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ISPCAB
TEMA
EXTERNALIDADE
Ano Académico: 4º
Sala nº: 2
Curso: Relações Internacionais
Período: Pós-Laboral
I
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE CABINDA
ISPCAB
TEMA
EXTERNALIDADE
I
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais, irmãos pela dedicação, força, coragem e apoio que
nos têm dado. Por estarem presentes em todos os momentos.
I
AGRADECIMENTO
Aos meus pais que desde a tenra idade apostaram na minha formação, ao Docente, aos
colegas e a todos que de forma directa ou indirecta têm dado os seus contributos.
II
ÍNDICE
DEDICATÓRIA ..................................................................................................................... I
AGRADECIMENTO ........................................................................................................... II
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................................ 2
1.1. CONCEITO ................................................................................................................ 2
CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 18
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ..................................................................................... 19
III
INTRODUÇÃO
Vimos que em economia, as externalidades são os efeitos colaterais de uma decisão sobre
aqueles que não participaram dela. Existe uma externalidade quando há consequências para
terceiros que não são levadas em conta por quem toma a decisão.
Geralmente, refere-se à produção ou consumo de bens ou serviços sobre terceiros, que não
estão directamente envolvidos com a actividade. Tendo ela natureza negativa, quando gera
custos para os demais agentes (poluição atmosférica, de recursos hídricos, poluição
sonora, sinistralidade rodoviária, congestionamento, etc.), ou natureza positiva, quando os
demais agentes, involuntariamente, se beneficiam, (por exemplo, investimentos privados em
infra-estrutura e tecnologia, ou investigação).
Por isso, prosseguiremos com o tema com objectivo de ilustrar profundamente sobre seus
aspectos no dia-a-dia.
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1. CONCEITO
O conceito de externalidade foi desenvolvido pela primeira vez pelo economista Arthur
Pigou na década de 1920. O exemplo prototípico de uma externalidade negativa é a poluição
ambiental. Pigou argumentou que um imposto (mais tarde denominado "imposto
pigouviano") sobre as externalidades negativas poderia ser usado para reduzir sua incidência
a um nível eficiente. Pensadores subsequentes debateram sobre se é preferível tributar ou
regular as externalidades negativas, qual o nível optimamente eficiente da tributação
pigouviana e quais factores causam ou exacerbam as externalidades negativas, e como
fornecer aos investidores em corporações responsabilidade limitada para danos cometidos
pela corporação.
Externalidade: é a consequência indirecta que uma actividade pode produzir sobre terceiros.
Ela ocorre quando um efeito externo é causado sobre quem não possui relação directa com
a acção.
1.2. HISTÓRIA
Dois economistas britânicos são creditados por terem iniciado o estudo formal das
externalidades, ou "efeitos colaterais": Henry Sidgwick (1838-1900) é creditado com a
primeira articulação, e Arthur C. Pigou (1877-1959) é creditado com a formalização do
conceito de externalidades.
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ou faz uso indirecto da poluição, paga pelos custos externos causados a terceiros. Por tal
trabalho, Coase recebeu o prémio Nobel em economia em 1991.
Sendo assim, é possível que externalidades sejam superadas e eliminadas sem a presença do
Estado, desde que os custos de transacção sejam baixos. Entretanto, nem sempre isso ocorre.
Por exemplo, um julgamento no caso de um processo pode ser longo e caro, e a instalação
de um filtro pode afectar a produção da indústria de alguma outra forma. Sendo assim, há
margem para o estado intervir em casos de externalidade, segundo Coase.
Alguns autores defendem que a informação assimétrica pode fazer com que uma
externalidade não seja percebida, como seria o caso de produtos que produzem
externalidades negativas em seus processos produtivos enquanto seus consumidores não o
sabem, fazendo com que tomem decisões de compra que não seriam tomadas caso houvesse
informação completa. Para superar esses problemas, esquemas de certificação ambiental são
opções eficientes para que consumidores possam internalizar externalidades produzidas pelo
seu consumo.
