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UNIDADE II

Administração Financeira

Prof. Me. Carlos Guimarães


Agenda da Unidade II – Parte 1

5. Decisões de financiamento em longo prazo:


 5.1 Fontes de recursos para o financiamento empresarial.

6. Alavancagem financeira:
 6.1 Retorno sobre o Ativo (RsA);
 6.2 Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RsPL);
 6.3 Aplicação do Grau de Alavancagem Financeira (GAF) do RsA e do RsPL;
 6.4 Financiamento de Ativos Fixos.
Agenda da Unidade II – Parte 1

5. Decisões de financiamento em longo prazo:

 5.1 Fontes de recursos para o financiamento empresarial;

 Mercado de capitais.
5. Decisões de financiamento em longo prazo

 Referem-se à forma/maneira com que o gestor financeiro irá conseguir as fontes/origens de


recursos para a aplicação em ativos, sejam de giro ou fixos.

O dilema do gestor financeiro estará entre a utilização de:

 Capital próprio como a fonte de financiamento das necessidades de capital;

 Capital de terceiros, de longo prazo;

 É importante lembrar que o gestor financeiro deve ter, como


base, em sua decisão, a relação risco X retorno.
5. Decisões de financiamento em longo prazo
5.1 Fontes de recursos para o financiamento empresarial
Fontes de recursos provenientes das atividades da empresa e/ou dos sócios são
consideradas capital próprio. São elas:

 Lucros retidos;
 Venda de ativos imobilizados;
 Melhora do ciclo financeiro;
 Aumento do capital social – emissão de ações;
 Mercado de capitais: distribuição pública e/ou novos sócios.
5. Decisões de financiamento em longo prazo
5.1 Fontes de recursos para o financiamento empresarial
Mercado de capitais:

 Na condução dos negócios, o principal executivo da área financeira das organizações se


defronta com as necessidades de financiamento das atividades produtivas e do capital de
giro a prazos mais dilatados do que aqueles, usualmente, praticados pela empresa no
mercado financeiro. Decide, então, realizar uma incursão pelo mercado de capitais.
5. Decisões de financiamento em longo prazo
5.1 Fontes de recursos para o financiamento empresarial
Nesse mercado são negociados títulos, tais como:

 Ações;
 Debêntures;
 Commercial papers; e
 Bônus de subscrição.
 Eles constituem os valores mobiliários, conforme definido em lei.

Vamos detalhar cada um à frente:


5. Decisões de financiamento em longo prazo/5.1 Fontes de recursos para o
financiamento empresarial/Mercado de capitais
 As ações compreendem as menores frações do capital de uma empresa.

 Constituem um investimento de prazo indeterminado e de renda variável.

Na análise sobre as condições de uma ação, deve-se atentar para a(o):

 Espécie (ação ordinária ou preferencial);

 Forma (nominativa ou escritural); e

 Tipo (comum, resgatável).


5. Decisões de financiamento em longo prazo/5.1 Fontes de recursos para o
financiamento empresarial/Mercado de capitais
Vamos detalhar alguns tipos de ação a seguir:

 Ordinária: é um tipo de ação que proporciona, ao seu proprietário, o direito de voto;

 Preferencial: dá, ao seu proprietário, a prioridade no recebimento de dividendos e a


restituição do capital em caso de extinção da empresa, mas não dá o direito de voto;

 Nominativa: é um tipo de ação na qual consta o nome do


proprietário, sendo que a sua venda deve ser registrada na
empresa que a emitiu;

 Ação com valor nominal: tem um valor impresso, estabelecido


pelo estatuto da empresa que a emitiu.
5. Decisões de financiamento em longo prazo/5.1 Fontes de recursos para o
financiamento empresarial/Mercado de capitais
 As debêntures representam os títulos de crédito (as notas promissórias, as duplicatas e os
cheques) de longo prazo emitidos, necessariamente, por sociedades anônimas.

 As debêntures são uma alternativa para a obtenção de recursos financeiros de longo prazo.

 Os investidores que adquirem as debêntures recebem uma taxa de juros fixa ou variável
sobre o valor emprestado, além de dividendos.

