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PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO

IMPORTÂNCIA E CONCEITO

Considerando--se que o Direito do Trabalho é um ramo jurídic o


autônomo, torna- -se evidente que possui princípios próprios diferentes
dos que inspiram os outros ramos da ciência jurídica.

Os princípios são os preceitos fundamentais de uma determinada


disciplina e, como tal, servem de fundamento para seus institutos e para
sua evolução. Consti-tuem o núcleo inicial do próprio Direito, em torno
dos quais vai tomando forma toda a estrutura científica da disciplina em
questão

Os princípios do Direito do Trabalho são as ideias fundamentais e


infor-madoras do ordenamento j urídico trabalhista, ou seja, constituem
postulados e diretrizes que inspiram as normas que regulam as relações
de trabalho.

A Reforma Trabalhista introduzida pela Lei n. 13.467/2017, porém, trouxe


profundas e significativas modificações no Direito do Traba lho no Brasil,
a ponto de, como se verá adiante, afetar concretamente alguns dos seus
princípios, fragilizando o seu alicerce científico e relativizando muitos de
seus fundamentos.

Assim, os princípios do Direito do Trabalho e suas funções, indicadas a


seguir, devem, a partir de agora, ser analisados, interpretados e aplicados
de acordo com as modificações decorrentes da Reforma Trabalhista.

Os princípios têm como função a criação, a aplicação e a interpretação


do Direito do Trabalho, ou seja, conforme Pl á Rodriguez, têm: função
informadora (inspiram o legislador, servindo de fundamento para o
ordenamento jurídico); função normativa (atuam como fonte supletiva,
no caso de ausência de lei; são meios de integração do Direito); e função
interpretativa (operam como critério orientador do juiz ou do intérprete).

■ Função informadora → criação de norma/inspira ção ao legislador

■ Função normativa → integração do Direito em caso de lacuna/fonte


supletiva

■ Função interpretativa → critério orientador na interpreta ção do Direito

DISTINÇÃO ENTRE PRINCÍPIO E NORMA

Tendo em vista que o Direito é um conjunto composto por princípios e


por normas, necessário se faz distingui- -los.

As principais diferenças entre ambos são: a) somente os princípios


exercem um papel constitut ivo da ordem jurídica; b) as normas são
interpretadas segundo o método de interpretação jurídica, enquanto a
interpretação dos princípios se dá não pelo exame da linguagem, mas,
sim, em função dos valores que os compõem; c) às normas se obedece,
aos princípios se adere; d) as normas determinam o que devemos e o que
não devemos fazer, o que podemos ou não podemos fazer nas situações
nelas previstas, enquanto os princípios fornecem critérios que permitem
tomar posição diante de situações a priori indeterminad as, quando se
concretizam; e) as normas podem ser aplicadas mecânica e passivamente,
enquanto em relação aos princípios isso é inconcebível, pois são
aplicados a partir da ponderação.
Outro aspecto relevante da distinção entre normas e princípios é o
relativo à dimensão de sua importância, ou seja, em caso de oposição ou
de contradição entre diversos princípios, quem tem que resolver o
conflito deve levar em conta o peso ou a importância de cada um deles;
já no caso de conflito entre normas, os critérios d e solução são distintos,
considerando--se, por exemplo, grau hierárquico ou critério temporal

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS GERAIS

A Constituição Federal de 1988 não enumerou expressamente os


princípios do Direito do Trabalho, co mo fez, por exemplo, com os
princípios da Seguridade Social (art. 194).

No entanto, é inquestionável a existência no texto constitucional de


princípios explícitos ou induzidos que são aplicáveis no âmbito do Direito
do Trabalho.

O art. 1º da Constituição Federal estabelece os fundamentos da


República Federativa do Brasil, entre os quais se destacam a dignidade
humana (III) e os valores sociais do trabalho (IV).

