Resumo do capítulo 1 da 3° edição do livro “Manual de Direito Empresarial” de autoria de
Marcelo Barbosa Sacramone. Neste livro será abordado questões teóricas, conceituais e informativas acerca da atividade empresarial voltado para quem está iniciando o estudo sobre o assunto. Dentre os principais assuntos abordados estão: teoria da empresa, conceito de empresário, o que é e quem pode ou não ser um empresário, os tipos e as obrigações do empresário e o processo de criação de uma empresa. Começando no item 1, Teoria da Empresa, a discussão do conceito econômico e jurídico da empresa. No contexto econômico, a empresa é vista como uma organização de trabalho e capital que visa produzir ou circular bens e serviços. A teoria da Coase sugere que as empresas surgem quando contratos de curto prazo seriam insatisfatórios, devido aos custos e riscos envolvidos nas futuras contratações. No entanto, o conceito econômico não leva diretamente a um único conceito jurídico de empresa. Requião argumenta que os juristas têm dificuldade em criar uma síntese jurídica para empresa e acabam se apoiando na ideia formulada pelos economistas. No âmbito jurídico, a empresa é abordada sob quatro perfis distintos: subjetivo (a empresa como empresário individual), objetivo (a empresa como complexo de bens utilizados para a atividade), funcional (a empresa como atividade econômica organizada), e corporativo (a empresa como organização de pessoas e bens). O Código Civil brasileiro adota esses diferentes perfis de empresa, mas não define a empresa diretamente. O conceito mais abrangente adotado pelo Código é o de atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços. Essa definição visa proteger a coletividade e sujeitar os empresários a um regime específico de normas. Por fim, o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins inscreve apenas os empresários para proteger a coletividade do desenvolvimento de atividades ilícitas ou irregulares, mostrando a diferença entre atos isolados e atividades em termo de proteção legal. O segundo item do capítulo fala sobre o conceito de empresário e sua relação com a empresa. O empresário é o agente responsável por desenvolver a atividade econômica organizada, que visa produzir ou circular bens ou serviços. Ele não se confunde com a empresa, que é a atividade econômica em si, nem com o estabelecimento, que é o conjunto de bens organizados para o exercício da atividade. Para ser considerado empresário, o sujeito deve realizar a atividade de forma habitual, com profissionalismo e organização. A atividade deve ser econômica, visando à produção de bens ou serviços destinados ao mercado para obtenção de lucro. O empresário também deve possuir o conhecimento técnico necessário para a produção ou circulação dos produtos ou serviços. A organização da atividade pode ou não envolver o concurso de trabalho de terceiros, e o uso de mão de obra não é um elemento essencial da definição de empresa. Mesmo com atividades inteiramente automatizadas, desde que presente os demais elementos essenciais, a empresa é reconhecida. Antes da unificação do direito privado realizada pelo Código Civil, a prestação de serviços era tipicamente considerada uma atividade civil. No entanto, com o advento do Código Civil, no art. 966, parágrafo único, a prestação de serviços também pode ser enquadrada como atividade empresarial, exceto quando realizadas por profissionais intelectuais, como cientistas, escritores ou artistas, a menos que seja parte de uma empresa. Dando continuidade aos assuntos abordados neste capítulo apresentado por Barbosa, o item 3 trata da exclusão de alguns agentes econômicos, como profissionais intelectuais, produtores rurais, sociedades simples e sociedades corporativas, do conceito de empresários conforme o art. 966 do Código Civil. Profissionais intelectuais, como advogados, médicos, arquitetos, escritores e pintores são excluídos do conceito de empresários no Código Civil. Embora esses profissionais produzam bens e serviços, não são considerados empresários, pois suas atividades não envolvem a organização dos fatores de produção. No entanto, se houver o elemento de empresa em suas atividades, como a organização dos meios de produção, eles podem ser considerados empresários. A atuação desses profissionais é predominantemente pessoal, mesmo