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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO
ISCED – CABINDA

TRABALHO INVESTIGATIVO DE
E.V.P

TEMA
DESENHO INFANTIL

Nome: Isabel Buita Bumba Pedro


Ano: 2º
Curso: Pedagogia Ensino Primário
Período: Regular
Docente: Dra. Bárbara Padron

CABINDA, JUNHO DE 2022


INTRODUÇÃO

Considera-se o desenho como a primeira forma de representação da escrita pela criança.


Por meio dele podemos

Considera-se o desenho como a primeira forma de representação da escrita pela criança.


Por meio dele podemos compreender muito sobre diferentes aspectos que são
desenvolvidos na criança no acto de desenhar. Desta forma, faz-se necessário que o
professor compreenda o processo evolutivo do desenho infantil para poder intervir
pedagogicamente com acções, actividades e recursos para que a criança desenvolva seu
processo de aprendizagem. Além do desenho, é necessário também que todo professor de
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental conheça os níveis conceituais
linguísticos e saiba identificá-los na escrita ou tentativa de escrita da criança. Segundo a
Base Nacional Comum Curricular, a BNCC, toda a criança precisa estar alfabetizada até o
final do segundo ano, diante disso é necessário realizar avaliações constantes para
identificação do nível conceitual linguístico e estruturar trabalhos pertinentes que a ajude a
progredir para o nível alfabético dentro do prazo esperado para isso.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O desenho infantil é uma das formas de expressão da criança.

O desenho é uma representação gráfica de um objecto real ou de uma ideia abstracta. O


desenho é uma das formas de expressão mais antigas da humanidade. Utiliza-se o desenho
como uma forma de comunicação desde a pré-história, quando os primeiros homens,
através de pequenas figuras desenhadas nas rochas e nas paredes das cavernas,
manifestavam suas ideias e pensamentos entre si.

O DESENHO NAS DIFERENTES ETAPAS DAS CRIANÇAS

A princípio usavam os desenhos para comunicar-se, expressar opiniões, já que todo o


mundo era praticamente iletrado. Os desenhos funcionavam como escrita. Com o tempo, o
desenho foi ganhando novas formas, novos traços, e foi-se aperfeiçoando até a realidade
actual. O desenho é, portanto, uma representação gráfica de um objecto real ou de uma
ideia abstracta.

O desenho é quase sempre, a primeira grande obra das crianças. Representa seu primeiro
tesouro expressivo, já que através dos desenhos dizem muitas coisas de si mesmas. Pode
ser que esta seja a razão pela qual muitos pais estão cada dia mais interessados pelos
desenhos que fazem seus filhos.

O desenho pode-se converter, em alguns casos, no termómetro do estado de ânimo da


criança, já que traduz o que a criança sente, pensa, deseja, o que a deixa inquieta, alegre ou
triste.

Assim, a linguagem através do desenho é uma actividade importante, por isso, todos os
educadores que trabalham com crianças dos dezoito meses aos seis anos devem ser capazes
de compreender aquilo que as crianças querem transmitir com o desenho.

Cada criança é um mundo, e isso se vê em seus desenhos. Se você pede a um grupo de


crianças que desenhe uma casinha de campo, todos os desenhos sairão diferentes. Podem
parecer-se em algo, mas jamais serão iguais. Além disso, deve-se considerar que os
desenhos também seguem algumas etapas que poderíamos apontar como:

 a etapa do rabisco (garatujas) - dos 3 aos 6 anos de idade


 a etapa do realismo fortuito - dos 6 aos 9 anos de idade
 a etapa do realismo falhado - dos 9 aos 12 anos de idade
 a etapa do realismo intelectual - dos 12 aos 14 anos de idade

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 a etapa do realismo virtual - a partir dos 14 anos de idade

O SIGNIFICADO E A IMPORTÂNCIA DO DESENHO INFANTIL

A arte infantil acontece, devido a um conjunto de circunstâncias naturais e sociais que se


repercutem nas crianças, ao longo do seu desenvolvimento, tanto a nível motor como
cognitivo.

A arte infantil como forma de expressão e comunicação é um conceito de arte, cuja


definição a considera como forma de pensamento e não como manifestação dos estados
emocionais/afectivos da criança.

Os desenhos das crianças partem de impulsos espontâneos, que excluem a premeditação,


respondem aos imperativos do seu nível do estado de desenvolvimento, não têm estilo são
um jogo entre símbolos e imagens.

