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03/11/2022

ECONOMIA POLÍTICA I
Conceitos essenciais de Economia, em especial a Microeconomia

JOSÉ NEVES CRUZ (josec@direito.up.pt)

Intervenção do Estado para corrigir falhas do


mercado
• Mão invisível e “falhas de mercado”
• Existem “falhas de mercado”, que fazem com que os mercados nem sempre
levem à eficiência. Algumas falhas de mercado:
• Deficiências na transmissão da informação;
• Monopólios e concorrência imperfeita;
• Efeitos externos às relações de mercado que afetam terceiros;
• Bens públicos;
• Distribuição do rendimento eticamente ou socialmente inaceitável.
• Quando qualquer destes elementos acontece a “mão visível do Estado” é
chamada a intervir.

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Assimetria de Informação e • Vendedor conhece a qualidade dos produtos


(exemplo veículo usado)
ineficiência • Comprador não tem a mesma informação (não
sabe distinguir)
• Daí que bons e maus produtos são colocados
ao mesmo preço
• Normalmente o vendedor tem de pagar mais
para obter os produtos bons, daí que ganha
mais se apenas colocar à venda produtos
maus.
• Problema: com assimetrias de informação a
eficiência do mercado é afetada e a parte
menos informada ou mal informada é
prejudicada
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Monopólios e concorrência A correção desta falha de mercado


imperfeita implica regulação do Estado.
(a ser analisado em ECONOMIA POLÍTICA II)

Efeitos externos às relações de


mercado que afetam terceiros; A correção destas falhas de
Bens públicos; mercado implica a existência de
Distribuição do rendimento despesa do Estado.
eticamente ou socialmente (a ser analisado em ECONOMIA POLÍTICA II)
inaceitável.

Analisa-se de seguida o sistema de


A realização de despesa pelo obtenção de receitas do Estado
Estado só é possível se este obtiver (tributação), que permite a
receitas provenientes dos realização de despesas que
rendimentos gerados no mercado corrigem falhas de mercado.
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II – Microeconomia: a procura, a oferta e o mercado


Interferência no mercado: a tributação
• Teixeira Ribeiro (1997 – 5ª edição: p. 258) apresenta a definição
clássica de imposto:
• “um imposto é uma:
• prestação coativa,
• pecuniária ou patrimonial,
• unilateral,
• estabelecida pela lei a favor do Estado ou de outro ente público,
• sem carácter de sanção,
• com vista à cobertura das despesas públicas (finalidades fiscais do imposto)
• e ainda tendo em atenção objetivos de ordem económica e social (finalidades
extra-fiscais do imposto)”.

II – Microeconomia: a procura, a oferta e o mercado


Interferência no mercado: a tributação
• Tributação
• Impostos (diretos / indiretos; pessoais / reais; centrais / locais; geral /
especial; específico ou unitário / “ad valorem”)
• Taxas e Tarifas
• Multas / Coimas
• Contribuições para a Segurança Social (dos trabalhadores (t = 11%) / dos
empregadores (t = 23,75% )
• Tarifas aduaneiras

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II – Microeconomia: a procura, a oferta e o mercado


Interferência no mercado: a tributação

II – Microeconomia: a procura, a oferta e o mercado


Interferência no mercado: a tributação
• Princípios de configuração da tributação
• Qual a parcela justa (equidade) que deve ser exigível a cada um pelo sistema
tributário?
• Duas abordagens
• o Princípio da Equivalência (ou do Benefício)
• o Princípio da Capacidade Contributiva

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II – Microeconomia: a procura, a oferta e o mercado


Interferência no mercado: a tributação
• Princípio da Igualdade (Equidade) e capacidade contributiva
• Igualdade horizontal
• Significa que indivíduos com a mesma capacidade contributiva devem pagar o mesmo
montante de impostos
• Igualdade vertical
• Significa que indivíduos com capacidade contributiva diferente devem pagar montantes
de impostos diferentes

II – Microeconomia: a procura, a oferta e o mercado


Interferência no mercado: a tributação
• Problemática da escolha de medidas de capacidade contributiva
• Rendimento
• Consumo
• Riqueza
• Como combinar as fontes de capacidade contributiva?