que possam contar com a colaboração de terceiros. Contudo, a definição exata do elemento de empresa ainda é controversa na doutrina. Por outro lado, os produtores rurais não registrados no Registro Público de Empresas Mercantis é que não são considerados empresários pela lei. O Código Civil considera que os produtores rurais podem ser tratados como empresários se a atividade agrícola, pecuária ou extrativista vegetal for sua principal profissão. No entanto, diferentemente de outros empresários cuja a empresarialidade é aferida pela natureza da atividade, para os produtores rurais, a inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis é facultativa e tem natureza constitutiva, ou seja, eles só serão considerados empresários após se inscreverem voluntariamente na junta comercial. Sociedades cujo objetivo é o desenvolvimento de atividades dos profissionais intelectuais ou dos produtores rurais não serão consideradas empresárias, a menos que explorem a atividade como elemento de empresa ou, no caso dos produtores rurais, estejam registrados no Registro Público de Empresas Mercantis. De acordo com o Código Civil, a sociedade será considerada empresarial somente quando organizar os fatores de produção de forma impessoal e desvinculada das características pessoais dos sócios. Os advogados não desempenham atividade empresarial de acordo com a lei, e as sociedades de advogados são consideradas sempre sociedades simples de prestação de serviços de advocacia. No caso das sociedades formadas para a exploração de atividades rurais, elas serão consideradas empresárias somente se estiverem registradas. No que se diz respeito às sociedades cooperativas, segundo o art, 966, o exercício da atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços define o agente como empresário. No entanto, o parágrafo único do art. 982 estabelece uma exceção: a sociedade por ações é considerada empresária, enquanto a cooperativa é tida como simples. A cooperativa não busca o lucro, mas sim prestar serviços aos associados, e caso haja lucros, ele é dividido entre os cooperados. O próximo item, o 4°, trata da atividade empresarial exercida pessoalmente por empresários individuais. De acordo com o Código Civil, para ser empresário individual, é necessário estar em pleno gozo da capacidade civil e não ser legalmente impedido, menores impúberes e relativamente incapazes não podem exercer essa atividade. No entanto, o texto menciona que os maiores de 16 anos e menores de 18 anos podem ser emancipados se possuírem estabelecimento empresarial que forneça economia própria. A continuidade da empresa por um incapaz é permitida apenas se a atividade já existia antes de sua incapacidade. Para isso, é necessário a autorização judicial, considerando os riscos e conveniência do desenvolvimento da atividade. Se os representantes legais do incapaz forem impedidos de exercer a atividade de empresário, eles podem nomear um ou mais gerentes com aprovação do juiz para conduzir a atividade, sendo os representantes ainda responsáveis pelos atos do gerente nomeado. Para proteger os bens do incapaz que continua a atividade empresarial, a lei faz uma distinção. Se a atividade causar prejuízos a terceiros, os bens que o incapaz já possuía antes da sucessão ou interdição e que não estão relacionados a atividades empresarial ficam separados e não podem ser executados pelos prejudicados. A autorização judicial para a continuidade da atividade pode ser revogada pelo juiz, após ouvir os pais, tutores ou representantes legais do menor ou interdito, sem prejudicar os direitos adquiridos por terceiros. Algumas pessoas, mesmo sendo plenamente capazes, estarão proibidas de exercer atividade empresarial como empresários individuais de responsabilidade limitada e é sobre isso que trata o item 5 do capítulo. Porém, elas podem ser sócias ou acionistas e sociedades empresárias, pois o exercício da atividade empresarial será desempenhado pelas próprias sociedades. As pessoas que estão impedidas de atuar como empresários individuais incluem os falidos, desde a decretação da falência até a extinção de suas obrigações, e aqueles condenados por crimes falimentares. Os magistrados, membros do Ministério Público e servidores públicos também são proibidos de exercer atividade empresarial em nome próprio, mas podem ser sócios ou