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Índice

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1
2. OBJECTIVOS .......................................................................................................... 1
2.1. Geral ................................................................................................................... 1
2.2. Específicos ......................................................................................................... 1
2.3. METODOLOGIA .............................................................................................. 2
3. EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS E TAXAS ......................................................... 3
3.1. Capital ................................................................................................................ 3
3.3. Prazo .................................................................................................................. 3
3.4. Taxa de Juros ..................................................................................................... 3
3.5. Montante ............................................................................................................ 4
3.6. Cálculo dos Juros Simples e do Montante ......................................................... 4
3.7. Cálculo do Montante ou do Valor Futuro .......................................................... 5
3.8. Juros Compostos ................................................................................................ 5
4. TAXAS EQUIVALENTES .......................................................................................... 7
4.1. Definição ............................................................................................................... 7
4.2. Taxas Equivalentes na Capitalização Simples....................................................... 7
4.3. Taxas Equivalentes na Capitalização Composta ................................................... 8
4.4. Taxa Nominal e Taxa Efetiva ................................................................................ 9
4.5. Taxas Resultantes ................................................................................................ 10
4.6. Taxa Real e Taxa Aparente ................................................................................. 10
4.7. Descontos ............................................................................................................ 11
4.7.1. Desconto Racional (“Por Dentro”) ............................................................... 11
4.7.2. Desconto Comercial (“Por Fora”) ................................................................ 12
4.8. Desconto Comercial Simples............................................................................... 12
5. CONCLUSÃO ............................................................................................................ 13
6. REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 14
1. INTRODUÇÃO
Controlar as finanças é um dos maiores desafios de um empreendedor. A Matemática
Financeira possui ferramentas necessárias para a análise do cotidiano financeiro, por
diversos pontos de vista, com o objetivo de planejar a vida financeira tanto de uma
empresa como de um indivíduo. Ela tem bastante importância para a tomada de decisões
em uma empresa e, quando bem aplicada, traz maior rentabilidade, possibilitando o
processo de maximização nos resultados. Ela também pode ser aplicada em diversas
situações cotidianas, como financiamentos de móveis e imóveis, empréstimos, aplicações
financeiras, investimentos em bolsas de valores, entre outras situações.

Dois (ou mais) capitais, com datas de vencimento diferentes, são ditos capitais
equivalentes quando, transportados para uma mesma data, a mesma taxa, produzirem,
nessa data, valores iguais. A data para a qual os capitais serão transportados é chamada
data focal. No regime de juros simples, a escolha da data focal influencia a resposta do
problema. Isto significa que definida uma taxa de juro, e aforma de calculo (se racional
ou comercial), dois capitais diferentes, em datas diferentes, podem ser equivalentes, se
transportados para outra data, mesmo mantendo-se todas as outras condições do
problema.

2. OBJECTIVOS
2.1.Geral
 Descrever de forma geral as equivalências de capitais e taxas aplicadas nas
finanças.
2.2.Específicos
 Conceituar taxas equivalentes na capitalização;
 Apresentar conceitos fundamentais de capitais e taxa;
 Apresentar aplicações práticas de equivalência de capitais e juros.

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2.3. METODOLOGIA
A Metodologia usada foi de realizar o levantamento bibliográfico, elaborado através de
materiais já publicados, constituído de livros, artigos científicos e informações
disponíveis na internet.

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3. EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS E TAXAS
3.1. Capital
É a quantia em dinheiro na “data zero”, ou seja, no início da aplicação. Pode ser o
dinheiro investido em uma atividade econômica, o valor financiado de um bem ou de um
empréstimo tomado. É também chamado de valor presente, valor inicial, valor principal,
entre outros. Notação:C

3.2. Juros
É a remuneração obtida pelo uso do capital por um intervalo de tempo, isto é, é o custo
do crédito obtido. Pode ser entendido também como sendo o aluguel pelo uso do dinheiro.

Notação: J

3.3. Prazo
É o período ao fi m do qual os juros são calculados. É também chamado de período de
capitalização. Os mais usados são: dia, mês, bimestre, trimestre, semestre e ano. Notação:

3.4. Taxa de Juros


É o coeficiente resultante da razão entre o juro e o capital. A cada taxa deverá vir
anexado o período a que ela se refere. Assim, elas devem estar de acordo com o prazo.
Podem ser apresentadas de duas formas:

Forma Unitária
A taxa refere-se à unidade do capital. Assim calculamos o rendimento da aplicação de
uma unidade do capital no intervalo de tempo referido pela taxa. Para efeito de cálculo,
sempre é utilizada a taxa na forma unitária.

