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1- Explique a unificação do direito privado, diferenciando a relevância da

França e da Itália.

A Itália foi a primeira a unificar o código comercial com o código civil. O Brasil
unificou em 2002.

A ideia de unificar o Direito Privado surgiu no século XIX, quando


Augusto Teixeira de Freitas recebeu a incumbência de formular um novo
Código Civil com uma estrutura diferenciada do Código Civil de 1916. Ocorre
que, de acordo com a evolução da sociedade, começou a influência de uma
legislação de que adequasse aos dias atuais e que preservasse as relações
comerciais. A tarefa do jurista, era aplicar a legislação defasada de 1916,
atualizando-a para aplicação nos dias atuais.

Augusto visava unificar as obrigações civis com as comercias, facilitando


a interpretação do código e principalmente evitando a duplicidade de normas.
Quando propôs o novo código, Augusto era influenciado pelo estudo do
código de Napoleão, pelo código civil francês e por vários pensadores
europeus, principalmente Savigny[5].

Os defensores da unificação argumentam que o direito de exceção


atenta contra o princípio da igualdade, sendo, portanto, contraproducente a
dualidade de legislações sobre o mesmo tema, contribuindo para que se instale
a insegurança jurídica, através da incerteza dos negócios firmados e da
protelação dos litígios.

Destaca-se, em apoio à ideia da unificação no início do século XX, o


jurista italiano Cesare Vivante[15], que argumentava “ser difícil fazer uma
separação nítida entre a matéria regulada pelo Código Civil e regulada pelo
Código Comercial”, já que um deriva do outro. Argumentava ainda, que essa
divisão somente se sustentava em razão da origem histórica de ambos, e ao
caráter didático no ensino destas disciplinas.

Suzy Cavalcante Koury[19], entende que o novo Código Civil não


transformou o Direito Comercial em Direito de Empresas, somente mudou sua
nomenclatura. Isso se daria em razão de que o empresário continua a ser o
centro do Direito Empresarial, ou seja, preocupou-se somente em relacionar a
empresa às atividades exercidas pelo empresário, assim como era o comerciante
no Direito Comercial, tendo então, atualmente, um livro especialmente
dedicado ao Direito de Empresa.

Verifica-se que o Código não atribuiu às empresas personalidade


jurídica, somente a definiu como atividade do empresário, o que demonstra
ainda mais que a mudança foi apenas no tocante à nomenclatura, ou seja, a
mudança se deu sem qualquer efetividade e sem proteção geral aos que são
regidos pelo Direito de Empresa.

Suzi Cavalcanti Koury traz, ainda, a existência de diferenciação entre


empresário civil e comercial conforme o art. 966 do Código Civil, o que gerou
diversas críticas ao diploma civil. Esta dicotomia trouxe a necessidade de se
distinguir as sociedades, separando-as em simples e empresárias.

Esta separação gerou grandes perdas às sociedades simples, que não


podem lançar de diversos mecanismos que as sociedades empresárias possuem,
como por exemplo o direito à falência.

Marlon Tomazette[20], entende que o atual conceito que temos é


oriundo muito mais da seara econômica do que da jurídica, em razão de
abordar a organização dos fatores de produção, para que haja a atividade
econômica.

Existe a corrente de cunho conciliador, que reconhece e aceita a


inserção da disciplina empresarial dentro do Código Civil, salientando, porém,
que isso não resultou na unificação dos dois ramos, passando a disposição civil
a ter conotação de disposição privada, corrente apoiada, entre outros, por
Antonia Longoni Klee[21].

2- Faça um breve resumo sobre a livre iniciativa no Brasil.

Existe a livre iniciativa mitigada, o Estado permite o empreendedorismo


(liberdade do indivíduo em suas iniciativas econômicas), com determinadas
regras (função social e intervenção do Estado – ex: proibição de mesas na
calçada –).

Art 1º, IV, e o art. 270 da CF.

3- É possível a livre movimentação de capital no Brasil? ****


Interno  sim. 100% livre. Só com as regras do banco que vai informar a
Receita.

Externo  desde que avise a Receita.

4 - diferencie liberdade de contratar e o regime jurídico privado. ****

Possui liberdade para contratar desde que siga a CLT, função social e inclusão.
Regime jurídico privado pode qualquer coisa, desde que seja acordado entre as
partes (desde que não seja sob tortura).

