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ECONÔMICO
Princípios Gerais de Direito Econômico
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DIREITO ECONÔMICO
Princípios Gerais de Direito Econômico
Natalia Braga
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DIREITO ECONÔMICO
Princípios Gerais de Direito Econômico
Natalia Braga
Introdução
Tratamento jurídico disciplinado pela Constituição para a condução da vida econômica da Nação,
limitado e delineado pelas formas estabelecidas pela própria Lei Maior para legitimar a intervenção
do Estado no domínio privado econômico1.
Vale lembrar a classificação dada por Eros Roberto Grau que já foi cobrada em diversas
provas. O autor divide a ordem econômica em duas vertentes conceituais:
• Ampla: parcela da ordem de fato, inerente ao mundo do ser.
Essa vertente trata da disciplina das relações jurídicas decorrentes do exercício de ati-
vidades econômicas;
• Estrita: parcela da ordem de direito, inerente ao mundo do dever-ser.
Essa vertente trata da disciplina do comportamento dos agentes econômicos no mercado.
Em nossa primeira aula, estudamos a evolução histórica do Direito econômico, com des-
taque para a liberdade de atuação dos agentes privados e a reduzida intervenção do estado
na economia (principais características do liberalismo clássico).
O modelo liberal mostrou-se falho (principalmente após a Revolução Industrial e a Primei-
ra Guerra Mundial) dando espaço a um Estado Intervencionista. Nesse contexto, relembro as
ideias de Keynes, que buscou definir e limitar a atuação dos agentes econômicos.
Com o intervencionismo em destaque, a livre iniciativa e a propriedade privada (conside-
rados os dois pressupostos básicos do capitalismo) passam a sofrer uma maior ingerência
estatal, para cumprir fins sociais e corrigir as falhas de mercado.
1
FIGUEIREDO, Leonardo Vizeu. Lições de Direito Econômico. 6ª ed. Rio de Janeiro: Forense.
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Nesta parte introdutória também merece ser mencionada a situação peculiar ocorrida na
antiga União Soviética: as deficiências do modelo liberal fizeram surgir um modelo de econo-
mia planificada caracterizado pela presença do poder público como único agente econômico.
Dentro desse modelo, os valores de propriedade são substituídos por uma ideia de coletiviza-
ção dos fatores de produção.
Após uma breve síntese da ordem econômica mundial, vamos passar a analisar o caso
específico da ordem econômica brasileira.
Ordem Econômica
Conceito: representação estrutural com o intuito de organi-
zar a atividade econômica em determinada sociedade.
Ampla Estrita
Ordem de fato, inerente ao Ordem de direito, inerente ao
mundo do ser. mundo do dever-ser.
Caracterizada por seu viés liberal, essa Constituição buscava garantir a liberdade de mer-
cado e o direito absoluto à propriedade individual.
Ainda não existia uma sistematização de regras econômicas e as normas tinham um sen-
tido negativo, exigindo um “não fazer” do Estado.
Art. 179. A inviolabilidade dos Direitos Civis, e Politicos dos Cidadãos Brazileiros, que tem por base
a liberdade, a segurança individual, e a propriedade, é garantida pela Constituição do Imperio, pela
maneira seguinte.
XXII – E’garantido o Direito de Propriedade em toda a sua plenitude. Se o bem publico legalmente
verificado exigir o uso, e emprego da Propriedade do Cidadão, será elle préviamente indemnisado
do valor della. A Lei marcará os casos, em que terá logar esta unica excepção, e dará as regras para
se determinar a indemnisação.
XXIII – Tambem fica garantida a Divida Publica.
XXIV – Nenhum genero de trabalho, de cultura, industria, ou commercio póde ser prohibido, uma
vez que não se opponha aos costumes publicos, á segurança, e saude dos Cidadãos.
A Constituição de 1891
O viés liberal permanece e surge lugar também para a liberdade de associação. O Estado
permanece garantindo as liberdades individuais.
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Art. 72, § 17 O direito de propriedade mantem-se em toda a sua plenitude, salvo a desapropriação
por necessidade, ou utilidade pública, mediante indemnização prévia.
§ 27 A lei assegurará a propriedade das marcas de fabrica.
A Constituição de 1934
Essa Constituição foi a pioneira em dedicar um capítulo à ordem econômica e social, com
inspiração na Constituição mexicana e na Constituição de Weimar.
O período foi marcado pelo fracasso das ideias liberais e pela preocupação com o interesse
coletivo, de modo que a propriedade estaria garantida, desde que não ferisse o interesse social.
TÍTULO IV
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL
Art. 115. A ordem econômica deve ser organizada conforme os princípios da Justiça e as necessi-
dades da vida nacional, de modo que possibilite a todos existência digna. Dentro desses limites, é
garantida a liberdade econômica.
Parágrafo único. Os Poderes Públicos verificarão, periodicamente, o padrão de vida nas várias re-
giões da País.
A Constituição de 1937
A Constituição de 1946
Essa Constituição foi marcada pela retomada da democracia e pelo fim do totalitarismo
imposto pelo Estado Novo. Assim, buscou-se unir a intervenção do Estado no domínio econô-
mico com ideais sociais advindas do novo liberalismo, bem como a subordinação do exercício
dos direitos individuais ao interesse da coletividade.
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FONSECA, João Bosco Leopoldino. Direito Econômico. 9 ed. Forense.
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Breve Contextualização
Antes da CF/1988, a Ordem Econômica era localizada no título da Ordem Social (título
VIII). Posteriormente foi inserida dentro do título VII, que cuida da Ordem Financeira e contém
quatro capítulos:
Pela análise da CF/1988, podemos concluir que ela traz um sistema econômico capita-
lista, com garantia da liberdade de iniciativa e da propriedade privada (com possibilidade de
limitação estatal em ambos os casos).
Apesar da clara adoção das ideias capitalistas, é importante ressaltar que não se pode
falar em um capitalismo puro. Isso porque, embora os fatores de produção pertençam aos
agentes privados, a intervenção estatal é prevista em determinados casos.
A situação delineada acima é explicada de forma clara na obra de José Afonso da Silva:
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A regra geral é que a intervenção do Estado na Ordem Econômica ocorra de forma indireta
(por meio de regulação e/ou normatização). Excepcionalmente, existe a possibilidade de in-
tervenção direta, nas hipóteses taxativas do art. 173 (já mencionadas na aula 1).
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade eco-
nômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
Pela leitura das normas constitucionais, podemos verificar as seguintes funções que são
exercidas pelo Estado:
• Fiscalizar, incentivar e planejar (art. 174);
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma
da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor
público e indicativo para o setor privado.
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos
3
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 42 ed. Malheiros Editores.
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Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade eco-
nômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista
e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de
bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional
n. 19, de 1998)
I – sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 19, de 1998)
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19,
de 1998)
III – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da
administração pública; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
IV – a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação
de acionistas minoritários; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
V – os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores. (Incluído
pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privado.
Todos os artigos acima serão analisados nas aulas específicas. Por enquanto, basta que
você visualize todas as formas de atuação do Estado na economia.
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Errado.
O art. 174 prevê o Estado como agente normativo e regulador das atividades econômicas.
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A Livre Iniciativa
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A livre iniciativa pode ser definida como a liberdade de empreender ou exercer qualquer
forma a atividade econômica. O conceito abarca outras formas de organização econômica,
como a cooperativa (art. 5, XVIII) e a liberdade contratual e comercial. Todavia, é permitida a
restrição estatal do exercício da atividade econômica com fundamento na defesa da coletivi-
dade, com imposição de requisitos mínimos necessários para tal exercício.
A livre iniciativa deve ser analisada em suas duas facetas:
• Positiva: assegura a liberdade econômica a qualquer cidadão;
• Negativa: proíbe que o Estado intervenha restringindo a livre iniciativa, salvo se houver
previsão legal.
Como ressaltei no início do tópico, não se trata de uma liberdade absoluta, na medida
em que é limitada por outros princípios, como o da justiça social (buscando dar uma melhor
condição de vida aos trabalhadores), da dignidade da pessoa humana, dos valores sociais do
trabalho, bem como pelo próprio Estado.
Conforme definido pelo ministro Roberto Barroso4:
O princípio da livre iniciativa, inserido no caput do art. 170 da Constituição nada mais é do que uma
cláusula geral cujo conteúdo é preenchido pelos incisos do mesmo artigo. Esses princípios clara-
mente definem a liberdade de iniciativa não como uma liberdade anárquica, mas social, e que pode,
consequentemente, ser limitada.
Em consonância com a livre iniciativa, o parágrafo único do art. 170 dispõe que é as-
segurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de
autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. Isso significa que a escolha
do trabalho fica ao arbítrio do indivíduo (pessoa natural ou jurídica), sendo indevida a interfe-
rência estatal.
4
STF-ARE 1.104.226 AgR-DJ em 27/04/18.
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Para finalizar esse tópico, lembre-se de que também existe previsão da livre iniciativa no
art.1, IV, como fundamento da República Federativa do Brasil e que esse princípio não se con-
funde com a livre concorrência (falaremos desse ponto mais adiante).
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Errado.
O item baseia-se no parágrafo único do art. 170 e no art. 173.
(…) Os valores do trabalho e da livre iniciativa, insculpidos na Constituição (art. 1º, IV),
são intrinsecamente conectados, em uma relação dialógica que impede seja rotulada
determinada providência como maximizadora de apenas um desses princípios, haja
vista ser essencial para o progresso dos trabalhadores brasileiros a liberdade de orga-
nização produtiva dos cidadãos, entendida esta como balizamento do poder regulatório
para evitar intervenções na dinâmica da economia incompatíveis com os postulados da
proporcionalidade e da razoabilidade.
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(…)
A terceirização, segundo estudos empíricos criteriosos, longe de ‘precarizar’, ‘reificar’
ou prejudicar os empregados, resulta em inegáveis benefícios aos trabalhadores em
geral, como a redução do desemprego, diminuição do turnover, crescimento econô-
mico e aumento de salários, permitindo a concretização de mandamentos constitucio-
nais como ‘erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e
regionais’, ‘redução das desigualdades regionais e sociais’ e a ‘busca do pleno emprego’
(arts. 3º, III, e 170 CRFB).
A Existência Digna
Quando falamos nesse objetivo, estamos tratando de oportunizar a todos condições mí-
nimas de sobrevivência. Assim, o Estado irá direcionar a atividade econômica para a erradi-
cação da pobreza e para o fim das desigualdades sociais, utilizando-se de políticas públicas
que efetivem esses direitos.
Destaco que esse princípio também está previsto como fundamento da República, nos
termos do art. 1º, III, da CF.
A Justiça Social
Esse objetivo busca garantir que todos tenham acesso indiscriminado aos bens necessá-
rios à satisfação de suas necessidades básicas (educação, saúde etc.).
Trata-se de um princípio de justiça distributiva, possibilitando a repartição de bens e en-
cargos entre todos os membros da sociedade, promovida pelo Estado (compartilhamento dos
riscos e riquezas da nação).
Princípios Gerais
Antes de iniciarmos, é importante que você entenda que, apesar de o legislador diferenciar
os objetivos e fundamentos, ambos possuem caráter principiológico.
Além do caput, o art. 170 da CF traz nove incisos com princípios relevantes aplicáveis à
ordem econômica, que podem ser divididos em:
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Esses princípios também são chamados por alguns doutrinadores de princípios integrati-
vos, já que buscam reduzir a marginalização social.
Por fim, também existem princípios implícitos na Constituição que deverão ser observa-
dos pelos agentes econômicos.
Princípios Explícitos
Soberania Nacional
Previsto no art. 170 como princípio da ordem econômica e no art. 1º como princípio fun-
damental da República, o termo remonta a Jean Bodin, que definiu soberania como o poder do
monarca de não se sujeitar a qualquer condição imposta pelo povo.
Posteriormente, com Rousseau, a soberania foi transferida do monarca para todo o povo.
Lembre-se, ainda, do Tratado de Westfalia, que encerrou a guerra dos 30 anos e reconheceu
que existem diversos estados soberanos e iguais.
Em que consiste a soberania atualmente?
A soberania é vista como um elemento do Estado, enquanto sujeito na ordem internacio-
nal, e significa que as decisões tomadas representam a vontade do Estado Nacional. Entre-
tanto, essa vontade não é absoluta, mas constitui um certo grau de liberdade que o Estado
possui para decidir diante de determinado cenário.
Por meio da política econômica, o Estado estabelece sua posição de soberania interde-
pendente com os outros estados.
Além disso, a soberania deve buscar o desenvolvimento econômico e se concretiza por
meio do desenvolvimento de políticas públicas que possibilitem que a sociedade nacional
participe nas mesmas condições que as sociedades internacionais.
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Por fim, ressalto que uma nação somente será dotada de soberania nacional quando hou-
ver um padrão de desenvolvimento econômico e social que lhe garanta independência em
suas decisões políticas.
Propriedade Privada
Esse princípio assegura aos agentes a liberdade de explorar e organizar e permite a apro-
priação privada dos meios de produção. Também pode ser encontrado na Declaração Univer-
sal dos Direitos Humanos de 1948.
Ao mesmo tempo, estabelece que Estado atuará na propriedade privada quando necessá-
rio, conforme os casos previstos na Constituição.
Exemplo: desapropriação, mediante prévia e justa indenização (art. 182, § 3º), ocupação tem-
porária, cobrança de tributos.
Vale lembrar que, em nossa atual configuração (capitalismo com viés social), a proprie-
dade não pode ser considerada um direito absoluto e restrito, uma vez que deve obedecer a
sua função social.
Consiste no condicionamento racional do uso da propriedade privada imposto por força de lei,
sob pena de expropriação, no qual o Poder Público interfere na manifestação volitiva do titular da
propriedade, garantindo que a fruição desta atinja fins sociais mais amplos de interesse da coleti-
vidade, tais como o bem-estar social e a justiça distributiva5.
5 5
FIGUEIREDO, Leonardo Vizeu. Lições de Direito Econômico. 6 ed. Rio de Janeiro: Forense.
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Art. 182, § 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências funda-
mentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segun-
do critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
I – aproveitamento racional e adequado;
II – utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
III – observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV – exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
Livre Concorrência
DICA!
Somente haverá livre concorrência se houver livre iniciativa,
mas a recíproca não é verdadeira.
Os dois princípios não se confundem, já que muitas vezes é
necessária a intervenção do estado (restringindo a livre ini-
ciativa), justamente para garantir a livre concorrência.
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Por fim, lembre-se de que, embora o Estado deva garantir a livre concorrência, isso não
significa que sua atuação será ilimitada.
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Nesse sentido dispõe a Súmula Vinculante n. 49: “ofende o princípio da livre concorrência
lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em
determinada área”.
Defesa do Consumidor
A defesa do consumidor norteia toda a atividade econômica e não pode ser violada com o
fim de se atingir o desenvolvimento econômico.