 Essas debêntures podem, ou não, ser conversíveis em ações,


em épocas e condições predeterminadas, possibilitando ao
seu titular uma participação direta no capital da empresa
lançadora da debênture.
5. Decisões de financiamento em longo prazo/5.1 Fontes de recursos para o
financiamento empresarial/Mercado de capitais – Commercial papers
 Entende-se por commercial paper o mesmo que a nota promissória emitida por uma
empresa no mercado externo, ou seja, no mercado distinto da sede do empreendimento.

 É utilizada para a captação de recursos em curto prazo.

Os papéis têm um prazo de emissão:


 De 30 a 180 dias – no caso de companhias fechadas; e
 De 30 até 360 dias – no caso de companhias abertas.

 Os títulos são mantidos em custódia em nome de seus


titulares junto ao banco emissor, com a emissão de recibos
de aplicação.
5. Decisões de financiamento em longo prazo/5.1 Fontes de recursos para o
financiamento empresarial/Mercado de capitais – Bônus
 Um bônus caracteriza um título emitido por uma sociedade anônima, no limite do
capital autorizado.

 Conforme as condições constantes no certificado, confere ao seu titular o direito de


subscrever as ações, direito que será exercido contra a apresentação do bônus à companhia
e ao pagamento do preço de emissão da ação.
Interatividade

Uma empresa que precise de recursos para financiar um novo equipamento e pretenda utilizar,
apenas, o capital próprio, não utilizaria:

a) Lucros retidos.
b) Venda de imobilizado.
c) Debêntures.
d) Melhora do ciclo financeiro.
e) Aumento de capital social pelos sócios.
Resposta

Uma empresa que precise de recursos para financiar um novo equipamento e pretenda utilizar,
apenas, o capital próprio, não utilizaria:

a) Lucros retidos.
b) Venda de imobilizado.
c) Debêntures.
d) Melhora do ciclo financeiro.
e) Aumento de capital social pelos sócios.
Agenda da Unidade II – Parte 2

6. Alavancagem financeira:

 6.1 Retorno sobre o Ativo (RsA);


 6.2 Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RsPL);
 6.3 Aplicação do GAF, do RsA e do RsPL.
6. Alavancagem financeira – Conceito

 A alavancagem financeira é entendida como a capacidade da empresa de maximizar o lucro


líquido por meio da utilização de encargos financeiros fixos.

Vamos usar uma metáfora:

 “Dê-me um ponto de apoio e uma alavanca, e eu moverei a Terra”.

De que maneira o conceito de alavanca proporciona a compreensão de uma série de


fenômenos financeiros?

Observe as figuras 3, 4 e 5 a seguir:


6. Alavancagem financeira – Conceito

Existe uma
alavanca
e um ponto de
apoio
que se move
em cada uma
das figuras. +∞ 1 -∞ +∞ 1 -∞
Figura 3 Figura 4

+∞ 1 -∞
Figura 5
Fonte: livro-texto.
6. Alavancagem financeira – Conceito

Vejamos o seguinte:
 Na figura 3, o ponto de apoio se localiza no centro da alavanca, e é um indício de que houve
um empate entre o custo e o lucro.

Figura 3

Fonte: livro-texto.
6. Alavancagem financeira – Conceito

 Na figura 4, o ponto de apoio está situado mais à direita, o que indica que não houve uma
alavancagem em condições favoráveis.

Figura 4

Fonte: livro-texto.
6. Alavancagem financeira – Conceito

 Na figura 5, o ponto de apoio se localiza à esquerda, o que indica que a alavancagem


financeira foi adequada.

Figura 5

Fonte: livro-texto.
6. Alavancagem financeira – Conceito

 É preciso mensurar o retorno proporcionado pela utilização dos ativos da empresa.

Temos que calcular o Retorno sobre o Ativo (RsA) que é calculado com base na relação entre
o Lucro Antes das Despesas Financeiras (LADF) e o Ativo Total (AT) da empresa, sendo
assim temos:

Lucro Antes das Despesas Financeiras (LADF)


Retorno sobre o Ativo (RsA) = -----------------------------------------------------------------
Ativo Total (AT)

LADF
RsA = ----------
AT
6. Alavancagem financeira –
Retorno sobre o Patrimônio Líquido – RsPL
 A relação entre o Lucro Líquido (LL) e o Patrimônio Líquido (PL) da empresa indicará o
Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RsPL).

LL
RsPL = ------
PL

 Compara o lucro líquido gerado pelas atividades com o total do Patrimônio Líquido, ou seja,
com o capital mais as reservas acumuladas durante a existência do negócio.

