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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP


PEDAGOGIA

Caroline de Freitas Mata RA: F262812


Karina de Souza da Costa RA: F3281I3
Luana Vitoria Mantovani RA: N5850G-1

DESENVOLVIMENTO DO GRAFISMO

Limeira – SP
2021
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Caroline de Freitas Mata RA: F262812


Karina de Souza da Costa RA: F3281I3
Luana Vitoria Mantovani RA: N5850G-1

DESENVOLVIMENTO DO GRAFISMO

Desenvolvimento do Grafismo para obtenção do


título de graduação em Pedagogia Apresentado à
Universidade Paulista – UNIP.

Orientadora: Prof. Liliane F. Neves Inglez de Souza

Limeira – SP

2021
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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÂO .......................................................................................... 04

2.ESTÁGIO DO DESENHO 1 ............................................. ......................... 05

3.DESENVOLVIMENTO............................................................................... 10

4.CONCLUSÃO ............................................................................................ 11

5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ......................................................... 12


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INTRODUÇÃO:

Este trabalho foi produzido pelas alunas do 3º semestre da disciplina “Psicologia


Construtivista” vinculada ao curso de Pedagogia da Universidade Paulista (UNIP),
campus Limeira -SP. O trabalho teve como proposta analisar as diferentes etapas de
desenhos realizados por crianças e adolescentes. Essa avaliação se pautou nos
estudos das fases do desenvolvimento do grafismo, segundo as teorias de Jean
Piaget, George H. Luquet e Viktor Lowenfeld.

Para Piaget desenhar é um jogo para as crianças, que através da sua análise
podemos saber como está o desenvolvimento cognitivo infantil, enquanto Luquet diz
que o desenho está condicionado pelo ambiente onde a criança vive e que ela
desenha objetos reais e associa ideias, já para Lowenfeld as etapas e estágio que
nós podemos observar nas crianças nos ajuda a compreender seu desenvolvimento.

Então partimos para a realização do trabalho, mas é oportuno dizer que


consideramos basal uma breve apresentação dos autores de referência e que nos
auxiliaram na composição do trabalho. Foi recolhido desenhos de irmãos, primos e
parentes para podermos analisá-los segundo os autores citados a cima.

Também foi distribuído um termo de consentimento aos pais para que autorizassem
a coleta dos desenhos.

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1- ESTÁGIO DO DESENHO

Figura 1 – Desenho Figura 2 – Criança

I.J – 2 anos (2021)

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Analisando o desenho a cima, segundo Jean Piaget, podemos concluir que, se trata
de uma Garatuja Desordenada, no qual faz parte da fase Sensório-Motora de (0 a 2
anos). A cor tem um papel secundário, aparecendo o interesse pelo contraste, mas
não há intenção consciente, desenvolve movimentos amplos, e desordenados. Na
onde não há preocupação dos traços que são cobertos por novos, rabiscos várias
vezes.

Segundo George-Henri Luquet, podemos afirmar que se trata de um estágio de


realismo fortuito involuntário, que também se inicia por volta dos dois anos de idade,
no desenho involuntário a criança começa a garatujar naturalmente ou por querer
imitar os adultos ao os ver escrevendo ou desenharem, mas fazem os rabiscos sem
significado algum, por apenas por prazer.

Já Viktor Lowenfeld, diz que se trata de uma rabiscação desordenada ou garatuja,


relata que a criança desenha sem nenhuma intenção nenhuma de escrever ou
mesmo desenhar, mas apenas pelo prazer de rabiscar.
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1.2

Figura 3 – Desenho

M. F – 6 anos (2021).

No desenho apresentado, observa-se que a criança está na fase pré-esquemática. Segundo


Piaget, os desenhos são desproporcionais, apresentam exageros e omissões, este é um
estágio egocêntrico, que por sua vez favorece o desenvolvimento mental da criança,
acontecendo por volta dos 2 aos 6 anos.

Na fase pré-operatória haverá a descoberta da relação entre pintura, pensamento e


realidade. Quanto ao espaço, esses diagramas são inicialmente dispersos e não
relacionados entre si. Em seguida, surge a primeira relação espacial, que é causada por
laços emocionais. A imagem de uma pessoa passa a ser uma busca por um conceito que
conta com seu conhecimento ativo, que desencadeia a mudança de símbolos. Quanto ao
uso das cores, geralmente não tem nada a ver com a realidade, depende do seu interesse.
O personagem desenhado hoje será substituído por outro novo conceito amanhã, até que a
criança encontre seu próprio plano, que naturalmente se adaptará à sua percepção da
realidade e de si mesmo.

