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CRUZ, André Santa. Direito Empresarial. 9 ed. São Paulo: Editora Método, 2019
a) Profissionalmente;
b) Atividade econômica;
c) Organizada;
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PROFISSIONALMENTE
Quem exerce determinada atividade econômica de forma esporádica, por exemplo, não
será considerado empresário, não sendo abrangido pelo regime jurídico empresarial.
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PROFISSIONALMENTE
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ATIVIDADE ECONÔMICA
A empresa é uma atividade exercida com intuito lucrativo. Afinal, é característica intrínseca
das relações empresariais a onerosidade.
Não é só à ideia de lucro que a expressão atividade econômica remete, indica também
que o empresário, sobretudo em função do intuito lucrativo de sua atividade, é aquele que
assume os seus riscos técnicos e econômicos.
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ORGANIZADA
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PRODUÇÃO OU CIRCULAÇÃO DE BENS OU SERVIÇOS
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PRODUÇÃO OU CIRCULAÇÃO DE BENS OU SERVIÇOS
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O CONCEITO DE EMPRESA
Empresa é uma atividade, algo abstrato. Empresário, por sua vez, é quem exerce empresa
de modo profissional. Assim, deve-se atentar para o uso correto da expressão empresa,
não a confundindo com a sociedade empresária (pessoa jurídica cujo objeto social é o
exercício de uma empresa, isto é, de uma atividade econômica organizada).
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O CONCEITO DE EMPRESA
“O novo Código Civil Brasileiro, em que pese não ter definido expressamente a figura da empresa,
conceituou no art. 966 o empresário como "quem exerce profissionalmente atividade econômica
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços“ e, ao assim proceder,
propiciou ao interprete inferir o conceito jurídico de empresa como sendo "o exercício organizado
ou profissional de atividade econômica para a produção ou a circulação de bens ou de serviços””
(REsp 623.367/RJ, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, SEGUNDA TURMA,
julgado em 15/06/2004, DJ 09/08/2004, p. 245)
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O CONCEITO DE EMPRESA
Assim, é errado afirmar que certas pessoas constituíram uma empresa, pois o que o
constituíram foi uma sociedade empresária.
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O CONCEITO DE EMPRESA
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O CONCEITO DE EMPRESA
Em síntese:
Empresa é uma atividade econômica organizada
Empresário é pessoa física ou jurídica que exerce empresa profissionalmente.
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EMPRESÁRIO INDIVIDUAL X SOCIEDADE EMPRESÁRIA
Temos que o empresário pode ser um empresário individual (PN) ou uma sociedade
empresária, pessoa jurídica constituída sob forma de sociedade cujo objeto social é a
exploração de uma atividade econômica organizada.
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EMPRESÁRIO INDIVIDUAL X SOCIEDADE EMPRESÁRIA
Pode-se dizer que a expressão empresário designa um gênero, do qual são espécies o
empresário individual (PF) e a sociedade empresária (PJ).
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EMPRESÁRIO INDIVIDUAL X SOCIEDADE EMPRESÁRIA
“5. A pessoa física, por meio de quem o ente jurídico pratica a mercancia, por óbvio, não
adquire a personalidade desta. Nesse caso, comerciante é somente a pessoa jurídica, mas
não o civil, sócio ou preposto, que a representa em suas relações comerciais. Em suma, não
se há confundir a pessoa, física ou jurídica, que pratica objetiva e habitualmente atos de
comércio, com aquela em nome da qual estes são praticados...
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EMPRESÁRIO INDIVIDUAL X SOCIEDADE EMPRESÁRIA
O sócio de sociedade empresarial não é comerciante, uma vez que a prática de atos nessa
qualidade são imputados à pessoa jurídica à qual está vinculada, esta sim, detentora de
personalidade jurídica própria. Com efeito, deverá aquele sujeitar-se ao Direito Civil
comum e não ao Direito Comercial, sendo possível, portanto, a decretação de sua
insolvência civil.”
(REsp 785.101/MG, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em
19/05/2009, DJe 01/06/2009)
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EMPRESÁRIO INDIVIDUAL X SOCIEDADE EMPRESÁRIA
A grande diferença entre o empresário individual e a sociedade empresária é que esta, por
ser uma PJ, possui patrimônio próprio, distinto do patrimônio dos sócios que a integram.
Logo, os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade,
senão depois de executados os bens sociais (art. 1024 CC).
“Os bens particulares dos sócios não podem ser executados por dívidas da sociedade, senão
depois de executados os bens sociais”
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EMPRESÁRIO INDIVIDUAL X SOCIEDADE EMPRESÁRIA
O empresário individual, por sua vez, não aproveita dessa separação patrimonial,
respondendo com todos os seus bens, inclusive os pessoais, pelo risco do
empreendimento.
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• Crítica: é absolutamente contra legem. O art. 1024 do CC é uma regra específica para
as sociedades.
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EMPRESÁRIO INDIVIDUAL X SOCIEDADE EMPRESÁRIA
A responsabilidade dos sócios de uma sociedade empresária, além de ser subsidiária, pode
ser limitada, o que ocorre, por exemplo, nas sociedades limitadas e nas sociedades
anônimas.
