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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Faculdade de Direito – Unidade Barreiro

Direito Coletivo do Trabalho

2ª AVALIAÇÃO

Carla Gomes de Souza

Professora: Thaís Cláudia D´ Afonsêca da Silva

Belo horizonte

2022
QUESTÃO 01) Qual a relevância da negociação coletiva, segundo o que
emerge da Constituição Federal? Responda em texto próprio,
argumentativo e fundamentado. (7,5 pontos)
Resposta:
No Direito do Trabalho brasileiro, a negociação coletiva é um dispositivo de
altercação congruente do entendimento entre os agentes, empregado e
empregador. A sua significância é crucial para a estabilidade das relações
trabalhistas, então é por meio desse certame que os participantes ativos
contatam e trazem, não somente cenários de trabalho convenientes às
singularidades de cada segmento profissional, mas também às resoluções das
discórdias e às soluções das discordância coletivas de relevância. A negociação
coletiva é encarada por muitos como o pilar de formação do Direito do Trabalho,
já que se identifica como atividade normal de toda estrutura desse direito.

As concordâncias coletivas são um belo exemplo de consumação de direitos e


garantias fundamentais, por meio da politização da determinação privada. Um
bom exemplo é o guarnecimento de plano de saúde mediante acordos coletivos,
o que produz ao empregado um acesso mais íntegro a saúde, logo podemos
entender que saúde é uma obrigação do estado, mas a corporação, por sua vez,
fornece planos de saúde, dando mais honra ao seu funcionário. O significado de
função social da empresa é generoso e está em pleno aperfeiçoamento ainda,
pois, como relatado primitivamente, sua abundância se deu no Brasil após a C.f.
de 88. Deve-se compreender como atividade social da empresa a obrigação que
ela tem com a população de não se importar somente o lucro, mas também com
o fim social de suas definições. Sua tarefa pode estar propensa a uma finalidade
de enriquecer da sociedade, um equilíbrio entre a satisfação do empresário e da
sociedade que integra a evolução desta empresa. Todas as resoluções
empresariais poderão ser dentro dos limites éticos, sejam eles normativos ou
socialmente empregados, pois, o que se busca um equilíbrio entre o livre
mercado e as propensões sociais, e este equilíbrio necessita de uma certeza de
boa-fé objetiva por parte da empresa. Se por um lado, em definição lato, existe
a inquirição pelo cumprimento da função social da empresa, em compensação,
em um sentido mais exato, há uma executável do cumprimento desta função
através do instrumento coletivo, oriundo da negociação coletiva.

Ergue-se então um novo conceito de conversação coletiva, que terá como


obrigação também efetivar sua função social. A função social da negociação
coletiva está particular conectada à participação dos trabalhadores nas
determinações empresariais. É por intermédio da negociação coletiva que
sucede de forma mais clara e factual a porção dos trabalhadores na
administração da empresa, seja diante o ponto de vista econômico, social ou
mesmo na criação de melhores condições de trabalho, sendo, obviamente uma
evolução social. A negociação coletiva é sem dúvida um importante acessório e
conquista social do trabalhador, notado pela própria Constituição por ser um
instrumento social, ela tem a peculiaridade arqueável, tolerando, em
determinados momentos, se caracterizar por mais proteção aos direitos do
trabalhador, e em outros momentos, buscar os interesses da empresa. É uma
estabilidade entre a intolerância da lei, objetivando a conformação dos interesses
de ambas as partes. Na C.F. de 88, que diz; “Art. 7º São direitos dos
trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social.’’ Ainda da Constituição a Consolidação das Leis Trabalhistas
também buscou em seu Título VI, determinar as regras de negociação coletiva,
claro, retendo sempre a mesma finalidade de asseverar-se como mecanismo
democrático de fração dos trabalhadores na administração da empresa. Uma
das particularidades da negociação coletiva é que de acordo com o texto da
Convenção e da própria CLT, a negociação coletiva, pode ser por parte da
instituição, ser levada por uma entidade empresarial, mas perante o ponto de
vista dos trabalhadores, tem que ser, inevitavelmente caracterizados por
entidades profissionais dispostas. Mas, com a aceitação da Convenção 154 da
Organização Internacional do Trabalho, a Constituição Federal atentou ao
sindicato a obrigatoriedade na negociação de trabalho em seu artigo 8º, inciso
VI; “VI- é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de
trabalho”. Contudo, a ideal funcionalidade da negociação coletiva, e nosso
dispositivo de estudo é a tarefa social. Esta funcionalidade se concretiza com a
extração da ampliação de direitos dos trabalhadores, com facilitações de direitos
voltados aos trabalhadores, com fianças de direitos não obrigatórios, mas que
desempenham direitos sociais, como exemplo o plano de saúde.

