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Aluno: Lucas Ernesto Santos Aragão

Docente: Mestre José Alvino Santos Filho

Resumo do capítulo 1 da 3° edição do livro “Manual de Direito Empresarial” de autoria de


Marcelo Barbosa Sacramone. Neste livro será abordado questões teóricas, conceituais e
informativas acerca da atividade empresarial voltado para quem está iniciando o estudo sobre
o assunto. Dentre os principais assuntos abordados estão: teoria da empresa, conceito de
empresário, o que é e quem pode ou não ser um empresário, os tipos e as obrigações do
empresário e o processo de criação de uma empresa.
Começando no item 1, Teoria da Empresa, a discussão do conceito econômico e jurídico da
empresa. No contexto econômico, a empresa é vista como uma organização de trabalho e
capital que visa produzir ou circular bens e serviços. A teoria da Coase sugere que as
empresas surgem quando contratos de curto prazo seriam insatisfatórios, devido aos custos e
riscos envolvidos nas futuras contratações.
No entanto, o conceito econômico não leva diretamente a um único conceito jurídico de
empresa. Requião argumenta que os juristas têm dificuldade em criar uma síntese jurídica
para empresa e acabam se apoiando na ideia formulada pelos economistas.
No âmbito jurídico, a empresa é abordada sob quatro perfis distintos: subjetivo (a empresa
como empresário individual), objetivo (a empresa como complexo de bens utilizados para a
atividade), funcional (a empresa como atividade econômica organizada), e corporativo (a
empresa como organização de pessoas e bens).
O Código Civil brasileiro adota esses diferentes perfis de empresa, mas não define a empresa
diretamente. O conceito mais abrangente adotado pelo Código é o de atividade econômica
organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços. Essa definição visa proteger a
coletividade e sujeitar os empresários a um regime específico de normas.
Por fim, o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins inscreve apenas os
empresários para proteger a coletividade do desenvolvimento de atividades ilícitas ou
irregulares, mostrando a diferença entre atos isolados e atividades em termo de proteção legal.
O segundo item do capítulo fala sobre o conceito de empresário e sua relação com a empresa.
O empresário é o agente responsável por desenvolver a atividade econômica organizada, que
visa produzir ou circular bens ou serviços. Ele não se confunde com a empresa, que é a
atividade econômica em si, nem com o estabelecimento, que é o conjunto de bens organizados
para o exercício da atividade.
Para ser considerado empresário, o sujeito deve realizar a atividade de forma habitual, com
profissionalismo e organização. A atividade deve ser econômica, visando à produção de bens
ou serviços destinados ao mercado para obtenção de lucro. O empresário
também deve possuir o conhecimento técnico necessário para a produção ou circulação dos
produtos ou serviços.
A organização da atividade pode ou não envolver o concurso de trabalho de terceiros, e o uso
de mão de obra não é um elemento essencial da definição de empresa. Mesmo com atividades
inteiramente automatizadas, desde que presente os demais elementos essenciais, a empresa é
reconhecida.
Antes da unificação do direito privado realizada pelo Código Civil, a prestação de serviços era
tipicamente considerada uma atividade civil. No entanto, com o advento do Código Civil, no
art. 966, parágrafo único, a prestação de serviços também pode ser enquadrada como
atividade empresarial, exceto quando realizadas por profissionais intelectuais, como
cientistas, escritores ou artistas, a menos que seja parte de uma empresa.
Dando continuidade aos assuntos abordados neste capítulo apresentado por Barbosa, o item 3
trata da exclusão de alguns agentes econômicos, como profissionais intelectuais, produtores
rurais, sociedades simples e sociedades corporativas, do conceito de empresários conforme o
art. 966 do Código Civil.
Profissionais intelectuais, como advogados, médicos, arquitetos, escritores e pintores são
excluídos do conceito de empresários no Código Civil. Embora esses profissionais produzam
bens e serviços, não são considerados empresários, pois suas atividades não envolvem a
organização dos fatores de produção. No entanto, se houver o elemento de empresa em suas
atividades, como a organização dos meios de produção, eles podem ser considerados
empresários. A atuação desses profissionais é predominantemente pessoal, mesmo que
possam contar com a colaboração de terceiros. Contudo, a definição exata do elemento de
empresa ainda é controversa na doutrina.
