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28/8/2014 IOB Online

Em face da publicação da Instr ução Nor mativa RFB nº 1.022/2010 - DOU de 07.04.2010, este pr ocedimento foi atualizado. T ópico atualizado:
6.8 Mútuos entr e a holding e as contr oladas.

Dir eit o de empr es a - Holding

Res umo: Este pr ocedimento abor da os aspectos societár ios e fiscais da sociedade holding.

Sumár io

1. DEFINIÇÃ O
2. PREVISÃ O LEGA L
3. ESPÉCIES
4. VA NTA GENS E DESVA NTA GENS
4.1 Vantagens
4.2 Desvantagens
5. ESCOLHA DO TIPO SOCIETÁ RIO
5.1 Limitada ou S /A?
6. IMPOSTO DE RENDA
6.1 Integr alização de capital em bens
6.1.1 Integr alização por sócio ou acionista pessoa física
6.1.2 Integr alização por sócio ou acionista pessoa j ur ídica
6.2 Avaliação de investimentos pela equivalência patr imonial
6.2.1 S íntese da equivalência patr imonial
6.3 Recebimento de lucr os e dividendos pela holding
6.4 Capitalização de lucr os ou r eser vas nas sociedades das quais a holding par ticipa
6.5 T r ibutação dos r esultados apur ados pela holding
6.6 Distr ibuição de lucr os e dividendos pela holding
6.6.1 Distr ibuição de lucr os ou dividendos (opção pelo lucr o pr esumido)
6.6.1.1 Isenção do imposto sobr e a distr ibuição do lucr o pr esumido
6.6.2 Apur ação contábil de lucr o líquido super ior ao pr esumido - Isenção na distr ibuição
6.7 Pagamento de j ur os a sócios ou acionistas a título de r emuner ação do capital pr ópr io
6.8 Mútuos entr e a holding e as contr oladas
6.9 Difer imento do r econhecimento das despesas com j ur os e encar gos financeir os pagos ou incor r idos - Empr éstimos contr aídos par a
financiamento de investimentos em sociedades contr oladas
7. CONTRIBUIÇÃ O SOCIA L SOBRE O LUCRO
8. COFINS E CONTRIBUIÇÃ O PA RA O PIS- PA SEP
9. A LUGUÉIS RECEBIDOS PELA HOLDING FA MILIA R
9.1 Imposto de Renda Pessoa Jur ídica
9.2 Contr ibuição S ocial sobr e o Lucr o
9.3 Cofins e contr ibuição par a o PIS -Pasep
10. DISSOLUÇÃ O DA HOLDING

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1. DEFINIÇÃ O

A expr essão holding tem suas r aízes no idioma inglês, der ivada do ver bo to hold, que significa segur ar , manter , contr olar , guar dar .

S ociedade holding, por tanto, é aquela que par ticipa do capital de outr as sociedades em níveis suficientes par a contr olá-las.

Obser ve-se que a expr essão holding não r eflete a existência de um tipo de sociedade especificamente consider ado na legislação. Apenas
identifica aquela que tem por obj eto par ticipar de outr as sociedades.

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2. PREVISÃ O LEGA L

A Lei nº 6. 404/1976 pr evê a existência das sociedades holding, estabelecendo, no § 3º do seu ar t. 2º, que "a companhia pode ter por
obj eto par ticipar de outr as sociedades" e acr escentando: "ainda que não pr evista no estatuto, a par ticipação é facultada como meio de
r ealizar o obj eto social, ou par a beneficiar -se de incentivos fiscais".

Apesar dessa pr evisão na Lei das S /A, nada impede que as sociedades holdings se r evistam da for ma de sociedade por quotas de
r esponsabilidade limitada ou de outr os tipos societár ios, pois, como j á se falou, a expr essão holding não r eflete a existência de um tipo
societár io específico, mas, sim, a pr opr iedade de ações ou quotas que lhe assegur e o poder de contr ole de outr a ou de outr as sociedades.
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Ainda, de modo não conceitual, mas indir etamente, a Lei das S /A contempla as sociedades holdings no capítulo que tr ata das sociedades
coligadas, contr olador as e contr oladas.

Contr olada, confor me estabelece a Lei das S /A, é a sociedade na qual a contr olador a, dir etamente ou por meio de outr as contr oladas
(sistema pir amidal), possui dir eitos societár ios que lhe assegur em per manentemente pr eponder ância nas deliber ações sociais e poder de
eleger a maior ia dos administr ador es.

A Lei estabelece, por tanto, um cr itér io básico de pr eponder ância do capital social par a configur ar a contr olador a, não cogitando de outr as
for mas de contr ole, como o domínio tecnológico, ou até por acor do de acionistas (ao exigir dir eitos de sócios assegur ados de modo
per manente).

(Lei nº 6. 404/1976 , ar ts. 2º , § 3º, e 243, § 2º)

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3. ESPÉCIES

De for ma ger al, as empr esas holding são classificadas como:


a) holding pur a: no caso de constar de seu obj etivo social somente a par ticipação no capital de outr as
sociedades;
b) holding mista: no caso de exer cer , além da par ticipação, a explor ação de alguma atividade empr esar ial.

A doutr ina aponta, ainda, outr as classificações par a as empr esas holdings (tais como holding administr ativa, holding de contr ole, holding de
par ticipação, holding familiar etc.).

