Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução
1.2 Objectivos
1
2. Capital
(Missagia, 2009) O conceito financeiro de capital é adotado pela maioria das entidades na pre-
paração de suas demonstrações contábeis. De acordo com o conceito financeiro de capital, tal
como o dinheiro investido ou o seu poder de compra investido, o capital é sinônimo de ativo
líquido ou patrimônio líquido da entidade. Por outro lado, segundo o conceito
físico de capital, o capital é considerado como a capacidade produtiva da entidade baseada, por
exemplo, nas unidades de produção diária.
Quando é acumulado na forma de títulos, obrigações e outros papéis que podem ser
convertidos rapidamente em dinheiro, o capital recebe a denominação de capital financeiro.
Já o capital que é investido visando gerar lucro por meio da produção é chamado de capital
produtivo.
2
Quando o capital é investido sem ganhos para a economia, visando apenas a obtenção
rápida de lucros no mercado financeiro, ele é conhecido como capital especulativo. A falta
de controle sobre esse tipo de capital, que não possui relação com a produção, é muitas
vezes apontada como causa das crises econômicas recentes. Por outro lado, pode ser visto
pela atração de liquidez que atrai para os mercados financeiros.
3
2.1.4 Renumeração e custo e capital
Quando aplica dinheiro e bens em um negócio, o empresário espera obter lucro. Nesse
sentido, a remuneração do capital é o retorno gerado pelo investimento.
Para que o negócio tenha sido vantajoso, é preciso que a remuneração do capital seja
superior ao rendimento que o empresário teria se tivesse investido seu dinheiro de outra
forma. O rendimento que seria esperado de outras aplicações é chamado de custo de
oportunidade ou de custo do capital.
Trata-se de uma empresa que é titulada apenas por um só indivíduo ou pessoa singular,
cujos bens próprios estão afetos à exploração do seu negócio.
Os negócios desenvolvidos por uma só pessoa poderão ter a forma jurídica de “Empresário
em Nome Individual”, “Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada” ou
“Sociedade Unipessoal por Quotas”.
Já os negócios desenvolvidos por um conjunto de pessoas podem assumir-se como,
“Sociedade por Quotas”, “Sociedade Anónima”, “Sociedade em Nome Colectivo”
“Sociedade em Comandita” ou “Cooperativas”.
4
Carlos António Changaue
- Sociedades Anónimas,
- Sociedades em comandita,
Para o registo contabilístico desta fase, Debita-se a conta 4.5 OUTROS DEVEDORES
com a subconta “4.5.2 Subscritores de capital” e Credita-se a conta 5.1 CAPITAL.
Nesta fase, devem ser registados os nomes dos sócios e os respectivos valores por eles
subscritos.
5
Realização do capital – esta é a fase em que os sócios entregam os valores subscritos.
Nesta fase de realização, sócios há que por vezes entregam valores a mais em relação ao
valor que haviam subscrito. Este valor a mais designa-se suprimento ou prestação
suplementar. Nesta situação considera-se que a sociedade tem uma divida a pagar ao
sócio que entregou valor a mais e este valor credita-se na conta 4.6 OUTROS
CREDORES com a subconta 4.6.7 Credores- Sócios, Accionistas ou proprietários.
A constituição de uma sociedade origina despesas (gastos de instalação). Estes gastos
são considerados Activos Intangíveis.
6
No momento da constituição de uma sociedade anónima, há a considerar três
momentos:
Emissão de acções;
Subscrição das acções;
Realização do capital
7
Pública – aquela em que qualquer pessoa pode subscrever uma ou mais acções.
Quando o número das acções subscritas for inferior ao número das acções emitidas, os
sócios fundadores devem requerer o cancelamento provisório do registo da sociedade ou
podem desistir da constituição da mesma.
Para efeitos de abertura de escrita, na fase de emissão e de subscrição de acções
efectua-se único lançamento:
4.5 OUTROS DEVEDORES
4.5.2 Subscritores de capital
Nome dos subscritores
a 5.1 CAPITAL
P/ emissão e subscrição de … acções de … cada para a constituição da sociedades.