Por outro lado, os produtores rurais não registrados no Registro Público de Empresas
Mercantis é que não são considerados empresários pela lei. O Código Civil considera que os
produtores rurais podem ser tratados como empresários se a atividade agrícola, pecuária ou
extrativista vegetal for sua principal profissão. No entanto, diferentemente de outros
empresários cuja a empresarialidade é aferida pela natureza da atividade, para os produtores
rurais, a inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis é facultativa e tem natureza
constitutiva, ou seja, eles só serão considerados empresários após se inscreverem
voluntariamente na junta comercial.
Sociedades cujo objetivo é o desenvolvimento de atividades dos profissionais intelectuais ou
dos produtores rurais não serão consideradas empresárias, a menos que explorem a atividade
como elemento de empresa ou, no caso dos produtores rurais, estejam registrados no Registro
Público de Empresas Mercantis. De acordo com o Código Civil, a sociedade será considerada
empresarial somente quando organizar os fatores de produção de forma impessoal e
desvinculada das características pessoais dos sócios. Os advogados não desempenham
atividade empresarial de acordo com a lei, e as sociedades de advogados são consideradas
sempre sociedades simples de prestação de serviços de advocacia. No caso das sociedades
formadas para a exploração de atividades rurais, elas serão consideradas empresárias somente
se estiverem registradas.
No que se diz respeito às sociedades cooperativas, segundo o art, 966, o exercício da atividade
econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços define o agente
como empresário. No entanto, o parágrafo único do art. 982 estabelece uma exceção: a
sociedade por ações é considerada empresária, enquanto a cooperativa é tida como simples. A
cooperativa não busca o lucro, mas sim prestar serviços aos associados, e caso haja lucros, ele
é dividido entre os cooperados.
O próximo item, o 4°, trata da atividade empresarial exercida pessoalmente por empresários
individuais. De acordo com o Código Civil, para ser empresário individual, é necessário estar
em pleno gozo da capacidade civil e não ser legalmente impedido, menores impúberes e
relativamente incapazes não podem exercer essa atividade. No entanto, o texto menciona que
os maiores de 16 anos e menores de 18 anos podem ser emancipados se possuírem
estabelecimento empresarial que forneça economia própria.
A continuidade da empresa por um incapaz é permitida apenas se a atividade já existia antes
de sua incapacidade. Para isso, é necessário a autorização judicial, considerando os riscos e
conveniência do desenvolvimento da atividade. Se os representantes legais do incapaz forem
impedidos de exercer a atividade de empresário, eles podem nomear um ou mais gerentes com
aprovação do juiz para conduzir a atividade, sendo os representantes ainda responsáveis pelos
atos do gerente nomeado.
Para proteger os bens do incapaz que continua a atividade empresarial, a lei faz uma distinção.
Se a atividade causar prejuízos a terceiros, os bens que o incapaz já possuía antes da sucessão
ou interdição e que não estão relacionados a atividades empresarial ficam separados e não
podem ser executados pelos prejudicados.
A autorização judicial para a continuidade da atividade pode ser revogada pelo juiz, após
ouvir os pais, tutores ou representantes legais do menor ou interdito, sem prejudicar os
direitos adquiridos por terceiros.
Algumas pessoas, mesmo sendo plenamente capazes, estarão proibidas de exercer atividade
empresarial como empresários individuais de responsabilidade limitada e é sobre isso que
trata o item 5 do capítulo. Porém, elas podem ser sócias ou acionistas e sociedades
empresárias, pois o exercício da atividade empresarial será desempenhado pelas próprias
sociedades.
As pessoas que estão impedidas de atuar como empresários individuais incluem os falidos,
desde a decretação da falência até a extinção de suas obrigações, e aqueles condenados por
crimes falimentares. Os magistrados, membros do Ministério Público e servidores públicos
também são proibidos de exercer atividade empresarial em nome próprio, mas podem ser
sócios ou accionistas, desde que não exerçam cargos na administração delas.