Entr e esses tipos é muito conhecida a holding familiar , que apr esenta gr ande utilidade na concentr ação patr imonial e facilita a sucessão
her editár ia e a administr ação dos bens, gar antindo a continuidade sucessór ia.

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4. VA NTA GENS E DESVA NTA GENS

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4.1 Vant agens

Par a U. W. Rasmussen ("Holdings e Joint Ventur es", Edições Aduaneir as, 1988, pág. 70), as vantagens da for mação de sociedade holding são:
"1) Consolidação do poder econômico de todos os componentes do gr upo numa entidade r epr esentativa, tanto financeir a como
administr ativamente.
2) Maior integr ação dos pr ocessos pr odutivos, tanto no aspecto r etr o-integr ativo como pr ó-integr ativo.
3) Racionalização dos custos oper acionais pela estr utur a da holding nos aspectos mais sofisticados da gestão:
- o planej amento estr atégico;
- a manipulação financeir a;
- a atuação mer cadológica; e
- a seleção dos r ecur sos humanos.
4) Extensiva simplificação da estr utur a administr ativa e oper acional dos componentes das contr oladas e afiliadas nos campos de
pr odução, administr ação e comer cialização exclusivamente.
5) Facilidade e dinamismo na manipulação de r ecur sos entr e os componentes do gr upo e da holding.
6) Centr alização do pr ocesso decisór io, baseado em uma estr utur a de gestão pr ofissional e de alto nível na holding.
7) Elabor ação e implantação de técnicas de planej amento estr atégico nos componentes do gr upo na mesma holding.
8) Centr alização e execução dos planos táticos e oper acionais nos componentes do gr upo.
9) Análise centr alizada de pr oj etos de expansão, hor izontalização, ver ticalização, pr ó-integr ação, tr ansnacionalização e, eventualmente,
a venda de componentes que mostr am baixa per for mance econômica.
10) Centr alização do pr ocesso de compr as de equipamentos pesados, instalações e contr atação de pr oj etos de constr ução civil nos
componentes do gr upo.
11) S eleção e qualificação dos r ecur sos humanos par a o gr upo.
12) Centr alização de pr ocessamento de dados e consolidação dos pr ocessos contábeis do gr upo na holding.
13) Maior poder de bar ganha na negociação e obtenção de r ecur sos financeir os e melhor contr ole de aplicação de r ecur sos líquidos a
cur to, médio e longo pr azos.
14) (* )
15) Padr onização de pr ocessos de Or ganização & Métodos e sistemas de contr oles inter nos em todos os componentes do gr upo.
16) Centr alização das atividades de mar keting, pesquisas de mer cado, publicidade e pr opaganda, par a apoiar as atividades de
comer cialização dos componentes do gr upo.
17) Maior r esultado de atividades de lobby com os Gover nos em caso de necessidade de apoio político par a cer tos pr oj etos do gr upo.
18) Manipulação e administr ação centr alizada de assuntos de acionistas do gr upo em caso de dissidência ou conflito entr e os inter esses
dos acionistas."

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(* ) S ob o númer o 14, esse autor aponta como vantagem da holding a declar ação consolidada do Imposto de Renda, o que, se fosse
per mitido, pr opiciar ia o benefício da compensação de pr ej uízos de algumas sociedades componentes do gr upo com lucr os de outr as. T odavia,
as fir mas ou sociedades coligadas, bem como as contr olador as e contr oladas, devem apr esentar declar ação separ adamente quanto aos
r esultados de suas atividades. Desse modo, não há possibilidade de se viabilizar a mencionada compensação de pr ej uízos entr e as
sociedades contr oladas nem entr e essas e a holding, visto que são tr ibutadas separ adamente, com base nos r esultados pr ópr ios de cada
uma.

Fábio Konder Compar ato ("Poder de Contr ole na S ociedade Anônima", RT , 1977, pág. 121) afir ma que as vantagens empr esar iais da
sociedade holding costumam ser sintetizadas confor me a seguir :
a) contr ole centr alizado, com administr ação descentr alizada;
b) gestão financeir a unificada do gr upo;
c) contr ole sobr e um gr upo societár io com o mínimo investimento necessár io.

S alvador Ceglia Neto aponta, ainda, como uma das gr andes vantagens da holding, o poder de facilitar e oper acionalizar uma futur a sucessão
her editár ia ("As vantagens de se cr iar uma empr esa holding", Edven Edições, pág. 10).

( RIR/1999 , ar t. 824 )

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4.2 Des v ant agens

Como desvantagens da for mação de uma holding, U. W. Rasmussen (obr a citada no subitem 4.1) aponta:
"1) Eventuais conflitos com acionistas ou quotistas minor itár ios do gr upo econômico que se oponham à consolidação de poder es na
holding e a sua par ticipação minor itár ia no bolo da holding.
2) A centr alização excessiva de poder es na holding, especialmente na imposição do planej amento estr atégico e no setor financeir o que
pode incomodar os acionistas minor itár ios nas empr esas afiliadas.
3) A inconveniência da publicação de balanços, ou sej a, a disposição do disclosur e em caso de a holding ser incor por ada ao modelo
legal de uma sociedade anônima.
4) Cer tas pr eocupações com a Lei nº 6. 404/1976 a r espeito da distr ibuição obr igatór ia de dividendos (caso S /A).
5) Pr eocupação com a difer enciação de per for mance econômica dos difer entes componentes do gr upo, tendo a holding de,
eventualmente, sustentar algumas coligadas com o lucr o de outr as."