1.5. CLASSIFICAÇÃO
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Classificação de externalidades
CONSUMO PRODUÇÃO
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serviço. A poluição é denominada externalidade porque impõe custos às pessoas que são
"externas" ao produtor e consumidor do produto poluente. Barry Commoner comentou sobre
os custos das externalidades:
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Externalidade negativa de produção:
➢ Poluição da água por indústrias que adicionam efluentes, o que prejudica plantas,
animais e humanos. O uso de água do cultivo agrícola pode impor uma
externalidade negativa aos cidadãos de municipalidades ou estados que são
prejudicados pela diminuição da água.
➢ Risco sistémico: os riscos para a economia em geral decorrentes dos riscos que o
sistema bancário assume. Uma condição de risco moral pode ocorrer na ausência
de uma regulamentação bancária bem projectada, ou na presença de uma
regulamentação mal projectada.
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na forma de uma taxa pagos ao governo e mantidos em um super fundo de resíduos
nucleares, embora grande parte desse fundo tenha sido gasto na montanha
Yucca sem produzir uma solução. Por outro lado, os custos de gerenciamento dos
riscos de descarte de produtos químicos a longo prazo, que podem permanecer
perigosos em escalas de tempo semelhantes, não são comumente internalizados nos
preços. A USEPA regula produtos químicos por períodos que variam de 100 anos
a um máximo de 10.000 anos.
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Externalidade negativa de consumo
➢ Poluição sonora: privação de sono devido a um vizinho ouvir música alta tarde da
noite.
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terceiro não relacionado. Semelhante a uma externalidade negativa, ela pode surgir tanto do
lado da produção quanto do lado do consumo.
Uma externalidade de produção positiva ocorre quando a produção de uma empresa aumenta
o bem-estar de outros, mas a empresa não é compensada por esses outros, enquanto uma
externalidade de consumo positiva ocorre quando o consumo de um indivíduo beneficia
outros, mas o indivíduo não é compensado por esses outros.
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➢ O desenvolvimento corporativo de algum software livre (estudado principalmente
por Jean Tirole e Steven Weber)
➢ Empresa industrial que oferece cursos de primeiros socorros aos funcionários para
aumentar a segurança no trabalho. Isso também pode salvar vidas fora da fábrica.
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Externalidade positiva de consumo
➢ Um indivíduo que mantém uma casa atraente pode conferir benefícios aos vizinhos
na forma de aumento do valor de mercado de suas propriedades. Este é um exemplo
de externalidade pecuniária, porque o transbordamento positivo é contabilizado nos
preços de mercado. Nesse caso, os preços das casas na vizinhança aumentarão para
corresponder ao aumento do valor do imóvel devido à manutenção de sua estética
(por exemplo, cortando a grama, mantendo o lixo em ordem e pintando a casa).
➢ Um indivíduo que recebe uma vacina para uma doença transmissível não apenas
diminui a probabilidade de infecção do próprio indivíduo, mas também diminui a
probabilidade de outras pessoas serem infectadas por meio do contacto com o
indivíduo.
➢ O aumento da educação dos indivíduos, pois pode levar a benefícios mais amplos
para a sociedade, na forma de maior produtividade económica, menor taxa de
desemprego, maior mobilidade familiar e maiores taxas de participação política.
➢ Um indivíduo que compra um produto que está interconectado em uma rede (por
exemplo, um smartphone). Isso aumentará a utilidade de tais telefones para outras
pessoas que possuem um celular com vídeo. Quando cada novo usuário de um
produto aumenta o valor do mesmo produto pertencente a outros, o fenómeno é
denominado externalidade de rede ou efeito de rede. As externalidades de rede
costumam ter “pontos de inflexão” em que, de repente, o produto atinge aceitação
geral e uso quase universal.
➢ Em uma área que não possui corpo de bombeiros público, os proprietários que
adquirem serviços privados protecção contra incêndio fornecem uma externalidade
positiva às propriedades vizinhas, que correm menos risco de o incêndio do vizinho
protegido se espalhar para sua casa (desprotegida).