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II – Microeconomia: a procura, a oferta e o mercado


Interferência no mercado: a tributação
• Teoria da incidência fiscal
• Incidência fiscal = Repercussão dos impostos
• Incidência legal
• Quem é o sujeito passivo do imposto e que o deve pagar?
• Incidência económica
• Quem efetivamente suporta a carga tributária?
• Exemplo: Imposto sobre as vendas de gasolina
• Incidência legal – Empresas vendedoras de gasolina
• Incidência económica – se o valor do imposto se repercute no preço – os consumidores de
gasolina também vão suportar parte da carga fiscal, ou mesmo toda a carga fiscal.

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II – Microeconomia: a procura, a oferta e o mercado


Interferência no mercado: a tributação
• Incidência de
um imposto
especial
unitário sobre
as vendas de
um produto
com custos
constantes de
produção

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II – Microeconomia: a procura, a oferta e o mercado


Interferência no mercado: a tributação
• Incidência de
um imposto
especial
unitário sobre o
consumo
(compras) de
um produto
com custos
constantes de
produção

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II – Microeconomia: a procura, a oferta e o mercado


Interferência no mercado: a tributação
• Incidência de
um imposto
especial
unitário sobre
as vendas de
um produto
com custos
crescentes de
produção

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EXERCÍCIO 1
NOTA: Valores calibrados para curvas da procura e da oferta como segmentos de reta

• Foi lançado um imposto específico sobre a venda de gin no valor de 4 € por garrafa. O
preço inicial de cada garrafa era de 15 €, sendo que no mercado vendiam-se 3 mil
garrafas. A produção de gin tem custos marginais crescentes. Abaixo de um preço de 6 €
nenhuma empresa está disponível para produzir gin. O máximo valor que os
consumidores estão dispostos a pagar por uma garrafa de gin é 21 €. Se as garrafas de
gin fossem oferecidas gratuitamente, o volume máximo de garrafas procurado era de
10500 garrafas. Após imposto, os vendedores passaram a receber 12,6 € por garrafa,
tendo o volume de garrafas produzido decrescido para 2200 garrafas. (arredondar todos
os cálculos às centésimas)
a. Represente graficamente as alterações ocorridas neste mercado;
b. Calcule a parte de imposto por garrafa suportada pelos consumidores de gin;
c. Calcule a parte de imposto por garrafa suportada pelos vendedores de gin;
d. Calcule a receita fiscal obtida com este imposto;
e. Calcule a perda de bem-estar dos consumidores;
f. Calcule a perda de bem-estar dos produtores;
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EXERCÍCIO 1
NOTA: Valores calibrados para curvas da procura e da oferta como segmentos de reta

g. Calcule o custo de bem-estar deste imposto;


h. Calcule o excedente do consumidor antes de imposto;
i. Calcule o excedente do consumidor após imposto;
j. Calcule o excedente do produtor antes de imposto;
k. Calcule o excedente do produtor após imposto;
l. Calcule a elasticidade-preço da oferta associada à alteração do valor recebido por garrafa
pelos vendedores motivada pelo imposto, tendo em conta o ponto médio e indique o
significado do valor obtido;
m. Calcule a elasticidade-preço da procura associada à alteração de preço motivada pelo
imposto, tendo em conta o ponto médio e indique o significado do valor obtido.

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EXERCÍCIO 1
NOTA: Valores calibrados para curvas da procura e da oferta como segmentos de reta

• Soluções:
a. O gráfico é
realizado da
mesma forma
que nas aulas,
deslocando-se
a curva da
oferta pelo
montante do
imposto.

Fonte: Pinho, Micaela, 2018, Microeconomia: Teoria e


Prática Simplificada, Lisboa: Edições Sílabo, p. 120

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EXERCÍCIO 1
NOTA: Valores calibrados para curvas da procura e da oferta como segmentos de reta

• Soluções:
a. (Gráfico atrás)
b. A parte de imposto por garrafa suportada pelos consumidores: 16,6€ - 15 €
= 1,6 €
c. A parte de imposto por garrafa suportada pelos vendedores: 15 € - 12,6 € =
2,4 €
d. Receita Fiscal: 4€ x 2200 = 8800 €
e. Perda de bem-estar dos consumidores: 1,6 € x 2200 + (1,6 € x 800 / 2) =
4160 €
f. Perda de bem-estar dos produtores: 2,4 € x 2200 + (2,4 € x 800 / 2) = 6240

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EXERCÍCIO 1
NOTA: Valores calibrados para curvas da procura e da oferta como segmentos de reta