João Bosco Lodi e Edna Pir es Lodi ("Holding", Livr ar ia Pioneir a Editor a, 2ª edição, pág. 117) obser vam que se per cebe uma cautelosa
r esistência dos empr esár ios par a a constituição de gr upos, motivada não só por algumas das desvantagens j á citadas, como também pela
possibilidade de oner ação do patr imônio de todo o gr upo, devido ao mau desempenho de algumas afiliadas, que afetar ia o conceito de
solidar iedade.

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5. ESCOLHA DO TIPO SOCIETÁ RIO

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5.1 Limit ada ou S/ A ?

A escolha do tipo societár io a ser adotado par a a constituição da sociedade holding é de gr ande impor tância. O tipo societár io deve ser
definido tendo em vista os obj etivos a ser em alcançados com a constituição da holding.

A r espeito do tipo societár io a ser escolhido, S alvador Ceglia Neto (obr a citada no subitem 4.1, págs. 10 a 14) faz algumas obser vações
sobr e a conveniência ou não da adoção da for ma de sociedade por quotas de r esponsabilidade limitada ou de sociedade anônima, cabendo
destacar as seguintes:
a) opção pela for ma de sociedade por quotas de r esponsabilidade limitada:
a.1) nesse caso, é conveniente estabelecer no contr ato um pr azo par a a dur ação da sociedade, que se r ecomenda ser bem longo,
pois, se o pr azo de dur ação for indeter minado, a qualquer tempo, algum ou alguns dos sócios poder ão r etir ar -se da sociedade
com os seus haver es, o que poder á acar r etar a descapitalização da holding e a desestabilização do contr ole das sociedades
contr oladas;
a.2) esse tipo societár io pr opicia que o empr esár io se autonomeie ger ente vitalício da sociedade e que, no ato da sua constituição,
defina quais ser ão os seus ger entes substitutos nas hipóteses de mor te, r enúncia ou afastamento, definindo, assim, a linha
sucessór ia quanto a uma par te do poder , com a finalidade de per enizar a boa gestão dos negócios e zelar pela manutenção do
patr imônio familiar ;
a.3) a for ma social limitada é a mais adequada quando se pr etende impedir que ter ceir os estr anhos à família par ticipem da
sociedade, no caso de holding familiar ;
a.4) se o capital não estiver integr alizado, cada sócio ser á r esponsável, integr almente, pelo montante do capital social;

b) opção pela for ma de sociedade anônima:


b.1) esse tipo pr opicia que o empr esár io fundador da holding elej a um de seus her deir os contr olador es, em detr imento dos outr os,
mediante a doação de ações com dir eito de voto par a aquele (contr olador ) e de ações sem dir eito de voto par a os demais;
b.2) a mor te ou r etir ada de acionista não inter fer e sensivelmente na vida da sociedade, tendo em vista que os títulos de
par ticipação acionár ia podem cir cular facilmente e que o dir eito de pr efer ência, salvo disposição estatutár ia, não é de obser vância
obr igatór ia;
b.3) esse tipo é o mais adequado quando se pr etende abr ir o capital par a obter vantagens fiscais;
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b.4) se a sociedade for de "capital aber to", ser á necessár ia uma estr utur a administr ativa mais sofisticada.

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6. IMPOSTO DE RENDA

Nos subitens seguintes tr atar emos dos aspectos mais r elevantes das implicações do Imposto de Renda com r elação às holding.

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6.1 Int egr alização de capit al em bens

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6.1.1 Int egr alização por s ócio ou acionis t a pes s oa fís ica

É per mitido às pessoas físicas tr ansfer ir a pessoas j ur ídicas, a título de integr alização de capital, bens e dir eitos pelo valor constante da
Declar ação de Bens ou pelo valor de mer cado, obser vando-se o seguinte:
a) se a entr ega for feita pelo valor constante da Declar ação de Bens, a pessoa física dever á lançar nesta declar ação as ações ou quotas
subscr itas pelo mesmo valor dos bens ou dir eitos tr ansfer idos, não se lhes aplicando as r egr as de distr ibuição disfar çada de lucr os;
b) se a tr ansfer ência não se fizer pelo valor constante da Declar ação de Bens, a difer ença a maior ser á tr ibutável como ganho de capital.

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6.1.2 Int egr alização por s ócio ou acionis t a pes s oa jur ídica

A tr ansfer ência de bens do Ativo de uma pessoa j ur ídica par a outr a pessoa j ur ídica, a título de integr alização de capital, poder á ser feita pelo
valor contábil ou pelo valor de mer cado dos bens, obser vando-se que, nessa segunda alter nativa, o difer encial a maior entr e o valor contábil e
o valor de mer cado dos bens constituir á r esultado tr ibutável na empr esa que os tr ansfer e.

O valor de mer cado a ser utilizado par a tr ansfer ir os bens deve ser deter minado com base em laudo subscr ito por 3 per itos ou por empr esa
especializada, com obser vância dos demais r equisitos pr evistos na Lei nº 6. 404/1976 , ar t. 8º .

Ressalta-se que a legislação de Imposto de Renda que cuida do assunto não foi r evogada. Assim, entendemos que as sociedades, com exceção
das sociedades anônimas e sociedades de gr ande por te (Lei nº 11. 638/2007 , ar t. 3º ), poder ão tr ansfer ir os bens r eavaliados, e os
r espectivos valor es não ser ão computados na deter minação do lucr o r eal da pessoa j ur ídica que os tr ansfer e, enquanto mantida em conta de
r eser va de r eavaliação.