 Comparando o LL e o PL, o RsPL é uma importante medida


de rentabilidade de um negócio.
6. Alavancagem financeira –
Grau de Alavancagem Financeira – GAF
 Podemos, então, relacionar o RsPL com o Retorno sobre o Ativo Total, mensurando, assim,
o Grau de Alavancagem Financeira (GAF).

RsPL
GAF = ----------
RsA

O valor desta conta pode ter 3 resultados:


 Maior do que 1;
 Menor do que 1; e
 Zero.

Vamos ver o significado disto?


6. Alavancagem financeira –
Grau de Alavancagem Financeira – GAF
GAF maior do que 1:
 Indica que o capital de terceiros contribuiu para a geração de um retorno adicional para
o acionista.

GAF menor do que 1:


 Caracteriza uma situação em que o capital de terceiros teve um custo tal que não só
prejudicou, como não possibilitou a geração de um retorno adicional para o acionista.

Zero:
 O capital de terceiros não contribuiu – mas, também, não
prejudicou – com a geração de um retorno adicional para
o acionista.
Interatividade

Você, como administrador financeiro de uma empresa, tem que escolher uma operação de
captação de recursos de terceiros. Indique a seguir qual a alternativa que lhe dará o
pior resultado:

a) GAF maior do que 1: indica que o capital de terceiros contribuiu para a geração de
um retorno.
b) GAF menor do que 1: indica que o capital de terceiros não contribuiu para a geração
de um retorno.
c) GAF igual a zero: o capital de terceiros contribuiu para a geração de um retorno.
d) GAF igual a zero: o capital de terceiros não contribuiu para a
geração de um retorno.
e) GAF maior do que 1: indica que o capital de terceiros não
contribuiu para a geração de um retorno.
Resposta

Você, como administrador financeiro de uma empresa, tem que escolher uma operação de
captação de recursos de terceiros. Indique a seguir qual a alternativa que lhe dará o
pior resultado:

a) GAF maior do que 1: indica que o capital de terceiros contribuiu para a geração de
um retorno.
b) GAF menor do que 1: indica que o capital de terceiros não contribuiu para a geração
de um retorno.
c) GAF igual a zero: o capital de terceiros contribuiu para a geração de um retorno.
d) GAF igual a zero: o capital de terceiros não contribuiu para a
geração de um retorno.
e) GAF maior do que 1: indica que o capital de terceiros não
contribuiu para a geração de um retorno.
Agenda da Unidade II – Parte 3

 6.3 Aplicação do GAF, do RsA e do RsPL.


6.3 Aplicação do GAF, do RsA e do RsPL

 Para a mensuração do retorno do capital de terceiros ou, como também é conhecido, custo
da dívida (CD), proveniente da utilização de recursos de terceiros é necessário relacionar as
despesas financeiras (DF) do período com o volume de empréstimos bancários (EB)
existentes ao final do período.

DF
 Então, temos: CD = --------
EB
6.3 Aplicação do GAF, do RsA e do RsPL

Entendendo o custo da dívida (CD) podemos comparar o Retorno sobre o Ativo Total e
teremos uma ferramenta de gestão financeira importante, que poderá nos apresentar 3
situações:

1) RsA > CD: houve um retorno; sendo assim, o endividamento foi benéfico;
2) RsA < CD: não houve um retorno; sendo assim, o endividamento não foi benéfico;
3) RsA = CD: o endividamento é neutro.

> Maior
< Menor
6.3 Aplicação do GAF, do RsA e do RsPL

 Agora, já podemos associar a magnitude do grau de alavancagem financeira com as figuras


3, 4 e 5 a que nos referimos no início dos estudos deste conceito.

 Vamos dispor um eixo horizontal demarcado por um delimitador 1 e que possui um extremo
à direita indicado por –∞ e outro extremo à esquerda indicado por +∞.
6.3 Aplicação do GAF, do RsA e do RsPL

O ponto de apoio deslizará sobre este eixo, à esquerda e à direita, para indicar o tamanho do
grau de alavancagem, conforme se depreenderá das figuras 6, 7 e 8, modificadas:

+∞ 1 -∞ +∞ 1 -∞
Figura 6 Figura 7

+∞ 1 -∞
Figura 8
Fonte: livro-texto.
6.3 Aplicação do GAF, do RsA e do RsPL

 Exemplificando numericamente os conceitos aprendidos, vamos considerar o Balanço


Patrimonial e o Demonstrativo de Resultados do Exercício do Bazar Azul, do ano de 2006,
para os nossos cálculos.
6.3 Aplicação do GAF, do RsA e do RsPL
BAZAR AZUL
Quadro 30: Balanço Patrimonial encerrado em 31 de dezembro
 Balanço Patrimonial ATIVO PASSIVO

do Bazar Azul. 20X4 20X5 20X6 20X4 20X5 20X6

Ativo Circulante 6,603.00 7,291.00 9,918.00 Passivo Circulante 2,150.00 2,750.00 3,775.00

Disponibilidade 260.00 380.00 600.00 Fornecedores 1,320.00 1,620.00 2,600.00

Duplicatas a receber 1,900.00 2,300.00 2,800.00 Contas a pagar 350.00 450.00 600.00
Provisão para os
devedores (57.00) (69.00) (162.00) Salários a pagar 360.00 380.00 400.00
duvidosos
Estoques 4,500.00 4,680.00 6,680.00 IR a pagar 120.00 300.00 175.00

Fonte: livro-texto. Realizável em Exigível em longo


275.00 375.00 580.00 3,800.00 3,400.00 3,200.00
longo prazo prazo
Diversas contas a
275.00 375.00 580.00 Financiamentos 3,800.00 3,400.00 3,200.00
receber
Ativo Permanente 9,800.00 10,800.00 11,200.00 Patrimônio Líquido 10,728.00 2,316.00 14,723.00

Imobilizado 2,500.00 3,000.00 3,500.00 Capital 4,180.00 4,276.00 9,655.00

Terrenos 4,000.00 4,500.00 4,500.00 Reservas 2,550.00 3,200.00 3,200.00


Resultado
Imóveis 3,800.00 3,900.00 3,900.00 3,998.00 4,840.00 1,868.00
acumulado
Depreciação (500.00) (600.00) (700.00)

Total do Ativo... 16,678.00 8,466.00 21,698.00 Total do Passivo... 6,678.00 8,466.00 21,698.00
6.3 Aplicação do GAF, do RsA e do RsPL

Quadro 31 BAZAR AZUL

 DRE do Bazar Azul. Demonstração do resultado em 31 de dezembro


20X4 20X5 20X6
Vendas 28,000.00 32,200.00 34,600.00
Custo das mercadoras vendidas (16,250.00) (18,600.00) (19,400.00)
Lucro bruto 11,750.00 13,600.00 15,200.00
Despesas operacionais (4,600.00) (5,700.00) (6,800.00)
Despesas com vendas (900.00) (1,200.00) (1,400.00)
Fonte: livro-texto. Despesas administrativas (1,400.00) (1,600.00) (1,950.00)
Despesas com marketing (2,300.00) (2,900.00) (3,450.00)
Despesas financeiras (5,600.00) (4,800.00) (3,800.00)
Receitas financeiras 320.00 540.00 630.00
Lucro antes do IR 1,870.00 3,640.00 5,230.00
IR (748.00) (1,456.00) (404.00)
Lucro Líquido 1,122.00 2,184.00 4,826.00
6.3 Aplicação do GAF, do RsA e do RsPL

Cálculo do RsA:

LADF
RsA = ----------
AT
Lucro + Desp. Fin.
RsA = ------------------------
AT

Fonte: livro-texto.

(3,800.00)

4,826.00
6.3 Aplicação do GAF, do RsA e do RsPL

Quadro 30:
 Balanço Patrimonial
do Bazar Azul.

Lucro + Desp. Fin.


RsA = ------------------------
AT

Fonte: livro-texto.

21,698.00
6.3 Aplicação do GAF, do RsA e do RsPL

Então, temos o RsA de:

4826 + 3800
Lucro + Desp. Fin. RsA = -------------------
RsA = ------------------------ = 0,40
AT 21698

 Por sua vez, o Lucro Líquido (LL) foi de $ 4.826 e o Patrimônio Líquido (PL) correspondeu
a $ 14.723.