Analisando do ponto de vista do Luquet, esse desenho nos remete a fase do realismo
intelectual, onde a criança pretende reproduzir do objeto representado não só o que se pode
ver mas tudo o que ali existe e dar a cada um dos elementos a sua forma exemplar. Apesar
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de não conseguir distinguir o tamanho dos objetos, a criança passa a desenhar tudo que já
sabe e conhece, como por exemplo no desenho acima, uma flor com um rosto e corações
em volta, além de um sol amarelado, representando tudo que ela já viu e a inspirou. A
criança está correlacionando desenho, pensamento e a realidade.

De acordo com Lowenfeld (1976), neste estágio as crianças fazem as figuras humanas e de
objetos de acordo com seu mundo, ou melhor, elas representam o que está em seu entorno
com uma “intenção figurativa simbólica” (SOUZA, 2010, p. 2

1.3

Figura 5 – Criança Figura 6 – Desenho

L.M – 12 anos (2021).

George-Henri Luquet foi o primeiro autor a construir as primeiras fases do desenho infantil,
em princípio o seus estudos foi iniciado com a observação dentro de casa com sua filha,
para ele a evolução no grafismo faz com que a criança se aproxime da realidade fazendo
com que assim elas chegam aos objetivos reais, podemos ver que acima no desenho a fase
realismo visual é notado mostrando que existe várias formas de se expressar e quando a
criança passa por certas fases ela começa a se comunicar e expressar sentimentos por
desenho e escritas fazendo com que tenha comunicação entre pessoas ao seu redor.
Já para Jean Piaget a representação é gerada pela função semiótica, que possibilita
crianças a construir pensamentos por meio de símbolos, as evoluções são construídas por
etapas, essa citada a cima especificamente é iniciada dos 12 anos até os 14 anos. A etapa
tem como característica o envolvimento de representação de figura humana, representação
de espaço e cores, para chegar nessa etapa podemos dizer que a criança passou por vários
processos de coordenação motora trazendo também o conhecimento de letras e formas, o
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Grafismo é de extrema importância paro o desenvolvimento da caligrafia da criança.


Observando o desenho acima podemos analisar o quanto nítido é as cores os formatos que
vem de um longo ensinamento desenvolvido por etapas trazendo com que a criança veja
não só a sala de aula como também o mundo de outra forma, adquirindo muito
conhecimento e preparação para novas etapas que a de vir.
Viktor Lowenfeld com outros autores criou fases, e dessas ele pegou 4 delas para
desenvolver seus pensamentos para ele as crianças desenvolve seu desenho atrás do
mundo ao seu redor no começo depois parte a ser capaz de fazer relações sociocultural,
nessa fase ela começa a desenhar pessoas, casas e arvores tendo uma visão ampla a sua
volta, na fase figuração esquemática é legal lembrar que a criança avança e começa a ter
uma visão com transparência podemos analisar uma casa interna, no entanto o desenho
acima se encontra na fase figuração realista, podendo desenhar aquilo que se vê, como um
pão com geleia de morango.

1.4
Figura 4 – Desenho

B. M – 15 anos (2021).

Este desenho nos apresenta o estágio Operatório Formal, é o último estágio que acontece
dos 11 aos 12 anos em diante. Para Piaget, o foco desta etapa é a transformação dos
modelos cognitivos, especificamente transformando-os em um modelo baseado na
imaginação e na realidade.
Nesta última etapa mencionada, a criança começa a fazer raciocínios lógicos e sistemáticos.
Isso significa que esse estágio é definido pela capacidade de participar do raciocínio
abstrato, ou seja, inferências lógicas podem ser feitas sem o apoio de objetos concretos. Em
outras palavras, a representação agora pode ser abstraída como um todo. As crianças não
estão mais limitadas a relações representativas diretas ou apenas a relações pré-existentes,
mas podem logicamente considerar todas as relações possíveis e buscar soluções com
base em suposições, em vez de meramente observar a realidade. Sua estrutura cognitiva
atingiu o mais alto nível de
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desenvolvimento e pode aplicar o raciocínio lógico a todos os tipos de problemas. Aprender