Assim, é inegável que todas as normas trabalhistas devem sempre ter por
base o respeito à dign idade humana do trabalhador, além de visar os
valores sociais do trabalho.
No mesmo sentido, a regra insculpida no art. 193 da Carta Magna,
segundo a qual “a ordem social tem como base o primado do trabalho,
e como objetivo o bem- -estar e a justiça sociais ”.

O art. 170 da Constituição Federal indica como princípios gerais da


atividade econômica a valorização do trabalho humano (caput), a justiça
social (caput), a função social da propriedade (III — esta também
prevista no art. 5º, XXIII, CF) e a busca do pleno emprego (VIII).

Também o princípio da isonomia enunciado pelo art. 5º , caput e I, da


Constituição é inegavelmente aplicável ao Direito do Trabalho.

Da mesma forma, aplicam- -se ao Direito do Trabalho a inviolabilidade da


intimidade, da vida privada, da honra e da imagem (art. 5º, X, CF), a
liberdade de trabalho (art. 5º, XI II, CF), a liberdade de associação (art.
5º, XVII a XX, CF), a não discriminação (art. 5º, XLI e XLII, CF).

Em relação à não discriminação em matéria trabalhista, o art. 7º da


Constituição Federal proíbe a diferença de salários, de exercício de
funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou
estado civil (inciso XXX), proíbe qualquer discriminação no tocante a
salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência
(inciso XXXI) e proíbe a distinção entre trabalho manual, técnico e
intelectual ou entre os profissionais respectivos (inciso XXXII).

PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO DIREITO DO TRABALHO

Além dos princípios gerais indicados no item anterior, que guardam


íntima relação com o Direito do Trabalho, existem princípios especí ficos
desse ramo da ciência jurídica forjado por fatos econômicos e sociais
típicos.

Os principais princípios do Direito do Trabalho, segundo as lições de Plá


Rodriguez, e que serão analisados a seguir, são:

■ princípio protetor, ou de prote ção;

■ princípio da irrenunciabilidade;

■ princípio da continuidade da rela ção de emprego;

■ princípio da primazia da realidade;

■ princípio da razoabilidade;

■ princípio da boa--fé.

PRINCÍPIO PROTETOR

O princípio protetor é o critério que orienta todo o Direito d o


Trabalho e com base no qual as normas jurídicas devem ser elaboradas,
interpretadas e aplicadas e as relações jurídicas trabalhistas devem ser
desenvolvidas.
Este princípio tem por fundamento a proteção do trabalhador
enquanto parte economicamente mais fraca da relação de trabalho e visa
assegurar uma igualdade jurídica entre os sujeitos da relação, permitindo
que se atinja uma isonomia substancial e verdadeira entre eles. “Seu
propósito consiste em tentar corrigir desigualdades, criando uma
superioridade jurídica em favor do empregado, diante da sua condição de
hipossuficiente”.

A concepção protecionista adotada pelo Direito do Trabalho


remonta à própria formação histórica deste ramo do Direito e tem como
fundamento a constatação de que a liberdade contratual assegurada aos
particulares não poderia prevalecer em situações nas quai s se revelasse
uma desigualdade econômica entre as partes contratantes, pois isso
significaria, sem dúvida nenhuma, a exploração do mais fraco pelo mais
forte.

No entanto, com a Reforma Trabalhista trazida pela Lei n.


13.467/2017, a sistemática do Direito do Trabalho brasileiro, fundada na
proteção do trabalhador enquanto parte hipossuficiente na relação
laboral, restou modificada, o que alterou significativam ente o princípio
em estudo.

