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INTRODUÇÃO

A produção desta pesquisa tem como objetivo norteador conhecer as relações


estabelecidas no Direito do Trabalho e cumprimento do princípio da proteção. Além
disso, seus aspectos jurídicos que emergem de forma robusta como um escudo de
proteção ao trabalhador.
Nesta perspectiva, por conseguinte, resguarda os direitos e a dignidade dos
trabalhadores em um cenário dinâmico e desafiador. Em sua essência, este campo
normativo visa equilibrar as relações laborais, estabelecendo parâmetros éticos e legais
que transcendem simples contratos, para assegurar condições justas e humanas no
ambiente profissional.
Este estudo propõe-se a explorar essa intrincada teia de normas e princípios que
compõem esse universo jurídico desvelando a importância da proteção assegurada ao
trabalhador em seu labor dentro do contexto social.
Neste contexto, a pesquisa destaca a necessidades de compreender as diferentes
dimensões da proteção assegurada ao trabalhador, indo além das cláusulas contratuais
tradicionais. A exploração profunda da intrincada teia de normas e princípios que
compõem esse universo jurídico revela a importância de que de uma abordagem
holística, considerando não apenas o aspecto contratual, mas também as questões de
segurança, saúde e igualdade no ambiente de trabalho.
Finalmente, é de grande relevância trazer uma importante descoberta de que essa
abordagem holística não é apenas uma opção, mas uma exigência incontornável para a
preservação da dignidade do trabalhador e a construção de relações laborais justas e
sustentável.
Os Princípios do Direito do Trabalho no Brasil, procuram garantir que nas
relações contratuais trabalhistas, a parte mais fraca, no caso, o empregado, seja
protegida contra práticas abusivas, no que diz respeito aos seus direitos; onde buscam
assegurar os seus direitos fundamentais. Esses princípios são necessários para
proporcionar uma relação de trabalho equânime.
Com destaque no Princípio da Proteção como um dos pilares fundamentais do
Direito do Trabalho. Ele reflete a ideia de que, nas relações de emprego, deve-se dar
preferência à parte mais vulnerável, que geralmente é o empregado. Esse princípio visa
equilibrar o poder entre empregador e empregado, assegurando condições dignas de
trabalho e protegendo os direitos fundamentais do trabalhador.
De acordo com a subdivisão do Princípio da Proteção em: que estabelece, em
casos de dúvida ou ambiguidade nas normas trabalhistas, a interpretação deve favorecer
o trabalhador. Em outras palavras, em situações em que a norma puder ser interpretada
de maneiras distintas, a interpretação que concede maior proteção ao empregado deve
ser adotada.
O Princípio da Condição Mais Benéfica, aspecto do Princípio da Proteção
implica que, quando existirem várias normas aplicáveis a uma situação, deve-se optar
pela norma mais benéfica ao trabalhador. Isso pode se aplicar a acordos coletivos,
contratos individuais de trabalho ou legislação específica.
O Princípio da Irrenunciabilidade de Direitos, em que o trabalhador não pode
renunciar, de forma geral, a direitos fundamentais estabelecidos pela legislação
trabalhista. Mesmo que haja concordância mútua entre empregado e empregador, certos
direitos não podem ser objeto de renúncia, visando evitar situações de exploração e
precarização do trabalho.
O Princípio das Condições Mínimas de Trabalho é um subprincípio que indica
que, mesmo diante de negociações entre as partes, não é permitido estabelecer
condições de trabalho inferiores às garantias mínimas previstas em lei. Ou seja, as
partes não podem pactuar condições que prejudiquem a saúde, segurança ou dignidade
do trabalhador de acordo com o Direito do Trabalho no brasileiro, a legislação objetiva
de forma rigorosa garantir a proteção do trabalhador. Com a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) e outras normas específicas estabelecem direitos mínimos e condições
dignas de trabalho.
A lei entrou em vigor em 11 de novembro do ano seguinte à sua promulgação. A
fonte citada é FRANCO, p. 29, 2021, indicando que as informações foram retiradas de
um trabalho ou livro do autor Franco, publicado em 2021. Essa referência pode conter
uma análise mais aprofundada sobre o impacto e os resultados da reforma trabalhista no
cenário brasileiro.
A Lei n. 13.467/2017, denominada lei da reforma
trabalhista, surgiu num contexto de crise
econômica e de alterações na dinâmica do mercado
de trabalho. Modificou a legislação trabalhista,
especialmente a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), e começou a vigorar em 11 de
novembro seguinte (FRANCO, p. 29, 2021).

Essa afirmação refere-se à Lei n. 13.467/2017, conhecida como a lei da reforma


trabalhista no contexto brasileiro. A lei foi implementada durante um período de crise
econômica e mudanças na dinâmica do mercado de trabalho. Seu principal objetivo foi
alterar a legislação trabalhista existente, em particular a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT), que é uma legislação consolidada que rege as relações de trabalho no
Brasil.
A reforma trabalhista trouxe diversas mudanças nas normas e regulamentações
que regem o vínculo empregatício, introduzindo novos dispositivos e flexibilizando
alguns aspectos das relações trabalhistas. Essas alterações visaram, entre outros
objetivos, modernizar as relações de trabalho, estimular a geração de empregos e
adaptar a legislação às transformações no ambiente econômico e nas formas de trabalho.
Como uma resposta jurídica para uma
desigualdade socioeconômica, o Direito do
Trabalho centrado no princípio protetivo,
pressupôs que todo trabalhador se enquadra na
figura do “ trabalhador subordinado típico”, ou
seja, alguém que possui desvantagens econômicas
em relação ao seu empregador, pois este detém os
meios de produção, enquanto o trabalhador possui
apenas a sua força de trabalho (FRANCO, p. 36,
2021).

