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DIVISÃO DE ECONOMIA E GESTÃO

CURSO DE LICENCIATURA EM CONTABILIDADE E AUDITORIA

2º ANO, CURSO DIURNO

MICROECONOMIA

Temaː Falhas de Mercado

Discentes:
Ercília Samuel Macauque
Faunízia Amade bambo
Isabel Armando Zandamela
Minália Bento Hobjane
Stela inacio Mascarenha

Docente:
Elizete Mulaicho
Ercília Samuel Macauque
Faunízia Amade bambo
Isabel Armando Zandamela
Minália Bento Hobjane
Stela inacio Mascarenha

Tema: Falhas de Mercado

O trabalho de pesquisa apresentado


á cadeira de Microeconomia na
Contabilidadee auditoria do
departamento de Gestão e
Economia do instituto superior
politécnico de Tete a ser entregue,
como requisito de avaliação parcial
orientado pela Drª. Elizete
Mulaicho

Instituto Superior Politécnico de Tete

Tete, Outubro 2022


Índice
1.Introdução................................................................................................................................1
2.Objectivos................................................................................................................................2
2.1.Objectivo geral..................................................................................................................2
2.2.Objectivos específicos......................................................................................................2
3.Metodologia.............................................................................................................................3
4.FALHAS DE MERCADO...................................................................................................4
4.1.Definicão de conceito.......................................................................................................4
5.CLASSIFICACAO DAS FALHAS DE MERCADO.............................................................4
Externalidades.........................................................................................................................4
5.1.Bens públicos....................................................................................................................4
5.2.Assimetria de informação.................................................................................................5
5.3.Exemplo............................................................................................................................5
5.4.Poder de mercado..............................................................................................................5
5.5.Modalidades das falhas de mercado.................................................................................6
5.5.1.Falhas de mobilidade.................................................................................................6
5.5.2.Falhas de transparência/informação...........................................................................7
Falhas de sinalização...........................................................................................................7
5.5.3.Falhas de incentivo....................................................................................................8
6.Conclusão.................................................................................................................................9
7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS...................................................................................10
1.Introdução
O presente trabalho investigativo, com o tema Falhas de mercado irá se abordar de
forma generalizada acerca do tema de modo a fazer entender as falhas de mercado e suas
modalidades.
O mercado naturalmente estabelecido, ou o livre mercado, por si só, traz a impressão
de auto regulação de mercado pela concorrência. Seria uma regulação natural inerente à
simples actuação no mercado dos agentes econômicos. Essa atuação, entretanto, pode
desencadear, na verdade, uma série de falhas com potencialidade de prejudicar o desempenho
da atuação de livre concorrência.

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2.Objectivos
2.1.Objectivo geral
 Caracterizar as principais falhas de mercado.
2.2.Objectivos específicos
 Definir Falha de mercado;
 Descrever os tipos de falhas de mercado;
 Descrever as principais modalidades de falhas de merca

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3.Metodologia
A Metodologia usada foi de realizar o levantamento bibliográfico, elaborado através de
materiais já publicados, constituído de livros, artigos científicos e informações disponíveis na
internet.

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4.FALHAS DE MERCADO
4.1.Definicão de conceito
Falha de mercado é uma situação na qual a alocação de bens e serviços por
um mercado livre não é eficiente, frequentemente levando a uma perda líquida de bem-estar
social. 
Uma falha de mercado ocorre quando os mecanismos de mercado, não regulados pelo estado
e deixados livremente ao seu próprio funcionamento, originam resultados econômicos não
eficientes ou indesejáveis do ponto de vista social.
Estas falhas são geralmente provocadas pelas imperfeições do mercado,
nomeadamente informação incompleta dos agentes econômicos, custos de transações
elevadas, existência de exterioridades e ocorrência de estruturas de mercado do tipo
concorrência imperfeita.
As falhas de mercado, em grande parte, são as justificativas para a atuação do Estado
na economia, por meio da regulação econômica, para que essas disfunções no mercado sejam
corrigidas.