O valor da r eser va de r eavaliação constituída na for ma supr amencionada dever á ser computado na deter minação do lucr o r eal:
a) na alienação ou liquidação da par ticipação societár ia;
b) quando a r eser va for utilizada par a aumento do capital social, pela impor tância capitalizada (vej a nota 1 ao final deste subitem);
c) em cada per íodo de apur ação, em montante igual à par te dos lucr os, dividendos, j ur os ou par ticipações r ecebidos pela pessoa j ur ídica,
que cor r esponder à par ticipação adquir ida com o aumento do valor dos bens do Ativo; ou
d) pr opor cionalmente ao valor r ealizado, no per íodo de apur ação em que a pessoa j ur ídica que houver r ecebido os bens r eavaliados r ealizar
o valor dos bens (mediante depr eciação, amor tização ou exaustão, alienação sob qualquer for ma ou baixa por per ecimento) ou com eles
integr alizar capital de outr a pessoa j ur ídica.

Not as
(1) Desde 1º.01.2000, a contr apar tida da r eavaliação de quaisquer bens da pessoa j ur ídica somente pode ser computada em conta de
r esultado ou na deter minação do lucr o r eal e da base de cálculo da Contr ibuição S ocial sobr e o Lucr o (CS L) quando ocor r er a efetiva
r ealização do bem r eavaliado, mediante depr eciação, amor tização ou exaustão, alienação ou baixa a qualquer título.
(2) Obser ve-se que os saldos das r eser vas de r eavaliação existentes em 31.12.2007 poder ão ser mantidos nas r espectivas contas até a
sua efetiva r ealização ou ser em estor nados até 31.12.2008 (Lei nº 11. 638/2007 , ar t. 6º ; Instr ução Nor mativa CVM nº 469/2008).

( RIR/1999 , ar ts. 132 e 439 , par ágr afo único; Lei nº 9. 959/2000 , ar ts. 4º e 12 )

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6.2 A v aliação de inv es t iment os pela equiv alência pat r imonial

As pessoas j ur ídicas, qualquer que sej a a sua for ma societár ia (S /A ou limitada), dever ão avaliar pelo valor de patr imônio líquido (equivalência
patr imonial) os investimentos per manentes que sej am enquadr ados como r elevantes, feitos em sociedades contr oladas, em sociedades

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coligadas e em outr as sociedades que façam par te de um mesmo gr upo ou estej am sob contr ole comum, obser vando-se que, par a esse fim,
consider am-se:
a) sociedades coligadas nas quais a investidor a tenha influência significativa, obser vando-se que:
a.1) há influência significativa quando a investidor a detém ou exer ce o poder de par ticipar nas decisões das políticas financeir a ou
oper acional da investida, sem contr olá-la;
a.2) é pr esumida influência significativa quando a investidor a é titular de 20% ou mais do capital votante da investida, sem contr olá-
la;
b) contr oladas as sociedades nas quais a contr olador a, dir etamente ou por meio de outr as contr oladas (contr ole indir eto), é titular de
dir eitos de sócio que lhe assegur em, de modo per manente, pr eponder ância nas deliber ações sociais e o poder de eleger a maior ia dos
administr ador es;
c) r elevante o investimento:
c.1) em cada sociedade coligada ou contr olada, se o valor contábil é igual ou super ior a 10% do valor do patr imônio líquido da pessoa
j ur ídica investidor a;
c.2) no conj unto das sociedades coligadas e contr oladas, se o valor contábil é igual ou super ior a 15% do valor do patr imônio líquido da
pessoa j ur ídica investidor a.

Not a
O Banco Centr al do Br asil e a Comissão de Valor es Mobiliár ios obr igam, r espectivamente, as instituições financeir as (e demais entidades
autor izadas a funcionar pelo Banco Centr al) e as companhias aber tas a avaliar as suas par ticipações societár ias em sociedades coligadas
ou contr oladas pela equivalência patr imonial, independentemente de r elevância ou quaisquer outr as consider ações.

(Lei nº 6. 404/1976 , ar ts. 243 , §§ 1º e 2º, 4º e 5º, e 247, par ágr afo único; RIR/1999 , ar t. 384 )

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6.2.1 Sínt es e da equiv alência pat r imonial

Em r esumo, a mecânica da avaliação, pela equivalência patr imonial, de investimentos r elevantes em sociedades contr oladas ou coligadas
consiste no seguinte:
a) pr ocede-se a essa avaliação por ocasião da aquisição do investimento, quando o valor pago deve ser desdobr ado e contabilizado pela
investidor a em contas ou subcontas distintas, r epr esentativas:
a.1) da par cela do patr imônio líquido da sociedade investida a que cor r espondem as par ticipações societár ias adquir idas, obtida
mediante a aplicação, sobr e o valor do patr imônio líquido da investida, da por centagem que as par ticipações adquir idas r epr esentam
sobr e o capital social dela;
a.2) do ágio ou deságio na aquisição, cor r espondente à difer ença entr e o valor pago na aquisição e o valor da equivalência
patr imonial do investimento, deter minada pelo cálculo descr ito na letr a "a";
b) por ocasião do levantamento de cada balanço de apur ação do lucr o r eal da investidor a, esta dever á:
b.1) deter minar a par cela que lhe compete nos r esultados de quaisquer var iações patr imoniais na sociedade investida, aplicando,
sobr e o valor do patr imônio líquido dessa, a por centagem r epr esentativa da par ticipação da investidor a no capital social da investida
e subtr aindo do valor encontr ado a impor tância pela qual o investimento estiver r egistr ado na sua escr itur ação; e
b.2) lançar o r esultado da oper ação descr ita na letr a "b.1" a débito (se positivo) ou a cr édito (se negativo) da conta de r egistr o do
investimento, em contr apar tida à conta de r esultado, cuj o saldo não ser á computado na apur ação do lucr o r eal, ou sej a, se for
ganho não ser á tr ibutável e se for per da não ser á dedutível;
c) quando a sociedade investida distr ibuir lucr os, a investidor a os contabilizar á como diminuição do valor do seu investimento, sem
r eper cussão em conta de r esultado.

