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ECONÔMICO
Introdução ao Direito Econômico.
Ordem Econômica
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO ECONÔMICO
Introdução ao Direito Econômico. Ordem Econômica
Natalia Braga
Apresentação..................................................................................................................3
Introdução ao Direito Econômico. Ordem Econômica......................................................5
1. Liberalismo..................................................................................................................5
2. Intervencionismo. ........................................................................................................ 7
2.1. O Keynesianismo.......................................................................................................8
2.2. O Welfare State. .......................................................................................................8
3. Principais Críticas ao Liberalismo................................................................................9
4. Novas Regulações Jurídicas e Revisão de Dogmas do Liberalismo..............................9
5. Noções Introdutórias................................................................................................. 10
5.1. Conceito e Finalidade do Direito Econômico............................................................ 10
6. Política Econômica Estatal......................................................................................... 11
7. O Direito Econômico como Direito Público................................................................. 12
8. Micro e Macroeconomias........................................................................................... 13
9. Identificando os Sujeitos da Atividade Econômica..................................................... 16
10. Os Principais Sistemas Econômicos..........................................................................17
10.1. Capitalismo........................................................................................................... 18
10.2. Socialismo........................................................................................................... 20
11. Caracterizando as normas de Direito Econômico......................................................22
Resumo.........................................................................................................................35
Jurisprudência...............................................................................................................46
Questões de Concurso.................................................................................................. 60
Gabarito....................................................................................................................... 69
Gabarito Comentado. .....................................................................................................70
Referências.................................................................................................................. 89
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Introdução ao Direito Econômico. Ordem Econômica
Natalia Braga
Apresentação
Olá, querido(a) aluno(a)!
Meu nome é Natália Riche e leciono Direito Financeiro e Econômico no Gran Cursos. Será
um prazer acompanhá-lo durante essa árdua (e recompensadora) trajetória. Minha história
no ramo dos concursos públicos é concisa: após me formar em direito, fui aprovada no con-
curso de Analista do MPU e, antes de ser convocada, fui aprovada no concurso de Procurador
da Fazenda Nacional (PGFN).
Atuo na PGFN há mais de seis anos, três deles na divisão de defesa da 1a instância da
Procuradoria Regional da Fazenda Nacional da 1ª região em Brasília (onde exerço o cargo de
chefe há mais de 2 anos).
A primeira observação que quero deixar registrada é que no mundo dos concursos cada
trajetória é única, mas o objetivo final é sempre o mesmo e, por isso, você deve se preparar
com antecedência, perseverança e muita dedicação. Sempre gosto de dizer que não importam
quantos concorrentes você tenha, o maior desafio é vencer a si mesmo. Cansaço, desânimo,
falta de tempo e, principalmente, falta de um material adequado são os maiores percalços no
caminho de quem busca a aprovação.
Aqui no Gran, o nosso compromisso é trazer um material completo e atualizado. Nossa
proposta também inclui abranger todo o conteúdo cobrado nas provas mais recentes de Ma-
gistratura, Ministério Público e Procuradorias, com comentários detalhados das principais
bancas.
Vamos debater questões atuais e disponibilizar outras essenciais para memorização e
compreensão da matéria.
O Direito Econômico não é uma disciplina muito conhecida pelos alunos, mas o tema é
cobrado em todos os concursos para Procuradorias federais e estaduais, Magistratura, Mi-
nistério Público e, desse modo, não pode ser menosprezado.
Pela análise de inúmeras provas da matéria, fica muito claro que nosso estudo deverá se
pautar basicamente em dois pontos básicos: Ordem Econômica na Constituição Federal e Lei
Antitruste.
Você notará que alguns temas exigem a transcrição de artigos (a intenção é que você
realmente decore os principais) e, em outras aulas, recorreremos a uma vasta jurisprudência.
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Como já ressaltado, a grande maioria das questões se refere às disposições da Lei Anti-
truste, seguida de alguns aspectos constitucionais.
Nesse caso, o foco também tem sido muito mais na legislação do que em aspectos dou-
trinários e jurisprudenciais, entretanto, a jurisprudência aparece em peso quando tratamos de
competência legislativa.
Por fim, lembre-se de que a extensão dos editais, a dificuldade das questões e a concor-
rência não devem assustar os candidatos, pois ninguém precisa saber tudo ou ser o melhor
para ser aprovado, pois os que permanecem no caminho muitas vezes são os mais persisten-
tes e que acreditam em si mesmos.
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1. Liberalismo
Os liberalistas acreditavam que quanto maior fosse o nível de liberdade garantido aos
agentes privados no desempenho de suas atividades econômico-comerciais (leia-se livre ini-
ciativa), maior seria o crescimento da economia de um país.
Nesse contexto, admitia-se a intervenção do Estado na economia de forma bastante re-
duzida (alguns autores inclusive classificam o Liberalismo Econômico como não intervencio-
nista).
Ainda que o Liberalismo tenha algumas nuances (que fogem ao escopo dos nossos es-
tudos) podemos defini-lo, em linhas gerais, como a corrente de pensamento que defende que
os fenômenos econômicos devem ser regidos por leis quase tão precisas quanto as leis das
ciências físicas e da natureza, razão pela qual a intervenção estatal apenas tenderia a pertur-
bar a “ordem natural” da economia.
Abaixo, segue uma breve síntese dos principais pensamentos que se destacaram na épo-
ca.
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Determinar as leis que regem a distribuição do produto total da terra entre as três classes, o pro-
prietário da terra, o dono do capital necessário para seu cultivo e os trabalhadores, que entram com
o trabalho para o cultivo da terra1.
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• Teoria das Vantagens Comparativas: trata da especialização de mão de obra pelos paí-
ses em relação aos bens em que havia maior vantagem comparativa, o que aumentaria
o proveito econômico das nações envolvidas. Tal pensamento serviu de substrato teó-
rico para várias teorias acerca do comércio internacional;
• Teoria do Valor Trabalho: defende que o trabalho utilizado na produção das mercado-
rias é que define seu valor.
2. Intervencionismo
O modelo liberal fundamentou o funcionamento da economia até o final do século XIX,
quando as suas deficiências foram se tornando cada vez mais evidentes. Isso acabou levan-
do os Estados a procurarem desenvolver regulações sistemáticas para as atividades econô-
micas, dando início à intervenção estatal.
Vamos conferir os dois exemplos que são mais cobrados nas provas.