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1.5.3. Externalidades posicionais
Frank observa que tratar as externalidades posicionais como outras externalidades pode levar
a uma "regulamentação económica e social intrusiva". Ele argumenta, no entanto, que meios
menos intrusivos e mais eficientes de "limitar os custos das cascatas de despesas" —isto é,
o aumento hipotético dos gastos das famílias de renda média além de suas possibilidades
“por causa de efeitos indirectos associados ao aumento de gastos dos melhores salários” -
existem; um desses métodos é o imposto de renda pessoal.
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impactos ambientais: contaminação de corpos d’água e do lençol freático, poluição do ar,
poluição sonora, supressão de vegetação local;
Da mesma forma, é preciso um esforço dedicado das empresas para inicialmente fazer
um diagnóstico das principais externalidades que provocam. Em seguida, uma análise das
possíveis medidas de redução que poderiam ser implementadas internamente deve subsidiar
um adequado planejamento para esse fim.
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Ely (1990) relata que, quando uma indústria emite fumaça na atmosfera ou joga resíduos
directamente no solo e nos rios, essa indústria prejudica outras empresas ou pessoas que
dependem desses recursos, que, por sua vez, não são ressarcidas pelo agente poluidor. Outro
exemplo de externalidade é quando uma empresa de fundição de cobre, ao provocar chuvas
ácidas, prejudica a colheita dos agricultores da vizinhança. Esse tipo de poluição representa
um custo para a agricultura, que sofre os danos causados pelas chuvas ácidas, e não para a
indústria poluidora, por isso os custos de produção dessa indústria, nesse caso, são inferiores
aos custos impostos à colectividade e, por consequência, o nível de produção dessa indústria
é maior do que aquele que seria socialmente desejável.
Sousa (2008) reporta que as externalidades levam os agentes não directamente envolvidos
na actividade geradora a usarem recursos para corrigir os efeitos por elas gerados. O modo
mais comum de uso desses recursos são as internações hospitalares, decorrentes de doenças
relacionadas à poluição. Embora representem, efectivamente, gastos (recursos públicos) para
os doentes, esses não são contabilizados nos custos da empresa. Desse modo, o custo da
poluição ou degradação não incide sobre os que geram esses custos, mas recai sobre a
sociedade e sobre as gerações futuras.
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b) Custos de avaliação - são os custos despendidos para manter os níveis de qualidade
ambiental da empresa, por meio de trabalhos de laboratórios e avaliações formais dos
sistemas de gestão ambiental ou sistemas gerenciais que garantem o bom
desempenho ambiental da empresa, englobando os custos de inspecções, testes,
auditorias da qualidade ambiental e despesas similares.
a) Custos de falhas internas - são os gerados por falta de controles internos que
exigem correcções de problemas ambientais tais como recuperação de áreas
degradadas, desperdícios de material, retrabalhos em processos de não
conformidades ambientais entre outros;
Callado (2011) ressalta que a identificação dos custos com bom nível de detalhes pode gerar
acções programadas e um acompanhamento contábil efectivo, de modo que os benefícios,
compensações e reduções de custos em médio e longo prazo, podem contribuir para evitar
eventuais dispêndios sem o retorno esperado pela empresa. Desta forma, é necessário que a
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empresa conheça bem seus custos ambientais para que possa redireccionar suas estratégias
de negócios e investimentos.
Para o caso da externalidade poluição, uma solução seria distribuir licenças permitindo a
emissão de determinada quantidade de produtos poluentes e permitir o comércio deles pelas
empresas. Exemplo de como essa política funcionaria:
Uma fábrica de aço deseja aumentar sua emissão de lixo em 100 toneladas. A fábrica de
papel concorda em reduzir a sua poluição na mesma quantidade se a fábrica de aço lhe pagar
5 milhões de unidades monetárias. De forma geral, tanto as licenças quanto os impostos
correctivos permitem internalizar as externalidades.
Às vezes, o problema das externalidades é resolvido por sanções sociais. Outra solução está
nas instituições filantrópicas. O próprio mercado privado frequentemente pode resolver o
problema das externalidades a partir do interesse próprio das partes envolvidas, na forma de
integração entre diferentes tipos de negócios. Um exemplo seria um produtor de maçãs e
um apicultor.
