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CÓDIGO:
230411155242
NATALIA RICHE
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Direito Econômico
Princípios Gerais de Direito Econômico
Natalia Riche
SUMÁRIO
Princípios Gerais de Direito Econômico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1. Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2. Análise das Constituições Brasileiras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.1. A Constituição de 1824 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2. A Constituição de 1891 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.3. A Constituição de 1934 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.4. A Constituição de 1937 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.5. A Constituição de 1946 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.6. A Constituição de 1967 e a EC I/1969 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3. A Ordem Econômica na Constituição de 1988 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3.1. Breve Contextualização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4. Os Fundamentos e os Objetivos da Ordem Econômica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
4.1. A Livre Iniciativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
4.2. A Valorização do Trabalho Humano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
4.3. A Existência Digna. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
4.4. A Justiça Social. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
5. Princípios Gerais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
5.1. Princípios Explícitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
5.2. Princípios Implícitos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
6. A Lei n. 13.874/2019 (Lei da Liberdade Econômica) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Questões de Concurso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134
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1. INTRODUÇÃO
O ponto de partida da aula de hoje é a compreensão do conceito de ordem econômica.
Trata-se de uma representação estrutural com o intuito de organizar a atividade econômica
em determinada sociedade.
Um conceito bastante elucidativo é dado por Leonardo Vizeu Figueiredo:
Vale lembrar a classificação dada por Eros Roberto Grau que já foi cobrada em diversas
provas. O autor divide a ordem econômica em duas vertentes conceituais:
• ampla: parcela da ordem de fato, inerente ao mundo do ser.
Essa vertente trata da disciplina das relações jurídicas decorrentes do exercício de
atividades econômicas.
1
FIGUEIREDO, Leonardo Vizeu. Lições de Direito Econômico. 6 ed. Rio de Janeiro: Forense.
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Após uma breve síntese da ordem econômica mundial, vamos passar a analisar o caso
específico da ordem econômica brasileira.
Ordem Econômica
Ampla Estrita
ordem de fato, inerente ao ordem de direito, inerente ao
mundo do ser mundo do dever-ser.
Art. 179. A inviolabilidade dos Direitos Civis, e Politicos dos Cidadãos Brazileiros, que tem por base
a liberdade, a segurança individual, e a propriedade, é garantida pela Constituição do Imperio,
pela maneira seguinte.
XXII – E’garantido o Direito de Propriedade em toda a sua plenitude. Se o bem publico legalmente
verificado exigir o uso, e emprego da Propriedade do Cidadão, será elle préviamente indemnisado
do valor della. A Lei marcará os casos, em que terá logar esta unica excepção, e dará as regras
para se determinar a indemnisação.
XXIII – Tambem fica garantida a Divida Publica.
XXIV – Nenhum genero de trabalho, de cultura, industria, ou commercio póde ser prohibido, uma
vez que não se opponha aos costumes publicos, á segurança, e saude dos Cidadãos.
Art. 72
(...)
§ 17. O direito de propriedade mantem-se em toda a sua plenitude, salvo a desapropriação por
necessidade, ou utilidade pública, mediante indemnização prévia.
§ 27. A lei assegurará a propriedade das marcas de fabrica.
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EXEMPLO
Criação da Justiça do trabalho e previsão de férias etc.
TÍTULO IV
Da Ordem Econômica e Social
Art. 115 - A ordem econômica deve ser organizada conforme os princípios da Justiça e as
necessidades da vida nacional, de modo que possibilite a todos existência digna. Dentro desses
limites, é garantida a liberdade econômica.
Parágrafo único. Os Poderes Públicos verificarão, periodicamente, o padrão de vida nas várias
regiões da País.
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Art. 146 - A União poderá, mediante lei especial, intervir no domínio econômico e monopolizar
determinada indústria ou atividade. A intervenção terá por base o interesse público e por limite
os direitos fundamentais assegurados nesta Constituição.
Art. 147 - O uso da propriedade será condicionado ao bem-estar social. A lei poderá, com
observância do disposto no art. 141, § 16, promover a justa distribuição da propriedade, com
igual oportunidade para todos.
• viés liberal
• liberdade de mercado
Constituição de 1824
• direito absoluto à propriedade individual.
• normas com sentido negativo
• viés liberal
Constituição de 1891
• liberdade de associação.
2
FONSECA, João Bosco Leopoldino.Direito Econômico. 9 ed.Forense.
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Pela análise da CF/88 podemos concluir que ela se traz um sistema econômico capitalista,
com garantia da liberdade de iniciativa e da propriedade privada (com possibilidade de
limitação estatal em ambos os casos).
Apesar da clara adoção das ideias capitalistas, é importante ressaltar que não se pode
falar em um capitalismo puro. Isso porque embora os fatores de produção pertençam aos
agentes privados, a intervenção estatal é prevista em determinados casos.
A situação delineada acima é explicada de forma clara na obra de José Afonso da Silva:
A regra geral é que a intervenção do Estado na Ordem Econômica ocorra de forma indireta
(por meio de regulação e/ou normatização). Excepcionalmente, existe a possibilidade de
intervenção direta, nas hipóteses taxativas do art. 173 ( já mencionadas na aula 1).
3
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 42 ed. Malheiros Editores.
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Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
Pela leitura das normas constitucionais podemos verificar as seguintes funções que
são exercidas pelo Estado:
• fiscalizar, incentivar e planejar (art 174)
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na
forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante
para o setor público e indicativo para o setor privado.
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão
ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista
e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de
bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional
n. 19, de 1998)
I – sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 19, de 1998)
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II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional n.
19, de 1998)
III – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios
da administração pública; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
IV – a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação
de acionistas minoritários; (Incluído pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
V – os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.(Incluído
pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privado.
Todos os artigos acima serão analisados nas aulas específicas, por enquanto basta que
você visualize todas as formas de atuação do Estado na economia.
JURISPRUDÊNCIA
RECONHECIMENTO, PELA CORTE JUDICIÁRIA LOCAL, DA VALIDADE CONSTITUCIONAL DE
LEI DISTRITAL QUE VEDA A INSTALAÇÃO DE POSTOS DE COMBUSTÍVEIS EM DETERMINADAS
ÁREAS, COMO ESTACIONAMENTOS DE SUPERMERCADOS – REGULAÇÃO ESTATAL DA
ATIVIDADE ECONÔMICA EXCEPCIONALMENTE MOTIVADA POR RAZÕES DE ELEVADO
INTERESSE SOCIAL E DE SEGURANÇA DA COLETIVIDADE – CIRCUNSTÂNCIA QUE
LEGITIMA, EM FACE DE ATIVIDADE EMPRESARIAL DE RISCO, A ATUAÇÃO NORMATIVA
DO PODER PÚBLICO NO DOMÍNIO ECONÔMICO – DOUTRINA – PRECEDENTES
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A regulação estatal no domínio econômico, por isso mesmo, seja no plano normativo,
seja no âmbito administrativo, traduz competência constitucionalmente assegurada
ao Poder Público, cuja atuação – destinada a fazer prevalecer os vetores condicionantes
da atividade econômica (CF,art. 170) – é justificada e ditada por razões de interesse
público, especialmente aquelas que visam a preservar a segurança da coletividade.
A obrigação do Estado, impregnada de qualificação constitucional, de proteger a
integridade de valores fundados na preponderância do interesse social e na necessidade
de defesa da incolumidade pública legitima medidas governamentais, no domínio
econômico, decorrentes do exercício do poder de polícia, a significar que os princípios
que regem a atividade empresarial autorizam, por efeito das diretrizes referidas no
art. 170 da Carta Política, a incidência das limitações jurídicas que resultam do modelo
constitucional que conforma a própria estruturação da ordem econômica em nosso
sistema institucional. (STF-RE597165 AgR DF, DJ em 19/12/14)
O item B traz a única hipótese contrária aos princípios da ordem econômica. Veja que o
art. 173 dispõe que a intervenção direta só ocorrerá em casos excepcionais de imperativos
da segurança nacional ou relevante interesse coletivo, não existindo qualquer menção às
atividades estratégicas.
a) Certa. O item está de acordo com o art. 170, VI.
c) Certa. O item está de acordo com o art. 172.
d) Certa. O item está de acordo com o art. 170, IX.
e) Certa. O item está de acordo com o art. 153, VI, e § 4º, I.
Letra b.
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O item está incorreto, pois o art. 174 prevê o Estado como agente normativo e regulador
das atividades econômicas.
Errado.
A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por
fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social (...)
Esse artigo traz normas dirigentes (prevendo uma programação para a realização de
determinado objetivo).
Veja que a valorização do trabalho humano e a livre iniciativa são apontadas como
fundamento da ordem econômica e que a existência digna, conforme os ditames da justiça
social é descrita como objetivo.
Os nove incisos que constam no artigo trazem, por sua vez, os princípios constitucionais
da ordem econômica.
É muito comum que os examinadores tentem confundir o candidato e identifiquem
incorretamente os fundamentos, objetivos e princípios.
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condição de vida aos trabalhadores), da dignidade da pessoa humana, dos valores sociais
do trabalho, bem como pelo próprio Estado.
