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DEZ LIÇÕES DE

DIREITO ECONÓMICO

Luanda, Agosto de 2017


Miguel da Costa António Carvalho, Mestre em Direito 1
Objetivos:

Compreender a relação entre direito e economia em


função das três questões básicas da economia, o
que produzir, como produzir e para quem produzir?

O propósito é determinar e analisar o âmbito, o


conteúdo e o escrutínio jurídico das modelos da
organização das actividades económicas.
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PROGRAMA- Parte I.

1. Introdução:
Conceitos 2. A Noção de Direito
3. Conceito de
Económico e
Fundamentais Características das
Constituição
sobre Economia e Económica
suas Fontes
Direito

5. Os Problemas da
4. Estrutura de Organização Publica
Propriedade dos Meios da Economia e o
de Produção. Regime Sector
Empresarial Público.
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Programa-Parte II

6 – Os Instrumentos
Jurídicos e 7 -Liberalização da
8- Conceito e
Economia e
Económicos do privatização do sector
finalidades da
Intervencionismo Regulação Económica.
empresarial público.
Estatal.

10- A Politica e Defesa


9- A Regulação
a Concorrência: O
Económica Sectorial e
Sistema de Defesa da
Entidades Reguladoras
Concorrência em
Independentes.
Angola.

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Introdução ao Direito Economico

Conceitos A Intervenção dos


Fundamentais de Relação entre Poderes Públicos e
Economia e Direito Direito e Economia. a sua problemátiva
jurídica

Modelo Jurídico do Model oJurídico do Modelo Juridico do


Estado Liberal Estado Social Estado Regulador

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Relações entre Direito Economia

Objecto da Os indivíduos
Economia: procuram
dois Os efeitos da maximizar os
pressupostos Análise lei sobre as seus
• Os Recursos Económica acções dos interesses e a
São Escassos do Direito: indivíduos: lei pode ser
• Racionalidade Prémio ou vista como
Humana face a castigo. um prémio ou
escassez de
recursos. um castigo.

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Relações entre Direito Economia-

Escolha Pública.

Aplica os métodos da economia para analisar a politica e as práticas do


governo.

Parte da deia de que os indivíduos perseguem os seus próprios interesses


no processo político.

Critica a ideia de um Estado benevolente que agiria em nome de um


pretenso interesse público e denuncia a existência de falhas de governo.

Procura deslegitimar a intervenção dos poderes públicos ou circunscrevê-


la ao mínimo possível.

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“. Fundamentos do Direito Económico

Concepção Actualista de economia de mercado irredutível


às leis económicas;

Agentes económicos com capacidade de criar ou determinar o


conteúdo das fontes normativas da actividade económica.

Relações entre o sistema económico e os sistemas jurídico e


político.

Utilização de conceitos económicos nos conteúdos normativos.

Fenómeno Globalização e regionalização Economiaca. (e.g.


zona de comércio livre da SADC).

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A Intervenção dos Poderes Públicos

Economia Critério
Sistemas de planificada Economia de Marxista dos Propriedade Propriedade
Coordenação ou de Mercado modos de Colectiva. Privada.
económica: direccção Mista produção:
central

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Modelos de Estados .

O tipo ou Estado Liberal- Estado Social –


modelo de (Funções Intervencionismo Estado
Estado mínimas). Estatal( Regulador-
determina o Regulador e (liberalização
conteúdo do Pressuposto´: agente Económica e
Direito Liberdade económico)- O regulação).
económico: individual. bem colectivo.

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1.1 Noção de direito Económico

“Ordenação jurídica da organização


e direcção das actividades
económicas pelos poderes públicos e
Objecto de estudo: ou pelos poderes privados, quando
dotados de capacidade de editar
normas ou contribuir para a edição
de regras com carácter geral,
vinculativas dos agentes económicos”.