Existem vários agentes que atuam na defesa do consumidor: Ministério Público, Defenso-
ria Pública, Procon. Todos eles atuam para buscar equilibrar a relação desigual de poder entre
o fornecedor e o destinatário final.
A livre concorrência também beneficia o consumidor, já que a competitividade induz a
diminuição de preços e o investimento na melhora dos produtos.
Nesse contexto, destaco os seguintes julgados:
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Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever
de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I – preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das es-
pécies e ecossistemas;
IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade
V – controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que
comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente
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VII – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua
função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado,
de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,
pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação
de reparar os danos causados.
§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossen-
se e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de
condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos
naturais
§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal,
sem o que não poderão ser instaladas.
O arcabouço constitucional e legal acerca do tema é bastante vasto. Nesse contexto, des-
tacam-se:
• Art. 129, III, da CF: prevê a responsabilidade do Ministério Público para promover in-
quérito civil e ação civil pública visando à proteção do meio ambiente;
• Art. 2º da Lei n. 6.938/1981: determina que a Política Nacional do Meio Ambiente tem
por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à
vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos
interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana (…);
• Art. 4º da Lei n. 6.938/1981: determina que a Política Nacional do Meio Ambiente vi-
sará à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da
qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico, bem como a definição de áreas
prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, aten-
dendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios.
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Ação direta de inconstitucionalidade. Lei complementar estadual que fixa piso salarial
para certas categorias. Pertinência temática. Conhecimento integral da ação. Direito do
trabalho. Competência legislativa privativa da União delegada aos Estados e ao Dis-
trito Federal. Lei Complementar federal n. 103/2000. Alegada violação ao art. 5º, caput
(princípio da isonomia), art. 7º, V, e art. 114, § 2º, da Constituição. Inexistência. Atuali-
zação do piso salarial mediante negociação coletiva com a participação do “Governo
do Estado de Santa Catarina”. Violação ao princípio da autonomia sindical. Inconstitu-
cionalidade formal. Procedência parcial. (…) 3. A lei questionada não viola o princípio
do pleno emprego. Ao contrário, a instituição do piso salarial regional visa, exatamente,
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Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo
geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais.
§ 1º Lei complementar disporá sobre:
I – as condições para integração de regiões em desenvolvimento;
II – a composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os planos regionais,
integrantes dos planos nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente
com estes.
§ 2º Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da lei:
I – igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de responsabilidade do
Poder Público;
II – juros favorecidos para financiamento de atividades prioritárias;
III – isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas
ou jurídicas;
Com fundamento na redução das desigualdades regionais, o STF julgou com repercussão
geral a possibilidade de creditamento na aquisição direta de insumos provenientes da Zona
Franca de Manaus, ressaltando que “O tratamento constitucional conferido aos incentivos
fiscais direcionados para sub-região de Manaus é especialíssimo”. Confira:
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Por sua vez, o artigo 146, III, d, exige que o tratamento diferenciado para as microempre-
sas e empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso de
determinados impostos e contribuições, seja feito por meio de lei complementar.
E quais são esses impostos e contribuições mencionados no artigo?
• Operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e
as prestações se iniciem no exterior (art. 155, II);
• Contribuições sociais (art. 195):
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Nesse sentido:
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Errado.
A busca do pleno emprego é um dos princípios da ordem econômica.
Errado.
Vimos que os dois princípios não se confundem, já que muitas vezes é necessária a interven-
ção do estado (restringindo a livre iniciativa), justamente para garantir a livre concorrência.
(Vide ADI STF-AC 1657-MC-DJ em 31/08/07).
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Princípios Implícitos
Trataremos agora dos princípios implícitos na Constituição Federal. Alguns deles acaba-
ram sendo explicitados na Lei de Liberdade Econômica, que será estudada no próximo tópico:
Liberdade Econômica
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Subsidiariedade
O art. 174 determina que o principal papel do Estado é atuar como agente regulador da
economia. Por sua vez, o art. 173 dispõe que a intervenção só ocorrerá em casos excepcionais.
As duas previsões acima demonstram o caráter subsidiário de atuação do Estado e que o
princípio da subsidiariedade pode ser caracterizado por dois aspectos:
• Negativo: não cabe ao Estado realizar atividades que podem ser realizadas pelos
indivíduos;
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Igualdade Econômica
A igualdade econômica é formal e busca nivelar os agentes que atuam na ordem econô-
mica e possibilitar o acesso daqueles que não detêm parcela significativa do mercado.
Para atingir essa igualdade, são implementadas diferentes políticas, a exemplo das políti-
cas que favoreçam as microempresas e empresas de pequeno porte (art. 179).
A CF também trata da igualdade formal entre o particular e o Estado no exercício da ativi-
dade econômica. (art. 173, § 1º, II, § 2º).
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade eco-
nômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e
de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens
ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de
1998)
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19,
de 1998)
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privado.
Desenvolvimento Econômico
Democracia Econômica
Esse princípio também está relacionado às políticas públicas, que deverão garantir liber-
dade de iniciativa e emprego e possibilitar chances iguais de acesso a todos que se encon-
trem na mesma situação fática e jurídica.
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Deve ser pautado pela valorização do trabalho humano, pela defesa do consumidor e pela
busca do pleno emprego.
Boa-Fé Econômica
Antes de falarmos dos princípios, é importante destacar que a Lei da Liberdade Econômi-
ca buscou dar ainda mais liberdade aos agentes econômicos, primando pela livre iniciativa,
determinação de critérios de regulação e incentivo ao crescimento da economia.
A lei tem como um de seus principais pontos a exigência de que as alterações de atos nor-
mativos sejam precedidas de uma análise de impacto regulatório. Nota-se, claramente, que
a atuação de poder público como agente normativo e regulador fica limitada à observância
desse critério antes de editar qualquer ato que impacte no exercício da livre iniciativa.
Art. 1º Fica instituída a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica, que estabelece normas de
proteção à livre iniciativa e ao livre exercício de atividade econômica e disposições sobre a atuação
do Estado como agente normativo e regulador, nos termos do inciso IV do caput do art. 1º, do pa-
rágrafo único do art. 170 e do caput do art. 174 da Constituição Federal.
§ 1º O disposto nesta Lei será observado na aplicação e na interpretação do direito civil, empresa-
rial, econômico, urbanístico e do trabalho nas relações jurídicas que se encontrem no seu âmbito
de aplicação e na ordenação pública, inclusive sobre exercício das profissões, comércio, juntas
comerciais, registros públicos, trânsito, transporte e proteção ao meio ambiente.
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Vale lembrar que a lei foi editada em conformidade com a competência legislativa cons-
titucional conferida à União para estabelecer normas gerais de Direito Econômico, conforme
vimos na primeira aula. Trata-se, portanto, de lei nacional (abrangendo todos os entes).
Agora vamos aos princípios previstos no art. 2º:
• liberdade como uma garantia no exercício de atividades econômicas;
• boa-fé do particular perante o poder público;
• intervenção subsidiária e excepcional do Estado sobre o exercício de atividades eco-
nômicas; e
• reconhecimento da vulnerabilidade do particular perante o Estado. A lei estabelece que
regulamento disporá sobre os critérios de aferição para afastamento desse princípio, limi-
tados a questões de má-fé, hiperssuficiência ou reincidência.
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Lei n. 13.874/2019
Principais características Estabelece normas de proteção à livre iniciativa e ao livre exercício de atividade
econômica e disposições sobre a atuação do Estado como agente normativo e
regulador.
