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Introdução a Historia Económica Social

Objetivos de estudo da disciplina de história económica social

História económico social tem como objetivo e estudo a analise dos fenómenos económicos e
socias surgidos no passado’

O estudo da história económico social, aborda a vida económica social nacional e mundial.

A história económica social, contempla 3 elementos:

A) História- é uma ciência humana que estuda o desenvolvimento do homem sociedade ao longo
tempo’
B) Economia- é uma ciência que estuda o processo, distribuição, acumulação e consumo de bens
materiais e utilização dos serviços
C) Social- é relativo á sociedade, isto é, tudo aquilo que inscreve interesse para com a sociedade ou
melhor, que seja conveniente a sociedade

História económica- é o ramo da historiografia que estuda a economia do passado por via da
análise económica.

História social- é o ramo da ciência histórica que toma como objeto a sociedade no seu
conjunto.
O uso do termo ”História social” na historiagrafia moderna comeca a desenvolver-se na
França na ESCOLA DE ANNALES, no seculo xx cuja a actividade começou em 1929.
Os dois principais nomes da fundação da historiografia moderna são: LUCIANO FEBVRE e
MARC BLOCK e os seus principais objetivos consistem no combate ao positivismo histórico e no
desenvolvimento de uma nova história que acrescentasse voas fontes a pesquisa histórica e
realiza-se um novo tipo de abordagem , no mesmo período desenvolve-se a historiografia
MARXISTA elaborado por KARL MAX e FREDERIC ENGELS. Que trazem a delimitação de um novo
campo chamado “HISTÓRIA SOCIAL” que emerge sob forte influencia no seio da historiografia
de dois campos:

a) Escola de Annando- procurava acabar com a ‘’velha história’’ para trazer uma nova
abordagem histeriografica virada para ‘’A HISTÓRIA DAS GRANDES MASSAS’’ e dos grupos
sociais de varias espécies.
b) Abordagem Marxista- Escola Marxista- defende uma história virada para o económico e o
social defende pelos fundadores do materialismo histórico a partir dos meados do seculo
xix.
Historia económica e social

Definição: é o ramo
16/03/2023

A relação entre a história económica e economia

A relação entre a história económica e a economia se estabelece em 4 contextos:

a) O problema de analise das duas disciplinas- a história económica/social


deve procurar responder a um problema histórico do tipo económico, ou
seja 4 questões básicas:
 que bens foram produzidos, que bens devem ser produzidos, como devem
ser produzidos e com que qualidade

b) No uso de instrumentos conceptuais- a história económica social usa


instrumentos conceptuais da teoria económica tais como:
 Politica fiscal, politica monetária, balança de pagamentos, estabilidade
de preços, etc.

c) Nos objetivos disciplinares- as duas disciplinas possuem os mesmos


interesses e objetivos similares.

Uns dos objetivos da economia é o desenvolvimento de politicas que visam


minimizar diversos problemas, na procura de um equilíbrio
economicamente sustentável.

d) No tempo de analise – a historia procura explicar o funcionamento da


economia no passado, ajuda a compreender o funcionamento da economia
no presente e numa perspetiva futurista.
As formações económicas pré-capitalistas

O homem a socialização e a evolução social


Segundo Karl Max o homem é movido pelas suas diversas necessidades, e nesse
processo ele interage com a natureza, não de forma passiva, mas de forma ativa,
transformador entre outros termos:
 Os homens trabalham, modificam, criam seu meio natural e social(o
homem é um ser social).esta interação entre o homem e a natureza é o
que produz a evolução social.
Essa evolução social não se deu de forma linear e pacifica. O inicio desse longo
processo pode ser explicado pela condição do homem como um animal social
desenvolveu mecanismo de cooperação, como por exemplo:
 Especialização as funções de produção, divisão social do trabalho.com
essa divisão a produção do excedente se intensificou.

O que diferencia uma sociedade da outra?


Para Karl Max a diferenciação se dá pelas seguintes formas:
a) Como é desenvolvida a produção (especificidades quanto ao modo de
produção)
b) A maneira como a divisão social de trabalho é feira
c) Pelas formas distintas de propriedade
23/03/2023
As formações económicas pré-capitalistas(continuação)
Ao analisarmos as sociedades pré-capitalistas recorremos a 4 formações
económicas:
1- Formação tribal
2- Formação económica asiática
3- Formação económica antiga
4- Formação económica germânica

 Formação tribal- ela caracteriza-se pela:


a) Pela Propriedade comunal
b) Pelo estagio não desenvolvido da produção (uns caçam, pescam, criam
animais e plantas)
c) A estrutura social é baseada no parentesco / há distinção entre o chefe da
família e os restantes membros.