Modelo europeu: o Estado atuava apenas para adquirir novas colônias como forma de
garantir mercado para as indústrias de seu país e obter insumos baratos para sua produção
industrial.
Conforme os territórios a serem conquistados foram se tornando escassos, esse mode-
lo de capitalismo imperialista foi chegando a seu limite, ao mesmo tempo que os conflitos
entre potências europeias em busca de novas colônias aumentavam (especialmente entre
países que haviam iniciado anteriormente sua expansão colonial e países cuja expansão co-
lonial ocorreu de forma tardia, como a Alemanha), desembocando posteriormente na Primeira
Guerra Mundial.
Modelo norte-americano: a livre concorrência cede espaço a um número cada vez maior
de monopólios (com destaque para John Rockfeller, na indústria do querosene e da gasolina,
e Andrew Carnegie, na indústria do aço).
Essa situação levou ao surgimento do Sherman Act - uma Lei Antitruste que busca evi-
tar a exploração dos trabalhadores, bem como a elevação exacerbada de preços. Todavia,
a dissolução dos monopólios gerou grande circulação das ações de empresas, o que se mos-
trou problemático, haja vista que à época não havia uma regulação devidamente estabelecida
para o mercado financeiro.
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Daí resultaram crises econômicas, com destaque para a queda da bolsa de Nova Iorque
em 1929.
A partir dos dois modelos acima, podemos chegar a duas conclusões que prevaleceram
no final do século XIX e início do XX. A primeira delas é a de que o mercado não é capaz de re-
gular a si mesmo, e a segunda impõe que alguma intervenção do estado na economia, mesmo
que seja regulatória, faz-se necessária.
Aparecem, nesse contexto, as primeiras tentativas sistemáticas de intervenção do Estado
na economia:
2.1. O Keynesianismo
Nos Estados Unidos pós-crise de 1929, ganharam força as teses de John Maynard Ke-
ynes, que buscava corrigir as falhas de mercado por meio da intervenção estatal. Caberia ao
Estado atuar como indutor do crescimento com vistas a conduzir o país ao pleno emprego.
2.2. O Welfare State
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Certo.
De fato, John Maynard Keynes defendia a tese de que as falhas de mercado seriam corrigidas
por meio da intervenção estatal. Caberia ao Estado atuar como indutor do crescimento com
vistas a conduzir o país ao pleno emprego, portanto os níveis de emprego e de desenvolvi-
mento socioeconômico devem-se muito mais às políticas públicas implementadas pelo go-
verno do que a outros fatores.
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5. Noções Introdutórias
Sistema normativo voltado à ordenação do processo econômico mediante a regulação, sob o pon-
to de vista macrojurídico, da atividade econômica, de sorte a definir uma disciplina destinada à
efetivação da política econômica estatal2.
2
GRAU, Eros Roberto. A ordem econômica na Constituição de 1988: interpretação e crítica. 14ª edição ed. São Paulo,
Malheiros.
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Essa definição torna claro que o Direito Econômico cuida das normas que serão aplicadas
pelo Estado nas práticas econômicas. Tal intervenção estatal na liberdade dos cidadãos po-
derá ocorrer de diferentes formas, incluindo:
• meios de políticas de intervenção no domínio econômico;
• regulação;
• fiscalização e participação estatal na atividade econômica;
• disciplina das relações de dominação, como os monopólios e a tutela dos sujeitos des-
sas relações, coibindo condutas ilícitas dos agentes econômicos.
Conjunto normativo que rege as medidas de política econômica concebidas pelo Estado, para dis-
ciplinar o uso racional dos fatores de produção, com o fito de regular a ordem econômica interna
e externa4.
3
BENSOUSSAN, Fábio Guimarães. Manual de Direito Econômico. 2 ed. Ed. JusPodivm, 2016.
4
FIGUEIREDO, Leonardo Vizeu. Lições de Direito Econômico. 6.ed. Rio de Janeiro, Forense, 2013.
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Sistema normativo voltado à ordenação do processo econômico mediante a regulação, sob o pon-
to de vista macrojurídico, da atividade econômica, de sorte a definir uma disciplina destinada à
efetivação da política econômica estatal.
Veja que a atividade econômica está relacionada com a organização dos fatores de pro-
dução (capital, trabalho, tecnologia) para produzir bens, visando a satisfação de necessida-
des públicas.
Em outras palavras, trata-se da ação destinada a produzir, distribuir ou consumir riquezas
e desse modo satisfazer determinadas necessidades.
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8. Micro e Macroeconomias
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Exemplo: controle da produção de moeda por meio da taxa de juros e da limitação de crédito.
• Instrumento cambial: relacionado ao valor da moeda nacional perante as moedas es-
trangeiras.
Por sua vez, a Microeconomia trata das secções do sistema produtivo, ou seja, de merca-
dos e setores individualizados e específicos. Seus principais expoentes foram John Hicks e
Paul Samuelson.
O foco da análise se direciona à formação de preços e quantidades ofertadas e consumi-
das de um determinado bem em um mercado específico. Os direitos regulados são, portanto,
subjetivos e individuais.
Existem muitos termos utilizados nessa parte de nossa matéria que não são tão familia-
res aos alunos. Assim, para evitar que você seja surpreendido na prova, destacarei abaixo os
principais conceitos utilizados em Microeconomia:
• Teoria da empresa ou da firma: estuda o comportamento do setor de produção, bus-
cando definir os preços e quantidades ofertadas e consumidas de um determinado
bem. Em outras palavras, estuda a forma de proceder da sociedade empresária ao de-
senvolver a sua atividade produtiva para a produção de bens ou de serviços com mais
eficiência;
• Teoria do consumidor ou da escolha: estuda a tomada de decisões dos consumidores,
considerando a existência de restrições orçamentárias e de mudanças em seu ambien-
te;
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• Teoria do Ótimo Econômico (Ótimo de Pareto): elaborada pelo economista italiano Vil-
fredo Pareto, busca indicar um estado de eficiência máxima dos sistemas por meio da
melhor alocação possível de recursos.
O equilíbrio de Pareto é atingido quando se chega a um ponto no qual para que um dos en-
volvidos no sistema cresça economicamente, o outro será obrigatoriamente prejudicado. Em
outras palavras, a melhora de um agente culminará necessariamente com a piora do outro.
Para nossa matéria, esse conceito é suficiente. Deixo apenas registrado que a ideia de
eficiência defendida por essa teoria não está relacionada a questões de equidade, portanto,
a alocação eficiente de recursos não é sinônimo de uma alocação equânime entre os agentes.