Conforme definido pelo ministro Roberto Barroso4:
O princípio da livre iniciativa, inserido no caput do art. 170 da Constituição nada mais é do que
uma cláusula geral cujo conteúdo é preenchido pelos incisos do mesmo artigo. Esses princípios
claramente definem a liberdade de iniciativa não como uma liberdade anárquica, mas social, e
que pode, consequentemente, ser limitada.
EXEMPLO
Intervenção direta na produção e comercialização de bens e serviços quando houver relevante
interesse coletivo (art. 173, caput, da CF).
Em consonância com a livre iniciativa, o parágrafo único do art. 170 dispõe que é
assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente
de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. Isso significa que a
escolha do trabalho fica ao arbítrio do indivíduo (pessoa natural ou jurídica), sendo indevida
a interferência estatal.
Confira os principais julgados sobre o tema:
• a terceirização das atividades-meio ou das atividades-fim de uma empresa tem
amparo nos princípios constitucionais da livre iniciativa e da livre concorrência,
que asseguram aos agentes econômicos a liberdade de decidir como estruturarão
seu negócio (art. 170, caput e inc. IV, CF). Do mesmo modo, a decisão sobre quanto
pagar ao empregado é tomada por cada empresa, de acordo com suas capacidades
econômicas, e protegida pelos mesmos princípios constitucionais. (...) A equiparação
de remuneração entre empregados da empresa tomadora de serviços e empregados
da empresa contratada (terceirizada) fere o princípio da livre iniciativa, por se tratar de
agentes econômicos distintos, que não podem estar sujeitos a decisões empresariais
que não são suas.(STF-RE 635.546, DJE em 19/05/21)
• Constitucionalidade dos artigos 23 e 27 da Instrução 308/1999, da Comissão
de Valores Mobiliários, ao estabelecerem restrições razoáveis, proporcionais e
adequadas ao exercício da atividade de auditoria independente, prestada às
companhias sujeitas à sua fiscalização à luz dos arts. 5º, incs. II e XIII, 84, incs. II
4
STF-ARE 1.104.226 AgR-DJ em 27/04/18
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e VI, 87, parágrafo único e inc. II, 88, 170 e 174 da Constituição Federal de 1988
(STF-RE902261-DJ em 09/10/20-Repercussão geral tema 969)
• Constitucionalidade da vedação à venda varejista ou ao oferecimento de bebidas
alcoólicas para consumo no local, destinada a empreendimentos comerciais
localizados em terrenos com acesso direto à rodovia (STF-ADI 4017 e ADI 4103-
DJ em 23/09/22)
• É inconstitucional a proibição ou restrição da atividade de transporte privado
individual por motorista cadastrado em aplicativo, por violação aos princípios da livre
iniciativa e da livre concorrência (...)”.(STF-RE 1054.110-DJ em 09/05/19-Repercussão
geral-tema 967)
• Inconstitucionalidade da proibição ou restrição da atividade de transporte
privado individual por motorista cadastrado em aplicativo (STF-ADPF 449, DJ
em 02/09/19).
• Inconstitucionalidade das leis que obrigam supermercados ou similares à prestação
de serviços de acondicionamento ou embalagem das compras, por violação ao
princípio da livre iniciativa (STF-RE 839.950-DJ em 24/10/18)
• Inconstitucionalidade da lei que exige que a empresa em débito com a Fazenda
Pública tenha que oferecer garantia para que possa emitir notas fiscais (STF- STF.
RE 565048/RS, julgado em 29/5/14.)
• Constitucionalidade de lei que concede passe livre às pessoas portadoras de
deficiência: não há ofensa à livre iniciativa (STF- ADI 26496/DF, DJ em 16/10/08).
• Constitucionalidade da lei que concede meia entrada para acesso a locais públicos
de cultura e lazer aos doadores regulares de sangue: não há ofensa à livre iniciativa
(STF-ADI 3512/ES, DJ em 23/06/06).
• Inconstitucionalidade da fixação de preços em valores abaixo da realidade e em
desconformidade com a legislação aplicável ao setor: ofensa ao livre exercício da
atividade econômica e ao princípio da livre iniciativa (STF- RE 422941-2/DF-DJ em
24/03/06).
• Inconstitucionalidade da lei que estabelece confusão entre os patrimônios das
pessoas física e jurídica: inibe a iniciativa privada (STF RE 562276/PR,DJ em 09/12/11)
• Inconstitucionalidade da fixação pelo Poder Executivo de preços de produtos
derivados de cana de açúcar abaixo do preço de custo (STF- RE 648622 AGr/DF-
DJ em 21/02/13)
Para finalizar esse tópico, lembre-se que também existe previsão da livre iniciativa no
art.1, IV, como fundamento da República Federativa do Brasil e que esse princípio não se
confunde com a livre concorrência (falaremos desse ponto mais adiante).
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O item está incorreto e também se baseia no parágrafo único do art. 170 e no art. 173.
Errado.
JURISPRUDÊNCIA
(...) Os valores do trabalho e da livre iniciativa, insculpidos na Constituição (art. 1º, IV),
são intrinsecamente conectados, em uma relação dialógica que impede seja rotulada
determinada providência como maximizadora de apenas um desses princípios, haja vista
ser essencial para o progresso dos trabalhadores brasileiros a liberdade de organização
produtiva dos cidadãos, entendida esta como balizamento do poder regulatório para
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5. PRINCÍPIOS GERAIS
Antes de iniciarmos, é importante que você entenda que apesar de o legislador diferenciar
os objetivos e fundamentos, ambos possuem caráter principiológico.
Além do caput, o art. 170 da CF traz nove incisos com princípios relevantes aplicáveis à
ordem econômica, que podem ser divididos em
• princípios de caráter liberalizante: limitam a intervenção do Estado (incisos II e
IV:propriedade privada e livre concorrência)
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EXEMPLO
Erradicação da pobreza e combate às desigualdades regionais.
Por fim, também existem princípios implícitos na Constituição que deverão ser observados
pelos agentes econômicos.
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EXEMPLO
Desapropriação, mediante prévia e justa indenização (art. 182, §3), ocupação temporária,
cobrança de tributos.
Vale lembrar que em nossa atual configuração (capitalismo com viés social) a propriedade
não pode ser considerada um direito absoluto e restrito, uma vez que deve obedecer a sua
função social.
Art. 5 (...)
XXII – é garantido o direito de propriedade;
XXIII – a propriedade atenderá a sua função social
Consiste no condicionamento racional do uso da propriedade privada imposto por força de lei,
sob pena de expropriação, no qual o Poder Público interfere na manifestação volitiva do titular
da propriedade, garantindo que a fruição desta atinja fins sociais mais amplos de interesse da
coletividade, tais como o bem-estar social e a justiça distributiva5.
EXEMPLO
O direito de edificar, que é condicionado à função social da propriedade. Assim, eventual
restrição ao direito de construir decorrente de uma limitação administrativa irá afetar o
direito de propriedade, sendo garantido o direito à indenização desde que as restrições não
sejam preexistentes à aquisição do terreno (STF RE 140436, DJ em 6/8/99)
5 5
FIGUEIREDO, Leonardo Vizeu. Lições de Direito Econômico. 6 ed. Rio de Janeiro: Forense.
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Art. 182
(...)
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais
de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente,
segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
I – aproveitamento racional e adequado;
II – utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
III – observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV – exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
DICA
Somente haverá livre concorrência se houver livre iniciativa,
mas a recíproca não é verdadeira.
Os dois princípios não se confundem, já que muitas vezes
é necessária a intervenção do estado (restringindo a livre
iniciativa), justamente para garantir a livre concorrência.
JURISPRUDÊNCIA
Discussão sobre a exclusividade da propriedade industrial em razão da demora
na concessão do registro de marca pelo INPI concomitante ao surgimento de uso
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mundialmente consagrado da mesma marca por concorrente (ARE 1.266.095 RG, rel.
min. Dias Toffoli, j. 17-3-2022, P, DJE de 25-4-2022, Tema 1.205, com mérito pendente)
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Por fim, lembre-se que embora o Estado deva garantir a livre concorrência, isso não
significa que sua atuação será ilimitada.
Nesse sentido dispõe a Súmula Vinculante 49 que já vimos na aula passada:
JURISPRUDÊNCIA
Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de
estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.
JURISPRUDÊNCIA
Resolução 4.765, de 27 de novembro de 2019, do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Cobrança de tarifa de cheque especial. (...) Tarifa bancária com características de
taxa. Possível violação ao princípio da legalidade tributária. Cobrança que coloca o
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Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I – preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das
espécies e ecossistemas;
(...)
IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará
publicidade
V – controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias
que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente
(...)
VII – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco
sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado,
de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores,
pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação
de reparar os danos causados.
§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a
Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições
que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais
(...)
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§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal,
sem o que não poderão ser instaladas.
JURISPRUDÊNCIA
ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL: ADEQUAÇÃO.
OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE. ARTS. 170, 196 E 225 DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. CONSTITUCIONALIDADE DE ATOS NORMATIVOS
PROIBITIVOS DA IMPORTAÇÃO DE PNEUS USADOS. RECICLAGEM DE PNEUS USADOS:
AUSÊNCIA DE ELIMINAÇÃO TOTAL DE SEUS EFEITOS NOCIVOS À SAÚDE E AO MEIO
AMBIENTE EQUILIBRADO. AFRONTA AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA SAÚDE E DO
MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO. COISA JULGADA COM CONTEÚDO
EXECUTADO OU EXAURIDO: IMPOSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO. DECISÕES JUDICIAIS COM
CONTEÚDO INDETERMINADO NO TEMPO: PROIBIÇÃO DE NOVOS EFEITOS A PARTIR DO
JULGAMENTO. ARGUIÇÃO JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE. 1. Adequação da
arguição pela correta indicação de preceitos fundamentais atingidos, a saber, o direito
à saúde, direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado (arts. 196 e 225 da
Constituição Brasileira) e a busca de desenvolvimento econômico sustentável: princípios
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JURISPRUDÊNCIA
É constitucional — por não ofender o direito de propriedade e os princípios da ordem
econômica e do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos administrativos — lei
federal que determina a reserva, por veículo, de duas vagas gratuitas e, após estas
esgotarem, de duas vagas com tarifa reduzida em, no mínimo, 50%, para serem
utilizadas por jovens de baixa renda no sistema de transporte coletivo interestadual
de passageiros (STF-ADI 5.657, DJ em 17/11/22)
Ação direta de inconstitucionalidade. Lei complementar estadual que fixa piso salarial
para certas categorias. Pertinência temática. Conhecimento integral da ação. Direito
do trabalho. Competência legislativa privativa da União delegada aos Estados e ao
Distrito Federal. Lei Complementar federal n. 103/2000. Alegada violação ao art. 5º,
caput (princípio da isonomia), art. 7º, V, e art. 114, § 2º, da Constituição. Inexistência.
Atualização do piso salarial mediante negociação coletiva com a participação do
“Governo do Estado de Santa Catarina”. Violação ao princípio da autonomia sindical.
Inconstitucionalidade formal. Procedência parcial. (...) 3. A lei questionada não
viola o princípio do pleno emprego. Ao contrário, a instituição do piso salarial
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Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo
geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais.
§ 1º Lei complementar disporá sobre:
I – as condições para integração de regiões em desenvolvimento;
II – a composição dos organismos regionais que executarão, na forma da lei, os planos regionais,
integrantes dos planos nacionais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamente
com estes.
§ 2º Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da lei:
I – igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos e preços de responsabilidade
do Poder Público;
II – juros favorecidos para financiamento de atividades prioritárias;
III – isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas
físicas ou jurídicas
JURISPRUDÊNCIA
Imposto sobre produtos industrializados – IPI. Creditamento na aquisição direta de
insumos provenientes da Zona Franca de Manaus. (...) Inaplicabilidade da regra contida
no artigo 153, § 3º, II da constituição federal à espécie. (...) O fato de os produtos
serem oriundos da Zona Franca de Manaus reveste-se de particularidade suficiente
a distinguir o presente feito dos anteriores julgados do Supremo Tribunal Federal
sobre o creditamento do IPI quando em jogo medidas desonerativas. O tratamento
constitucional conferido aos incentivos fiscais direcionados para sub-região de Manaus
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Por sua vez, o artigo 146, III, d, exige que o tratamento diferenciado para as microempresas
e empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso de
determinados impostos e contribuições, seja feito por meio de lei complementar. Veja:
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JURISPRUDÊNCIA
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO.
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL PATRONAL. ISENÇÃO CONCEDIDA ÀS MICROEMPRESAS
E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE. SIMPLES NACIONAL (“SUPERSIMPLES”). LEI
COMPLEMENTAR 123/2006, ART. 13, § 3º. ALEGADA VIOLAÇÃO DOS ARTS. 3º, III, 5º, CAPUT,
8º, IV, 146, III, D, E 150, § 6º DA CONSTITUIÇÃO. 1. Ação direta de inconstitucionalidade
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O item está incorreto. A soberania nacional é princípio da ordem econômica, nos termos
do art. 170 I da CF.
Por sua vez, o caput dispõe que a finalidade é assegurar a todos existência digna, conforme
os ditames da justiça social
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa,
tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados
os seguintes princípios:
I - soberania nacional;
Errado.
O item está incorreto, pois a busca do pleno emprego é um dos princípios da ordem econômica.
Errado.
O item está incorreto. Vimos que os dois princípios não se confundem, já que muitas vezes é
necessária a intervenção do estado (restringindo a livre iniciativa), justamente para garantir
a livre concorrência. (Vide ADI STF-AC 1657-MC-DJ em 31/08/07).
Errado.
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Vale lembrar que a regra é a livre iniciativa, mas, com fundamento na defesa da
coletividade, o Estado poderá restringir o exercício da atividade econômica, impondo os
requisitos mínimos necessários para o exercício da atividade econômica.
Assim, a autorização é um ato jurídico negocial aplicável àquelas atividades econômicas
que estejam sujeitas ao poder de polícia estatal.
Para ilustrar o tema, confira o entendimento do STF abaixo:
JURISPRUDÊNCIA
TRIBUTO – DÉBITO – NOTAS FISCAIS – CAUÇÃO – SANÇÃO POLÍTICA – IMPROPRIEDADE.
Consubstancia sanção política visando o recolhimento de tributo condicionar a expedição
de notas fiscais a fiança, garantia real ou fidejussória por parte do contribuinte.
Inconstitucionalidade do parágrafo único do artigo 42 da Lei n. 8.820/89, do Estado
do Rio Grande do Sul.
(...)
Configura afronta à Carta da República e ao sistema de liberdades fundamentais o
contribuinte devedor, para exercer profissão ou atividade econômica, ser obrigado,
como condição de emissão de notas fiscais, a oferecer garantia com o fim de,
consoante discurso falacioso do legislador, prevenir ou acautelar débitos futuros
cuja existência e valor são presumidos.
Ante o exposto, não há dúvida de que o preceito impugnado contraria os dispositivos
constitucionais evocados, ou seja, a garantia do livre exercício do trabalho, ofício ou
profissão – inciso XIII do artigo 5º – e de qualquer atividade econômica – parágrafo
único do artigo 170 – assim como o devido processo legal – artigo 5º, inciso LIV. Conheço
e provejo o recurso para, restabelecido o entendimento sufragado pelo Juízo, deferir
a segurança pleiteada, assegurado o direito do recorrente à obtenção de autorização
para impressão de talonários de notas fiscais independentemente de prestação de
fiança, garantia real ou outra fidejussória, declarando a inconstitucionalidade do
parágrafo único do artigo 42 da Lei n. 8.820, de 27 de janeiro de 1989, do Estado do
Rio Grande do Sul (STF-RE 565048/RS-DJ em 9/10/14)
5.2.2. SUBSIDIARIEDADE
O art. 174 determina que o principal papel do Estado é atuar como agente regulador da
economia. Por sua vez, o art. 173 dispõe que a intervenção só ocorrerá em casos excepcionais.
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Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista
e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de
bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional
n. 19, de 1998)
(...)
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos
e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional
n. 19, de 1998)
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privado.
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ASPECTOS GERAIS
A Lei da Liberdade Econômica buscou dar ainda mais liberdade aos agentes econômicos,
primando pela livre iniciativa, determinação de critérios de regulação e incentivo ao
crescimento da economia.
A lei tem como um de seus principais pontos a exigência de que as alterações de atos
normativos sejam precedidas de uma análise de impacto regulatório. Nota-se, claramente,
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que a atuação de poder público como agente normativo e regulador fica limitada à observância
desse critério antes de editar qualquer ato que impacte no exercício da livre iniciativa.
Vamos conferir?
Art. 1º Fica instituída a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica, que estabelece normas
de proteção à livre iniciativa e ao livre exercício de atividade econômica e disposições sobre
a atuação do Estado como agente normativo e regulador, nos termos do inciso IV do caput do
art. 1º, do parágrafo único do art. 170 e do caput do art. 174 da Constituição Federal.
§ 1º O disposto nesta Lei será observado na aplicação e na interpretação do direito civil, empresarial,
econômico, urbanístico e do trabalho nas relações jurídicas que se encontrem no seu âmbito
de aplicação e na ordenação pública, inclusive sobre exercício das profissões, comércio, juntas
comerciais, registros públicos, trânsito, transporte e proteção ao meio ambiente.
§ 2º Interpretam-se em favor da liberdade econômica, da boa-fé e do respeito aos contratos,
aos investimentos e à propriedade todas as normas de ordenação pública sobre atividades
econômicas privadas.
§ 3º O disposto neste Capítulo e nos Capítulos II e III desta Lei não se aplica ao direito tributário
e ao direito financeiro, ressalvado o disposto no inciso X do caput do art. 3º desta Lei. (Redação
dada pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 4º O disposto nos arts. 1º, 2º, 3º e 4º desta Lei constitui norma geral de direito econômico,
conforme o disposto no inciso I do caput e nos §§ 1º, 2º, 3º e 4º do art. 24 da Constituição Federal,
e será observado para todos os atos públicos de liberação da atividade econômica executados
pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, nos termos do § 2º deste artigo.
(...)