 Formação económica asiática- com o desenvolvimento das forcas


produtivas com uma nova divisão social do trabalho e com a
propriedade comunal estatal, vimos surgir a formação económica
asiática (modo de produção asiático), com as seguintes características:

a) A produção é limitada a satisfação das necessidades das comunidades; não


há intensão de fazerem investimento com o excedente.
b) Resulta da evolução das formações tribais, mas rudimentares em
sociedades estabelecidas e comandadas por um Déspota (toma o lugar do
chefe da família e personifica a vida e a produção como não).
c) A propriedade da terra e da produção ainda é comunal, mais um pouco
elaborada do que a comunidade tribal.
d) A economia tem como base a pequena agricultura e manufatura.
e) Ainda não existe a propriedade privada, a propriedade era estatal e a posse
era privada
f) Não é ainda uma sociedade de classes.
g) A relação principal de domínio acontece entre o Déspota e as comunidades
camponesas.
h) A divisão social do trabalho expressa pela seguinte forma: O Rei, altos
funcionários e militares, sacerdotes, massas de camponeses e escravos.
i) As sociedades asiáticas não são exatamente sociedade de classes.

 Formação económica antiga- nesta formação económica verifica-se:


a) A distinção entre a cidade e o campo.
b) O aumento da produção do excedente, exigiu o desenvolvimento de uma
nova relação produção produtiva baseada na escravidão.
c) O escravo é uma propriedade privada móvel do cidadão ou mesmo do
Estado.
d) A sociedade não tinha uma base igualitária
e) Havia uma divisão clara entre os direitos e os deveres dos homens livres e
dos escravos.
f) A guerra era a principal ocupação, porque a ameaça era constante, alem de
ser o meio de garantir a terra para todos cidadãos.
g) Ser cidadão é condição para ser proprietário, e ser proprietário é um direito
que concerne ao cidadão.
h) Na divisão social do trabalho os serviços manuais são reservados aos
escravos e aos estrangeiros, aos cidadãos cabem os deveres políticos e
filosóficos.
i) A formação económica antiga se caracteriza: pela escravidão, trocas
comerciais, economia monetária, conquista de terras por meio de guerras
e a concentração de propriedade territorial.
j) Inaugura a oposição de uma classe a outra, e a escravidão é a primeira
forma de exploração.

 Formação económica germânica- a base dessa formação económica é o


campo.
a) leva o surgimento das cidades, cujo as principais características são o
dinamismo marcado pelo expansionismo.
b) a escravidão se estabelece como esteio da sua economia, e foi o primeiro
passo para o estabelecimento do feudalismo.
c) faz surgir o sistema feudal baseada numa hierarquia feudal, assente na
fidelidade e na proteção dos mais fortes aos mais fracos.
d) A propriedade da terra toma forma com os feudos, que consistem em
extensões de terra arável concedidos aos vassalos em troca da sua
fidelidade e de proteção militar.
e) A escravidão quase desaparece e a base de sustentação dessa economia é o
servo que diferentemente do escravo não é propriedade do seu senhor,
sua ligação é com a terra em que trabalha.
f) A divisão social do trabalho no sistema germânico se sustenta em 3 pilares:
O clero, a nobreza e os sevos. Ao clero cabe a salvação espiritual, aos
nobres a defesa militar, e aos camponeses e sevos o trabalho.
g) O sistema germânico é considerado a etapa final do feudalismo e a sua
organização social lançou as bases do capitalismo.

Tpc : Definir capitalismo e caracteriza-lo


Capitalismo é um sistema económico que tem como objetivo principal a
obtenção de lucro, ou e um modo de organizar a economia, isso é a produção e a
troca de bens e serviços.
Características:
A principal característica do capitalismo é o acumulo de capital, e o tal sistema
económico tem como diretriz a obtenção de lucros, normalmente por meio de
atividades comerciais e industriais. Ele tem como características importantes
1- Direito a propriedade privada
2- Liberdade económica
3- Acumulação de riquezas
4- Trabalho assalariado
5- Existência de diversas classes sociais
30/03/2023