Exemplo: 0,05 ao mês significa que cada $1,00 de capital aplicado rende $0,05 de juro,
a cada mês de aplicação.
Forma Percentual
Aplicada a centos do capital, ou seja, representa os rendimentos de 100 unidades de
capital, durante o período de tempo referido pela taxa.
Exemplo: 10% ao ano significa que cada $100,00 de capital aplicado rende $14,00 de
juros, a cada ano de aplicação. Notação: 𝒊
𝒋
𝒊=
𝑪

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3.5. Montante
É a quantia em dinheiro no fim da aplicação, sendo a soma do capital aplicado e o juro
produzido em um determinado período. É também chamado de valor futuro, valor final,
saldo, entre outros. Notação: 𝑴

Matematicamente, temos:

𝑴=𝑪+𝑱

3.6. Cálculo dos Juros Simples e do Montante


O juro simples é caracterizado pelo fato de que apenas o valor principal, ou capital inicial,
será remunerado ao longo do tempo de aplicação sendo diretamente proporcional ao seu
valor e ao tempo de aplicação. O valor dos juros simples é obtido pela fórmula.
J = PV i n
Onde
j = valor dos juros
PV = principal, capital inicial ou valor presente
n = prazo
i = taxa
Exemplo: Calcular o valor dos juros correspondentes a um empréstimo de R$ 5.000,00
pelo prazo de 12 meses, à taxa de 1,5% ao mês.

Dados do problema:
PV = R$ 5.000,00
n = 12 meses
i = 1,5% = 0,015
j=?
Resolução:
j = PV i n
j = 5.000,00 0,015 12 = 900,00.
Portanto, o valor dos juros correspondentes ao empréstimo é de R$ 900,00.
Exemplo: Calcular o valor de um empréstimo, à taxa de 24% ao ano, pelo prazo de 9
meses sendo pago de juros R$ 3.600,00.
Dados do problema:
n = 9 meses
j = R$ 3.600,00

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24% 𝑎𝑎
𝑖 = 24% aa  = 2% 𝑎𝑚 = 0,02 𝑎𝑚
12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠

PV =?
Resolução:
j = PV i n
𝒋
PV= 𝒊 𝒙 𝒏
𝟑.𝟔𝟎𝟎,𝟎𝟎 𝟑.𝟔𝟎𝟎,𝟎𝟎
PV= = = 𝟐𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎
𝟎,𝟎𝟐𝑿𝟗 𝟎,𝟏𝟖

Portanto, o valor do empréstimo é R$ 20.000,00.

3.7. Cálculo do Montante ou do Valor Futuro


Sabemos que,
FV = PV + j
Então,
FV = PV + j = PV + PV i n = PV (1 + i n)
Portanto,
FV = PV (1 + i n).
Exemplo Uma pessoa aplicou R$ 1.500,00 a uma taxa de juros simples de 1,1% ao mês,
pelo prazo de 7 meses. Quanto resgatou?
Dados do problema:
PV = R$ 1.500,00
n = 7 meses

1,1
i = 1,1% 𝑎𝑚 = 100 = 0,011𝑎𝑚

FV =?
Resolução:
FV = PV (1 + i n)
FV = 1.500,00 (1 + 0,011 7)
= 1.500,00 (1 + 0,077)
= 1.500,00 1,011 = 1.615,50.
Portanto, o valor do resgate é R$ 1.615,50
3.8. Juros Compostos
Na capitalização composta ou regime de juros compostos ao final de cada período os juros
são capitalizados e o montante constituído passa a render juros no período seguinte, ou

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ainda, capitalização composta é aquela em que a taxa de juros incide sempre sobre o
capital inicial, acrescido do juro acumulado até o período anterior. Diz-se que os juros
são capitalizados, variando exponencialmente em função do tempo.

Portanto, o montante (FV), resultante de uma aplicação do capital (PV) a uma taxa de
juros compostos i (por período de capitalização) durante n períodos de capitalização, é
dado por:

FV = PV (1 + i)n

Onde a taxa de juros i está expressa na forma unitária e o período de tempo n e a


taxa de juros i devem estar na mesma unidade de tempo.
Os juros (J) obtidos no final de n períodos serão dados por:

J = FV – PV
J = PV (1 + i)n – PV
J = PV [(1 + i)n – 1].