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Dto. Económico como Ramo de Direito

Tese Radical –não acrescenta novidade se comparado às


aos conteúdo normativos de outros ramos de direito.
Tese da Conglobação –Nova ordenação sistemática da
matéria jurídica.
Tese Tópica ou Unitária - Procura agregar temas
transversais a outros ramos de direito, analisados agora
numa óptica essencialmente macro e institucional- Nova
Economia Institucional

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Âmbito do Dto. Economico
Direito Internacional
Económico.
Fontes Normativas Direito Interno
Internacionais Economico:Fontes
normativas Internas: Lei em
Organizações Internacionais sentido Amplo.( distinguir
e regionais: OMC; direito administrativo da
SADC economia e direito da
economia
EU ou UA
-
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3. Direito Económico. Evolução Histórica -

2- Transição do Estado 3- Existência de um


1- Criação do Século XX Abstencionista para o Estado produtor e/ou
após à Primeira Guerra Estado Intervencionista empresário -Motivadas
Mundial. (Wellfare State). pelas Crises e Guerras
Múndias-

4. Movimento de 6.Crise Financeira


Liberalização económica 5-Fenómeno da Mundial de 2007-2010-
e desregulação (Anos 60 globalização económica. Crise Subprime
a 80) -Consenso de determina Novos
Washington. modelos regulatórios .

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4 Natureza do Dto Económico

Existe no D.E. uma


No D.E. há um apagamento confluência de normas de
da importância da distinção direito público e privado
entre direito público e direito provocada pelos fenómenos
privado. de privatização da esfera
pública e da publicização da
esfera privada.

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Objecto do Direito Económico

O que estuda o Direito económico?:


• “É o estudo das normas que dispõem sobre sobre as
organização económica do país tem por objeto a
fiscalização da atividade econômica .
• Compreende à intervenção do estado na economia,
a regulação económica e o “direito da concorrência”.

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Temas do Direito Economico
Delimitação dos
Constituição Sectores da
Económica. actividade
Económica.

Privatização.
Liberalização, Parcerias Públicas
Económica, privadas-
Regulação,
desregulação.
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Características do D. E

Fontes dispersas e heterógenas

Ampliação do âmbito das fontes tradicionais

Mobilidade e Mutabilidade

Privatização das Fontes

Declínio da coercibilidade
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5. Autonomia como ramo de Direito

MÉTODO-
OBJECTO - Interdisciplinaridade,
organização e analise económica do
direcção das direito, bottom up.
Pressupostos: actividades
económicas pelos
poderes públicos e
privados.

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Fontes de Dto. Económico Interno

Lei. Constituição.

Actos Normativos:
Leis, Decreto Regulamentos.
Presidencial
legislativo,
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6. Características das Fontes de D.E.

Complexidade e Dispersão e
Diversificação. Instabilidade

Pluralidade de fontes
( Públicas, Privadas, Influências
Hard Law V soft Internacionais.
Law).
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Novas fontes de Dto. Económico

Acordos de concertação

Soluções Contratualistas

Associações Profissionais-códigos de conduta.

Pareceres Técnicos.
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JURISPRUNDÊNCIA

As Decisões
emitidas Arbitragens. Sanções
pelos informais
Tribunais

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Doutrina

Opiniões de
Juristas –fonte
indirecta.
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Capitulo 2-
Constituição Económica

Regime Económico -
pressupostos:
• Estado democrático e de
direito.
• Pluralismo de expressão
e de organização
ORDEM POLÍTICA política.
FUNDAMENTAL DA • Separação e equilíbrio Regime Financeiro. Regime Fiscal.
ECONOMIA: de poderes dos órgãos
de soberania.
• Sistema económico de
mercado.
• Respeito e garantia dos
direitos e liberdades
fundamentais do ser
humano.

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Princípios Fundamentais:

Garantia geral dos


direitos e liberdades
Princípios de económicas.
Carácter Geral: • Valorização do trabalho.
• Dignidade humana.
• Justiça social,

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Princípios Fundamentais Específicos
Papel do Estado de regulador e Coordenador do Desenvolvimento económico

Livre iniciativa económica e empresarial

Economia de mercado baseada na Concorrência e moralidade e ética.

Respeito e protecção da propriedade e iniciativa privadas.

Função social da propriedade.

Redução das assimetrias regionais e desigualdades sociais.

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Concertação social.
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4- A Estrutura da Propriedade dos Meios de
Produção

De que depende a Quem são os titulares


Estrutura de Qual é a Estrutura de do direito de
Propriedade dos Propriedade Em propriedade dos
Meios de Produção Angola? meios de produção
de Um Pais? em Angola?.

Qual é oRegime Qual é Regime Críticas, comentários e


Jurídico aplicável ao Jurídico aplicável ao sugestões?
Sector Público? sector privado?