Ciclos económicos
Ciclo económico refere-se as oscilações da atividade e económica a longo
prazo.Segundo Echondemaison (2001), os ciclos económicos são movimentos
alternados e recorrentes da atividade económica com amplitude e periodicidades
regulares

Fases de ciclos económicos


Os Ciclos económicos referem-se as flutuações económicas, recorrentes e
periódicas da atividade económica. Shumpeter(1939) definiu 4 fases de um ciclo
económico:
a) Recuperação: a fase de recuperação ocorre após chegar-se ao ponto mais
baixo da depressão. Nesta fase verifica-se o aumento da produção e o
declínio do desemprego.
b) Boom(pico): essa fase caracteriza-se numa taxa elevada de nível de
emprego, a economia está na sua plenitude máxima e todos os recursos de
trabalho e do capital disponíveis no país são engajados na produção.
c) Declínio(recessão): este é o período em que diminui o volume da produção
e da atividade empresarial e se caracteriza pelo aumento da taxa de
desemprego.
d) Depressão(contração): é “o ponto mais baixo” em que caem a produção e a
percentagem de pessoas empregada. A depressão acaba sendo o percursor
e parte final do declínio.

Classificação dos ciclos económicos


Os ciclos económicos podem ser classificados quanto a sua duração,
características ou tendências do comportamento dos agentes económicos, e a
classificação mais usual é:
a) Ciclos de KITCHIN(duração de 3 a 5 anos )

1-são denominados ciclos de STOCKS;


2-na fase ascendente das empresas enchem seus STOCKS e na descendente
reduzem-nos antecipando uma cultura reduzida;
3- o seu motor de instabilidade é o desfasamento entre as antecipações
dos consumidores e dos produtores;
4- são os mais frequentes mas também os mais fáceis de serem estudados
e contrariados;
6- são provocados pelas variações de STOCKS.

b) Ciclos de juglar (duração de 6-11 anos )


1- são de nominados ciclos de investimento;
2- neles ocorre maior investimento industrial;
3- não fazem STOCKS na fase ascendentes para satisfazerem a procura em
expansão (equipando-se com ferramentas: máquinas, veículos de
transporte, tanques, reservatórios de água, etc.);
4- na fase de estagnação ou declínio dos consumidores, as empresas
deixam de investir;
c) Ciclos de KUZNETS(20-30 anos)
1-são conhecidos por ciclos de construção ou investimentos em infraestrutura.
2-regista-se o aumento de salário que favorece a imigração;
3-há um aumento de necessidade de mão de obra;
4-registra-se um clima de confiança a constituição de família e aquisição de
alojamento;
5- na fase descendente o desemprego e a estagnação do rendimento levam a
diminuição da cultura de alojamento;
7- as industrias de construção e as obras públicas em momentos de crise
atravessam um tempo de paralisação;
8- se relacionam com as variáveis/ variações de construção habitacional e de
infraestrutura bem como nas variáveis demográficas e da atividade
económica.

d) Ciclos de KONDRATIEFF(60-80 anos )


1- é o ciclo de grande mudanças tecnológicas;
2-verifica-se a maturação de equipamentos de capital;
3- os investimentos vem em ondas;
e) Ciclos de(a cima de 80 anos )
1- verificam-se mudanças estruturais;
2- elevada produtividade do capital humano

Tpc- revolução industrial- causas e problemas causados pela revolução industrial


Literalismo económico

06/04/2023

Revolução industrial
A revolução industrial é um conjunto de transformações tecnológicas, com reflexo
no processo produtivo a nível económico e social. A revolução industrial teve
inicio na Inglaterra nos meados do sec.XVIII e expandiu-se pelo mundo partir do
sec.XIX. A revolução industrial trouxe varias mudanças na economia, na
sociedade, na politica e na estrutura ideológica.
Houve necessidade de transportar as mercadorias com maior rapidez, de matérias
primas para as indústrias e dos produtos industrializados para os mercados de
consumo. A revolução industrial contribuir na verdade para a evolução dos
transportes, com a invenção da locomotiva e da navegação a vapor.
A nível político a revolução industrial veio consolidar o liberalismo económico, e
solidificando o modo de produção capitalista. Este processo fez surgir o estado
liberal como antecéu na Inglaterra e que foi difundido nos países que se
industrializaram ao longo do sec.XIX.
No ponto de vista social e até político nas a industrialização fez surgir uma nova
classe social denominado o proletariado, com ela se deu o início de uma luta de
classes entre a burguesia e o proletário. A luta de classes é resultado do
antagonismo entre os trabalhadores e os patrões.
Antes do surgimento das fábricas o trabalhador artesão dominava todo o
processo de produção e controlava o seu tempo de trabalho. Com o surgimento
das fábricas o trabalhador foi transformado em assalariado, passando a trabalhar
para uma entidade patronal, perdendo todo o controle sobre o processo
produtivo pois ele não é dono da máquina e não tem o controle sobre o tempo,
assim tanto o processo produtivo como o tempo passam a ser determinados pela
máquina.
Consequências negativas da revolução industrial
Alguns aspetos negativos da revolução industrial podem ser resumidos da
seguinte maneira:
a) as condições de trabalho eram precárias
b) havia uma inorme exploração do trabalho infantil e feminino
c) os salários das mulheres eram mais baixos que o dos homens
d) as jornadas de trabalhos ultrapassavam as 14h diárias
Como forma de reação a está situação de precariedade a classe
operaria organizou movimentos de luta para conquistar melhores condições de
trabalho. Neste processo podemos citar dois movimentos de luta no contexto da
revolução industrial:
a) movimento ludista (1911-1912)- este movimento protestava contra a
maquina e manifestava-se de forma radical: invadiam fabricas e quebravam
maquinas
b) movimento cartista(1837-1848)-foi criado por um movimento chamado
‘’cartista’’ organizado pela associação de operários que exigiam a redução
de horas de trabalho e melhores condições de vida.
Consequências positivas da revolução industrial
A revolução industrial trouxe também consequências positivas para os países,
entre elas:
a) os desenvolvimentos das cidades, o urbanismo
b) houve um crescimento populacional nos centros urbanos que contribuiu
para concentrar oficinas, fabricas, armazéns e habitação
c) contribuiu pra uma concentração industrial, aumento da produção, a
divisão do trabalho e a consolidação do capitalismo literal
d) estabelecer um novo sistema de trabalho, que é o trabalho assalariado e
teve forte impacto no processo da industrialização na agricultura
Concluindo, no plano ideológico as precárias condições de trabalho dos operários
(os produtores de riquezas) favoreceram o desenvolvimento de novas ideias,
ideias essas que criticam o capitalismo pregando a sua destruição total, trata-se
do socialismo.

O socialismo
Devido as péssimas condições de vida dos operários provocadas pela
industrialização fizeram com que alguns pensadores procurassem soluções para
situação dos trabalhadores. Nesta onda surgiram então ideias reformistas que
procuravam: construir uma nova sociedade, onde houvesse igualdade e justiça
social, eliminado a exploração do homem pelo homem. O conjunto dessas ideias
fomentou o pensamento socialista e que podem ser divididos, basicamente em
duas correntes: a dos socialistas utópicos e a dos socialistas científicos.

TPC(destinguir as duas correntes do socialismo)


20/04/2023

A crise Económica de 1929-33(a grande depressão)


A crise de 1929 ou a grande depressão correspondeu a uma grande recessão
económica que abalou o capitalismo internacional no final da década de 1920 e
equivaleu a decadência do liberalismo económico, cuja as causas foram, a super
produção e a especulação financeira.
Estados Unidos antes a crise económica
Antes a crise económica de 1929 os estados unidos da américa já eram
considerados a maior economia do mundo e no fim da primeira guerra mundial, o
país já assumia o papel de Potencia Económica mundial.
Como resultado do acelerado crescimento dos EUA após a grande guerra
verificou-se naquele país o aumento do consumo de mercadorias consolidando o
American Way of Life(o estilo de vida americano).
O avanço da economia americana
a) tornou o pais responsável pela produção de 42% de todas as mercadorias
feitas no mundo.
b) A maior credora do mundo.
c) O pais que emprestou grandes somas de dinheiro de dinheiro para as
nações europeias (plano marchal -para a reconstrução da economia
europeia após a 2ª guerra mundial)
d) No processo de importação os estados unidos comprava 40% das matérias
primas vendidas pelas 15 nações comerciais do mundo
A caracterização da economia dos estados unidos antes da crise económica
A economia norte americana no período que antecedeu a crise de 1929,
caracterizava-se da seguinte forma:
i- Consumo acelerado da população através da compra de carros e artigos
eletrodomésticos de maneira desenfreada
ii- A expansão do credito sem qualquer tipo de regulamentação
estatal(ajudava a financiar diferentes actividades económicas)

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