accionistas, desde que não exerçam cargos na administração delas. Os deputados e senadores também sofrem restrições, não podendo ser proprietários, controladores ou diretores de empresas que possuam contratos com pessoa jurídica de direito público ou exercer função remunerada nelas. O desrespeito a essas proibições não incerta as pessoas dessas obrigações decorrente de suas atividades empresariais, podendo acarretar sanções administrativas e penais. Seguindo para o tópico 6 do capítulo, a parte discute as diferentes formas de desenvolvimento de empresas. Primeiramente dá enfoque ao empresário individual de responsabilidade limitada. Nessa modalidade, a pessoa física exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços, mesmo que com auxílio de empregados. O empresário individual não é considerado pessoa jurídica, embora esteja inscrito no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ/MF) para benefícios fiscais. Contudo, não há separação entre a pessoa física e a atividade empresarial, o que significa que as obrigações contraídas pela empresa individual vinculam diretamente o patrimônio pessoal do empresário. Embora o Código Civil concede regime especial para a alienação de bens, permitindo ao empresário individual casado alienar imóveis da empresa sem outorga conjugal, é exigido que certos pactos, declaração antenupcial, doações, heranças ou legados de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade sejam arquivados e averbados nos registros para proteger os interesses de terceiros. No geral, a legislação não prevê especificações para diferenciar as relações jurídicas celebradas pelo empresário individual das demais relações pessoais, o que pode tornar seu patrimônio pessoal responsável por dívidas contraídas no exercício da atividade empresarial. Dando continuidade aos subtópicos do item anterior, o próximo assunto discutido são as sociedades empresárias, cujo objeto é o exercício da atividade própria da empresa sujeito a registro, e elas devem ser inscritas no Registro Público de Empresas Mercantis. As sociedades anônimas são sempre consideradas empresariais, enquanto as cooperativas são consideradas não empresariais ou simples. O autor prossegue discutindo, agora, sobre a empresa individual de responsabilidade limitada (Eireli). A Eireli foi criada para evitar práticas de utilização de “ homens de palha” em sociedades limitadas para mitigar a responsabilidade dos sócios durante o desenvolvimento da atividade. A Eireli tinha a vantagem de limitar a responsabilidade do titular, não confundindo seu patrimônio pessoal com o da empresa. Todavia, com a criação da sociedade limitada unipessoal, a Eireli perdeu seu fundamento e foi extinta pela Lei n.14.195/21. A Eireli podia desempenhar qualquer atividade e tinha algumas limitações, como exigência de capital social mínimo e restrição a uma única empresa por titular. Não obstante, com a possibilidade de construir sociedades limitadas unipessoais, a existência da Eireli tornou-se desnecessária, levando a sua extinção pela legislação posterior. Por fim, há um ponto em que trata da proteção conferida às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte pela Constituição Federal e pela Lei Complementar n.123/2006. Essas empresas recebem tratamento jurídico diferenciado, com simplificação de obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias. A Lei Complementar definiu critérios para caracterizá-las, estabelecendo limites de receita bruta anual para se enquadrar como microempresas ou empresas de pequeno porte. Essas empresas possuem um regime especial de arrecadação de tributos e contribuições conhecido como Simples Nacional, que permite o recolhimento mensal em um único documento. Além disso, são dispensadas de algumas obrigações empresariais, como a realização de reuniões e assembleias, e não precisam publicar seus atos societários. O registro dos atos constitutivos é feito independentemente da regularidade de obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas. As microempresas e empresas de pequeno porte optante pelo Simples Nacional não precisam fazer escrituração dos livros contábeis, mas devem emitir documentos fiscais de venda ou prestação de serviço e manter em boa ordem os documentos que fundamentaram a apuração dos impostos e contribuições devidos, bem como o