• Soluções:
g. Custo de bem-estar do imposto: (16,60) x (3000-2200) / 2 = 1600 €
h. Excedente do consumidor antes de imposto: (21-15) X 3000 / 2 = 9000 €
i. Excedente do consumidor após imposto: (21 - 16,6) x 2200 / 2 = 4840 €
j. Excedente do produtor antes de imposto: (15 - 6) X 3000 / 2 = 13500 €
k. Excedente do produtor após imposto: (12,6 - 6) X 2200 / 2 = 7260 €
l. Elasticidade-preço da oferta: [(2200 - 3000) / (2200 + 3000) / 2] / [(12,6 – 15) /
(12,6 + 15) / 2] = (-800 / 2600) / (-2,4 / 13,8) = (-0,31 / -0,17) = 1,82 (Por cada um
por cento de descida do valor por garrafa recebido pelos vendedores a quantidade
de garrafas produzidas reduziu 1,82 por cento – elevada elasticidade).
m. Elasticidade-preço da procura: [(2200 - 3000) / (2200 + 3000) / 2] / [(16,6 – 15) /
(16,6 + 15) / 2] = (-800 / 2600) / (1,6 / 15,8) = (-0,31 / 0,1) = (-) 3,1 (Por cada um
por cento de subida do preço por garrafa a quantidade de garrafas compradas
reduziu 3,1 por cento – elevada elasticidade).
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EXERCÍCIO 2
NOTA: Valores calibrados para curvas da procura e da oferta como segmentos de reta

• Foi lançado um imposto específico sobre o consumidor de 3 € por cada maço de


tabaco. O preço inicial de cada maço de tabaco era de 10 €, sendo que no mercado
vendiam-se 100000 maços de tabaco. A produção de tabaco tem custos marginais
crescentes. Abaixo de um preço de 5 € nenhuma empresa está disponível vender
tabaco. O máximo valor que os consumidores estão dispostos a pagar por um maço de
tabaco é 20 €. Se os maços de tabaco fossem oferecidos gratuitamente, o volume
máximo de maços de tabaco procurado era de 200000. Após imposto, os vendedores
passaram a receber 9 € por maço de tabaco, tendo o volume de maços de tabaco
vendidos decrescido para 80000. (arredondar todos os cálculos às centésimas)
a. Represente graficamente as alterações ocorridas neste mercado;
b. Calcule a parte de imposto por maço de tabaco suportado pelos consumidores de tabaco;
c. Calcule a parte de imposto por maço de tabaco suportado pelos vendedores de tabaco;
d. Calcule a receita fiscal obtida com este imposto;
e. Calcule a perda de bem-estar dos consumidores;
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EXERCÍCIO 2
NOTA: Valores calibrados para curvas da procura e da oferta como segmentos de reta

f. Calcule a perda de bem-estar dos produtores;


g. Calcule o custo de bem-estar deste imposto;
h. Calcule o excedente do consumidor antes de imposto;
i. Calcule o excedente do consumidor após imposto;
j. Calcule o excedente do produtor antes de imposto;
k. Calcule o excedente do produtor após imposto;
l. Calcule a elasticidade-preço da oferta associada à alteração do valor recebido por maço de
tabaco pelos vendedores motivada pelo imposto, tendo em conta o ponto médio e indique o
significado do valor obtido;
m. Calcule a elasticidade-preço da procura associada à alteração de preço motivada pelo
imposto, tendo em conta o ponto médio e indique o significado do valor obtido.

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EXERCÍCIO 2
NOTA: Valores calibrados para curvas da procura e da oferta como segmentos de reta

• Soluções:
a. O gráfico é
realizado da
mesma forma
que nas aulas,
sendo que a
curva que se
vai deslocar
pelo montante
do imposto é a
curva da
procura.