LL 4.826
RsPL = ----- RsPL = --------- = 0,33
PL 14.723
6.3 Aplicação do GAF, do RsA e do RsPL

Com base nos resultados podemos calcular o GAF:

4826
RsPL = --------- = 0,33
14723
RsPL GAF = ----------
GAF = ---------- 0,33 = 0,82
RsA 0,40
4826 + 3800
RsA = ------------------- = 0,40
21698

 Observa-se que o GAF é menor do que 1, portanto, o


capital de terceiros não contribuiu para aumentar o retorno
do acionista.
6.3 Aplicação do GAF, do RsA e do RsPL

 Vejamos, agora, o retorno sobre o capital de terceiros ou o custo da dívida.


 O volume de despesas financeiras (DF) do período foi de $ 3.800 e, por sua vez, o valor dos
financiamentos constantes do Exigível de Longo Prazo é de $ 3.200 (Empréstimos Bancários
– EB). Logo:

DF 3800
CD = ----------
CD = ---------- = 1,19
EB 3200

 Sendo assim, temos RsA = 0,40 e CD = 1,19. > Maior


< Menor
 RsA < CD.
 Ou seja, o retorno sobre o Ativo Total da empresa foi menor do
que o custo da dívida. Assim, não houve o benefício na
tomada de recursos de terceiros, indicando que a
alavancagem foi desfavorável.
Interatividade

Ao comparar o retorno sobre o Ativo Total (RsA) com o custo da dívida (CD), algumas
situações poderão existir. Assinale a seguir a alternativa correta:

a) GAF maior do que 1: indica que o capital de terceiros contribuiu para a geração de um
retorno.
b) GAF menor do que 1: indica que o capital de terceiros não contribuiu para a geração de
um retorno.
c) RsA > CD: houve um retorno; sendo assim, o endividamento não foi benéfico.
d) RsA < CD: não houve um retorno; sendo assim, o endividamento foi benéfico.
e) RsA = CD: o endividamento é neutro.
Resposta

Ao comparar o retorno sobre o Ativo Total (RsA) com o custo da dívida (CD), algumas
situações poderão existir. Assinale a seguir a alternativa correta:

a) GAF maior do que 1: indica que o capital de terceiros contribuiu para a geração de um
retorno.
b) GAF menor do que 1: indica que o capital de terceiros não contribuiu para a geração de
um retorno.
c) RsA > CD: houve um retorno; sendo assim, o endividamento não foi benéfico.
d) RsA < CD: não houve um retorno; sendo assim, o endividamento foi benéfico.
e) RsA = CD: o endividamento é neutro.
Agenda da Unidade II – Parte 4

 6.4 Financiamento de Ativos Fixos.


6.4 Financiamento de Ativos Fixos

O que é o Ativo Fixo?

O Ativo Fixo de uma empresa é o conjunto de tudo o que é essencial para o funcionamento
desta, tais como:

 Imóveis;
 Patentes;
 Ferramentas;
 Máquinas etc.
 Também é conhecido como ativo não circulante.
6.4 Financiamento de Ativos Fixos

Neste tópico, veremos algumas das formas de obtenção de financiamentos de longo prazo,
disponíveis no mercado financeiro para os novos Ativos Fixos. Entre as formas de
financiamento desse ativo, temos:

 Financiamento bancário;
 Leasing ou arrendamento mercantil;
 Financiamento com os bancos de desenvolvimento.
6.4 Financiamento de Ativos Fixos

Leasing ou arrendamento mercantil:

 Exploremos, inicialmente, as características do arrendamento mercantil financeiro, ou, como


é mais conhecido, leasing;

 Trata-se de modalidade que vem sendo largamente utilizada, especialmente, para a


utilização de veículos, máquinas, computadores e outros equipamentos.
6.4 Financiamento de Ativos Fixos

Leasing ou arrendamento mercantil:

Conforme estabelecido na legislação em vigor, citados em informativo da ABEL – Associação


Brasileira das Empresas de Leasing, temos como definição:

 “Considera-se arrendamento mercantil [...] o negócio jurídico realizado entre a pessoa


jurídica, na qualidade de arrendadora, e a pessoa física ou jurídica, na qualidade de
arrendatária, e que tenha por objeto o arrendamento de bens adquiridos pela arrendadora,
segundo as especificações da arrendatária e para o uso próprio desta”.
6.4 Financiamento de Ativos Fixos

Leasing ou arrendamento mercantil – definição das partes:

 A arrendatária é a parte que tem a necessidade do bem e que o escolheu livremente no


mercado, sem que houvesse a interferência da arrendadora na seleção deste;

