Você está na página 1de 7

A Imprensa

Elementos do grupo: Pedro Cunha, nº22


André Nunes, nº4

Introdução
Olá a todos! Hoje, gostaríamos de vos mostrar o que aprendemos sobre a Imprensa e de vos transmitir esses
mesmos conhecimentos! Achamos que a Imprensa é um meio de comunicação extremamente importante
para a nossa sociedade atualmente. Esperemos que gostem!

História da Criação da Imprensa


Os livros/documentos escritos eram algo que não era fácil de obter. Desde a sua criação, era
extremamente complicado escrever um livro e produzi-lo em massa, já que a escrita do livro era
extremamente lenta.

Isto acabaria por mudar, pois, na Idade Média, com o declínio do sistema feudal, o surgimento da
burguesia e da Reforma Protestante, a Igreja já não mantinha o papel de controladora de toda a
sociedade. Logo, os inventores teriam mais liberdade para apresentar ideias revolucionárias sem o controlo
da Igreja.

Consequentemente, em 1455, Johannes Gutenberg, um ferreiro alemão, acabaria por aperfeiçoar os tipos
móveis criados pelos chineses. Esta invenção é revolucionária, pois permite imprimir livros
rapidamente e causa uma mudança de mentalidades enorme em toda a sociedade! Pois, como nós
sabemos, quando um meio de comunicação se torna predominante, o ser humano acompanha a sua
evolução e adapta-se de acordo com o mesmo. Podemos dizer, portanto, que Johannes Gutenberg é o pai
da invenção que revolucionou o mundo!

«
Fatores que contribuíram para o surgimento da
Imprensa
A Imprensa, como todos os meios de comunicação, teve uma manopla de fatores que contribuíram para
o desenvolvimento da mesma, sendo eles:

 A invenção de processos técnicos de escrita;


 O crescente gosto pela leitura e a generalização do interesse pelo conhecimento dos
acontecimentos importantes;
 O alargamento da instrução pública.

O Surgimento da Imprensa Moderna


A imprensa só acabaria por se tornar muito popular mais tarde, com o surgimento da Imprensa Moderna.
A Imprensa Moderna surge no séc. XI, em 1846, com a invenção da rotativa pelo americano Robert Hoe.
Esta data também marca a altura em que a Imprensa se torna uma indústria.

A Imprensa Moderna teve como principal fator que impulsionou o seu desenvolvimento a invenção do
telégrafo, por Samuel Finley Morse. Assim, as notícias podiam ser transmitidas muito mais
rapidamente. Outros fatores que também estimularam o desenvolvimento da Imprensa Moderna foram:

 A generalização da escolaridade obrigatória;


 Melhoria do nível de vida das populações
 Interesse crescente por parte da população pelas questões políticas, económicas e sociais.

A “Era de Ouro” dos Jornais


O período em que os Jornais atingiram a maior popularidade foi entre 1890 e 1920. Nesta altura, não
havia qualquer outro media de massas. A era de ouro dos Jornais acaba com o surgimento da rádio.

Impacto da Imprensa na Sociedade


A Imprensa teve e ainda tem um grande impacto na nossa sociedade. Esta abriu a era da
comunicação social, pois tornou a informação acessível a um grande número de pessoas. Logo, o saber e a
escrita tornaram-se algo de banal na condição humana, algo que não acontecia anteriormente.

Características da Imprensa
A expressão linguística “Imprensa” pode usar-se em dois sentidos: no sentido restrito e no sentido amplo.

 No sentido amplo, a Imprensa designa o conjunto de métodos que permitem a difusão de


informação e de outros elementos culturais de maneira periódica. Neste enquadramento, estão
incluídos três tipos de imprensa:

- Imprensa escrita: difusão dos rádios, jornais, revistas e livros;


- Imprensa falada: radiofusão;
- Imprensa televisiva: radiotelevisão.

 No sentido restrito, a Imprensa designa o conjunto de publicações impressas que são


publicadas. No caso do sentido restrito, como refere apenas as publicações impressas, estamos
apenas a falar da Imprensa Escrita. Dentro da Imprensa Escrita, o jornal desempenha o papel
mais significativo.

A Imprensa também nos apresenta diversas marcas do seu discurso, incluindo:

 A simplicidade: o vocabulário tem de ser simples, que tem de ser facilmente abordável, com
frases curtas e uma organização lógica do discurso;
 A objetividade: o vocabulário tem de ser preciso e rigoroso;
 A vivacidade: tem de se utilizar o modo indicativo, sobretudo do tempo presente;
 Envolvimento do leitor: a escrita tem de facilitar a compreensão do leitor.

A Imprensa escrita tem como maior trunfo a informação local, pois consegue transmitir a informação a
diferentes pessoas com diferentes gostos, ao contrário de outros meios de comunicação atualmente.