Exemplo: Consideremos uma aplicação de R$ 15.000,00 a uma taxa de juros


compostos de 8% aa, pelo prazo de 5 anos. Calcule o montante.
Dados do problema:
PV = 15.000,00
i = 8% aa = 0,08 aa
n = 5 anos
FV =?
Resolução:
FV = PV (1 + i)n = 15.000,00 (1 + 0,08)5
FV = 15.000,00 (1,08)5
FV = 15.000,00 1,4693 = 22.039,92.
Portanto, o montante da aplicação é R$ 22.039,92.
Exemplo: O Sr. Alfredo Silva, supervisor de serviços gerais da Comercial Topa Tudo,
uma cadeia com 11 lojas, está analisando a aquisição de 11 máquinas de alta pressão, para
lavagem de pisos. O fabricante do equipamento, que detém a preferência do Sr. Felisberto,
encaminhou-lhe um folheto técnico e uma oferta comercial. Cada equipamento tem um
custo estimado de R$ 1.800,00, perfazendo um total de R$ 19.800,00. O pagamento está

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estipulado em 180 dias da entrega das máquinas. O Sr. Felisberto quer saber qual seria o
preço para pagamento contraentrega, considerando um custo financeiro de 2,5% ao mês.

Dados do problema:

FV = 19.800,00
i = 2,5% am = 0,025 am
n = 180 dias = 6 meses
PV =?
Resolução:

FV = PV (1 + i)n

𝑭𝑽
PV= (𝟏+𝒊)𝒏

𝟏𝟗.𝟖𝟎𝟎,𝟎𝟎 𝟏𝟗.𝟖𝟎𝟎,𝟎𝟎 𝟏𝟗.𝟖𝟎𝟎,𝟎𝟎


PV= (𝟏+𝟎,𝟎𝟐𝟓)𝟔 = (𝟏,𝟎𝟐𝟓)𝟔
= = 𝟏𝟕. 𝟎𝟕𝟑. 𝟒𝟖.
𝟏,𝟏𝟓𝟗𝟔𝟗

Portanto, o preço para pagamento contraentrega é R$ 17.073,48.

4. TAXAS EQUIVALENTES
4.1. Definição
Taxas equivalentes são taxas que são dadas em referências temporais diferentes, mas
produzem o mesmo montante se aplicadas ao mesmo capital, em um mesmo período.
4.2. Taxas Equivalentes na Capitalização Simples
Considere que um capital C é aplicado por 1 ano a taxas equivalentes nas referências
descritas na tabela abaixo.

Período Taxa

Ano ia

Trimestre it

Bimestre ib

Mes im

Dias id

Utilizando a fórmula dos Juros Simples, M=C(1+in), temos que

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C[1+ia (1)] = C[1+is (2)] = C[1+it (4)] = C[1+ib (6)]=C[1+im (12)] = C[1+id(360)]
Daí,
ia=2is=4it=6ib=12im=360id
Portanto, na capitalização simples, taxas equivalentes são proporcionais.
Exemplo: Na capitalização simples, qual é a taxa equivalente mensal à taxa 12% ao ano?
Resolução:

ia = 12im

0,12 = 12im

im = 0,12/12

im = 0,01

im = 1% ao mes

4.3. Taxas Equivalentes na Capitalização Composta


Considere que um capital C é aplicado por 1 ano a taxas equivalentes nas referências
descritas na tabela abaixo.
Utilizando a fórmula dos Juros Compostos, M = C(1+i)n, temos que
C(1+ia)1 = C(1+is)2 = C(1+it)4 = C(1+ib)6 = C(1+im)12 = C(1+id)360.
Daí,
(1+ia) = (1+is)2 = (1+it)4 = (1+ib)6 = (1+im)12 = (1+id)360
Exemplo: Um corretor de títulos propõe a seu cliente uma aplicação cuja rentabilidade é
40% de ao ano. Se o investidor souber de outra alternativa onde é possível ganhar 9% ao
trimestre, qual é a melhor escolha?
Resolução:

Para comparar as duas alternativas, vamos verificar se suas taxas são equivalentes. É
possível calcular, por exemplo, a taxa anual equivalente ao trimestre.