De fato, considerado a espinha dorsal do Direito do Trabalho, pode -


se dizer que o princípio da proteção ao hipossuficiente, embora não tenha
sido extinto, foi afetado pela Reforma Trabalhista.
Nesse contexto, aspecto de extrem a relevância decorrente da Lei
n. 13.467/2017 é a ampliação da autonomia individual do trabalhador,
permitindo e considerando válida a negociação direta entre este e o
empregador sobre diversos aspectos, como, por exemplo, para pactuação
de compensação de jornada através de banco de horas (§ 5º, art. 59, CLT),
das regras do teletrabalho (art. 75 -C, CLT), rescisão do contrato de
trabalho sem necessidade de homologação (art. 477, CLT) e extinção do
contrato de trabalho por comum acordo entre as partes (art. 4 84-A, CLT).
Verifica-se, portanto, que a Reforma Trabalhista adota posicionamento
no sentido de considerar que o trabalhador tem condições de negociar
diretamente com o empregador em diversos aspectos decorrentes da
relação de emprego, não entendendo aquel e como parte
economicamente mais fraca da relação em toda e qualquer situação, e
relativizando, portanto, o conceito de hipossuficiência.

Além de afastar o conceito de hipossuficiência sobre diversos


aspectos decorrentes da relação de emprego, o legislado r passa a
entender, ainda, que existem trabalhadores que não podem ser
considerados economicamente mais fracos e sobre os quais não se pode
pressupor desigualdade em relação ao empregador. O parágrafo único do
art. 444 da CLT, acrescido pela Lei n. 13.467/ 2017, considera como
diferenciados os trabalhadores portadores de diploma de nível superior
e que percebam salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite
máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social (chamados
por alguns autores de “h ipersuficientes”), autorizando a livre estipulação
pelos mesmos sobre os direitos em relação aos quais a negociação
coletiva foi ampliada (art. 611 -A, CLT).35

Ressalte-se, ainda, que outra das grandes modificações


introduzidas pela Lei n. 13.467/2017 é a prevalência do negociado sobre
o legislado. Partindo do pressupos-to de que a lei não dá conta de
contemplar todas as situações e de atender às necessi-dades particulares
de cada categoria, o legislador valorizou a negociação coletiva,
considerando-a válid a mesmo que esta contrarie certos preceitos legais.
Nesse sentido, citam -se, em especial, as previsões contidas no § 3º do
art. 8º, no art. 611 -A, caput e parágrafos, no parágrafo único do art. 611 -
B e no art. 620, todos da CLT.

Reconhecido como o princíp io mais importante do Direito do


Trabalho, o princípio protetor se expressa sob três formas distintas, que
podem ser caracterizadas como suas regras de aplicação , que, no entanto,
também foram afetadas pela Reforma Trabalhista trazida pela Lei n.
13.467/2017:

■ a regra in dubio pro operario;

■ a regra da norma mais favor ável;

■ a regra da condição mais benéfica.

A regra in dubio pro operário é regra de interpretação de normas


jurídicas, segundo a qual, diante de vários sentidos possíveis de uma
determinada norma, o juiz ou o intérprete deve optar por aquele que seja
mais favorável ao trabalhador.

Importante ressaltar que, embora parte da doutrina não aceite


mais essa regra na descrição do princípio protetor e dos princípios do
Direito do Trabalho em g eral, sob o fundamento de tratar -se de uma velha
dimensão superada que, sob o aspecto da interpretação de normas
jurídicas, já estaria englobada no princípio da norma mais favorável , o
fato é que a ideia geral de interpretação mais favorável ao trabalhad or,
no contexto geral, sempre embasou o conceito de proteção fixado como
princípio do Direito do Trabalho.

No entanto, tal regra foi mitigada pela Reforma Trabalhista


introduzida pela Lei n. 13.467/2017, em especial no que tange à restrição
de interpretação imposta à Justiça do Trabalho em relação ao conteúdo
das convenções coletivas e dos acordos coletivos de trabalho (art. 8º, §
3º, e art. 611-A, § 1º, CLT).

A regra da norma mais favorável determina que, havendo mais de


uma norma aplicável a um caso co ncreto, deve--se optar por aquela que
seja mais favorável ao trabalhador, ainda que não seja a que se encaixe
nos critérios clássicos de hierarquia de normas.