§ 6º Para fins do disposto nesta Lei, consideram-se atos públicos de liberação a licença, a
autorização, a concessão, a inscrição, a permissão, o alvará, o cadastro, o credenciamento, o
estudo, o plano, o registro e os demais atos exigidos, sob qualquer denominação, por órgão ou
entidade da administração pública na aplicação de legislação, como condição para o exercício
de atividade econômica, inclusive o início, a continuação e o fim para a instalação, a construção,
a operação, a produção, o funcionamento, o uso, o exercício ou a realização, no âmbito público
ou privado, de atividade, serviço, estabelecimento, profissão, instalação, operação, produto,
equipamento, veículo, edificação e outros.
(...)
Art. 5º As propostas de edição e de alteração de atos normativos de interesse geral de
agentes econômicos ou de usuários dos serviços prestados, editadas por órgão ou entidade da
administração pública federal, incluídas as autarquias e as fundações públicas, serão precedidas
da realização de análise de impacto regulatório, que conterá informações e dados sobre os
possíveis efeitos do ato normativo para verificar a razoabilidade do seu impacto econômico.
Parágrafo único. Regulamento disporá sobre a data de início da exigência de que trata o caput
deste artigo e sobre o conteúdo, a metodologia da análise de impacto regulatório, os quesitos
mínimos a serem objeto de exame, as hipóteses em que será obrigatória sua realização e as
hipóteses em que poderá ser dispensada.
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Vale lembrar que a lei foi editada em conformidade com a competência legislativa
constitucional conferida à União para estabelecer normas gerais de Direito Econômico, conforme
vimos na primeira aula. Trata-se, portanto, de lei nacional (abrangendo todos os entes).
• Princípios: agora vamos aos princípios previstos no art. 2º:
− liberdade como uma garantia no exercício de atividades econômicas;
− boa-fé do particular perante o poder público;
− intervenção subsidiária e excepcional do Estado sobre o exercício de atividades
econômicas; e
− reconhecimento da vulnerabilidade do particular perante o Estado.
◦ A lei estabelece que regulamento disporá sobre os critérios de aferição para
afastamento desse princípio, limitados a questões de má-fé, hipersuficiência
ou reincidência.
DIREITOS
Com fundamento no art. 170 da Constituição Federal, a lei destaca os seguintes direitos
essenciais, de toda pessoa natura ou jurídica, para o desenvolvimento e crescimento
econômicos do país (art. 3º):
• desenvolver atividade econômica de baixo risco, para a qual se valha exclusivamente
de propriedade privada própria ou de terceiros consensuais, sem a necessidade de
quaisquer atos públicos de liberação da atividade econômica;
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Somente após transcorrido o prazo fixado para análise do pedido é que o silêncio da
autoridade competente importará aprovação tácita.
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◦ o prazo será definido pelo órgão ou pela entidade da administração pública so-
licitada, observados os princípios da impessoalidade e da eficiência e os limites
máximos estabelecidos em regulamento.
• Arquivar qualquer documento por meio de microfilme ou por meio digital, conforme
técnica e requisitos estabelecidos em regulamento, hipótese em que se equiparará
a documento físico para todos os efeitos legais e para a comprovação de qualquer
ato de direito público;
• Não ser exigida medida ou prestação compensatória ou mitigatória abusiva, em sede
de estudos de impacto ou outras liberações de atividade econômica no direito
urbanístico, entendida como aquela que:
− requeira medida que já era planejada para execução antes da solicitação pelo
particular, sem que a atividade econômica altere a demanda para execução da
referida medida;
− utilize-se do particular para realizar execuções que compensem impactos que
existiriam independentemente do empreendimento ou da atividade econômica
solicitada;
− requeira a execução ou prestação de qualquer tipo para áreas ou situação além
daquelas diretamente impactadas pela atividade econômica; ou
− mostre-se sem razoabilidade ou desproporcional, inclusive utilizada como meio
de coação ou intimidação;
• Não ser exigida pela administração pública direta ou indireta certidão sem previsão
expressa em lei.
− É ilegal delimitar prazo de validade de certidão emitida sobre fato imutável, in-
clusive sobre óbito.
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O item está incorreto, pois não se trata de princípio, mas sim de direito previsto na lei.
Confira:
Art. 3º São direitos de toda pessoa, natural ou jurídica, essenciais para o desenvolvimento e o
crescimento econômicos do País,
(...)II - desenvolver atividade econômica em qualquer horário ou dia da semana, inclusive feriados,
sem que para isso esteja sujeita a cobranças ou encargos adicionais, observadas:
a) as normas de proteção ao meio ambiente, incluídas as de repressão à poluição sonora e à
perturbação do sossego público;
Errado.
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Por sua vez, o art. 4º-A dispõe que é dever da administração pública e das demais
entidades que se sujeitam à Lei, na aplicação da ordenação pública sobre atividades
econômicas privadas:
• dispensar tratamento justo, previsível e isonômico entre os agentes econômicos;
• proceder à lavratura de autos de infração ou aplicar sanções com base em termos
subjetivos ou abstratos somente quando estes forem propriamente regulamentados
por meio de critérios claros, objetivos e previsíveis;
• os órgãos e as entidades competentes editarão atos normativos para definir a
aplicação e a incidência de conceitos subjetivos ou abstratos por meio de critérios
claros, objetivos e previsíveis, observado que:
− nos casos de imprescindibilidade de juízo subjetivo para a aplicação da sanção, o
ato normativo determinará o procedimento para sua aferição, de forma a garantir
a maior previsibilidade e impessoalidade possível;
− a competência da edição dos atos normativos infralegais equivalentes poderá ser
delegada pelo Poder competente conforme sua autonomia, bem como pelo órgão
ou pela entidade responsável pela lavratura do auto de infração.
− para os fins administrativos, controladores e judiciais, consideram-se plenamente
atendidos pela administração pública os requisitos, quando a advocacia pública,
no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos limites
da respectiva competência, tiver previamente analisado o ato normativo referido.
− os órgãos e as entidades deverão editar os atos normativos previstos no prazo de
4 anos, podendo o Poder Executivo estabelecer prazo inferior em regulamento.
Nos termos do art. 4º-A, §4º, esse item aplica-se exclusivamente ao ato de lavratura decorrente
de infrações referentes a matérias nas quais a atividade foi considerada de baixo ou médio
risco, não se aplicando a órgãos e a entidades da administração pública que não a tenham
assim classificado, de forma direta ou indireta, de acordo com os seguintes critérios:
• direta, quando realizada pelo próprio órgão ou entidade da administração pública
que procede à lavratura; e
• indireta, quando o nível de risco aplicável decorre de norma hierarquicamente superior
ou subsidiária, por força de lei, desde que a classificação refira-se explicitamente à
matéria sobre a qual se procederá a lavratura.
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Lei 13.874/19
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RESUMO
Essa seção é destinada à revisão dos principais pontos tratados em aula.
A primeira parte traz a revisão por meio de perguntas e palavras-chave, na segunda
parte temos tabelas e desenhos esquemáticos.
Escolha qual a sua melhor maneira de fixar a matéria e mãos à obra!
• Constituição de 1824:
− viés liberal
− liberdade de mercado
− direito absoluto à propriedade individual.
− normas com sentido negativo
• Constituição de 1891
− viés liberal
− liberdade de associação.
• Constituição de 1934
− capítulo dedicado à ordem econômica e social
− preocupação com o interesse coletivo
− interesse social.
• Constituição de 1937
− primeira referência expressa à intervenção do estado no domínio econômico.
− viés autoritário e nacionalista
• Constituição de 1946
− retomada da democracia
− intervenção do estado no domínio econômico e ideais sociais advindos do novo
liberalismo
− subordinação do exercício dos direitos individuais ao interesse da coletividade.
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• Principais características:
− sistema econômico capitalista, com garantia da liberdade de iniciativa e da pro-
priedade privada
− possibilidade de intervenção estatal
• Regra geral
− intervenção indireta do Estado na Ordem Econômica
• Exceções
− intervenção direta: imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse
coletivo
• Funções exercidas pelo Estado
− fiscalizar, incentivar e planejar
− explorar a atividade econômica (monopólio)
− prestar serviços públicos
− explorar em concorrência com o particular
• Fundamentos:
− Livre iniciativa
− Valorização do trabalho humano
• Objetivos
− Existência digna
− Justiça social
• Princípios
− soberania nacional;
− propriedade privada;
− função social da propriedade;
− livre concorrência;
− defesa do consumidor;
− defesa do meio ambiente,
− redução das desigualdades regionais e sociais;
− busca do pleno emprego;
− tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as
leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
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• Liberdade econômica
• Subsidiariedade
• Igualdade econômica
• Desenvolvimento econômico
• Democracia econômica
• Boa -fé econômica
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JURISPRUDÊNCIA
RECONHECIMENTO, PELA CORTE JUDICIÁRIA LOCAL, DA VALIDADE CONSTITUCIONAL DE
LEI DISTRITAL QUE VEDA A INSTALAÇÃO DE POSTOS DE COMBUSTÍVEIS EM DETERMINADAS
ÁREAS, COMO ESTACIONAMENTOS DE SUPERMERCADOS – REGULAÇÃO ESTATAL DA
ATIVIDADE ECONÔMICA EXCEPCIONALMENTE MOTIVADA POR RAZÕES DE ELEVADO
INTERESSE SOCIAL E DE SEGURANÇA DA COLETIVIDADE – CIRCUNSTÂNCIA QUE
LEGITIMA, EM FACE DE ATIVIDADE EMPRESARIAL DE RISCO, A ATUAÇÃO NORMATIVA
DO PODER PÚBLICO NO DOMÍNIO ECONÔMICO – DOUTRINA – PRECEDENTES
A regulação estatal no domínio econômico, por isso mesmo, seja no plano normativo,
seja no âmbito administrativo, traduz competência constitucionalmente assegurada
ao Poder Público, cuja atuação – destinada a fazer prevalecer os vetores condicionantes
da atividade econômica (CF,art. 170) – é justificada e ditada por razões de interesse
público, especialmente aquelas que visam a preservar a segurança da coletividade.
