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5º Grupo

Guilhermina Fuma Ernesto Amade

Raci Pedro Guirruta

Rafael Manuel Nhanombe

Zainabo Tuaha S. Antinane

Externalidades

(Licenciatura em Gestão de Empresas 1° Ano)

Universidade Rovuma
Campus Nacala
2020
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5º Grupo

Guilhermina Fuma Ernesto Amade

Raci Pedro Guirruta

Rafael Manuel Nhanombe

Zainabo Tuaha S. Antinane

Externalidades

(Licenciatura em Gestão de Empresas 1° Ano)

Trabalho em grupo de carácter avaliativo, no


âmbito da cadeira de Introdução a Economia
leccionado pelo docente:

MA. Avelino Zonke

Universidade Rovuma
Campus Nacala
2020
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Índice

1. Introdução.................................................................................................................................4

1.1. Objectivos.............................................................................................................................5

1.2. Metodologia..........................................................................................................................5

2. Conceito de Externalidades......................................................................................................6

2.1. Características de externalidades..........................................................................................7

2.2. Externalidades Negativas......................................................................................................8

2.2.1. Externalidades Negativas e Ineficiência...........................................................................8

2.2.2. Exemplos de Externalidades Negativas............................................................................9

2.3. Externalidade Positivas.........................................................................................................9

2.3.1. Externalidades Positivas e Ineficiência...........................................................................10

2.3.1. Exemplos de Externalidades Positivas............................................................................11

2.4. Formas de Corrigir as Externalidades.................................................................................11

2.5. Soluções Governamentais para as Externalidades..............................................................11

2.6. Externalidades e Direitos de Propriedade...........................................................................11

2.7. Bens Públicos......................................................................................................................12

2.7.1. Tomada de Decisões.......................................................................................................13

3. Conceitos de free-riders ou caronas no âmbito da externalidade…...……………..…….……13

3.1. Quando surgir o problema do Free Rider…………………………………………………...14

4. Conclusão...............................................................................................................................16

5. Referencias Bibliográficas.....................................................................................................17
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1. Introdução

O trabalho em causa foi solicitado na cadeira de Introdução a Economia, o qual versa sobre
Externalidades. Externalidade é quando a acção de um agente económico afecta
significativamente o bem-estar de outro agente que não toma parte da acção.

Duma forma clara, desenvolver-se-á o tema tendo em consideração as suas subdivisões tais
como: externalidades negativas e ineficiência, externalidades positivas e ineficiência, formas de
corrigir as externalidades e externalidades e direitos de propriedades normalmente, bens públicos
e tomadas de decisões, alguns autores defendem que, cabe ao estado criar ou estimular a
instalação de actividades que constituam externalidades positivas (como a educação ou a
investigação), e impedir ou inibir a geração de externalidades negativas. Assim como, ira-se
falar, de teorias de Free riders ou caronas como sendo um problema para os economistas.
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1.1. Objectivos

 Objectivos gerais:
 Identificar externalidade como uma falha do mercado, bem como políticas públicas e
soluções privadas associadas a este problema.
 Objectivos específicos
 Explicar a externalidade como uma falha do mercado e especificar os seus efeitos;
 Explicar o papel do estado relacionados a esta falha do mercado;
 Explicar as soluções privadas para esta falha do mercado.

1.2. Metodologia

O estudo de caso, em linhas gerais, é o conjunto de fontes que o presente trabalho se submete.
Além disso, há uma extensa pesquisa bibliografia para fundamentar o tema aqui levantado,
fornecendo os subsídios teóricos para o desenvolvimento de uma pesquisa académica acerca da
criação de Externalidade positivas e negativas, bens públicos e suas consequências para a tomada
de decisão.
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2. Conceitos de Externalidades

Segundo SAMUELSON (2009), estamos perante uma externalidade quando a acção de um


agente económico afecta significativamente o bem-estar de outro agente que não toma parte da
acção e esse efeito não é transmitido através do sistema preço.

Externalidades, quando actividades de produção ou de consumo que geram benefícios ou custos


que incidem sobre indivíduos que não estão directamente envolvidos nessas actividades, estão na
presença de externalidades.