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RESUMO
Essa seção é destinada à revisão dos principais pontos tratados em aula.
A primeira parte traz a revisão por meio de perguntas e palavras-chave. Na segunda parte,
temos tabelas e desenhos esquemáticos.
Escolha qual a sua melhor maneira de fixar a matéria e mãos à obra!
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– retomada da democracia;
– intervenção do Estado no domínio econômico e ideais sociais advindos do novo li-
beralismo;
– subordinação do exercício dos direitos individuais ao interesse da coletividade.
• Constituição de 1967 e a EC I/69:
– preocupação com o desenvolvimento econômico;
– linha intervencionista.
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• Princípios:
– soberania nacional;
– propriedade privada;
– função social da propriedade;
– livre concorrência;
– defesa do consumidor;
– defesa do meio ambiente;
– redução das desigualdades regionais e sociais;
– busca do pleno emprego;
– tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis
brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (PGE-SC/PROCURADOR DO ESTADO/2018/ADAPTADA) Assinale a alternativa
correta, de acordo com o texto constitucional vigente.
a) A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade, mas não
reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da
concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
b) A ordem econômica tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames
da justiça social. Embora esteja fundada na valorização do trabalho humano, não defende a
livre iniciativa, pois veda a concorrência.
c) Ressalvados os casos previstos no atual texto constitucional, a exploração direta de ativi-
dade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segu-
rança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
d) Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma
da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o
setor privado e indicativo para o setor público.
e) A ordem econômica observará os princípios da soberania nacional, propriedade privada
e defesa do consumidor. Todavia, está dispensada da busca pelo pleno emprego, porquanto
não pode obrigar as empresas a dar oportunidade a todos.
Questão 2 (TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO/2018) É correto afirmar que, em seu Título VII (Da
Ordem Econômica e Financeira), a Constituição dispõe que:
a) a lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública e da sociedade de economia mista
que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens, as quais se su-
jeitarão ao regime próprio das empresas privadas e gozarão de privilégios fiscais adequados
às finalidades estatutárias.
b) é permitida, nos termos da lei, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado, en-
tre outras hipóteses, quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou relevante
interesse coletivo.
c) a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos
constituem monopólio da União, que poderá contratar a sua realização com empresas esta-
tais ou privadas, observadas as condições estabelecidas em lei.
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d) a pesquisa e a lavra de recursos minerais somente poderão ser efetuadas mediante auto-
rização ou concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa brasileira
de capital nacional.
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III – A ordem econômica determina que se observe a função social da propriedade e que, ao
mesmo tempo, se respeite o bem-estar da sociedade, porém não garante o direito do
indivíduo sobre a propriedade.
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Assinale:
a) se todas as afirmativas estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se apenas a afirmativa II estiver correta.
e) se apenas a afirmativa I estiver correta.
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para a defesa nacional somente estará de acordo com as atuais regras constitucionais caso
essa empresa seja classificada como de capital nacional.
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III – A liberdade de iniciativa não pode ser invocada por alguém com o intuito de se eximir
do cumprimento das regulações estatais ou normas de defesa do consumidor.
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GABARITO
1. c 16. E, C 31. d
2. c 17. c 32. b
3. a 18. d 33. E
4. C 19. E 34. c
5. d 20. C 35. E
6. E, E 21. C 36. c
7. C 22. a 37. C
8. C 23. a 38. e
9. C, E 24. E, E 39. E
10. b 25. C 40. e
11. E 26. a 41. E
12. c 27. c 42. E, E, C
13. C 28. b 43. C
14. C 29. c 44. E
15. C 30. e 45. E
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (PGE-SC/PROCURADOR DO ESTADO/2018/ADAPTADA) Assinale a alternativa
correta, de acordo com o texto constitucional vigente.
a) A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade, mas não
reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da
concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
b) A ordem econômica tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames
da justiça social. Embora esteja fundada na valorização do trabalho humano, não defende a
livre iniciativa, pois veda a concorrência.
c) Ressalvados os casos previstos no atual texto constitucional, a exploração direta de ativi-
dade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segu-
rança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
d) Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma
da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o
setor privado e indicativo para o setor público.
e) A ordem econômica observará os princípios da soberania nacional, propriedade privada
e defesa do consumidor. Todavia, está dispensada da busca pelo pleno emprego, porquanto
não pode obrigar as empresas a dar oportunidade a todos.
Letra c.
a) Errada. Contraria o art. 173, § 4º, da CF:
Art. 173, § 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à
eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
b) Errada. O art. 170 da CF dispõe que a ordem econômica é fundada na valorização do traba-
lho humano e na livre iniciativa. Além disso, o inciso IV dispõe que a livre concorrência é um
de seus princípios.
c) Certa. Trata-se da literalidade do art. 173 da CF:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade eco-
nômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
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d) Errada. O planejamento é determinante para o setor público e apenas indicativo para o se-
tor privado.
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma
da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor
público e indicativo para o setor privado.
Questão 2 (TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO/2018) É correto afirmar que, em seu Título VII (Da
Ordem Econômica e Financeira), a Constituição dispõe que:
a) a lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública e da sociedade de economia mista
que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens, as quais se su-
jeitarão ao regime próprio das empresas privadas e gozarão de privilégios fiscais adequados
às finalidades estatutárias.
b) é permitida, nos termos da lei, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado, en-
tre outras hipóteses, quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou relevante
interesse coletivo.
c) a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos
constituem monopólio da União, que poderá contratar a sua realização com empresas esta-
tais ou privadas, observadas as condições estabelecidas em lei.
d) a pesquisa e a lavra de recursos minerais somente poderão ser efetuadas mediante auto-
rização ou concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa brasileira
de capital nacional.
Letra c.
a) Errada. Contraria o art. 173 da CF:
Art. 173, § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia
mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização
de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privado.
b) Errada. O art. 173, caput, da CF, não prevê outras hipóteses, tratando apenas dos imperati-
vos da segurança nacional ou do relevante interesse coletivo.
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Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade eco-
nômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
Art. 176, § 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a que se
refere o “caput” deste artigo somente poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão
da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras e que
tenha sua sede e administração no País, na forma da lei (…)
Letra a.
a) Certa. Nos termos do art. 170, VI, da CF:
Art. 170, VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o
impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
b) Errada. As sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não ex-
tensivos às empresas privadas (art. 173, § 2º, da CF).
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c) Errada. O valor não é estabelecido por ato específico do executivo, mas, sim, por lei, confor-
me art. 176, § 2º, da CF:
Art. 176, § 2º É assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra, na forma
e no valor que dispuser a lei.
O item D está incorreto, pois contraria o disposto no art. 179 da CF (que também inclui as obriga-
ções previdenciárias
Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e
às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a
incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e
creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.
Certo.
O item está de acordo com o julgado do STF exarado no RE 565.048:
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I – A melhora social e econômica do Brasil nas últimas décadas não se reflete plenamente
na moradia e no saneamento básico: milhões de brasileiros ainda vivem em aglomera-
dos subnormais e sem acesso a saneamento.
II – O rompimento do ciclo intergeracional da pobreza pode ser atingido por meio de po-
líticas públicas que promovam a autonomia e a liberdade econômica e financeira da
mulher, como o acesso igualitário ao mercado de trabalho, a provisão de creches e o
apoio aos familiares idosos.
III – A ordem econômica determina que se observe a função social da propriedade e que, ao
mesmo tempo, se respeite o bem-estar da sociedade, porém não garante o direito do
indivíduo sobre a propriedade.