A obrigação do Estado, impregnada de qualificação constitucional, de proteger a
integridade de valores fundados na preponderância do interesse social e na necessidade
de defesa da incolumidade pública legitima medidas governamentais, no domínio
econômico, decorrentes do exercício do poder de polícia, a significar que os princípios
que regem a atividade empresarial autorizam, por efeito das diretrizes referidas no
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art. 170 da Carta Política, a incidência das limitações jurídicas que resultam do modelo
constitucional que conforma a própria estruturação da ordem econômica em nosso
sistema institucional. (STF-RE597165 AgR DF, DJ em 19/12/14)
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O Colegiado asseverou que o princípio da livre iniciativa, descrito no art. 1º, IV, da CF
como fundamento da República e reiterado no art. 170 do texto constitucional, veda
a adoção de medidas que se destinem direta ou indiretamente à manutenção artificial
de postos de trabalho, em detrimento das reconfigurações de mercado necessárias
à inovação e ao desenvolvimento. Isso porque essa providência não é capaz de gerar
riqueza para trabalhadores ou consumidores. (STF-RE 839.950-DJ em 24/10/18)
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O princípio da livre iniciativa, inserido no caput do art. 170 da Constituição nada mais
é do que uma cláusula geral cujo conteúdo é preenchido pelos incisos do mesmo
artigo. Esses princípios claramente definem a liberdade de iniciativa não como uma
liberdade anárquica, mas social, e que pode, consequentemente, ser limitada (STF-
ARE 1.104.226 AgR-DJ em 27/04/18)
(...) Os valores do trabalho e da livre iniciativa, insculpidos na Constituição (art. 1º, IV),
são intrinsecamente conectados, em uma relação dialógica que impede seja rotulada
determinada providência como maximizadora de apenas um desses princípios, haja vista
ser essencial para o progresso dos trabalhadores brasileiros a liberdade de organização
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produtiva dos cidadãos, entendida esta como balizamento do poder regulatório para
evitar intervenções na dinâmica da economia incompatíveis com os postulados da
proporcionalidade e da razoabilidade.
(...)
A terceirização, segundo estudos empíricos criteriosos, longe de ‘precarizar’, ‘reificar’
ou prejudicar os empregados, resulta em inegáveis benefícios aos trabalhadores em
geral, como a redução do desemprego, diminuição do turnover, crescimento econômico
e aumento de salários, permitindo a concretização de mandamentos constitucionais
como ‘erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais
e regionais’, ‘redução das desigualdades regionais e sociais’ e a ‘busca do pleno
emprego’ (arts. 3º, III, e 170 CRFB).
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Ação direta de inconstitucionalidade. Lei complementar estadual que fixa piso salarial
para certas categorias. Pertinência temática. Conhecimento integral da ação. Direito
do trabalho. Competência legislativa privativa da União delegada aos Estados e ao
Distrito Federal. Lei Complementar federal n. 103/2000. Alegada violação ao art. 5º,
caput (princípio da isonomia), art. 7º, V, e art. 114, § 2º, da Constituição. Inexistência.
Atualização do piso salarial mediante negociação coletiva com a participação do
“Governo do Estado de Santa Catarina”. Violação ao princípio da autonomia sindical.
Inconstitucionalidade formal. Procedência parcial. (...) 3. A lei questionada não
viola o princípio do pleno emprego. Ao contrário, a instituição do piso salarial
regional visa, exatamente, reduzir as desigualdades sociais, conferindo proteção
aos trabalhadores e assegurando a eles melhores condições salariais. (...) 5. A lei
impugnada realiza materialmente o princípio constitucional da isonomia, uma vez que
o tratamento diferenciado aos trabalhadores agraciados com a instituição do piso
salarial regional visa reduzir as desigualdades sociais. A Lei Complementar federal n.
103/2000 teve por objetivo maior assegurar àquelas classes de trabalhadores menos
mobilizadas e, portanto, com menor capacidade de organização sindical, um patamar
mínimo de salário. (STF-ADI 4364-DJ em 16/5/11).
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companhias sujeitas à sua fiscalização à luz dos arts. 5º, incs. II e XIII, 84, incs. II
e VI, 87, parágrafo único e inc. II, 88, 170 e 174 da Constituição Federal de 1988
(STF-RE902261-DJ em 09/10/20-Repercussão geral tema 969)
• Constitucionalidade da vedação à venda varejista ou ao oferecimento de bebidas
alcoólicas para consumo no local, destinada a empreendimentos comerciais
localizados em terrenos com acesso direto à rodovia (STF-ADI 4017 e ADI 4103-
DJ em 23/09/22)
JURISPRUDÊNCIA
Discussão sobre a exclusividade da propriedade industrial em razão da demora
na concessão do registro de marca pelo INPI concomitante ao surgimento de uso
mundialmente consagrado da mesma marca por concorrente (ARE 1.266.095 RG, rel.
min. Dias Toffoli, j. 17-3-2022, P, DJE de 25-4-2022, Tema 1.205, com mérito pendente)
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QUESTÕES DE CONCURSO
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026. (TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO/2018) É correto afirmar que, em seu Título VII (Da Ordem
Econômica e Financeira), a Constituição dispõe que:
a) a lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública e da sociedade de economia
mista que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens, as
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quais se sujeitarão ao regime próprio das empresas privadas e gozarão de privilégios fiscais
adequados às finalidades estatutárias.
b) é permitida, nos termos da lei, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado,
entre outras hipóteses, quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou
relevante interesse coletivo.
c) a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos
constituem monopólio da União, que poderá contratar a sua realização com empresas
estatais ou privadas, observadas as condições estabelecidas em lei.
d) a pesquisa e a lavra de recursos minerais somente poderão ser efetuadas mediante
autorização ou concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa
brasileira de capital nacional.
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I – A melhora social e econômica do Brasil nas últimas décadas não se reflete plenamente
na moradia e no saneamento básico: milhões de brasileiros ainda vivem em aglomerados
subnormais e sem acesso a saneamento.
II – O rompimento do ciclo intergeracional da pobreza pode ser atingido por meio de
políticas públicas que promovam a autonomia e a liberdade econômica e financeira da
mulher, como o acesso igualitário ao mercado de trabalho, a provisão de creches e o apoio
aos familiares idosos.
III – A ordem econômica determina que se observe a função social da propriedade e que,
ao mesmo tempo, se respeite o bem-estar da sociedade, porém não garante o direito do
indivíduo sobre a propriedade.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas o item III está certo.
d) Apenas os itens I e II estão certos.
e) Apenas os itens II e III estão certos
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GABARITO
1. C 36. c
2. E 37. C
3. E 38. C
4. C 39. C
5. E 40. E, C
6. C 41. c
7. C 42. d
8. E 43. E
9. c 44. C
10. d 45. C
11. d 46. a
12. c 47. a
13. b 48. E, E
14. c 49. C
15. c 50. a
16. e 51. c
17. C 52. b
18. C 53. c
19. E 54. e
20. C 55. d
21. b 56. b
22. E 57. E
23. C 58. c
24. C 59. E
25. c 60. c
26. c 61. C
27. a 62. e
28. C 63. E
29. d 64. e
30. E, E 65. E
31. C 66. E, E, C
32. C 67. C
33. C, E 68. E
34. b 69. E
35. E
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GABARITO COMENTADO
O item está correto, nos termos do art. 3º, III da lei 13.874/19.
Certo.
Nos termos do art. 2º, III da lei 13.874/19, um dos princípios norteadores é a intervenção
subsidiária e excepcional do Estado sobre o exercício de atividades econômicas e não sobre
o exercício de fiscalização e regulação.
Errado.
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Ocorre que a extração de petróleo não se enquadra nessa previsão, pois o art. 17 da CF dispõe
que a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos.
Vale lembrar que o §1 do art. 170 prevê que a União poderá contratar com empresas estatais
ou privadas a realização das atividades previstas nos incisos I a IV deste artigo observadas
as condições estabelecidas em lei
Errado.
O item está correto, nos termos do art 3º, XII da lei 13.874/19.
Certo.
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O item está incorreto, pois não se trata de princípio, mas sim de direito previsto na lei.
Confira:
Art. 3º São direitos de toda pessoa, natural ou jurídica, essenciais para o desenvolvimento e o
crescimento econômicos do País,
(...)II - desenvolver atividade econômica em qualquer horário ou dia da semana, inclusive feriados,
sem que para isso esteja sujeita a cobranças ou encargos adicionais, observadas:
a) as normas de proteção ao meio ambiente, incluídas as de repressão à poluição sonora e à
perturbação do sossego público;
Errado.
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c) De pequeno porte.
d) De baixo risco.