Em economia, externalidades ou exterioridades são efeitos colaterais de uma decisão sobre


aquelas que não participaram dela. Existe uma externalidade quando a consciência para terceiros
que não são levadas em conta por quem toma a decisão.

2.1. Ineficiência do mercado

As externalidades levam o mercado a alocar recursos de maneira ineficiente. Isso faz com que
terceiros acabem absorvendo os custos ou benefícios oriundos da acção de uma pessoa.

Uma externalidade é um custo ou um benefício imposto a alguém por acções de outros, sem
compensação. Um benefício imposto é uma externalidade positiva, Um custo imposto é uma
externalidade negativa, Existem externalidades no consumo e externalidades na produção.

De acordo com MATEUS (2011)

As externalidades existem devido a ausência de um mercado e de direitos de


propriedades bem definidos. Por exemplo: no caso de poluição de água dado que nem
indústria nem a comunidade detém a água que esta sendo poluída, não há um mercado no
qual se negociar a água disputada. Caso houvesse os agentes envolvidos estariam
dispostos a negociar um acordo eficiente, quer dizer a poluição teria um preço.
Internalizar essas externalidades significa incluir os custos causados pela poluição ao
calcular-se o total resultante da sua produção.

O problema das externalidades ocorre quando os agentes económicos interagem no mercado


gerando, sem intencionalidade, malefícios ou benefícios para indivíduos alheios ao processo.

Uma externalidade é uma imposição de um efeito externo causado a terceiros, gerada em uma
relação de produção, consumo ou troca. As externalidades podem ser positivas ou negativas.
Como um exemplo de externalidade positiva, podemos citar a proximidade de um produtor de
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maçãs e um produtor de mel; é fácil verificar que a "florada das maçãs" exerce efeito positivo
sobre a produção de mel.

O exemplo mais facilmente encontrado de externalidade negativa é a poluição do ar, muito


embora, além dos resíduos gasosos, existam outras formas de externalidades, como os resíduos
sólidos e os resíduos líquidos. No caso dos resíduos sólidos, podemos citar o caso dos lixões ou
vazadouros, na cidade de Nacala-Porto, onde são despejadas cerca de 80 toneladas de resíduos
sólidos sem qualquer tipo de tratamento para minimizar os impactos ambientais.

Como exemplo de resíduos gasosos, em uma relação de produção, é de se mencionar o caso de


uma fábrica que produz odores ou fumaça que são prejudiciais para a vizinhança.

Em uma relação de consumo, o exemplo dos veículos automotores é o mais conhecido e o


malefício gerado por eles é o responsável por mais de 55% da poluição do ar. Com relação aos
resíduos líquidos, o exemplo mais comum é o da fábrica que despeja seus resíduos líquidos
poluentes em um rio, onde pescadores necessitam dos peixes para sobreviver.

2.2. Características de externalidades

Segundo MARTINS (2001), a principal característica da externalidade é que há bens com os


quais os consumidores estão preocupados e não são vendidos nos mercados, e a falta desses
mercados para externalidade é que causam problemas. Os problemas surgem quando os direitos
de propriedade não estão bem definidos, como quando a empresa pode acreditar que tem direito
a poluir o meio ambiente e as pessoas acreditam que tem o direito a ter um meio ambiente puro.

a) As externalidades podem surgir entre produtores, entre consumidores ou entre


consumidores e produtores; podendo, portanto, ser produzidas por indivíduos
(Externalidade no consumo) ou por empresa externalidade na produção.

Há externalidades entre indivíduos: quando por exemplo: alguém fuma, escuta rádio com um
som alto afectando o bem-estar ao outro indivíduo.