Os desenhos infantis são considerados signos e esquemas concretos onde a criança procura
dar significado. Deste modo, a expressão artística da criança, de modo consciente ou
inconsciente é uma forma de comunicação, visto que por vezes, transmite a mensagem da
criança, ou seja, aquilo que está a pensar e que quer dizer, mas não consegue.

PSICOMOTRICIDADE E O DESENHO DA CRIANÇA

Se a criança tem vontade de desenhar, anime-a sempre que o faça. O ideal seria que todas
as crianças pudessem ter, desde cedo, algum contacto com o lápis e o papel.

Começarão com rabiscos e logo estarão desenhando formas mais reconhecíveis. Quanto
mais a criança desenhar, ela se aperfeiçoará, e mais benefícios se notará no seu
desenvolvimento. O desenho facilita e faz evoluir a criança na:

1- Psicomotricidade fina

2- Escrita e a leitura

3- Confiança em si mesma

4-exteriorização de suas emoções, sentimentos e sensações

5- Comunicação com os demais e consigo mesma

6- Criatividade

7- Formação da sua personalidade

8- Maturidade psicológica

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PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

O desenho é uma forma, forma de comunicação muito eficaz desde os primórdios da


humanidade. Além disso, é como as crianças começam a se expressar. Isso faz com que
essa representação artística marque o crescimento do indivíduo.

A partir do momento em que a criança aprende a memorizar as coisas a sua volta e


reconhece os objectos, seus desenhos se desenvolvem. Estes passam de rabiscos a
representações mais realistas.

Os desenvolvimentos de habilidades motoras finas também contribuem para o


amadurecimento dos desenhos infantis. Isso porque os desenhos exigem movimentações
mais precisas e com esse desenvolvimento, as habilidades dos pequenos músculos das
mãos e antebraços aumentam.

O desenho infantil tem algumas classificações. Conheça agora as fases do desenho infantil.

1. Rabiscos Desordenados 

Essa fase se inicia com aproximadamente 2 anos de idade. A criança ainda não tem
maturidade para entender o que está desenhando e nem sempre possui algum significado.
Ela não controla seus movimentos.

2. Rabiscos Ordenados

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Essa fase se inicia com aproximadamente 3 anos de idade. Os rabiscos começam a ser um
pouco mais ordenados e a coordenação melhora um pouco. Até mesmo para segurar um
lápis ela possui mais firmeza. Mas ainda sem nomear as formas.

3. Realismo falhado

Nessa fase, a criança já sabe o que quer desenhar, mesmo que não seja tão fácil identificar
através de seus rabiscos. Ela já sabe nomear os desenhos e os elabora de acordo com o que
realmente querem desenhar.

4. Estágio Pré-Esquemático

Nessa fase, as crianças geralmente têm de 4 a 7 anos. Os desenhos passam a ser mais
conhecidos. As crianças dessa fase têm o hábito de desenhar a família ou até a si mesmo.
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Além disso, os desenhos passam a ser mais organizados e as cores aparecem. Alguns, de
acordo com a realidade, outros não. Isso vai de acordo com cada criança.

5. Fase do Realismo

Nessa fase, a criança busca ser mais o mais fiel possível à realidade. Isso acontece
geralmente dos 8 aos 12 anos e passa a surgir uma terceira dimensão no desenho. A sua
coordenação melhora e consequentemente a sua capacidade de desenhar.

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CONCLUSÃO

Diante do exposto, trago para você uma proposta de MAPA bem prático que o ajudará
quando se deparar com o trabalho em sala de aula. Veja, para compreender melhor a
proposta é necessário que assista pelo menos as aulas conceituais 1, 2 e 3, bem como
realize a leitura das respectivas unidades do livro da disciplina. Em nossas aulas ao vivo
você poderá aprimorar seus conhecimentos sobre estes assuntos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DERDYK, Edith. Formas de pensar o desenho. São Paulo: Scipione, 1989.

GOLDBERG, L.G. Arte-Pré-Arte: um estudo acerca da retomada da expressão gráfica do


adulto. Monografia (Graduação em Educação Artística-Licenciatura Plena) Fundação
Universidade Federal do Rio Grande, 1999.

LOWENFELD, Viktor e BRITTAIN, W. Lambert. Desenvolvimento da capacidade


criadora. 5. ed. São Paulo: Editora Mestre Jan, 1970.

MOREIRA, Ana Angélica Albano. O espaço do desenho: a educação do educador. 13. ed.
São Paulo: Loyola, 2009.

PROFESSOR DA PRÉ-ESCOLA/ Fundação Roberto Marinho - Vol. I, 2. ed. São Paulo:


Globo, 1992.

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