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Este estudo apresenta algumas contribuições teóricas sobre o desenvolvimento gráfico da criança e
suas etapas, mais concretamente a pré-esquematica, procurando esclarecer os benefícios que o
desenho traz para o desenvolvimento das crianças. Desenho infantil é uma peça fundamental no
desenvolvimento da criança, e sendo bem aproveitado leva a criança a desenvolver a sensibilidade, a
percepção, a criatividade e a imaginação.
Devemos nos lembrar que a visão da criança é diferente da visão do adulto e uma interpretação
errônea pode inibir sua capacidade de criação. De acordo com Nicolau (2008), para estimular, guiar
e compreender a criação e a expressão infantil é necessário, antes de mais nada, conhecer e
compreender a criança. O autor aborda as etapas do desenvolvimento do desenho da criança em
três fases: garatujas, pré-esquemática e esquemática. O desenho é a primeira escrita da criança. A
criança desenha para experimentar, comunicar e poder registar a sua fala: Para melhor conhecer a
criança é preciso aprender a vê-la. Observá-la enquanto brinca: O brilho dos olhos, a mudança de
expressão do rosto, a movimentação do corpo. Estar atento à maneira como desenha o seu espaço,
aprender a ler a maneira como escreve a sua história (MOREIRA, 2008, p. 20). O desenho da criança
deve ser valorizado no dia a dia da sala de aula, e não apenas como forma de expressão artística,
mas também, como sendo uma forma de entender o desenvolvimento da criança, visando seu
crescimento como ser social.
Objetivo geral
Objetivo específico
Metodologia
Para a realização deste trabalho, foi usado a internet como o meio de aquisição da informação que
está no trabalho.
Etapas do desenvolvimento gráfico da criança
A criança:
Desenha vários objectos ou o que imagina deles, sem proporção de tamanho e distância.
Desenha o sol, em geral personificado, flores maiores que árvores, uma casa aqui, “eu” ali,
tudo disperso no papel.
Não desenha o que vê, mas o que tem maior valor emocional ou carga afectiva para ela.
A segunda fase destacada por Piaget (1976), é a Pré-Esquematismo, (pré-operatória) que por sua vez
faz relações entre desenho, pensamento e realidade. Esta descoberta para a criança parte de suas
emoções, onde seus traçados ou cores não têm relação com características reais, apenas utilizam da
sua imaginação para desenharem e estes elementos finais são dispersos que não se relacionam
entre si. Neste mesmo estágio surge o homem girino, que apresenta vários tentáculos em seu corpo,
estágio este que é defendido também por Berson (1966), que em seu Estágio Comunicativo além de
quererem imitar a escrita de um adulto, a criança também é levada a desenhar pelo prazer de ter a
capacidade de levantar e abaixar o lápis, conseguindo desta forma traços mais ricos e o surgimento
do boneco girino ou o aparecimento da irradiação.
Etapa pré-esquemática
Aproximadamente entre quatro e seis anos, surgem as primeiras formas representativas mais
próximas à realidade que a criança produz intencionalmente. Os movimentos circulares e
longitudinais da etapa anterior evoluem para formas reconhecíveis, passando do conjunto indefinido
de linhas para configuração representativa definida. Na representação da figura humana, aparecem
as representações “cabeça-pés”. Os primeiros traçados em busca da forma carecem de toda idéia de
proporção, e vemos grandes cabeças sobre extremidades pequenas, ou vice-versa. Trata-se de uma
etapa egocêntrica. As folhas se enchem de exercitações que se repetem, o que favorece o
desenvolvimento dos processos mentais da criança (NICOLAU, 2008, p.12).
O papel do professor
A abordagem do professor deve ser cautelosa para melhor entender o desenho do aluno.
O professor não deve permitir que sua ansiedade em obter resultados que agradem aos adultos
destrua a pureza e a beleza do desenho infantil e sua expressividade; sua abordagem deve ser
cautelosa para melhor entender o desenho do aluno sem desmotivá-lo.
O mais importante é estimular a produção artística sem fazer comparações ou “grandes elogios”.
Um resultado muito valorizado transfere para a criança um peso muito grande. Ela o repetirá com
frequência para obter o mesmo sucesso, deixando de lado novas possibilidades que a fariam
progredir graficamente.
Todas as crianças passam pela fase evolutiva do grafismo e o professor deve respeitar as fases e as
individualidades sem comparar os trabalhos de seus alunos.
Conclusão
Em síntese, no decorrer da pesquisa observou-se que a criança desenha com o objetivo de diversão.
O desenho não exige amigos, ela simplesmente pega instrumentos colocados a sua disposição e
imprime seus traços, faz a representação mental do seu grafismo, refletindo o que lhe dá prazer e o
que lhe desagrada, em fim, exprime idéias e sentimentos que vão evoluindo com a aquisição de mais
idade.
Pode-se afirmar que o desenho cada vez mais vem ampliando a sua importância, além de ser um
simples divertimento, também oferece a criança a oportunidade de exercitar a criatividade,
conhecer suas experimentações e formar sua personalidade, assimilando e interpretando a
realidade do seu cotidiano.
Bibliografia
https://inovareducacaodeexcelencia.com/blog/a-evolucao-do-desenho%20-infantil
MOREIRA, A. A. A. O Espaço do desenho: a educação do educador. 12. ed. São Paulo: Loyola, 2008.