( RIR/1999 , ar ts. 385 , 386 , 387 , 388 e 389 )

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6.3 Recebiment o de lucr os e div idendos pela holding

Confor me dito no subitem anter ior , quando o investimento for avaliado pela equivalência patr imonial, os lucr os e dividendos distr ibuídos pela
sociedade coligada ou contr olada devem ser contabilizados, na investidor a, como diminuição do valor de patr imônio líquido do investimento e
não influenciar ão as contas de r esultado. T odavia, excepcionam-se dessa r egr a os lucr os e dividendos apur ados pela coligada ou contr olada em
balanço levantado em data poster ior ao que ser viu de base par a a última avaliação do investimento na investidor a, os quais devem ser
r econhecidos em conta de r esultado, mas não ser ão tr ibutáveis.

S e o investimento não se enquadr ar como r elevante em sociedade coligada ou contr olada (vej a o subtópico 6.2), deve per manecer r egistr ado
pelo custo de aquisição, cor r igido monetar iamente até 31.12.1995 (caso tenha sido adquir ido até essa data), e o r ecebimento de lucr os ou
dividendos por ele pr oduzidos dever á ser r egistr ado a cr édito de conta de r esultado, mas poder á ser excluído do lucr o líquido par a fins de
deter minação do lucr o r eal. Essa nor ma não se aplica aos lucr os ou dividendos r ecebidos de par ticipação societár ia adquir ida até 6 meses
antes da data da r espectiva per cepção, os quais ser ão r egistr ados como diminuição do valor do custo e não influenciar ão as contas de
r esultado.

( RIR/1999 , ar ts. 388 , §§ 1º e 2º, 379 e 380)

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6.4 Capit alização de lucr os ou r es er v as nas s ociedades das quais a holding par t icipa

As ações ou quotas bonificadas, r ecebidas sem custo pela pessoa j ur ídica, não implicar ão modificação no valor pelo qual a par ticipação
societár ia estiver r egistr ada no seu Ativo nem ser ão computadas na deter minação do lucr o r eal.

Quanto às bonificações r ecebidas de par ticipações societár ias avaliadas pelo custo de aquisição (não suj eitas à avaliação pela equivalência
patr imonial) decor r entes de incor por ação, de lucr os ou r eser vas apur ados nos anos de 1989 a 1992, que tenham sido tr ibutados pelo extinto
ILL (8%) na data da sua apur ação, bem como de lucr os ou r eser vas apur ados no ano de 1993 e a par tir do ano de 1996, obser va-se que:
a) ser ão contabilizadas pelo valor dos lucr os ou r eser vas capitalizados pela investida que cor r esponder em à par ticipação da investidor a;
b) a contr apar tida do r egistr o contábil da bonificação r ecebida não ser á computada na apur ação do lucr o r eal.

( RIR/1999 , ar ts. 381 e 382 )

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6.5 Tr ibut ação dos r es ult ados apur ados pela holding

No caso da chamada holding pur a, ou sej a, aquela cuj o obj eto social sej a exclusivamente a par ticipação no capital de outr as sociedades, r eleva
obser var , em pr imeir o lugar , que a sua r eceita pr eponder ante, r epr esentada por lucr os ou dividendos ou por r esultado positivo da avaliação de
investimentos pela equivalência patr imonial, não fica suj eita à tr ibutação pelo Imposto de Renda Pessoa Jur ídica, confor me vimos nos
subtópicos 6.2 e 6.3.

Entr etanto, as r eceitas de outr a natur eza e os ganhos de capital na alienação de bens são tr ibutáveis segundo as r egr as comuns aplicáveis a
qualquer empr esa.

Ressaltamos que, no caso de tr ibutação com base no lucr o r eal, os r esultados negativos ver ificados na avaliação de par ticipações societár ias
pela equivalência patr imonial não são dedutíveis, ou sej a, par a efeito de apur ação do lucr o r eal dever ão ser adicionados ao lucr o líquido.

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6.6 Dis t r ibuição de lucr os e div idendos pela holding

Os lucr os e dividendos distr ibuídos calculados com base nos r esultados apur ados a contar de 1º.01.1996 não estão suj eitos à incidência do
Imposto de Renda na Fonte nem integr ar ão a base de cálculo do Imposto de Renda do beneficiár io pessoa física ou j ur ídica.