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Modelos de Organização
Económica

1- Modelo Monista: 2- Modelo Dualista.


• Tutela Absoluta da • Coexistência da Propriedade
Propriedade Privada: Pública e Privada-Economia
Capitalismo Liberal Mista.
• Abolição Total da Propriedade
Privada-Economia Socialista.

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Capitalismo Liberal

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Economia Socialista

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O Modelo Económico Dualista Angolano.

Respeito pela
propriedade privada Propriedade Pública Propriedade Pública
Originária da Terra- dos Recursos Naturas-
- Arts 14.º e 37.º da Art.15.º Art- 16.º
Constituição

Direito a livre Propriedade 92.º Sectores


iniciativa económica- intelectual Art. 42.º Economicos
Art-38.º

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Delimitação dos Sectores da Actividade
Económica

Reserva do Estado:
Sectores Económicos: 1. Absoluta.
1 Sectores público. 2. Relativa
2. Sector privado. 3. Controlo
3. Sector cooperativo

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Reservas do Estado

Reserva
Reserva Controlo:
Reserva Relativa.
Absoluta.
Conceito
Legal de
Reserva.
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Reservas Absolutas
Indústria de
Banco Central Guerra

Infra-estruturas Infra-estruturas
Portuárias e da rede básica
Aeroportuárias de
telecomunicações
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Reserva Relativa

Sector das águas Exploração de


Saneamento Sector Eléctrico para consumo Serviços
Básico Público. público. Portuários e
Aeroportuários

Transporte aéreo Infra-estruturas Exploração de


Transportes regular de que não integrem Recursos
Ferroviários. passageiros. a rede básica de Naturais(?).
telecomunicações.

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Reserva de Controlo

Infraestruturas de
Serviços Básicos Dimensão Local,
Postais quando
consitituem

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Sectores Económicos

Sector Sector Sector


Público: Privado. Cooperativo

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Sectores Económicos. Cont.
Lei n.º 5/02, de 16 de Abril – Conceitos Fundamentais:

Sectores Económicos

Reservas do Estado.

Sector Cooperativo.

Cooperativas.

Sector Comunitário.

Comunidades locais.

Comunidades Familiares.
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Regimes de acesso às actividades Económica

Conceitos Fundamentais: Reservas do Estado -


• Liberdade de Acesso às Propriedade / gestão
Actividades Económicas. dos meios de produção.
• Liberdade de Exercício das • Absoluta.
Actividades Económicas.
• Relativa.
• Controlo.

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O Sector Público

Estado: Estado:
Administração Directa. Administração Indirecta.
• Presidente da República. • Sector Empresarial Público
• Órgãos Auxiliares ( Ministérios) • Institutos Públicos.
• Governos Provinciais • Fundos Público.
• Adminsitrações Municipais e
Comunais.

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Sector Privado

Sociedades Comerciante
comerciais Sociedades em nome
Unipessoais Individual

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Estado- Administração directa

Presidente da Órgãos Auxiliares:


República 1-Órgãos Centrais
2-Órgãos Locais
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Órgãos auxiliares do PR

Órgãos Auxiliares:
Regime Jurídico: 1-Órgãos Colegiais
1-Artigo 108.º da Constituição; 2- Órgãos Singulares
2-Decreto Legislativo 3- Órgãos da Administração
Presidencial- n.º 3/17 de 13 de Pública
Outubro.

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Órgãos colegiais do PR

Conselho de Conselho Conselho de


Ministros: da Segurança
Const. art República, Nacional
134.º 135.º 136.º

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Órgãos Auxiliares Singulares do
PR

CHEFE DE ESTADO:
1- Ministro de Estado do
Desenvolvimento Económico e Social;
2-Casa de segurança; TITULAR DO PODER EXECUTIVO:
Departamentos Ministeriais.
3-Casa civil;
4Gabinete do PR;
5Secretária Geral do PR

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Função dos Departamentos
Ministeriais

Auxiliam o PR na
Governação e Dirigidos por
Administração dos Ministros e
sectores específicos coadjuvados por
da actividade Secretários dos Estado
económica e social.
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MINISTROS ANGOLANOS

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Ministérios
Ministério da Defesa Ministério do Interior Relações Exteriores
Nacional