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EXERCÍCIO 2
NOTA: Valores calibrados para curvas da procura e da oferta como segmentos de reta

• Soluções:
a. (Gráfico atrás)
b. A parte de imposto por maço de tabaco suportada pelos consumidores: 12
€ - 10 € = 2 €
c. A parte de imposto por maço de tabaco suportada pelos vendedores: 10 € -
9€=1€
d. Receita Fiscal: 3 € x 80000 = 240000 €
e. Perda de bem-estar dos consumidores: 2 € x 80000 + (2 € x 20000 / 2) =
180000 €
f. Perda de bem-estar dos produtores: 1 € x 80000 + (1 € x 20000 / 2) = 90000

g. Custo de bem-estar do imposto: (3 € x 20000) / 2 = 30000 €
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EXERCÍCIO 2
NOTA: Valores calibrados para curvas da procura e da oferta como segmentos de reta

• Soluções:
h. Excedente do consumidor antes de imposto:(20 - 10) x 100000 / 2 = 500000 €
i. Excedente do consumidor após imposto: (20 - 12) x 80000 / 2 = 320000 €
j. Excedente do produtor antes de imposto: (10 - 5) X 100000 / 2 = 250000 €
k. Excedente do produtor após imposto: (9 - 5) X 80000 / 2 = 160000 €
l. Elasticidade-preço da oferta: [(80000 - 100000) / (80000 + 100000) / 2] / [(9 –
10) / (9 + 10) / 2] = (-20000 /90000 ) / (-1 / 9,5) = (-0,22 / -0,11) = 2 (Por cada
um por cento de descida do valor por maço de tabaco recebido pelos
vendedores a quantidade de maços vendidos reduziu 2 por cento – elevada
elasticidade).
m. Elasticidade-preço da procura: [(80000 - 100000) / (80000 + 100000) / 2] /
[(12 – 10) / (12 + 10) / 2] = (-20000 /90000) / (2 / 11) = (-0,22 / 0,18) = (-) 1,22
(Por cada um por cento de subida do preço por maço de tabaco a quantidade
de maços comprados reduziu 1,22 por cento – elevada elasticidade).
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II – Microeconomia: a procura, a oferta e o mercado


Interferência no mercado: a tributação
• Não-neutralidade do imposto
• Quando um imposto afeta a relação entre os preços de equilíbrio diz-se que
não é neutro, pois vai originar movimentos de substituição entre bens ou
recursos, afastando o resultado final das soluções eficientes de mercado.
• Surgem então os Custos de Bem-Estar da Tributação – custos associados a
perdas de eficiência na economia.

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II – Microeconomia: a procura, a oferta e o mercado


Interferência no mercado: a tributação
• Incidência económica e elasticidades-preço da procura e da oferta
• Incidência económica de um mesmo imposto pode ser muito diferente
consoante as elasticidades-preço da procura e da oferta dos mercados
afetados.
• Isto quer dizer que a distribuição da carga fiscal entre os agentes de mercado
e o nível de custo de bem-estar dos impostos depende muito da reação dos
agentes ao imposto, em termos de transferência de imposto.

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II – Microeconomia: a procura, a oferta e o mercado


Interferência no mercado: a tributação
• Relação entre elasticidades e custos de bem-estar da tributação
• Usando o exemplo de um imposto especial unitário por unidade vendida de
um bem, através da análise gráfica em equilíbrio parcial, é fácil perceber que:
• (i) quanto mais elástica é a curva da procura e/ou a curva da oferta maior é o custo de
bem-estar dos impostos (porque maior é a reação em termos de repercussão de
imposto);
• (ii) para uma dada curva da oferta, quanto maior é a elasticidade da procura, menor será
a carga fiscal suportada pelos consumidores (os vendedores não conseguem repercutir o
imposto, pois os consumidores reagem muito comprando menos);
• (iii) para uma dada curva da procura, quanto maior é a elasticidade da curva da oferta,
maior é a carga fiscal suportada pelos consumidores (os vendedores têm maior
capacidade para repercutir o imposto, pois vendem muito menos do produto tributado).

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II – Microeconomia: a procura, a oferta e o mercado


Interferência no mercado: a tributação
• Curva da procura com • Curva da procura com
baixa elasticidade elevada elasticidade

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II – Microeconomia: a procura, a oferta e o mercado


Interferência no mercado: a tributação
• Curva da oferta com • Curva da oferta com
baixa elasticidade elevada elasticidade

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Subsídios – o inverso de um imposto

Fonte: Pinho, Micaela (4.ª ed. p.86)


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II – Microeconomia: a procura, a oferta e o mercado


Interferência no mercado: a tributação
• Exemplos de impostos especiais em Portugal
• Imposto sobre o álcool e as bebidas alcoólicas (IABA) – imposto unitário (ex.
€1251,72 /hl álcool etílico).
• Imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP).
• Imposto sobre o tabaco - combina componente unitária com componente ad
valorem (Tabaco de corte fino destinado a cigarros de enrolar: € 0,075 / g
(elemento específico) e 20% (elemento ad valorem).
• Imposto sobre veículos (ISV) – inclui componente ambiental – emissões de
CO2 (g/Km – Imposto Pigou).
• Imposto de Selo (sobre várias transações: aquisição de terrenos por doação,
autos perante os tribunais, escrituração de contratos, etc.).