Os deputados e senadores também sofrem restrições, não podendo ser proprietários,
controladores ou diretores de empresas que possuam contratos com pessoa jurídica de direito
público ou exercer função remunerada nelas.
O desrespeito a essas proibições não incerta as pessoas dessas obrigações decorrente de suas
atividades empresariais, podendo acarretar sanções administrativas e penais.
Seguindo para o tópico 6 do capítulo, a parte discute as diferentes formas de desenvolvimento
de empresas. Primeiramente dá enfoque ao empresário individual de responsabilidade
limitada. Nessa modalidade, a pessoa física exerce profissionalmente atividade econômica
organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços, mesmo que com auxílio de
empregados. O empresário individual não é considerado pessoa jurídica, embora esteja
inscrito no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ/MF) para benefícios fiscais.
Contudo, não há separação entre a pessoa física e a atividade empresarial, o que significa que
as obrigações contraídas pela empresa individual vinculam diretamente o patrimônio pessoal
do empresário. Embora o Código Civil concede regime especial para a alienação de bens,
permitindo ao empresário individual casado alienar imóveis da empresa sem outorga
conjugal, é exigido que certos pactos, declaração antenupcial, doações, heranças ou legados
de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade sejam arquivados e averbados
nos registros para proteger os interesses de terceiros.
No geral, a legislação não prevê especificações para diferenciar as relações jurídicas
celebradas pelo empresário individual das demais relações pessoais, o que pode tornar seu
patrimônio pessoal responsável por dívidas contraídas no exercício da atividade empresarial.
Dando continuidade aos subtópicos do item anterior, o próximo assunto discutido são as
sociedades empresárias, cujo objeto é o exercício da atividade própria da empresa sujeito a
registro, e elas devem ser inscritas no Registro Público de Empresas Mercantis. As sociedades
anônimas são sempre consideradas empresariais, enquanto as cooperativas são consideradas
não empresariais ou simples.
O autor prossegue discutindo, agora, sobre a empresa individual de responsabilidade limitada
(Eireli). A Eireli foi criada para evitar práticas de utilização de “ homens de palha” em
sociedades limitadas para mitigar a responsabilidade dos sócios durante o desenvolvimento da
atividade. A Eireli tinha a vantagem de limitar a responsabilidade do titular, não confundindo
seu patrimônio pessoal com o da empresa. Todavia, com a criação da sociedade limitada
unipessoal, a Eireli perdeu seu fundamento e foi extinta pela Lei n.14.195/21.
A Eireli podia desempenhar qualquer atividade e tinha algumas limitações, como exigência de
capital social mínimo e restrição a uma única empresa por titular. Não obstante, com a
possibilidade de construir sociedades limitadas unipessoais, a existência da Eireli tornou-se
desnecessária, levando a sua extinção pela legislação posterior.
Por fim, há um ponto em que trata da proteção conferida às Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte pela Constituição Federal e pela Lei Complementar n.123/2006. Essas
empresas recebem tratamento jurídico diferenciado, com simplificação de obrigações
administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias. A Lei Complementar definiu
critérios para caracterizá-las, estabelecendo limites de receita bruta anual para se enquadrar
como microempresas ou empresas de pequeno porte.
Essas empresas possuem um regime especial de arrecadação de tributos e contribuições
conhecido como Simples Nacional, que permite o recolhimento mensal em um único
documento. Além disso, são dispensadas de algumas obrigações empresariais, como a
realização de reuniões e assembleias, e não precisam publicar seus atos societários. O registro
dos atos constitutivos é feito independentemente da regularidade de obrigações tributárias,
previdenciárias ou trabalhistas.
As microempresas e empresas de pequeno porte optante pelo Simples Nacional não precisam
fazer escrituração dos livros contábeis, mas devem emitir documentos fiscais de venda ou
prestação de serviço e manter em boa ordem os documentos que fundamentaram a apuração
dos impostos e contribuições devidos, bem como o cumprimento das obrigações acessórias.