5.CLASSIFICACAO DAS FALHAS DE MERCADO


As falhas de mercado podem ser:
Externalidades
Fazem com que os mercados aloquem recursos de forma ineficiente. Mankiw
exemplifica da seguinte forma externalidade negativa. “As fábricas de alumínio emitem
poluição; para cada quantidade de alumínio produzida, uma determinada quantidade de
fumaça entra na atmosfera. Como a fumaça cria um risco para a saúde de quem respira esse
ar, esta é uma externalidade negativa. Externalidade positiva, por exemplo, é a educação. Ela
rende externalidades positivas porque uma população mais instruída leva a um governo
melhor, o que beneficia a todos.
Externalidades referem-se à compensação do impacto da ação de uma pessoa sobre o
bem estar de outras que não participam da ação. Elas ocorrem quando alguém exerce uma
atividade que influencia o bem estar de outras pessoas e não recebe nem paga nenhuma
compensação por aquele efeito.

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5.1.Bens públicos
Quando as pessoas não são capazes de resolver os problemas das externalidades
privadamente, o governo frequentemente entra em ação. Mas, mesmo assim, a sociedade não
pode deixar completamente de lado todas as forças do mercado.
Mais exatamente, o governo pode abordar o problema exigindo que os tomadores de
decisão arquem totalmente com os custos de suas ações. Uma vez identificam uma “falha” no
funcionamento do mercado livre, assume-se, de forma geralmente implícita, que o governo,
naturalmente dotado de boas intenções, tem ao seu dispor os meios, os conhecimentos e as
capacidades necessárias para, intervindo no mercado (economia), estabelecer uma situação
socialmente mais vantajosa.

Está inclusive, muito difundida na opinião pública a idéia de que, perante a percepção
de um qualquer problema, se justifica (e por isso exige) a intervenção estatal. No entanto, ao
longo das últimas décadas, esta concepção do estado como “corretor” ou “carregedor” das
falhas de mercado tem vindo a ser crescentemente questionada.
A análise dos pressupostos justificados da intervenção governamental na economia e o
estado da forma como essa intervenção governamental na economia. Bens públicos não são
nem excludentes nem vitais. Ou seja, as pessoas não podem ser impedidas de usar um bem
público e, isso não reduz a disponibilidade dele, podendo ser utilizado por outras pessoas sem
prejuízo de nenhuma delas.
Por exemplo, uma sirene de tornado de uma pequena cidade é um bem público.
Quando a sirene soa é impossível impedir que alguém ouça. E, quando alguém recebe o
benefício do sinal de perigo, isso não reduz o benefício conferido aos demais habitantes. A
defesa do país de agressores externos é um exemplo clássico de bem público.

5.2.Assimetria de informação
Ocorre quando uma parte de uma transação tem mais acesso à informação relevante do
que outra. Ou seja, a distribuição desigual de informações entre a parte ofertante e
demandante pode causar imperfeição nas alocações e favorecendo comportamentos
indesejáveis.