• Concorrência perfeita: existem vários produtores e consumidores de um determinado
bem, mas nenhum deles tem poder econômico para que, individualmente, interfira na
quantidade ou no preço da oferta e demanda do produto;
• Concorrência imperfeita: existem um ou alguns poucos produtores de um lado da ofer-
ta e um ou alguns poucos produtores do lado da demanda. Esse ponto será estudado
em aula específica quando tratarmos dos conceitos de oligopólio, monopólio etc.;
• Elasticidade da demanda: variação da quantidade consumida de um determinado bem,
diante da variação de seu preço. Uma demanda elástica possui uma grande variação
de quantidade.
Macroeconomia Microeconomia
Principais autores John Maynard Keynes John Hicks e Paul Samuelson
Mercados e setores individualizados e
Conceito Todos os setores da economia em conjunto
específicos
Teoria da empresa
Instrumentos:
Teoria do Consumidor
Fiscal
Pontos importantes Ótimo de Pareto
Monetáriowz
Concorrência perfeita e imperfeita
Cambial
Elasticidade da demanda
Análise de recessões; mudanças da taxa Mercado de algodão: custos de produção,
Exemplos de desemprego ao longo do tempo; nível de número de produtores, análise de fusão
juros; carga tributária. de duas empresas.
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O Direito Econômico é o ramo do Direito que tem por objeto a juridicização, ou seja, o tratamento
jurídico da política econômica e por sujeito, o agente que dela participe5.
5
SOUZA, Washington Peluso Albino de. Direito Econômico. São Paulo, Saraiva.
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10.1. Capitalismo
Esse sistema encontra fundamento na propriedade privada, na livre-iniciativa e na liber-
dade de concorrência.
Os agentes têm a propriedade dos meios de produção e a liberdade para tomar as deci-
sões econômicas (o que, como e para quem produzir), sendo que o limite dessa liberdade é
dado pelo próprio mercado (sistema de livre mercado).
É claro que existem variações dentro do sistema capitalista, podendo preponderar a ini-
ciativa privada (EUA), iniciativa dual _com exploração da economia pela iniciativa privada e
papel relevante do Estado (Brasil) e iniciativa dual _ com atuação preponderante do Estado
(Dinamarca).
No caso brasileiro, dispõe o artigo 173 da Constituição Federal:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade eco-
nômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
Com base no artigo acima, podemos dizer que, em nosso país, a atividade econômica é
explorada pela iniciativa privada, cabendo ao Estado três casos.
Previsão de casos específicos na própria CF:
• Art. 21, XII:
– serviços de radiofusão sonora de sons e imagens;
– serviços e instalações de energia elétrica e aproveitamento energético dos cursos
de água;
– navegação aérea, aeroespacial e infraestrutura aeroportuária;
– serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras
nacionais ou que transponham limites do estado ou território;
– serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
– portos marítimos, fluviais e lacustres.
• Art. 177:
– pesquisa e lavra do petróleo,refinação do petróleo nacional e estrangeiro;
– importação e exportação dos produtos e derivados das atividades anteriores;
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Errado.
O Estado e o indivíduo atuam na exploração da atividade econômica. Além disso, o princípio
da livre iniciativa, que vige em nosso ordenamento jurídico, é uma das bases do capitalismo:
modelo de sistema econômico baseado na propriedade privada e no capital.
Também é imprescindível que você conheça o artigo 170 da CF, que dispõe que a ordem
econômica será regida pela livre iniciativa, propriedade privada e pela livre concorrência, dei-
xando claro que foi adotado o sistema de produção capitalista fundado na livre iniciativa e na
apropriação privada dos meios de produção.
Conforme ensina José Afonso da Silva:
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10.2. Socialismo
Quando falamos em socialismo, devemos ter em mente que a iniciativa é pública e que a
propriedade privada é substituída pela propriedade coletiva dos meios de produção.
Podemos dizer que as características do socialismo e do capitalismo se contrapõem, mas
isso não nos permite concluir que a mera supressão da livre iniciativa e da apropriação priva-
da dos meios de produção são suficientes para que tenhamos um modelo socialista.
Explico. No modelo socialista, a supressão da propriedade privada dos meios de produção
é realizada em proveito dos próprios trabalhadores. Caso contrário, não teremos socialismo,
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mas uma espécie de sociedade pós-capitalista com um modo de produção diverso, conheci-
do como estatismo ou modo de produção estatista (expressão utilizada por José Afonso da
Silva), no qual os meios de produção são dominados pelo Estado.
Sistemas econômicos
Capitalismo Socialismo
supressão da propriedade privada dos meios de pro-
propriedade privada e livre iniciativa
dução em proveito dos próprios trabalhadores
Brasil: capitalismo com viés social
Exploração da atividade econômica pelo Estado
casos previstos na própria Consti-
relevante interesse coletivo segurança nacional
tuição (arts. 21, XII e 177)
Prestação direta da atividade econômica pelo Estado (arts. 21, XII e 177 da CF).
Art. 21, XII
- serviços de radiofusão sonora de sons e imagens;
- serviços e instalações de energia elétrica e aproveitamento energético dos cursos de água;
- navegação aérea, aeroespacial e infraestrutura aeroportuária;
- serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais ou que transpo-
nham limites do estado ou território;
- serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
- portos marítimos, fluviais e lacustres.
Art. 177
- Pesquisa e lavra do petróleo,refinação do petróleo nacional e estrangeiro;
- Importação e exportação dos produtos e derivados das atividades anteriores.
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• Constituição Federal;
• Leis ordinárias;
• Tratados Internacionais;
• Normas infralegais: decretos, portarias.
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A dinamicidade da economia também exige que as normas sejam flexíveis, móveis e mu-
táveis.
Ressalta-se, inclusive, que existem várias exceções ao princípio da legalidade, com o in-
tuito de adequação à realidade econômica (instável e dinâmica).
Para facilitar a compreensão do tema, cito dois exemplos:
CTN
Art. 41, O Poder Executivo pode, nas condições e nos limites estabelecidos em lei, alterar as alí-
quotas ou as bases de cálculo do imposto, a fim de ajustá-lo aos objetivos da política cambial e do
comércio exterior.
Outra característica peculiar das normas de Direito Econômico é o fato de, em regra, bus-
carem estimular a realização de uma determinada atividade pelos agentes por meio do ofere-
cimento de uma recompensa ou prêmio (Direito premial).