A História da Imprensa em Portugal


Agora gostaríamos de abordar a história da Imprensa Portuguesa com pormenor, pois achamos importante
reconhecer a nossa história, os nossos erros e as nossas maiores façanhas, para que no futuro não se
cometam novamente.
O primeiro jornal conhecido português foram as “gazetas”, em 1625. Mas, de acordo com José
Tengarrinha, foi só a partir do final do século XVII e inícios do século seguinte que a Imprensa
periódica portuguesa se tornaria diversificada e bem estabelecida, pois já existiam jornais de
divulgação de cultura, entretenimento, literários, históricos, científicos, entre outros…

Mas, não se pode deixar de referir que a Imprensa sofria um tipo de censura, que só se iria agravar com a
formação da Real Mesa Censória, em 1768, durante o Período Pombalino.

O início do século XIX é marcado pelo Absolutismo, bem como as Invasões Francesas. A Imprensa
Periódica, nesta época, acabaria por se tornar menos diversificada do que anteriormente, no qual a
Política era o tema mais abordado na maior parte dos jornais.

Durante as Invasões Francesas, vários jornais periódicos em Lisboa, Coimbra e no Porto, retratavam
o estado da guerra peninsular e publicavam comentários irónicos contra os invasores.

A expulsão dos franceses não foi suficiente para que se incutissem os ideais liberais em Portugal. Desta
forma, foram reforçados os dispositivos de censura entre 1810 e 1820. Por causa disso, o número de
jornais periódicos foi relativamente baixo.

A crise económica provocada pela perca do monopólio do comércio do Brasil e a reação contra a
administração política por parte dos ingleses em Portugal desencadeou a Revolução Liberal, em
1820. Após este acontecimento, surgiram muitos jornais de características político-partidárias.

Este período de Liberalismo em que a Imprensa tinha mais liberdade de expressão acabaria por não durar
muito tempo, pois em 1823, através do golpe absolutista de D. Miguel, foi restabelecida a censura. Até
1826, foram apenas publicados jornais que retratavam as características políticas do miguelismo.

Com a morte de D. João VI, D. Pedro é promulgado rei e outorga uma nova constituição para Portugal,
acabando com o regime absolutista de D. Miguel. Nesta nova constituição, estava estabelecida a liberdade
de imprensa, embora, como sabemos, a censura acaba sempre por existir, mesmo se não for “declarada”.

No mesmo ano (1826), surge uma nova tipologia de jornalismo, o jornalismo popular (semelhante aos
jornais noticiosos atualmente, com uma neutralidade política e uma escrita simples).
As décadas seguintes foram caóticas para Portugal e para a Imprensa Portuguesa: D. Miguel regressa a
Portugal e é novamente promulgado rei, aplicando novamente a censura no jornalismo.

Eclode uma Guerra Civil entre 1824 e 1834 aquando da derrota definitiva dos absolutistas.
Os liberais vencem novamente e estabelecem a “Lei da Imprensa” (1834), que cria condições para o
surgimento de jornais de diferentes noções, bem como jornais críticos. A vitória liberal não significou o fim
da instabilidade política e militar, nem como a serenidade para a Imprensa.
Em 1824 estabelece-se o Cartismo e a consequente perseguição aos jornalistas e aos jornais. Depois,
desponta uma segunda Guerra Civil, a Guerra da Patuteia (1846-47). Após um golpe militar em 1851,
entramos num período de acalmia. Nesta época surgem investimentos de origem privada na Imprensa
que levaram ao reaparecimento dos jornais noticiosos.

O século XIX é marcado por diversas publicações especializadas (jornais médicos, científicos,
desportivos, entre outros). Apesar da variedade de publicações, a partir da fase final do século XIX até à
Queda da Monarquia, a liberdade da Imprensa é limitada.

A Instauração da República em 1910 permitiu a recuperação da liberdade à Imprensa. Embora ainda


passássemos por alguma instabilidade política e militar, o número de jornais periódicos aumenta. As
primeiras décadas do século XX são marcadas pela 1ª Guerra Mundial e a exploração desse assunto pela
Imprensa Portuguesa.

A década de 20 caracteriza-se pelo final da Ditadura de Sidónio Pais (iniciada em 1917) e pelo início
da ditadura militar (1926). Consequentemente, leva ao surgimento do Estado Novo, em 1933.

A Censura na Imprensa foi aplicada novamente durante o Estado Novo, sendo agravada em 1945 pelo
julgamento de tribunais dos crimes de abuso da mesma.

O fim do Estado Novo, com a Revolução de 1974, levou a uma nova fase da imprensa portuguesa.
Novamente, a Imprensa recupera o direito de liberdade de expressão. O Estado passa a controlar
alguns jornais. Mais tarde, na década de 80 a Imprensa deixa de ser propriedade do Estado e passa às
mãos de grupos económicos privados. Isto leva ao desaparecimento de diversos jornais e a fusão de um
grande número de títulos da Imprensa.
Atualmente, a Imprensa escrita pode não ser o meio de comunicação mais predominante, mas mantém o
seu lugar e a sua importância na sociedade atualmente.

Bibliografia:
https://www.infopedia.pt/$genese-do-absolutismo-em-portugal
https://www.infoescola.com/comunicacao/surgimento-da-imprensa/
https://apatria.org/historia/uma-visao-historica-pela-imprensa-periodica-portuguesa/
https://www.infopedia.pt/$genese-do-absolutismo-em-portugal
Manual 3 e 4 da Disciplina

Você também pode gostar