Art. 14. Os órgãos licenciadores devem observar os prazos estabelecidos para tramitação dos
processos de licenciamento.
(...)
§ 3º O decurso dos prazos de licenciamento, sem a emissão da licença ambiental, não implica
emissão tácita nem autoriza a prática de ato que dela dependa ou decorra, mas instaura a
competência supletiva referida no art. 15.
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b) Errada. O item B vai de encontro ao decidido em sede liminar pelo STF na ADPF 656 MC.
Na ocasião, a Corte entendeu que a aprovação tácita dessas substâncias, por decurso de
prazo previsto no ato combatido viola o princípio da proibição de retrocesso socioambiental.
c) Certa. O item C está nos termos do art. 3, VIII, a,1 da lei 13.979/20.
d) Errada. A lei 13.874/19 dispõe expressamente que a aprovação tácita não se aplica ao
Distrito Federal e Municípios (art. 3º, IX).
e) Errada. O fundamento é o mesmo da letra A.
Letra c.
a) Errada. O item A está incorreto pois vai de encontro ao art. 3º. (...) §5º:
O disposto no inciso VIII do caput deste artigo não se aplica à empresa pública e à sociedade
de economia mista definidas nos arts. 3º e 4º da Lei n. 13.303, de 30 de junho de 2016.
Art. 3⁰:
(...) XI - não ser exigida medida ou prestação compensatória ou mitigatória abusiva, em sede
de estudos de impacto ou outras liberações de atividade econômica no direito urbanístico,
entendida como aquela que:
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Art. 3º
(...) §2º. A fiscalização do exercício do direito de que trata o inciso I do caput deste artigo
será realizada posteriormente, de ofício ou como consequência de denúncia encaminhada à
autoridade competente
Letra b.
Art. 3º São direitos de toda pessoa, natural ou jurídica, essenciais para o desenvolvimento e o
crescimento econômicos do País, observado o disposto no parágrafo único do:
I – desenvolver atividade econômica de baixo risco, para a qual se valha exclusivamente de
propriedade privada própria ou de terceiros consensuais, sem a necessidade de quaisquer atos
públicos de liberação da atividade econômica;
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Art. 3º São direitos de toda pessoa, natural ou jurídica, essenciais para o desenvolvimento e
o crescimento econômicos do País, observado o disposto no parágrafo único do art. 170 da
Constituição Federal: [...]
III – definir livremente, em mercados não regulados, o preço de produtos e de serviços como
consequência de alterações da oferta e da demanda;
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§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais
de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
Por sua vez, o art. 186 dispõe acerca do cumprimento da função social pela propriedade rural:
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente,
segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
I – aproveitamento racional e adequado;
II – utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;
III – observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV – exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
Certo.
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I – soberania nacional;
II – propriedade privada;
III – função social da propriedade;
IV – livre concorrência;
V – defesa do consumidor;
VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto
ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; (Redação dada
pela Emenda Constitucional n. 42, de 19.12.2003)
VII – redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII – busca do pleno emprego;
IX – tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras
e que tenham sua sede e administração no País.
Errado.
Art. 173.
(...)§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privado.
Certo.
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O item B traz a única hipótese contrária aos princípios da ordem econômica. Veja que o
art. 173 dispõe que a intervenção direta só ocorrerá em casos excepcionais e não menciona
atividades estratégicas.
a) Errada. Está de acordo com o art. 170, VI.
c) Errada. Está de acordo com o art.172.
d) Errada. Está de acordo com o art.170, IX.
e) Errada. Está de acordo com o art.153, VI e §4º, I.
Letra b.
O item está incorreto. A soberania nacional é princípio da ordem econômica, nos termos
do art. 170 I da CF.
Por sua vez, o caput dispõe que a finalidade é assegurar a todos existência digna, conforme
os ditames da justiça social
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa,
tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados
os seguintes princípios:
I – soberania nacional;
Errado.
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Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista
e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de
bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional
n. 19, de 1998)
(...)
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional n.
19, de 1998)
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privado.
Certo.
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Art. 173. § 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados,
à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na
forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante
para o setor público e indicativo para o setor privado.
Letra c.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
026. (TJ-SP/JUIZ SUBSTITUTO/2018) É correto afirmar que, em seu Título VII (Da Ordem
Econômica e Financeira), a Constituição dispõe que:
a) a lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública e da sociedade de economia
mista que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens, as
quais se sujeitarão ao regime próprio das empresas privadas e gozarão de privilégios fiscais
adequados às finalidades estatutárias.
b) é permitida, nos termos da lei, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado,
entre outras hipóteses, quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou
relevante interesse coletivo.
c) a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos
constituem monopólio da União, que poderá contratar a sua realização com empresas
estatais ou privadas, observadas as condições estabelecidas em lei.
d) a pesquisa e a lavra de recursos minerais somente poderão ser efetuadas mediante
autorização ou concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa
brasileira de capital nacional.
Art. 173.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista
e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de
bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privado.
b) Errada. O ar.t 173, caput da CF não prevê outras hipóteses, tratando apenas dos imperativos
da segurança nacional ou do relevante interesse coletivo.
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança
nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
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Art. 176
(...)
§1º, CF. A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a que se
refere o caput deste artigo somente poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão
da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras e
que tenha sua sede e administração no País, na forma da lei (...)
Letra c.
170
(...)
VI – defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto
ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
b) Errada. As sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não
extensivos as empresas privadas. (art 173, §2 da CF).
c) Errada. O valor não é estabelecido por ato específico do executivo, mas sim por lei,
conforme art. 176, §2 da CF:
Art. 176
(...)
§2º É assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra, na forma e no
valor que dispuser a lei.
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O item D está incorreto, pois contraria o disposto no art. 179 da CF (que também inclui as
obrigações previdenciárias
Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e
às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando
a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias
e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.
Art. 176
(...)
§4º Não dependerá de autorização ou concessão o aproveitamento do potencial de energia
renovável de capacidade reduzida.
Letra a.
JURISPRUDÊNCIA
É inconstitucional o uso de meio indireto coercitivo para pagamento de tributo –
“sanção política” –, tal qual ocorre com a exigência, pela Administração Tributária, de
fiança, garantia real ou fidejussória como condição para impressão de notas fiscais
de contribuintes com débitos tributários.
Certo.
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CF
art. 5º
XXII: é garantido o direito de propriedade;
XXIII – a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV – a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade
pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados
os casos previstos nesta Constituição;
Letra d.
O item I está incorreto. A livre iniciativa está prevista tanto no art. 1 quanto no art. 170 da
CF e estabelece que a autorização de órgãos públicos sera excepcional.
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O item II está incorreto. O art. 170 estabelece que haverá tratamento favorecido para as
empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e
administração no País.
Errado. Errado
O item está correto. Trata-se de um princípio geral que norteia toda a atividade econômica.
Certo.
Art. 177
(...)
V – a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio de
minérios e minerais nucleares e seus derivados, com exceção dos radioisótopos cuja produção,
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Certo. Errado.
O item está incorreto. Embora existam princípios próprios a serem aplicados à ordem
econômica, a razoabilidade e a proporcionalidade são princípios gerais que devem ser
aplicados também nesse caso.
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Lembre-se que os princípios são caracterizados pela sua generalidade e abstração e sua
aplicação se dará em cada caso concreto, por meio da ponderação.
Errado.
O item está correto. De fato, na CF/88, a exploração da atividade econômica pelo estado
é feita excepcionalmente, nos termos do art. 173, caput.
Certo.
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O item está correto. Como vimos, a CF/88 traz um sistema econômico capitalista, garantindo
a liberdade de iniciativa e a propriedade privada, ambas podendo ser delineadas pelo Estado.
Os fatores de produção pertencem aos agentes privados, sendo possível a intervenção
estatal por meio de atos normativos ou atos de gestão, por essa razão não se pode falar
em um capitalismo puro.
Certo.
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JURISPRUDÊNCIA
A fixação de preços em valores abaixo da realidade é obstáculo ao livre exercício da
atividade econômica, com desrespeito à livre iniciativa (STF-AgR-AI 683.098)
Errado. Certo.
a) Errada. O art. 173 prevê exploração direta de atividade econômica pelo Estado somente
quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo,
conforme definidos em lei.
Vale lembrar ainda que a ordem econômica brasileira deve buscar a justiça social, utilizando-
se de políticas públicas para esse fim.
b) Errada. Já vimos que o art. 174 prevê que o Estado atue como agente normativo e regulador
da atividade econômica, exercendo as funções de fiscalização, incentivo e planejamento,
sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
c) Certa. O Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e
planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor
privado. Obviamente os estímulos de mercado como principal indutor das decisões dos
agentes econômicos continua sendo um dos principais fatores determinantes para atuação
dos agentes.
d) Errada. Os fundamentos também podem ser retirados do art. 174 da CF, de modo
que é perfeitamente possível que o Estado fomente as atividades econômicas de um
determinado setor, desde que obedeça a outros princípios constitucionais como a igualdade
e a impessoalidade.
Letra c.
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A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá
a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos
praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.
Letra d.
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O item está incorreto, pois o parágrafo único do art. 170 dispõee que é assegurado a todos
o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de
órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
Errado.