Veja que o mais comum é que as normas de outros ramos do direito busquem punir o
agente que não realiza determinada conduta (sanção negativa).
Dadas as peculiaridades da nossa matéria, por vezes, é mais indicado que se estimule a
realização de determinada conduta (sanção positiva). Para isso, existem diversas formas de
incentivos fiscais, estímulos à determinado tipo de indústria, abertura de linhas de crédito,
redução de impostos ou alíquotas etc.
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A regra que confia privativamente à União legislar sobre ‘sistema monetário’ (art. 22,
VI) é norma especial e subtrai, portanto, o direito monetário, para esse efeito, da esfera
material do direito econômico, que o art. 24, I, da CR inclui no campo da competência
legislativa concorrente da União, do Estados e do Distrito Federal (STF-RE 291.188-DJ
em 14/11/02).
Uma observação semelhante a que fazemos nas aulas de Direito Financeiro é cabível nes-
se momento, pois pela interpretação literal do art. 24, I, os municípios não teriam competência
concorrente para legislar sobre Direito Econômico.
Essa afirmação também se sustenta no fato de que não cabe legislação suplementar mu-
nicipal que trate de normas gerais, pois nos termos do art. 24, §3, tais normas somente poderão
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ser federais ou estaduais. Assim, a competência do município não seria autônoma, pois su-
plementará uma lei prévia da União ou dos estados.
A maioria da doutrina entende que, embora a Constituição não mencione os munícipios no
caput do artigo 24, eles podem legislar sobre Direito Econômico, baseando-se em uma inter-
pretação sistemática do art. 30, II, da CF que dispõe que compete aos municípios suplementar
a legislação federal e estadual no que couber.
A controvérsia é grande, inclusive entre as bancas examinadoras. O Cespe e a FGV consi-
deraram erradas as assertivas que negavam competência concorrente aos municípios. Por-
tanto, se houver uma questão objetiva mais bem elaborada ou uma questão subjetiva, lem-
bre-se da divergência doutrinária.
Vamos agora falar das normas gerais. Pois bem, o art. 24, §1 dispõe que, no âmbito da
legislação concorrente, a União estabelecerá normas gerais sobre a matéria.
E qual a função dessas normas?
Possibilitar a unidade federativa no tratamento das matérias previstas no artigo 24. En-
tretanto, nada impede que certas matérias sejam reguladas de forma específica no âmbito
federal.
Desse modo, a competência da União para editar normas gerais não afasta sua compe-
tência própria para suplementar tais normas no âmbito de sua atuação funcional e geográfica.
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Competência
Concorrente (art. 24) Privativa da União (art. 22)
União (normas gerais ou específicas no âmbito de sua
atuação geográfica) Prevalece sobre a regra geral (competência concor-
Estados e DF rente).
Município (maioria da doutrina)
águas, energia, informática, telecomunicações e radio-
difusão;
serviço postal;
sistema monetário e de medidas, títulos e garantias
dos metais;
política de crédito, câmbio, seguros e transferência de
valores;
comércio exterior e interestadual;
Direito Econômico diretrizes da política nacional de transportes;
Produção e consumo regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marí-
tima, aérea e aeroespacial;
trânsito e transporte;
jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
sistemas de poupança, captação e garantia da pou-
pança popular;
sistemas de consórcios e sorteios;
atividades nucleares de qualquer natureza;
propaganda comercial.
Para finalizar esse tema, há outras observações relevantes que, embora sejam “velhas
conhecidas” dos concurseiros, continuam aparecendo em algumas provas:
art. 24, § 2º: a competência da União não exclui a competência suplementar dos estados e do DF.
art. 24, § 3º: se não existirem normas gerais estatuídas pela União, os estados e o DF exercerão a
competência legislativa plena.
art. 24, § 4º: a superveniência da lei federal suspenderá a eficácia da lei estadual ou distrital, no
que lhe for contrária.
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• Produção e consumo;
Exemplo: leis que tratam da inclusão de devedores em cadastros de proteção ao crédito (com-
petência suplementar estadual).
Lei estadual pode impor que as agências bancárias instalem divisórias individuais nos
caixas de atendimento. Trata-se de matéria relativa à relação de consumo, o que garante
ao Estado competência concorrente para legislar sobre o tema (art. 24, V, da CF/88) (STF.
Plenário-ADI 4633/SP, julgado em 10/04/2018).
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Para finalizar esse inciso, não confunda a competência legislativa privativa com a compe-
tência material exclusiva prevista no art. 21.
Art. 21, XI – compete exclusivamente à União explorar, diretamente ou mediante autorização, con-
cessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a
organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais
XII – b - é competência administrativa exclusiva da União “explorar, diretamente ou mediante auto-
rização, concessão ou permissão os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento
energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hi-
droenergéticos”.
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– Principal julgado:
◦ é inconstitucional a lei municipal que proíbe entrega em determinado horário, sob
pena de multa e cancelamento do alvará de funcionamento: competência priva-
tiva da união para legislar e administrar serviço postal (STF-ADPF 222-DJ em
02/10/19);
• Sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais (inciso VI):
– Principal julgado:
◦ a alteração do padrão monetário envolve necessariamente a fixação do critério
de conversão para a moeda: competência privativa da União para legislar sobre
sistema monetário (STF-RE 291188/RN-DJ em 14/11/02).
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Para finalizar esse inciso, não confunda a competência legislativa privativa com a compe-
tência material exclusiva prevista no art. 21.
Art. 21, XII – Compete exclusivamente à União explorar, diretamente ou mediante autorização, con-
cessão ou permissão:
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infraestrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais,
ou que transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres.
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Outros temas relevantes: segue abaixo mais uma seleção de julgados e temas relevantes
para o nosso estudo. A exemplo da Súmula Vinculante 49 (a grande campeã nas provas), to-
dos são cobrados de modo recorrente nos concursos públicos.
Fixação de distância mínima para instalação de farmácias e drogarias: interesse local
(STF-ADI 2327/SP, DJ em 22/08/03).
Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de esta-
belecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.
Não confunda!
No que se refere à limitação da distância entre postos de gasolina, o STF entende que é possí-
vel a fixação, por lei municipal, de distância mínima entre postos de revenda de combustíveis,
por motivo de segurança, inexistindo ofensa aos princípios constitucionais da livre iniciativa
e da livre concorrência (STF-AGRE717883).
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Errado.
Pois contraria a Súmula Vinculante n. 38.