Letra d.
Os itens I e II estão corretos.
O item III está incorreto. Confira:
CF
Art. 5º, XXII – é garantido o direito de propriedade;
XXIII – a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV – a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade públi-
ca, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos
previstos nesta Constituição;
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II – Tendo em vista o elevado potencial para geração de emprego e de renda para o país,
a Constituição Federal conferiu tratamento favorecido para as empresas de pequeno
porte constituídas sob as leis brasileiras, independentemente do local em que tenham
sua sede e sua administração.
Errado/Errado.
O item I está incorreto. A livre iniciativa está prevista tanto no art. 1º quanto no art. 170 da CF
e estabelece que a autorização de órgãos públicos será excepcional.
O item II está incorreto. O art. 170 estabelece que haverá tratamento favorecido para as em-
presas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e admi-
nistração no País.
Certo.
Conforme vimos, a LC n. 123/2006 atendeu os comandos constitucionais e regulamentou o
tratamento diferenciado e favorecido das empresas de pequeno porte.
Certo.
O item I está correto. Trata-se um princípio geral que norteia toda a atividade econômica.
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Certo/Errado.
O item I está correto, conforme Súmula Vinculante n. 49 (estudada na aula 1).
O item II está incorreto, pois contraria o disposto no art. 177, V:
Letra b.
a) Errada. Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, embora sejam implícitos,
devem pautar toda a atividade do Estado, inclusive a atividade econômica.
b) Certa. O princípio da função social está previsto no art. 170, inciso III, da CF, e deve pautar
toda a atividade econômica.
Lembre-se de que a função social limita a autonomia privada sobre os bens, ou seja, os inte-
resses particulares são limitados pelos direitos da sociedade.
c) Errada. Os princípios não são coincidentes, sendo possível que até mesmo colidam em al-
guns casos. Haverá livre concorrência se houver livre iniciativa, mas a recíproca não é verda-
deira, já que muitas vezes é necessária a intervenção do Estado (restringindo a livre iniciativa),
justamente para garantir a livre concorrência.
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Errado.
Embora existam princípios próprios a serem aplicados à ordem econômica, a razoabilidade e
a proporcionalidade são princípios gerais que devem ser aplicados também nesse caso.
Lembre-se de que os princípios são caracterizados pela sua generalidade e abstração e sua
aplicação se dará em cada caso concreto, por meio da ponderação.
Letra c.
a) Errada. Súmula Vinculante n. 49.
b) Errada. Trata-se de assunto que também já foi abordado na aula 1 ao tratarmos da compe-
tência legislativa em matéria econômica (Súmula vinculante n. 38).
c) Certa. Já vimos que a concessão de passe livre no sistema de transporte coletivo interesta-
dual às pessoas carentes portadoras de necessidades especiais, foi declarada constitucional
pelo STF (STF – ADI 26496/DF, DJ em 16/10/08).
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Certo.
O item está correto. De fato, na CF/1988, a exploração da atividade econômica pelo Estado é
feita excepcionalmente, nos termos do art. 173, caput.
Certo.
Trata-se da literalidade do art. 170 da CF.
Certo.
Como vimos, a CF/1988 traz um sistema econômico capitalista, garantindo a liberdade de
iniciativa e a propriedade privada, ambas podendo ser delineadas pelo Estado.
Os fatores de produção pertencem aos agentes privados, sendo possível a intervenção esta-
tal por meio de atos normativos ou atos de gestão. Por essa razão, não se pode falar em um
capitalismo puro.
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Errado/Certo.
O item I está incorreto.
A livre iniciativa pode ser entendida como a liberdade de empreender, de exercer qualquer for-
ma de atividade econômica. Entretanto, com fundamento na defesa da coletividade, o Estado
pode restringir o exercício da atividade econômica, impondo os requisitos mínimos necessá-
rios para tal exercício, com fundamento no art. 170.
O item II está correto, pois vai ao encontro da jurisprudência do STF sobre o tema (STF – RE
648622 AGr/DF-DJ em 21/02/13).
No mesmo sentido:
Letra c.
a) Errada. O art. 173 prevê exploração direta de atividade econômica pelo Estado somente
quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo,
conforme definidos em lei.
Vale lembrar ainda que a ordem econômica brasileira deve buscar a justiça social, utilizando-
-se de políticas públicas para esse fim.
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b) Errada. Já vimos que o art. 174 prevê que o Estado atue como agente normativo e regula-
dor da atividade econômica, exercendo as funções de fiscalização, incentivo e planejamento,
sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
c) Certa. O Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planeja-
mento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. Ob-
viamente os estímulos de mercado como principal indutor das decisões dos agentes econô-
micos continuam sendo um dos principais fatores determinantes para atuação dos agentes.
d) Errada. Os fundamentos também podem ser retirados do art. 174 da CF, de modo que
é perfeitamente possível que o Estado fomente as atividades econômicas de um determi-
nado setor, desde que obedeça a outros princípios constitucionais, como a igualdade e a
impessoalidade.
Assinale:
a) se todas as afirmativas estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
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Letra d.
O item I está incorreto.
O princípio da seguridade social e da saúde não pertencem à ordem econômica. Recorde que
os princípios da ordem econômica são os seguintes: soberania nacional; propriedade privada;
função social da propriedade; livre concorrência; defesa do consumidor; defesa do meio am-
biente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos pro-
dutos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; redução das desigualdades
regionais e sociais; busca do pleno emprego; tratamento favorecido para as empresas de
pequeno porte – EPP – constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e adminis-
tração no País.
O item II está correto, nos termos do art. 170 da CF.
O item III está incorreto, pois contraria o art. 173, § 5º:
A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a
responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos prati-
cados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.
Errado.
O parágrafo único do art. 170 dispõe que é assegurado a todos o livre exercício de qualquer
atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos
previstos em lei.
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além dos casos constitucionalmente expressos, tais como a prestação de serviços públicos
e a exploração de jazidas minerais ou de potenciais de energia hidráulica, constitui exceção
justificada somente por imperativos de segurança nacional e relevante interesse coletivo, na
forma da lei.
Certo.
As hipóteses de intervenção do Estado na economia serão estudadas mais profundamente
em outras aulas, entretanto já vimos que, conforme art. 173, ressalvados os casos previstos
nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida
quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo,
conforme definidos em lei.
Certo.
Trata-se do art. 173 da CF.
Letra a.
a) Certa. Nos termos do art. 173, caput, da CF, a prestação direta de atividade econômica pelo
Estado é excepcional: nos casos previstos na Constituição, ou quando necessária aos impe-
rativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
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b) Errada. O fim do item afirma que os imperativos da segurança nacional ou a relevante inte-
resse coletivo serão definidos em atos do Poder Executivo, quando, na verdade, serão defini-
dos em lei (art. 173).
Letra a.
De fato, um dos marcos da livre iniciativa foi o decreto D’Allarde, de 1791, que determinou que
a partir de 1º de abril desse ano, seria livre a qualquer pessoa a realização de qualquer negó-
cio ou exercícios de qualquer profissão, arte ou ofício que lhe aprouvesse (desde que fossem
pagos os impostos e taxas e observados os regulamentos aplicáveis).
Além disso, podemos definir a livre iniciativa como a liberdade de empreender, de exercer
qualquer forma de atividade econômica. O conceito vai além, abarcando também outras
formas de organização econômica, como a cooperativa (art. 5, XVIII) e a liberdade contra-
tual e comercial.