As demais microempresas e empresas de pequeno porte não optantes pelo Simples Nacional
devem escriturar o livro-caixa para registrar suas movimentações financeiras e bancárias.
O item 7 deste capítulo do livro, aborda os elementos de identificação do empresário em dois
aspectos, o primeiro a questão do nome empresarial e suas variações para diferentes tipos de
empresas, e o segundo, a proteção ao nome empresarial destacando que a lei garante o uso
exclusivo do nome pelo titular em determinado ramo de atividade após sua inscrição na Junta
Comercial. O nome empresarial é a designação utilizada pelo empresário ou sociedade
empresária para distinguir-se dos demais no mercado. Ele pode ser uma firma (composta pelo
nome civil do empresário) ou denominação (composta por elemento fantasia ou nome civil do
homenageado), dependendo do tipo de empresa. Existe diferença na formação e na função
entre firma e denominação A firma é utilizada como assinatura do empresário e pode incluir
o nome dos sócios em sociedade, enquanto a denominação não serve como assinatura e é
composta por elementos fantasia ou nome civil do empresário.
O nome empresarial é obrigatoriamente seguido pela expressão "Eireli" em empresas
individuais de responsabilidade limitada, e "limitada" ou "Ltda." em sociedades limitadas.
Nas sociedades anônimas, é adotado apenas a denominação formada por elementos de
fantasia, objeto social e a expressão "sociedade anônima" ou "companhia".
A diferenciação entre firma e denominação pode ser difícil em algumas situações limite, mas
a inclusão ou não do ramo de atividade na designação é um fator distintivo. No geral,
sociedades limitadas, comandita por ações e empresas individuais de responsabilidade
limitada têm a opção de escolher entre firma ou denominação para o nome empresarial,
enquanto as sociedades anônimas utilizam apenas a denominação.
No que se diz respeito à proteção ao nome empresarial, a proteção é válida apenas dentro do
estado em que o empresário está registrado, a menos que haja um registro específico em lei
para proteção em todo território nacional, o qual ainda não foi promulgado.
A instrução normativa n°116 do DNRC supre essa lacuna, permitindo que a proteção seja
estendida a filiais em outras jurisdições. Para obter proteção nacional, a empresa deve
registrar seu nome em todas as juntas comerciais do país.
O princípio da novidade assegura o uso exclusivo do nome, e qualquer nome idêntico ou
semelhante registrado em atividades empresariais idênticas ou de mesma classe pode ser
anulado pelo titular. Conquanto, nomes idênticos ou semelhantes em atividades diferentes não
são considerados uma violação.
O princípio da veracidade garante que o nome empresarial corresponda à realidade da
empresa. Caso haja mudança no nome civil do empresário ou no ramo da atividade, o nome
empresarial deve ser modificado. A exclusão, saída ou falecimento de sócios também pode
exigir alterações no nome empresarial.
O nome empresarial é preservado enquanto a empresa estiver em atividade, mas é cancelado
se a empresa não fizer arquivamentos ou comunicações adequadas à Junta Comercial por um
período de 10 anos consecutivos, resultando na perda da proteção ao nome empresarial. O
cancelamento não implica na dissolução da empresa, mas a proteção ao nome é perdida.
Prosseguindo, o subtítulo 8 deste capítulo explica que empresários individuais, empresas
individuais de responsabilidade limitada e sociedades empresárias devem cumprir uma série
de obrigações para se beneficiarem do regime favorável previsto na legislação, como requerer
falências de outros empresários ou obter recuperação de empresas. Essas obrigações incluem
a inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis, a manutenção de livros obrigatórios,
a escrituração dos livros mercantis e a realização anual do balanço patrimonial.
A inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis é obrigatória para empresários e
sociedades empresárias antes de iniciar suas atividades. O registro é feito nas Juntas
Comerciais do estado da sede do empresário. Já as sociedades simples, ou não empresárias
devem registrar seus atos consecutivos no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. A inscrição é
um requisito para regularidade, embora não seja essencial para a caracterização como
empresário.