Errado.
Conforme vimos na aula de hoje, o item está incorreto, pois contraria o julgado do STF de
09/05/19 (RE 1054110/SP).
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RESUMO
Esta seção é destinada à revisão dos principais pontos tratados em aula. A primeira parte
traz a revisão por meio de perguntas e palavras-chave, na segunda parte, há tabelas e dese-
nhos esquemáticos.
Escolha qual a sua melhor maneira de fixar a matéria e mãos à obra!
• Antiguidade:
– não se falava em economia como ciência ou em Direito Econômico propriamen-
te dito.
• Liberalismo:
– intervenção do Estado na economia de forma bastante reduzida;
– Fisiocratas, Adam Smith (mão invisível), David Ricardo.
• Intervencionismo:
– buscava corrigir as falhas de mercado por meio de uma maior intervenção estatal
(Keynes).
Sistema normativo voltado à ordenação do processo econômico mediante a regulação, sob o pon-
to de vista macrojurídico, da atividade econômica, de sorte a definir uma disciplina destinada à
efetivação da política econômica estatal8.
8
GRAU, Eros Roberto. A ordem econômica na Constituição de 1988: interpretação e crítica. 14ª edição ed. São Paulo,
Malheiros.
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Exemplo: controle da produção de moeda por meio da taxa de juros e da limitação de crédito.
• Cambial: relacionado ao valor da moeda nacional perante as moedas estrangeiras.
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Art. 21, XII:
◦ serviços de radiofusão sonora de sons e imagens;
◦ serviços e instalações de energia elétrica e aproveitamento energético dos cursos
de água;
◦ navegação aérea, aeroespacial e infraestrutura aeroportuária;
◦ serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras
nacionais, ou que transponham limites do estado ou território;
◦ serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
◦ portos marítimos, fluviais e lacustres.
Art. 177:
◦ pesquisa e lavra do petróleo, refinação do petróleo nacional e estrangeiro;
◦ importação e exportação dos produtos e derivados das atividades anteriores.
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• Constituição Federal;
• Leis Complementares:
– Desenvolvimento regional (art. 43, §1);
– Sistema Financeiro Nacional (art. 192);
– Tratamento favorecido a pequenas empresas (art. 146, III, d).
• Leis ordinárias;
• Tratados internacionais;
• Normas infralegais:
– Decretos;
– Portarias.
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JURISPRUDÊNCIA
A regra que confia privativamente à União legislar sobre ‘sistema monetário’ (art. 22,
VI) é norma especial e subtrai, portanto, o direito monetário, para esse efeito, da esfera
material do direito econômico, que o art. 24, I, da CR inclui no campo da competência
legislativa concorrente da União, do Estados e do Distrito Federal (STF-RE 291.188-DJ
em 14/11/02).
Art. 1º, caput e § 1º, da Lei n. 5.934, de 29-3-2011, do Estado do Rio de Janeiro, o qual
dispõe sobre a possibilidade de acúmulo das franquias de minutos mensais ofertados
pelas operadoras de telefonia, determinando a transferência dos minutos não utilizados
no mês de sua aquisição, enquanto não forem utilizados, para os meses subsequen-
tes. Competência privativa da União para legislar sobre telecomunicações. Violação do
art. 22, IV, da CF (ADI 4649 MC, DJ em 21/11/11).
Lei estadual que disponha sobre bloqueadores de sinal de celular em presídio invade a
competência da União para legislar sobre telecomunicações (ADI 4861, DJ em 03/08/16).
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confere à União a competência privativa para legislar sobre o tema. O artigo 233 da CRFB,
a seu turno, normatiza a forma de outorga das concessões, permissões e autorizações
para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens. A centralização da regula-
ção da radiodifusão no âmbito da União se justifica pela a necessidade de administra-
ção racional do espectro de radiofrequência, cuja exploração econômica não é ilimitada.
A Lei Federal n. 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, instituiu o Serviço de Radiodifusão
Comunitária, definido como a radiodifusão sonora, em frequência modulada, operada
em baixa potência e cobertura restrita, outorgada a fundações e associações comuni-
tárias, sem fins lucrativos, com sede na localidade de prestação do serviço (artigo 1º).
O Decreto 2.615/1998, que aprova o Regulamento do Serviço de Radiodifusão Comuni-
tária, assenta, em seu artigo 9º, competir ao Ministério das Comunicações o estabeleci-
mento das normas complementares do RadCom, indicando os parâmetros técnicos de
funcionamento das estações, bem como detalhando os procedimentos para expedição
de autorização e licenciamento; a expedição do ato de autorização para a execução do
Serviço; e a fiscalização da execução do RadCom, em todo o território nacional, no que
disser respeito ao conteúdo da programação, nos termos da legislação pertinente. In
casu, é formalmente inconstitucional a Lei n. 416/2008, do Município de Augustinópo-
lis/TO, que autoriza o Poder Executivo Municipal a conceder a exploração do Serviço
de Radiodifusão Comunitária no âmbito do território do Município, mercê da inexistên-
cia, na sistemática jurídico-constitucional atual, de espaço para que o legislador local
busque tratar geral e abstratamente sobre o tema da exploração do Serviço de Radio-
difusão Comunitária (ADPF 235, rel. min. Luiz Fux, j. 14-8-2019, P, DJE de 30-8-2019).
[...] lei do Estado do Rio Grande do Sul que isenta trabalhadores desempregados do
pagamento do consumo de energia elétrica e de água pelo período de seis meses. Con-
figurada violação aos arts. 21, XII, b; 22, IV e 30, I e V, CF, pois a lei estadual afronta
o esquema de competências legislativa e administrativa previsto na Constituição (ADI
2.299, rel. min. Roberto Barroso, j. 23-8-2019, P, DJE de 13-12-2019).
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autorização contida na lei federal. [...] Observem caber à União legislar privativamente
sobre transporte – e, a meu ver, aí se encontra inserido o transporte de cargas perigo-
sas, como o amianto – e sobre comércio interestadual e internacional. Reparem inexistir
lei complementar delegando aos Estados a disciplina do tema, como se poderia cogitar
ante a redação do parágrafo único do art. 22 da Lei Maior. [...] A regulação do comér-
cio interestadual é inequivocamente de alcance amplo e geral. Se cada Estado impuser
restrições ao comércio, ora vedando o acesso aos próprios mercados, ora impedindo a
exportação por meio das regiões de fronteiras internacionais, será o fim da Federação.