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EMPRESÁRIO INDIVIDUAL X SOCIEDADE EMPRESÁRIA
Integralizado o capital social (isso significa que todos os sócios já contribuíram com suas
respectivas quantias), os bens particulares dos sócios não podem ser executados por
dívidas da sociedade, mesmo que os bens sociais não sejam suficientes para pagamento das
dívidas.
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EMPRESÁRIO INDIVIDUAL X SOCIEDADE EMPRESÁRIA
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EMPRESÁRIO INDIVIDUAL X SOCIEDADE EMPRESÁRIA
• Síntese:
Enquanto a responsabilidade do empresário individual é direta e ilimitada, a
responsabilidade do sócio de uma sociedade empresária é subsidiária (seus bens só podem
ser executados após a execução dos bens sociais), podendo ser até limitada, a depender
do tipo societário utilizado.
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EMPRESÁRIO INDIVIDUAL X SOCIEDADE EMPRESÁRIA
• Reflexão
Fica fácil entender porque no Brasil o exercício de empresa em sociedade é mais
vantajoso do que o exercício de empresa individualmente.
A constituição de sociedade empresária para exploração de atividade econômica permite
que os sócios calculem melhor o seu risco empresarial, resguardando seus bens pessoais
em caso de insucesso do empreendimento.
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AGENTES ECONÔMICOS EXCLUÍDOS DO CONCEITO DE
EMPRESÁRIO
Critério esse, como visto, bastante abrangente, por não excluir em um primeiro momento
nenhuma atividade econômica do seu âmbito de incidência.
Ocorre que esse critério material do art. 966CC não se aplica a determinados agentes
econômicos específicos.
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Para estes agentes a lei optou por critérios outros para a determinação de sua submissão
ou não ao regime jurídico empresarial.
Isso significa que o conceito de empresário do art. 966CC que em princípio parece
englobar toda e qualquer pessoa, física (empresário individual) ou jurídica (sociedade
empresária), não é tão abrangente assim.
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Existem agentes econômicos que, a despeito de exercerem atividades econômicos, não
são considerados empresários pelo legislador, o que permite concluir também que existem
atividades que, a despeito de serem atividades econômicas, não configuram empresa.
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PROFISSIONAIS INTELECTUAIS
Também chamados de profissionais liberais está disciplinada no art. 966, p. único, do CC02.
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PROFISSIONAIS INTELECTUAIS
Aspecto histórico: o nosso Código Civil seguiu os passos do CC italiano de 1942 também
nesse ponto, que não considera empresário quem exerce profissão intelectual, a menos
que o exercício dessa profissão intelectual “dê lugar a uma atividade especial, organizada
sob a forma de empresa (art. 2.238)”, como no caso do exercício de uma farmácia, de um
sanatório ou de uma instituição de ensino.
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PROFISSIONAIS INTELECTUAIS
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PROFISSIONAIS INTELECTUAIS
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PROFISSIONAIS INTELECTUAIS
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PROFISSIONAIS INTELECTUAIS
Nesse sentido, Enunciados 193, 194 e 195, do Conselho de Justiça Federal, aprovados na III
Jornada de Direito Civil (2005):
194: “Os profissionais liberais não são considerados empresários, salvo se a organização
dos fatores de produção for mais importante que a atividade pessoal desenvolvida.”
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PROFISSIONAIS INTELECTUAIS
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PROFISSIONAIS INTELECTUAIS
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PROFISSIONAIS INTELECTUAIS
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PROFISSIONAIS INTELECTUAIS
• Para tanto, constituirá todo um plexo de bens materiais (alugará um imóvel, adquirirá
equipamentos, contrairá empréstimos etc.) e imateriais (criará e registrará uma marca,
patenteará um novo processo tecnológico de produção etc.) e buscará, a partir da
organização e exploração desse complexo de bens (o estabelecimento empresarial),
auferir lucro, porém, sabendo que sofrerá também eventuais prejuízos resultantes do
fracasso do empreendimento.
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PROFISSIONAIS INTELECTUAIS
Em regra não se visualiza a organização dos fatores de produção na atuação dos profissionais
intelectuais, que não raro exercem suas atividades sem a necessidade de organizar um
estabelecimento empresarial.
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PROFISSIONAIS INTELECTUAIS
Exemplos:
• Um músico que toca em festas de casamento;
• Professor que ministra aulas particulares;
Por esse motivo que o profissional intelectual em regra não é considerado empresário
segundo os fundamentos da teoria da empresa, adotada pelo Código Civil
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PROFISSIONAIS INTELECTUAIS
Todavia, não se pode afirmar necessariamente que o profissional intelectual não exercício
de sua profissão nunca organize os fatores de produção a ponto de constituir um verdadeiro
estabelecimento empresarial para exercício da empresa.
Exemplos:
• Professor que se torna dono de um cursinho preparatório, ainda que continue a
ministrar aulas nessa mesma instituição, é empresário
• O músico que se torna dono de um centro de promoção de eventos, ainda que
continue a tocar nas festas organizadas por ele, é empresário.
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PROFISSIONAIS INTELECTUAIS
Síntese: por mais que o músico ou o professor exerçam suas respectivas profissões
intelectuais, terão que assumir também a posição de organizadores do empreendimento.
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