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(1 + 𝑖𝑎) = (1 + 𝑖𝑡)4
(1 + 𝑖𝑎) = (1 + 0,09)4
1 + 𝑖𝑎 = 1,411582
𝑖𝑎 = 0,411582
𝑖𝑎 = 41,16% 𝑎𝑜 𝑎𝑛𝑜

4.4. Taxa Nominal e Taxa Efetiva


Taxa nominal é aquela que está definida em período de tempo diferente do período de
capitalização.
Exemplo: Considere que uma quantia qualquer é emprestada e paga a juros compostos
de 12% ao ano, capitalizados mensalmente.
Já vimos que 12% ao ano é equivalente a 0,95% ao mês. Porém, quando aparece a
expressão “capitalizados mensalmente”, a taxa acima é a Taxa Nominal.
A taxa nominal não representa a taxa de juros que efetivamente está sendo utilizada na
operação.
Taxa efetiva é aquela utilizada no cálculo dos juros.
Há a seguinte convenção no mercado financeiro:
“A Taxa Efetiva por período de capitalização é proporcional à taxa nominal.”
Assim, a Taxa Efetiva usada na operação é a proporcional à Taxa Nominal, sendo
adquirida através da divisão da taxa pelo número de capitalizações para um período da
taxa nominal.
Exemplo: Encontre a taxa efetiva no mesmo período da taxa nominal 36% ao ano,
capitalizada mensalmente.
Resolução:
Taxa nominal: 36% ao ano, capitalizados mensalmente
36%
Taxa efetiva mensal: = 3% ao mês.
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4.5. Taxas Resultantes

Na Capitalização Composta, se em um determinado período tivermos 𝑘, 𝑘 ∈ ℝ, taxas

distintas e sucessivas, então a taxa resultante ir, no período total, é dada por:

M = C(1+ir)1 = C(1+i1 )(1+i2 )(1+i3 )…(1+ik)


ir = (1+i1 )(1+i2 )(1+i3 )…(1+ik ) – 1
Exemplo: Um capital foi aplicado da seguinte forma:
Inicialmente, durante um trimestre, rendendo 8% nesse período. Em seguida, por um
bimestre, com rendimento de 5% no período. Finalmente, por mais um mês, com
rendimento mensal de 1%. Calcule a taxa de juros total da operação.
Resolução:

𝑖𝑟 = 1 + 𝑖1 1 + 𝑖2 1 + 𝑖3 − 1
𝑖𝑟 = 1 + 0,08 1 + 0,05 1 + 0.01 − 1
𝑖𝑟 = 14,53% 𝑎𝑜 𝑠𝑒𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒

4.6. Taxa Real e Taxa Aparente


Os rendimentos financeiros fazem a correção de capitais investidos perante uma
determinada taxa de juros. As taxas de juros são corrigidas pelo governo de acordo com
os índices inflacionários referentes a um período. O objetivo disso é corrigir a
desvalorização dos capitais aplicados durante uma crescente alta da inflação.
Se um capital C é aplicado durante certo prazo, à taxa i por período, o capital acumulado
será M1 = C(1+i). A taxa i é chamada de taxa de juros aparente, que é o índice responsável
pelas operações correntes. Se no mesmo período a taxa de inflação (desvalorização da
moeda) for j, o capital corrigido pela inflação será M2 = C(1+j). Note que se M1 = M2,
a taxa de juros i apenas recompôs o poder aquisitivo do capital C, criando uma
estabilidade. Se M1 > M2, houve um ganho real. Se M1< M2, ocorreu uma perda real. É
chamado de valor real a diferença M1 - M2, que poderá ser positiva (ganho real), nula ou
negativa (perda real).