É primordial a apreciação que quer especular e garantir a função social deste


instrumento, sua principal particularidade é a de normatização, pois, uma vez
feita a negociação coletiva, seu dispositivo, seja ele uma convenção coletiva,
feita entre dois sindicatos, ou mesmo um acordo coletivo, entre uma empresa e
um sindicato de trabalhadores, estes dispositivos tem função normativa,
incluindo, se associada ao contrato de trabalho. É a negociação coletiva,
portanto, um instrumento social, pelas suas próprias particularidades,
democrática, autônoma, heterogênea e com garantias constitucionais. É fonte
do direito, tem força de contrato, com implicação do direto no contrato individual
de trabalho, motivo pelo qual, a possibilidade de efetivação social por esse
instrumento, tem que ser aproveitado da melhor forma possível, tanto por
trabalhadores, quanto pela empresa.

QUESTÃO 02) Consultando o texto disponibilizado, "DIREITO


FUNDAMENTAL À NEGOCIAÇÃO COLETIVA DE TRABALHO. A
REFORMA TRABALHISTA E O INSTITUTO DA ULTRA-ATIVIDADE DAS
NORMAS COLETIVAS" e responda:
Quais as mudanças acerca da "ultra-atividade" ou "ultratividade" ocorridas
em termos jurisprudenciais e legais nos últimos anos? Explique. Responda
em texto próprio, argumentativo e fundamentado. (10 pontos)

Resposta:
Para esclarecer, O princípio da ultratividade se enquadra na prolongação dos
efeitos de uma norma no caso, uma convenção ou um acordo coletivo de
trabalho para pós prazo de sua vigência.
As normas coletivas são dispositivos de negociação entre sindicatos expressivos
das partes profissionais e das esferas econômicas ou entre sindicatos dos
trabalhadores e uma ou mais empresas, que supervisionam contextos cabíveis
nos contratos individuais de trabalho, como forma de prover ou aumentar
auxílios, além de determina deveres às partes, em verídica garantia às relações
coletivas. Súmula nº 277 do TST, em sua redação, por mais que não trata do
instituto da ultra-atividade, não exercia qualquer citação a acordos e convenções
coletivas, mas tão meramente às resoluções liberadas pelos tribunais
trabalhistas. Esse, contudo, era o julgamento que a Corte Superior Trabalhista
introduzia ao tema, fundado nas incumbências despostas no art. 868, parágrafo
único, da CLT, que de acordo com o qual “o Tribunal fixará a data em que a
decisão deve entrar em execução, bem como o prazo de sua vigência, o qual
não poderá ser superior a quatro anos Podemos extrair duas premissas do
entendimento do Tribunal Superior do Trabalho’’, ao transformar o aludido
emitido; o TST deu aceite aos acordos e Como se vê, o entendimento influencia
a era de que o poder normativo da Justiça do Trabalho se circunscrevia ao
ajuizamento das desarmonias coletiva, e, no caso de não se ter acordo, a norma
coletiva era instintivamente excluída, não se abraçando ao contrato de trabalho
Grande parte dos doutrinadores brasileiros já concordava que a jurisprudência
trabalhista necessita entender que a regra de concordância contratual das regras
coletivas limitada por anulação, como contestação ao critério de concordância
no negócio restringida pelo prazo de validade, era o que melhor equiparava-se
os favoritos da classe operária.
A Constituição acompanhou uma nova fisionomia para se avistar a negociação
coletiva, dando provocação para que as partes envolvidas na negociação,
sindicatos profissionais e empresariais ou empresas, se sentissem estimuladas
a sempre buscar as saídas das questões controvertidas por meio da negociação
coletiva e, assim, celebrar instrumentos normativos para reger suas relações.
Na realidade, até 2012, os dois órgãos fragmentários de maior importância na
estruturação da jurisprudência trabalhista discordarem quanto à ultra-atividade,
enquanto a Seção de Dissídios Coletivos a supunha no âmbito das sentenças
normativas, a Seção de altercações Individuais do TST, por suas duas
subseções, decidia que as cláusulas normativas não eram ultra-ativas, não se
albergando ao tratado de trabalho após o fim da duração da norma coletiva.
Porém, foi somente em setembro de 2012, que o TST juntou sua jurisprudência
atribuindo novo entendimento a Súmula nº 277, análise dada por meio da
Resolução 185/201255, devotando-se ao princípio da ultra-atividade às regras
coletivas de trabalho, logo, as convenções e os acordos coletivos começaram a
integrar os contratos de trabalho e conservar-se eficaz até que a regra coletiva
posterior restringisse ou eliminar os direitos neles viventes.
Na C.F. de 88, foi atenuado pelo novo juízo sumular que determinou uma
deficiência ao poder normativo da Justiça do Trabalho, ao instituir que a sentença
normativa poderá concernir sistematicamente as incumbências irrelevantes
legais de guarita ao trabalho, bem como as estipuladas a priori. As cláusulas
conjecturadas em convenções ou acordos coletivos integram os contratos
individuais de trabalho, mesmo após acabada sua validade, reverteu os
preceitos constitucionais da separação dos Poderes da República.
Consequentemente, uma vez tendo a liminar distribuída na ADPF nº 323/DF e
até que o STF prescreva a aptidão da ação, estão impossibilitados todos os
processos e validade de ordens no âmbito da Justiça do Trabalho que discutam
a aplicação da ultra-atividade das normas coletivas trabalhistas, situando,
também, suspensa a efetiva aplicabilidade da Súmula nº 277 do TST, em sua
atual redação, desde a decisão cautelar até o julgamento definitivo pelo plenário
do STF da ADPF 323/2014. Proximamente, o Congresso Nacional aprovou o
Projeto de Lei da Câmara dos Deputados nº 38/2017, legalizado pelo Presidente
da República, e que se inventa em vacatio legis, famigerado como “Reforma
Trabalhista”.