Daí o constituinte ter atribuído à União tais temas (ADPF 234 MC, DJ em 06/02/12).
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privativa da união para legislar sobre transportes. [...] A teor dos arts. 21, XII, e, 22, XI,
e 178 da Constituição da República, compete privativamente à União, porque titular da
exploração do serviço – ainda que por delegação, mediante autorização, concessão ou
permissão – legislar sobre transporte interestadual de passageiros. Ao estender a apli-
cação do direito distrital ao transporte de passageiros realizado entre o Distrito Federal
e a região do Entorno, transcendendo os limites territoriais do ente federado, o art. 2º
da Lei n. 4.112/2008 do Distrito Federal invade a competência da União para explorar
e regular o transporte interestadual de passageiros, ainda que de feição urbana. (ADI
4.338, rel. min. Rosa Weber, j. 23-8-2019, P, DJE de 9-9-2019).
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Lei estadual pode impor que as agências bancárias instalem divisórias individuais nos
caixas de atendimento. Trata-se de matéria relativa à relação de consumo, o que garante
ao Estado competência concorrente para legislar sobre o tema (art. 24, V, da CF/88) (STF.
Plenário-ADI /SP, julgado em 10/04/2018)
É inconstitucional lei estadual que disponha sobre a segurança de estacionamentos e o
regime de contratação dos funcionários.
Inconstitucionalidade de lei estadual que estabeleça exigências nos rótulos dos produ-
tos em desconformidade com a legislação federal (Informativo 871 do STF).
Lei estadual que fixa piso salarial profissional violando os requisitos da LC Federal n.
103/2000 é considerada inconstitucional por ofensa ao art. 22, I e parágrafo único da
CF/88 (informativo 919-STF).
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (CESPE/TCE-RO/PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS/2019)
Determinado município editou lei proibindo a utilização de automóveis particulares cadastra-
dos em aplicativos para o transporte individual remunerado de pessoas. Nessa situação hipo-
tética, a referida lei é
a) inconstitucional, pois viola os princípios da livre iniciativa e da livre concorrência, não sen-
do permitido ao município impor qualquer restrição à atividade.
b) inconstitucional, visto que viola os princípios da livre iniciativa e da livre concorrência, sen-
do permitido ao município regulamentar e fiscalizar o serviço, desde que não contrarie lei
federal.
c) constitucional, uma vez que compete privativamente ao município legislar sobre trânsito e
transporte e regular o uso das vias públicas
d) constitucional, porque a proibição de atividades que importam em risco para os usuários
atende ao princípio da proporcionalidade.
e) constitucional, pois o transporte individual remunerado de passageiros é serviço público
dependente de permissão ou autorização.
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Introdução ao Direito Econômico. Ordem Econômica
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Introdução ao Direito Econômico. Ordem Econômica
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Introdução ao Direito Econômico. Ordem Econômica
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Introdução ao Direito Econômico. Ordem Econômica
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fatores de produção. Atualmente, existem apenas dois sistemas econômicos bem distintos e
delineados no mundo: o capitalismo e o socialismo.
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c) O Estado não pode ser considerado um dos sujeitos econômicos, ainda que desenvolva
atividade econômica, ante função social que desempenha.
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Introdução ao Direito Econômico. Ordem Econômica
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GABARITO
1. b 28. E
2. c 29. E, E
3. b 30. C
4. E 31. E
5. E 32. C
6. a 33. a
7. a
8. C
9. E, C
10. E
11. E
12. E
13. c
14. C
15. E
16. C
17. C
18. a
19. c
20. Anulada
21. C
22. C
23. E, C
24. C
25. a
26. C
27. E
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GABARITO COMENTADO
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Determinado município editou lei proibindo a utilização de automóveis particulares cadastra-
dos em aplicativos para o transporte individual remunerado de pessoas. Nessa situação hipo-
tética, a referida lei é
a) inconstitucional, pois viola os princípios da livre iniciativa e da livre concorrência, não sendo
permitido ao município impor qualquer restrição à atividade.
b) inconstitucional, visto que viola os princípios da livre iniciativa e da livre concorrência, sendo
permitido ao município regulamentar e fiscalizar o serviço, desde que não contrarie lei federal.
c) constitucional, uma vez que compete privativamente ao município legislar sobre trânsito e
transporte e regular o uso das vias públicas
d) constitucional, porque a proibição de atividades que importam em risco para os usuários
atende ao princípio da proporcionalidade.
e) constitucional, pois o transporte individual remunerado de passageiros é serviço público
dependente de permissão ou autorização.
Letra b.
Conforme vimos na aula de hoje, o gabarito correto é a letra B.
O fundamento está em recente julgado do STF (RE 1054110/SP, DJ em 9/05/2019 -repercus-
são geral).
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c) É inconstitucional a lei que inclui a CDA no rol de títulos sujeitos a protesto, pois a publicida-
de que é conferida ao débito tributário pelo protesto representa embaraço à livre iniciativa e à
liberdade profissional, comprometendo diretamente a organização e a condução das ativida-
des societárias.
Letra c.
Em novembro de 2016, o protesto de certidões de dívida ativa foi julgado constitucional pelo
STF. Na oportunidade, a Corte entendeu pela constitucionalidade do artigo e ressaltou que o
protesto das certidões de Dívida Ativa constitui mecanismo constitucional e legítimo por não
restringir de forma desproporcional quaisquer direitos fundamentais garantidos aos contri-
buintes e, assim, não constituir sanção política.
Na mesma linha, o STJ entendeu que a Fazenda Pública possui interesse e pode efetivar o
protesto da Certidão de Dívida Ativa na forma do artigo 1, I, da Lei n. 9.492/1997, com a reda-
ção da Lei n. 12.767/2012. Essa foi a tese repetitiva fixada pela 1ª Seção do Superior Tribunal
de Justiça, em 28/11/18.
a) Certa. Nos termos da Súmula Vinculante 49: ofende o princípio da livre concorrência lei
municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em de-
terminada área.
b) Certa. Conforme julgado do STF sobre o tema,
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b) inconstitucional, porque viola o princípio da livre concorrência, previsto como princípio ex-
presso da ordem econômica na Constituição Federal de 1988.
c) inconstitucional, porque um dos princípios da ordem econômica na Constituição Federal de
1988 é a redução das desigualdades regionais e sociais.
d) constitucional, porque os Municípios são competentes para legislar sobre assuntos de in-
teresse local conforme prevê o texto da Carta da República.
e) constitucional, porque no âmbito da ordem econômica da Constituição Federal de 1988,
a intervenção do Estado deve coibir o abuso do poder econômico.