Há externalidades entre empresas e indivíduos: quando por exemplo, uma empresa polui o ar ou
um rio onde a empresa nada ou vão nadar.
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Há externalidades entre empresas: se, por exemplo uma empresa polui um rio prejudicando a
pesca adjuvantes ou quando um produtor de árvore de frutas beneficia um produtor de mel.

b) Tem a natureza recíproca: as externalidades exigem pelo menos dois agentes que tentam
usar o mesmo recurso (o ar, o rio…) havendo muitas vezes dificuldades em determinar
quem deve ter direitos de propriedade.
c) Podem ser positivas ou negativas se originam, respectivamente, uma melhoria ou uma
exteriorização do bem-estar ou produção de outros agentes económicos.
d) Podem ser na produção ou no consumo
2.3. Tipos de Externalidades
2.3.1. Externalidades Negativas

É um impacto negativo das acções de uma entidade sobre o bem-estar de terceiros. As externalidades
negativas levam o mercado a produzir uma quantidade maior que a socialmente desejável.

As externalidades negativas geram um custo marginal externo que é o custo adicional para todos os
agentes económicos afectados pela externalidade associado a produção de mais de uma unidade do bem.

2.3.2. Externalidades Negativas e Ineficiência

De acordo com PINDICK e RUBINFELD (2010)

Um exemplo de externalidade negativa é o caso de uma fábrica de aço que


lança seus resíduos em um rio utilizado pela comunidade local em actividades
de pesca.

a) Ao usar o rio como seu depositório de resíduos, a fábrica põe em causa a quantidade de
peixe lá existente;
b) Entretanto, ao tomar sua decisão de produção, não há motivos para que a empresa se
responsabilize pelos custos externos impostos à comunidade;
c) Por outro lado, uma vez que esses custos externos não são reflectidos nos preços de
mercado, as externalidades constituem uma fonte de ineficiência económica.
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De acordo com PINDYCK e RUBINFELD (2010), externalidades negativas e ineficiência ocorre


quando a acção de uma das partes impõe custos a outra.

2.3.3. Exemplos de Externalidades Negativas


 Poluição atmosférica;
 Poluição das águas;
 Festas barulhentas na vizinhança;
 Trânsito congestionado;
 Fumo de cigarro (fumadores “passivos”);
 Subida nos prémios de seguro devido ao consumo de álcool ou tabaco por parte dos
outros.
 Vista obstruída;
 Como as externalidades não se reflectem nos preços do mercado, elas podem se tornar
uma causa de ineficiência económica, quando a empresa não considera os danos
associados as externalidades negativas, o resultado e uma produção excessiva e custos
sócias desnecessários.
2.4. Externalidade Positivas

É um impacto positivo das acções de uma entidade sobre o bem-estar de terceiros. As


externalidades positivas levam o mercado a produzir uma quantidade menor que a socialmente
desejável. Elas geram benefícios marginais externos que são benefícios para todos agentes
económicos beneficiados pela externalidade associada a produção de mais uma unidade do bem.
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Externalidades positivas são benefícios acarretados a alguém sem qualquer compensação ao seu
gerador. Podem ser chamadas também de benefícios externos, quando é possível identificar o
beneficiário, ou de benefícios sociais, na hipótese de não se poder identificar os beneficiário ou
estes não formem um grupo definido de pessoas.

Exemplo de externalidades positivas, podemos mencionar a proximidade de um produto de


maçãs e um produtor de mel; é fácil verificar que a "florada das maçãs" exerce efeito positivo
sobre a produção de mel. Aproveitando o exemplo, vale ressaltar que uma criação de abelhas,
além de produzir o mel e gerar alimentos e recursos monetário para o produtor, gera a importante
externalidade positiva de polinização das plantas. Outro exemplo ilustrativo seria o das florestas
em crescimento, que captam o carbono da atmosfera, aliviando os efeitos do aquecimento global
e beneficiando todo o planeta.