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5.3.Exemplo
Um exemplo de assimetria de informação seria a venda de carros usados com
problemas sem o conhecimento do comprador.
5.4.Poder de mercado
A política antitruste e a negociação em geral têm como objetivo corrigir as distorções
causadas pela presença de poder de mercado.
Algumas empresas têm capacidade operacional e financeira para manter os preços
acima dos níveis de mercado por um período de tempo significativo. O abuso de poder de
mercado pode afetar a concorrência e originar um monopólio que prejudiquem tanto as outras
empresas quantos os consumidores
 Mercados imperfeitos.
 Monopólios naturais.
 Defesa da concorrência.
 Regulação
Nem sempre a concorrência entre empresas irá oferecer as melhores alocações de recursos em
um mercado. Logo, devido às características específicas de um setor só é viável
economicamente que uma ou poucas empresas se estabeleçam oferecendo produtos e
serviços.
5.5.Modalidades das falhas de mercado
5.5.1.Falhas de mobilidade
Dentro do sistema econômico, a atuação dos agentes de mercado, em termos de oferta
de produtos e de desempenho da atividade econômica, é um pouco rígida e não responde,
necessariamente, ao mesmo grau de variação dos preços. Dessa maneira, o preço do mercado
é um indicativo muito grande de uma série de condições econômicas.
Por exemplo: um aumento de preço de determinado produto pode implicar a redução
da sua demanda e, por outro lado, um aumento da sua oferta. Em uma situação em que o
preço do café aumente, esse fator pode incentivar muitos produtores de café a produzirem-no,
e uma redução desse preço, por outro lado, pode fazer com que esses produtores fiquem
desestimulados a produzir o tal produto.
A ideia dessa modalidade de falha de mercado, entre uma atividade econômica e outra,
é que o aumento do preço do café em um determinado ano pode fazer com que muitas pessoas
decidam plantar café. No entanto, pode ser que o preço do café caia bruscamente no ano

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seguinte ao início do cultivo do café por esses produtores que, por diversos motivos, ainda
nem colheram as plantações.
A variação desse preço prejudica os agentes econômicos, uma vez que estes não
conseguirão alterar as condições de oferta rapidamente em função dessa variação de preço.
Para sanar essa falha de mercado, o Estado, por exemplo, teve que gerar políticas de crédito e
fixar preços mínimos para impedir lucros e prejuízos abusivos.
5.5.2.Falhas de transparência/informação
No livre mercado, a tomada de decisões dos agentes econômicos tem que ser pautada
no máximo número de informações sobre o mercado, e essas informações devem ser de
relevância para a tomada de decisão. Então, se determinado agente assume o interesse em
desempenhar atividade econômica, essa decisão deverá ser amparada no racional econômico e
no máximo de informações necessárias para que a decisão seja mais bem apoiada.
Por exemplo: se o agente econômico (produtor de café) tomador da decisão souber
exatamente as condições daquele café e as condições do solo, ele há de tomar a decisão de
maneira mais adequada. Mas, ao contrário, caso esse agente econômico não tenha toda a
transparência de informações necessárias sobre a qualidade do café, qualidade do solo,
qualidade dos produtos e número de pessoas de que ele precisará para desempenhar a
atividade econômica escolhida, é possível que, no curso dessa atividade, ele se depare com
dificuldades que impossibilitem sua permanência no ramo.
Conclui-se, assim, que o mercado nem sempre é suficientemente transparente em
relação aos agentes econômicos, dificultando a tomada de decisões por aqueles. Dessa forma,
seria necessário ou, ao menos, desejoso que o Estado passasse a exigir transparência no meio
econômico, de maneira a exigir informações relevantes, criando normas necessárias à
publicização das atividades do agente econômico, com o objetivo de corrigir a assimetria de
informações do mercado. 3. Falhas de estrutura: em virtude dos efeitos de ganho em escala (a
redução do custo marginal do produto produzido) e dos ganhos de escopo, existe uma
tendência do mercado a concentrar-se.
E em se concentrando, diminui-se o número de agentes econômicos no mercado,
tornando-se, este, menos atomizado. Essa conjuntura pode causar prejuízos ao próprio
desempenho do mercado. Logo, um mercado com menos concorrentes, teoricamente, será um
mercado com menos concorrência. Isso não necessariamente acontecerá! Pode ser também
que, em casos, somente um concorrente exerça concorrência muito mais feroz que outros
tantos pequenos concorrentes exerceriam.