No caso de distr ibuição de lucr os apur ados nos anos de 1994 e 1995 ou antes de 1989, se a distr ibuidor a foi submetida à tr ibutação com base
no lucr o r eal, há incidência do Imposto de Renda na Fonte. No caso de lucr os apur ados em 1994 e 1995, a alíquota do IRRF é de 15%, e o
imposto descontado na fonte ser á:
a) deduzido do imposto devido na declar ação de aj uste anual do beneficiár io pessoa física, assegur ada a opção pela tr ibutação exclusiva;
b) consider ado como antecipação, compensável com o imposto que a pessoa j ur ídica beneficiár ia, tr ibutada com base no lucr o r eal, tiver
de r ecolher r elativamente à distr ibuição de dividendos, bonificações em dinheir o, lucr os e outr os inter esses;
c) definitivo, nos demais casos.

( RIR/1999 , ar ts. 654 , 656 , 662 e 666 )

R e t orna r a o Sumá rio

6.6.1 Dis t r ibuição de lucr os ou div idendos (opção pelo lucr o pr es umido)

R e t orna r a o Sumá rio

6.6.1.1 Is enção do impos t o s obr e a dis t r ibuição do lucr o pr es umido

Os valor es pagos a sócios ou acionistas ou a titular de empr esa tr ibutada pelo lucr o pr esumido, a título de lucr os ou dividendos, ficam isentos
do Imposto de Renda, independentemente de apur ação contábil, até o valor da base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jur ídica (IRPJ),
deduzido do IRPJ (inclusive o adicional, quando devido), da CS L, da contr ibuição par a o do PIS -Pasep e da Cofins devidos, desde que a
distr ibuição ocor r a após o encer r amento do tr imestr e de apur ação.

(Instr ução Nor mativa S RF nº 93/1997 , ar t. 48 ; Ato Declar atór io Nor mativo Cosit nº 4/1996 )

R e t orna r a o Sumá rio

6.6.2 A pur ação cont ábil de lucr o líquido s uper ior ao pr es umido - Is enção na dis t r ibuição

S e a empr esa mantiver escr itur ação contábil e apur ar lucr o líquido (após a dedução do IRPJ devido) de valor super ior ao deter minado na for ma
do subitem anter ior , a totalidade do lucr o líquido contábil poder á ser distr ibuída sem incidência do imposto, obser vada a r estr ição infor mada.

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Entr etanto, se o lucr o líquido apur ado contabilmente for infer ior ao valor deter minado de acor do com as r egr as focalizadas no subitem
anter ior , pr evalecer á a isenção sobr e a distr ibuição do lucr o pr esumido líquido do imposto e das contr ibuições devidos.

R e t orna r a o Sumá rio

6.7 Pagament o de jur os a s ócios ou acionis t as a t ít ulo de r emuner ação do capit al pr ópr io

As pessoas j ur ídicas em ger al, inclusive as holdings, dispõem da opção de pagar ou cr editar j ur os a sócios ou acionistas, a título de
r emuner ação do capital pr ópr io, e consider á-los dedutíveis par a fins de apur ação do lucr o r eal e na deter minação da base de cálculo da CS L,
desde que sej am obser vadas as nor mas estabelecidas.

Ressalta-se que esses j ur os são tr ibutados na fonte à alíquota de 15%. S e o beneficiár io for r esidente ou domiciliado em "par aíso fiscal", o
IRRF ser á devido à alíquota de 25%.

(Lei nº 9. 249/1995 , ar t. 9º ; RIR/1999 , ar ts. 668 e 685 , II, "b"; Decisão nº 130/1999 da S RRF da 8ª RF - Estado de S ão Paulo)

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6.8 Mút uos ent r e a holding e as cont r oladas

No subtópico 4.1, vimos que uma das vantagens da holding é que ela possibilita a gestão financeir a unificada das empr esas componentes do
gr upo, o que pr opicia a obtenção de financiamentos a custos menor es, em face de um maior poder de bar ganha.

T odavia, se o r epasse de r ecur sos financeir os entr e as empr esas do gr upo for feito sem a cobr ança de encar gos ou com cobr ança de encar gos
infer ior es aos pagos pela mutuante par a a obtenção dos r ecur sos, o Fisco poder á consider ar indedutíveis as despesas pagas pela mutuante, na
par te que exceder ao valor do encar go cobr ado da mutuár ia, por enquadr á-las como não necessár ias.

Desde 1º.01.2005, a tr ibutação pelo Imposto de Renda nas oper ações de mútuo passou a obser var alíquotas escalonadas (por tanto, não mais a
alíquota única de 20%) par a r esidentes ou domiciliados no Br asil, obser vado o pr azo de contr atação da oper ação. Essas alíquotas são:
a) 22,5%, em oper ações com pr azo de até 180 dias;
b) 20%, em oper ações com pr azo de 181 a 360 dias;
c) 17,5%, em oper ações com pr azo de 361 a 720 dias;
d) 15%, em oper ações com pr azo acima de 720 dias.

Not as

(1) De 1º.01.1999 a 31.12.2004, nas oper ações de mútuo entr e pessoas j ur ídicas contr olador as e contr oladas, coligadas ou inter ligadas,
os r endimentos aufer idos pela mutuante ficar am suj eitos à incidência do Imposto de Renda na fonte, à alíquota de 20%.

(2) No caso de oper ações existentes em 31.12.2004, os r endimentos pr oduzidos pelas oper ações de mútuo até essa data ser ão tr ibutados
nos ter mos da legislação então vigente.