cumprimento das obrigações acessórias. As demais microempresas e empresas de pequeno porte não optantes pelo Simples Nacional devem escriturar o livro-caixa para registrar suas movimentações financeiras e bancárias. O item 7 deste capítulo do livro, aborda os elementos de identificação do empresário em dois aspectos, o primeiro a questão do nome empresarial e suas variações para diferentes tipos de empresas, e o segundo, a proteção ao nome empresarial destacando que a lei garante o uso exclusivo do nome pelo titular em determinado ramo de atividade após sua inscrição na Junta Comercial. O nome empresarial é a designação utilizada pelo empresário ou sociedade empresária para distinguir-se dos demais no mercado. Ele pode ser uma firma (composta pelo nome civil do empresário) ou denominação (composta por elemento fantasia ou nome civil do homenageado), dependendo do tipo de empresa. Existe diferença na formação e na função entre firma e denominação A firma é utilizada como assinatura do empresário e pode incluir o nome dos sócios em sociedade, enquanto a denominação não serve como assinatura e é composta por elementos fantasia ou nome civil do empresário. O nome empresarial é obrigatoriamente seguido pela expressão "Eireli" em empresas individuais de responsabilidade limitada, e "limitada" ou "Ltda." em sociedades limitadas. Nas sociedades anônimas, é adotado apenas a denominação formada por elementos de fantasia, objeto social e a expressão "sociedade anônima" ou "companhia". A diferenciação entre firma e denominação pode ser difícil em algumas situações limite, mas a inclusão ou não do ramo de atividade na designação é um fator distintivo. No geral, sociedades limitadas, comandita por ações e empresas individuais de responsabilidade limitada têm a opção de escolher entre firma ou denominação para o nome empresarial, enquanto as sociedades anônimas utilizam apenas a denominação. No que se diz respeito à proteção ao nome empresarial, a proteção é válida apenas dentro do estado em que o empresário está registrado, a menos que haja um registro específico em lei para proteção em todo território nacional, o qual ainda não foi promulgado. A instrução normativa n°116 do DNRC supre essa lacuna, permitindo que a proteção seja estendida a filiais em outras jurisdições. Para obter proteção nacional, a empresa deve registrar seu nome em todas as juntas comerciais do país. O princípio da novidade assegura o uso exclusivo do nome, e qualquer nome idêntico ou semelhante registrado em atividades empresariais idênticas ou de mesma classe pode ser anulado pelo titular. Conquanto, nomes idênticos ou semelhantes em atividades diferentes não são considerados uma violação. O princípio da veracidade garante que o nome empresarial corresponda à realidade da empresa. Caso haja mudança no nome civil do empresário ou no ramo da atividade, o nome empresarial deve ser modificado. A exclusão, saída ou falecimento de sócios também pode exigir alterações no nome empresarial. O nome empresarial é preservado enquanto a empresa estiver em atividade, mas é cancelado se a empresa não fizer arquivamentos ou comunicações adequadas à Junta Comercial por um período de 10 anos consecutivos, resultando na perda da proteção ao nome empresarial. O cancelamento não implica na dissolução da empresa, mas a proteção ao nome é perdida. Prosseguindo, o subtítulo 8 deste capítulo explica que empresários individuais, empresas individuais de responsabilidade limitada e sociedades empresárias devem cumprir uma série de obrigações para se beneficiarem do regime favorável previsto na legislação, como requerer falências de outros empresários ou obter recuperação de empresas. Essas obrigações incluem a inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis, a manutenção de livros obrigatórios, a escrituração dos livros mercantis e a realização anual do balanço patrimonial. A inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis é obrigatória para empresários e sociedades empresárias antes de iniciar suas atividades. O registro é feito nas Juntas Comerciais do estado da sede do empresário. Já as sociedades simples, ou não empresárias devem registrar seus atos consecutivos no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. A inscrição é um requisito para regularidade, embora não seja essencial para a