Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CÁLCULO DIFERENCIAL
E INTEGRAL I
1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................. 4
2. LIMITES ................................................................................................................. 7
3. DERIVADA........................................................................................................... 44
4. APLICAÇÕES DA DERIVADA......................................................................... 79
1. APRESENTAÇÃO
Se for proposto, como exercício, calcular 𝑓(0), 𝑓(1), 𝑓(2), 𝑓(3) e 𝑓(4), ou, se
for pedido, por exemplo, para se calcular 𝑓(𝑥) com os valores 𝑥 = 0, 𝑥 = 1, 𝑥 = 2,
𝑥 = 3, e 𝑥 = 4; caso sua resposta imediata for 𝑓(0) = 1, 𝑓(1) = 2, 𝑓(3) = 4 e/ou
𝑓(4) = 4 + 1 = 5, ou, para 𝑥 = 0, 𝑓(𝑥) = 1, para 𝑥 = 1, 𝑓(𝑥) = 2, para 𝑥 = 2,
𝑓(𝑥) = 3, para 𝑥 = 3, 𝑓(𝑥) = 4, e para 𝑥 = 4, 𝑓(𝑥) = 5 – em todos estes casos de
‘respostas/desenvolvimento’, então perfeito! Podemos prosseguir.
Agora, na primeira parte em foi dito que “se 𝑥 tende a ser igual a 2” – na
linguagem matemática, utilizamos a figura de uma ‘setinha’ para indicar a palavra
‘tende’ – temos a notação, ou a “tradução” para a expressão (matemática) 𝑥 → 2.
12, e que antes, poderia parecer ser um tanto ‘estranho’ ou ‘difícil’, podemos interpretar
agora que o que se está sendo pedido é para calcular o resultado da expressão 𝑥 2 + 𝑥 −
12 quando 𝑥 tende a ser igual a 3. Logo, podemos responder através da linguagem
matemática lim 𝑥 2 + 𝑥 − 12 = 0 (fazendo ‘de cabeça’ as substituições de 𝑥 por 3 na
𝑥→3
expressão).
De forma geral, dizer que, por exemplo, lim 𝑓(𝑥) = 𝐿, é o mesmo que dizer que
𝑥→0
podemos tornar os valores de 𝑓(𝑥) tão próximos de 𝐿 (um número representado pela
letra “L” de “Limite”) quanto quisermos, e que para isto basta que tomemos valores de
𝑥 cada vez mais próximos de zero.
Similarmente, de forma mais geral, dizer que lim 𝑓(𝑥) = 𝐿 é o mesmo que
𝑥→𝑥0
dizer que podemos tornar os valores de 𝑓(𝑥) tão próximos de 𝐿 quanto quisermos, basta
que para isso tomemos valores de 𝑥 cada vez mais próximos de 𝑥0 .1
Este caderno segue fielmente a cronologia das notas de aula do curso Cálculo
Diferencial e Integral I ministrado no primeiro semestre de 2012 por Wellington Reis,
curso este realizado pela turma de calouros em Ciências Econômicas da UERJ; e utiliza
o livro digital de Mauricio A. Vilches e Maria Luiza Corrêa como base de referência.
1
Observa-se que 𝑥0 é um outro número, novamente representado por uma letra, só que agora acrescida de
um termo subscrito, que no caso fora utilizado o número 0, mas poderíamos também ter utilizado alguma
outra letra.
2
A escolha de letras/números subscritas e sobrescritas vai variar de acordo com a necessidade de se
expressar determinada informação na linguagem matemática (o que for mais prático de interpretação).
2. LIMITES
2𝑥 2 − 𝑥 − 1 (2𝑥 + 1)(𝑥 − 1)
𝑓(𝑥) = = .
𝑥−1 𝑥−1
É nítido que o domínio desta função exclui o valor 1, ou seja, 𝐷𝑜𝑚(𝑓) = ℝ − {1}.
Assim, estudamos a função nos valores de 𝑥 que ficam próximos de 1, mas sem atingir
1. Para todo 𝑥 que pertence ao domínio da função, ou seja, 𝑥 ∈ 𝐷𝑜𝑚(𝑓), temos que
𝑓(𝑥) = 2𝑥 + 1.
Tabela 1 Valores de 𝑓(𝑥) = (2𝑥 2 − 𝑥 − 1)⁄(𝑥 − 1), ou de forma racionalizada 𝑓(𝑥) = 2𝑥 + 1 para
valores de 𝑥 próximos de 1.
|𝑓(𝑥) − 3| seja pequeno é necessário que |𝑥 − 1| também seja pequeno. Desta forma, o
número 3 é chamado limite de 𝑓(𝑥) quando 𝑥 está próximo de 1. Este estudo é
relevante, pois o número 1 não faz parte do domínio desta função.
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿.
𝑥→𝑏
Corolário 1. Se as funções 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥) são tais que 𝑓(𝑥) = 𝑔(𝑥) exceto num ponto 𝑏,
então:
Existe também o caso em que não há limite para determinado valor de uma
variável de função. Por exemplo, lim 𝑠𝑒𝑛(1⁄𝑥 ) não existe.
𝑥→0
função 𝑠𝑒𝑛(1⁄𝑥) deveria se aproximar de um valor fixo, que seria o limite. Mas isto
1 (2𝑛 + 1)𝜋 𝜋
sen ( ) = sen ( ) = sen (𝑛𝜋 + ) = cos(𝑛𝜋) = (−1)𝑛 ,
𝑥 2 2
e a função ficará oscilando entre 1 (se 𝑛 é par) e −1 (se 𝑛 é ímpar). Logo, o limite de 𝑓
não pode existir, conforme verificado na Figura 3.
𝑥 + 5 se 𝑥 ≠ 1
𝑓(𝑥) = {
2𝜋 se 𝑥 = 1.
Calculemos então lim 𝑓(𝑥). Observamos que 𝑓(1) = 2𝜋, mas o valor do limite
𝑥→1
𝑛
4. lim [𝑓(𝑥)]2 = [lim 𝑓(𝑥)] , 𝑠𝑒 𝑛 ∈ ℕ.
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
𝑛
5. lim √𝑓(𝑥) = 𝑛√ lim 𝑓(𝑥) , se lim 𝑓(𝑥) ≥ 0
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
7. Se lim ℎ(𝑥) = lim 𝑔(𝑥) = 𝐿 e existe 𝛿 > 0 tal que ℎ(𝑥) ≤ 𝑓(𝑥) ≤ 𝑔(𝑥),
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
𝑥−5 lim(𝑥 − 5) 1
𝑥→3
lim 3
. = 3
=− .
𝑥→3 𝑥 − 7 lim(𝑥 − 7) 10
𝑥→3
1 1 3−𝑥 −(𝑥 − 3)
− 1
lim 𝑥 3 = lim 3𝑥 = lim 3𝑥 =− .
𝑥→3 𝑥 − 3 𝑥→3 𝑥 − 3 𝑥→3 𝑥 − 3 9
numerador, temos:
𝑥 2 − 1 (𝑥 − 1)(𝑥 + 1)
= = 𝑥 + 1,
𝑥−1 𝑥−1
𝑥2 − 1
lim = lim(𝑥 + 1) = 2.
𝑥→1 𝑥 − 1 𝑥→1
Como lim 𝑥 = 0, da mesma forma que nos casos (4) e (5), não podemos aplicar
𝑥→0
𝑥 1 1
= lim = lim = .
𝑥→0 𝑥(√𝑥 + 4 + 2) 𝑥→0 (√𝑥 + 4 + 2) 4
3
Verifica-se que (𝑎𝑥 + 𝑏)2 = 𝑎2 𝑥 2 + 2𝑎𝑥𝑏 + 𝑏 2 ; e (𝑎𝑥 + 𝑏)(𝑎𝑥 − 𝑏) = 𝑎2 𝑥 2 − 𝑏 2.
√1 + 𝑥 − √1 − 𝑥 (√1 + 𝑥 − √1 − 𝑥)(√1 + 𝑥 + √1 − 𝑥) (1 + 𝑥) − (1 − 𝑥)
= =
𝑥 𝑥(√1 + 𝑥 + √1 − 𝑥) 𝑥(√1 + 𝑥 + √1 − 𝑥)
2𝑥 2
= = ,
𝑥(√1 + 𝑥 + √1 − 𝑥) (√1 + 𝑥 + √1 − 𝑥)
√1 + 𝑥 − √1 − 𝑥 2 2
lim = lim = = 1.
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 (√1 + 𝑥 + √1 − 𝑥) 2
4 5
8º Caso: lim ( √𝑥 − 1)⁄( √𝑥 − 1) .
𝑥→1
Para calcular este limite, precisamos fazer uma mudança de variáveis, de forma
a eliminarmos as raízes para a racionalização. Procuramos uma variável compatível para
4
que o expoente desta nova variável seja um número inteiro positivo. Sabemos que √𝑥 e
1 1
5
√𝑥 equivalem em notação a 𝑥 4 e 𝑥 5 . Logo, o mínimo denominador em comum é 20.
5 4
Desta forma, equivalem a 𝑥 20 e 𝑥 20 . Assim, façamos a mudança de variáveis de 𝑥 =
𝑡 20 ; então:
4
√𝑥 − 1 𝑡 5 − 1 (𝑡 4 + 𝑡 3 + 𝑡 2 + 𝑡1 + 1)(𝑡 − 1)
= = .
√𝑥 − 1 𝑡 4 − 1 (𝑡 − 1)(𝑡 3 + 𝑡 2 + 𝑡 + 1)
5
Se 𝑥 → 1, então 𝑡 → 1; logo:
4
√𝑥 − 1 𝑡 4 + 𝑡 3 + 𝑡 2 + 𝑡1 + 1 5
lim 5 = lim = .
𝑥→1 √𝑥 − 1 𝑡→1 𝑡3 + 𝑡2 + 𝑡 + 1 4
1
lim (𝑥 2 𝑠𝑒𝑛 ( )) = 0.
𝑥→0 𝑥
4
Esta proposição é conhecida na literatura como “Teorema do Confronto” ou ainda “Teorema do
“sanduiche”, que vale relembrar aqui em nota. Sejam 𝑓(𝑥), 𝑔(𝑥) e ℎ(𝑥) funções reais definidas num
domínio 𝐷 ⊆ ℝ e 𝑎 um ponto desde domínio, tais que: lim𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) = lim𝑥→𝑎 ℎ(𝑥) = 𝐿, e 𝑓(𝑥) ≤
𝑔(𝑥) ≤ ℎ(𝑥); então resulta destas condições que lim𝑥→𝑎 𝑔(𝑥) = 𝐿.
𝑥 𝑛 − 𝑎𝑛
= 𝑥 𝑛−1 + 𝑎𝑥 𝑛−2 + ⋯ + 𝑎𝑛−1 , se 𝑥 ≠ 𝑎;
𝑥−𝑎
𝑥 𝑛 − 𝑎𝑛
lim = lim 𝑃(𝑥) = 𝑃(𝑎) = 𝑛𝑎𝑛−1 .
𝑥→𝑎 𝑥 − 𝑎 𝑥→𝑎
1 1
𝑥 𝑛 − 𝑎𝑛 𝑥 𝑚 − 𝑎𝑚 1 (𝑥 𝑚 − 𝑎𝑚 )
= = − 𝑚 𝑚[ ];
𝑥−𝑎 𝑥−𝑎 𝑥 𝑎 𝑥−𝑎
𝑥 𝑛 − 𝑎𝑛 1 (𝑥 𝑚 − 𝑎𝑚 ) 1 1
lim = lim − 𝑚 𝑚 [ ] = −𝑚 2𝑚 𝑎𝑚−1 = 𝑛 −2𝑛 𝑎−𝑛−1
𝑥→𝑎 𝑥 − 𝑎 𝑚→𝑎 𝑥 𝑎 𝑥−𝑎 𝑎 𝑎
= 𝑛𝑎2𝑛 𝑎−𝑛−1 = 𝑛𝑎𝑛−1 .
𝑥 𝑛 − 𝑎𝑛 𝑦 𝑝 − 𝑏 𝑝 (𝑦 𝑝 − 𝑏 𝑝 )(𝑦 − 𝑏)
= 𝑞 = ;
𝑥−𝑎 𝑦 − 𝑏 𝑞 (𝑦 − 𝑏)(𝑦 𝑞 − 𝑏 𝑞 )
𝑥 𝑛 − 𝑎𝑛 𝑦 𝑝 − 𝑏𝑝 𝑦 − 𝑏 𝑝 𝑝−1
lim = lim [ ][ 𝑞 𝑞
] = [ ] 𝑎𝑞 = 𝑛𝑎𝑛−1 .
𝑥→𝑎 𝑥 − 𝑎 𝑦→𝑏 𝑦−𝑏 𝑦 −𝑏 𝑞
𝑥 𝑛 − 𝑎𝑛
lim = 𝑛𝑎𝑛−1 .
𝑥→𝑎 𝑥 − 𝑎
3𝑥 2 + 𝑎𝑥 + 𝑎 + 3
lim
𝑥→−2 𝑥2 + 𝑥 − 2
exista. Vide solução na seção final do caderno Soluções dos exercícios propostos.
Definição 2.
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿.
𝑥→𝑎+
𝑝 𝑝
𝑞( )
5
Como 𝑛 = 𝑝/𝑞, logo tendo 𝑥 = 𝑦 𝑞 e 𝑎 = 𝑏 𝑞 , então 𝑥 𝑛 = 𝑥 𝑞 = 𝑦 𝑞 = 𝑦 𝑝 . De forma análoga, tendo
𝑝 𝑝
𝑞( )
𝑎 = 𝑏 𝑞 , então 𝑎𝑛 = 𝑎 = 𝑦
𝑞 𝑞 = 𝑦𝑝 .
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿.
𝑥→𝑎−
𝑥 2 + 1 se 𝑥 < 2
𝑓(𝑥) = { 2 se 𝑥 = 2
−𝑥 2 + 9 se 𝑥 > 2.
Teorema 1. Seja 𝑓(𝑥) uma função com domínio 𝐷 nas condições das definições.
Então lim 𝑓(𝑥) = 𝐿, se e somente se os limites laterais existirem, e lim+ 𝑓(𝑥) =
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿.
𝑥→𝑎−
Isto significa que, mesmo existindo limites laterais lim+ 𝑓(𝑥) e lim− 𝑓(𝑥), se
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
ou se um dos limites laterais não existe, então 𝑙𝑖𝑚 𝑓(𝑥) não existe.
𝑥→𝑎
2
𝑓(𝑥) = { 𝑥 se 𝑥 < 1
3𝑥 se 𝑥 ≥ 1.
Exercício 2. Determine o valor da constante 𝑐 tal que lim 𝑓(𝑥) exista, se:
𝑥→𝑐
2
𝑓(𝑥) = { 2 − 𝑥 se 𝑥 ≤ 𝑐
𝑥 se 𝑥 > 𝑐.
Definição 3.
1. Seja 𝑓 ∶ (𝑎, +∞) → ℝ. Diz-se que lim 𝑓(𝑥) = 𝐿 quando para todo 𝜀 > 0,
𝑥→+∞
1
lim = 0.
𝑥→+∞ 𝑥
Temos que para todo 𝜀 > 0, existe 𝐴 > 1⁄𝜀 > 0, tal que 𝑥 > 𝐴, então 1⁄𝑥 <
1⁄𝐴 < 𝜀 e |1⁄𝑥 − 0| = |1⁄𝑥| < 𝜀.
1
lim = 0.
𝑥→−∞ 𝑥
Temos que para todo 𝜀 > 0, existe 𝐵 > 1/𝜀 > 0, tal que 𝑥 < −𝐵, então |1 ∕
𝑥| = −1/𝑥 < 𝜀.
𝑎 =1 1 𝑎 = −1 −1
𝑎 =2 0,5 𝑎 = −2 −0,5
𝑎 =4 0,25 𝑎 = −4 −0,25
𝑎 = 10 0,1 𝑎 = −10 −0,1
𝑎 = 100 0,01 𝑎 = −100 −0,01
𝑎 = 10000 0,0001 𝑎 = −10000 −0,0001
𝑎 = 100000 0,00001 𝑎 = −100000 −0,00001
𝑎 = 1000000 0,000001 𝑎 = 1000000 −0,000001
⋯ ⋯ ⋯ ⋯
𝑎 = +∞ 0 𝑎 = −∞ 0
Elaboração do autor.
3 3
lim ( 3
+ 5) = lim 3 + lim 5 = 0 + 5 = 5.
𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞
1
lim 5/𝑥 2 = ( lim 5) ( lim ) = 5 × 0 = 0.
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 𝑥 2
Proposição 5. Seja
𝑃(𝑥)
𝑓(𝑥) = ,
𝑄(𝑥)
De fato
𝑎 𝑎
𝑃(𝑥) 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎0 𝑥 𝑛 [𝑎𝑛 + 𝑛−1 + ⋯ + 𝑥 𝑛0 ]
= = 𝑥 .
𝑄(𝑥) 𝑏𝑚 𝑥 𝑚 + 𝑏𝑚−1 𝑥 𝑚−1 + ⋯ + 𝑏0 𝑚 𝑏𝑚−1 𝑏0
𝑥 [𝑏𝑚 + 𝑥 + ⋯ + 𝑥 𝑚 ]
𝑥3 + 1
lim = 0.
𝑥→+∞ 𝑥 4 + 5𝑥 3 + 𝑥 + 2
2𝑥 + 3 2
lim = .
𝑥→−∞ 3𝑥 + 2 3
𝑥+1 (𝑥 + 1)2 𝑥 2 + 2𝑥 + 1 𝑥 2 + 2𝑥 + 1
lim = lim √ = lim √ = √ lim = √1
𝑥→+∞ √𝑥 2 −5 𝑥→+∞ 𝑥2 − 5 𝑥→+∞ 𝑥2 − 5 𝑥→+∞ 𝑥2 − 5
= 1.
Este problema aparenta ser análogo ao 3º Caso, no entanto, devemos ter cuidado
na observação de que 𝑥 → −∞, ou seja, que 𝑥 < 0. Assim, não podemos aplicar a
Proposição 2.5, pois a raiz é número par (raiz quadrada, 𝑛 da raiz é igual a dois). No
entanto, podemos resolver este caso através da racionalização dos fatores, calculando o
limite de −𝑥 quando tende a +∞ para o negativo da função. Assim temos que
1 1 1
𝑥+1 −𝑥 (1 + 𝑥) −𝑥 (1 + 𝑥) − (1 + 𝑥 )
lim = lim = lim = lim
𝑥→−∞ √𝑥 2 −5 −𝑥→+∞ 5 −𝑥→−∞ 5 −𝑥→+∞
√𝑥 2 (1 − 2 ) 𝑥√(1 − 2 ) √(1 − 52 )
𝑥 𝑥 𝑥
= −1.
𝑥 =1 1 𝑥 = −1 −1
𝑥 = 0,5 2 𝑥 = −0,5 −2
𝑥 = 0,1 10 𝑥 = −0,1 −10
𝑥 = 0,01 100 𝑥 = −0,01 −100
𝑥 = 0,001 1000 𝑥 = −0,001 −1000
𝑥 = 0,0001 10000 𝑥 = −0,0001 −10000
⋯ ⋯ ⋯ ⋯
lim𝑥→0+ 𝑓(𝑥) = +∞ lim𝑥→0− 𝑓(𝑥) = −∞
Elaboração do autor.
0
Seja 𝑓 uma função definida num domínio 𝐷, que pode ser um intervalo ou uma
reunião de intervalos. Seja 𝑎 um ponto que não pertence necessariamente a 𝐷, mas tal
que nas proximidades de 𝑎 existam pontos de 𝐷; em outras palavras, qualquer intervalo
aberto que contem 𝑎 e intersecta 𝐷 de forma não vazia, segue-se a definição.
Definição 4.
1. Diz-se que que lim𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) = +∞, quando para todo 𝐴 > 0, existe 𝛿 > 0 tal que
𝑓(𝑥) > 𝐴, se 𝑥 ∈ 𝐷 e 0 < |𝑥 − 𝑎| < 𝛿.
2. Diz-se que lim𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) = −∞, quando para todo 𝐵 > 0, existe 𝛿 > 0 tal que
𝑓(𝑥) < −𝐵, se 𝑥 ∈ 𝐷 e 0 < |𝑥 − 𝑎| < 𝛿.
Para um ensaio desta formalidade, verificaremos que lim 1/(𝑥 − 1)2 = +∞.
𝑥→1
Como 1/(𝑥 − 2)2 > 𝐴, então se (𝑥 − 1)2 < 1/𝐴, ou ainda |𝑥 − 1| < 1/√𝐴;
logo então para todo 𝐴 > 0, existe 𝛿 = 1⁄√𝐴 > 0 tal que 𝑓(𝑥) > 𝐴 se 0 < |𝑥 − 1| <
𝛿.
1. Diz-se que lim𝑥→𝑎− 𝑓(𝑥) = +∞, quando para todo 𝐴 > 0, existe 𝛿 > 0 tal que
𝑓(𝑥) > 𝐴 se 𝑎 − 𝛿 < 𝑥 < 𝑎.
2. Diz-se que lim𝑥→𝑎+ 𝑓(𝑥) = −∞, quando para todo 𝐵 > 0, existe 𝛿 > 0 tal que
𝑓(𝑥) < −𝐵 se 𝑎 < 𝑥 < 𝑎 + 𝛿.
1 +∞ se 𝑛 é par,
2. lim ={
𝑥→0− 𝑥 𝑛 −∞ se 𝑛 é ímpar.
Proposição 7. Sejam 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥) funções tais que lim 𝑓(𝑥) ≠ 0 e lim 𝑔(𝑥) =
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
0, então:
𝑓(𝑥) 𝑓(𝑥)
1. lim 𝑔(𝑥) = +∞ se 𝑔(𝑥) > 0 para valores de 𝑥 próximos de 𝑎.
𝑥→𝑎
𝑓(𝑥) 𝑓(𝑥)
2. lim 𝑔(𝑥) = −∞ se 𝑔(𝑥) < 0 para valores de 𝑥 próximos de 𝑎.
𝑥→𝑎
3𝑥 − 2
lim .
𝑥→1 (𝑥 − 1)2
Como lim (3𝑥 − 2) = 1 > 0 e lim(𝑥 − 1)2 = 0, aplicando a Proposição 7.1, temos que
𝑥→1 𝑥→1
3𝑥 − 2
lim = +∞.
𝑥→1 (𝑥 − 1)2
2𝑥 − 5
lim = −∞.
𝑥→2 (𝑥 − 2)2
±∞ se 𝑛 > 𝑚,
𝑃(𝑥) 𝑎𝑛
lim ={ se 𝑛 = 𝑚,
𝑥→±∞ 𝑄(𝑥) 𝑏𝑚
0 se 𝑛 < 𝑚.
Considere
𝑥5 + 1
𝑓(𝑥) = .
𝑥 4 + 5𝑥 3 + 2
𝑥5 + 1
lim = +∞.
𝑥→∞ 𝑥 4 + 5𝑥 3 + 2
𝑥𝑥
𝑥 + 𝑠𝑒𝑛 ( 𝑥! )
lim .
𝑥→+∞ 𝑥2 + 1
Vide solução na seção final do caderno Soluções dos exercícios propostos.
Nas operações com limites, muitas vezes podemos nos deparar com símbolos,
tais como
∞ 0 0 ∞ 0
∞ − ∞, ∞ × 0, , ,0 ,1 ,∞ .
∞ 0
1º Caso: se 𝑓(𝑥) = 1 + 1/(𝑥 − 1)2 e 𝑔(𝑥) = 1/(𝑥 − 1)2 , onde 𝑓 e 𝑔 são definidos em
ℝ − {1}, então
Assim, para lim 𝑓(𝑥) − lim 𝑔(𝑥) obtemos +∞ − ∞, nosso primeiro símbolo de
𝑥→1 𝑥→1
2º Caso: se 𝑓(𝑥) = 𝑠𝑒𝑛(1⁄(𝑥 − 1)) + 1/(𝑥 − 1)2 e 𝑔(𝑥) = 1/(𝑥 − 1)2 , onde 𝑓 e 𝑔
são definidas em ℝ − {1}; então lim 𝑓(𝑥) = lim 𝑔(𝑥) = +∞. Novamente obtemos que
𝑥→1 𝑥→1
lim 𝑓(𝑥) − lim 𝑔(𝑥) = +∞ − ∞, nosso primeiro símbolo de indeterminação; mas desta
𝑥→1 𝑥→1
vez, podemos verificar que lim(𝑓(𝑥) − 𝑔(𝑥)) não existe, pois lim 𝑠𝑒𝑛(1/(𝑥 − 1)) não
𝑥→1 𝑥→1
existe.
6
Todos estes casos são exclusivos do livro de VILCHES & CORRÊA, adaptados aqui neste caderno.
3º Caso: se 𝑓(𝑥) = 1/𝑥 e 𝑔(𝑥) = ln(𝑥), onde 𝑓 e 𝑔 são definidos para 𝑥 > 0, então
lim 𝑓(𝑥) = 0 e lim 𝑔(𝑥) = +∞. Fazendo lim 𝑔(𝑥) × lim 𝑓(𝑥) obtemos nosso
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 𝑥→+∞
De fato, ln(𝑥) < 𝑥 para todo 𝑥 > 0, por se tratar de uma função logarítmica.
`Podemos racionalizar, de forma que ln(𝑥) = ln(√𝑥√𝑥) = 2 ln(√𝑥) < 2√𝑥 para 𝑥 ≥
1.7 Logo, 0 < ln(𝑥) < 2√𝑥 para todo 𝑥 ≥ 1. Da mesma forma,
ln(𝑥) 2√𝑥 2
0< < = .
𝑥 𝑥 √𝑥
𝑠𝑒𝑛(𝑥)
lim = 1.
𝑥→0 𝑥
7
Lembremos sempre que racionalizamos expressões, devemos ter o cuidado de adaptar as condições.
𝑥≠0 𝑓(𝑥)
±1 0,841471
±0,5 0,958851
±0,2 0,993347
±0,1 0,998334
±0,01 0,999983
±0,001 0,9999998
Elaboração do autor.
Figura 7.
1 1 1
𝐴1 = sen(𝜃) cos(𝜃), 𝐴2 = sen(𝜃) sec(𝜃) e 𝐴= 𝜃.
2 2 2
Então, da desigualdade acima, temos que sen(𝜃) cos(𝜃) < 𝜃 < sen(𝜃) sec(𝜃);
e, como sen(𝜃) > 0 se 0 < 𝜃 < 𝜋/2, temos que
𝜃 sen(𝜃)
cos(𝜃) < < sec(𝜃) , 𝑜𝑢 cos(𝜃) < < sec(𝜃).
sen(𝜃) 𝜃
Como lim+ cos (𝜃) = lim+ sec(𝑡) = 1, segue-se que lim+ sen(𝜃) /𝜃 = 1. Por
𝜃→0 𝜃→0 𝜃→0
sen(𝜃)
lim = 1.
𝜃→0 𝜃
1 𝑥
lim (1 + )
𝑥→±∞ 𝑥
1 𝑥
lim (1 + ) = 𝑒,
𝑥→±∞ 𝑥
𝑎𝑥 − 1
lim ( ) = ln(𝑎).
𝑥→0 𝑥
𝑎𝑥 − 1 𝑡 1 1
lim = lim = ln(𝑎) lim = ln(𝑎) lim 1
𝑥→0 𝑥 𝑡→0 ln(𝑡 + 1) 𝑡→0 1 𝑡→0
ln(𝑡 + 1) ln ((1 + 𝑡) 𝑡)
ln(𝑎) 𝑡
ln(𝑎)
= 1 .
ln (lim(1 + 𝑡) 𝑡 )
𝑡→0
1
Verificaremos na página a seguir, no 3º Caso, que lim(1 + 𝑥)𝑥 = 𝑒. Logo,
x→0
𝑎 𝑥 − 1 ln(𝑎)
lim = = ln(𝑎).
𝑥→0 𝑥 ln(𝑒)
𝑒𝑥 − 1
lim ( ) = ln(𝑒) = 1.
𝑥→0 𝑥
sen(2𝑥) 2 sen(2𝑥) 3𝑥 2
lim = lim ( ) lim ( )= .
x→0 sen(3𝑥) 3 x→0 2𝑥 x→0 sen(3𝑥) 3
1
3º Caso: lim(1 + 𝑥)𝑥 .
x→0
1 1 𝑡
lim(1 + 𝑥)𝑥 = lim (1 + ) = 𝑒.
x→0 t→±∞ 𝑡
1 𝑥 1 𝑡−𝑏
lim (1 + ) = lim (1 + ) = 𝑒.
𝑥→±∞ 𝑥+𝑏 𝑡→±∞ 𝑡
6º Caso: sabemos que se uma quantia 𝐴0 é investida a uma taxa 𝑟 de juros compostos,
capitalizados 𝑚 vezes ao ano, o saldo 𝐴(𝑡), após 𝑡 anos é dado por 𝐴(𝑡) =
𝐴0 (1 + 𝑟⁄𝑚)𝑚𝑡 . Se for pedido para calcularmos o saldo em 𝑡 de forma que os juros
𝑟 𝑚𝑡 𝑟 𝑚 𝑡
𝐴(𝑡) = lim 𝐴0 (1 + ) = 𝐴0 lim ((1 + ) ) = 𝐴0 𝑒 𝑟𝑡 .
𝑚→+∞ 𝑚 𝑚→+∞ 𝑚
𝑥 + 2 𝑥+𝑏 3 𝑥 3 𝑏
lim ( ) = lim (1 + ) lim (1 + ) = 𝑒 3.
𝑥→±∞ 𝑥 − 1 𝑥→±∞ 𝑥 − 1 𝑥→±∞ 𝑥−1
Este caso é análogo do terceiro limite fundamental. A função pode ser ajustada
no numerador, de forma que (𝑎 𝑥 − 𝑏 𝑥 ) = (𝑎 𝑥 − 1 + 1 − 𝑏 𝑥 ) = (𝑎 𝑥 − 1) − (𝑏 𝑥 − 1).
Temos então que
𝑎𝑥 − 𝑏𝑥 𝑎𝑥 − 1 𝑏𝑥 − 1 𝑎
lim = lim ( − ) = ln(𝑎) − ln(𝑏) = ln ( ).
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 𝑥 𝑏
2.7 Assíntotas
Definição 5.
𝐴
𝐿(𝑡) = , onde 𝐴, 𝐵, 𝐶 ∈ ℝ.
1 + 𝐵𝑒 −𝐶𝑡
𝐷𝑜𝑚(𝐿) = ℝ, logo não terá assíntota vertical; e a curva passa por (0, (𝐴⁄1 + 𝐵)). Por
um lado, temos que lim 𝐿(𝑡) = 𝐴; logo, 𝑦 = 𝐴 é uma assíntota horizontal8. Por outro
𝑡→+∞
Analogamente, denote
1
𝑓(𝑥) = 𝑓 (𝑥),
(𝑥 − 𝑎)𝑘 1
onde 𝑓1 (𝑥) = 𝑃1 (𝑥)/𝑄1 (𝑥) é uma função definida em 𝑎. Então lim𝑥→𝑎± |𝑓(𝑥)| = ∞.
8
A interpretação da assíntota varia de caso a caso. No uso de uma função logística 𝐿 = 𝐿(𝑡) para
descrição de um crescimento populacional, o valor 𝐴 obtido de 𝑡 → +∞ pode indicar o limite da
população, ou seja, corresponder o máximo de indivíduos que um ecossistema pode suportar.
Exemplo 1:
𝑥
𝑦 = 𝑓(𝑥) = .
𝑥2 −1
Verificamos que 𝐷𝑜𝑚(𝑓) = ℝ − {−1, 1}, logo a função não está definida para 𝑥 = −1
e para 𝑥 = 1. No entanto, podemos estudar o comportamento de 𝑓(𝑥) na vizinhança de
𝑥 = 1 e 𝑥 = −1, ou seja, lim 𝑓(𝑥) e lim 𝑓(𝑥).
𝑥→−1 𝑥→1
pela assíntota 𝑦 = −1 e ponto (0, 0). Da mesma forma, como verificamos que o limite
lateral de 1− → −∞, desenhamos uma curva partindo de 𝑦 = −∞ delimitada pela
assíntota 𝑦 = 1 e passando pelo ponto (0, 0) – unindo-se assim com a curva desenhada
anteriormente.
Agora para o limite lateral 1+ → +∞, também fazemos uma curva partindo de
𝑦 = +∞ delimitada a direita da assíntota 𝑦 = 1 em direção a 𝑥 → +∞, delimitado pelo
eixo 𝑥. Da mesma forma para o limite lateral −1− → −∞, fazemos uma curva
semelhante partindo do lado esquerdo da assíntota 𝑦 = −1, de 𝑦 = −∞ e delimitando-
se a 𝑥 para −∞ com a assíntota horizontal do eixo.
Exemplo 2:
𝑥2
𝑦 = 𝑓(𝑥) = .
𝑥2 − 1
Verificamos que 𝐷𝑜𝑚(𝑓) = ℝ − {−1, 1}, e que 𝑓(0) = 0, ou seja, a curva passa
pelo ponto (0, 0). Para verificarmos o que acontece quando 𝑥 → 1, devemos encontrar
𝑓1 (𝑥) tal que 𝑓(𝑥) = 𝑓1 (𝑥)/(𝑥 − 1). Assim, racionalizamos a função de forma que
𝑥2 𝑥2 𝑥2
= ; logo 𝑓1 (𝑥) = ,
𝑥 2 − 1 (𝑥 − 1)(𝑥 + 1) 𝑥+1
𝑥2
𝑓1 (𝑥) = ;
𝑥−1
𝑥2
lim 𝑓(𝑥) = = 1,
𝑥→±∞ 𝑥2 − 1
1. 𝑓(𝑎) existe.
2. lim 𝑓(𝑥) existe.
𝑥→𝑎
Se uma destas três condições não é satisfeita, dizemos então que 𝑓 é descontínua em
x=a.
𝑥² − 1
𝑓(𝑥) = { 𝑥 − 1 , se 𝑥 ≠1
1, se 𝑥 = 1.
𝑥2 − 1 (𝑥 − 1)(𝑥 + 1)
lim = lim = lim(𝑥 + 1) = 2.
𝑥→1 𝑥 − 1 𝑥→1 𝑥−1 𝑥→1
Verificamos que lim𝑥→1 𝑓(𝑥) existe, mas lim𝑥→1 𝑓(𝑥) ≠ 𝑓(1).Logo, 𝑓(𝑥) não é
contínua em 𝑥 = 1. Observe que se 𝑓(𝑥) fosse reescrita de forma que 𝑓(1) = 2, a
função seria contínua em todos os pontos de ℝ, ou seja, se fosse
𝑥² − 1
𝑓(𝑥) = { 𝑥 − 1 , se 𝑥 ≠1
2, se 𝑥 = 1.
𝑥² − 1
𝑓(𝑥) = ,
𝑥−1
de fato 𝑓(𝑥) seria uma função contínua em todo ponto de seu domínio, pois neste caso
{1} não faria parte de seu domínio. De fato, 𝑓(𝑥) = 𝑥 + 1 se 𝑥 ≠ 1, assim em todo seu
domínio lim 𝑓(𝑥) = 𝑥0 + 1 = 𝑓(𝑥0 ).
𝑥→𝑥0
ponto 𝑏, então
lim 𝑓(𝑥)
lim 𝑒 𝑓(𝑥) = 𝑒 𝑥→𝑎 .
𝑥→𝑎
Sejam as funções 𝑔(𝑥) = sen(𝑥) e ℎ(𝑥) = cos (𝑥) contínuas em todo ℝ; logo
se existe lim 𝑓(𝑥), então
𝑥→𝑎
lim sen(𝑓(𝑥)) = sen (lim 𝑓(𝑥)) ; lim cos(𝑓(𝑥)) = cos (𝑙𝑖𝑚 𝑓(𝑥)).
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
Outro exemplo, pense na função 𝑔(𝑥) = ln(𝑥) que seja contínua em ]0, +∞];
logo se lim 𝑓(𝑥) ∈ ]0, +∞], então
𝑥→𝑎
5𝑥 5 + 𝑥 3 + 1 𝑥5 + 𝑥3 + 1 3
lim ln ( ) = ln (lim ) = ln ( ).
𝑥→1 𝑥2 + 1 𝑥→1 𝑥2 + 1 2
𝑥 2 −1
lim 𝑒 𝑥−1 = 𝑒 2 .
𝑥→1
𝑥2 − 1 (𝑥 + 1)(𝑥 − 1)
lim = lim = lim(𝑥 + 1) = 2.
𝑥→1 𝑥 − 1 𝑥→1 𝑥−1 𝑥→1
Assim,
𝑥 2 −1 lim (𝑥+1)
lim 𝑒 𝑥−1 = 𝑒 𝑥→1 = 𝑒 2.
𝑥→1
Este exemplo nos ilustra bem a Proposição 9. Neste caso, temos que 𝑔(𝑥) = 𝑒 𝑥 ,
sendo que 𝑔 é contínua em todo ℝ, incluindo o valor 1. Temos também 𝑓(𝑥) =
(𝑥 2 − 1)/(𝑥 − 1); neste caso 𝑓 não é contínua no ponto 1, pois 𝑓(1) não existe. No
entanto, por 1 ser um ponto contínuo em 𝑔, logo lim(𝑔 ∘ 𝑓)(𝑥) = 𝑔 (lim 𝑓(𝑥)), ou
𝑥→1 𝑥→1
lim 𝑓(𝑥) lim (𝑥+1)
seja, lim 𝑒 𝑓(𝑥) = 𝑒 𝑥→1 = 𝑒 𝑥→1 = 𝑒 2.
𝑥→1
(𝑥 + 2)(𝑥 − 2)
𝑔(𝑥) = = (𝑥 + 2) em 𝑥 ≠ 2; logo,
(𝑥 − 2)
lim 𝑔(𝑥) = lim 𝑥 + 2 = 4.
𝑥→2 𝑥→2
4 − 𝑥 2 , se 𝑥 ≤ 2
𝑓(𝑥) = {
𝑥 − 1, se 𝑥 > 2,
𝑓 é contínua em 2?
Elaboração do autor.
𝑥² + 1 (𝑥 − 1)(𝑥 + 1) + 2
𝑝(𝑥) = = ,
𝑥−1 𝑥−1
(𝑥 − 1)(𝑥 + 1) + 2 2
lim+ 𝑝(𝑥) = lim+ [ ] = lim+(𝑥 + 1) + lim+ = +∞;
𝑥→1 𝑥→1 (𝑥 − 1) 𝑥→1 𝑥→1 𝑥 − 1
2
lim− 𝑝(𝑥) = 2 + lim− = −∞.
𝑥→1 𝑥→1 𝑥−1
Como lim+ 𝑝(𝑥) ≠ lim− 𝑝(𝑥), temos que lim 𝑝(𝑥) não existe. A Figura 15 nos
𝑥→1 𝑥→1 𝑥→1
9
Vide Seção 2.8.3, Dividindo polinômios.
Elaboração do autor.
𝑃(𝑥) 𝐷(𝑥)
𝑅(𝑥) 𝑄(𝑥)
Elaboração do autor.
÷
𝑥2 + 1 𝑥−1
÷
−(𝑥 2 − 𝑥) 𝑥+1
𝑥+1 ×
−(𝑥 − 1) ×
2
Elaboração do autor.
Teorema 3. Se 𝑓 ∶ [𝑎, 𝑏] → ℝ é uma função contínua em [𝑎, 𝑏] e 𝑓(𝑎) < 𝑑 < 𝑓(𝑏)
ou 𝑓(𝑏) < 𝑑 < 𝑓(𝑎), então existe 𝑐 ∈ ]𝑎, 𝑏[ tal que 𝑓(𝑐) = 𝑑.
Corolário 3. Seja 𝑓 ∶ [𝑎, 𝑏] → ℝ uma funão contínua em [𝑎, 𝑏]. Se 𝑓(𝑎) e 𝑓(𝑏) tem
sinais opostos, ou seja 𝑓(𝑎)𝑓(𝑏) < 0, existe 𝑐 ∈ (𝑎, 𝑏) tal que 𝑓(𝑐) = 0.
𝑒 3𝑥 − 𝑒 2𝑥
(𝐴) lim ;
𝑥→0 𝑥
(𝑥 3 + 1)(𝑥 2 − 1) − 𝑥 5
(𝐵) lim ,
𝑥→+∞ (𝑥 2 − 1)(𝑥 2 − 3𝑥 + 2)
1 − 𝑥2, se 𝑥 < −1
ln(2 − 𝑥 2 ), se − 1 ≤ 𝑥 ≤ 1
𝑓(𝑥) =
𝑥−1
√ , se 𝑥 > 1.
{ 𝑥+1
1 − 𝑒𝑥
, se 𝑥 ≠ 0
(𝐴) 𝑓(𝑥) = { 𝑥
𝑝3 + 7, se 𝑥 = 0.
𝑥
, se 𝑥 ≠ 0
(𝐵) 𝑓(𝑥) = {𝑠𝑒𝑛(4𝑥)
𝑝2 , se 𝑥 = 0.
√𝑥 − 1
3 , se 𝑥 > 1
𝑓(𝑥) = √𝑥 − 1
𝑥² − 1
, se 𝑥 ≤ 1.
{𝑥 +1
3. DERIVADA
𝑓(𝑥1 ) − 𝑓(𝑥0 )
𝑚1 = .
𝑥1 − 𝑥0
𝑓(𝑥2 ) − 𝑓(𝑥0 )
𝑚2 = .
𝑥2 − 𝑥0
10
Lembremos que coeficiente angular é a medida que caracteriza o ângulo ou declividade de uma reta em
relação ao eixo 𝑥 de um plano cartesiano (𝑥, 𝑦) em que esta reta estiver inserida.
Figura 19 Retas secantes entre dois pontos diferentes ao longo de uma função.
É claro que caso 𝑓(𝑥) fosse uma simples reta do tipo 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏, todos
coeficientes angulares entre os pontos 𝑃 e 𝑄𝑖 (𝑖 = 1, 2, 3, … ) desta função seriam iguais
– neste caso teríamos que 𝑚1 = 𝑚2 = ⋯ = 𝑚𝑥0 = 𝑎.
Se
𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥0 )
𝑚𝑥0 = lim
𝑥→𝑥0 𝑥 − 𝑥0
𝑓(𝑥0 + 𝑡) − 𝑓(𝑥0 )
𝑚𝑥0 = lim .