Letra b.
Como vimos, a súmula vinculante 49 dispõe que ofende o princípio da livre concorrência lei
municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em de-
terminada área.
Errado.
Pois contraria a Súmula Vinculante 49.
Errado.
Nos termos da Súmula Vinculante 2, é inconstitucional a lei ou ato normativo Estadual ou Dis-
trital que disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.
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Letra a.
De acordo com a Súmula Vinculante 49.
b) Errada. Pois as súmulas citadas acima demonstram que pode haver outras restrições.
c) Errada. Já que não há necessidade de autorização conforme súmulas acima.
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Letra a.
Nos termos do art. 22, X da CF, trata-se de competência legislativa privativa da União. Além
disso, o art. 21, XII dispõe que a exploração é de competência material exclusiva da União.
Certo.
A tese foi fixada pelo STF (tema 525 Repercussão geral).
Errado; Certo.
I – De acordo com a Súmula Vinculante 2.
II – Conforme Súmula vinculante 49.
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Errada.
Para os liberais clássicos, a economia seria autorregulável justamente por inexistirem falhas
de mercado. Em outras palavras, os liberais clássicos (Adam Smith entre outros) defendem
que a busca de interesses individuais jamais trará prejuízos, do ponto de vista econômico, para
a sociedade como um todo.
Errado.
A substituição de importações defendida pela CEPAL implicava uma intervenção direta por
parte do Estado na economia. Exemplo no Brasil foi a criação da Companhia Siderúrgica Na-
cional durante o Estado Novo, assim como diversos outros investimentos estatais ocorridos à
época (criação da Vale do Rio Doce etc.).
Errado.
Tais instituições foram criadas justamente a partir do reconhecimento das insuficiências das
referidas premissas. Se o mercado é falho no plano interno, com muito mais razão o seria no
plano internacional, em razão da maior complexidade e variáveis envolvidas. O candidato pode
ser induzido a marcar certo, haja vista que muitas das recomendações propostas pelo FMI
para países em desenvolvimento, especialmente ao longo dos anos 1980 e 1990, possuíam
forte viés liberalizante. Há, contudo, uma nuance a ser observada: é possível se defender medi-
das liberalizantes sem se aceitar por completo as premissas do liberalismo clássico.
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Introdução ao Direito Econômico. Ordem Econômica
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Letra c.
O liberalismo clássico (ou liberalismo econômico) somente admitia a intervenção do Estado
na economia de forma bastante reduzida (alguns autores inclusive classificam o liberalismo
econômico como não intervencionista), pois partia do pressuposto de que quanto maior fos-
se o nível de liberdade garantido aos agentes privados no desempenho de suas atividades
econômico-comerciais (leia-se livre iniciativa), maior seria o crescimento da economia de
um país.
a) Errada. Na verdade, o intervencionismo gera exatamente o efeito oposto, uma vez que afas-
ta a atuação dos sujeitos particulares no mercado.
b) Errada. Foi o intervencionismo que buscou atingir a justiça social, principalmente a partir
da Constituição de Weimar e do México em 1917.
Lembre-se que a crítica mais dura – e mais radical – ao liberalismo econômico ocorreu nos pa-
íses socialistas, sob inspiração do pensamento de Karl Marx entre outros. Tais países desen-
volveram um modelo planificado de economia com forte intervenção estatal e pouco espaço
para a autonomia individual e à iniciativa privada. Tal modelo, naturalmente, não se sustentou
com o passar do tempo.
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Introdução ao Direito Econômico. Ordem Econômica
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Certo.
Lembre-se que o Welfare State se desenvolveu no pós-guerra, na Europa, associando a promo-
ção de política social ao desenvolvimento econômico de um país, com o intuito justamente
reduzir os efeitos excludentes da economia capitalista.
Errado.
O Estado intervencionista socialista desenvolve um modelo planificado de economia com forte
intervenção estatal e pouco espaço para a autonomia individual e a iniciativa privada.
Certo.
Como vimos, o modelo liberal fundamentou o funcionamento da economia até o final do sé-
culo XIX, quando as deficiências do liberalismo clássico se tornaram mais evidentes, levando
os Estados a procurarem desenvolver regulações sistemáticas para as atividades econômi-
cas. Duas lições podem ser extraídas dos casos das economias europeia e norte-americana
no período do final do século XIX para o começo do século XX: (i) o mercado não é capaz de
regular a si mesmo; (ii) alguma intervenção do estado na economia (ainda que regulatória)
faz-se necessária.
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Certo; Errado.
I – Quando falamos de liberalismo clássico, temos em mente principalmente as ideias de
Adam Smith, considerado o fundador dessa corrente. A premissa central do pensamento de
Adam Smith, expressa em sua obra clássica A Riqueza das Nações, é a de que os indivíduos,
mesmo que agindo com base no autointeresse, terminam por contribuir para o crescimento
econômico do país. É dele a famosa ideia da mão invisível, segundo a qual o mercado seria
guiado pela lei da oferta e da procura e encontraria seu equilíbrio pela atuação dos próprios
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Letra a.
Vejam como essa questão é recorrente em concursos de diferentes bancas. A explicação está
na questão anterior.
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Letra c.
Nos termos da Súmula Vinculante 49: ofende o princípio da livre concorrência lei municipal
que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determina-
da área.
a) Certa. Embora ainda não tenhamos estudado as formas de intervenção do estado, essa
questão aborda a jurisprudência e os artigos que estudamos acerca da competência legisla-
tiva em matéria de direito econômico. Nos termos do art. 21 da CF, a União tem competência
privativa para legislar sobre serviço postal.
b) Certa. Conforme a seguinte jurisprudência:
d) Certa. Nos termos do art. 30 da CF, compete aos municípios legislar sobre assuntos de in-
teresse local. Ademais, conforme Súmula Vinculante 38, é competente o Município para fixar o
horário de funcionamento de estabelecimento comercial.
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Anulada.
A questão foi anulada, devido à existência de divergência doutrinária acerca dos itens a e b,
que tratam da autonomia do direito econômico. Entretanto, optei por inseri-la na lista, para
que você tenha conhecimento e, se necessário, também requeira a anulação de uma eventual
questão objetiva nesse sentido.