Chama-se taxa real de juros, sendo indicada por r, aquela que, aplicada ao montante M2,

produzirá o montante M1. Ela reflete com maior precisão o ganho real de um

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investimento por considerar a perda com a desvalorização causada pela inflação do
período. Podemos então escrever que:
M1 = M2 (1+r)
Substituindo e, encontramos a fórmula da Taxa Real de Juros.
𝐶 1 + 𝑖 = 𝐶(1 + 𝑗) (1 + 𝑟)
1 + 𝑖 = (1 + 𝑗) (1 + 𝑟)
(1 + 𝑖)
= (1 + 𝑟)
(1 + 𝑗)
(1 + 𝑖)
−1=𝑟
(1 + 𝑗)
1+𝑖−1−𝑗
𝑟=
(1 + 𝑗)
𝑖−𝑗
𝑟=
(1 + 𝑗)

4.7. Descontos
É a quantia a ser abatida do valor nominal de um título ou a diferença entre o valor
nominal e o valor atual.
Valor nominal de um título (FV): é o valor do título na data de seu vencimento.
Valor Atual ou valor descontado de um título (PV): É o valor que um título tem em uma
data que antecede ao seu vencimento.
Sabemos que FV = PV (1 + i n), como PV é o valor presente ou valor atual e FV é o
valor futuro ou valor nominal, temos a seguinte fórmula:
𝐹𝑉
FV = PV (1 + i n) ou PV= 1+𝑖𝑥𝑛.

Existem basicamente dois tipos de desconto: o desconto racional e o desconto comercial.


Os dois tipos podem ser aplicados em operações de juros simples (desconto simples) e de
juros compostos (desconto composto), inicialmente, analisemos os descontos racional e
comercial.
4.7.1. Desconto Racional (“Por Dentro”)
No desconto racional, que também é chamado de desconto “por dentro”, o cálculo é
realizado com os mesmos critérios do cálculo de juros. A diferença é que o desconto
corresponde a uma operação de descapitalização, ou seja, é necessário retroceder a
capitalização calculada para o período de antecipação. Nele, o valor de referência para o
cálculo percentual do desconto é o valor atual.

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4.7.2. Desconto Comercial (“Por Fora”)
O desconto comercial, também chamado “desconto por fora”, difere do desconto
racional principalmente por que se trata de uma taxa aplicada ao valor nominal do título.
Em seu cálculo, não ocorre uma descapitalização, como no caso do desconto racional.
Desconto na Capitalização Simples
Desconto Racional Simples

Como a base do desconto racional é o valor atual PV, considerando a taxa de desconto
dr o prazo de antecipação n e usando a Capitalização Simples, temos que o desconto D
será dado por:
D = PVdr n
Além disso,
D = FV - PV.
Então,
PVdr n = FV - PV
FV = PV(1+dr n)
4.8. Desconto Comercial Simples
Como a base do desconto comercial é o valor nominal FV, considerando a taxa de
desconto d, o prazo de antecipação n e utilizando a Capitalização Simples, temos que
odesconto D será dado por
D = FVdc n
Ademais
D = FV - PV.
Logo,
FVdn = FV - PV
PV = FV(1 - dc n)

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5. CONCLUSÃO
Após o desenvolvimento deste trabalho concluiu-se que a matemática financeira facilita
o cálculo e a resolução de muitos problemas. Entender os complexos métodos utilizados
pelo mercado financeiro na obtenção do lucro máximo é uma questão de sobrevivência
para todo e qualquer cidadão.

A taxa de juros representa uma remuneração aplicada a um empréstimo, mas não se


limita a tal característica. Os juros também estão entre os principais conceitos do mercado
financeiro e de toda a economia. A equivalência de capitais é bastante utilizada na
renegociação de dívidas,em particular,na substituição de um conjunto de títulos por
outro,equivalente ao primeiro.

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6. REFERÊNCIAS
1. ARAUJO, Carlos R. V.. Matemática Financeira. São: Atlas, 1993.
2. ASSAF NETO, Alexandre. Matemática financeira e suas aplicações. São
Paulo: Atlas, 2001.
3. AYRES JR, Frank. Matemática financeira. Tradução Gastão Q. de Moura. São
Paulo: McGrawHill, 1981.
4. BRANCO, Anísio C. C.. Matemática financeira aplicada. São Paulo:
Thomson, 2002.
5. BREALEY, Richard A.; MYERS, Stewart C. Princípios de finanças
empresariais. 5. ed. Tradução Maria do Carmo Figueira. Lisboa: McGraw-Hill,
1998.
6. BRIGHAM, Eugene F.; EHRHARDT, Michael C.. Administração financeira:
teoria e prática. São Paulo: Thomson, 2006.
7. BRIGHAM, Eugene F.; HOUSTON, Joel F.. Fundamentos da moderna
administração financeira. São Paulo: Campus, 1999.

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