O Departamento de Registro Empresarial e Integração (DREI) é responsável por
supervisionar, orientar, coordenar e normatizar as atividades das Juntas Comerciais. Por sua
vez, as Juntas Comerciais são órgãos estaduais que executam os atos de registro, como
matrículas, arquivamentos, autenticação e assentamentos.
A inscrição tardia pode acarretar efeitos retroativos limitados para o registro. Empresários
irregulares perdem certos benefícios e sofrem consequências legais, como a impossibilidade
de requerer a falência de outros empresários ou de obter recuperação judicial.
O texto também menciona a estrutura das Juntas Comerciais, incluindo os órgãos decisórios
como as Turmas e o Plenário, responsáveis pelo arquivamento de atos mais complexos. Os
Recursos contra decisões podem ser apresentados no prazo de 10 dias úteis.
Também no item 8, é abordado a importância dos livros de contabilidade para os empresários
e sociedades empresárias. Esses livros devem ser mantidos com base em escrituração
uniforme, registrando todas as operações diárias da empresa. A legislação impõe a
obrigatoriedade do Livro Diário, onde devem ser lançadas as operações e os balanços
patrimoniais. Caso a escrituração seja eletrônica, o Livro Diário pode ser substituído pelo
livro de Balancetes Diários e Balanços.
Existem também livros obrigatórios especiais exigidos apenas em certas condições, como
Livro de Registro de Ações Nominativas e Livro de Registro de Duplicata, entre outros. Além
disso, os empresários podem criar livremente livros facultativos para auxiliar no registro de
suas atividades, como Livros Caixa e Estoque.
Os livros contábeis têm proteção contra divulgação de informações e nenhuma autoridade
pode verificar sua escrituração, exceto em casos previstos em lei. O princípio do sigilo pode
ser atenuado diante da autoridade fazendária ou por determinação judicial em situações
específicas.
Por fim, nos subitens finais do item 8, há o destaque em relação à responsabilidade dos
empresários de levantar anualmente o balanço patrimonial e o resultado econômico, exceto
para microempresas e empresas de pequeno porte, que estão dispensadas dessa
obrigatoriedade. O balanço patrimonial apresenta os bens ativos e as dívidas da empresa,
enquanto o balanço de resultado econômico mostra o montante de créditos e débitos.
Em relação aos microempresários e empresários de pequeno porte, a legislação oferece
privilégios para reduzir seus custos no desenvolvimento das atividades. O microempreendedor
individual (MEI) é dispensado da escrituração dos livros, enquanto as microempresas e
empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional precisam emitir apenas
documentos fiscais e manter seus registros em ordem. As demais microempresas e empresas
de pequeno porte não optantes do Simples Nacional são obrigadas apenas a manter o
livro-caixa com sua movimentação financeira e bancária.
Em relação ao sigilo dos livros comerciais, historicamente eles foram protegidos para
preservar as estratégias do empresário. No entanto, com o passar do tempo, o Código Civil de
2002 permitiu exceções ao sigilo em situações de interesses públicos, conflitos societários ou
fiscalização do pagamento de impostos pelas autoridades fazendárias.
Por fim, o 9° e último subtítulo do capítulo que aborda sobre o empresário inativo. O texto
menciona que um empresário ou sociedade empresária que não realizar nenhum arquivamento
por 10 anos consecutivos deve comunicar à Junta Comercial que deseja continuar em
funcionamento. Se não houver comunicação, a empresa é considerada inativa, e a Junta
Comercial procederá ao cancelamento do registro. O cancelamento não dissolve a sociedade
nem extingue suas obrigações, mas a empresa perderá a proteção ao nome empresarial. Antes
de efetuar o cancelamento, a Junta notificará previamente o interessado para que ele possa se
manifestar, e somente após o prazo dado para a resposta, o cancelamento ocorrerá.
Em suma, o capítulo 1 do livro "Manual do Direito Empresarial" Oferece uma visão
abrangente sobre a teoria e conceitos fundamentais relacionados à atividade empresarial bem
como as obrigações e proteções concedidas aos empresários para o desenvolvimento de suas
atividades de forma regular e segura. É um importante ponto de partida para quem está
iniciando o estudo sobre o tema.

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