QUESTÃO 03) No que consiste o princípio da autonomia sindical? Como


ele se expressa? Responda em texto próprio, argumentativo e
fundamentado. (7,5 pontos)

Resposta:
O princípio da autonomia sindical, firma a precaução de autarquia dos sindicatos
dos trabalhadores, sem a ingerência empresarial ou estatal em seu
procedimento. A dimensão da não intervenção se deve acima de tudo à
emancipação política e administrativa dos sindicatos. Ou seja, por meio do
princípio da autonomia sindical, os sindicatos apresentam liberdade em ligação
com a sua própria organização invenção de seu mesmo estatuto, sem
indispensabilidade da presença de um membro do ministério do trabalho ou do
ministério público, logo ele se expressa.
Antagônico, ocorreria um refreamento por parte dos domínios públicos e
privado, o que transportaria no abatimento da própria alma do sindicalismo: a
defesa das predileções da classe trabalhadora. A doutrina aponta
certos critérios de distinção entre os referidos ramos, os quais são três deles:
o critério da titularidade, o critério do interesse e o da sujeição. Esse é o princípio
que garante aos grupos sociais o direito de criar regras jurídicas que o Estado
entende e aceita; é o direito positivo auto criado pelos próprios interlocutores
sociais para imobilizar regras e cenários de trabalho aplicáveis ao seu respectivo
âmbito de representação. A C.F. de 88, no artigo 8°, inciso II devotou a unicidade
sindical, presenteando impraticabilidade de criar mais de uma organização
sindical em qualquer grau emblemático de categoria profissional ou econômica,
sob a mesma base territorial, dessa maneira, o aludido princípio firma a liberdade
sindical ao inviabilizar a validade de diversos sindicatos da mesma classe em
igual pilar territorial.
Contudo, a C.F. de 88 trouxe transmutações importantes sobre a organização e
a autonomia de administração sindical, não existindo mais a distorção estatal,
portando a uma vocação da cedência das padronizações dos normativos oficiais
para as tratativas coletivas, salvaguardando-se todos os direitos previstos pelos
trabalhadores. Fixando que é inevitável a colaborações dos sindicatos nas
negociações coletivas de trabalho, propiciando-se, nas instituições de mais de
duzentos funcionários, a eleição de um diplomata destes com a intuito
pertencentes de providenciando-lhes a consideração direto com os
empregadores, nos termos do art. 11 da constituição.

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