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b) Errada. A livre iniciativa não está à frente de outros princípios, podendo ser limitada pela
justiça social, por exemplo.
c) Errada. A livre iniciativa está ligada ao princípio da legalidade, na medida em que cons-
titui um direito exercido na forma da lei, podendo, inclusive, ser limitada por ela (art. 170,
parágrafo único).
d) Errada. A livre iniciativa é prevista expressamente na CF, como já vimos exaustivamente
(art. 170, IV, CF).
e) Errada. Ao atuar na intervenção de preços, o Estado não se baseia apenas no princípio da
livre iniciativa, mas também nos demais princípios e fundamentos da ordem econômica (ex.:
função social da propriedade).
Errado, errado.
O item I está incorreto. Nos termos do art. 174 da CF, o Estado, como agente normativo e regu-
lador da atividade econômica, exercerá as funções de fiscalização, incentivo e planejamento.
O item II está incorreto. Confiram o art. 173:
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Certo.
Como vimos, a livre iniciativa compreende a liberdade de empreender, de exercer qualquer for-
ma de atividade econômica. Entretanto, com fundamento na defesa da coletividade, o Estado
pode restringir o exercício da atividade econômica, impondo os requisitos mínimos necessá-
rios para tal exercício.
Portanto, a regra é a liberdade no exercício da atividade econômica, sendo possível a limita-
ção dessa liberdade nos casos previstos na CF.
Letra a.
A questão exige o conhecimento da Súmula Vinculante n. 49 do STF: “Ofende o princípio da
livre concorrência lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do
mesmo ramo em determinada área”.
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Letra c.
a) Errada. O livre exercício da atividade econômica consagra a liberdade de empresa para atu-
ar no mercado, bem como a liberdade de concorrência.
O artigo 170 da CF prevê em seu parágrafo único que: “É assegurado a todos o livre exercí-
cio de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos,
salvo nos casos previstos em lei”.
A regra é a livre iniciativa, mas, com fundamento na defesa da coletividade, o Estado pode
restringir o exercício da atividade econômica, impondo os requisitos mínimos necessários.
b) Errada. Nos termos da Súmula Vinculante n. 38: “É competente o Município para fixar o
horário de funcionamento de estabelecimento comercial”.
c) Certa.
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Letra b.
O único item que cumpre os requisitos do enunciado é o B.
Nos termos do art. 173, caput, da CF, a prestação direta de atividade econômica pelo Estado
é excepcional (somente ocorrerá nos casos ressalvados na CF ou quando necessária aos im-
perativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei).
Lembre-se de que a livre iniciativa constitui uma das bases do sistema capitalista, estando
prevista tanto no caput do art. 170 quanto no art. 1º, IV (como fundamento da República Fe-
derativa do Brasil).
Além disso, o parágrafo único do art. 170 dispõe que é assegurado a todos o livre exercício de
qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo
nos casos previstos em lei. Em outras palavras, a escolha do trabalho fica ao arbítrio do indi-
víduo (pessoa natural ou jurídica), não podendo o Estado interferir nessa seara.
Diante do explicitado acima, podemos definir a livre iniciativa como a liberdade de empre-
ender, de exercer qualquer forma de atividade econômica. Entretanto, com fundamento na
defesa da coletividade, o Estado pode restringir o exercício da atividade econômica, impondo
os requisitos mínimos necessários para tal exercício.
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Letra c.
a) Errada. Nos termos da Súmula Vinculante n. 49 do STF.
b) Errada. Nos termos da Súmula Vinculante n. 38 do STF.
c) Certa. O STF entende que essa lei é constitucional.
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o Brasil assinou, na sede das Organizações das Nações Unidas, a Convenção sobre os
Direitos das Pessoas com Deficiência, bem como seu Protocolo Facultativo, compro-
metendo-se a implementar medidas para dar efetividade ao que foi ajustado. 4. A Lei
n. 8.899/94 é parte das políticas públicas para inserir os portadores de necessidades
especiais na sociedade e objetiva a igualdade de oportunidades e a humanização das
relações sociais, em cumprimento aos fundamentos da República de cidadania e dig-
nidade da pessoa humana, o que se concretiza pela definição de meios para que eles
sejam alcançados. 5. Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada improcedente. (STF–
ADI 26496/DF, DJ em 16/10/08).
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Letra e.
a) Errada. Esse princípio consagra a valorização do trabalho humano, na medida em que o
Estado deve buscar intervir e criar medidas (fomento, incentivos fiscais, financiamentos) com
o intuito de proporcionar o aumento da taxa de empregos, possibilitando a concretização do
princípio da dignidade da pessoa humana.
Assim, a população economicamente ativa poderá gerar renda para si e para o país, movi-
mentando a economia.
b) Errada. O termo Constituição Econômica Formal pode ser entendido adotando-se, por ana-
logia, a teoria de classificação das constituições quanto ao seu conteúdo. Assim, a Constitui-
ção Econômica Formal constitui títulos ou capítulos específicos, dedicados exclusivamente à
Ordem Econômica.
Por outro lado, a Material cuida de matéria econômica, independente de estar formalmente
prevista na CF.
O art. 170 está dentro do título VII “Da Ordem Econômica e Financeira” e prevê o princípio da
defesa do consumidor em um de seus incisos.
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c) Errada. Como vimos, o art. 170 da CF traz nove incisos, contendo princípios aplicáveis à
ordem econômica.
Alguns deles possuem caráter liberalizante, limitando a intervenção do Estado, como é o caso
da livre iniciativa.
Outros possuem caráter intervencionista, pois determinam uma atuação positiva do Estado,
a fim de cumprir fins sociais (incisos V a VIII).
Esses princípios também são chamados por alguns doutrinadores de princípios integrativos,
já que buscam reduzir a marginalização social.
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Letra d.
A questão original foi anulada, entretanto fiz uma adaptação e optei por colocá-la na lista, já
que aborda os princípios implícitos da ordem econômica.
a) Errada. Como vimos, o princípio da boa-fé aplica os princípios da publicidade e da trans-
parência nas relações entre os sujeitos econômicos, possibilitando que os consumidores te-
nham uma informação clara e precisa sobre os produtos.
Portanto, tem íntima relação com o princípio da defesa do consumidor, possibilitando sime-
tria de informação e evitando as falhas de mercado.
Da mesma forma, o agente deve divulgar as informações relevantes à atividade empresarial,
salvo nos casos de segredo industrial.
b) Errada. Nos termos do art. 174, o principal papel do Estado é atuar como agente regulador
da economia.
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma
da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor
público e indicativo para o setor privado.
Lembre-se, ainda, de que a intervenção só ocorrerá nos casos previstos no art. 173, ou seja,
nos casos autorizados pela própria Constituição.
c) Errada. Esse princípio abarca a liberdade de empresa para atuar no mercado, bem como a
liberdade de concorrência.
O artigo 170 da CF prevê em seu parágrafo único que: “É assegurado a todos o livre exercí-
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A regra é a livre iniciativa, mas, com fundamento na defesa da coletividade, o Estado pode res-
tringir o exercício da atividade econômica, impondo os requisitos mínimos necessários para o
exercício da atividade econômica.
d) Certa. A democracia econômica guarda relação com as políticas públicas, que deverão
garantir liberdade de iniciativa e emprego, dando chances iguais de acesso a todos que se
encontrem na mesma situação fática e jurídica.
Deve ser pautado pela valorização do trabalho humano, pela defesa do consumidor e pela
busca do pleno emprego.