Em r elação aos r endimentos pr oduzidos em 2005, os pr azos a que se r efer em as letr as "a" a "d" são contados a par tir :

- de 1º.07.2004, no caso de oper ação efetuada até 22.12.2004;

- da data da oper ação, no caso de oper ação efetuada após 22.12.2004.

(Lei nº 11. 033/2004 , ar t. 1º ; RIR/1999 , ar ts. 299 , 729 e 770 ; Instr ução Nor mativa RFB nº 1. 022/2010 , ar ts. 37 e 38 , III)

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6.9 Difer iment o do r econheciment o das des pes as com jur os e encar gos financeir os pagos ou incor r idos - Empr és t imos
cont r aídos par a financiament o de inv es t iment os em s ociedades cont r oladas

Desde 2009, a holding pur a (aquela cuj o único obj eto sej a par ticipar do capital de outr as sociedades) poder á difer ir o r econhecimento das
despesas com j ur os e encar gos financeir os pagos ou incor r idos r elativos a empr éstimos contr aídos par a financiamento de investimentos em
sociedades contr oladas.

A despesa com j ur os e encar gos financeir os pagos ou incor r idos constituir á adição ao lucr o líquido par a fins de deter minação do lucr o r eal e da
base de cálculo da CS L e ser á contr olada em livr o fiscal de apur ação do lucr o r eal (Lalur ).

As despesas financeir as devem ser contabilizadas individualizadamente por contr olada, de modo a per mitir a identificação e a ver ificação em
separ ado dos valor es difer idos por investimento.

O valor r egistr ado integr ar á o custo do investimento par a efeito de apur ação de ganho ou per da de capital na alienação ou liquidação do
investimento.

(Lei nº 11. 727/2008 , ar t. 31 )

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7. CONTRIBUIÇÃ O SOCIA L SOBRE O LUCRO

A holding fica suj eita à incidência da CS L, de acor do com as r egr as comuns aplicáveis a qualquer pessoa j ur ídica.

Vale obser var que, similar mente ao tr atamento aplicável no tocante ao Imposto de Renda (apur ação do lucr o r eal), as r eceitas der ivadas de
par ticipações societár ias aufer idas pela holding (r esultados positivos da avaliação de par ticipações societár ias pela equivalência patr imonial e
lucr os ou dividendos de par ticipações avaliadas ao custo) são excluídas do lucr o líquido, par a efeito de deter minação da base de cálculo da
CS L, assim como devem ser adicionados ao lucr o líquido, na deter minação da base de cálculo da contr ibuição, os r esultados negativos
(pr ej uízos) ver ificados na avaliação de par ticipações societár ias pela equivalência patr imonial.

(Instr ução Nor mativa RFB nº 390/2004, ar t. 3º)

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8. COFINS E CONTRIBUIÇÃ O PA RA O PIS- PA SEP

A sociedade holding, como qualquer outr a pessoa j ur ídica, fica suj eita, mensalmente, à incidência da Cofins e da contr ibuição par a o PIS -
Pasep.

T odavia, na base de cálculo dessas contr ibuições não se incluem as r eceitas de par ticipações societár ias, r epr esentadas pelos r esultados
positivos da avaliação de investimentos pela equivalência patr imonial e pelos dividendos r ecebidos de par ticipações societár ias avaliadas pelo
custo de aquisição. Assim, não são incluídas essas r eceitas na base de cálculo do PIS -Pasep e da Cofins.

Not a

As holdings pur as (aquelas cuj o único obj eto sej a par ticipar do capital de outr as sociedades) devem obser var o seguinte:

a) até 31.01.1999, não er am tr ibutadas por que a base de cálculo dessas contr ibuições er a composta tão somente da r eceita br uta
pr oveniente da venda de mer cador ias ou pr odutos e/ou da pr estação de ser viços;

b) desde 1º.02.1999, a base de cálculo das mencionadas contr ibuições passou a abr anger também outr as r eceitas, tais como as r eceitas
financeir as (inclusive var iações monetár ias ativas) e os aluguéis;

c) desde 1º.01.2005, ficam r eduzidas a zer o as alíquotas do PIS -Pasep e da Cofins incidentes sobr e as r eceitas financeir as, inclusive
decor r entes de oper ações r ealizadas par a fins de hedge, aufer idas pelas pessoas j ur ídicas suj eitas ao r egime de incidência não
cumulativa das r efer idas contr ibuições, ainda que tenham par te de suas r eceitas submetidas a esse r egime, exceto no caso de j ur os
sobr e o capital pr ópr io;

d) desde 28.09.2009, a base de cálculo da contr ibuição par a o PIS -Pasep e da Cofins devidos no r egime cumulativo compr eende
exclusivamente o fatur amento das pessoas j ur ídicas.

(Lei nº 9. 718/1998 , ar t. 3º , § 2º, II; Lei nº 10. 833/2003 , ar t. 1º , V; Lei nº 11. 941/2009 , ar t. 72 , X II; Lei Complementar nº
70/1991 , ar t. 2º ; Decr eto nº 5. 442/2005 )

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9. A LUGUÉIS RECEBIDOS PELA HOLDING FA MILIA R

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9.1 Impos t o de Renda Pes s oa Jur ídica

Confor me comentado no item 3, tem sido muito utilizada a chamada holding familiar par a concentr ar patr imônio com o obj etivo de facilitar a
administr ação dos bens e a sucessão her editár ia.