No caso de o valor de subscrição ser superior em relação ao valor nominal das acções,
efectua-se o seguinte lançamento:
4.5 OUTROS DEVEDORES
4.5.2 Subscritores de capital …………………….(Valor de emissão + Prémio de
emissão)
Nome dos subscritores
a 5.1 CAPITAL………………………………………………………..….(Valor
nominal)
a 5.4 PRÉMIOS DE EMISSÃO DE ACÇÕES OU QUOTAS…………. ( Prémio de
emissão)
P/ emissão e subscrição de … acções de … cada para a constituição da sociedade …
Os lançamentos referentes a fase de realização efectuam-se em função dos elementos
patrimoniais que cada sócio (accionista) entrega para aquisição das acções.
Geralmente neste tipo de sociedades, os que entregam elementos patrimoniais Activos e
Passivos são os sócios (accionistas) fundadores. Os outros sócios (accionistas) nesta
fase de realização adquirem as acções por meio de valores monetários e esta aquisição é
feita numa instituição bancária ou numa bolsa de valores.
N.B: Nesta fase de realização, Debitam-se as contas em que estão registados elementos
patrimoniais do activo (contas do activo) e Creditam-se as contas em que estão
8
registados elementos patrimoniais do passivo (contas do passivo), e também Credita-se
a conta 4.5 OUTROS DEVEDORES com a subconta 4.5.2 subscritores de capital.
Para os sócios (accionistas) que adquirem as acções via banco e bolsa de valores,
Debita-se a conta 1.2 BANCOS e a sua respectiva subconta, e Credita-se a conta 4.5
OUTROS DEVEDORES com a subconta 4.5.2 subscritores de capital.
9
O nome completo de cada um dos sócios;
O valor atribuído às contribuições de indústria, para efeito da determinação da
repartição dos lucros.
Os sócios de indústria devem, em declaração anexa, descrever de forma sumária as
atividades que se obrigam a exercer.
Sociedades em comandita
A sociedade em comandita pode ser constituída em comandita simples, ou em
comandita por acções quando as participações dos sócios comanditários são
representadas por acções.
Características
Na sociedade em comandita são elementos distintos a sociedade em nome
colectivo, que compreende os sócios comanditados, e a comandita de fundos.
Cada um dos sócios comanditários responde apenas pela realização da sua
participação de capital, não podendo contribuir com indústria, os sócios
comanditados respondem pelas obrigações sociais nos termos previstos para os
sócios da sociedade em nome colectivo.
Uma sociedade por quotas ou uma sociedade anónima podem ser sócios
comanditados.
1
0
Às sociedades em comandita aplicam-se as disposições relativas às sociedades em
nome colectivo, na medida em que forem compatíveis com as normas deste capítulo.
Nas sociedades em comandita por acções aplicam-se à comandita de fundos as
disposições relativas às sociedades anónimas, em tudo o que não se ache especialmente
preceituado neste capítulo.
Por possuir sócios que contribuem para a formação do capital com dinheiro,
créditos ou outros bens materiais e que limitam a sua responsabilidade ao valor
da contribuição com que subscreveram para o capital social;
Por possuir sócios que não contribuem para o mesmo capital, mas apenas
ingressam na sociedade com o seu trabalho, e que estão isentos de qualquer
responsabilidade pelas dívidas sociais.
Cláusulas especiais
Segundo o código comercial de Moçambique, Artigo 279 as Clausulas especiais da
sociedade de capital e indústria diz que os estatutos da sociedade de capital e indústria
devem especialmente conter:
A especificação das obrigações do sócio ou sócios de indústria;
A percentagem que cabe aos sócios de indústria nos lucros sociais.
1
1
Administração
No Artigo 280 do código comercial de Moçambique diz que Na sociedade de capital e
indústria, a administração pertence a um ou mais sócios capitalistas.
Os sócios de indústria poderão exercer o cargo de administrador, desde que prestem
uma caução previamente fixada no contrato de sociedade.
Salvo disposição do contrato de sociedade em contrário, a caução referida no número
anterior deverá ser igual ao valor do capital subscrito pelos sócios capitalistas e será
destinada, exclusivamente, à responder pelos actos de má administração eventualmente
praticados.
1
2
Conclusão
1
3
Bibliografia
1
4