Letra b.
a) Errada. O princípio assegura aos agentes a liberdade de exploração e organização, bem
como a possibilidade de apropriação privada dos meios de produção, garantindo a livre ini-
ciativa de empreendimentos privados.
Ao mesmo tempo, estabelece que o Estado atuará na propriedade privada quando necessário,
conforme os casos previstos na Constituição.
Entretanto, a propriedade não pode ser considerada um direito absoluto e restrito, uma vez
que deve obedecer a sua função social.
b) Certa. A Constituição estabelece a defesa do consumidor como princípio explícito (art. 170,
V) e ele possui relação com o princípio da livre concorrência, na medida em que esta também
beneficia o consumidor, já que a competitividade induz a diminuição de preços e o investi-
mento na melhora dos produtos.
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Por fim, trata-se de um princípio integrador, pois determina uma atuação positiva do Estado,
a fim de cumprir fins sociais e busca reduzir a marginalização social. Ademais, também tem
a função de defender o mercado.
c) Errada. A Constituição de 1934 já garantia o direito de propriedade, que não poderá ser
exercido contra o interesse social ou coletivo, na forma que a lei determinar (art. 113, XVII).
d) Errada. A livre concorrência faz com que o Estado abrigue uma ordem econômica fundada na
competitividade entre os entes (garantindo que todos possam concorrer e explorar o mercado).
Essa competitividade pressupõe a livre iniciativa e a apropriação privada dos meios de pro-
dução. Nesse ponto, é importante registrar que somente haverá livre concorrência se houver
livre iniciativa, mas a recíproca não é verdadeira.
Esses dois princípios não se confundem, já que muitas vezes é necessária a intervenção do
Estado (restringindo a livre iniciativa), justamente para garantir a livre concorrência.
Errado.
A livre concorrência permite que exista um equilíbrio no mercado, de modo que possam coe-
xistir os grandes grupos e as pequenas empresas, ou seja, faz com que o Estado abrigue uma
ordem econômica fundada na competitividade entre os entes (garantindo que todos possam
concorrer e explorar o mercado).
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Letra c.
a) Errada. O entendimento do STF é pela constitucionalidade da norma:
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Errado.
Súmula Vinculante n. 38.
Letra c.
a) Errada. Confira a jurisprudência do STF sobre o tema:
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b) Errada. Vimos que o princípio da propriedade assegura aos agentes a liberdade de explora-
ção e organização, bem como a possibilidade de apropriação privada dos meios de produção,
garantindo a livre iniciativa de empreendimentos privados.
Entretanto, a função social limita a autonomia privada sobre os bens, ou seja, os interesses
particulares são limitados pelos direitos da sociedade.
Um claro exemplo é o direito de edificar, que é condicionado à função social da propriedade.
Assim, eventual restrição ao direito de construir decorrente de uma limitação administrativa
irá afetar o direito de propriedade, sendo garantido o direito à indenização desde que as res-
trições não sejam preexistentes à aquisição do terreno (STF RE 140436, DJ em 6/8/99).
c) Certa. Nos termos do julgado do STF:
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Certo.
Trata-se da literalidade do art.173.
Letra e.
Trata-se de uma questão simples, que exige apenas o conhecimento da letra da lei. Como vi-
mos exaustivamente na aula de hoje, livre concorrência, redução das desigualdades regionais
e sociais, busca do pleno emprego e função social da propriedade são princípios explícitos da
ordem econômica.
P
or sua vez, a dignidade da pessoa humana não se insere como princípio da ordem econômica.
Errado.
O dispositivo constitucional (art. 171) que previa essa hipótese foi todo revogado pela EC n.
6, de 1995.
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e) O Estado, considerados os princípios gerais da ordem econômica, pode regular, por via le-
gislativa, a política de preços de bens e serviços de determinado segmento econômico.
Letra e.
a) Errada. Existem outras formas de atuação do Estado. Ex.: agências reguladoras. Além das
duas hipóteses mencionadas, o Estado também pode atuar diretamente na economia nos
casos previstos expressamente na CF.
b) Errada. O art. 173, § 2º, não prevê tais exceções.
c) Errada. A CF determina que o planejamento estatal será determinante para o setor público
e indicativo para o setor privado.
d) Errada. O dirigismo econômico não está presente entre os princípios do art. 170 da CF.
e) Certa. O item pode ser respondido pela interpretação dos artigos 170 e 174 e também pelo
seguinte julgado do STF:
Errado.
A livre concorrência faz com que o Estado abrigue uma ordem econômica fundada na com-
petitividade entre os entes (garantindo que todos possam concorrer e explorar o mercado).
Essa competitividade pressupõe a livre iniciativa e a apropriação privada dos meios de pro-
dução. Nesse ponto, é importante registrar que somente haverá livre concorrência se houver
livre iniciativa, mas a recíproca não é verdadeira.
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Esses dois princípios não se confundem, já que muitas vezes é necessária a intervenção do
Estado (restringindo a livre iniciativa), justamente para garantir a livre concorrência.
Errado/Errado/Certo.
O item I está incorreto.
A propriedade não pode ser considerada um direito absoluto e restrito, uma vez que deve
obedecer a sua função social.
A função social limita a autonomia privada sobre os bens, ou seja, os interesses particulares
são limitados pelos direitos da sociedade.
Lembre-se do exemplo do direito de edificar (STF RE 140436, DJ em 6/8/99).
O item II está incorreto, pois busca confundir o candidato.
Na verdade, o princípio fala em tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte
constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
O item III está correto.
A livre iniciativa é a liberdade de empreender, de exercer qualquer forma de atividade eco-
nômica. O conceito vai além, abarcando também outras formas de organização econômica,
como a cooperativa (art. 5, XVIII) e a liberdade contratual e comercial. Entretanto, com funda-
mento na defesa da coletividade, o Estado pode restringir o exercício da atividade econômica,
impondo os requisitos mínimos necessários para tal exercício.
Em sua faceta positiva, o princípio assegura a liberdade econômica a qualquer cidadão. Por
sua vez, a faceta negativa proíbe que o Estado intervenha restringindo a livre iniciativa se não
houver previsão legal.
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Portanto, não se trata de uma liberdade absoluta, na medida em que é limitada por outros
princípios, como o da justiça social (buscando dar uma melhor condição de vida aos traba-
lhadores), do direito do consumidor, da dignidade da pessoa humana, dos valores sociais do
trabalho, bem como pelo próprio Estado.
Certo.
O inciso IX do art. 173 traz o princípio do tratamento favorecido às empresas nacionais de pe-
queno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no país.
Com isso, o Estado busca garantir condições mínimas ao pequeno estabelecimento empresa-
rial de competir no mercado com grandes empresas, promovendo a livre concorrência.
Complementando esse princípio, o art. 179 da CF traz a seguinte previsão:
Errado.
O artigo 170, parágrafo único, dispõe que a autorização prévia constitui exceção, e não regra.
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, indepen-
dentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
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Se uma empresa pública realiza atividade econômica em concorrência com empresas priva-
das, a Constituição permite, com a finalidade de dar à estatal maior capacidade de concorrên-
cia, que a lei lhe confira algumas vantagens tributárias.
Errado.
Como vimos, a CF prevê a igualdade formal entre o particular e o Estado no exercício da ati-
vidade econômica.
Art. 173, § 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de
privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
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ANEXO
Jurisprudência
A questão constitucional suscitada no recurso diz respeito à licitude da atuação de motoristas privados
cadastrados em plataformas de transporte compartilhado em mercado até então explorado por taxistas.