Finanças Economia e Planeamento Administração do Território


e Reforma do estado

Administração Pública,
Justiça e Direitos Humanos Trabalho e Segurança Agricultura e Florestas
socialAntigos Combatentes
e Veteranos da Pátria

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Ministérios II
Recursos Minerais e Comércio Hotelaria e Turismo
Petróleos

Construção e Obras Ordenamento do Energia e


Públicas Território e Habitação ÁguasTransportes

Ambiente Pescas e Mar

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Ministérios III
Telecomunicações e
Tecnologias de Ministério do Ambiente Ministério do Comércio
Informação

Ministério do Ensino
Superior, Ciência e Comunicação Social Educação
Tecnologia e Inovação

Saúde Cultura Acção Social, Família e


promoção da Mulher

Juventude e Desportos Secretariado do


Conselho de Ministros

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Conselho de Ministros

Função: Composição: Comissões:


Formular, Executar e Presidente Económica; Economia
conduzir a política Vice-Presidente Real , Politica Social
geral do País e da Ministros de Estados
Administração
Pública. Ministros

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Governação Local
Conselho de Governação Local

Governos Provinciais

Administrações Municipais

Administrações Distritais e Comunais


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Administração Indirecta

Institutos Sector Fundos


Públicos Empresarial públicos
Público

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Regime dos Institutos Públicos
• 1- Decreto Legislativo Presidencial n.º 2/13, de 25 de Junho,
2- Estatuto Orgânico.
3-Normas de Procedimento Administrativo

Espécies:
Natureza Jurídica : 1- Serviços
1- Pessoa colectiva personalizados,
dotadas de Classificação:
personalidade 2- Estabelecimentos Económico/produtivo.
jurídica de direito públicos,
Administrativo/Social
público. 3- Agências e
4- Fundações
públicas

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Institutos Públicos II

Capacidade: Autonomia:
principio da Administrativa , Tutela e
especialidade financeira, superintendência
patrimonial

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Critérios de Gestão dos Intituos
Públicos

Instrumentos de gestão:
Autonomia de gestão: Plano de Actividades
Autonomia Financeira: responsabilidade dos anual plurianual;
Capacidade de Órgãos sujeito aos orçamento próprio;
arrecadação de limites dos poderes de Relatório de
receitas próprias. tutela e actividades; Balanço e
superintendência demonstração da
origem e aplicação de
fundos

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Tutela dos Institutos Públicos
Conteúdo:
Aprovação do plano e o
orçamento anual;
Âmbito:
Acompanhamento e avaliação dos
Sector da resultados da actividade;
Titularidade: Actividade
Executivo. económica ou Auditoria e fiscalização da
social actividade financeira;
especifico Suspensão, revogação e anulação
dos actos dos órgãos próprios de
gestão que violem a lei ou sejam
considerados inoportunos.

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Superintendência dos Institutos
públicos

Conteúdo:
Definir as linhas fundamentais e os
principais objectivos da actividade;
Designar os dirigentes; Indicar
Titularidade: Executivo: objectivos, estratégias, metas e critérios
de oportunidade politico administrativo;
Aprovar o Estatuto do pessoal e o
plano de carreiras; autorizar criações
de representações

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SECTOR EMPRESARIAL PÚBLICO:
Lei n.º 11/13 de 3 de Setembro;
Diplomas que aprovam o respectivo Estatuto Estatuto
Direito Privado

Empresas Empresas Com Participações


Públicas Domínio Público Públicas
Minoritárias

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Empresa Pública

Natureza: Superintêndência Tutela:


Classificação: do Executivo:
1-Pessoa Colectiva Ministro
de direito Pública. 1-Interesse 1-Supervisão da
Estratégico Responsável pelo
2- Qualificação Gestão. sector da
legal 2-Interesse 2- Controlo da actividade da
Públicoco legalidade empresa.
3 Capital Estatal

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Gestão das Empresas Públicas

Autonomia: Critérios:
1-Administrativa. 2- 1-Eficiência económica.
Governo :
Financeira. 2- Gestão por
1-Conselho de objectivos,
3-Patrimonial. Administração;
4- Gestão e 3-Principio da eficácia.
2- Conselho Fiscal
Rentabilidade 4-Concorrência
Económica. 5- Transparência

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Empresas Com domínio Público

Natureza: Direitos Accionista:


Classificação:
1- Pessoas colectivas 1- Exercicio dos direitos
de direito público. 1- Interesse do voto.
Estratégico. 2Designação/destituiçao
2- Criada ao abrigo 2- Interesse Público. dos Órgãos de gestão e
da Lei das S. Com. Fiscalização.