2.4.1. Externalidades Positivas e Ineficiência

De acordo com PINDYCK (2010), ocorre quando a acção de uma das partes beneficia a outra.

a) Consideremos os casos de alguém que decide pintar sua casa e nela construir um jardim;
b) Este é um exemplo de uma externalidade positiva, pois todos os vizinhos passam a
beneficiar da actividade do proprietário da casa, embora este não tenha levado em conta
os benefícios gerados aos vizinhos;
c) Assim como as externalidades negativas culminam com a produção excessiva, as
externalidades positivas podem resultar em níveis insuficientes de produção;
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2.3.1. Exemplos de Externalidades Positivas


 Uma propriedade vizinha bem conservada, que faz subir o valor de mercado da nossa;
 Um perfume agradável usado pela pessoa que vai sentada ao nosso lado;
 Melhores hábitos de condução, que reduzem o risco de acidentes;
 Um progresso científico;
 Educação;
 Vacinação.
2.4. Formas de Corrigir as Externalidades

Segundo MANKIW (2002), existem soluções de mercado para as externalidades. Uma vez que
os lucros de coordenação são maiores que os lucros sem coordenação, cada empresa tem
incentivo a comprar a outra e internalizar a externalidade.

2.4.1. Medidas de incentivo aos transbordamentos tecnológicos

Política industrial: compreende um conjunto de instrumentos, incluindo subsídios, usados por


governos para incentivar sectores específicos da economia importantes para o desenvolvimento
do país. Ponto negativo, o governo pode beneficiar empresas com maior influência política em
vez de empresas que gerem mais externalidades positivas.

Protecção de patentes: são leis que protegem os direitos sobre as invenções, dando aos
inventores grande parte dos benefícios económicos.

2.4.2. Políticas Públicas para as externalidades


 Impostos correctivos
 Regulamentação

Impostos correctivos: são impostos criados para corrigir os efeitos de externalidades negativas.

Exemplo: O Estado pode tributar uma fábrica em determinado valor por certa quantidade de
poluição emitida.

Regulamentação: o governo estabelece limites às empresas a fim de controlar as externalidades.

Exemplo: O Estado determina que uma fábrica reduza sua poluição para um determinado valor
por ano.
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2.5. Soluções Governamentais para as Externalidades


 Atribuir direitos de poluição;
 Vender direitos de poluição;
 Colocar um imposto sobre as emissões;
 Os direitos de poluição são fixados num montante equivalente ao nível de poluição
eficiente;
 As empresas que poluírem acima dos direitos de poluição que detêm devem ser altamente
penalizadas;
 A atribuição de direitos de poluição baseada nas emissões passadas é um incentivo
perverso para as empresas reduzirem estas;
 A livre negociação dos direitos entre as empresas pode levar a que algumas delas
acumulem direitos com o intuito de impedir a entrada;
 O nível eficiente do imposto deve ser igual ao prejuízo marginal externo no nível
socialmente óptimo de poluição.

Assim o governo deve controlar as externalidades negativas, podendo utilizar impostos e


incentivas as positivas, com subsídios

2.6. Externalidades e Direitos de Propriedade

De acordo com MANKIW (2002)

O teorema de Coase diz que, numa transacção económica com externalidades, se os


direitos de propriedade forem bem definidos e se os custos de transacção forem
suficientemente baixo, então a solução privada e socialmente óptima, não havendo
qualquer necessidade de intervenção do governo na correcção da externalidade, que e
uma falha de mercado. O único papel do governo seria assegurar que os direitos de
propriedades estivessem bem definidos e que a livre negociação fluísse sem custos de
transacção.

2.7. Bens Públicos

É aquele que não apresenta rivalidade em seu consumo, sendo exclusivo e disputável. Dentro dessas
características, o mercado não consegue ofertar com frequência e quantidade suficiente esse tipo de
produto aos consumidores, e se torna ineficiente. Isto significa que o custo marginal de oferecê-lo para
um consumidor adicional é zero, e as pessoas não podem ser excluídas de seu consumo.

Exemplo: utilização de uma praça pública; segurança pública.


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Bens que podem beneficiar todos os consumidores, mas cuja oferta no mercado ou e insuficiente ou e
totalmente inexistente.

 As externalidades e os bens públicos constituem importantes causas de falha de mercado.