Nesse caso, é bom lembr ar que as r eceitas de aluguel aufer idas pela holding são tr ibutáveis nor malmente pelo Imposto de Renda e, se a
holding optar pelo pagamento mensal do imposto por estimativa ou pela apur ação tr imestr al do imposto com base no lucr o pr esumido, ser ão
computados na base de cálculo:
a) 32% dos aluguéis r ecebidos, se a locação dos bens fizer par te do obj eto social (vej a nota ao final deste subitem);
b) os ganhos de capital e demais r eceitas aufer idas, exceto:
b.1) em qualquer caso, os r endimentos de par ticipações societár ias; e
b.2) no caso de opção pelo pagamento mensal do imposto por estimativa, os r endimentos de aplicações financeir as de r enda fixa,
submetidos ao desconto do imposto na fonte, e os ganhos líquidos de oper ações financeir as de r enda var iável, submetidos à tr ibutação
separ adamente.

Not a

S e a locação de bens não fizer par te do obj eto social da holding, as r eceitas de aluguéis integr am, por inteir o, a base de cálculo do
imposto mensal deter minada por estimativa, bem como a base de cálculo do imposto tr imestr al deter minado com base no lucr o pr esumido
ou ar bitr ado.
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( RIR/1999 , ar ts. 223 , § 1º, III, "c", 225, 519, § 1º, III, "c", e 521)

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9.2 Cont r ibuição Social s obr e o Lucr o

Caso a holding se submeta ao pagamento mensal do Imposto de Renda por estimativa ou pela apur ação tr imestr al com base no lucr o
pr esumido, devem ser computados na base de cálculo da CS L:
a) 32% dos aluguéis r ecebidos, quando a locação dos bens fizer par te do obj eto social da holding (vej a nota, ao final deste subitem); e
b) os ganhos de capital e demais r eceitas aufer idas, inclusive os r endimentos de aplicações financeir as de r enda fixa e os ganhos líquidos
de oper ações de r enda var iável.

Not a

S e a locação de bens não fizer par te do obj eto social da holding, as r eceitas de aluguéis integr am, por inteir o, a base de cálculo da
contr ibuição deter minada por estimativa, bem como a base de cálculo da contr ibuição tr imestr al deter minada com base no lucr o
pr esumido ou ar bitr ado.

(Lei nº 9. 249/1995 , ar t. 20; Lei nº 9. 430/1996 , ar ts. 29 e 30 )

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9.3 Cofins e cont r ibuição par a o PIS- Pas ep

S obr e as r eceitas de aluguéis incidem, mensalmente, a Cofins e o PIS -Pasep, obser vando-se que, no caso de pessoa j ur ídica suj eita ao:
a) r egime cumulativo, deve ser obser vada a Nota, letr a "d", do item 8;
b) r egime não cumulativo, ser á ir r elevante se a locação de bens faz par te ou não do obj eto social da holding.

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10. DISSOLUÇÃ O DA HOLDING

A dissolução da holding, voluntar iamente (por deliber ação dos sócios), pelo tér mino do pr azo de sua dur ação (quando deter minado no
estatuto ou contr ato social) ou por deter minação j udicial, submete-se às nor mas comuns de dissolução de sociedades pr evistas:
a) no caso de S /A; ou
b) no Código Civil, no caso das demais sociedades.

Impor ta obser var que, tão logo dissolvida, a sociedade entr a em pr ocesso de liquidação, que é o conj unto de atos destinados a r ealizar o
Ativo, pagar o Passivo e destinar o saldo que r estar , mediante par tilha, a sócios ou acionistas.

É possível, também, nas condições legalmente estabelecidas, que, depois de pago ou gar antido aos cr edor es, o Ativo r emanescente sej a
par tilhado entr e os sócios ou acionistas, com a atr ibuição de bens, pelo valor contábil ou de mer cado ou outr o fixado (pela Assembleia Ger al,
no caso de S /A ou de comum acor do pelos sócios, nas sociedades limitadas).

(Lei nº 6. 404/1976 , ar ts. 206 , 207 , 208 , 209 , 210 , 211 , 212 , 213 , 214 , 215 , 216 , 217 , 218 e 219 )

Legis lação Refer enciada

A t o De c larat ó rio No rmat ivo Co sit n º 4/1996

RIR/1999

De c re t o n º 5. 442/2005

De c isão n º 1 3 0 / 1 9 9 9

In st ru ç ão No rmat iva CV M n º 4 6 9 / 2 0 0 8

In st ru ç ão No rmat iva RFB n º 1. 022/2010

In st ru ç ão No rmat iva RFB n º 3 9 0 / 2 0 0 4

http://www.iobonlineregulatorio.com.br/pages/coreonline/coreonlineDocuments.jsf?il=y&ls=3&docFieldName=destino&docFieldValue=PCLS-0006 9/10
28/8/2014 IOB Online

In st ru ç ão No rmat iva S RF n º 93/1997

Le i Co mp le me n t ar n º 70/1991

Le i n º 10. 833/2003

Le i n º 11. 033/2004

Le i n º 11. 638/2007

Le i n º 11. 727/2008

Le i n º 11. 941/2009

Le i n º 6. 404/1976

Le i n º 9. 249/1995

Le i n º 9. 430/1996

Le i n º 9. 718/1998

Le i n º 9. 959/2000

http://www.iobonlineregulatorio.com.br/pages/coreonline/coreonlineDocuments.jsf?il=y&ls=3&docFieldName=destino&docFieldValue=PCLS-0006 10/10

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