O item está correto. As hipóteses de intervenção do estado na economia serão estudadas mais
profundamente em outras aulas, entretanto, já vimos que, conforme art. 173, ressalvados
os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo
Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a
relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
Certo.
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O item A está correto. Nos termos do art. 173, caput, da CF, a prestação direta de atividade
econômica pelo Estado é excepcional: nos casos previstos na Constituição, ou quando
necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme
definidos em lei.
O item B está incorreto. O final do item afirma que os imperativos da segurança nacional
ou a relevante interesse coletivo serão definidos em atos do Poder Executivo, quando, na
verdade, serão definidos em lei (art 173)
Letra a.
a) Certa. De fato, um dos marcos da livre iniciativa foi o decreto D’Allarde, de 1791, que
determinou que a partir de 1 de abril deste ano, seria livre a qualquer pessoa a realização
de qualquer negócio ou exercícios de qualquer profissão, arte ou ofício que lhe aprouvesse
(desde que fossem pagos os impostos e taxas e observados os regulamentos aplicáveis).
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Além disso, podemos definir a livre iniciativa como a liberdade de empreender, de exercer
qualquer forma de atividade econômica. O conceito vai além, abarcando também outras
formas de organização econômica, como a cooperativa (art. 5, XVIII) e a liberdade contratual
e comercial.
b) Errada. A livre iniciativa não está à frente de outros princípios, podendo ser limitada pela
justiça social, por exemplo.
c) Errada. A livre iniciativa está ligada ao princípio da legalidade, na medida em que constitui
um direito exercido na forma da lei, podendo, inclusive, ser limitada por ela (art. 170,
parágrafo único).
d) Errada. A livre iniciativa é prevista expressamente na CF, como já vimos exaustivamente.
(art. 170, IV- CF).
e) Errada. Ao atuar na intervenção de preços, o estado não se baseia apenas no princípio
da livre iniciativa, mas também nos demais princípios e fundamentos da ordem econômica
(ex: função social da propriedade)
Letra a.
O item I está incorreto. Nos termos do art 174 da CF, o Estado, como agente normativo
e regulador da atividade econômica, exercerá as funções de fiscalização, incentivo e
planejamento.
O item II está incorreto, confiram o art. 173:
Errado. Errado.
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Com exceção dos casos especificados em lei, toda pessoa dispõe de liberdade para exercer
qualquer atividade econômica, independentemente de autorização concedida por órgãos
públicos.
JURISPRUDÊNCIA
Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de
estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.
Letra a.
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A regra é a livre iniciativa, mas, com fundamento na defesa da coletividade, o estado pode
restringir o exercício da atividade econômica, impondo os requisitos mínimos necessários.
JURISPRUDÊNCIA
TRABALHO – OFÍCIO OU PROFISSÃO – EXERCÍCIO. Consoante disposto no inciso XIII do
artigo 5º da Constituição Federal, “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”. BACHARÉIS
EM DIREITO – QUALIFICAÇÃO. Alcança-se a qualificação de bacharel em Direito
mediante conclusão do curso respectivo e colação de grau. ADVOGADO – EXERCÍCIO
PROFISSIONAL – EXAME DE ORDEM. O Exame de Ordem, inicialmente previsto no artigo
48, inciso III, da Lei n. 4.215/63 e hoje no artigo 84 da Lei n. 8.906/94, no que a atuação
profissional repercute no campo de interesse de terceiros, mostra-se consentâneo com
a Constituição Federal, que remete às qualificações previstas em lei. Considerações.
(STF- RE 603583/RS- DJ em 26/10/11)
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JURISPRUDÊNCIA
É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento
comercial.
c) Certa.
JURISPRUDÊNCIA
A fixação de preços em valores abaixo da realidade é obstáculo ao livre exercício da
atividade econômica, com desrespeito à livre iniciativa (STF-AgR-AI 683.098)
Letra c.
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
Diante do explicitado acima, podemos definir a livre iniciativa como a liberdade de empreender,
de exercer qualquer forma de atividade econômica. Entretanto, com fundamento na defesa
da coletividade, o estado pode restringir o exercício da atividade econômica, impondo os
requisitos mínimos necessários para tal exercício
a) Errada. O item A de do artigo 171 da CF, que foi totalmente revogado.
c) Errada. Existe o princípio do tratamento favorecido às empresas nacionais de pequeno
porte.
d) Errada. Por sua vez, o item D está incorreto pois exige-se lei nesses casos, não bastando
decreto do poder executivo (art. 170)
Letra b.
JURISPRUDÊNCIA
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS
DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E INTERNACIONAL
DE PASSAGEIROS - ABRATI. CONSTITUCIONALIDADE DA LEI N. 8.899, DE 29 DE JUNHO
DE 1994, QUE CONCEDE PASSE LIVRE ÀS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA.
ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DA ORDEM ECONÔMICA, DA ISONOMIA, DA
LIVRE INICIATIVA E DO DIREITO DE PROPRIEDADE, ALÉM DE AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO
DE FONTE DE CUSTEIO (ARTS. 1º, INC. IV, 5º, INC. XXII, E 170 DA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA): IMPROCEDÊNCIA. 1. A Autora, associação de associação de classe, teve sua
legitimidade para ajuizar ação direta de inconstitucionalidade reconhecida a partir do
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JURISPRUDÊNCIA
TRIBUTO – DÉBITO – NOTAS FISCAIS – CAUÇÃO – SANÇÃO POLÍTICA – IMPROPRIEDADE.
Consubstancia sanção política visando o recolhimento de tributo condicionar a expedição
de notas fiscais a fiança, garantia real ou fidejussória por parte do contribuinte.
Inconstitucionalidade do parágrafo único do artigo 42 da Lei n. 8.820/89, do Estado
do Rio Grande do Sul.
(...)
Configura afronta à Carta da República e ao sistema de liberdades fundamentais o
contribuinte devedor, para exercer profissão ou atividade econômica, ser obrigado,
como condição de emissão de notas fiscais, a oferecer garantia com o fim de,
consoante discurso falacioso do legislador, prevenir ou acautelar débitos futuros
cuja existência e valor são presumidos.
Ante o exposto, não há dúvida de que o preceito impugnado contraria os dispositivos
constitucionais evocados, ou seja, a garantia do livre exercício do trabalho, ofício ou
profissão – inciso XIII do artigo 5º – e de qualquer atividade econômica – parágrafo
único do artigo 170 – assim como o devido processo legal – artigo 5º, inciso LIV. Conheço
e provejo o recurso para, restabelecido o entendimento sufragado pelo Juízo, deferir
a segurança pleiteada, assegurado o direito do recorrente à obtenção de autorização
para impressão de talonários de notas fiscais independentemente de prestação de
fiança, garantia real ou outra fidejussória, declarando a inconstitucionalidade do
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Letra c.
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Outros possuem caráter intervencionista, pois determinam uma atuação positiva do estado,
a fim de cumprir fins sociais (incisos V a VIII).
Esses princípios também são chamados por alguns doutrinadores de princípios integrativos,
já que buscam reduzir a marginalização social.
Ex.: erradicação da pobreza e combate às desigualdades regionais.
d) Errada. A livre iniciativa é a liberdade de empreender, de exercer qualquer forma de
atividade econômica. O conceito vai além, abarcando também outras formas de organização
econômica, como a cooperativa (art. 5, XVIII) e a liberdade contratual e comercial. Entretanto,
com fundamento na defesa da coletividade, o estado pode restringir o exercício da atividade
econômica, impondo os requisitos mínimos necessários para tal exercício.
Registrem que o intuito da livre iniciativa não é garantir o lucro e o sucesso individual do
empresário, mas sim a liberdade dos agentes econômicos, observados os fins sociais.
e) Certa. Como vimos no item C, alguns princípios possuem caráter intervencionista, pois
determinam uma atuação positiva do estado, a fim de cumprir fins sociais (incisos V a VIII).
Esses princípios também são chamados por alguns doutrinadores de princípios integrativos,
já que buscam reduzir a marginalização social.
Ex.: erradicação da pobreza e combate às desigualdades regionais.
Letra e.
A questão original foi anulada, entretanto, fiz uma adaptação e optei por colocá-la na lista,
já que aborda os princípios implícitos da ordem econômica.
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Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na
forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante
para o setor público e indicativo para o setor privado.
Lembre-se, ainda, que a intervenção só ocorrerá nos casos previstos no art. 173, ou seja,
nos casos autorizados pela própria Constituição.
c) Errada. Esse princípio abarca a liberdade de empresa para atuar no mercado, bem como
a liberdade de concorrência.
O artigo 170 da CF prevê em seu parágrafo único que:
A regra é a livre iniciativa, mas, com fundamento na defesa da coletividade, o estado pode
restringir o exercício da atividade econômica, impondo os requisitos mínimos necessários
para o exercício da atividade econômica.
d) Certa. A democracia econômica guarda relação com as políticas públicas, que deverão
garantir liberdade de iniciativa e emprego, dando chances iguais de acesso à todos que se
encontrem na mesma situação fática e jurídica.
Deve ser pautado pela valorização do trabalho humano, pela defesa do consumidor e pela
busca do pleno emprego.
Letra d.