A aferição da norma mais favorável deve -se basear em um critério


de comparação entre as mesmas

Situações pessoais mais vantajosas incorporam -se ao patrimônio do


empre-gado, por força do próprio contrato de trabalho, e não podem ser
retiradas, sob pena de violação ao art. 468 da CLT. A cláusula contratual
mais vantajosa reveste -se de caráter de direito adquirido (CF, art. 5º,
XXXVI).

PRINCÍPIO DA IRRENUNCIABILIDADE
O princípio da irrenunciabilidade é aceito de forma unânime na
doutrina como uma das principais bases do Direito do Trabalho e
constitui-se no reconhecimento da não validade do ato voluntário
praticado pelo trabalhador no sentido de abrir mão de direito
reconhecido em seu favor.

Portanto, a irrenunciabilidade, que está vinculada à ideia de


imperatividade, isto é, de indisponibilidade de direitos, diz respeito à
impossibilidade de que o trabalhador prive -se voluntariamente, em
caráter amplo e por antecipação, de di reitos que lhe são garantidos pela
legislação trabalhista.

Sempre se entendeu que a interpretação do princípio da


irrenunciabilidade deve ser a mais ampla possível, abrangendo tanto a
privação total de direitos como a parcial, e tanto a que se realize por
antecipação como a que ocorra posteriormente à extinção da relação
jurídica da qual decorre o direito que é objeto da renúncia.

Como fundamento desse princípio, a doutrina trabalhista apresenta


diversos argumentos, entre eles o princípio da indisponibili dade, o
caráter imperativo das normas trabalhistas, a noção de ordem pública e
a limitação à autonomia da vontade.

A adoção da irrenunciabilidade como regra geral sempre decorreu


do fato de que a legislação trabalhista brasileira não continha previsão
explícita sobre a permissão ou não da renúncia, sendo apenas previsto
pela CLT, em seu art. 9º , que são considerados nu los de pleno direito os
atos destinados a impedir, fraudar ou desvirtuar a aplicação dos seus
preceitos.
No entanto, a irrenunciabilidade de direitos trabalhistas foi
mitigada pela Reforma Trabalhista introduzida pela Lei n. 13.467/2017,
com a inserção no ordenamento jurídico (parágrafo único, art. 444, CLT)
da figura do trabalhador diferenciado, assim considerado o portador de
diploma de nível superior (suficiência técnica) e com salário mensal igual
ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral
de Previdência Social (suficiência econômica), a quem é permitida a livre
estipulação em relação ao rol dos direitos previstos no art. 611 -A da CLT.

Assim, aos referidos trabalhadores é permitido negociar condições


de trabalho menos benéficas, em comparação com os direitos trabalhistas
previstos na legislação, salvo aqueles garantidos pela Constituição
Federal, ainda que isso signifique renúncia a tais direitos.

PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DA RELAÇÃO DE EMPREGO

Este princípio consiste no objetivo que têm as normas trabalhistas de dar


ao contrato individual de trabalho a maior duração possível e tem por
fundamento o fato de ser o contrato de trabalho um contrato de trato
sucessivo, que não se esgota com a execução de um único e determinado
ato, mas, ao contrário, perdura no tempo, regulando obrigações que se
renovam.

A continuidade da relação de emprego como princípio do Direito do


Trabalho fundamenta -se no fato de que nela está a fonte de subsistência
e de sustento do empregado e de sua f amília, tendo nítida natureza
alimentar.
Assim, as normas trabalhistas devem tomar como base a continuidade da
relação de emprego e estabelecer mecanismos eficazes para sua
preservação pelo maior tempo possível.

Assim, quanto mais duradoura for a relação de emprego, maior será o


equilíbrio pessoal e familiar do empregado, possibilitando que se atinja
um maior nível de desenvolvimento social.

Nesse sentido, o Tribunal Superior do Trabalho adotou o entendimento


de que o ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando
negados a prestação de serviço e o des pedimento, é do empregador, pois
o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção
favorável ao empregado (Súmula 212).