 Quando externalidades se encontram presentes, o preço de um bem não reflecte necessariamente
seu valor social.
 Portanto, dão origem a sérias questões de política públicas
 Existem duas importantes características dos bens públicos: eles são não rivais e não exclusivos.
 Um bem é não rival quando para cada nível de produção, o custo marginal de sua produção para
um consumidor adicional é igual a zero.
 Por exemplo, a utilização de uma estrada durante um período de pouco trânsito tem um custo
adicional igual a zero, pois a estrada já existe e nele não há congestionamento;
 Outro exemplo a considerar é o caso da utilização de um farol por um navio. Uma vez que o farol
já está instalado e em funcionamento, qualquer embarcação adicional pode fazer uso do mesmo
sem causar nenhuma alteração no seu custo operacional.
 As externalidades, como já foi visto, resultam em ineficiência de marcado. Uma outra razão
porquê os mercados falham, é a existência de bens públicos, ou seja, bens cujo custo marginal de
provê-los para um consumidor adicional é igual a zero e ninguém pode ser excluído de seus
consumo.
 No entanto, muitas vezes o mercado privado pode não oferecer um determinado bem ou serviço,
ou então pode não conseguir cobrar o preço apropriado quando o bem já estiver disponível.

Segundo MANKIW (2002), não há nada de misterioso sobre o que vem a ser uma economia. Em
qualquer parte do mundo, o termo refere-se a um grupo de pessoas que interagem entre si e, dessa forma,
vão levando a vida.

Diante disso, podemos imaginar que a primeira coisa que precisamos entender, quando se quer
compreender uma economia, é saber como são tomadas as decisões.

2.7.1. Tomada de Decisões

O processo de tomada de decisão envolve quatro princípios:

a) Primeiro: as pessoas precisam fazer escolhas, e essas escolhas não são de graça. Elas
precisam ser feitas tendo em vista que os recursos são escassos. Não é possível atender a
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todas as necessidades de maneira ilimitada. Portanto, a sociedade precisa fazer suas


escolhas, assim como os indivíduos. Isto é, existe um trade-offs.
b) Segundo: o custo real de alguma coisa é o que o indivíduo deve despender para adquiri-
la, ou seja, o custo de um produto ou serviço refere-se àquilo que tivemos que desistir
para conseguir compensar com outra coisa.
c) Terceiro: pessoas são consideradas racionais e, por isso, elas pensam nos pequenos
ajustes incrementais de todas as suas decisões, nos ganhos adquiridos em função das suas
escolhas. Isto significa que as pessoas e empresas podem melhorar seu processo de
decisão pensando na margem. Portanto, um tomador de decisão considerado racional
deve executar uma acção se, e somente se, o resultado dos benefícios marginais forem
superiores aos seus custos marginais.
d) Quarto: as pessoas reagem a estímulos. Como elas tomam suas decisões levando em
conta os benefícios e seus custos, qualquer alteração nessas variáveis pode alterar o
comportamento da sua decisão. Assim, o mínimo incentivo que ocorra pode alterar a
conduta do tomador de decisões. Nota-se que os formuladores de políticas públicas fazem
bastante uso deste princípio.
3. Conceitos de free-riders ou caronas no âmbito da externalidade

No que tange a estes termos, Free riders ou carona, vários autores apresentaram conceitos muito
importantes, dos quais destacamos os seguintes:

De acordo com Mankiw (2006), o free-riding é “alguém que recebe o benefício de um bem,
mas evita pagar por ele”. Para Gremaud (2003), o free-riding, além de pegar carona, é
considerado como oportunista. Albanese e Van Fleet (1985, p. 244) afirmam que: “o termo ‘fre
e-rider’ refere-se a um membro de um grupo que obtém benefícios da membresia do grupo,
porém não suporta um compartilhamento proporcional dos custos de prover tais benefícios”.
Stigler (1974, p. 360) complementa que “cheap rider” (“caroneiro barato”) é um termo mais
apurado para um membro de um grupo, pois receber benefícios da membresia tipicamente
envolve algum custo.

O "problema do carona" ocorre em situações nas quais uma pessoa extrai uma "externalidade
positiva" das acções de terceiros, isto é, um benefício pelo qual ela não pagou. Isso ocorre em
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situações em que o efeito benéfico de uma acção é "não excludente", o que significa que pessoas
que nada têm a ver com a acção não podem ser impedidas de usufruir esses benefícios.