As normas que proíbam ou restrinjam de forma desproporcional o transporte privado individual de passa-
geiros são inconstitucionais porque: (i) não há regra nem princípio constitucional que prescreva a exclusi-
vidade do modelo de táxi no mercado de transporte individual de passageiros; (ii) é contrário ao regime de
livre iniciativa e de livre concorrência a criação de reservas de mercado em favor de atores econômicos já
estabelecidos, com o propósito de afastar o impacto gerado pela inovação no setor; (iii) a possibilidade de
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intervenção do Estado na ordem econômica para preservar o mercado concorrencial e proteger o consumi-
dor não pode contrariar ou esvaziar a livre iniciativa, a ponto de afetar seus elementos essenciais. Em um
regime constitucional fundado na livre iniciativa, o legislador ordinário não tem ampla discricionariedade
para suprimir espaços relevantes da iniciativa privada. A admissão de uma modalidade de transporte indi-
vidual submetida a uma menor intensidade de regulação, mas complementar ao serviço de táxi afirma-se
como uma estratégia constitucionalmente adequada para acomodação da atividade inovadora no setor.
Trata-se, afinal, de uma opção que: (i) privilegia a livre iniciativa e a livre concorrência; (ii) incentiva a ino-
vação; (iii) tem impacto positivo sobre a mobilidade urbana e o meio ambiente; (iv) protege o consumidor;
e (v) é apta a corrigir as ineficiências de um setor submetido historicamente a um monopólio ‘de fato’. (…)
Recurso extraordinário desprovido, com a fixação das seguintes teses de julgamento: “1. A proibição ou
restrição da atividade de transporte privado individual por motorista cadastrado em aplicativo é inconstitu-
cional, por violação aos princípios da livre iniciativa e da livre concorrência; (…)”.(STF-RE 1054.110-DJ em
09/05/19-Repercussão geral-tema 697)
São inconstitucionais as leis que obrigam supermercados ou similares à prestação de serviços de acondi-
cionamento ou embalagem das compras, por violação ao princípio da livre iniciativa (arts. 1º, IV, e 170 da
Constituição). Essa foi a tese fixada pelo Plenário ao negar provimento, por maioria, a recurso extraordiná-
rio, com repercussão geral reconhecida (Tema 525), e manter acórdão que declarou a inconstitucionalidade
da Lei 5.690/2010 do município de Pelotas. A norma estabelece a obrigatoriedade de prestação de serviços
de acondicionamento ou embalagem das compras por supermercados ou similares e prevê a contratação
de um funcionário específico para esse fim (…). O Colegiado asseverou que o princípio da livre iniciativa,
descrito no art. 1º, IV, da CF como fundamento da República e reiterado no art. 170 do texto constitucional,
veda a adoção de medidas que se destinem direta ou indiretamente à manutenção artificial de postos de
trabalho, em detrimento das reconfigurações de mercado necessárias à inovação e ao desenvolvimento.
Isso porque essa providência não é capaz de gerar riqueza para trabalhadores ou consumidores. (STF-RE
839.950-DJ em 24/10/18)
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Esses princípios claramente definem a liberdade de iniciativa não como uma liberdade
anárquica, mas social, e que pode, consequentemente, ser limitada (STF-ARE 1.104.226
AgR-DJ em 27/04/18)
(…) Os valores do trabalho e da livre iniciativa, insculpidos na Constituição (art. 1º, IV),
são intrinsecamente conectados, em uma relação dialógica que impede seja rotulada
determinada providência como maximizadora de apenas um desses princípios, haja
vista ser essencial para o progresso dos trabalhadores brasileiros a liberdade de orga-
nização produtiva dos cidadãos, entendida esta como balizamento do poder regulatório
para evitar intervenções na dinâmica da economia incompatíveis com os postulados da
proporcionalidade e da razoabilidade.
(…)
A terceirização, segundo estudos empíricos criteriosos, longe de ‘precarizar’, ‘reificar’
ou prejudicar os empregados, resulta em inegáveis benefícios aos trabalhadores em
geral, como a redução do desemprego, diminuição do turnover, crescimento econô-
mico e aumento de salários, permitindo a concretização de mandamentos constitucio-
nais como ‘erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e
regionais’, ‘redução das desigualdades regionais e sociais’ e a ‘busca do pleno emprego’
(arts. 3º, III, e 170 CRFB).
Recurso Extraordinário. Efeito suspensivo. Inadmissibilidade. Estabelecimento indus-
trial. Interdição pela Secretaria da Receita Federal. Fabricação de cigarros. Cancelamento
do registro especial para produção. Legalidade aparente. Inadimplemento sistemático e
isolado da obrigação de pagar Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI. Compor-
tamento ofensivo à livre concorrência. Singularidade do mercado e do caso. Liminar
indeferida em ação cautelar. Inexistência de razoabilidade jurídica da pretensão. Votos
vencidos. Carece de razoabilidade jurídica, para efeito de emprestar efeito suspensivo a
recurso extraordinário, a pretensão de indústria de cigarros que, deixando sistemática e
isoladamente de recolher o Imposto sobre Produtos Industrializados, com consequente
redução do preço de venda da mercadoria e ofensa à livre concorrência, viu cancelado o
registro especial e interditados os estabelecimentos. (STF-AC 1657-MC-DJ e 31/08/07).
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. FARMÁCIA. FIXAÇÃO DE HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO.
ASSUNTO DE INTERESSE LOCAL. A fixação de horário de funcionamento para o comér-
cio dentro da área municipal pode ser feita por lei local, visando o interesse do consumi-
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parcialmente procedente apenas no ponto em que a lei impugnada estende os seus efei-
tos a outras unidades da Federação. (STF-ADI 2832/PR, DJ em 20/6/08).
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Ação direta de inconstitucionalidade. Lei complementar estadual que fixa piso salarial
para certas categorias. Pertinência temática. Conhecimento integral da ação. Direito do
trabalho. Competência legislativa privativa da União delegada aos Estados e ao Dis-
trito Federal. Lei Complementar federal n. 103/2000. Alegada violação ao art. 5º, caput
(princípio da isonomia), art. 7º, V, e art. 114, § 2º, da Constituição. Inexistência. Atuali-
zação do piso salarial mediante negociação coletiva com a participação do “Governo
do Estado de Santa Catarina”. Violação ao princípio da autonomia sindical. Inconstitu-
cionalidade formal. Procedência parcial. (…) 3. A lei questionada não viola o princípio
do pleno emprego. Ao contrário, a instituição do piso salarial regional visa, exatamente,
reduzir as desigualdades sociais, conferindo proteção aos trabalhadores e assegurando
a eles melhores condições salariais. (…) 5. A lei impugnada realiza materialmente o prin-
cípio constitucional da isonomia, uma vez que o tratamento diferenciado aos trabalha-
dores agraciados com a instituição do piso salarial regional visa reduzir as desigualda-
des sociais. A Lei Complementar federal n. 103/2000 teve por objetivo maior assegurar
àquelas classes de trabalhadores menos mobilizadas e, portanto, com menor capaci-
dade de organização sindical, um patamar mínimo de salário. (STF-ADI 4364-DJ em
16/5/11).
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REFERÊNCIAS
FIGUEIREDO, Leonardo Vizeu. Lições de Direito Econômico. 6 ed. Rio de Janeiro: Forense.
GRAU, Eros Roberto. A ordem econômica na Constituição de 1988: interpretação e crítica. 14ª
ed. São Paulo: Malheiros.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 42 ed. Malheiros Editores.
SOUZA, Washington Peluso Albino de. Direito Econômico. São Paulo. Saraiva.
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