Também esse princípio foi relativizado pela Reforma Trabalhista


introduzida pela Lei n. 13.467/2017, como se verifi ca, por exemplo, com
a previsão da possibilidade de rescisão do contrato de trabalho por
comum acordo entre as partes (art. 484 -A, CLT) e a previsão de
possibilidade mais facilitada de o empre-gador proceder a dispensas
coletivas ou plúrimas, na medida em que o art. 477-A da CLT prevê que
nesses casos não há necessidade de autorização prévia de entidade
sindical ou de celebração de convenção coletiva ou acordo coletivo de
trabalho para sua efetivação.

PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE

O princípio da primazi a da realidade, derivado da ideia de proteção, tem


por objetivo fazer com que a realidade verificada na relação entre o
trabalhador e o empregador prevaleça sobre qualquer documento que
disponha em sen tido contrário.

Assim, em caso de discordância entre a realidade emanada dos fatos e a


formalidade dos documentos, deve- se dar preferência à primeira, ou seja,
a realidade de fato da execução da relação mantida entre as partes
prevalece sobre sua concepção jurídica.

O fundamento do princípio ora em estudo po de ser encontrado não só na


necessidade de proteção do trabalhador, mas também na exigência de
boa-fé, da qual necessariamente decorre a prevalência da verdade.

Com base no art. 9º da CLT, verifica- se que, se o documento foi


formalmente elaborado com o intuito de, encobrindo a realidade dos
fatos, fraudar as normas trabalhistas, será nulo de pleno direito,
aplicando-se ao caso concreto o quanto disposto nas normas, isto é, a
regra que prevalece no Direito do Trabalho é a de nulidade absoluta do
ato anormal praticado com o intuito de evitar ou desvirtuar a aplicação
das normas jurídicas de proteção ao trabalho.

PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE

Embora a maioria da doutrina não faça referência à razoabilidade como


um dos princípios do Direito do Trabalho, o princípio que “consiste na
afirmação essencial de que o ser humano, em suas relações trabalhistas,
procede e deve proceder conforme a razão”, ou seja, nas relações de
trabalho as partes e os operadores do Direito devem sempre buscar a
solução mais razoável para os conflitos dela advindos.
A definição acima conduz à ideia de que o princípio da razoabilidade não
é exclusivo do Direito do Trabalho, mas próprio de todos os ramos do
Direito, e se baseia em critérios de razão e de justiça. Tal constat ação,
no entanto, não afasta a aplicação e a importância deste princípio no
âmbito trabalhista, pois um determinado princípio não precisa ser
exclusivo do Direito do Trabalho para ser considerado como uma das
linhas diretrizes que inspiram o sentido de sua s normas.

Assim, verifica-se que o princípio da razoabilidade pode ser aplicado no


Direito do Trabalho em casos em que seja necessário medir a
verossimilhança de determinada explicação ou solução, ou em que se
pretenda distinguir a realidade da simulação , podendo ser invocado tanto
pelo trabalhador, como pelo empregador.

PRINCÍPIO DA BOA -FÉ

Este princípio abrange tanto o empregado como o empregador. No


primeiro caso, baseia- -se na suposição de que o trabalhador deve cumprir
seu contrato de boa- -fé, que tem, entre suas exigências, a de que coloque
todo o seu empenho no cumprimento de suas tarefas. Em relação ao
empregador, supõe que deva cumprir lealmente suas obrigações para com
o trabalhador.

Assim, a boa--fé é elemento que deve estar presente não só no momento


da celebração do contrato de trabalho, mas, principalmente, na sua
execução.
Tal como o princípio da razoabilidade, o princípio da boa- -fé não é
exclusivo do Direito do Trabalho, mas, neste campo, apresenta- -se como
complemento dos demais princípi os que têm por objetivo efetivar a
proteção do trabalhador e alcança um sentido especial

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