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NATAL/RN
2023
PERFIS DE EMPRESA, POR ALBERTO ASQUINI
1. Premissa
Conforme expõe o autor, o Código Civil não traz uma definição jurídica precisa de
empresa, deixando essa questão em aberto para interpretação. Isso porque o conceito de
empresa é um fenômeno econômico jurídico poliédrico, com diversos perfis que substanciam
seu aspecto jurídico.
As definições de empresa podem, portanto, variar de acordo com o tipo de perfil
considerado. Por exemplo, a perspectiva econômica pode se concentrar na atividade produtiva
ou comercial realizada pela empresa, enquanto a perspectiva jurídica pode enfatizar sua
natureza jurídica como uma unidade econômica.
Essa diversidade de definições é a razão pela qual não há uma definição legislativa
precisa de empresa. O conceito de empresa no sentido econômico se refere a um fenômeno
econômico em si mesmo, enquanto a definição de empresa no sentido jurídico aborda a
realidade econômica unitária da empresa.
Para compreender a complexidade da empresa, é importante ter um ponto de partida,
mas não se pode esperar um ponto final ou uma definição única que abarque todos os seus
aspectos. Em vez disso, deve-se levar em conta a pluralidade de definições e perspectivas para
obter uma compreensão completa da empresa como uma unidade econômica e jurídica.
Conforme expõe o autor, destaca-se que a posição do antigo Código Civil está
presente no art. 2555, a qual define o estabelecimento como o “complexo de bens organizados
pelo empresário para exercício da empresa”.
12. Perfil corporativo: A empresa como instituição
A empresa sob o perfil corporativo oferece um exemplo típico de instituição. Tal razão
pode ser descoberta observando os elementos da institucionalidade, os quais, segundo o autor,
são esses: o fim comum (direcionamento que a empresa deve atingir e que deve ser
compartilhado por todos os seus colaboradores); o poder ordenatório (capacidade postulada ao
empresário de poder tomar decisões); relação de cooperação entre as partes; formação de
ordenamento interno na empresa (para, justamente, definir regras e estruturas que respeitem a
hierarquia, a produção e cooperação entre os membros) e, finalmente, o aspecto contratual e
patrimonial.
15. Conclusões
Por fim, entende-se que, caso preze-se uma definição técnica, deve-se usar o conceito
de instituição no sentido supracitado e não somente em um sentido genérico, resignado ao
fenômeno puramente econômico. É necessário, assim, unir as características, e não formular
um movimento de ruptura; integrando, dessa maneira, a forma abstrata da empresa como mera
força produtiva ao seu caráter mais “burocrático”, alcançado pelo desenvolvimento científico
dessa matéria.