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Partindo desse ponto, temos a inovação trazida pela Lei 13.467/17, que nos
apresentou a figura do empregado hipersuficiente, que evidenciou a quebra do
paradigma na legislação vigente até a época da reforma, que considerava todo e
qualquer trabalhador hiposuficiente nas relações de trabalho e junto a isso, flexibilizou a
ideia de direito trabalhista conquistada até então.
1 TEIXEIRA, Marilane Oliveira; GALVÃO, Andréia; KREIN, José Dari; BIAVASCHI, Magda; ALMEIDA,
Paula Freitas de; ANDRADE, Hélio Rodrigues de (Org.). Contribuição crítica à reforma trabalhista.
[1.ed.]. Campinas, SP: Instituto de Economia, UNICAMP, 2017, p. 32.
Nesse seguimento, vale-se a explicação do surgimento do Direito do Trabalho no
Brasil e a consequente explicação de seus princípios norteadores das relações de
trabalho, para que assim seja feita a análise política-social do contexto em que se foi
criado a legislação trabalhista e sua consequente evolução, para assim então
compreender a figura daquele que se caracteriza como empregado hipersuficiente em
relação aos empregadores. Nestes termos, de acordo com a leitura praticada da obra de
DELGADO, M. temos a primeira constituição a vislumbrar princípios justrabalhistas como
a de 1934, que durou até o estado de sítio de 1935 e a partir desse momento todas as
subsequentes incorporaram de alguma forma os preceitos do Direito do Trabalho de
forma a resguardar seus princípios.
Após esse período de 34, perpassamos pela era vargas, que foi marcada pelo
autoritarismo e a queda de revoltadas sindicais e trabalhistas, para assim então em 1943,
termos a promulgação do Decreto-Lei 5.742, sob o nome de “consolidação das leis
trabalhistas” (CLT). Sobre essa nova legislação, vigente até os dias de hoje o Direito do
Trabalho se consolidou como área atuante na sociedade brasileira, norteando a proteção
aos empregadores e garantindo-lhes a diginidade no momento de negociar a sua força
de trabalho. Essa legislação trouxe diversas novidades, sendo uma delas considerar o
empragado hiposuficiente perante o empregador, detentor do capital, o colocando em
uma posição de proteção com uma série de direitos no momento da elaboração do
contrato de trabalho.
2Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
operário. No primeiro a teoria aponta para o favorecimento da norma mais favorável
ao trabalhador, nas palavras do ministro Maurício Godinho Delgado: