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Nota do autor:
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4
Introdução à Economia I: uma introdução à microeconomia. Notas de aula do curso presencial Introdução
à Economia I (FCE02-04565) realizado na UERJ no semestre 2012.1 ministrado por Honorio Kume, por
Pedro Johnson; disponível em: https://sites.google.com/view/pedrobritto.
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Introdução à Economia I: uma introdução à microeconomia. Notas de aula do curso presencial Introdução
à Economia I (FCE02-04565) realizado na UERJ no semestre 2012.1 ministrado por Honorio Kume, por
Pedro Johnson; disponível em: https://sites.google.com/view/pedrobritto.
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1 – INTRODUÇÃO
1
Entende-se que os recursos da natureza e de uma sociedade não são infinitos; o que implica que para
cada tipo de recurso, existe um nível de escassez a ser observado.
2
Trade-off ou tradeoff é uma expressão em inglês que significa o ato de escolher uma coisa em
detrimento de outra.
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Fonte: KUME.
É interessante que todos os dias ajudamos a decidir o que será produzido, o que
ocorre até mesmo quando decidimos comprar entre um café ou Coca-Cola, ou ainda
entre um sanduíche ou um salgado. Se os indivíduos valorizam muito um bem, seu
preço tenderá a ser alto – pois preço elevado, implicando em maior lucro para firmas
produtoras, estimula a produção.
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = .
𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑎𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠
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e pressões por aumento nos salários. Maiores salários elevam os preços, gerando
inflação. Assim, no final (longo prazo), o aumento da moeda provoca inflação. No
entanto, até se atingir o longo prazo, os governos podem explorar o tradeoff entre
inflação e desemprego (no curto prazo).
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Fonte: KUME.
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Fonte: KUME.
Neste exemplo, verificamos que uma economia específica pode produzir três mil
computadores e nenhum carro; como também pode produzir mil carros, mas nenhum
computador. Da mesma forma, pode produzir 2200 computadores e 600 carros, 2000
computadores e 700 carros, ou ainda 1700 computadores e 800 carros. A escolha ótima
de produção vai variar de acordo com às diferenças de preços entre carros e
computadores que produz.
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Por exemplo, “um aumento no salário mínimo provocará uma elevação na taxa
de desemprego da mão-de-obra não qualificada” ou ainda “um aumento no déficit
público provocará uma elevação na taxa de juros” consistem em frases de análise
positiva, pois descreve, afirma relações que podem ser provadas.
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Suponha agora novamente que tanto o agricultor quanto o pecuarista são capazes
de produzir carne e batata; no entanto, que o agricultor gaste 60 minutos por dia para a
produção de 1kg de carne por mês, e 15 minutos por dia na produção de 1kg de batatas
por mês; e o pecuarista gaste 20 minutos por dia na produção de 1kg de carne por mês, e
10 minutos na produção de 1kg de batatas por mês. A Tabela 1 nos ilustra a produção
de bens por dia (com oito horas de trabalho) do agricultor e do pecuarista, caso cada um
queira produzir somente carne, ou somente batatas.
Tabela 1 Produção de bens por mês (com oito horas de trabalho por dia).
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Outra forma consiste no aumento nas horas de trabalho, como por exemplo, de
oito para dez horas por dia. Assim, o agricultor pode produzir 10 kg de carne ou 40 kg
de batatas. Neste caso, a reta da FPP se desloca para a direita, conforme ilustrado na
Figura 6.
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No caso do agricultor, em sua FPP original – como a linha é uma função linear,
podemos aplicar a regra de três. Sendo a produção de batatas em 8 horas por dia de
32kg, a produção por hora por dia é de 32𝑘𝑔⁄8ℎ = 4𝑘𝑔. Assim a produção de 1kg de
batatas ocorre em 60𝑚𝑖𝑛⁄4𝑘𝑔 = 15𝑚𝑖𝑛 por dia. Por outro lado, a produção de carne é
8kg por 8 horas de trabalho diárias, e assim é de 1kg/h. Verificamos já que a produção
de 1kg de batata se realiza em 15 minutos; e podemos verificar o quanto se dá de
produção de carne neste mesmo tempo. Como a produção de carne é dada em 1kg/h de
trabalho, em 15 minutos a produção de carne é de 1⁄4 = 0,25𝑘𝑔. Assim verificamos
que o custo de oportunidade de produzir um kg adicional de batatas é de 250 gramas de
carne, conforme ilustrado na Figura 7.
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Desta forma, ele pode escolher trabalhar seis horas por dia na produção de carne,
e assim obter a produção de 18kg de carne por mês. Nas duas horas restantes de
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trabalho por dia na produção de batatas, ele consegue produzir 12kg de batatas por mês.
Fazendo a troca, ele paga 5kg de carne ao agricultor, sobrando então 13kg de carne para
o seu consumo no mês; e recebendo 15kg de batatas do agricultor, somando com sua
produção de 12kg, ele obtém então 27kg de batatas para o seu consumo mensal,
conforme ilustrado na Figura 9.
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Ambos ganham com o comércio (troca) porque ele é determinado pela vantagem
comparativa. Isto aplica-se para cada indivíduo (ou país) que se especializar na
produção do bem que tem vantagem comparativa, isto é, no produto com maior
produtividade relativa.
de carne por 15kg de batatas, ou seja, o preço de 1kg de carne é 3kg de batatas. Como o
custo oportunidade da produção de 1kg carne pelo agricultor é de 4kg de batatas, logo
este preço é menor do que seu custo. Esta mesma troca implica que 1kg de batatas custe
0,33kg de carne para o pecuarista. Como seu custo oportunidade de produzir 1kg de
batatas é de 0,5kg de carne, assim este preço também é bom para o pecuarista, pois é
menor do que seu custo. Assim, ambos se beneficiam.
Exercício 3. Considere uma pequena ilha isolada no Atlântico Sul. Seus habitantes
cultivam batatas e pescam. A Tabela E3 mostra as combinações máximas de batata e
peixe que essa economia pode produzir. Assim, (a) desenhe a fronteira de possibilidade
de produção (coloque a quantidade de batatas no eixo horizontal) e mostre as escolhas A
e F; (b) desenhe o ponto que representa a combinação de 500 quilos de peixe e 800
quilos de batata. Essa economia pode produzir nesse ponto? Por que? (c) Calcule o
custo de oportunidade de aumentar a produção de batatas de 600 para 800 quilos; (d)
calcule o custo de oportunidade de aumentar a produção de batatas de 200 para 400
quilos; e (e) explique por que as respostas dos itens c) e d) não são iguais.
Fonte: KUME.
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2 – ALOCAÇÃO DE RECURSOS
2.1.1 - Demanda
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quantidade deste bem de acordo com o preço em que ele é ofertado, conforme
apresentado na Tabela 3.
𝑄𝐴 𝑄𝐵
𝑃 = 3− , 𝑃 = 3− .
4 2
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𝑄𝐷
𝑃 =3− .
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A renda (𝑅) seria um destes fatores. Para um bem normal, um aumento na renda
dos indivíduos, pode fazer com que a quantidade demandada aumente, deslocando
assim a curva da demanda para a direita; e caso a renda diminuía, o mesmo efeito
oposto. Esta representa uma relação positiva.
Já para um bem inferior3 (algo de qualidade inferior e que tenha preços menores,
e que haja produtos substitutos com melhor qualidade, a um preço maior), a relação da
quantidade demandada com a renda é negativa – pois neste caso, um aumento na renda
poderia diminuir a quantidade demandada por este bem, deslocando a curva para a
esquerda; e caso a renda diminua, o mesmo efeito inverso. A Figura 10 nos ilustra o
efeito da variação de renda sobre a curva de demanda de um bem normal.
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Esta noção de bem inferior pode variar, e é relativo de indivíduo para indivíduo.
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Fonte: KUME.
Para bens substitutos, caso o preço do outro bem aumente, a sua quantidade
demandada aumenta, e caso o preço do outro bem diminua, a sua quantidade
demandada cai. Ocorre uma relação positiva. Suponha um indivíduo que goste de
refrigerante de cola, e que tenha certa preferência por Coca-Cola. Seja o preço de uma
garrafa de Coca-Cola de R$10,00, e o preço de uma garrafa de mesmo tamanho de
Pepsi Cola seja de R$6,00. Ele provavelmente irá adquirir mais Coca-Cola do que Pepsi
Cola. Agora caso o preço da Pepsi Cola (o bem substituto) aumente para R$10,00, ele
provavelmente irá demandar só por Coca Cola. Caso o preço da Pepsi Cola diminua,
para por exemplo, R$3,00; é provável, de acordo com sua preferência, que ele diminua
o seu consumo por Coca Cola e passe a demandar mais quantidade de Pepsi Cola.
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A substituibilidade entre os bens são relativas de pessoa para pessoa.
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Figura 11 Deslocamento da curva de demanda pela variação de preços de seu bem substituto.
Fonte: KUME.
Para bens complementares, um aumento do preço do outro bem pode fazer com
que a quantidade demandada pelo bem de referência diminua; e uma queda do preço do
outro bem fazer com que a quantidade demandada pelo bem de referência aumente. Ou
seja, a relação é negativa. Suponha que um indivíduo goste de fazer pizza caseira de
mussarela, e assim ele compra massa de pizza que custe R$3,00. Suponha que o preço
da mussarela necessário para que ele faça a pizza seja de R$2,00. Caso o preço da
mussarela suba para R$4,00, provavelmente ele irá adquirir menos massa de pizza. Caso
o preço da mussarela (o bem complementar) diminua para R$0,50, provavelmente ele
irá adquirir mais massa de pizza.
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Fonte: KUME.
Um quarto fator importante que pode deslocar a curva de demanda consiste nas
expectativas (𝐸𝑃 ). Por exemplo, suponha que haja expectativas de que o preço de
determinado bem vá aumentar num futuro próximo, assim, é racional que haja um
aumento na demanda presente deste bem. Da mesma forma ao contrário, caso haja
expectativas de que o preço por determinado bem diminua num futuro próximo, é
racional que a quantidade demandada por este bem diminua no presente. Em ambos os
casos ocorre um deslocamento na curva da demanda, conforme ilustrado na Figura 13.
Fonte: KUME.
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O mesmo ocorre quando há uma mudança nas expectativas sobre a renda das
pessoas. Caso haja uma expectativa de que a renda futura aumente, a quantidade
demandada também aumenta; e caso haja uma expectativa de que a renda futura
diminua, a quantidade demandada também diminui. A Figura 14 nos ilustra os
deslocamentos da curva demanda com relação às expectativas de variações na renda.
Fonte: KUME.
Fonte: KUME.
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Fonte: KUME.
𝑄𝐷 = 𝑓(𝑃, 𝑅, 𝑃𝑜 , 𝐸𝑃 , 𝐺, 𝑁𝐶).
2.1.2 – Oferta
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Fonte: KUME.
Verificamos que as ofertas são idênticas para ambas as firmas neste exemplo, e
podem ser expressas pelas equações
1 1
𝑃 = 0,5 + ( ) 𝑄𝑋 , 𝑃 = 0,5 + ( ) 𝑄𝑌 .
2 2
1
2𝑃 = 1 + ( ) (𝑄𝑋 + 𝑄𝑌 ),
2
1 1
𝑃 = + ( ) (𝑄𝑋 + 𝑄𝑌 ).
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𝑄𝑂
𝑃 = 0,5 + .
4
Como primeiro fator relevante que desloca a curva de oferta, temos o preço dos
insumos (𝑃𝐼 ), que modifica o custo de produção. Caso o preço dos insumos aumente, a
quantidade ofertada diminui; e caso o preço dos insumos diminua, a quantidade ofertada
aumenta. A Figura 18 ilustra este efeito da variação de preços dos insumos em relação a
curva de oferta.
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Figura 22 Deslocamento da curva de oferta pela variação no preço do bem substituto de produção.
Fonte: KUME.
Fonte: KUME.
𝑄𝑂 = 𝑓(𝑃, 𝑃𝐼 , 𝑇, 𝑁𝐹, 𝐸𝑃 , 𝑃𝑆 ),
onde cada termo indica uma variável explicativa conforme os exemplos dados.
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Preço (R$) 𝑄𝐷 𝑄𝑂
0,00 18 0
0,50 15 0
1,00 12 2
1,50 9 4
2,00 6 6
2,50 3 8
3,00 0 10
Fonte: KUME. Adaptado pelo autor.
Fonte: KUME.
𝑄∗ 𝑄∗
3− = 0,5 + ;
6 4
5
Utilizamos aqui a nomenclatura sobrescrita asterisco para indicar situações ótimas ou de equilíbrio.
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33
𝑄∗ 𝑄∗
3 − 0,5 = + ;
6 4
∗ ∗
4𝑄 + 6𝑄 10𝑄 ∗ 5𝑄 ∗
2,5 = = = ;
24 24 12
30 = 5𝑄 ∗ ;
30
𝑄∗ = = 6.
5
6
𝑃∗ = 3 − = 3 − 1 = 𝑅$2,00.
6
Fonte: KUME.
Neste caso de excesso de oferta, a força do mercado faz o preço cair para
R$2,00, para que assim se atinja o equilíbrio.
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34
Fonte: KUME.
Neste caso agora, a Lei da oferta e da demanda pressiona para que o preço
aumente para R$2,00, para que assim o mercado atinja o equilíbrio.
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Fonte: KUME.
Este aumento na renda, faz com que haja um excesso temporário de demanda –
pois no mesmo preço e com a curva de demanda deslocada para direita, a demanda se
torna superior a quantidade ofertada. Assim, pela Lei da Oferta e da Demanda, o
mercado pressiona o preço a subir, fazendo com que o ponto se desloque agora ao longo
da nova curva de demanda, até que seja atinja um equilíbrio, conforme ilustrado na
Figura 28.
Fonte: KUME.
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Fonte: KUME.
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estática comparativa deste caso, com quantidade de equilíbrio final maior, e com
quantidade de equilíbrio final menor.
Fonte: KUME.
Apesar destes exemplos serem abstratos, eles podem ser ilustrados. Uma queda
do preço de um insumo, pode corresponder a queda do preço do petróleo e seu efeito no
mercado de combustível, como da gasolina. Um aumento no preço de insumo, pode
corresponder a um aumento no preço do trigo e seu impacto no mercado de massas
alimentícias, como por exemplo, do macarrão. Estes casos fazem os respectivos
mercados terem suas curvas de oferta deslocadas para direita e para esquerda
respectivamente.
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Fonte: KUME.
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39
Fonte: KUME.
Fonte: KUME.
Calcule a demanda total das lagostas brasileiras. (c) Desenhe novamente as curvas de
demanda e de oferta. Quais serão o preço e a quantidade de equilíbrio no mercado de
lagostas? (d) O que acontecerá com o preço pago pelos consumidores brasileiros? E
com a quantidade?
Exercício 5. Suponha que você seja o economista de uma empresa que vende
lubrificantes industriais em um mercado competitivo, e tem as seguintes informações
sobre a oferta e demanda:
𝑄𝐷 = 45 − 2𝑃; 𝑄𝑂 = −15 + 𝑃,
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40
𝑄𝐷 = 100 − 2𝑃 + 𝑅; 𝑄𝑂 = 40 + 4𝑃,
Fonte: KUME.
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𝛥𝑄𝐷
𝑄 %
𝜀𝑃𝐷 = − 𝐷 ⇒ |𝜀𝑃𝐷 |.
𝛥𝑃
𝑃 %
Fonte: KUME.
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Fonte: KUME.
𝛥𝑄
(𝑄 + 𝑄2 )⁄2
𝜀𝑃𝐷 = − 1 .
𝛥𝑃
(𝑃1 + 𝑃2 )⁄2
2 2
(12 + 14) ⁄2 2,5
𝜀𝑃𝐷 = − = − 13 = − ≅ −0,3846.
0,5 0,5 6,5
(1 + 1,5)⁄2 1,25
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durante o cálculo da elasticidade). Podemos citar uma lista dos principais fatores
determinantes da 𝜀𝑃𝐷 .
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Por outro lado, caso a variação percentual na quantidade seja maior do que a
variação percentual na quantidade, isto significa que a demanda é muito sensível ao
preço, e assim a chamamos de elástica. Isto ocorre quando |𝜀𝑃𝐷 | > 1.
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Fonte: KUME.
Fonte: KUME.
Fonte: KUME.
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Fonte: KUME.
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Fonte: KUME.
Fonte: KUME.
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à Economia I (FCE02-04565) realizado na UERJ no semestre 2012.1 ministrado por Honorio Kume, por
Pedro Johnson; disponível em: https://sites.google.com/view/pedrobritto.
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Pedro Johnson; disponível em: https://sites.google.com/view/pedrobritto.
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Uma curva de demanda linear pode ser expressa pela equação 𝑃 = 𝑎 − 𝑏𝑄,
onde 𝑎 é o coeficiente linear, e 𝑏 é o coeficiente angular. Assim, quando 𝑄 = 0, 𝑃 = 𝑎;
e quando 𝑃 = 0, 𝑄 = 𝑎/𝑏. Assim, a elasticidade-preço da demanda pode ser expressa
como 𝜀𝑃𝐷 = (1⁄𝑏)(𝑃⁄𝑄 ). Um ponto médio pode ser definido quando 𝑃 = 𝑎/2 e 𝑄 =
𝑎/2𝑏, e a elasticidade-preço de demanda neste ponto médio é obtida como
𝑎
1 2 = 1 2𝑏𝑎 = 𝑏 = 1.
𝜀𝑃𝐷 = 𝑎
𝑏 𝑏 2𝑎 𝑏
2𝑏
A 𝜀𝑃𝐷 pode ser constante em todos os pontos da curva de demanda caso ela tenha
formato de uma hipérbole equilátera.
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𝛥𝑄𝐷
𝑄 variação % na quantidade
𝐷
𝜀𝑃𝐶 = 𝐷 = .
𝛥𝑃𝑂 variação % no preço do outro bem
𝑃𝑂
Elasticidade-preço
Bem/serviço
cruzada da demanda
Margarina e preço da manteiga 1,53
Pepsi Cola e preço da Coca-Cola 0,80
Coca-Cola e preço da Pepsi Cola 0,61
Energia elétrica e preço do gás 0,20
Entretenimento e preço do alimento -0,72
Fonte: HALL e LIEBERMAN, 2003. Adaptado pelo autor.
𝛥𝑄𝐷
𝑄 variação % na quantidade
𝜀𝑅𝐷 = = .
𝛥𝑅 variação % na renda
𝑅
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Para os bens de luxo, a 𝜀𝑅𝐷 é elevada; e para bens de primeira necessidade, a 𝜀𝑅𝐷 é
baixa. A Tabela 9 nos ilustra alguns exemplos de elasticidade-renda da demanda.
𝛥𝑄𝑂
𝑄 variação % na quantidade ofertada
𝜀𝑃𝑂 = 𝑂 = .
𝛥𝑃 variação % no preço
𝑃
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longo prazo, os produtores podem investir para aumentar a sua capacidade, assim, a 𝜀𝑃𝑂
geralmente é mais alta no período mais longo).
Fonte: KUME.
Fonte: KUME.
cliente (não há comunicação entre eles) e pode decidir on-line se oferece ou não o
desconto. Se o objetivo for aumentar a receita total de cada grupo, deve oferecer o
desconto para o grupo A ou para o grupo B ou para ambos?
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Assim, verificamos que caso o legislador deste município imponha uma lei de
fixação de preço máximo de aluguel de R$600,00, nada muda, pois em equilíbrio, o
preço de aluguel de R$500,00 é inferior ao preço máximo imposto, e assim o mercado
poderá atingir o seu ponto de equilíbrio em 2.200 habitações ao preço de R$500,00 o
aluguel de cada.
Desta forma, podemos verificar que o tabelamento do aluguel seria bom somente
para os inquilinos que conseguissem os apartamentos. Estes que conseguiriam os
apartamentos, poderia ser por diversos critérios, como por exemplo, por filas (quem
chegasse primeiro), de forma aleatória (para quem tiver sorte), ou ainda por outros
critérios de avaliação, que poderiam ser considerados inclusive como preconceituosos,
como por exemplo, por raça, gênero, idade, etc.
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Verificamos assim, que apesar do preço do imposto ser recolhido pelo vendedor,
devido a elasticidade-preço da curva de demanda, parte dele acaba sendo pago pelo
consumidor, e parte pelo vendedor. O deslocamento da curva da oferta gera um novo
ponto de equilíbrio, com 17 unidades do bem, onde os vendedores estão dispostos a
receber R$9,20 por unidade do bem, e onde há consumidores com disposição a pagar
por R$11,20 pela unidade do bem. Este é o novo ponto de equilíbrio.
Verifiquemos agora um caso análogo, mas que desta vez o imposto de R$2,00
seja recolhido pelo consumidor. Neste caso, a curva de demanda se desloca para a
esquerda, verticalmente por este valor do imposto, conforme ilustrado na Figura 48.
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57
Podemos concluir assim que a incidência legal do imposto não define o ônus
efetivo; ou seja, quem recolhe o imposto não necessariamente paga pelo imposto. O que
determina quem paga efetivamente o imposto é o mercado.
Fonte: KUME.
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Fonte: KUME.
Fonte: KUME.
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59
Fonte: KUME.
−2 + 2𝑃 = 10 − 2𝑃;
4𝑃 = 12;
12
𝑃= = 3.
4
𝑄 ∗ = −2 + 2(3) = 4 = 10 − 2(3).
−2 + 2(𝑃𝐶 − 1) = 10 − 2𝑃𝐶 ;
−2 + 2𝑃𝐶 − 2 = 10 − 2𝑃𝐶 ;
4𝑃𝐶 = 10 + 2 + 2 = 14;
14
𝑃𝐶∗ = = 𝑅$3,50.
4
𝑄 ∗ = 𝑄𝑂 = 𝑄𝐷 = 10 − 2𝑃𝐶∗ = 10 − 2(3,50) = 10 − 7 = 3.
10 − 4𝑃 = −2 + 2𝑃;
6𝑃 = 10 + 2 = 12;
12
𝑃∗ = = 2.
6
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61
8 16
𝑄 ∗ = −2 + 2 ( ) = −2 + ≅ 0,67.
6 6
𝛥𝑄
𝑄1 + 𝑄2 1 1
| | −4 + 3 −7 −6,5
𝐷
|𝜀𝑃 | = 2 =| |=| |=| | ≅ 1,86.
| 𝛥𝑃 | 0,50 0,50 3,5
𝑃1 + 𝑃2 3 + 3,5 6,5
2
1,33
− 2,67 5,7589
𝐷
|𝜀𝑃 2 | =| | = |− | ≅ 6,54.
0,33 0,8811
4,33
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Verificamos que neste segundo caso, a demanda é mais elástica que a primeira; e
diante disto, a incidência econômica do imposto acaba sendo menor para o consumidor
do que no primeiro caso. Como a demanda do primeiro caso é relativamente mais
inelástica do que no segundo caso, no primeiro caso há maior capacidade de transferir o
ônus do imposto ao consumidor.
Fonte: KUME.
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(ou seja, de sua disposição a pagar) e o valor efetivamente pago (ou seja, o preço do
bem/serviço).
Fonte: KUME.
70 × 3200
𝐸𝐶2 = = 112.000.
2
Verificamos então que esta diminuição do preço faz com que o excedente do
consumidor aumente de 75 mil unidades monetárias para 112 mil. Este novo excedente
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Fonte: KUME.
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Copa. Cada uma destas sete pessoas tem disposição a vender sua moeda por preços
diferentes, conforme apresentado na Tabela 11.
Fonte: KUME.
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Fonte: KUME.
Fonte: KUME.
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Fonte: KUME.
Caso uma firma seja monopolista, ela poderá decidir o preço de mercado de seu
bem, fixando assim o seu preço num valor superior do que ao de seu custo marginal.
Assim, ela passa a vender somente para consumidores com maiores disposições a pagar;
ou seja, ela vende uma menor quantidade para quem está apto ou disposto a pagar pelo
valor maior. Como neste caso o preço é maior do que seu custo marginal, ela acaba se
apropriando de um excedente do produtor maior. Este exemplo pode ser ilustrado pela
Figura 58.
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Fonte: KUME.
Por outro lado, podemos verificar o que ocorre com o excedente do produtor.
Em concorrência, o EP equivale a área do triângulo 𝐴𝑃𝐶 𝐸. Já no caso do monopólio, o
EP perde a área do triângulo 𝐹𝐶𝐸, mas em compensação ganha com a área do retângulo
𝑃𝑀 𝑃𝐶 𝐷𝐹. Como a área deste retângulo é maior do que o triângulo, há ganhos no
excedente do produtor para o monopolista. A decisão do monopolista será de maximizar
o lucro, assim neste exemplo, sua escolha de preços será a que captura maior parte do
excedente do consumidor com este formato retangular, e que ao mesmo tempo gere
menor perda relativa possível do EP no triângulo 𝐹𝐶𝐸.
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Exercício 12. Determine o excedente do produtor em cada uma das seguintes situações:
(a) Bob registra seu velho trenzinho elétrico de brinquedo no eBay para vender. Ele fixa
um preço mínimo aceitável, conhecido como seu preço de reserva, de R$ 75. Depois de
cinco dias recebendo ofertas, a última oferta mais alta foi de exatamente R$ 75. (b)
Jenny coloca um anúncio de venda do seu carro no jornal por R$15.000,00, mas ela está
disposta a vender o carro por qualquer preço acima de R$ 13.000,00. A melhor oferta
que obteve foi de R$ 12.000,00. (c) Sanjay gosta tanto do seu trabalho que estaria
disposto a trabalhar de graça. Contudo seu salário mensal é de R$ 3.000,00. Vide
soluções na seção final do caderno Soluções dos exercícios propostos.
O peso morto também é verificado no caso de controle dos preços, como no que
vimos da fixação de preço máximo do aluguel.
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Fonte: KUME.
Fonte: KUME.
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73
Fonte: KUME.
Fonte: KUME.
6
Desenvolvida pelo economista Arthur Laffer, a curva de Laffer determina um ponto ótimo da
arrecadação de impostos.
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Exercício 14. Suponha que um mercado seja descrito pelas seguintes equações de
oferta e de demanda 𝑄𝑂 = 2𝑃 e 𝑄𝐷 = 300 − 𝑃. (a) Calcule o preço e a quantidade de
equilíbrio. (b) Um imposto específico de R$T por unidade é cobrado dos consumidores.
Calcule os preços do produtor e do consumidor e a quantidade de equilíbrio. (c) Calcule
a receita tributária em função de T. Desenhe um gráfico desta relação com T variando
entre 0 e 300. Coloque a receita tributária no eixo vertical. (d) Indique graficamente o
peso morto e mostre sua relação com T. Faça um gráfico do peso morto em função de T
para valores entre 0 e 300. (e) O governo fixa o imposto em R$200 por unidade. É uma
boa política? Há uma política melhor? Vide soluções na seção final do caderno
Soluções dos exercícios propostos.
7
O “w” subscrito indica “world” – mundo.
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75
Fonte: KUME.
Figura 64 Preço sem comércio de um país pequeno maior e menor do que o preço mundial.
Fonte: KUME.
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76
Fonte: KUME.
8
Este ganho é puramente econômico, relativo à eficiência alocativa de mercado. Esta análise não aborda
questões sociais ou de bens estratégicos para uma nação.
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77
Fonte: KUME.
De uma forma geral, o comércio internacional implica num ganho para o país
como um todo, mas gera também além de ganhadores, perdedores. Assim, haverá
ganhadores que serão a favor, e perdedores que serão contra.
Fonte: KUME.
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79
Fonte: KUME.
Através da ilustração, fica fácil visualizar que a tarifa aduaneira faz com que o
excedente do produtor se aproprie de parte do excedente do consumidor quando não há
tarifa, o corresponde a região 𝐶. Da mesma forma, o governo (ou país como um todo)
também se apropria de parte do excedente do consumidor quando não há tarifa, da área
correspondente a região 𝐷 que agora faz parte da receita tributária.
Desta forma podemos concluir que a tarifa gera quatro impactos, e que
sintetizando, consumidores perdem, produtores ganham, governo ganha, e o país como
um todo perde (pois os ganhos dos produtores e do governo são menores do que a perda
dos consumidores).
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81
De uma forma geral, uma nova indústria pode ganhar em determinado período
de tempo economias de escala, e se tornar mais competitiva, o que justifica a política de
proteção a indústria nascente. A vantagem comparativa potencial de uma indústria
nascente é ilustrada na Figura 69.
Fonte: KUME.
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Fonte: KUME.
Fonte: KUME.
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Exercício 16. Malta é um país pequeno, produtor e consumidor de arroz. Suponha que
o preço mundial de arroz seja de 𝑈𝑆$1 por quilo, e que a oferta e demanda internas de
Malta sejam representadas pelas equações 𝑄𝑂 = 𝑃 e 𝑄𝐷 = 8 − 𝑃, onde 𝑃 é o valor em
dólares por quilo, e 𝑄 a quantidade em quilos. (a) Suponha inicialmente que o governo
de Malta não permite o comércio internacional. Faça o gráfico e mostre o preço, a
quantidade e o ponto de equilíbrio. Calcule os excedentes do consumidor, do produtor e
o total. (b) Agora, o comércio internacional é permitido. Faça o gráfico e mostre o
preço, a quantidade e o ponto de equilíbrio. Calcule os excedentes do consumidor, do
produtor e o total. (c) Suponha que o governo de Malta diante das pressões dos
produtores de arroz fixa um imposto de importação de U$1 por quilo. Mostre
graficamente o impacto desta tarifa. Calcule o preço, a quantidade consumida, a
quantidade produzida e quantidade importada. Calcule também os excedentes do
consumidor e do produtor, a receita do governo e o excedente total. Calcule o custo
social (peso morto) deste imposto.
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social (peso morto) deste imposto. Vide soluções na seção final do caderno Soluções
dos exercícios propostos.
3.4 - Externalidades
Como vimos em mercado, através das curvas de oferta e demanda, uma alocação
eficiente de recursos consiste quando se atinge o benefício líquido máximo, ou seja,
quando a soma do excedente do consumidor com o excedente do produtor é a máxima
possível.
Faremos agora uma análise econômica das externalidades. Suponha que para o
mercado do 𝐵𝑒𝑚 𝑇, a solução de mercado que iguala um ponto da curva de demanda e
da curva de oferta (do custo marginal privado) seja ao preço 𝑃 = 30 unidades
monetárias e quantidade 𝑄 = 15 toneladas. Suponha que a produção deste 𝐵𝑒𝑚 𝑇 gera
uma externalidade negativa, e assim desta forma, além do custo marginal privado, há
também o custo marginal social, que também pode ser expresso em preço pela
quantidade produzida. Estas curvas de custo marginal privado (curva de oferta), custo
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Fonte: KUME.
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Fonte: KUME.
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tonelada produzida pela fábrica de celulose. Assim, a fábrica tem duas alternativas, se
mudar, ou pagar a indenização. A Figura 74 nos ilustra este caso.
Fonte: KUME.
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89
Fonte: KUME.
Verificamos assim que a solução eficiente não depende de quem tem o direito de
propriedade, pois a quantidade e preço de equilíbrio são os mesmos nas duas formas. O
que importa então é que os direitos de propriedade sejam bem definidos – através do
papel do governo e suas instituições. A diferença, consiste que no primeiro caso, as
externalidades são definidamente pagas aos pescadores (onerando a firma). Neste
segundo caso, a oneração das externalidades fica por conta dos pescadores.
Uma solução eficiente é viável quando pelo menos quatro requisitos são
atendidos.
9
Em economia, free-rider ou carona, consiste na pessoa que extrai uma externalidade positiva das ações
de terceiros, ou seja, que adquire um benefício pelo qual não pagou.
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Estes requisitos devem ser atendidos também para uma solução eficiente quando
determinada produção gera externalidades positivas. Considere por exemplo, o caso de
produtores de mel por apicultores, e a produção de macieiras. As macieiras precisam ser
polinizadas por abelhas para darem frutos. Uma solução privada, consiste quando
produtores com pomares alugam colmeias para polinizarem suas árvores. Contratos de
polinização costumam incluir estipulações sobre o número e a força das colônias de
abelhas, da taxa de aluguel, sobre o período, etc. Assim, muitos apicultores viajam de
um estado para outro, alugando suas abelhas a produtores de amêndoas, cerejas, peras e
maçãs.
10
Esta taxa recebe este nome porque em 1920, o economista Britânico Arthur C. Pigou escreveu The
Economics of Welfare. No livro, Pigou argumenta que industriais buscam seu interesse privado marginal
próprio. Quando o interesse social marginal diverge do interesse marginal privado, o industrial não possui
incentivo para internalizar o custo marginal social. Por outro lado, Pigou argumenta, se uma indústria
produz benefício marginal social, os indivíduos que recebem o benefício não possuem incentivo para
pagar por este serviço. Pigou se refere a estas situações como desserviços incidentais não cobrados e
serviços incidentais não cobrados, respectivamente.
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Fonte: KUME.
Fonte: KUME.
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92
Fonte: KUME.
Sobre licenças ambientais, um fato interessante consiste que, caso não haja
restrições legais, estas licenças podem ser negociadas.
Suponha que um governo conceda uma licença para produção de 250 toneladas
de CO2 para cada firma de um determinado setor considerado estratégico. Suponha
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duas fábricas, e que antes do governo regulamentar a emissão máxima de CO2, estas
duas fábricas gerassem 500 toneladas de CO2. Agora cada uma destas duas fábricas
precisa reduzir 250 toneladas em sua geração de CO2. No entanto, a Fábrica 1 tem custo
de redução de CO2 de R$1.000 por tonelada, e a Fábrica 2 tem custo de redução de
R$1.200 por tonelada. Considere que este investimento para redução na emissão de
CO2 seja de forma linear, de forma caso o governo adotasse uma política mais rígida,
restringindo o nível de emissão de CO2 desta indústria a zero; isto poderia ser possível
através dos investimentos/custos informados.
De uma forma geral, o custo para a Fábrica 1 reduzir sua emissão de CO2 em
250 toneladas seria de R$250.000, e para a Fábrica 2, seria de R$300.000.
Por outro lado, a Fábrica 2 que teria de gastar R$300.000 para reduzir 250
toneladas de emissão de CO2, acaba por comprar esta licença adicional por R$280.000,
e assim obtém de ganho líquido R$20.000.
Verificamos assim que caso haja um mercado para a venda e compra de licenças
ambientais, os que tem maiores custos serão compradores, e os de menores custos serão
vendedores. Como resultado, a quantidade de poluentes permanece reduzida da mesma
forma que no caso de ausência de negociações, no entanto, as firmas terão menor custo.
Exercício 18. Tomar vacina contra gripe reduz a chance de um indivíduo ficar gripado
e também diminui a possibilidade de passar gripe para outros indivíduos. O custo de
cada vacina é constante e a demanda de vacinas diminui com o preço, conforme pode
ser visto no gráfico apresentado na Figura E18. (a) Indique de forma genérica no gráfico
o benefício social proporcionado pela vacinação, e também indique a proporção de
pessoas vacinadas socialmente ótima. Essa proporção é maior do que 𝑄1? (b) Indique no
diagrama, como o governo poderia fazer com que a proporção de pessoas vacinadas
fosse socialmente ótima. Qual seria esse instrumento? (c) A proporção das pessoas
vacinadas do ponto de vista social deveria ser sempre 100%?
Introdução à Economia I: uma introdução à microeconomia. Notas de aula do curso presencial Introdução
à Economia I (FCE02-04565) realizado na UERJ no semestre 2012.1 ministrado por Honorio Kume, por
Pedro Johnson; disponível em: https://sites.google.com/view/pedrobritto.
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Fonte: KUME.
Fonte: KUME.
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à Economia I (FCE02-04565) realizado na UERJ no semestre 2012.1 ministrado por Honorio Kume, por
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No entanto, nem todos os bens têm estas características. Há bens que podem não
ter uma destas características, ou ainda que não tenham ambas estas características (o
caso dos bens públicos).
No caso dos bens privados, como o pão de queijo exemplificado, ou ainda como
uma peça de roupa por exemplo, estas duas características estão sempre presentes. Os
bens são rivais, ou seja, duas pessoas não podem utilizar/consumir do mesmo bem ao
mesmo tempo, e são exclusíveis, ou seja, caso uma pessoa não possa pagar pelo bem, o
fornecedor pode não permitir que ele seja consumido.
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Rival?
Sim Não
Excludente?
Monopólios naturais
Sim Bens privados
(artificialmente escasso)
Recursos
Não Bens públicos
comuns
Elaboração do autor.
Verificamos assim que os bens públicos não são rivais no consumo e não são
excluíveis, como por exemplo, a segurança de uma rua através de um policiamento.
Todas pessoas que circularem nesta rua usufruem de tal serviço. Ele pode ser ofertado
por uma iniciativa privada, como exemplo, por alguma firma que tenha sede nesta rua,
ou associação de moradores, e que contrata um segurança; ou ainda pelo governo, como
por uma decisão estratégica de manter uma cabine policial nesta rua. O grande problema
na questão da oferta de tal serviço, consiste na forma de financiamento; ou em outras
palavras, como evitar o free-rider.
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horas para a rua; seja por meio de uma votação, ou pesquisa, e que resulte em 100% de
interesse por parte de todos moradores. Após a decisão, alguns moradores podem
decidir que não querem pagar/contribuir; logo os demais serão mais onerados, mas
todos obterão o benefício do serviço que se torna um bem público. Já o financiamento
via governo se dá através da receita de impostos e despesa com gastos em segurança.
Por sua vez, como já vimos, os recursos comuns são rivais de consumo, mas não
são excluíveis. O problema deste tipo de bem consiste no impacto das externalidades
negativas relacionadas ao seu consumo. Considere o mar como um recurso comum, e o
caso dos pescadores. A pesca de um Indivíduo A gera uma externalidade negativa para
o Indivíduo B, pois ele terá menos peixes disponíveis para pescar, conforme ilustrado
no diagrama da Figura 80.
Fonte: KUME.
11
Segundo reportagem do Globo Natureza, em São Paulo, publicado em 10 de julho de 2012. Disponível
online em: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/07/pesca-excessiva-ameaca-30-das-populacoes-de-
peixes-afirma-onu.html. Acesso em 07 de agosto de 2020.
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internalizar esse custo social. Podemos pensar em diversas alternativas para isto, como
por exemplo, a cobrança de um imposto por peixe capturado ou uma regulamentação da
pesca; um sistema de licenças comercializáveis para o direito de pesca; ou ainda tornar
esta atividade excluível, atribuindo o direito de propriedade.
A tragédia dos comuns (também denominada tragédia dos bens comuns) é uma
situação em que indivíduos agindo de forma independente e racionalmente de acordo
com seus próprios interesses comportam-se em contrariedade aos melhores interesses de
uma comunidade, esgotando algum recurso comum. A hipótese levantada pela
"tragédia dos comuns" declara que o livre acesso e a demanda irrestrita de um recurso
finito terminam por condenar estruturalmente o recurso por conta de sua
superexploração.
Para ilustração, considere uma pequena comunidade onde viva algumas famílias;
e que esta área seja cercada por uma comuna local (área coletiva de pastagem) que
tenha ovelhas. Suponha que as rendas familiares sejam obtidas pela produção de lã.
Caso não haja uma coordenação, e cada família extrair o máximo de lã possível, poderá
haver uma perda nas ovelhas, de forma que uma comunidade que poderia ser
anteriormente rica, tornar-se pobre, conforme ilustrado no diagrama da Figura 81.
Fonte: KUME.
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pastagem pode ser dividida igualmente para cada família. Desta forma, cada família terá
interesse em manter apenas o número apropriado de ovelhas.
O que é comum a muitos é o que recebe menos cuidados, porque todos têm
maior preocupação com o que é seu do que com aquilo que possuem em
conjunto com outros (Aristóteles, filósofo da Grécia Antiga).
Se o preço for igual ao custo marginal, ou seja, igual a zero, não haverá
produção, o que gera um peso morto igual ao total do excedente do consumidor. Assim,
a solução é a determinação de um preço de monopólio, ou seja, um preço positivo que
implique menor peso morto do que na ausência da produção, conforme ilustrado na
Figura 82.
Exercício 19. Suponha um museu que cobre R$10,00 por entrada, sendo que em
algumas horas ao longo do dia, a quantidade de visitantes é praticamente nula; e em
outras horas do dia, ele atinge o seu nível máximo de ocupação, de forma que potenciais
visitantes não podem entrar no museu. Um economista dá o seguinte conselho ao diretor
de um museu. “Você deveria cobrar um preço alto no horário de pico, e nos outros
horários, a entrada deveria ser livre”. (a) No horário quando o museu está com poucos
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Exercício 20. O Jardim Botânico no Rio de Janeiro é bastante conhecido pelas suas
plantas e pela exposição de orquídeas. O espaço para o público é tão grande que pode
receber muito mais visitantes do que recebe usualmente. Suponha que exista um
consenso de que atingir uma ocupação máxima no Jardim Botânico seja algo
inimaginável, e que a entrada é de R$10. A esse preço 1.000 pessoas por dia frequentam
o Jardim Botânico. Se a entrada fosse gratuita, o público visitante seria de 2.000
pessoas. Se o preço for R$20, o público seria nulo. (a) As visitas ao Jardim Botânico são
rivais? São excluíveis? Qual é o tipo de bem? (b) Mostre graficamente a demanda e
indique o número de visitantes com os preços dados na questão. (c) Explique se a
cobrança de R$10 é ineficiente, e (d) calcule o peso morto devido à cobrança do
ingresso de R$10. Vide soluções na seção final do caderno Soluções dos exercícios
propostos.
4 – SISTEMA TRIBUTÁRIO
É desejável que um imposto seja eficiente, ou seja, que minimize o peso morto e
o custo administrativo. Também é desejável que um imposto atenda critérios de
equidade, através do princípio dos benefícios e do princípio da capacidade de
pagamento. O diagrama apresentado na Figura 83 nos ilustra estas características.
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101
Fonte: KUME.
Fonte: KUME.
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102
É possível um imposto com peso morto zero, o chamado imposto de valor fixo
ou “lump sum tax”. Um imposto que cobre uma quantia fixa por pessoa, independente
das características pessoais, não afeta a decisão marginal, por isto o peso morto é nulo.
No entanto, este tipo de imposto não atende ao critério de equidade.
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103
imposto. Por outro lado, equidade horizontal implica que todos os que tem a mesma
capacidade de contribuição, devem pagar o mesmo valor do imposto.
Fonte: KUME.
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104
Fonte: KUME.
Neste exemplo, se uma pessoa tem renda de R$5.000, ela pagará 27,5% de sua
renda de imposto deduzido por R$869,36. Assim, como a alíquota 𝑡4 = 0,275, o
imposto que ela pagará será de 𝑇 = 0,275 × 𝑅$5.000 − 𝑅$869,36 = 𝑅$1.375 −
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𝑅$869,36 = 𝑅$505,64. Desta forma, uma pessoa com renda de R$5.000 paga de
imposto uma alíquota média de 𝑡 = 𝑅$505,64⁄𝑅$5.000 ≅ 0,1011 = 10,11%.
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1. Orçamento fiscal.
a. Imposto de renda (pessoas físicas, jurídicas, e retido na fonte).
b. Imposto sobre produtos industrializados.
c. Imposto sobre operações financeiras.
d. Impostos sobre o comércio exterior.
2. Orçamento seguridade-social.
a. Contribuição para a Previdência Social.
b. Cofins.
c. Contribuição social sobre o lucro líquido.
d. Contribuição para o PIS/Pasep.
12
Sistema S é o nome pelo qual ficou convencionado de se chamar o conjunto de nove instituições de
interesse de categorias profissionais, estabelecidas pela Constituição brasileira, que são o SENAR,
SENAC, SESC, SESCOOP, SENAI, SESI, SEST, SENAT e SEBRAE.
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107
e. CPSS.
f. CPMF/IPMF.
Tabela 14 Origem da receita tributária da União nos anos de 1998, 2008 e 2018.
Tabela 15 Origem da receita tributária estadual nos anos de 1998, 2008 e 2018.
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Tabela 16 Origem da receita tributária municipal nos anos de 1998, 2008 e 2018.
Exercício 22. Avalie cada um dos impostos listados abaixo em termos do princípio dos
benefícios e do princípio da capacidade de pagar. (a) Um imposto federal de R$ 500 por
cada carro novo comprado que financia programas de segurança nas rodovias. (b) Um
imposto municipal de 10% sobre as diárias cobradas nos hotéis da cidade que financia
os gastos públicos do município. Vide soluções na seção final do caderno Soluções dos
exercícios propostos.
5 – ESTRUTURA DE MERCADO
𝜋 = 𝑅𝑇 − 𝐶𝑇.
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Fonte: KUME.
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111
Fonte: KUME.
Fonte: KUME.
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112
Nesta tabela, verificamos que caso não haja nenhum trabalhador, o custo total de
Samara será de 30 unidades monetárias, ou seja, daquilo que ela já investiu comprando
um local para a fabricação de biscoitos e equipamentos necessários, e a quantidade
produzida será zero. Com um trabalhador, ela passa a ter um custo adicional variável de
10 unidades monetárias (o correspondente ao salário), e assim seu custo total passa ser
de 40 unidades monetárias – no entanto, a quantidade de biscoitos produzida passa a ser
de 50. O custo médio por unidade de biscoito é então de 40⁄50 = 0,8 unidades
monetárias. A produção marginal em relação a não ter nenhum trabalhador é então de
50 biscoitos. Assim a produção média é de 50 biscoitos por trabalhador.
Caso ela contrate um segundo trabalhador, ela terá um custo adicional de mais
10 unidades monetárias, tendo um custo total de 50 unidades monetárias. A produção
marginal do segundo trabalhador é de 40 biscoitos, e assim sua produção total passa a
ser de 90 biscoitos. Agora o custo médio por unidade de biscoito passa a ser agora de
50⁄90 ≅ 0,55 unidades monetárias. A produção média passa a ser de 45 biscoitos por
trabalhador.
Caso ela contrate um terceiro trabalhador, o seu custo total passará a ser de 60
unidades monetárias. A produção marginal do terceiro trabalhador é de 30 biscoitos, e
assim sua produção total passa a ser de 120 biscoitos. Agora o custo médio por unidade
de biscoito produzida passa a ser de 60⁄120 = 0,5 unidades monetárias. No entanto, a
produção média passa a ser de 40 biscoitos por trabalhador.
Verificamos que quanto mais trabalhadores, menor será a produção marginal por
trabalhador, e assim menor a produção média. Isto pode ser explicado pelo tamanho da
fábrica ser fixo – assim, quanto mais trabalhadores ocupando um mesmo espaço físico e
com mesmo número de equipamentos, a produtividade diminui. É racional se pensar
que um número demasiadamente grande de trabalhadores poderia inclusive diminuir a
produção total, pois muita gente ocupando um mesmo espaço, e sem ter equipamentos
adicionais para trabalhar, poderia acabar atrapalhando a produção. Isto porque é dado
por hipótese de que o investimento no tamanho da fábrica é zero no curto prazo, ou seja,
o tamanho da fábrica/capital (que inclui espaço físico da fábrica e seus equipamentos) é
constante independentemente do número de trabalhadores. Para melhorar esta narrativa,
suponha que Samara não deseja comprar nenhum equipamento adicional nos próximos
meses, no entanto, ela pode só contratar novos trabalhadores temporários.
Introdução à Economia I: uma introdução à microeconomia. Notas de aula do curso presencial Introdução
à Economia I (FCE02-04565) realizado na UERJ no semestre 2012.1 ministrado por Honorio Kume, por
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113
Fonte: KUME.
𝑄
𝑃𝑀𝐸 𝐿 = .
𝐿
𝛥𝑄
𝑃𝑀𝑔 𝐿 = .
𝛥𝐿
13
A letra 𝐾 é usualmente utilizada para representar capital, por ser lido como “kapital” (caso se utilizasse
a letra 𝐶, poderia ser confuso, pois esta é usualmente já utilizada já para custo em uma função de
produção). A letra 𝐿 é usualmente utilizada para representar trabalho, por conta de sua palavra
correspondente em inglês, “labour”.
Introdução à Economia I: uma introdução à microeconomia. Notas de aula do curso presencial Introdução
à Economia I (FCE02-04565) realizado na UERJ no semestre 2012.1 ministrado por Honorio Kume, por
Pedro Johnson; disponível em: https://sites.google.com/view/pedrobritto.
114
53,75 − 9,4𝐿 = 0;
9,4𝐿 = 53,75
53,75
𝐿∗ = = 5,71.
9,4
Elaboração do autor.
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115
Definimos então o custo total (𝐶𝑇) como sendo a soma do custo fixo com o
custo variável, de forma que 𝐶𝑇 = 𝐶𝐹 + 𝐶𝑉. No caso de Samara, a curva de custo total
pode ser colocada em função da quantidade de biscoitos produzidos, conforme ilustrado
na Figura 91.
Fonte: KUME.
Verificamos assim que a principal característica do custo fixo é de que não varia
com a produção, e a do custo variável é de que varia de acordo com a produção. Existe
também o chamado custo quase fixo, que implica num custo que não varia com a
produção, mas é zero se a produção for nula. De uma forma geral, o custo médio (𝐶𝑀𝐸 )
é dado pela relação entre o custo total e a quantidade, de forma que
𝐶𝑇
𝐶𝑀𝐸 = .
𝑄
𝛥𝐶𝑇 𝑑𝐶𝑇
𝐶𝑀𝑔 = = .
𝛥𝑄 𝑑𝑄
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116
Fonte: KUME.
Fonte: KUME.
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117
a soma do custo variável médio com o custo fixo médio. A Figura 93 nos ilustra um
formato padrão de curvas de custo em função da quantidade produzida.
Fonte: KUME.
𝑑𝐶𝑉𝑇 𝑑𝑄
𝑑𝐶𝑉𝑀𝐸 𝑄 − 𝐶𝑉𝑇
𝑑𝑄 𝑑𝑄
= 2
.
𝑑𝑄 𝑄
𝑑𝐶𝑉𝑇 𝐶𝑉𝑇
𝑑𝐶𝑉𝑀𝐸 − 𝑄
𝑑𝑄
= .
𝑑𝑄 𝑄
Assim, caso o custo marginal seja maior do que o custo variável médio,
𝑑𝐶𝑉𝑀𝐸 ⁄𝑑𝑄 > 0, e isto implica que o custo variável médio seja crescente. Caso o custo
marginal seja menor do que o custo variável médio, 𝑑𝐶𝑉𝑀𝐸 ⁄𝑑𝑄 < 0, o que implica que
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118
o custo variável médio seja decrescente. Caso o custo marginal seja igual ao custo
variável médio, então 𝑑𝐶𝑉𝑀𝐸 ⁄𝑑𝑄 = 0.
Já o Ponto 2 indica quando o custo marginal se iguala ao custo médio total; este
é um ponto mínimo na curva de custo médio, e representa a quantidade ótima de
produção em termos de minimização de custos.
Fonte: KUME.
Verificamos assim que para cada nível de produção desejada, há uma planta que
reduz o custo médio. Para uma produção a nível de 𝑦1 , a planta 𝑘1 gera menor custo
médio. Já para o nível de produção 𝑦3 , a planta 𝑘2 gera o menor custo médio. Para 𝑦4 , o
custo de produção é indiferente entre as plantas 𝑘2 e 𝑘3 , no entanto para uma produção
acima de 𝑦4 , a planta 𝑘3 será a mais eficiente. Considerando um número infinito de
plantas, podemos traçar uma curva de custo médio de longo prazo, conforme ilustrado
na Figura 95.
Fonte: KUME.
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119
Fonte: KUME.
Exercício 23. Suponha que um professor que ganha R$60 mil por ano resolve pedir
demissão e abrir uma livraria. Para esta nova atividade, ele precisou retirar R$100.000
da sua caderneta de poupança que lhe rendia R$6 mil por ano. Após um ano, a livraria
lhe proporcionou um lucro contábil de R$70 mil. Qual foi o lucro econômico?
Exercício 24. Uma empresa tem o custo 𝑐(𝑠) = 2𝑠 2 + 100, onde 𝑐 representa o custo e
𝑠 a quantidade de serviços. Determine (a) o custo médio, (b) o custo variável médio, (c)
o custo marginal; e (d) faça o gráfico da curva de oferta. (e) Se o preço de mercado é de
R$20, qual é a quantidade ofertada? (f) E se o preço for de R$40? (g) Mostre no gráfico
com preço igual a R$40 o custo total, a receita total, e o lucro. Vide soluções na seção
final do caderno Soluções dos exercícios propostos.
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Fonte: KUME.
Fonte: KUME.
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121
Fonte: KUME.
Fonte: KUME.
Verificamos assim, que a um preço acima de 10 ela terá venda nula. A um preço
inferior de 10, ela consegue vender a mesma quantidade que ao preço de 10. Assim, sua
quantidade de produção deverá corresponder a quantidade que iguala o seu custo
marginal a 10.
Uma firma por si só não consegue alterar o preço de mercado; mas, no entanto,
se todas as firmas decidem aumentar a quantidade ofertada, a demanda só aceitará a
maior quantidade ofertada a um preço menor, conforme ilustrado na Figura 100.
Fonte: KUME.
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123
𝑅𝑇 𝑃𝑄
𝑅𝑀𝐸 = = = 𝑃.
𝑄 𝑄
𝛥𝑅𝑇
𝑅𝑚𝑔 = .
𝛥𝑄
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124
Uma firma competitiva deve decidir que vale a pena produzir a primeira unidade
no caso em que a receita marginal (adicional) seja maior do que o custo marginal. Caso
contrário, ela deverá decidir por não produzir. As questões que se seguem referem-se
até que quantidade uma firma competitiva deve produzir, e qual seria a quantidade
ótima que deve produzir.
Suponha que uma Firma Y competitiva, com preço estabelecido pelo mercado
em concorrência perfeita de 𝑃 = 10, tenha a seguinte estrutura de custos conforme
apresentado na Tabela 22.
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125
Neste exemplo, verificamos que a Firma Y pode ser indiferente entre produzir
três ou quatro unidades, pois ela maximiza o lucro nestes níveis de produção.
max 𝜋 = 𝑅𝑇 − 𝐶𝑇 = 𝑃𝑄 − 𝐶𝑇.
Q
𝑑𝜋 𝑑𝐶𝑇
=𝑃− = 𝑃 − 𝐶𝑀𝑔 = 0;
𝑑𝑄 𝑑𝑄
𝑃∗ = 𝐶𝑀𝑔,
Fonte: KUME.
14
Usualmente, denotamos lucro pela letra grega 𝜋. Isto porque a palavra lucro correspondente em inglês é
“profit”. No entanto, como já utilizamos a letra 𝑝 para denotar preço, o uso da letra grega que se lê “pi” é
mais apropriada para lucro/ “profit”.
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126
Verificamos assim que caso a firma opte por produzir a quantidade 𝑄1, seu
ganho será zero. Caso opte por produzir a quantidade 𝑄2 , o seu ganho será o
correspondente a área amarela do desenho. Caso opte por produzir a quantidade 𝑄3 , o
seu ganho corresponderá as áreas coloridas de amarelo e vermelho no desenho. Já para
uma produção no nível de 𝑄4 , onde o preço se iguala ao custo marginal, este é o nível
de produção ótima, onde ela maximiza o lucro, que passa a ter o ganho composto pelas
áreas coloridas amarela, vermelha e azul no desenho.
Desta forma, a curva de custo marginal 𝐶𝑀𝑔 consiste na curva de oferta para
uma firma 𝑖 competitiva em um setor de mercado em concorrência perfeita. Isto é
ilustrado pela Figura 103.
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Figura 103 Curva de custo marginal e curva de oferta de uma firma competitiva.
Fonte: KUME.
Uma observação interessante consiste em que o custo fixo (𝐶𝐹) não importa no
processo decisório, quando este já foi gasto. Chamamos de custo afundado, ou pela
expressão “sunk cost” ao custo que já foi realizado ou comprometido, e que assim não
pode ser recuperado. Por isto, o custo afundado é irrelevante no processo decisório de
produção, pois ele deve ser pago (ou já foi pago) independente da decisão entre produzir
ou não produzir. Por isto o custo fixo pode ser considerado como um custo afundado,
pois a firma deve pagar o custo fixo independente de qual for a sua produção.
No curto prazo, se uma firma não produz, logo sua receita será zero; e seu custo
total será igual ao custo fixo, ou seja 𝐶𝑇 = 𝐶𝐹. O custo fixo poderia ser o aluguel de um
estabelecimento, em que a firma deve continuar pagando mesmo sem produzir. Assim o
lucro negativo será 𝜋 = 𝑅𝑇 − 𝐶𝐹 = 0 − 𝐶𝐹 = −𝐶𝐹, ou seja, a firma tem um prejuízo
sem produção correspondente ao custo fixo.
Caso a firma resolva a produzir, ela terá de receita total 𝑅𝑇 = 𝑃𝑄, e de custo
total 𝐶𝑇 = 𝐶𝐹 + 𝐶𝑉. Assim, o prejuízo (ou lucro negativo) com produção será de 𝜋 =
𝑅𝑇 − 𝐶𝐹 − 𝐶𝑉 = 𝑃𝑄 − 𝐶𝐹 − 𝐶𝑉.
da inequação por 𝑄, temos que 𝑃 > 𝐶𝑉𝑀𝐸 . Em outras palavras, vale a pena produzir
caso o preço seja superior ao custo variável médio. Isto é ilustrado na Figura 104.
Fonte: KUME.
Uma firma pode decidir fechar no longo prazo. O custo para fechar a firma
implica na receita perdida, ou seja, de 𝑅𝑇. No entanto, o benefício de fechar consiste em
poupar o custo total, obtendo custo fixo igual a zero no longo prazo. A decisão de uma
firma fechar no longo prazo consiste caso a receita total seja menor do que o custo total
(prejuízo), representado por 𝑅𝑇 = 𝑃𝑄 < 𝐶𝑇. Dividindo ambos lados da inequação por
𝑄, a decisão de uma firma fechar ocorre no caso quando 𝑃 < 𝐶𝑀𝐸 . Observe a firma
ilustrada na Figura 102 – ela provavelmente a longo prazo irá fechar caso o preço de
mercado não aumente, pois ela só consegue minimizar o prejuízo, pois o preço é menor
do que o seu custo médio.
Fonte: KUME.
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à Economia I (FCE02-04565) realizado na UERJ no semestre 2012.1 ministrado por Honorio Kume, por
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Fonte: KUME.
Fonte: KUME.
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Lembremos que para cada preço, a quantidade ofertada pelo mercado é a soma
das quantidades ofertadas por todas as firmas. Se 𝑃 ≥ 𝐶𝑉𝑀𝐸 , cada firma produzirá a
quantidade que máxima o lucro, onde 𝑃 = 𝑅𝑀𝑔 = 𝐶𝑀𝑔, e a soma de todas as
quantidades produzidas pelas diversas firmas será a curva de oferta de curto prazo do
mercado.
Fonte: KUME.
Nota-se que o custo total é medido pelo custo de oportunidade, o que implica
que o ganho em outras atividades é o custo de oportunidade dos recursos produtivos em
determina atividade. Assim, lucro econômico zero não implica em prejuízo, mas sim em
um equilíbrio econômico.
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novas firmas) continuará até que o lucro tenha caído para zero. No entanto, isto não
deve ser confundindo com ausência de ganhos.
Fonte: KUME.
A saída de firmas no longo prazo ocorre quando a receita total é menor do que o
custo total. Isto significa que esta atividade tem rentabilidade menor do que em outras
atividades. Assim, a retira de firmas ocorre até que a receita total seja igual ao custo
total, ou seja, quando o lucro econômico desta atividade for zero.
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Caso a receita total seja igual ao custo total, não ocorre entrada nem saída de
firmas. Isto significa que esta atividade tem uma rentabilidade equivalente a obtida em
outras atividades (com lucro econômico zero).
Fonte: KUME.
Consideremos uma indústria com custos constantes, de forma que seu equilíbrio
possa ser apresentado por uma firma representativa. Esta indústria pode ser ilustrada
pela Figura 111.
Fonte: KUME.
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Suponha agora um choque positivo na demanda, de forma que sua curva seja
deslocada para a direita. Assim, em curto prazo, a indústria oferecerá uma maior
quantidade a um preço maior, conforme ilustrado pela Figura 112.
Fonte: KUME.
Figura 113 Firmas entrantes após choque na demanda em uma indústria de custos constantes.
Fonte: KUME.
No novo equilíbrio de mercado, com mais firmas nesta indústria com custos
constantes, a quantidade produzida passa a atender a demanda ao nível de preço 𝑃1 .
Fonte: KUME.
Existe também o caso onde os custos aumentam quando novas firmas entram no
mercado. Em alguns setores, a oferta de um insumo importante pode ser limitada, como
por exemplo, no caso da agricultura, a quantidade de terra disponível pode ser fixa.
Assim, a entrada de novas firmas aumenta a demanda pelo insumo, e consequentemente
eleva o seu preço. Isto provoca um aumento nos custos de todas as firmas; e assim, o
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preço deve ser maior para que a quantidade ofertada aumenta. Neste caso, a curva de
oferta de longo prazo do mercado também é inclinada positivamente.
Exercício 25. A Tabela E25 informa o custo total de curto prazo de uma firma
perfeitamente competitiva, e a demanda de mercado pelo produto da firma.
Tabela E25 Custo total de curto prazo de uma firma perfeitamente competitiva,
e demanda de mercado pelo produto da firma.
(a) Calcule o custo fixo total desta firma. (b) Calcule o custo marginal dessa firma para
todos os níveis de produção exceto zero, bem como seu custo variável médio e seu
custo total médio. (c) Suponha que há 100 firmas nessa indústria, todas com custos
idênticos aos dessa firma. Desenhe a curva de oferta da indústria no curto prazo. No
mesmo diagrama, trace a curva de demanda de mercado. (d) Qual é o preço de
mercado? (e) Calcule o lucro que terá cada firma. Vide solução na seção final do
caderno Soluções dos exercícios propostos.
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5.3 – Monopólio
Já para um monopolista que controla a oferta, mas que não faça discriminação
de preço (ou seja, o preço escolhido é o mesmo que atenderá todos consumidores,
mesmo os com disposição a pagar maior); para cada unidade adicional vendida pelo
monopolista a um preço menor para atender maior demanda, afeta também o preço de
todas as unidades anteriores.
15
Isto vai depender conforme a elasticidade-preço da demanda do mercado.
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max 𝜋 = 𝑅𝑇 − 𝐶𝑇 = 𝑃𝑄 − 𝐶𝑇(𝑄).
𝑄
𝑑𝜋 𝑑𝑅𝑇 𝑑𝐶𝑇
= − = 0.
𝑑𝑄 𝑑𝑄 𝑑𝑄
𝑑2 𝜋 𝑑𝑅𝑚𝑔 𝑑𝐶𝑀𝑔
= − < 0,
𝑑2 𝑄 𝑑𝑄 𝑑𝑄
ou seja, 𝑑𝑅𝑚𝑔⁄𝑑𝑄 < 𝑑𝐶𝑀𝑔⁄𝑑𝑄. Isto implica que a inclinação da 𝑅𝑚𝑔 deve ser
menor do que a inclinação do 𝐶𝑀𝑔.
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do que ao preço de monopólio, mas que deixa de fazer pelo ganho de mark-up (o que
não ocorre em concorrência perfeita pura, onde todos consumidores são atendidos de
acordo com o preço da capacidade real de produção de cada indústria). A Figura 118
nos ilustra este peso morto.
Um terceiro caso consiste no monopólio natural. Isto pode ocorrer pelas próprias
características específicas de tamanho de planta e infraestrutura necessária para oferta
de determinados bens e serviços. De maneira geral, um monopólio natural é
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Para evitar abusos por parte de monopólio, pode ser interessante a atuação de
governos; no entanto alguns cuidados devem ser observados.
Suponha que uma indústria monopolista tenha curvas de custo médio e de custo
marginal que não se interceptam, e que a curva de custo médio esteja acima da curva de
custo marginal. Isto ocorre se a curva de custo marginal for negativamente inclinada – e
que pode ocorrer caso a quantidade de produção for pequena (no caso de um mercado
pequeno). O monopolista irá escolher a quantidade de produção de forma que a receita
marginal se intercepte com o custo marginal; e assim sem controle do governo, o
monopolista obterá lucro de monopólio, conforme ilustrado na Figura 119.
16
Mesmo para uma indústria em que a sua curva de custo médio não seja decrescente, mas que tenha um
ponto de inflexão; caso uma firma esteja já operando numa quantidade de ponto mínimo de sua curva de
custo médio, e que assim atenda todo o mercado; será difícil uma nova firma entrar neste mercado, já que
de início terá custos médios altos, e assim será difícil conquistar novos consumidores para este mercado.
A firma monopolista poderá temporariamente reduzir o seu preço de monopólio de forma que impeça a
entrada de uma nova firma. Por isto é importante ser estudado políticas de concorrência. Para este tema é
indicado o livro Política de Concorrência: teoria e prática e sua aplicação no Brasil, de Lucia Helena
Salgado. Ele é disponível online em: https://sites.google.com/view/politica-de-concorrencia.
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desta firma é acima da curva de custo marginal, com esta política este monopolista terá
prejuízo, conforme ilustrado pela Figura 120.
No entanto, o governo pode também intervir com uma política que fixa o preço
ao custo médio, e que a oferta seja igual a demanda, conforme ilustrado na Figura 121.
Fonte: KUME.
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Nesta solução, a firma monopolista não tem prejuízo, mas obtém o lucro
econômico zero, da mesma forma que em mercados de concorrência perfeita, e assim
pode permanecer no mercado produzindo bem-estar, equivalente ao excedente do
consumidor.
Um governo também pode simplesmente não fazer nada para evitar monopólios.
Esta decisão pode ser tomada caso o custo da intervenção do governo seja maior do que
o custo do monopólio (o peso morto) – neste caso, a intervenção seria ineficiente.
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Suponha que um indivíduo Tom, esteja disposto a pagar R$32 por uma unidade
do bem de uma firma monopolista. Já um indivíduo Hanks esteja disposto a pagar R$30
por uma unidade deste bem. Suponha que haja um grupo grande de pessoas tipo Tom e
Hanks, que estejam dispostos a pagar por uma quantidade de bens nestes preços, e
diversos outros grupos que tenham disposição a pagar em todas demais faixas de preços
por este bem.
Caso o monopolista consiga realizar uma oferta exclusiva para cada tipo de
grupo (cada um com diferentes disposições a pagar) com preços iguais às disposições a
pagar individuais de cada um; assim o monopolista consegue cobrar de cada
consumidor o valor máximo que cada um está disposto a pagar, e assim extrai todo
excedente do consumidor. Isto é ilustrado na Figura 123.
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consumidor tenha sido totalmente absorvido pelo produtor. No entanto, seria muito
difícil, ou até mesmo impossível, uma firma praticar uma discriminação de preços
perfeita.
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145
Fonte: KUME.
Na prática, isto ocorre através de descontos ofertados por firmas, como por
exemplo, desconto em farmácia para aposentados, ou desconto para quem faz cadastro
em loja; ou ainda através da disponibilizada de cupons de desconto; ou ainda pizzaria
com entrega grátis. É racional de se pensar que um indivíduo com alta disposição a
pagar, do Grupo 2, poderia não se dar ao trabalho de procurar ou guardar algum cupom
de desconto, ou na hora de pedir uma pizza, não levar em conta às condições de entrega
no momento de escolha da pizzaria. Também devemos levar em consideração que uma
pessoa procurando alimentos num aplicativo de Smartphone, ela pode procurar pizzarias
com menores preços, assim uma oferta de frete grátis soa mais atraente. No caso de
desconto para aposentados, podemos pensar que pessoas aposentadas poderiam ter mais
tempo para pesquisar preço em outras farmácias, do que pessoas que estejam
trabalhando, e assim com tempo livre mais escasso. Pessoas do Grupo 1, que poderiam
deixar de consumir aos preços normais estabelecidos, elas podem então consumir caso
seu preço reserva seja pelo menos igual aos preços com cupom de desconto, ou ainda de
uma pizza com frete grátis.
Podemos considerar que assentos de avião são produtos perecíveis, pois depois
que um avião decola, por exemplo, de Chicago para Los Angeles, qualquer assento que
não tenha sido vendido naquele voo específico nunca será vendido. Além disso, o custo
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Algumas companhias aéreas fazem isso exigindo que as pessoas que desejam
comprar uma passagem pelo preço de lazer comprem com 14 dias de antecedência e
permaneçam no destino durante a noite de sábado (no caso da compra do pacote ida e
volta). Qualquer pessoa incapaz de atender a esses requisitos deve pagar um preço
muito mais alto. Os viajantes a negócios acabam pagando o preço do bilhete mais alto
porque muitas vezes não podem fazer seus planos com 14 dias de antecedência do voo e
não querem ficar no fim de semana. A diferença entre as tarifas de lazer e as tarifas de
negócios costumam ser substancial.
passagem grátis. Os números em US$ correspondem aos preços pagos pela passagem, e
os dias referem-se ao período de antecedência em que as passagens foram compradas.
Uma forma que tais companhias dividem seus consumidores em grupos é através
da oferta de planos pós pagos e pré-pagos.
É racional pensar que indivíduos com mais alta disposição a pagar estarão mais
dispostos a adquirirem estes serviços na modalidade pós-paga. Isto pode acontecer por
conta do boom em internet móvel ser recente, e no passado, a aquisição de linhas de
telefonia móvel era feita nas próprias lojas das operadoras, mediante assinatura de
contratos (e não em qualquer esquina em uma banca de jornal como na atualidade,
através da aquisição de um simples chip). Pessoas que já tiveram este hábito,
provavelmente caso queiram mudar de plano, provavelmente irão nas próprias lojas
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físicas para negociar tais mudanças. No entanto, vendedores não costumam ofertar
todos os tipos de planos pós pagos e pré-pagos em forma de cardápio para os
consumidores escolherem, mas tentam induzir a venda de um plano pós-pago que gere
mais benefícios (ou receita) para a companhia. Este tipo de comportamento de
vendedores pode ser interpretado com a premissa de que os clientes que estão na loja
são os que têm maior disposição a pagar, e somente quando o cliente não aceita
determinado plano, os vendedores acabam por oferecer planos mais econômicos, até
chegar num que identifica a real disposição a pagar do consumidor. Uma outra forma
que tais companhias utilizam para segmentar seus consumidores em relação às suas
disposições a pagar, consiste na oferta de planos e serviços via ofertas em ligações de
telemarketing – criando grupos selecionados para diferentes ofertas.
Figura 126 Planos pós-pagos e pré-pagos ofertados pela Oi no Rio de Janeiro em 2020.
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Verificamos que neste plano pós pago da Oi, o consumidor paga R$44,99 por
mês, e tem de benefício ligações ilimitadas em todo Brasil, franquia de dados de internet
de 6GB e internet ilimitada para uso de dados nos aplicativos WhatsApp e Messenger
do Facebook. Já no plano pré-pago, no mesmo período de um mês, o consumidor tem
também todos estes benefícios, além de 2GB adicionais em sua franquia de dados de
internet; no entanto ele paga R$25 por mês. Assim, podemos observar que de fato a
operadora consegue praticar discriminação de preços entre seus grupos de
consumidores, caso contrário, ela não conseguiria vender este plano pós-pago. Vejamos
agora um caso similar da Vivo, conforme ilustrado na Figura 127.
Figura 127 Planos pós-pagos e pré-pagos ofertados pela Vivo no Rio de Janeiro em 2020.
No caso da oferta pré-paga da Vivo, o consumidor desta oferta válida por 15 dias
com renovação automática paga por mês R$29,98, e obtém de benefícios ligações e
envio de SMS ilimitados para todos números nacionais, franquia de dados de internet de
6GB, e dados ilimitados para uso no WhatsApp (tanto para mensagens, áudios, fotos e
vídeos), além de alguns serviços digitais. Já no modelo pós-pago, no plano Pós-
Individual, o consumidor paga R$129,99 pelo período de um mês (um adicional de
R$100,01 em relação a oferta pré), e obtém o mesmo benefício de ligações e envio de
Introdução à Economia I: uma introdução à microeconomia. Notas de aula do curso presencial Introdução
à Economia I (FCE02-04565) realizado na UERJ no semestre 2012.1 ministrado por Honorio Kume, por
Pedro Johnson; disponível em: https://sites.google.com/view/pedrobritto.
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SMS ilimitados, no entanto obtém 4GB de franquia adicional de internet, além do uso
de dados de outros aplicativos sem consumir a franquia contratada. Por outro lado, na
oferta do Plano Controle, o consumidor paga R$44,99 por mês (um preço adicional de
R$15,01 em relação a oferta pré), e obtém também os mesmos benefícios de ligações e
envio de torpedos ilimitados para todos números em território nacional, além do
benefício do uso de dados em alguns aplicativos sem consumir a franquia contratada.
No entanto, neste plano o consumidor se compromete a fidelização de um ano, e tem
uma franquia de internet de 1,5GB inferior do que a do plano pré-pago. Estes casos são
importantes para uma reflexão sobre a discriminação de preços para consumidores.
Como o custo marginal neste segmento de mercado é baixo, as operadoras podem
aumentar a receita total oferecendo menores preços e captando novos consumidores
com menores disposição a pagar.
Exercício 26. Considere uma indústria com uma curva de demanda (𝐷) e uma curva de
custo marginal (𝐶𝑀𝑔) conforme mostrado no diagrama da Figura E26.
Figura E26 Curvas de custo marginal, receita marginal e demanda da indústria do Exercício 26.
Fonte: KUME.
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quantidade ele produziria? Que preço ele cobraria? (d) Que área reflete o lucro do
monopolista de preço único? (e) Que área reflete o excedente do consumidor quando se
trata de um monopolista de preço único? (f) Que área reflete a perda por peso morto
para a sociedade por causa do monopolista de preço único? (g) Se o monopolista
pudesse praticar uma discriminação de preços perfeita, que quantidade produzirá este
monopolista?
Exercício 27. Suponha que a Firma D seja um monopolista de preço único no mercado
de diamantes. A Firma D tem cinco clientes potenciais: Raquel, Jaqueline, Joana, Mia e
Sofia. Cada uma dessas clientes potenciais comprará no máximo um diamante e
somente se o preço for igual ou inferior à sua disposição a pagar. A disposição a pagar
de Raquel é de R$400; a de Jaqueline é R$300; a de Joana, R$200; a de Mia, R$100; e a
de Sofia, R$0. O custo fixo é zero. O custo marginal por diamante para a Firma D é
R$100. (a) Calcule a receita total da Firma D e sua receita marginal. A partir deste
cálculo, trace as curvas de demanda e de receita marginal. Para facilitar, considere que
as curvas são contínuas e que a receita marginal corta o eixo horizontal, quando a
quantidade é igual a 2,5. (b) Explique por que a Firma D se defronta com uma curva de
demanda negativamente inclinada. (c) Explique por que a receita marginal da venda de
um diamante adicional é inferior ao preço do diamante. (d) Suponha que a Firma D
atualmente cobre R$200 por diamante. Se baixasse o preço para R$100, de que tamanho
seria o efeito preço? E o efeito quantidade? (e) Desenhe a curva de custo marginal no
seu diagrama e determine a quantidade que maximiza o lucro da Firma D e qual o preço
que ela vai cobrar. (f) Se a Firma D cobra o preço de monopólio, calcule o excedente do
consumidor individual que cada comprador experimenta, calcule o excedente total dos
consumidores, e calcule o excedente do produtor.
Agora, suponha que novos produtores russos e asiáticos entram no mercado com os
mesmos custos e que ele se torna perfeitamente competitivo. (g) Qual é o preço de
competição perfeita? Que quantidade seria vendida no mercado perfeitamente
competitivo? (h) Considerando o preço e a quantidade de concorrência perfeita, calcule
o excedente do consumidor individual que cada comprador experimenta, calcule o
excedente total dos consumidores e calcule o excedente do produtor. (i) Calcule a
variação nos excedentes totais do consumidor e da Firma D nos casos de concorrência
perfeita e monopólio, e calcule o peso morto. (j) Quando a Firma D era monopolista, e
caso aplicasse uma discriminação perfeita de preços, a quais consumidores ela venderia
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Fonte: KUME.
Fonte: KUME.
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um indivíduo que está em casa, e deseja apenas abastecer seu carro, e suponha que
existam quatro postos de gasolina próximos. Ele provavelmente irá optar por ir
abastecer no posto de gasolina que está localizado o mais próximo possível de sua casa,
conforme ilustrado no diagrama da Figura 130.
Fonte: KUME.
Sobre a demanda, como já vimos para o caso de uma firma competitiva, ela é
perfeitamente elástica, e para o caso de uma firma monopolista, ela costuma ser
inelástica um pouco elástica – e assim se o preço aumenta, a quantidade diminui, mas
não tanto porque o consumidor não tem substituto próximo. Já para o caso de uma firma
em concorrência monopolística, a curva da demanda é bastante elástica, e assim, se o
preço aumenta, a quantidade diminui muito, pois o consumidor pode encontrar muitos
bens substitutos próximos para troca. Estes três tipos de demanda são ilustrados na
Figura 131.
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𝛥𝑄 10 − 5
( ) ( ) 5
𝑄1 + 𝑄2 10 + 5 ( )
( ) ( ) (7,5) 57,5
𝐷
𝜀𝑃 = 2 = 2 = = ≅ 7,67.
𝛥𝑃 11 − 10 1 7,5
( ) ( ) ( )
𝑃 +𝑃 11 + 12 (11,5)
( 1 2 2) ( 2 )
17
Neste exemplo gráfico da Figura 131, quando o monopolista varia o preço entre 12 a 15, ele se depara
com uma elasticidade-preço da demanda unitária, pois a quantidade varia entre 10 a 8 unidades.
Calculando a elasticidade-preço da demanda pelo ponto médio, obtemos que 𝜀𝑃𝐷 =
(𝛥𝑄 ⁄(𝑄1 + 𝑄2 ⁄2))⁄(𝛥𝑃 ⁄(𝑃1 + 𝑃2 ⁄2)) = (2⁄(10 + 8⁄2))⁄(3⁄(12 + 15⁄2)) = (2⁄9)⁄(3⁄13,5) =
27⁄27 = 1. Já variando o preço entre 15 a 18, a firma monopolista se deparada com uma elasticidade-
preço da demanda elástica.
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à Economia I (FCE02-04565) realizado na UERJ no semestre 2012.1 ministrado por Honorio Kume, por
Pedro Johnson; disponível em: https://sites.google.com/view/pedrobritto.
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Fonte: KUME.
No caso em que o preço é maior do que o custo médio, a receita total será maior
do que o custo total, o que implica em lucro econômico positivo. Assim, a longo-prazo,
haverá entrada de novas firmas. A tendência será do preço cair e se aproximar do custo
médio; assim, a entra de firmas ocorre até que o preço se iguale ao custo médio,
implicando então no lucro econômico zero.
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Uma questão inevitável que agora podemos nos indagar consiste se é inevitável
que o lucro econômico atinja a zero no longo prazo em concorrência monopolística.
De uma maneira geral, o lucro de uma empresa será eliminado no longo prazo se
ela ficar parada, no sentido de não encontrar maneiras de diferenciar seus produtos, ou
de diminuir o custo de produzi-los.
Como a maioria das outras grandes empresas, a L’Oréal foi fundada por um
empreendedor com uma ideia. Eugène Schueller era um químico francês que fazia
experiências à noite tentando encontrar uma tintura de cabelo segura e confiável
para mulheres. Em 1907, ele fundou a empresa que se tornou a L’Oréal e começou
a vender seus preparados para tingir cabelos para os salões de cabelereiros de
Paris. Schueller conseguiu tirar vantagem de mudanças na moda. No começo do
século XX, as mulheres começaram a cortar seus cabelos muito mais curtos do que
o estilo típico do século XIX e tornou-se socialmente aceitável gastar tempo e
dinheiro para cuidar do seu estilo. A quantidade de cabelereiros na Europa e nos
Estados Unidos aumentou rapidamente. Nas décadas de 20 e 30, a popularidade
internacional dos filmes de Hollywood, muitos dos quais estrelando “bombas
loiras platinadas” como Jean Harlow, lançou a moda feminina de tingir os cabelos.
No final da década de 20, a L’Oréal estava vendendo seus produtos por toda a
Europa, Estados Unidos e Japão (HUBBARD e O’BRIEN, 2010).
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158
Agora, caso isto não ocorra, e o preço do bem de uma firma em concorrência
monopolística se torne menor do que o seu custo médio, sua receita total será menor do
que o seu custo total, ou seja, ela terá prejuízo, e isto a longo-prazo gera a saída de
firmas.
A Figura 136 nos faz um comparativo do equilíbrio de longo prazo, entre firmas
em concorrência monopolística e firmas em concorrência perfeita.
Figura 136 Equilíbrio no longo prazo entre concorrência monopolística versus concorrência perfeita.
Fonte: KUME.
pode obter receita adicional produzindo uma quantidade incremental, e com um custo
adicional menor do que esta receita adicional. Assim ela maximiza o lucro produzindo o
tanto de quantidades que for necessário até que a receita marginal se iguale ao custo
marginal.
18
Devemos observar que o poder de monopólio de uma firma em concorrência monopolística será menor
do que o poder de monopólio de uma firma monopolista.
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uma firma investe e arca com a propaganda de um bem homogêneo (que outras
empresas vendem), ela beneficia todas as empresas produtoras deste bem (e assim seu
investimento privado se dissipa de forma coletiva no mercado).
Já para bens diferenciados, há forte incentivo para propaganda, e cada firma faz
propaganda de seu produto. A propaganda em si é vantajosa pois fornece informação; e
consumidores com mais informações, de uma forma geral, favorece a competição. No
entanto, a propaganda também gera um efeito captura dos consumidores para o seu
produto, e uma vez tendo os consumidores capturados, diminui-se as forças da
competição, no sentido que agora será explicado.
Suponha que uma Firma X faça propaganda de um Bem X que ela venda, e
assim consegue capturar os consumidores. Este bem pode ser desde uma marca
específica de arroz ou feijão, como uma marca de celular ou notebook. Esta captura é
realizada quando os consumidores percebem o diferencial da qualidade do produto da
marca que consomem, e estão satisfeitos pelo preço que pagam por ela. Suponha agora
que uma outra firma lance um produto similar ao Bem X, de forma que pela
diferenciação horizontal, os produtos possam ser até considerados idênticos em tipo, e o
que irá diferenciar estes produtos será somente a qualidade.
Em geral, a propaganda gera eficiência para a concorrência, pois ela pode ser
um forte indicativo de qualidade. Assim, os consumidores são informados da qualidade
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Exercício 28. Considere a seguinte afirmação: “No longo prazo, não há diferença entre
competição monopolística e competição perfeita”. Discuta esta afirmação (se é
verdadeira, falsa ou ambígua) para os seguintes itens. (a) O preço cobrado dos
consumidores. (b) O custo total médio da produção. (c) A eficiência do resultado de
mercado. (d) O lucro da firma típica no longo prazo. Vide solução na seção final do
caderno Soluções dos exercícios propostos.
5.5 – Oligopólio
Fonte: KUME.
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Fonte: KUME.
𝜋𝐴 = 𝑃 × 𝑄𝐴 − 𝐶𝑇𝐴 ; 𝜋𝐵 = 𝑃 × 𝑄𝐵 − 𝐶𝑇𝐵 ,
de forma que a Firma A deve escolher 𝑄𝐴 supondo qual será a 𝑄𝐵 , e da mesma forma ao
contrário, a Firma B escolher 𝑄𝐵 supondo qual será a escolha de 𝑄𝐴 . Isto porque o preço
(𝑃) de mercado dependerá tanto de 𝑄𝐴 quanto de 𝑄𝐵 . Assim, verificamos que ocorre
uma interdependência nas decisões da Firma A e da Firma B.
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165
Para simplificação, suponha que os custos marginais e fixos das duas firmas em
duopólio seja zero, e a quantidade demandada em função do preço seja expressa
conforme dados da Tabela 23.
Fonte: KUME.
Suponha que a Firma B perceba que a Firma A irá produzir 40 unidades, e assim
decide também produzir 40 unidades. Assim, a quantidade total deste bem no mercado
será de 80 unidades ao preço de 40 por unidades. Desta forma, o lucro da Firma A será
igual ao lucro da Firma B, de forma que 𝜋𝐴 = 𝜋𝐵 = 1.600.
Suponha que a Firma A saiba que a Firma B irá estimar que a produção da Firma
A seja de 40 unidades, e assim acredita-se que a Firma B irá produzir 40 unidades.
19
Neste exemplo, o lucro é igual a receita total – devido a hipótese de que os custos fixos e marginais das
firmas sejam iguais a zero.
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166
Será que a Firma A teria incentivo para produzir mais do que 40 unidades?
Em equilíbrio de mercado, quando cada firma está fazendo o melhor que pode
para maximizar o lucro, dada a quantidade produzida pela firma concorrente, dizemos
que este é um equilíbrio de Nash – quando nenhuma das firmas tem incentivo em
desviar o seu nível de produção.
É claro que este não é o caso onde as duas firmas maximizam o lucro conjunto,
ou seja, quando cada uma produz apenas 30 unidades, gerando para o mercado 60
unidades que serão vendidas ao preço de 60. Este caso seria o lucro de monopólio, onde
cada firma teria lucro de 𝜋𝐴 = 𝜋𝐵 = 1.800. Apesar de ser interessante este nível
produtivo para as duas firmas, pois gera lucro maior, também gera peso morto maior, ou
seja, atende menos consumidores. E também caso uma firma produza neste nível de 30
unidades, a outra firma terá forte incentivo de desviar, pois como vimos, quando uma
produz 30 unidades, e outra se desvia produzindo 40 unidades, esta outra obtém lucro
maior, e a que permaneceu produzindo 30 unidades obtém um lucro menor.
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Por ser ilegal, num cartel não há contratos assinados que possam ser defendidos
pela Justiça; e assim, se as duas firmas sabem que não cumprir o acordo pode ser mais
vantajoso, elas também sabem que quem não cumprir primeiro tem vantagem sobre isto
– logo, há um forte incentivo para não se cumprir o acordo.
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O pensamento estratégico pode ser dar, por exemplo, quando um aluno estuda
para uma prova e tem pouco tempo disponível, e assim pensa estrategicamente ao
escolher os capítulos do livro para estudar tentando adivinhar as questões que o
professor escolherá (e assim maximizar sua nota).
Suponha que a promotoria não tem provas suficientes para condená-los por
roubo, mas que tem provas para condena-los por um delito menor, como por exemplo, a
posse da arma (que poderia gerar, por exemplo, um ano de prisão). Assim, a promotoria
faz uma proposta para ambos indivíduos, oferecidos separadamente, de forma que caso
o Indivíduo A confesse o furto, e se prontifique a testemunhar contra outro, ele ganha
imunidade para si, e o outro (o companheiro, Indivíduo B) ganha 6 anos de prisão. Caso
o Indivíduo A não confesse, mas o outro sim, então o Indivíduo A que ganha 6 anos de
prisão. Se ambos confessarem, a promotoria oferecerá atenuantes, e cada um terá 3 anos
de prisão. Nota-se que se ambos não confessarem, ambos serão acusados, mas por falta
de provas sobre o furto, serão condenados apenas pela posse de arma, onde cada um
recebe uma pena de 1 ano.
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Este dilema dos prisioneiros pode ser ilustrado através de uma matriz de
resultados (neste caso, de anos de cadeia), representando cada um dos quatro resultados
possíveis a serem obtidos, através das duas possíveis opções de cada um dos dois
indivíduos, conforme ilustrado na Tabela 24.
Supondo que o Indivíduo B confesse, caso o Indivíduo A não confesse, ele terá 6
anos de prisão, mas caso ele confesse, ele terá 3 anos de prisão. Assim, o benefício é
maior no caso dele confessando. Supondo agora que o Indivíduo B não confesse, caso o
Indivíduo A não confesse, ele terá 1 ano de prisão, e caso ele confesse, ele sairá livre.
Assim, o benefício também é maior no caso dele confessando. Como
comparativamente, analisando os dois casos do outro indivíduo confessando e não
confessando, o benefício do Indivíduo A é maior nestas duas opções confessando,
dizemos que esta é uma estratégia dominante para o Indivíduo A.
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171
Verificamos que caso a AZUL assuma que a GOL praticará preços baixos, caso
ela também pratique preço baixo, ela obterá de lucro 15, e caso ela pratique o preço
normal, ela obterá de lucro 10 (ela obtém o lucro maior fixando preços baixos). Agora,
caso a AZUL assuma que a GOL praticará preços normais, caso ela pratique preço
baixo, ela obterá de lucro 25, e caso pratique preço normal, ela obterá de lucro 20
(assim, ela também obtém o lucro maior fixando preços baixos). Dessa forma,
verificamos que praticar preços baixos é uma estratégia dominante para a GOL.
Consideremos agora a perspectiva da GOL. Caso ela assuma que a Azul irá
praticar preços baixos, caso ela pratique também preços baixos, ela obterá de lucro 25, e
caso ela pratique preço normal, ela obterá de lucro 10 (neste caso, ela obtém lucro maior
praticando preços baixos). Já no caso da AZUL praticar preços normais, caso a GOL
pratique preços baixos, ela obterá de lucro 30, e caso pratique preços normais, obterá de
lucro 35 (neste caso, ela obtém lucro maior praticamente preços normais). Assim,
verificamos que para a GOL não há uma estratégia dominante. Mas como para a AZUL
há estratégia dominante de preços baixos, o equilíbrio de Nash deste jogo é de preços
baixos.
20
Na literatura em Teoria dos Jogos, este caso é apresentado como Batalha dos sexos.
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Suponha que os dois ainda não estudaram, mas que estejam juntos, e que a
data/horário da prova será hoje daqui a cinco horas; e assim têm que decidir agora se
vão estudar as duas matérias juntos, ou se vão estudar separadamente somente as
matérias de maior preocupação individual. Suponha que Todd esteja mais preocupado
com as questões de Economia (já que ele é um estudante de Direito, e já tem mais
conhecimentos nesta área), e que John esteja mais preocupado com as questões de
Direito (já que ele é um estudante de Economia, e já é mais familiarizado com
conhecimentos desta área).
Fonte: KUME.
Pela óptica de John, verificamos que caso Todd decida por estudar Direito, e
assim John estude Direito junto com Todd, John obtém conceito A. Caso John resolva
estudar somente Economia sozinho, ele obterá conceito C (assim ele obtém melhor
resultado estudando Direito). Suponha agora que Todd escolha estudar somente
Economia, e assim, caso John estude separadamente somente Direito, ele obtém grau C,
e caso ele resolva estudar somente Economia com Todd, ele obtém grau B (agora, o
conceito obtido por John é maior quando ele estuda somente Economia, junto com
John). Verificamos assim que não há um equilíbrio dominante para John entre estudar
somente Direito, ou somente Economia, e o melhor grau obtido será quando ele decide
estudar junto com Todd.
Pela óptica de Todd, verificamos que caso John decida estudar somente Direito,
e assim Todd decida por estudar Direito junto com John, ele obtém grau B. Caso Todd
decida estudar somente por Economia sozinho, ele obterá grau Todd decida estudar
sozinho somente Direito, ele obtém grau C (assim Todd obtém grau maior estudando
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somente Direito junto com John neste momento de véspera de prova). Agora, suponha
que John decida estudar somente Economia. Caso Todd opte por estudar sozinho
somente Direito, ele obterá grau C. Caso Todd resolva estudar somente Economia junto
com John, ele obterá então grau B (assim Todd obtém grau maior estudando somente
Economia junto com John). Verificamos assim que para Todd também não há estratégia
dominante entre estudar Direito ou Economia, mas que ele obtém resultados melhores
estudando junto com John.
Neste jogo, ambos não têm estratégias dominantes; no entanto, eles obtêm
melhores resultados quando estudam juntos (somente Economia, ou somente Direito).
Assim, há dois equilíbrios de Nash neste jogo, que corresponde estudarem juntos
somente Economia, ou somente Direito.
Em Teoria dos Jogos, há dois tipos de jogos que são estudados, os jogos
simultâneos (quando os participantes decidem ao mesmo tempo), e os jogos sequenciais
(quando um participante decide primeiro, e o outro em seguida). Nos exemplos que
vimos e ilustramos com matrizes de resultados, estudamos os jogos simultâneos (pois os
participantes deveriam escolher simultaneamente). Veremos agora como podemos
representar jogos sequenciais.
Considere o nosso exemplo das firmas GOL e AZUL, e que a GOL operando
sozinha, obtém de lucro 80; mas que desta vez a AZUL esteja avaliando se realmente
investe para entrar neste mercado. Caso a AZUL entre, assim a GOL deverá decidir se
compete normalmente ou pratica uma guerra de preços. Suponha que a AZUL entre, e
assim, caso a GOL opte por competição normal, a AZUL obtém lucro de 10, e a GOL
lucro de 50. Caso a GOL opte por uma guerra de preços, ela passa a obter de lucro -1, e
a AZUL -2, ou seja, ambas firmas terão prejuízos com guerra de preços. O processo de
decisão deste jogo sequencial é ilustrado pela árvore de decisão da Figura 141.
Fonte: KUME.
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Verificamos que após a decisão de entrada da AZUL, a GOL obterá maior lucro
caso decida por uma competição normal, e assim, esta deverá ser sua escolha.
No entanto, caso a GOL sinalize que fará competição de preços, a AZUL não
entra, pois obtém lucro maior (lucro igual a zero) não entrando, do que entrando e
sofrendo competição por guerra de preços (quando terá prejuízo ou lucro negativo). Esta
ameaça de guerra de preços não será crível, caso a AZUL saiba que a melhor opção da
GOL após sua entrada seja por praticar competição normal. Assim, há uma
inconsistência temporal na ameaça da GOL que eventualmente será percebida pela
AZUL.
Neste caso, como depois do quinto ano este acordo de duopólio irá se encerrar;
nenhuma das firmas sofrerá retaliação diante de um desvio no quinto ano – assim, neste
ano não vale a pena cumprir o acordo.
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nuclear, portanto, a ameaça não seria crível devido a morte de milhares de norte-
americanos. No entanto, segundo analistas, os EUA tornaram a ameaça crível através do
deslocamento de milhares de soldados para a Europa. A Figura 142 nos ilustra este caso
através de uma árvore de decisão.
Fonte: KUME.
Exercício 29. Suponha que o mercado de água mineral na Cidade X é controlado por
duas firmas, Firma A e Firma B. Cada firma tem um custo fixo de R$1 e um custo
marginal de R$2 por litro. A demanda de água mineral nesta cidade é dada pela Tabela
E29.
Fonte: KUME.
(a) Se as duas firmas formam um cartel e atuam como um monopolista, qual será o
preço e a quantidade vendida? Suponha que as firmas dividem igualmente o lucro, qual
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será o lucro de cada firma? (b) Se a Firma A aumentar a produção em 1 litro enquanto a
Firma B não muda sua produção, qual será o novo preço e a nova quantidade de
mercado? Qual será o lucro da Firma A? E da Firma B? (c) Se a Firma A aumentar a
produção em 3 litros enquanto a Firma B não muda sua produção, qual será o novo
preço e a nova quantidade de mercado? Qual será o lucro da Firma A? E da Firma B?
Compare os resultados com o item b). (d) O que os resultados informam sobre a
probabilidade de traição em acordo para formação de um cartel entre estas duas firmas?
Fonte: KUME.
Considere que a Firma B ameaça a Firma A dizendo: “Se você entrar, vou fixar um
preço baixo, de modo que é melhor ficar fora”; você acha que a Firma A deve acreditar
na ameaça? Qual deve ser a opção da Firma A? Justifique ambas as respostas.
Considere que o jogo é sequencial e não simultâneo. Vide soluções na seção final do
caderno Soluções dos exercícios propostos.
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Considere que uma cesta de bens seja composta por determinadas quantidades
de bens, como por exemplo, quantidades dos bens consumidos por semana, ou por mês.
Considere uma cesta composta por dois bens, arroz e feijão. Considere que uma
Cesta A composta por 5 quilos de arroz e 3 quilos de feijão. Considere uma Cesta D
(com menos quantidade de arroz, mas com mais quantidade de feijão), e uma Cesta E
(com mais quantidade de arroz, mas com menos quantidade de feijão). Um indivíduo
pode ser indiferente entre consumir as Cestas A, D e E, conforme ilustradas
graficamente na Figura 143.
Fonte: KUME.
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Uma curva de indiferença irá “ligar” os pontos das cestas que são indiferentes
ao consumidor, e tem as seguintes propriedades:
Por hipótese, uma curva de indiferença não pode ser côncava, pois neste caso
indicaria que uma cesta diversificada seria pior; e assim ela é convexa (com
concavidade voltada para cima), indicando a preferência por diversificação de bens. A
Figura 145 nos ilustra a curva de indiferença entre as cestas A, D e E de nosso exemplo,
bem como também nos ilustra o porque a curva de indiferença ser convexa.
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180
Usamos o termo utilidade, ou função utilidade para atribuir a cada cesta de bens
um nível de satisfação/utilidade. Assim, uma Cesta A pode ter utilidade maior,
indiferente ou menor do que uma Cesta B. Em nosso exemplo, de cesta com quantidade
de feijão (𝑄𝐹 ) e arroz (𝑄𝐴 ), a função utilidade pode ser definida como 𝑈 = 𝑈(𝑄𝐹 , 𝑄𝐴 ),
ou seja, em função das quantidades de arroz e feijão. Assim, as curvas de indiferença
podem ser representadas por valores de utilidade diferentes, como ilustrado na Figura
148, de forma que 𝑈1 < 𝑈2 < 𝑈3 < 𝑈𝑁 .
Fonte: KUME.
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181
Temos então que (𝑃𝐴 ⁄𝑃𝐹 ) = 4/5; e assim caso 𝑄𝐴 = 0, 𝑄𝐹 = 20; e caso 𝑄𝐹 = 0, 𝑄𝐴 =
25. Desta forma, a restrição orçamentária pode ser expressa graficamente como uma
linha negativamente inclinada entre as quantidades de arroz e feijão possíveis de serem
compradas diante de uma renda – indicando a área acessível de consumo, e a área
inacessível de consumo. A restrição orçamentária deste exemplo onde 𝑅 = 100 é
ilustrada na Figura 149.
Algebricamente, como vimos, a utilidade obtida por uma cesta de arroz e feijão
pode ser representada por 𝑈 = 𝑈(𝑄𝐴 , 𝑄𝐹 ), ou seja, um nível de satisfação numérico em
função da quantidade consumida de arroz e de feijão. Assim, temos como condição de
primeira ordem que
𝜕𝑈 𝜕𝑈
𝑑𝑈 = ( ) 𝑑𝑄𝐹 + ( ) 𝑑𝑄𝐴 = 0;
𝜕𝑄𝐹 𝜕𝑄𝐴
𝜕𝑈
𝑑𝑄𝐹 ( ⁄𝜕𝑄𝐹 )
− = .
𝑑𝑄𝐴 (𝜕𝑈⁄ )
𝜕𝑄𝐴
𝑃𝐴 𝑈𝑚𝑔𝐴
𝑇𝑀𝑆 = = .
𝑃𝐹 𝑈𝑚𝑔𝐹
𝜕𝑈𝑋 0,6𝑄𝐴0,4
𝑈𝑚𝑔𝐹 = = 0,6𝑄𝐴0,4 𝑄𝐹−0,4 = .
𝜕𝑄𝐹 𝑄𝐹0,4
0,4𝑄𝐹0,6
( ⁄ 0,6 )
𝑈𝑚𝑔𝐴 𝑄𝐴0,4𝑄𝐹 𝑄𝐹
𝑇𝑀𝑆𝑋 = = 0,4 = = .
𝑈𝑚𝑔𝐹 0,6𝑄𝐴 0,6𝑄𝐴 1,5𝑄𝐴
( ⁄ 0,4 )
𝑄𝐹
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183
4𝐴 + 5𝐹 = 150;
4𝐴 = 150 − 5𝐹;
5
𝐴 = 37,5 − ( ) 𝐹.
4
21
Devido ao caráter introdutório, nos exemplos gráficos não serão consideradas as funções utilidades
formalizadas em expressões matemáticas. Isto será estudado num curso de Microeconomia I.
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184
Fonte: KUME.
Nos dois casos verificamos que há uma substituabilidade entre os dois bens, mas
com limites de mínimos de consumo para cada um dos diferentes bens. Em outras
palavras, caso o consumo de qualquer um dos bens seja zero, ou inferior a este limite
mínimo, a utilidade total (ou satisfação) do consumidor será zero.
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Fonte: KUME.
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Pedro Johnson; disponível em: https://sites.google.com/view/pedrobritto.
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Caso o arroz fosse visto como um bem inferior, o efeito renda provado por seu
aumento de preço aumentaria o seu consumo, conforme ilustrado na Figura 154.
Fonte: KUME.
No caso do arroz como bem inferior, verificamos que o seu aumento de preço
(que implica em renda relativa ou disponível para o consumo menor), gera tanto um
efeito substituabilidade negativo quanto um efeito renda positivo na variação da
quantidade do arroz, conforme vimos na Figura 154.
22
Em Economia, Bem de Giffen consiste em uma teoria que segue a ideia contrária da lei da oferta e da
demanda. Os bens de Giffen se referem àqueles que são mais procurados quando seus preços aumentam.
Assim, Bens de Giffen podem ser considerados como uma espécie especial de bem inferior; quando temos
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187
Fonte: KUME.
Exercício 31. Para cada uma das situações seguintes, trace um diagrama contendo três
curvas de indiferença de Isabel. (a) Carros e pneus são complementares perfeitos na
proporção 1 por 4, isto é, para cada carro ela quer exatamente 4 pneus. Coloque pneus
no eixo horizontal e carros no vertical. (b) Ela obtém utilidade de seu consumo de
cafeína. Ela pode consumir uma xícara grande de café ou um refrigerante com cafeína.
A xicara de café tem o dobro de cafeína do refrigerante. Coloque refrigerante no eixo
horizontal e xícaras de café no vertical. (c) Ela obtém utilidade ao consumir
produtos em que a demanda/procura aumenta mesmo quando o seu preço tem um aumento, e a procura
cai quando o preço diminui.
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refrigerante, mas não obtém utilidade consumindo água. Água a mais ou a menos deixa
seu nível utilidade na mesma. Coloque água no eixo horizontal e refrigerante no
vertical.
Exercício 32. Um consumidor tem uma renda de R$3 mil. O vinho custa R$3 por copo
e o queijo R$6 por quilo. (a) Represente graficamente a restrição orçamentária deste
consumidor. Coloque a quantidade de vinho no eixo vertical. (b) Qual é a inclinação
dessa restrição orçamentária? (c) Qual é o significado econômico desta inclinação?
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A informação pode ser assimétrica quando tanto uma ação quanto uma
característica pode ser oculta.
Considere agora a relação entre uma pessoa que queira vender seu carro usado, e
uma outra que seja potencial compradora. A potencial compradora pode querer saber se
o carro está em “bom estado” no geral. No entanto, esta característica do carro pode ser
oculta pela que está vendendo, pois só ela que está acostumada a dirigir o carro que
sabe.
Um outro exemplo pode ser visto na relação entre uma seguradora de carros
(principal) e os segurados (agente). Um risco moral poderia consistir no agente não
colocar o carro em estacionamento, pois em caso de roubo está protegido. Assim o
principal (no caso a seguradora, presumindo que seus segurados possam a se arriscar
mais) pode vir a cobrar um prêmio maior.
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Assim, no caso de uma empresa, ela pode oferecer um salário maior do que a do
mercado, através de um salário eficiência, ou de gratificações com base no desempenho.
No caso de uma seguradora, elas podem oferecer prêmios (preço do seguro)
substancialmente menores se a franquia (parcela da responsabilidade do segurado) é
elevada. Outros exemplos que podemos citar, sobre a qualidade de um produto
comestível, pode ser por conta de franquias de redes de restaurantes e fast food, como
por exemplo McDonald’s, Burguer King, etc., onde os produtos são padronizados. Para
outros tipos de bens/produtos comercializados, a oferta de uma garantia também pode
ajudar o problema da assimetria da informação. De uma forma geral, empresas podem
buscar ter uma boa reputação no mercado como vendedoras de bons produtos.
Fonte: KUME.
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192
Considere agora que hajam três locais possíveis para o parque, um Local A, um
Local B, e um Local C; e também que hajam três tipos de eleitores com diferentes
preferências, conforme ilustrado na Tabela 27.
Tabela 27 Preferências de três tipos de eleitores sobre três possíveis localizações de um parque.
Neste caso, supomos que no processo eleitoral, cada eleitor pôde escolher os
locais conforme suas preferências.
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194
Fazendo isto para cada tipo de eleitor, a Tabela 28 nos ilustra os resultados
obtidos por tais pontuações.
Fonte: KUME.
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195
Retirando a opção pelo Local C, a Tabela 30 nos ilustra como ficariam as opções
dos três tipos de eleitores somente diante das preferências pelos locais A e B.
A Contagem de Borda deste exemplo pode ser expressa conforme Tabela 32.
Fonte: KUME.
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196
Fonte: KUME.
Verificamos que caso seja adotada a média, o gasto em forças armadas escolhido
será de 9 bilhões de reais; no entanto, caso seja adotada a moda (o valor escolhido por
um maior percentual de eleitores), o gasto em forças armadas escolhido será de 15
bilhões de reais.
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Pedro Johnson; disponível em: https://sites.google.com/view/pedrobritto.
197
Exercício 36. Três amigos estão escolhendo um restaurante para jantar. A Tabela E36
mostra as preferências de cada um.
Fonte: KUME.
(a) Se eles empregarem a contagem de Borda para decidir, onde irão jantar? Mostre
como chegou ao resultado. (b) Quando estão a caminho do restaurante escolhido,
percebem que os restaurantes francês e mexicano estão fechados, então usam a
contagem de Borda mais uma vez entre as duas opções que restam. Qual restaurante
será escolhido? Mostre novamente como obteve a resposta. (c) De que modo as
respostas dos itens (a) e (b) se relacionam com o teorema da impossibilidade de Arrow?
Exercício 37. Considere que uma prefeitura tem um projeto para construção de um
museu na cidade. Há três locais disponíveis: A, B e C. A decisão será baseada nas
preferências indicadas por três vereadores conforme mostradas na Tabela E37.
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198
Fonte: KUME.
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REFERÊNCIAS
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à Economia I (FCE02-04565) realizado na UERJ no semestre 2012.1 ministrado por Honorio Kume, por
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200
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à Economia I (FCE02-04565) realizado na UERJ no semestre 2012.1 ministrado por Honorio Kume, por
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201
Elaboração do autor.
(b) O ponto que representa a combinação de 500 quilos de peixe e 800 quilos de batata
está desenhado na Figura E3, no entanto esta economia não consegue produzir neste
ponto, pois está fora de sua fronteira de possibilidade de produção.
(c) Aumentando a produção de 600 quilos de batatas para 800 quilos, a produção de
peixes cai de 500 quilos para 300 quilos; logo o custo de oportunidade deste aumento de
produção é de 200 quilos de peixe, ou seja, o custo de oportunidade de produzir 1 quilo
de batata é 1 quilo de peixe.
(d) Aumentar a produção de batatas de 200 quilos para 400 quilos implica em reduzir a
produção de peixes de 650 quilos para 600 quilos; ou seja, nesta escolha a produção
marginal de 200 quilos de batatas implica deixar de produzir 50 quilos de peixe; e assim
o custo de oportunidade de se produzir 1 quilos de batata é 250 gramas de peixe.
(e) As respostas são diferentes porque os custos de oportunidade são crescentes. Uma
forma razoável de se pensar é que isto ocorre porque se a economia produz mais batatas,
precisa utilizar de terras cada vez menos apropriadas para o cultivo de batatas (menos
férteis), e assim é necessário deslocar maiores quantidades de recursos da atividade de
pesca para o cultivo de batatas. Neste caso, a inclinação da curva de fronteira de
produção é mais acentuada conforme aumenta a produção de batatas, ou em termo
matemático, esta curta de FPP não é linear, mas apresenta concavidade em relação aos
eixos.
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202
Exercício 4. (a) Pela Tabela E4A, o preço de equilíbrio é de R$15,00 por quilo, e a
quantidade de equilíbrio é de 600kg. As curvas de oferta e demanda estão ilustrados na
Figura E4A.
Fonte: KUME.
Fonte: KUME.
(c) O novo preço de equilíbrio será de R$20,00 por quilo, e a nova quantidade de
equilíbrio será de 700 quilos. Esta nova curva de demanda com maior número de
consumidores e novo ponto de equilíbrio é ilustrado na Figura 4B.
Introdução à Economia I: uma introdução à microeconomia. Notas de aula do curso presencial Introdução
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203
Fonte: KUME.
(d) O preço pago pelo quilo da lagosta pelos brasileiros aumenta e passa a ser de
R$20,00, e assim a quantidade demandada pelos brasileiros cai para 400 quilos. A
possibilidade de exportação representa uma ampliação da demanda, levando ao aumento
no preço e desestímulo ao consumo interno. Note que parte da demanda dos EUA de
300 quilos é atendida via redução do consumo interno de 600 para 400 quilos e um
aumento na produção de 100 quilos.
45 − 2𝑃 = −15 + 𝑃;
3𝑃 = 60;
60
𝑃= = 20.
3
45 − 2(20) = −15 + 20 = 5.
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à Economia I (FCE02-04565) realizado na UERJ no semestre 2012.1 ministrado por Honorio Kume, por
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204
Fonte: KUME.
160 − 2𝑃 = 40 + 4𝑃;
6𝑃 = 120;
120
𝑃= = 20.
6
Obtemos então que o preço de equilíbrio é de R$20,00; e assim podemos calcular que a
quantidade de equilíbrio seja em toneladas de
𝑄 ∗ = 40 + 4(20) = 40 + 80 = 120.
190 − 2𝑃 = 40 + 4𝑃;
6𝑃 = 150;
150
𝑃= = 25.
6
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205
Neste caso, verificamos que o efeito do aumento da renda aumenta tanto o preço quanto
a quantidade de equilíbrio. A solução gráfica deste caso é também apresentada na
Figura E6.
Fonte: KUME.
Exercício 7. Pela Tabela E7, podemos observar que para o Grupo A, o desconto de
10% no preço de cada livro, faz com que a demanda aumente de 1,55 milhões para 1,65
milhões, ou seja, um aumento de 0,1 milhões. Para o Grupo B, este desconto faz com
que a demanda aumente de 1,50 milhões para 1,70 milhões, ou seja, um aumento de 0,2
milhões de livros. O ponto médio da demanda do Grupo A é de 1,6 milhões; e do grupo
B também de 1,60 milhões. Já para o preço, como o preço anterior é de R$10,50, e o
preço com desconto é de R$9,50; o preço médio é de R$10,00, e a variação de preço é
de -R$1,00. (a) Usando o método do ponto médio, podemos calcular a elasticidade-
preço da demanda para cada grupo, de forma que
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à Economia I (FCE02-04565) realizado na UERJ no semestre 2012.1 ministrado por Honorio Kume, por
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206
0,1
1,6 1
|𝜀𝑃 𝐴𝐷 | = | |=| | = |0,625|.
−1 −1,6
10
0,2
1,6 2
|𝜀𝑃 𝐷 |=| |=| | = |1,25|.
𝐵 1 −1,6
− 10
(c) Caso a firma possa discriminar o desconto perfeitamente entre cada grupo de
consumidores; ela poderá obter ganhos ofertando este desconto (seja via cupons online
para clientes selecionados) para o Grupo B, que possui elasticidade-preço da demanda
neste ponto elástica.
Fonte: KUME.
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Pedro Johnson; disponível em: https://sites.google.com/view/pedrobritto.
207
(c) Quando o preço aumento de R$1,00 para R$2,00, isto implica uma variação na
demanda de 60 unidades para 30 unidades. Isto implica um 𝛥𝑃 = 𝑅$1,00 e 𝛥𝑄 = −30.
Os pontos médios de preço e quantidade são de respectivamente R$1,50 e 45 unidades.
Assim,
30
− 45
𝐷
|𝜀𝑃1,𝑃2 | = | 45 | = |− | = 1.
1 45
1,50
Para o caso de quando o preço aumenta de R$5,00 para R$6,00, a demanda cai de 12
unidades para 10 unidades; assim 𝛥𝑃 = 𝑅$1,00 e 𝛥𝑄 = −2𝑢; e os pontos médios de
preço e quantidade serão respectivamente de R$5,50 e 11 unidades. Podemos calcular a
elasticidade-preço da demanda pelo ponto médio da seguinte forma,
2
− 11 11
𝐷
|𝜀𝑃5,𝑃6 |=| | = |− | = 1.
1 11
5,50
(d) Verificamos que a elasticidade-preço da demanda pelo ponto médio é unitária para
todos valores desta curva de demanda. Apesar de na ilustração da Figura E8A esta curva
de demanda possa parecer ser linear, ela trata-se de uma curva de demanda em formato
de hipérbole equilátera. Por sua vez, em curvas de demanda linear, as elasticidades-
preço da demanda variam aos vários preços. A Figura E8B nos ilustra melhor o formato
desta curva de demanda.
Elaboração do autor.
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208
Exercício 9. Pela Figura E9, verificamos que sem intervenção governamental, o preço
do milho em equilíbrio é de R$3,00 por tonelada, e a quantidade de equilíbrio é de
1.000 toneladas. (a) Com um preço mínimo de R$5,00 por tonelada, os produtores estão
dispostos a ofertar 1.200 toneladas; no entanto, a demanda passa a ser de 800 toneladas.
Assim, o governo assumindo a comprar qualquer quantidade não vendida pelo mercado,
passa a assumir a compra desta diferença de 400 toneladas. A despesa do governo será
então de 𝑅$5 × 400 = 𝑅$2.000. A receita dos produtores será de 𝑅$5 × 1.200 =
𝑅$6.000.
(b) Caso o governo garanta um preço mínimo de R$5,00 para até 1.000 toneladas, os
produtores irão ofertar 1.000 toneladas que podem ser absorvidas pelo mercado ao
preço de R$3,00. Assim, nenhuma quantidade será adquirida pelo governo, no entanto,
ele deverá pagar por esta diferença de R$2,00 nesta quantidade, implicando a uma
despesa de R$2.000 para o governo. A receita dos produtores será de R$5.000.
Exercício 10. (a) Sem imposto, o preço em equilíbrio dos livros era de R$50,00, e a
quantidade em equilíbrio era de 1 milhão de livros. Após a criação do imposto, a nova
quantidade de equilíbrio é de 600.000; sendo que os estudantes pagam agora R$55,00
por livro, e as editoras recebem R$30,00 líquidos de impostos. Verificamos assim que a
incidência econômica do imposto é de R$5,00 para os consumidores, e de R$20,00 para
as ofertantes, e o imposto é de R$25,00. Verificamos que a incidência econômica do
imposto neste caso recai mais para os produtores. Como o imposto é de R$25,00 e a
quantidade é de 600.000, assim a receita do governo será de 𝑅$25 × 600.000 =
𝑅$15.000.000. Podemos calcular a elasticidade-preço da demanda, de forma que
400.000
− 1.600.000 0,25
𝜀𝑃𝐷 = | | ≅ |− | ≅ 5,21 ⇒ elástica.
5 0,048
105
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209
(b) Antes do imposto, o preço de equilíbrio era de R$500 por passagem área, e a
quantidade de equilíbrio era de 3 milhões de passagens aéreas por ano. Após a
introdução do imposto, os passageiros passaram a pagar por R$550 por passagem, e a
quantidade de equilíbrio aumentou para 5 milhões (verificamos que neste caso houve
também um deslocamento da curva de demanda). As companhias aéreas passam a
receber R$450,00 líquidas de impostos; assim verificamos que o valor do imposto é de
R$100,00 por passagem aérea, e incide de forma igual tanto para o consumidor quanto
para as companhias aéreas, no valor de R$50,00 para cada. Como a quantidade de
equilíbrio é de 5 milhões de passagens aéreas com o imposto, a receita do governo passa
a ser de 500 milhões de reais.
(c) Antes do imposto, o preço de equilíbrio era de R$1,50 por escova de dente, e a
quantidade de equilíbrio era de 2 milhões de escovas de dente. Após a cobrança de
imposto, a nova quantidade de equilíbrio passa a ser de 800.000 escovas de dente, e o
preço pago pelos consumidores é de R$2,00, ou seja, há uma incidência de R$0,50 do
imposto para os consumidores. Já para os produtores, o valor recebido líquido de
impostos é de R$1,25, ou seja, a incidência é de R$0,25. Neste caso, verificamos que a
oneração dos impostos se dá de forma maior para os consumidores. O valor do imposto
total é de R$0,75 por escova de dente. A receita do governo é então de 𝑅$0,75 ×
800.000 = 𝑅$600.000. Podemos calcular a elasticidade-preço da demanda para os
consumidores, de forma que 𝛥𝑃 = 0,50 e 𝛥𝑄 = −1.200.000.
1.200.000 6
− 2.800.000 − 14 −42
𝜀𝑃𝐷 = | |=| |=| | = 3.
0,50 1 14
3,50 7
Exercício 11. (a) Neste caso, o valor atribuído pelo bem (ou a disposição a pagar/preço
de reserva) é de R$10,00. No entanto, o consumidor adquiri uma oferta pela metade
deste preço, ou seja de R$5,00. Assim o excedente do consumidor é de R$5,00.
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210
(b) O valor atribuído ao bem pelo consumidor é o mesmo do preço encontrado por ele.
Assim o excedente do consumidor será zero.
(c) O preço do bem é maior do que a disposição a pagar; logo não haverá transação, e
não haverá excedente do consumidor.
Exercício 12. (a) O preço de reserva, ou preço mínimo disposto a vender corresponde
ao preço do lance mais alto recebido pelo consumidor. Assim, haverá transação, mas o
excedente do produtor será zero.
Exercício 13. (a) Como o valor do imposto é de R$10 por quarto, e são 900 quartos
ocupados; a receita tributária é obtida por 𝑅𝑇 = 𝑅$10 × 900 = 𝑅$9.000. O peso morto
pode ser calculado pela área do triângulo da perda de bem-estar que não se converte a
receita tributária, ou seja, da perda da quantidade de quartos ocupados devido a
presença do imposto multiplicado pela metade da tarifa do imposto, de forma que 𝑃𝑀 =
(100 × 𝑅$10)⁄2 = 𝑅$500.
(b) Sendo o valor do imposto de R$20 por quarto, e a quantidade de quartos ocupado
800; a receita tributária é obtida por 𝑅𝑇 = 𝑅$20 × 800 = 𝑅$16.000. O peso morto é
de (200 × 𝑅$20)⁄2 = 𝑅$2.000. Verificamos que o aumento do imposto gerou um
aumento na receita tributária quase que proporcional ao aumento do imposto.
2𝑃 = 300 − 𝑃;
3𝑃 = 300;
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211
300
𝑃∗ = = 100.
3
2𝑃𝐶 − 2𝑇 = 300 − 𝑃𝐶 ;
3𝑃𝐶 = 300 + 2𝑇
2
𝑃𝐶∗ = 100 + 𝑇.
3
2 2
𝑄 ∗ = 300 − 100 − 𝑇 = 200 − 𝑇.
3 3
2 1
𝑃𝑃∗ = 100 + 𝑇 − 𝑇 = 100 − 𝑇.
3 3
Observa-se que maior parte deste imposto incide para o consumidor, que será onerado
em 2/3 dele; enquanto o produtor será onerado apenas por 1/3 de T.
2𝑇 2𝑇 2
𝑅𝑇 = 𝑇 (200 − ) = 200𝑇 − .
3 3
2(02 )
𝑅𝑇(0) = − + 200(0) = 0;
3
2(300)2 180000
𝑅𝑇(300) = − + 200(300) = − + 60000 = −60000 + 60000 = 0.
3 3
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212
4𝑇
𝑅𝑇 ′ (𝑇) = − + 200 = 0;
3
600
4𝑇 = 600; 𝑇 = = 150.
4
2(150)2 45.000
𝑅𝑇(150) = − + 200(150) = − + 30.000 = 15.000.
3 3
Logo, como a função decresce para os dois lados; 𝑅𝑇(150) = 15.000 é um ponto de
máximo.
Elaboração do autor.
(d) O peso morto pode ser ilustrado graficamente conforme apresentado na Figura
E14B.
Fonte: KUME.
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213
2
𝑇 × 𝑇 𝑇2
𝑃𝑀 = 3 = .
2 3
Elaboração do autor.
2(200)2 80000
𝑅𝑇 = − + 200(200) = − + 40000 ≅ 𝑅$13.333,33.
3 3
Esta mesma receita tributária pode também ser obtida com 𝑇 = 𝑅$100, mas com um
custo social de peso morto bem menor.
Exercício 15. (a) As curvas de oferta e demanda no mercado de ameixas do País A são
representadas pelo gráfico apresentado na Figura E15.
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à Economia I (FCE02-04565) realizado na UERJ no semestre 2012.1 ministrado por Honorio Kume, por
Pedro Johnson; disponível em: https://sites.google.com/view/pedrobritto.
214
Fonte: KUME.
(b) Como visto graficamente na Figura E15, e também através dos dados da Tabela
E15, caso haja regime de livre comércio, a quantidade demandada de ameixas ao preço
internacional de 𝑅$0,30 é de 16 quilos. No entanto, a oferta local a este preço é de
apenas 4 quilos. Assim, o País A irá importar 12 quilos de ameixa.
(c) Com uma tarifa aduaneira de R$0,20, o preço de importação passa a ser de R$0,50.
A este preço, a quantidade de demanda é de 12 quilos, enquanto a quantidade de oferta
local é de 6 quilos. Assim, o País A irá importar 6 quilos de ameixa.
Exercício 16. (a) Caso Malta não permita o comércio internacional de arroz, o preço de
equilíbrio interno será dado por 𝑄𝑂 = 𝑄𝐷 , de forma que
8 − 𝑃 = 𝑃;
2𝑃 = 8;
8
𝑃∗ = = 𝑈𝑆$4.
2
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215
Fonte: KUME.
Figura E16B Curvas de oferta e demanda de arroz em Malta com livre comércio internacional.
Fonte: KUME.
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216
Figura E16C Curvas de oferta e demanda de arroz em Malta com comércio internacional
e imposto de importação de US$1 por quilo.
Fonte: KUME.
Exercício 17. (a) Caso não haja comércio internacional, o preço de equilíbrio será
definido por 𝑄𝐷 = 𝑄𝑂 , de forma que
8 − 𝑃 = 𝑃;
2𝑃 = 8;
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217
8
𝑃∗ = = 𝑈𝑆$4.
2
Fonte: KUME.
Figura E17B Curvas de oferta e demanda de arroz no Uruguai com comércio internacional.
Fonte: KUME.
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218
(c) Com uma tarifa de exportação de US$1, o produtor deverá vender a US$5 o quilo do
arroz para ter seu preço externo ao nível competitivo de US$6. Assim, a quantidade
ofertada será de 𝑄𝑂 = 5, e a quantidade de demanda interna será de 𝑄𝐷 = 8 − 5 = 3. A
exportação será de 𝑋 = 𝑄𝑂 − 𝑄𝐷 = 5 − 3 = 2. Esta situação é ilustrada na Figura
E17C.
Fonte: KUME.
Exercício 18. (a) Como o consumo da vacina contra a gripe além de reduzir a chance
de um indivíduo ficar gripado, também diminui a possibilidade de passar gripe para
outras pessoas, dizemos que este consumo gera externalidades positivas. Desta forma, a
curva do benefício ou valor marginal social da vacina localiza-se acima da curva da
demanda (que representa o valor marginal privado da vacina). Logo, a proporção de
pessoas vacinadas socialmente ótima (𝑄𝑆 ) é maior do que 𝑄1. Isto é ilustrado na Figura
E18S. (b) Um instrumento que um governo poderia introduzir para induzir a quantidade
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219
(c) Não, pois o custo social da vacina é positivo – o subsídio de Pigou implica em um
custo social através dos gastos do orçamento de um governo. Além disto,
intuitivamente, supondo que exceto uma pessoa, toda população mundial esteja vacina,
não faria sentido esta pessoa se vacinar (pois não haveriam outras pessoas para
transmitir a gripe). É racional pensar-se que a uma taxa entre 80% a 97% de uma
população total vacinada, haveria uma segurança maior contra surtos de gripe.
Exercício 19. (a) No horário com poucos visitantes, a visita ao museu não é um rival no
consumo, pois a entrada de um não impede a entrada de outro. No entanto, é um bem
excluível, pois é necessário o pagamento de R$10, caso contrário, não é permitida a
entrada. Assim, a visita do museu pode ser considerada como um bem artificialmente
escasso; e como o custo adicional de um visitante neste momento é zero, logo o preço
eficiente seria nulo.
(b) Quando o museu está com muitos visitantes, em seu ponto de capacidade máxima,
ele é um rival do consumo – pois a entrada de um impede a entrada de outro. Ainda que
ele não esteja em sua capacidade máxima, a presença de muitas pessoas dificulta a
apreciação do museu. Como tem o preço de entrada, ele continua sendo um bem
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excluível. Portanto, por estas duas características, a visita no museu neste horário
consiste em um bem privado. Como neste horário há um custo social para um visitante
adicional (impedir ou atrapalhar que outras pessoas desfrutem bem do museu), o museu
deveria cobrar um preço equivalente ao custo social.
Fonte: KUME.
(2000 − 1000) × 10
𝑃𝑀 = = 5000.
2
Exercício 21. (a) A Proposta A implica que o montante a ser pago de imposto seja o
mesmo, independente da renda. Isto implica que a incidência tributária efetiva 𝑡 seja
decrescente, pois como o valor do tributo é fixo, quanto maior a renda,
proporcionalmente este imposto terá uma alíquota menor. Assim, este imposto de renda
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221
é regressivo. Já pela Proposta B, como os indivíduos com renda mais alta pagam uma
proporção mais alta de suas rendas em impostos, isto implica uma incidência tributária 𝑡
crescente em relação a renda. Assim, este imposto de renda é progressivo.
(b) Considerando que todos se beneficiam igualmente pela Defesa Nacional, a Proposta
A se baseia então no princípio do benefício. Por outro lado, pela Proposta B, como
quem tem maior renda paga mais, esta se baseia no princípio da capacidade de
pagamento.
Exercício 22. (a) Como os proprietários de carros são potenciais beneficiários de uma
maior segurança nas rodovias, este imposto está aproximadamente de acordo com o
princípio do benefício. No entanto, como o imposto é um valor fixo independente da
renda do proprietário, não está de acordo com o princípio da capacidade de pagamento.
(b) Geralmente os hóspedes dos hotéis de uma cidade não residem neste mesmo
município e, portanto, não se beneficiam de forma completa dos gastos deste município
(talvez somente no período de estadia). Logo, este imposto não está de acordo com o
princípio do benefício. No entanto, hóspedes em hotéis usualmente têm renda mais
elevada, e podem escolher diárias de quartos com preços diferenciados – como o
imposto é porcentual sobre o valor da diária, os hóspedes podem implicitamente
escolher o quanto vão pagar de imposto. Assim, o imposto está de acordo com o
princípio da capacidade de pagamento.
Exercício 24. Dado que a função custo corresponde a 𝑐(𝑠) = 2𝑠 2 + 100, (a) o custo
médio será de
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222
𝑑(𝑐(𝑠))
𝐶𝑀𝑔 = = 4𝑠.
𝑑𝑠
(d) O gráfico da curva de oferta pode ser representado pela quantidade em função do
custo marginal, conforme ilustrado na Figura E14A.
Fonte: KUME.
(e) Caso o preço seja de 𝑃 = 𝑅$20, como a curva de oferta é dada por 𝑃 = 4𝑠, 20 =
4𝑠; 𝑠 = 20⁄4 = 5; assim a quantidade de serviços ofertadas será 5.
(g) Caso o preço seja de 𝑃 = 𝑅$40, como vimos no item e), a quantidade ofertada será
de 10 unidades de serviço. Como receita total é igual a 𝑅𝑇 = 𝑝𝑞 = 𝑅$40 × 10 =
𝑅$400. O custo total pode ser calculado por 𝐶𝑇 = 𝑐(10) = 2(10)2 + 100 = 200 +
100 = 𝑅$300. O lucro é dado pela diferença entre receita total e receita total, de forma
que 𝜋 = 𝑅𝑇 − 𝐶𝑇 = 𝑅$400 − 𝑅$300 = 𝑅$100. O gráfico das funções de custo total, e
receita total e lucro total ao preço de R$40 é ilustrado na Figura E24B.
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223
Figura E24B Custo total, e receita total e lucro total a preço de R$40.
Fonte: KUME.
Exercício 25. (a) Como com produção nula, ou seja, para 𝑄 = 0 o 𝐶𝑇 = 5, então o
custo fixo é de R$5, ou seja, o gasto com produção igual a zero. (b) A partir dos dados
da Tabela E25, podemos calcular o custo marginal para cada unidade incremental, ou
seja, o quanto varia o custo total em relação a produção de cada unidade adicional. Os
custos variáveis médios podem ser calculados a partir da relação entre a soma dos
custos marginais para a produção de determinada quantidade e sua respectiva
quantidade produzida. Já o custo total médio pode ser obtido através da relação entre
cada custo total com cada respectiva quantidade produzida. Os resultados são
apresentados na Tabela E25S.
Tabela E25S Custos marginais, custos variáveis médios e custos total médios.
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Pedro Johnson; disponível em: https://sites.google.com/view/pedrobritto.
224
(c) No curto prazo, a curva de oferta da firma é dada pela curva de custo marginal acima
do ponto mínimo da curva de custo variável médio. Na Tabela E25S, verificamos que o
menor custo variável médio é de R$4, com a produção de quantidade igual a 2. Assim,
se o preço for R$4, cada firma produzirá 2 unidades, se o preço for igual ao custo
marginal de R$5, cada firma produzirá 3 unidades, se o preço for de R$7, cada firma
produzirá 4 unidades, se o preço for de R$10, cada firma produzirá 5 unidades, e se o
preço for de R$11, cada firma produzirá 6 unidades. Como há 100 firmas idênticas nesta
indústria, para traçarmos a curva de oferta de mercado desta indústria no curto prazo,
basta utilizarmos tais preços e multiplicarmos as quantidades por 100. A curva de
demanda pode ser traçada através das informações da demanda de mercado contidas na
Tabela E25. A apresentação gráfica das curvas de oferta de curto prazo e demanda de
mercado desta indústria é ilustrada na Figura E25.
Figura E25 Curvas de oferta e demanda da indústria com 100 firmas competitivas idênticas.
Elaboração do autor.
(d) O preço de mercado será de R$10, e a quantidade produzida será de 500 unidades.
(e) Como cada firma produz 5 unidades com custo médio de R$7, a um custo total de
R$35, e vende cada uma destas unidades por R$10, e assim obtém de receita total R$50;
cada firma terá de lucro 𝜋 = 𝑅$50 − 𝑅$35 = 𝑅$15. Isto implica que novas firmas
terão incentivos a entrar neste mercado, até que o lucro se aproxime de zero.
Exercício 26. (a) Caso a indústria fosse perfeitamente competitiva, o equilíbrio entre
preço e quantidade seria correspondente ao intercepto entre as curvas de demanda e de
custo marginal. Assim, o preço seria 𝑃 = 𝐸 = 𝐶𝑀𝑔, e a quantidade seria 𝑄 = 𝑆. (b) O
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Fonte: KUME.
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226
Fonte: KUME.
(b) A demanda é composta apenas por quatro pessoas com disposições a pagar acima de
R$0, e cada uma delas tem disposição a pagar de forma linear a preços incrementais de
R$100. Ou seja, há uma pessoa com disposição a pagar uma única unidade do bem a
R$400, outra a R$300, outra a R$200, e outra a R$100, bem como uma disposta a
adquirir o bem pagando R$0 (ou recebendo de graça). Como a Firma D é a única
vendedora, só ela pode atender esta demanda, que tem este formato negativamente
inclinado. (c) Para cada diamante que a Firma D quiser vender, ela terá que diminuir o
preço não somente desta unidade, mas também das unidades anteriores. Portanto, a
receita marginal de uma unidade adicional vendida é igual ao preço menos a redução no
preço em todas as unidades anteriores. (d) Se o preço for R$200, a Firma D venderia
para Raquel, Jaqueline e Joana. Se reduz o preço para R$100, a Firma D passa a vender
também para a Mia. O efeito preço é a perda de R$100 das vendas para Raquel,
Jaqueline e Joana, pois todas elas passam a pagar R$100, pagando então as três juntas
agora R$300 (quando antes pagavam R$600). Ou seja, há uma perda de R$300 na
receita total. O efeito quantidade aumenta a receita total em R$100, devido à venda a
Mia. Portanto, a receita marginal é de −𝑅$200 = −𝑅$300 + 𝑅$100. (e) O desenho já
está ilustrado na Figura E27. O custo marginal é constante e de R$100. A receita
marginal se iguala ao custo marginal na quantidade de 2 diamantes, conforme o desenho
com a curva de receita marginal contínua – assim, esta será a quantidade que maximiza
o lucro. O preço cobrado será de R$300, e assim a receita total será de R$600, o custo
total será de R$200, e o lucro será de R$400. (f) Ao preço de R$300, somente Jaqueline
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Exercício 28. (a) A afirmação é falsa, pois o preço cobrado ao consumidor é maior em
concorrência monopolística do que em concorrência perfeita. Em concorrência perfeita,
todas as firmas cobram um preço dado pelo mercado, e produz na quantidade onde o
custo marginal se iguala com o custo médio mínimo e a este preço tomado pelo
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Exercício 29. (a) Para resolvermos este problema, precisamos primeiro estabelecer a
curva de receita marginal de cada firma. Como os custos das duas firmas são simétricas,
podemos calcular isto através de uma firma representativa, que tem custo fixo de R$1, e
custo marginal de R$2. Assim, através dos preços de demanda para cada nível de
produção, podemos calcular as receitas totais e as receitas marginais para cada nível de
quantidade, conforme ilustrado pela Tabela E29S.
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229
(b) Caso a Firma A aumente sua produção em uma unidade (passando a produzir 3
unidades), a quantidade total do mercado será de 5 unidades, e o preço de R$5. Assim, a
receita total da Firma A será de 𝑅𝑇𝐴 = 𝑅$5 × 3 = 𝑅$15, e seu custo total será de
𝐶𝑇𝐴 = 𝑅$7, e seu lucro de 𝜋𝐴 = 𝑅𝑇𝐴 − 𝐶𝑇𝐴 = 𝑅$15 − 𝑅$7 = 𝑅$8. Já a Firma B terá
receita total de 𝑅$5 × 2 = 𝑅$10, com o mesmo custo total de R$5, e assim seu lucro
será de 𝜋𝐵 = 𝑅$10 − 𝑅$5 = 𝑅$5.
(c) Caso a Firma A aumente sua produção em três unidades (passando a produzir 5
unidades), a quantidade total do mercado será de 7 unidades, e o preço de R$3. A
receita total da Firma A será de 𝑅𝑇𝐴 = 𝑅$3 × 5 = 𝑅$15, e o seu custo total será de
𝐶𝑇𝐴 = 𝑅$11, e assim o seu lucro será de 𝜋𝐴 = 𝑅$15 − 𝑅$11 = 𝑅$4. Para a Firma B,
ela terá receita total de 𝑅𝑇𝐵 = 𝑅$3 × 2 = 𝑅$6, e com custo total igual a R$5, seu lucro
passará a ser de 𝜋𝐵 = 𝑅𝑇𝐵 − 𝐶𝑇𝐵 = 𝑅$6 − 𝑅$5 = 𝑅$1. Verificamos que o lucro da
Firma A diminui dado este nível de produção, no entanto aumenta caso ela aumente
somente uma unidade. Assim, ela tem incentivo em se desviar produzindo uma unidade
adicional, mas não em três unidades adicionais.
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230
(d) Os resultados mostram que não cumprir o acordo de formação de cartel é lucrativo,
desde que o aumento na quantidade não seja muito elevado, o que mostra que há
elevada chance de traição em um cartel.
Exercício 30. O equilíbrio de Nash ocorre quando cada país está fazendo a melhor
escolha possível diante das circunstâncias. Pela matriz da Tabela E30, verificamos que
caso os EUA adotem tarifas baixas, se o México também adotar tarifas baixas, o México
irá lucrar 25, e caso o México adote tarifas elevadas, irá lucrar 30 (neste caso o México
lucra mais adotando tarifas elevadas). Caso os EUA adotem tarifas altas, se o México
adotar tarifas baixas, irá lucrar 10, e caso o México adote tarifas altas, irá lucrar 20
(neste caso, o México lucra mais também adotando tarifas elevadas). Assim,
verificamos que o México tem estratégia dominante em adotar tarifas elevadas. Agora,
pela óptica dos EUA, caso o México adote tarifas baixas, se os EUA adotarem tarifas
baixas, irá lucrar 25, e caso adote tarifas altas, irá lucrar 30 (neste caso, os EUA lucram
mais adotando tarifas altas). Agora, caso o México adote tarifas altas, se os EUA
adotarem tarifas baixas, irá lucrar 10, e caso os EUA adotarem tarifas altas, irá lucrar 20
(assim, neste caso os EUA também lucram mais adotando tarifas altas). Desta forma, os
EUA também têm estratégia dominante de adotar tarifas altas. Assim, o equilíbrio de
Nash será com ambos países escolhendo adotar tarifas altas, e cada um obtendo ganhos
de 20 (mesmo sendo ganhos inferiores em relação ao caso de os dois países adotando
tarifas baixas, devido às estratégias dominantes serem de aplicar tarifas altas).
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231
Fonte: KUME.
(b) A utilidade medida agora é sobre o consumo de cafeína (preferências entre café e
refrigerante não são consideradas). Os dois produtos possuem cafeína, logo são
substitutos perfeitos para a utilidade que Isabel obtém sobre consumo de cafeína. No
entanto, a xícara de café tem o dobro de cafeína em relação ao refrigerante, assim,
Isabel obtém a mesma utilidade de cafeína consumindo uma xícara de café ou dois
refrigerantes. As curvas de utilidade são ilustradas na Figura E31B.
Figura E31B Utilidade de cafeína consumida obtida em café e refrigerante por Isabel.
Fonte: KUME.
(c) Como Isabel não obtém utilidade no consumo de água, suas curvas de utilidade entre
consumo de refrigerantes e água dependerão somente das quantidades consumidas de
refrigerantes – em formato de linhas horizontais (pois a quantidade de consumo de água
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232
é pedida que seja exposta no gráfico no eixo horizontal). As utilidades são ilustradas na
Figura E31C.
Fonte: KUME.
(a) Esta linha de restrição orçamentária pode ser expressa graficamente conforme
apresentada na Figura E32.
Fonte: KUME.
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(b) A inclinação desta reta é −2. (c) O significado econômico do valor absoluto deste
número consiste que o preço de um quilo de queijo equivale a dois copos de vinho.
Exercício 33. (a) A escolha ótima consiste num ponto onde a curva de utilidade
tangencia a restrição orçamentária, de forma que |𝑇𝑀𝑆| = 𝑃𝑄 ⁄𝑃𝑉 = 2. Para ilustração
gráfica, podemos desenhar uma curva genérica do tipo Cobb-Douglas, e assim definir o
Ponto 𝐶. Na Figura E33 é ilustrado este Ponto 𝐶, e os pontos 𝐷 e 𝐸 dos itens b) e c).
(b) No desenho gráfico, podemos supor que no Ponto 𝐷 há uma variação negativa na
quantidade de um quilo de queijo e uma variação positiva em dois copos de vinho,
conforme deslocamento marginal na restrição orçamentária que possui inclinação de
valor −2. No entanto, este ponto se encontro a esquerda da curva de utilidade que passa
pelo Ponto C; e podemos deduzir que neste ponto de variação negativa de 1kg de
queijo, a variação de vinho deveria ser positiva em quatro copos de vinho para que o
ponto pertencesse a mesma curva de utilidade do Ponto 𝐶. Assim, a 𝑇𝑀𝑆 > 𝑃𝑄 /𝑃𝑉 , ou
seja, a TMS é maior do que o preço do queijo medido em unidades de copos de vinho.
Logo neste ponto valeria a pena aumentar a quantidade de queijo.
(c) Podemos supor que no Ponto 𝐸 há uma variação positiva de 1kg de queijo e uma
variação negativa de 2 copos de vinho em relação ao Ponto 𝐶. No desenho gráfico,
podemos supor que para esta variação positiva de 1kg na quantidade de queijo, uma
variação negativa de 2 copos de vinho manteria o ponto na curva de utilidade 𝑈2 ; no
entanto, o Ponto 𝐸 está localizado abaixo desta curva de utilidade. Verificamos que a
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234
𝑇𝑀𝑆 = 2, ou seja, é maior do que o preço relativo entre vinho e queijo de 𝑃𝑉 ⁄𝑃𝑄 = 0,5.
Assim, neste ponto valeria a pena aumentar a quantidade de vinho.
Exercício 34. Neste caso, como a renda aumenta de R$3.000 para R$4.500, obtemos
uma nova reta de restrição orçamentária (paralela e localizada a direita da reta de
restrição orçamentária anterior, pois os preços não mudam). Temos então que
(a) No caso de os dois bens serem normais para um consumidor, podemos traçar uma
curva de utilidade que tangencia esta nova restrição orçamentária de forma que o
consumo dos dois bens aumenta, conforme ilustrado na Figura E34A.
Fonte: KUME.
(b) Caso o queijo seja considerado como um bem inferior, um aumento na renda fará
com que haja um aumento no consumo do vinho e uma redução na quantidade de
consumo de queijo, conforme ilustrado na Figura E34B.
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235
Fonte: KUME.
(c) Dada a premissa da insaciedade, ou seja, de que quanto mais é melhor; o consumidor
sempre gastará toda a sua renda. Portanto, se a renda aumenta não é possível reduzir a
quantidade dos dois bens. De uma outra forma, na comparação entre apenas dois bens,
um bem apenas poderá ser considerado relativamente como um bem inferior, e outro
tratado como um bem normal.
(a) Agora a inclinação da reta passa a ser de −4, e assim, considerando os dois bens
como normais, a quantidade de queijo e de vinho consumidas diminui, passando do
Ponto A da curva de preferência 𝑈2 para o Ponto 𝐶 numa curva de preferência inferior
𝑈1 , conforme ilustrado na Figura E35.
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236
Fonte: KUME.
(d) Caso o queijo seja um bem inferior, a queda no poder de comprar levará o
consumidor a comprar mais queijo. Ou seja, neste caso, o efeito renda estimulará o
consumidor a comprar mais queijo. Note que o efeito substituição sempre estimulará o
consumidor a comprar menos queijo devido ao aumento no seu preço. Se este efeito
renda for maior do que o efeito substituição, teremos aumento na quantidade consumida
de queijo mesmo com o aumento no seu preço.
Exercício 36. (a) Pela contagem de borda, podemos atribuir com 1 ponto a quarta
preferência, 2 pontos a terceira preferência, 3 pontos a segunda preferência, e 4 pontos a
primeira preferência. Assim, para Tom, o restaurante Italiano ganha 4 pontos, o
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237
Fonte: KUME.
(b) Caso eles não possam escolher entre um restaurante Francês e Mexicano, mas
utilizem a mesma cartilha de preferências apresentada na Tabela E36, agora só há duas
opções disponíveis. Tanto para Tom quanto para Hanks, a primeira opção passa a ser do
restaurante Italiano, e a segunda opção passa a ser a do restaurante Chinês. Já para
Barak, a primeira opção passa ser a do restaurante Chinês, e a segunda opção a do
restaurante Italiano. Aplicando o mesmo tipo de pontuação para realização de contagem
de borda (atribuindo 1 ponto a 2ª opção, e 2 pontos a 1ª opção), temos o seguinte
resultado conforme expresso na Tabela E36B.
Fonte: KUME.
Agora, eles deverão jantar no restaurante Italiano. (c) As respostas anteriores diferem
devido à presença de locais irrelevantes, isto é, que nunca seriam escolhidos. Segundo
Arrow, uma escolha adequada não poderia depender das alternativas irrelevantes.
Introdução à Economia I: uma introdução à microeconomia. Notas de aula do curso presencial Introdução
à Economia I (FCE02-04565) realizado na UERJ no semestre 2012.1 ministrado por Honorio Kume, por
Pedro Johnson; disponível em: https://sites.google.com/view/pedrobritto.
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Neste caso não ocorre o paradoxo de Condorcet, pois a regra de transitividade é válida.
Introdução à Economia I: uma introdução à microeconomia. Notas de aula do curso presencial Introdução
à Economia I (FCE02-04565) realizado na UERJ no semestre 2012.1 ministrado por Honorio Kume, por
Pedro Johnson; disponível em: https://sites.google.com/view/pedrobritto.