5- Disserte sobre função social e preservação da empresa. ***

A função social da empresa encontra-se umbilicalmente atrelada à boa-fé


objetiva por parte do empresário, “[...] tida como o modelo de conduta social
em busca da economia voltada ao bem-estar geral e da melhora da atividade
empresarial na obtenção de um excelente padrão de eficiência.” (DINIZ, vol. 8,
2009, p.24). A empresa, portanto, é o núcleo convergente de vários interesses,
que realçam sua importância econômico-social, como: lucro do empresário e da
sociedade empresária que assegura a sobrevivência e a melhora de salários e
enseja a criação de novos empregos e a formação de mão-de-obra
qualificada; salário do trabalhador, permitindo sua sobrevivência e da sua
família; tributos, possibilitando a consecução das finalidades do poder público e
a manutenção do Estado. (DINIZ, vol. 8, 2009, p.25).

Objetivo do empresário: Lucro! Objetivo do Estado: Geração de emprego,


movimentação da economia, Receita, mercado consumidor, impostos, aumento
de PIB (aumento de poder aquisitivo), contribuição para a previdência,
tributação em dia, garantia de benefícios sociais, desenvolvimento, geração de
lazer (empresa privada que cuidam de determinados locais públicos, em troca
de garantia/estabilidade/legislação)

6- Qual a diferença de uma sociedade personificada para uma não


personificada.

As sociedades não personificadas - arts. 986 a 996 do CC/2002 -, por sua vez,
não possuem personalidade jurídica, por não possuírem registro. São espécies
de sociedades não personificadas a sociedade em conta de participação e a
sociedade comum, também chamada de irregular ou de fato. A sociedade em
conta de participação não tem registro por conta de interesse dos próprios
sócios, que costumam firmar apenas um contrato de uso interno. Nesse tipo de
sociedade, reconhece-se a existência de duas espécies de sócios: o ostensivo e
o participante (oculto). Os negócios são realizados apenas em nome do
primeiro, que atua empresário individual ou sociedade empresária, e, sobre o
qual recai a responsabilidade ilimitada pelas obrigações assumidas. O sócio
oculto ou participante não aparece perante terceiros, respondendo, apenas,
perante o sócio ostensivo, conforme previsto em contrato.

Há de se notar que, ainda que o ato constitutivo da sociedade em conta de


participação seja levado a registro, no Cartório de Registro de Títulos e
Documentos, a sociedade não deixará de ser considerada secreta para as
atividades comerciais, e, via de consequência, não deixará de ser classificada
como sociedade não personificada.

A sociedade comum (irregular ou de fato), por sua vez, é despersonificada por


não possuir contrato social ou por este não ter sido registrado na Junta
Comercial ou no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. Trata-se, assim, de desídia
dos sócios, e, não, de vedação legal, como na sociedade em conta de
participação. Nesse tipo de sociedade, os sócios respondem de modo solidário
e ilimitado pelas dívidas sociais.

Não personificada atinge diretamente o patrimônio da pessoa física.

A personificada atinge, primeiramente, a empresa.

7 - A empresa possui personalidade jurídica? Explique.

8 - Explique a desconsideração da personalidade jurídica, inclusive a


inversa.

É o “afastamento” da personalidade jurídica de uma sociedade. Dessa forma,


desconsidera-se a personalidade jurídica para atingir o patrimônio pessoal de
seus sócios quando a sociedade é utilizada como instrumento para a fraude,
abuso de direito, for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados a
consumidores, meio ambiente, ilicitudes, (falência, insolvência e encerramento
irregular decorrentes de má administração - no sentido de irregularidade -,
fraude, dolo).

9 - Qual a diferença entre o direito material previsto no código Civil e no


código de defesa do consumidor.

10 - Diferencie sócio, sociedade, estabelecimento e empresa.


11 - Quanto ao contrato social explique: realização do capital,
responsabilidade dos socios e reformabilidade.

Realização do capital: poderá ser feito total ou parcial, poderá ser feita em
dinheiro ou bens suscetíveis de avaliação em dinheiro

Responsabilidade dos sócios: de acordo com as cotas sociais, pode ser


mudado.

Reformabilidade: facilidade/dificuldade de mudança societária.

12 - Explique reestabelecimento de cláusula de raio.

Não vai cair.

13- Elaborar no mínimo 3 quadros de cotas sociais. ****

Capital da empresa: R$ 100.000,00

Sócios $ Quota unitária Quota % (cotas)

Felipe 50M 1R 50M 50%

Douglas 25M 1R 25M 25%

Carolina 25M 1R 25M 25%

Capital aumentou para: R$ 200.00,00

Sócios $ Quota unitária Quota % (cotas

Felipe 50M 1R 50M 25%

Douglas 50M 1R 50M 25%

Carolina 50M 1R 50M 25%

Clauda 50M 1R 50M 25%


CUIDAR!!! A quantidade da quota

O valor da quota unitária é sempre a mesma para todos.

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