Essa afirmação destaca a perspectiva do Direito do Trabalho como uma resposta


jurídica destinada a lidar com as desigualdades socioeconômicas. O Direito do
Trabalho, sob o princípio protetivo, parte do pressuposto de que todo trabalhador pode
ser considerado um "trabalhador subordinado típico". Esse conceito refere-se a alguém
que, em relação ao empregador, está em uma posição de desvantagem econômica, uma
vez que o empregador detém maior poder e controle na relação de trabalho. No âmbito
do Direito do Trabalho, o princípio protetivo busca equilibrar essa disparidade de poder,
garantindo uma proteção especial ao trabalhador.
O princípio da proteção, em suas três faces,
procura sanar os desníveis nas relações entre
empregado e empregador, estabelecendo regras de
interpretação e de solução de antinomias sempre
em favor do empregado. Classicamente, a doutrina
apresenta três princípios (ou subprincípios, como
preferirmos falar) que efetivam a proteção do
trabalhador. Os três são focados em aspectos
formais da aplicação da norma. São eles:
a) Princípio do in dubio pro operário
b) Princípio da norma mais favorável;
c) Princípio da condição mais benéfica.
(FRANCO, p. 37, 2021).

De acordo com (FRANCO, 2021) o "princípio da proteção" no contexto das


relações trabalhistas. O princípio da proteção visa corrigir desequilíbrios nas relações
entre empregados e empregadores, buscando garantir benefícios e tratamento justo aos
trabalhadores. Existem três subprincípios, todos centrados em aspectos formais da
aplicação das normas trabalhistas:
a) Princípio do in dubio pro operário: Em situações de dúvida na interpretação da
norma, a decisão deve favorecer o trabalhador. Em outras palavras, quando há
incerteza, a interpretação deve ser feita de maneira a beneficiar o empregado.
b) Princípio da norma mais favorável: Se existirem diversas normas aplicáveis a
uma situação, deve-se escolher aquela que oferece condições mais vantajosas
para o trabalhador. Esse princípio visa assegurar que o empregado seja
beneficiado pela norma mais benéfica.
c) Princípio da condição mais benéfica: Este princípio estabelece que, uma vez
adquiridos certos benefícios ou condições favoráveis pelo trabalhador, mesmo
que não estejam previstos em lei, eles não podem ser retirados unilateralmente
pelo empregador. Ou seja, o trabalhador não pode ter regalias ou benefícios já
adquiridos suprimidos sem sua concordância.
Esses princípios buscam equilibrar as relações trabalhistas, garantindo que, em
caso de dúvida ou conflito normativo, as decisões e interpretações inclinem-se a
favor dos interesses e direitos do trabalhador. Vale salientar que a Justiça do
Trabalho desempenha um papel muito importante na aplicação e interpretação
dessas normas, buscando assegurar a efetiva proteção do empregado.
CONCLUSÃO

Em síntese, o princípio da proteção, revelado em suas três facetas - o "in dubio


pro operário", o "da norma mais favorável" e o "da condição mais benéfica" - desenha-
se como alicerce fundamental no arcabouço do Direito do Trabalho. Esses
subprincípios, intrinsecamente vinculados, constituem instrumentos jurídicos que
buscam equilibrar as relações laborais, atuando como faróis éticos em um cenário
muitas vezes desigual entre empregado e empregador.
O "in dubio pro operário" ergue-se como um princípio de interpretação que,
diante de ambiguidades normativas, inclina-se a favorecer o trabalhador, conferindo-lhe
a proteção necessária na aplicação da norma. Associado a este, o "princípio da norma
mais favorável" direciona a escolha entre normas diversas, priorizando aquela que
concede maior vantagem ao trabalhador, fortalecendo a equidade na relação laboral. Por
fim, o "princípio da condição mais benéfica" estabelece que, uma vez adquirido um
benefício, o trabalhador não pode retroceder em seus direitos, consolidando uma
proteção duradoura.
Assim, esses subprincípios não são apenas formalidades jurídicas, mas
representam a expressão concreta do compromisso do Direito do Trabalho com a justiça
e a valorização da parte economicamente mais vulnerável na relação laboral. Em seu
conjunto, esses princípios não apenas resolvem antinomias, mas moldam um ambiente
jurídico que visa não apenas a estabilidade, mas também a melhoria contínua das
condições de trabalho, solidificando o Direito do Trabalho como um instrumento
dinâmico e efetivo na construção de relações laborais justas e equitativas.

BIBLIOGRAFIA
Franco Neto, Georgenor de Sousa. O TRABALHO DO HIPERSUFICIENTE E O
DILEMA DA PROTEÇÃO – São Paulo: editora LTR. 2021.

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