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O item está incorreto. A livre concorrência permite que exista um equilíbrio no mercado, de
modo que possam coexistir os grandes grupos e as pequenas empresas, ou seja, faz com
que o Estado abrigue uma ordem econômica fundada na competitividade entre os entes
(garantindo que todos possam concorrer e explorar o mercado).
Errado.
JURISPRUDÊNCIA
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS
DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO INTERMUNICIPAL, INTERESTADUAL E INTERNACIONAL
DE PASSAGEIROS - ABRATI. CONSTITUCIONALIDADE DA LEI N. 8.899, DE 29 DE JUNHO
DE 1994, QUE CONCEDE PASSE LIVRE ÀS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA.
ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DA ORDEM ECONÔMICA, DA ISONOMIA, DA
LIVRE INICIATIVA E DO DIREITO DE PROPRIEDADE, ALÉM DE AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO
DE FONTE DE CUSTEIO (ARTS. 1º, INC. IV, 5º, INC. XXII, E 170 DA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA): IMPROCEDÊNCIA. 1. A Autora, associação de associação de classe, teve sua
legitimidade para ajuizar ação direta de inconstitucionalidade reconhecida a partir do
julgamento do Agravo Regimental na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.153,
Rel. Min. Celso de Mello, DJ 9.9.2005. 2. Pertinência temática entre as finalidades da
Autora e a matéria veiculada na lei questionada reconhecida. 3. Em 30.3.2007, o Brasil
assinou, na sede das Organizações das Nações Unidas, a Convenção sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência, bem como seu Protocolo Facultativo, comprometendo-se
a implementar medidas para dar efetividade ao que foi ajustado. 4. A Lei n. 8.899/94
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JURISPRUDÊNCIA
ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL: ADEQUAÇÃO.
OBSERVÂNCIA DO PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE. ARTS. 170, 196 E 225 DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. CONSTITUCIONALIDADE DE ATOS NORMATIVOS
PROIBITIVOS DA IMPORTAÇÃO DE PNEUS USADOS. RECICLAGEM DE PNEUS USADOS:
AUSÊNCIA DE ELIMINAÇÃO TOTAL DE SEUS EFEITOS NOCIVOS À SAÚDE E AO MEIO
AMBIENTE EQUILIBRADO. AFRONTA AOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA SAÚDE E DO
MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO. COISA JULGADA COM CONTEÚDO
EXECUTADO OU EXAURIDO: IMPOSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO. DECISÕES JUDICIAIS
COM CONTEÚDO INDETERMINADO NO TEMPO: PROIBIÇÃO DE NOVOS EFEITOS A PARTIR
DO JULGAMENTO. ARGUIÇÃO JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE. 1. Adequação
da arguição pela correta indicação de preceitos fundamentais atingidos, a saber, o
direito à saúde, direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado (arts. 196 e
225 da Constituição Brasileira) e a busca de desenvolvimento econômico sustentável:
princípios constitucionais da livre iniciativa e da liberdade de comércio interpretados
e aplicados em harmonia com o do desenvolvimento social saudável. (...)2. Argüição
de descumprimento dos preceitos fundamentais constitucionalmente estabelecidos:
decisões judiciais nacionais permitindo a importação de pneus usados de Países que
não compõem o Mercosul: objeto de contencioso na Organização Mundial do Comércio
– OMC, a partir de 20.6.2005, pela Solicitação de Consulta da União Europeia ao Brasil.
3. Crescente aumento da frota de veículos no mundo a acarretar também aumento de
pneus novos e, consequentemente, necessidade de sua substituição em decorrência do
seu desgaste. Necessidade de destinação ecologicamente correta dos pneus usados para
submissão dos procedimentos às normas constitucionais e legais vigentes. Ausência de
eliminação total dos efeitos nocivos da destinação dos pneus usados, com malefícios
ao meio ambiente: demonstração pelos dados. 4. Princípios constitucionais (art. 225)
a) do desenvolvimento sustentável e b) da equidade e responsabilidade intergeracional.
Meio ambiente ecologicamente equilibrado: preservação para a geração atual e para as
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JURISPRUDÊNCIA
Agravo regimental no agravo de instrumento. Responsabilidade civil do Estado. Setor
sucroalcooleiro. Fixação de preços. Princípio da livre iniciativa. Violação. Precedentes.
1. A jurisprudência desta Corte é no sentido de que fere o princípio da livre iniciativa
a fixação de preços em valores abaixo dos reais. 2. No exame do RE n. 632.644/
DF-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 10/5/12, reconheceu-se
a “responsabilidade objetiva da União em face do ato estatal que fixou os preços dos
produtos sucroalcooleiros em valores inferiores ao levantamento de custos realizados
pela Fundação Getúlio Vargas”. 3. Agravo regimental não provido. (STF- AI 777361
Agr-DJ em 26/6/12)
JURISPRUDÊNCIA
DIREITO TRIBUTÁRIO. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. NORMAS GERAIS DE DIREITO
TRIBUTÁRIO. ART 146, III, DA CF. ART. 135, III, DO CTN. SÓCIOS DE SOCIEDADE LIMITADA.
ART. 13 DA LEI 8.620/93. INCONSTITUCIONALIDADES FORMAL E MATERIAL. REPERCUSSÃO
GERAL. APLICAÇÃO DA DECISÃO PELOS DEMAIS TRIBUNAIS.(...) 7. O art. 13 da Lei
8.620/93 também se reveste de inconstitucionalidade material, porquanto não é
dado ao legislador estabelecer confusão entre os patrimônios das pessoas física e
jurídica, o que, além de impor desconsideração ex lege e objetiva da personalidade
jurídica, descaracterizando as sociedades limitadas, implica irrazoabilidade e inibe a
iniciativa privada, afrontando os arts. 5º, XIII, e 170, parágrafo único, da Constituição.
8. Reconhecida a INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 13 DA LEI 8.620/93 NA PARTE EM
QUE DETERMINOU QUE OS SÓCIOS DAS EMPRESAS POR COTAS DE RESPONSABILIDADE
LIMITADA RESPONDERIAM SOLIDARIAMENTE, COM SEUS BENS PESSOAIS, PELOS DÉBITOS
JUNTO À SEGURIDADE SOCIAL. 9. Recurso extraordinário da União desprovido. 10. Aos
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recursos sobrestados, que aguardavam a análise da matéria por este STF, aplica-se o
art. 543-B, § 3º, do CPC.( STF-RE 562276/PR- DJ 10/02/11)
Letra c.
Trata-se de uma questão simples, que exige apenas o conhecimento da letra da lei. Como
vimos exaustivamente na aula de hoje, livre concorrência, redução das desigualdades
regionais e sociais, busca do pleno emprego e função social da propriedade são princípios
explícitos da ordem econômica.
Por sua vez, a dignidade da pessoa humana não se insere como princípio da ordem econômica.
Letra e.
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O dispositivo constitucional (art. 171) que previa essa hipótese foi todo revogado pela EC
n. 6, de1995.
Errado.
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a) Errada. Existem outras formas de atuação do Estado. Ex.: agências reguladoras. Além
disso, além das duas hipóteses mecionadas, o Estado também pode atuar diretamente na
economia nos casos previstos expressamente na CF.
b) Errada. O art. 173, §2 não prevê tais exceções.
c) Errada. A CF determina que o planejamento estatal será determinante para o setor
público e indicativo para o setor privado.
d) Errada. O dirigismo econômico não está presente dentre os princípios do art. 170 da CF.
e) Certa. O item pode ser respondido pela interpretação dos artigos 170 e 174 e também
pelo seguinte julgado do STF:
JURISPRUDÊNCIA
Em face da atual Constituição, para conciliar o fundamento da livre iniciativa e do
princípio da livre concorrência com os da defesa do consumidor e da redução das
desigualdades sociais, em conformidade com os ditames da justiça social, pode o
Estado, por via legislativa, regular a política de preços de bens e de serviços abusivo
que é o poder econômico que visa ao aumento arbitrário dos lucros. (ADI 319- DJ em
30/04/93).
Letra e.
O item está incorreto. A livre concorrência faz com que o estado abrigue uma ordem
econômica fundada na competitividade entre os entes (garantindo que todos possam
concorrer e explorar o mercado).
Essa competitividade pressupõe a livre iniciativa e a apropriação privada dos meios de
produção. Nesse ponto, é importante registrar que somente haverá livre concorrência se
houver livre iniciativa, mas a recíproca não é verdadeira.
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Esses dois princípios não se confundem, já que muitas vezes é necessária a intervenção do
estado (restringindo a livre iniciativa), justamente para garantir a livre concorrência.
Errado.
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Certo.
O item está incorreto. O artigo 170, parágrafo único, dispõe que a autorização prévia
constitui exceção e não regra.
Errado.
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O item está incorreto. Como vimos, a CF prevê a igualdade formal entre o particular e o
estado no exercício da atividade econômica.
Art. 173
(...)
§ 2º, CF. As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios
fiscais não extensivos às do setor privado.
Errado.
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REFERÊNCIAS
FIGUEIREDO, Leonardo Vizeu. Lições de Direito Econômico. 6 ed. Rio de Janeiro: Forense.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 42 ed. Malheiros
Editores.
SOUZA, Washington Peluso Albino de. Direito Econômico. São Paulo. Saraiva
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caminhos
crie
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