Cada negócio concede uma externalidade positiva ao outro: ao polinizarem as flores das
macieiras, as abelhas ajudam na produção de maçãs. Ao mesmo tempo, usam o néctar que
retiram das flores para produzir o mel. Outra maneira do mercado privado lidar com essas
externalidades é por meio de contratos entre as partes interessadas.
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1.11.1. Teorema de Coase
Por exemplo, se Dick tem um cachorro que late e incomoda Jane, sua vizinha, os dois podem
negociar para resolver o problema. Se Dick tiver o direito de ter o cachorro, Jane pode pagar
para que ele se livre do m esmo. Se Jane tiver direito ao silêncio, Dick pode pagar a Jane
para permanecer com o cachorro. De acordo com o teorema de Coase, a distribuição inicial
dos direitos não afeta a capacidade que o mercado tem de atingir o resultado eficiente. No
entanto, é a distribuição do s direito s que determina o bem-estar, já que o não-possuído r do
directo é quem paga no final da negociação.
➢ Custo de transação: Se os custos que as partes têm de negociar forem muito altos,
elas não conseguem resolver os problemas de externalidade.
➢ Número de partes: É difícil coordenar todas as partes, quando seu número é muito
grande, o que inviabiliza que cheguem a um acordo.
➢ Negociações simplesmente fracassam: Muitas vezes as partes resistem e ficam à
espera de um acordo melhor para si.
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CONCLUSÃO
Como foi visto ao longo do trabalho, saber o que é externalidade e como agir constitui
assunto sério cuja complexidade, no entanto, vem fazendo com que qualquer iniciativa acabe
postergada. Por essa razão, é urgente a movimentação dos sectores governamentais e
privados para promover maior dinamismo ao assunto. Pois o ser humano tem destruído o
nosso planeta século após século pois não é novidade. O homem mata os animais às vezes
pelo puro prazer, e não por uma necessidade de alimentação, o homem destrói as florestas,
polui os rios e mares sempre guiado pela ganância do acúmulo de riquezas. Ele se esquece
que sua passagem por aqui é transitória, e, ao contrário dos antigos faraós egípcios, não será
enterrado com elas.
Um futuro sombrio, mas plenamente possível e que pode ocasionar o fim dos recursos
naturais e a impossibilidade de manutenção de qualquer espécie de vida, seja ela animal ou
vegetal, em a transformação do Planeta Terra em um espaço totalmente árido. Para evitar
que se chegue a este futuro, a humanidade deve se conscientizar e passar a tratar Planeta com
mais respeito e dignidade, preservando a vida e a natureza, deixando uma herança melhor
para as futuras gerações.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Pigou, Arthur Cecil (24 de outubro de 2017), «Welfare and Economic Welfare», ISBN 978-
1-351-30436-8, Routledge, The Economics of Welfare: 3–22, doi:10.4324/9781351304368-
1, consultado em 3 de novembro de 2020
Kaplow, By Louis (maio 2012). «Optimal Control of Externalities in the Presence of Income
Taxation». International Economic Review. 53: 487–509. ISSN 0020-6598.
doi:10.1111/j.1468-2354.2012.00689.x
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Barry Commoner "Frail Reeds in a Harsh World". New York: The American Museum of
Natural History. Natural History. Journal of the American Museum of Natural History, Vol.
LXXVIII No. 2, February, 1969, p. 44
Weber, Steven (2006). The success of open source. Harvard University Press. ISBN 0-674-
01292-5.
Romero '05, Ana Maria (1 de janeiro de 2004). «The Positive Externalities of Historic
District Designation». The Park Place Economist. 12
Frank, Robert H. (2003). "Are Positional Externalities Different from Other Externalities?".
Arquivado em 21 de dezembro de 2012 na Wayback Machine. (esboço para a apresentação
à Why Inequality Matters: Lessons for Policy from the Economics of Happiness, Brookings
Institution, Washington, D.C., 4–5 de junho, 2003).
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