O gabarito inicial havia sido a letra a (autonomia do direito econômico).
c) Errada. Lembre-se de que o Direito Econômico é a disciplina que cuida das normas que serão
aplicadas pelo Estado nas práticas econômicas, incluindo os meios de políticas de intervenção
no domínio econômico, regulação, fiscalização e participação estatal na atividade econômica,
bem como a disciplina das relações de dominação, como os monopólios e a tutela dos sujeitos
dessas relações, coibindo condutas ilícitas dos agentes econômicos. Resta claro que a política
econômica é uma das principais preocupações do direito econômico.
d) Errada. Conforme vimos, as normas de direito econômico, em regra, buscam estimular a re-
alização de uma determinada atividade pelos agentes econômicos, por meio do oferecimento
de uma recompensa ou prêmio (direito premial).
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O direito econômico surgiu com o objetivo de orientar e coordenar, por meio de normas, as re-
lações econômicas de forma que, a partir de então, não mais se admite que a ordem natural
da economia dirija os fenômenos econômicos.
Certo.
Lembre-se de que os fisiocratas introduziram a ideia de que a economia obedeceria a leis da
natureza, tal como outras ciências, por exemplo, a física.
A máxima fisiocrata era laissez-faire, laissez-passer, le monde va de lui-même (“deixe fazer,
deixe passar, que o mundo caminha por si só”), que pode ser assim interpretada: devemos de-
fender a liberdade de produção e de circulação de bens (comércio), pois o mundo econômico
possui leis precisas que prescindem de qualquer intervenção.
Entretanto, o liberalismo fundamentou o funcionamento da economia até o final do século
XIX, quando as deficiências do liberalismo clássico se tornaram mais evidentes, levando os
Estados a procurarem desenvolver regulações sistemáticas para as atividades econômicas
Duas lições podem ser extraídas dos casos das economias europeia e norte-americana no
período do final do século XIX ao início do século XX: (i) o mercado não é capaz de regular a
si mesmo; (ii) alguma intervenção do estado na economia (ainda que regulatória) faz-se ne-
cessária.
Há, a partir de então, as primeiras tentativas sistemáticas de intervenção.
Certo.
Lembre-se de que o Direito Econômico é o ramo do Direito que tem por objeto a regulamenta-
ção da política econômica e cuida das normas que serão aplicadas pelo Estado nas práticas
econômicas, incluindo os meios de políticas de intervenção no domínio econômico, regulação,
fiscalização e participação estatal na atividade econômica, bem como a disciplina das rela-
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ções de dominação, como os monopólios e a tutela dos sujeitos dessas relações, coibindo
condutas ilícitas dos agentes econômicos.
Errado; Certo.
I – Observe o seguinte esquema:
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dência, no sentido de que os Municípios possuem competência para legislar sobre assun-
tos de interesse local, tais como medidas que propiciem segurança, conforto e rapidez
aos usuários de serviços bancários. 2. Agravo regimental desprovido (STF-RE 25417/RS
AgR, DJ em 17/05/11).
Certo.
O item trata do art. 24 da CF, que prevê todas essas matérias na competência legislativa con-
corrente entre União, estados e DF.
Letra a.
O início da afirmação é correto, entretanto, torna-se errado ao afirmar que “sem prejuízo da
eventual disciplina, por meio de lei, dos consórcios públicos e dos convênios de cooperação
entre os mesmos entes federados”
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Errado.
Ocorre justamente o contrário, pois o sistema capitalista se baseia na propriedade privada
e na livre iniciativa e liberdade de concorrência. Os agentes têm a propriedade dos meios
de produção e a liberdade para tomar as decisões econômicas (o que, como e para quem
produzir) sendo que o limite dessa liberdade é dado pelo próprio mercado (sistema de livre
mercado).
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Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade eco-
nômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
Errado.
O início corresponde, de fato, ao conceito de sistema econômico, nos termos do conceito visto
na aula de hoje. Entretanto, a segunda parte está incorreta quando afirma existirem apenas
dois sistemas econômicos, o capitalismo e o socialismo. Embora esses sejam os mais estu-
dados, existem outros. Exemplo: neoliberalismo.
Errado; Errado.
I – Na verdade, é a ordem econômica vigente que é imposta pelo modelo político do Estado.
II – As normas econômicas dispostas na CF são, em sua maioria, dirigentes ou diretivas, ou
seja, dispõem sobre uma programação para a realização de determinado objetivo.
O caput do art. 170 traz a valorização do trabalho humano e a livre iniciativa como princípios
fundamentais da ordem econômica e afirma que deverão ter como objetivo assegurar uma
existência digna, conforme os ditames da justiça social.
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Certo.
De fato, os sujeitos ou agentes econômicos são aqueles que desenvolvem atividade econômi-
ca ou atuam no mercado. Poderão ser considerados agentes econômicos empresas, grupos
econômicos, estados, organismos nacionais ou internacionais e o próprio indivíduo ou a cole-
tividade.
Errado.
O art. 173 da CF faz referência às hipóteses excepcionais de exploração direta de atividade
econômica pelo estado e não à intervenção indireta, como afirma a questão. Confira:
Certo.
Como vimos, a macroeconomia cuida de todos os setores da economia em conjunto, extrapo-
lando a preocupação individual dos agentes econômicos. Os principais objetivos dessa aná-
lise são o desenvolvimento econômico, a estabilidade econômica e a distribuição de renda.
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Letra a.
Lembre-se de que, no Welfare State, os dois pressupostos básicos do capitalismo, livre inicia-
tiva e propriedade privada, passam a sofrer uma maior ingerência do estado, com o intuito de
cumprir determinados fins sociais.
b) Errada. A intervenção fiscalizatória do estado atua de modo concomitantemente e a poste-
riori. Esse tema será estudado em aula específica.
c) Errada. Vimos que os sujeitos ou agentes econômicos são aqueles que desenvolvem ativi-
dade econômica ou atuam no mercado.
Poderão ser considerados agentes econômicos empresas, grupos econômicos, estados, orga-
nismos nacionais ou internacionais e o próprio indivíduo.
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REFERÊNCIAS
FIGUEIREDO, Leonardo Vizeu. Lições de Direito Econômico. 6 ed. Rio de Janeiro, Forense.
GRAU, Eros Roberto. A ordem econômica na Constituição de 1988: interpretação e crítica. 14ª
ed. São Paulo, Malheiros.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 42 ed. Malheiros Editores.
SOUZA, Washington Peluso Albino de. Direito Econômico. São Paulo, Saraiva.
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