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Falhas de sinalização
por vezes, os preços de atividades econômicas, de produtos, ou a própria atividade
econômica em si não revelam todos os custos ou todos os benefícios que a ela estão
associados. Há, pois, as chamadas externalidades, que são os custos ou benefícios que correm
de forma externa ao desenvolvimento dessas atividades econômicas.
O efeito externo ao mercado verifica-se quando o arcabouço legal mostrase incapaz de
identificar e atribuir tais custos adequadamente. Um exemplo clássico é o de externalidade
que chamamos de positiva, que é associada a benefícios imputados a outras pessoas. Por
exemplo, a construção de um shopping em determinada região. A construção de um shopping
pode, eventualmente, melhorar a frequência do bairro, a infraestrutura, e, em tese, isso
resultaria em benefícios diretos a todos os moradores dali, inclusive com potenciais
incrementos no valor patrimonial dos seus bens para a valorização das casas, etc. Já a
externalidade negativa, caracteriza-se como custos imputados a outras pessoas e não a quem
efetivamente os produziu.
Um exemplo de externalidade negativa seria a abertura de uma fábrica ao lado de
uma zona residencial em que a poluição, entre outros fatores, pode prejudicar e resultar
custos, para essa população, associados à saúde e à qualidade do lar, que não foram
exatamente absorvidos pelo agente econômico que desempenha atividade da indústria.
5.5.3.Falhas de incentivo
Ligada à noção de bens públicos. O mercado tende a privilegiar bens exclusivos que
são os bens usufruídos individualmente por cada pessoa. Esses bens detém valor econômico
muito mais sensível e muito mais relevante, em termos das trocas do dia a dia, entre agentes
econômicos do que os bens públicos em si, como praças, hospitais públicos.
O mercado não dá incentivo aos empresários para produção de bens coletivos. Dessa
forma, a legislação tem o dever de corrigir esta falha que, pelo modelo intervencionista,
coordena os fatores de produção (interfere no direito da propriedade e liberdade de contratar).
5.5.4.Falha analítica (custos de transação)
Relacionada a uma falha de análise do mercado ou de como ele se estrutura. Custos de
transação são todos os custos que incorrem em determinada atividade e não estão diretamente
associados a ela.
Por exemplo, se o agente deseja produzir automóveis, além de existir a necessidade de
ele providenciar o maquinário, ter a fábrica estabelecida, contratar funcionários, esse agente
econômico, por vezes, terá que arcar com custos de licença ambiental, com esforços para

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conseguir as autorizações especificas, terá que contratar um advogado para viabilizar a
elaboração de contratos empregatícios e, ainda, todas as outras demandas jurídicas associadas.
Cada uma dessas questões, apesar de não serem previsíveis de forma anterior,
representam custos e esforços para desempenho dessa atividade. Esses esforços que não
necessariamente estão quantificados em preço, mas representam um custo em si, podem
representar uma falha de análise do mercado.

6.Conclusão
Foi possível concluir, através das pesquisas realizadas que o governo tem potencial de intervir
no mercado, visando oferecer auxílios no sentido de restaurar suas condições de eficácia
perante as correções de falhas apresentadas por este mercado, especialmente as que dizem
respeito aos bens públicos e externalidades.

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7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

1. BRIGHAM, E. F.; GAPENSKI, L. C.; EHRHARDT, M. C. Administração


Financeira: Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 2001
2. PORTER, M. E. Estratégia competitiva: técnicas para a análise da indústria e da
concorrência. São Paulo/SP: Campus/Elsevier, 2004.
3. VICECONTI, P. E. V.; NEVES, S. Introdução à economia. 2. ed. São Paulo/SP:
Frase, 1997.
4. BRUNI, A. L.; FAMÁ, R. Gestão de custos e formação de preços. São Paulo/SP:
Atlas, 2009.
5. DAMODARAN, A. Avaliação de investimentos: ferramentas e técnicas para a
determinação do valor de qualquer ativo. 1ª. ed. Rio de Janeiro/RJ: Qualitymark, 1997.
6. BERNARDI, L. A. Manual de plano de negócios: fundamentos, processos e
estruturação. 1. ed. São Paulo/SP: Atlas, 2011.
7. ASSAF-NETO, A.; LIMA, F. G. Fundamentos de administração financeira. 3. ed.
São Paulo/SP: Atlas, 2016.
8. UCHOA, Carlos Frederico. Economia das Organizações

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