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Exercício 3 – subsídio (unitário)


• Foi lançado um subsídio específico unitário sobre a venda de farinha de 5 €
por tonelada. O preço inicial de cada tonelada de farinha era de 25 €,
sendo que no mercado vendiam-se 2500 toneladas de farinha. A produção
de farinha tem custos marginais crescentes. Abaixo de um preço de 20 €
por tonelada nenhuma empresa está disponível vender farinha. O máximo
valor que os consumidores estão dispostos a pagar por uma tonelada de
farinha é de 50 €. Se a farinha fosse oferecida gratuitamente, o volume
máximo que seria procurada era de 5000 toneladas. Após o subsídio, os
consumidores passaram a pagar 20,83 € por tonelada de farinha e os
vendedores passaram a receber esse valor acrescido do montante do
subsídio por tonelada, tendo o volume de farinha vendida aumentado para
2916 toneladas. (arredondar todos os cálculos às centésimas)

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Exercício 3 – subsídio (unitário)


• a. Indique sobre quem incide legalmente este subsídio e qual a curva
que é afetada pelo subsídio;
• b. Calcule a parte de subsídio por tonelada de farinha que beneficia
os consumidores de farinha;
• c. Calcule a parte de subsídio por tonelada de farinha que beneficia os
vendedores de farinha;
• d. Calcule o excedente do consumidor antes de subsídio;

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Exercício 3 – subsídio (unitário)


• e. Calcule o excedente do consumidor após subsídio;
• f. Calcule o excedente do produtor antes de subsídio;
• g. Calcule o excedente do produtor após subsídio;
• h. Calcule o ganho de bem-estar dos consumidores;
• i. Calcule o ganho de bem-estar dos vendedores;
• j. Calcule a despesa do Estado com este subsídio;
• k. Calcule o custo de bem-estar deste subsídio;

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Exercício 3

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Exercício 3
• a.
• Trata-se de um subsídio com incidência legal sobre os vendedores,
pelo que a curva que vai deslocar-se pelo montante do subsídio é a
curva da oferta.
• b.
• Parte de subsídio por tonelada de farinha que beneficia os
consumidores = 25 € - 20,83 € = 4,17 € / t
• c.
• Parte de subsídio por tonelada de farinha que beneficia os
vendedores = 25,83 € - 25 € = 0,83 € / t

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Exercício 3
• d.
• Excedente do consumidor antes de subsídio: [(50 € - 25 €) x 2500] / 2 =
31250 €
• e.
• Excedente do consumidor após subsídio: [(50 €-20,83 €) x 2916] / 2 =
42529,86 €
• f.
• Excedente do produtor antes de subsídio: [(25 € - 20 €) x 2500] / 2 = 6250 €
• g.
• Excedente do produtor após subsídio: [(25,83 € - 20 €) x 2916 / 2 = 8500,14

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Exercício 3
• h.
• Ganho de bem-estar do consumidor: 42529,86 € -31250 € = 11279,86 €
• (outra forma de calcular: (25 € - 20,83 €) x 2500 + [(25 € - 20,83 €) x 416] / 2 = 10425 € + 867,36 € =
11292,36 € - a diferença tem a ver com arredondamentos na conceção do exercício quanto à nova
quantidade vendida após subsídio)
• i.
• Ganho de bem-estar dos produtores: 8500,14 € - 6250 € = 2250,14 €
• (outra forma de calcular: (25, 83 € - 25 €) x 2500 + [(25,83 € - 25 €) x 416] / 2 = 2075 € + 172,64 € = 2247,64
€ - a diferença tem a ver com arredondamentos)
• j.
• Despesa do Estado com o subsídio: 5 x 2916 = 14580 €
• k.
• O custo de bem-estar do subsídio = 14580 € - (11279,86 € + 2250,14 €) = 1050,70 €
• (outra forma de calcular: (5 x 416) / 2 = 1040 € - diferença tem a ver com arredondamentos).

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