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Aula 1 – Princípios

Existem diversas formas de trabalho, sendo certo que somente uma dessas
formas compõe o objeto do Direito do Trabalho e é por ele regulada. Trata-se
da relação de trabalho subordinado, que tem características específicas que a
diferenciam das demais formas de trabalho e que estudaremos mais adiante.
Portanto, o objeto do Direito do Trabalho é a relação de trabalho subordinado,
também denominada relação de emprego.
O fundamento do Direito do Trabalho é a proteção do trabalhador, parte
economicamente mais fraca da relação jurídica.

Fórum - onde começa a ação judicial trabalhista ou entrar com reclamação


trabalhista / reclamar de não pagamento, danos morais.
Tribunal regional do trabalho (TRT) - Em São Paulo existem dois:
TRT 2 - Capital - litoral - região metropolitana
TRT 15 – Interior

Pirâmide de Kelsen do trabalho:

1 - Constituição federal
2 - Consolidação das leis trabalhistas
3 - Convenções coletivas
4 - Acordo coletivo de trabalho
5 - Contrato
Princípios Trabalhistas:
1. Principio da proteção: enquanto parte economicamente mais fraca da
relação de trabalho e visa assegurar uma igualdade jurídica entre os
sujeitos da relação, permitindo que se atinja uma isonomia substancial e
verdadeira entre eles. “Seu propósito consiste em tentar corrigir
desigualdades, criando uma superioridade jurídica em favor do empregado,
diante da sua condição de hipossuficiente”
 A regra in dubio pro operario é regra de interpretação de normas jurídicas,
segundo a qual, diante de vários sentidos possíveis de uma determinada
norma, o juiz ou o intérprete deve optar por aquele que seja mais favorável
ao trabalhador.
 A regra da norma mais favorável determina que, havendo mais de uma
norma aplicável a um caso concreto, deve-se optar por aquela que seja
mais favorável ao trabalhador, ainda que não seja a que se encaixe nos
critérios clássicos de hierarquia de normas.
2. Princípio da Irrenunciabilidade: Direitos trabalhistas são irrenunciáveis,
não há como negociar negativamente. Diz respeito à impossibilidade de que o
trabalhador prive-se voluntariamente, em caráter amplo e por antecipação, de
direitos que lhe são garantidos pela legislação trabalhista.
3. Princípio da continuidade da relação de emprego: Este princípio consiste
no objetivo que têm as normas trabalhistas de dar ao contrato individual de
trabalho a maior duração possível e tem por fundamento o fato de ser o
contrato de trabalho um contrato de trato sucessivo, que não se esgota com a
execução de um único e determinado ato, mas, ao contrário, perdura no tempo,
regulando obrigações que se renovam.
4. O princípio da primazia da realidade: Derivado da ideia de proteção, tem
por objetivo fazer com que a realidade verificada na relação entre o trabalhador
e o empregador prevaleça sobre qualquer documento que disponha em sentido
contrário. Assim, em caso de discordância entre a realidade emanada dos fatos
e a formalidade dos documentos, deve-se dar preferência à primeira, ou seja, a
realidade de fato da execução da relação mantida entre as partes prevalece
sobre sua concepção jurídica.
5. Princípio da boa-fé: Este princípio abrange tanto o empregado como o
empregador. No primeiro caso, baseia-se na suposição de que o trabalhador
deve cumprir seu contrato de boa-fé, que tem, entre suas exigências, a de que
coloque todo o seu empenho no cumprimento de suas tarefas. Em relação ao
empregador, supõe que deva cumprir lealmente suas obrigações para com o
trabalhador.

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