 As arrendadoras, por sua vez, são as sociedades de arrendamento mercantil e carteiras de


arrendamento mercantil de bancos múltiplos, devidamente, autorizadas a operar e sob a
fiscalização direta do Banco Central do Brasil (Bacen). Sua função consiste na aquisição do
bem escolhido pela arrendatária junto ao fornecedor indicado por ela.
6.4 Financiamento de Ativos Fixos

Leasing ou arrendamento mercantil – como funciona:

 Depois de entregue o bem, a arrendatária deverá cumprir com todas as obrigações relativas
ao pagamento das parcelas referentes às contraprestações, bem como dos valores
convencionados ao título de pagamento de Valor Residual Garantido (VRG), impostos,
multas e as demais obrigações inerentes ao bem.
6.4 Financiamento de Ativos Fixos

Leasing ou arrendamento mercantil financeiro – como funciona:

Com base na legislação em vigor, considera-se como arrendamento mercantil financeiro a


modalidade em que:

 As contraprestações e os demais pagamentos previstos no contrato, devidos pela


arrendatária, sejam, normalmente, suficientes para que a arrendadora recupere o custo do
bem arrendado durante o prazo contratual da operação e, adicionalmente, obtenha um
retorno sobre os recursos investidos.
6.4 Financiamento de Ativos Fixos

Leasing ou arrendamento mercantil financeiro – como funciona:

 As despesas de manutenção, assistência técnica e serviços correlatos à operacionalidade do


bem arrendado sejam de responsabilidade da arrendatária;

 O preço para o exercício da opção de compra seja, livremente, pactuado, podendo ser,
inclusive, o valor de mercado do bem arrendado.
6.4 Financiamento de Ativos Fixos

Lease back:

 Esta é mais uma forma de obtenção de recursos financeiros de longo prazo disponível no
mercado financeiro;

 Consiste em uma operação de venda de um Ativo Fixo da empresa, totalmente,


desimpedido, para uma sociedade de arrendamento mercantil;

 Esta empresa de leasing adquire o bem e processa uma


operação de leasing financeiro ao vendedor do Ativo.
6.4 Financiamento de Ativos Fixos

Operações de financiamento com os bancos de desenvolvimento:


Dentre as formas de obtenção de capital de investimento de longo prazo, não se poderia deixar
de verificar as modalidades de financiamento disponibilizadas pelos Bancos de
Desenvolvimento, tais como:

 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES);


 Banco de Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais (BDMG);
 Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul);
 Banco do Nordeste; e
 Outros bancos comerciais que disponibilizam linhas de
crédito especiais para a aquisição de bens do Ativo Fixo e,
mesmo, o capital de giro.
6.4 Financiamento de Ativos Fixos

Operações de financiamento com os bancos de desenvolvimento:

 Os custos financeiros dessas operações são, geralmente, inferiores aos custos praticados no
mercado financeiro;

 Dá-se preferência às máquinas e aos equipamentos novos, com elevado grau de


nacionalização dos componentes, bem como à ampliação da capacidade exportadora da
empresa tomadora dos recursos, dada a importância da ampliação das reservas
internacionais de divisas do país.
6.4 Financiamento de Ativos Fixos

Operações de financiamento com os bancos de desenvolvimento:

 São beneficiárias as empresas de qualquer porte e setor, legalmente estabelecidas no país;

 A operacionalização dessas linhas de crédito se faz, geralmente, com a participação de um


agente financeiro – um banco comercial ou uma instituição financeira com a qual
a empresa tomadora realiza as suas operações bancárias de forma regular – que fará a
análise creditícia, o estabelecimento das garantias e outros detalhes correspondentes à
operação financeira solicitada, e, devidamente, enquadrada nas linhas de crédito,
em vigor à época da consulta.
Interatividade

O Ativo Fixo de uma empresa é o conjunto de tudo o que é essencial para o funcionamento
desta. Selecione a seguir qual item não faz parte deste grupo:

a) Imóveis.
b) Patentes.
c) Ferramentas.
d) Máquinas.
e) Serviços.
Resposta

O Ativo Fixo de uma empresa é o conjunto de tudo o que é essencial para o funcionamento
desta. Selecione a seguir qual item não faz parte deste grupo:

a) Imóveis.
b) Patentes.
c) Ferramentas.
d) Máquinas.
e) Serviços.
ATÉ A PRÓXIMA!

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