habilidades artísticas requer superar desafios, o que é uma ótima atividade para os jovens.
Luquet denomina essa fase como realismo visual, que é marcada pela descoberta da
perspectiva e obediência às suas leis, por isso torna-se pobre e vai apagando
gradativamente os gráficos, que tendem a ser obras adultas. Neste desenho temos a
representação de um anime favorito, mas apenas no grafite e nenhuma cor, fazendo com
que demonstre mais ainda que a obra se tornou mais adulta.
Lowenfeld acredita que nessa fase o desenho tem maior representação com o real embora
ainda exista bastante simbologia. A autocrítica em seus desenhos é bem maior, ele chama
essa etapa de figuração realista. A criança escolhida acabou optando por algo fantasioso,
apesar de ser real em seu cotidiano por estar sempre assistindo o anime. Talvez represente
um alter ego, para nós o desenho está demonstrando como a criança se identifica com o
personagem, podendo assim admira-lo e querer ser como ele.
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DESENVOLVIMENTO:

George Henri Luquet foi o criador do grafismo na educação infantil, desenvolveu fases para
cada etapa da vida infantil, começando dos rabiscos até o desenvolvimento de desenhos
trazendo sentimentos e comunicação a sua volta fazendo com que a criança desenvolvesse
o melhor de si ao passar por cada fase construída. Já Para Piaget o desenvolvimento da
criança inicia do GARATUJA passando por transformações e evoluções até o PSEUDO
NATURALISMO tendo como dois caminhos de importância o visual (realismo, objetividade e
o hepático (expressão subjetividade). Mostrando também o pensamento do Viktor Lowenfeld
começando com a evolução do rabisco e terminando com a fase que foi caracterizada como
a idade da “turma” trazendo proposta de desenvolver tarefas em turma. Com isso podemos
analisar todas essas fases e a importância de cada uma delas trazendo relatos e estudos, o
grafismo vem mostrando além da evolução escrita a evolução que deixa com que as
crianças expressem o seu sentimento em forma de desenho e até mesmo em textos.
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CONCLUSÃO:

Esta pesquisa nos deu uma contribuição significativa para ter uma compreensão da criança
como um ser sensível, que através de representações gráficas exterioriza o que faz parte de
sua vida, seja real ou imaginária.
O grafismo é uma manifestação, que se bem estudada, pode ajudar de forma decisiva a
entendermos o universo infantil e nosso próprio universo.
O desenho também está intimamente ligado com o desenvolvimento da escrita.
Observamos que no decorrer de cada estágio do desenho infantil, a criança evolui
graficamente, adquirindo maior capacidade de representar seres humanos, figuras
geométricas, entre outros. Chega um momento que as letras se misturam aos desenhos da
criança que elabora diferentes representações gráficas até chegar à escrita alfabética.
Através do desenho, a criança terá acesso a outras formas de linguagens expressivas
presentes no seu cotidiano, assim como a escrita.
Do ponto de vista pedagógico, o conhecimento do processo evolutivo da expressão gráfica
de crianças é de fundamental importância. Cada professor precisa ter conhecimento sobre o
assunto para ser capaz de saber se os gráficos e a expressão visual de seu aluno são
adequados para sua idade e nível educacional.
Quanto à parte prática, o professor deverá sempre oferecer o máximo de oportunidades
para desenvolvimento, não só da capacidade gráfica da criança, como também de sua
imaginação criadora. Nesse processo, é importante que os educadores expandam sua visão
além do padrão e tentem fazer com que as crianças vejam o que têm em vez do que falta. O
uso da linguagem da pintura e da escrita requer atenção profunda no respeito à
personalidade e ao plano de conhecimento único de cada criança.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

DESENVOLVIMENTO GRÁFICO. Arte – Educação. Disponível em: . Acesso em: 29


nov. 2006
https://www.efdeportes.com/efd193/desenho-na-educacao-infantil.htm
https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/grafismo.htm
LOWENFELD, Viktor. A criança e sua arte. São Paulo: Mestre Jou, 1976.
LUQUET, Georges-Henri. O desenho infantil. Barcelona, Porto Civilização, 1969.
https://pedagogiaaopedaletra.com/fases-do-desenho-infantil/

http://psicopedagogiaonlineparatodos.blogspot.com/2012/11/etapas-evolutivas-do-
desenhos-segundo.html?m=1

https://pedagogiaaopedaletra.com/fases-do-desenho-infantil/
PIAGET, Jean e INHELDER, Barbel, A Psicologia da Criança. 3ª. Ed. - Rio de Janeiro:
DIFEL, 2007.

PIAGET, J. A equilibração das estruturas cognitivas. Rio de Janeiro: Zahar, 1976


PIAGET, J. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1971.
http://rodadeinfancia.blogspot.com/2013/07/grafismo-infantil-estagios-do-
desenho.html

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