem como os
deveres instrumentais correspondentes, por elas devidos, poderão ser efetuados em
nome e CNPJ do consórcio.
Os registros das operações relativas ao consórcio podem ser feitos pela consorciada-
administradora em livros específicos para efeitos de controle, mas a respectiva receita
bruta que lhe couber deverá ser levada ao seu próprio resultado. É o que está
estipulado na Norma Brasileira de Contabilidade – NBC-T n. 10/20 – Consórcios,
expedida pelo Conselho Federal de Contabilidade – CFC (Resolução CFC n.
1.035/2005), conforme segue o trecho que é destacado a seguir:
(...)
A Solução de Divergência no. 207/2001, ,da 7a. Região Fiscal estatui que a
determinação das proporções de receita atribuídas às duas consorciadas, nacional e
estrangeira, que integram um mesmo grupo econômico, não está submetida às regras
do preço de transferência, eis que, entre elas, não haverá operação de importação,
exportação ou aquisição, aplicando-se, apenas as regras gerais relativas à distribuição
disfarçada de lucros.
A Pessoa Jurídica que optar pela tributação com base no lucro presumido poderá
observar o regime de caixa para fins da incidência das contribuições para o PIS/PASEP
e COFINS, desde que utilize o mesmo critério em relação ao IRPJ e à CSLL.
Cada pessoa jurídica participante do consórcio deverá apropriar suas receitas, custos e
despesas incorridos, proporcionalmente à sua participação no empreendimento,
conforme documento arquivado no órgão de registro, e de acordo com o disposto na
IN RFB no. 834/08.
Por fim, cabe também a cada empresa consorciada incluir nas suas respectivas DIRF,
como pessoa jurídica, as retenções efetuadas e recolhidas, vinculadas nos
empreendimentos em prejuízo da entrega, aos respectivos beneficiários, dos
Comprovantes de Rendimentos pagos e de retenção do IRRF.
Luís C. Pereira
Consultor de tributos