caracterização como empresário. O Departamento de Registro Empresarial e Integração (DREI) é responsável por supervisionar, orientar, coordenar e normatizar as atividades das Juntas Comerciais. Por sua vez, as Juntas Comerciais são órgãos estaduais que executam os atos de registro, como matrículas, arquivamentos, autenticação e assentamentos. A inscrição tardia pode acarretar efeitos retroativos limitados para o registro. Empresários irregulares perdem certos benefícios e sofrem consequências legais, como a impossibilidade de requerer a falência de outros empresários ou de obter recuperação judicial. O texto também menciona a estrutura das Juntas Comerciais, incluindo os órgãos decisórios como as Turmas e o Plenário, responsáveis pelo arquivamento de atos mais complexos. Os Recursos contra decisões podem ser apresentados no prazo de 10 dias úteis. Também no item 8, é abordado a importância dos livros de contabilidade para os empresários e sociedades empresárias. Esses livros devem ser mantidos com base em escrituração uniforme, registrando todas as operações diárias da empresa. A legislação impõe a obrigatoriedade do Livro Diário, onde devem ser lançadas as operações e os balanços patrimoniais. Caso a escrituração seja eletrônica, o Livro Diário pode ser substituído pelo livro de Balancetes Diários e Balanços. Existem também livros obrigatórios especiais exigidos apenas em certas condições, como Livro de Registro de Ações Nominativas e Livro de Registro de Duplicata, entre outros. Além disso, os empresários podem criar livremente livros facultativos para auxiliar no registro de suas atividades, como Livros Caixa e Estoque. Os livros contábeis têm proteção contra divulgação de informações e nenhuma autoridade pode verificar sua escrituração, exceto em casos previstos em lei. O princípio do sigilo pode ser atenuado diante da autoridade fazendária ou por determinação judicial em situações específicas. Por fim, nos subitens finais do item 8, há o destaque em relação à responsabilidade dos empresários de levantar anualmente o balanço patrimonial e o resultado econômico, exceto para microempresas e empresas de pequeno porte, que estão dispensadas dessa obrigatoriedade. O balanço patrimonial apresenta os bens ativos e as dívidas da empresa, enquanto o balanço de resultado econômico mostra o montante de créditos e débitos. Em relação aos microempresários e empresários de pequeno porte, a legislação oferece privilégios para reduzir seus custos no desenvolvimento das atividades. O microempreendedor individual (MEI) é dispensado da escrituração dos livros, enquanto as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional precisam emitir apenas documentos fiscais e manter seus registros em ordem. As demais microempresas e empresas de pequeno porte não optantes do Simples Nacional são obrigadas apenas a manter o livro-caixa com sua movimentação financeira e bancária. Em relação ao sigilo dos livros comerciais, historicamente eles foram protegidos para preservar as estratégias do empresário. No entanto, com o passar do tempo, o Código Civil de 2002 permitiu exceções ao sigilo em situações de interesses públicos, conflitos societários ou fiscalização do pagamento de impostos pelas autoridades fazendárias. Por fim, o 9° e último subtítulo do capítulo que aborda sobre o empresário inativo. O texto menciona que um empresário ou sociedade empresária que não realizar nenhum arquivamento por 10 anos consecutivos deve comunicar à Junta Comercial que deseja continuar em funcionamento. Se não houver comunicação, a empresa é considerada inativa, e a Junta Comercial procederá ao cancelamento do registro. O cancelamento não dissolve a sociedade nem extingue suas obrigações, mas a empresa perderá a proteção ao nome empresarial. Antes de efetuar o cancelamento, a Junta notificará previamente o interessado para que ele possa se manifestar, e somente após o prazo dado para a resposta, o cancelamento ocorrerá. Em suma, o capítulo 1 do livro "Manual do Direito Empresarial" Oferece uma visão abrangente sobre a teoria e conceitos fundamentais relacionados à atividade empresarial bem como as obrigações e proteções concedidas aos empresários para o desenvolvimento de suas atividades de forma regular e segura. É um importante ponto de partida para quem está iniciando o estudo sobre o tema.