O problema do free riders ou carona, pode ocorrer em qualquer comunidade, grande ou pequena.
Em uma área urbana, um conselho da cidade pode debater se e como forçar os passageiros
suburbanos a contribuir para a manutenção de suas estradas e calçadas ou para a protecção de
seus serviços policiais e bombeiros. Uma estação pública de rádio ou transmissão dedica tempo
de antena à captação de recursos na esperança de obter doações de ouvintes que não estão
contribuindo.

A carona é considerada uma falha do sistema convencional de livre mercado. Neste caso, o
problema ocorre quando alguns membros de uma comunidade deixam de contribuir com sua
parte justa para os custos de um recurso compartilhado. Sua falta de contribuição torna o recurso
economicamente inviável de produzir.

Free riders ou carona é uma questão ou problema de economia, pois, é considerado como
sendo um exemplo de falha no mercado. Ou seja, é uma distribuição ineficiente de bens ou
serviços que ocorre quando algumas pessoas podem consumir mais do que sua parte justa do
recurso compartilhado ou pagar menos que sua parte justa dos custos.

3.1. Quando surgir o problema do Free Rider

O problema do free rider como questão económica ocorre apenas sob certas condições:

 Quando todos podem consumir um recurso em quantidades ilimitadas;


 Quando ninguém pode limitar o consumo de outras pessoas;
 Quando alguém tem que produzir e manter o recurso. Ou seja, não é um lago natural, é
uma piscina e alguém teve que realizar sua construção e manutenção;

Economistas apontam que nenhuma empresa produziria voluntariamente bens ou serviços sob
essas condições. Quando o problema do free rider se aproxima, as empresas se afastam. O
recurso compartilhado não será fornecido ou um órgão público deve fornecê-lo usando os fundos
dos contribuintes.
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Como uma questão económica, o problema ocorre quando todos podem consumir um recurso
em quantidades ilimitadas, ninguém pode limitar o consumo de outras pessoas, mas alguém
precisa produzir e manter o recurso.

Do lado positivo, algumas pessoas em todas as comunidades demonstram que sentem a


responsabilidade de pagar sua parte justa. Alguma combinação de um alto senso de confiança,
reciprocidade positiva e um senso de dever colectivo os deixa dispostos a pagar sua parte justa.

O estado deve combater as externalidades negativas e promover as positivas, pois é através


destas acções que obtêm:

 Maior controlo por sua parte;


 Busca contínua por inovação, a fim de reduzir custos com impostos.
 A redução da poluição para um determinado valor por ano;
 As externalidades positivas levam o mercado a produzir uma quantidade menor que a
socialmente desejável.

4. Conclusão

Em prol das abordagens acima referidas, fez-se a menção de diversos aspectos sobre as
externalidades. Concluiu-se que a verdadeira geração de externalidades positivas e representada
pelos investimentos não relacionados a operação da empresa, ou seja, campanhas, projectos e
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programas envolvendo a comunidade onde esta inserida. A internalização das externalidades


negativas, no caso da poluição emitida pelas empresas, e representada pelos investimentos
relacionados a sua operação. O que pode ser verificado é que em relação aos investimentos
relacionados a actividade da empresa para diminuição dos impactos ambientais gerados por ela
em termos de valor algo muito diferenciado quando acompanhado pelos investimentos não
relacionados a operação da empresa. Assim, o governo deve controlar as externalidades
negativas, podendo utilizar impostos e incentivas as positivas, com subsídios.

5. Referencias Bibliografias

MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

MANKIW, N.Gregory, Principios de Economia, 2a Edição, 2002.


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MARTINS, Paulo Jose de Matos, externalidades de custos externos. IST, Lisboa, 2001.

MATEUS, A. e m Microeconomia, teoria de aplicações, Vol II, 2 a Edicao, Editorial verbo, 2011.

PINDYCK, Robert S. e RUBINFELD, Daniel L., Microeconomia, 7 a Edicao, 2010.

SAMUELSON, Paul e Nordhaus, William, Microeconomia, 19 a Edicao, 2009.

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