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Gestão das Empresas Com
dóminio Pública

Autonomia: Governo : Critérios:


1-Administrativa. 2- 1-Fixadas ao abrigo da 1-Eficiência económica.
Financeira. Lei das Sociedades 2- Gestão por
Comerciaias. objectivos,
3-Patrimonial. 2- Outros Òrgãos
4- Gestão e Deliberativos 3-Principio da eficácia.
Rentabilidade 3- Conselho Fiscal / 4-Concorrência
Económica. Fiscal ùnico 5- Transparência

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Empresas com Participação
Minoritária

Direitos Accionistas-
Natureza: 1-Regime aplicável
Sociedades às sociedades
comerciais em que o Cassificação: comerciais.
Estado não tem irrelevante. 2-Limitada a
qualquer influencia. participação pública.
3-Ministerio/SEP

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Função Accionista

Ministro responsável
pelo sector
empresarial público.
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As Nacionalizações E Confiscos

Saneamento Economico
Regime Jurídico: e Financeiro:
Determinantes:
Constituição de 1978; Lei das Actividades
1- Economia socialista; Económicas.
2 - Propriedade Lei n.º 3/76, de 3 de
Março. Lei da Planificação.
Socialista,
- Lei n.º 43/76, de 19 Lei Planificação.
de Junho Lei do Sistema
Financeiro

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Liberação e Privatizações

Regime Jurídico:
Determinantes: Lei n.º 10/94, de 31 de
Agosto;
Liberalização e Economia
de mercado. Lei n.º 8/03, de 18 de Estagio actual das
Abril; Privatizações: Em curso.
Falhas do Governo.
Programa Nacional de
Eficiência económica. Privatizações.

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Modalidades Jurídicas do
Processo de Privatização

Alienação
Alienação Participação Aumento do
dos Activos Social capital
Sociedades social”.
Comerciais

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Parcerias Público-privadas

Instrumentos
Determinates: Jurídicos Fórmulas
Regime Jurídico: Lei Contratuais:
1-Alternativas de n. 2/11, de 14 de Contratuais:
financiamento Janeiro- regras 1-Concessão de 1-Build Operate
público. relativas à Obras Públicas. and transfer –BOT;
2-Capacidade de realização de 2-Concessão 2-Design Build and
gestão dos concurso público, Serviços públicos. Operate- DBO
privados. adjudicação e
fiscalização das 3-Fornecimento 3- Buil Own
3-Repartição do PPPs Continuo. Operate and
risco Transfer- BOOT
4-Gestão.

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Regulação: Conceito,
Modalidades e Finalidades

Modo de concretização:
Perspeciva Estatal: 1- Imposição de regra pelo
Todas as formas de Estado na actividade
controlo ou influência social, Conjunto de actividades do económica.
resultantes da acção do Estado destinadas a 2-Incentivos sob a forma de
Estado ou de mecanismos influenciar /controlar impostos ou de subsídios,
de mercado. comportamentos económicos
e sociais. 3-Processos de
fornecimento de
informação, etc.

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Finalidades da Regulação

Conceito de Falhas de mercado:


1-Bens Públicos,
Teoria do Interesse Público:
2-Monopólio Natural,
A Regulação visa a correcção das
falhas do Mercado 3-Externalidades,
4- Risco e Incerteza;
5-Informação Imperfeita ou
Assimétrica

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Teoria Da Captura

Consequencia: Objectivo:
Captura dos
Reguladores Regulação Partilha do
pelo desenhada a Lucro
Regulados: favor dos Monopolista
regulados

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Modalidades da Regulação

Regulação Regulação
económica Social

Regulação Regulação
Sectorial Transversal
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10-Defesa da Concorrência

Modelo Europeu:
Modelo Americano: Fiscalização
Criminalização do Administrativa: Medidas
monopólio comportamentais ou
Estruturais.

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Direito da Concorrência

Proibição das práticas


restritivas da
concorrência: --
Monopólios,
Cartéis, Abuso da posição Controlo das Auxílios dos Estado
Preços predatórios, dominante concentrações
Preços discriminatórios,
Restrições Verticais,
Restrições horizontais.

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