𝑡→0 𝑡
𝑓(𝑥 + 𝑡) − 𝑓(𝑥)
𝑚𝑥 = lim .
𝑡→0 𝑡
Assim, 𝑚𝑥 só depende de 𝑥.
1
𝑦 − 𝑓(𝑥0 ) = − (𝑥 − 𝑥0 ), se 𝑚𝑥0 ≠ 0.
𝑚 𝑥0
Definição 11. Seja 𝑓 ∶ 𝐷 ⟶ ℝ uma função definida num domínio 𝐷 que pode ser um
intervalo aberto, uma reunião de intervalos abertos, ou ainda 𝐷 tal que para todo
intervalo aberto 𝐼 que contenha 𝑥0 , se tenha 𝐼 ∩ (𝐷 − {𝑥0 }) ≠ ∅; 𝑓 é derivável ou
diferenciável no ponto 𝑥0 quando existe o seguinte limite:
𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥0 )
𝑓 ′ (𝑥0 ) = lim .
𝑥→𝑥0 𝑥 − 𝑥0
𝑓(𝑥0 + 𝑡) − 𝑓(𝑥0 )
𝑓 ′ (𝑥0 ) = lim .
𝑡→0 𝑡
𝑓(𝑥 + 𝑡) − 𝑓(𝑥)
𝑓 ′ (𝑥) = lim .
𝑡→0 𝑡
𝑑𝑦
, ou 𝐷𝑥 𝑓.
𝑑𝑥
′ (𝑥)
𝑓(𝑥 + 𝑡) − 𝑓(𝑥) (𝑥 + 𝑡)2 − 𝑥 2 𝑥 2 + 2𝑡𝑥 + 𝑡 2 − 𝑥 2
𝑓 = lim = lim = lim
𝑡→0 𝑡 𝑡→0 𝑡 𝑡→0 𝑡
𝑡(2𝑥 + 𝑡)
= lim = lim 2𝑥 + 𝑡 = 2𝑥.
𝑡→0 𝑡 𝑡→0
𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥0 )
𝐹(𝑥) = ,
𝑥 − 𝑥0
1
𝑦 − 𝑓(𝑥0 ) = − (𝑥 − 𝑥0 ), se 𝑓 ′ (𝑥0 ) ≠ 0.
𝑓 ′ (𝑥0 )
|𝑡| 𝑥
lim+ = lim ( ) = 1
{ 𝑡→0 𝑡 𝑡→0 𝑥
|𝑡| 𝑥
lim− = lim − ( ) = −1.
𝑡→0 𝑡 𝑡→0 𝑥
Desta forma, verificamos que 𝑓 ′ (0) não existe. No entanto, para 𝑥 ∈ ℝ − {0},
𝑓 ′ (𝑥) existe, e
1 se 𝑥 > 0
𝑓 ′ (𝑥) = {
−1 se 𝑥 < 0.
seja derivável. Vide solução na seção final do caderno Soluções dos exercícios
propostos.
𝑓(𝑥) ′
𝑓 ′ (𝑥). 𝑔(𝑥) − 𝑓(𝑥). 𝑔′ (𝑥)
𝑦= ⟺𝑦 = .
𝑔(𝑥) [𝑔(𝑥)]2
Observa-se que a Regra do produto implica na Regra da multiplicação por constante,
pois ((𝑘)(𝑓(𝑥))′ = 𝑘 ′ 𝑓(𝑥) + 𝑘𝑓 ′ (𝑥) = 𝑘𝑓′(𝑥), para toda constante 𝑘; pois a derivada
de constante é igual a zero, ou seja 𝑘 ′ 𝑓(𝑥) = 0.
𝑥 4 + 3𝑥 + 1
𝑓(𝑥) = = 𝑥 −1 + 3𝑥 −4 + 𝑥 −5 .
𝑥5
𝑓 ′ (𝑥) = (𝑥 −1 + 3𝑥 −4 + 𝑥 −5 )′ = −𝑥 −2 − 12𝑥 −5 − 5𝑥 −6 .
𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑥
= .
𝑑𝑡 𝑑𝑥 𝑑𝑦
1 2 1
𝑦 ′ = 𝑓 ′ (𝑔(𝑥))𝑔′ (𝑥) = 2= = .
2√𝑔(𝑥) 2√2𝑥 √2𝑥
𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑥
= = (3𝑥 2 + 1)(2𝑡) = (3(𝑡 2 + 1)2 + 1)(2𝑡) = 6𝑡(𝑡 2 + 1)2 + 2𝑡.
𝑑𝑡 𝑑𝑥 𝑑𝑡
Exercício 11. Seja 𝑔 uma função derivável, e ℎ(𝑥) = 𝑔(𝑥 2 + 1). Calcule ℎ′ (1) se
𝑔′ (2) = 5. Vide solução na seção final do caderno Soluções dos exercícios propostos.
Teorema 6 (da Função Inversa). Seja 𝑓 uma função definida num intervalo aberto 𝐼.
Se 𝑓 é derivável em 𝐼, e 𝑓′(𝑥) ≠ 0 para todo 𝑥 ∈ 𝐼, então 𝑓 possui inversal 𝑓 −1
derivável e
1
(𝑓 −1 )′ (𝑥) = .
𝑓 ′ (𝑓 −1 (𝑥))
1
(𝑓 −1 )′ (𝑥) = , 𝑥 ≠ 0.
2√𝑥
𝑓 ′ (𝑥) = ln(𝑎) 𝑎 𝑥 .
(𝑒 𝑥 )′ = 𝑒 𝑥 .
Seja 𝑔(𝑥) uma função derivável, e considere a função 𝑓(𝑥) = 𝑎 𝑔(𝑥) , então
11
Uma propriedade do logaritmo natural interessante consiste que para 𝑥 > 0, ln(1⁄𝑥 ) = −ln (𝑥).
1
1 1 1 𝑥
1 1 𝑥 1 1 ln(2) (2)
𝑥
𝑦 ′ = ln ( ) × ( ) × 𝑓 ′ (𝑥) = − ln(2) ( ) (− 2 ) = .
2 2 2 𝑥 𝑥2
2
Exercício 12. Determine a equação da reta tangente ao gráfico da função 𝑦 = 𝑒 −𝑥 no
ponto de abscissa 1. Vide solução na seção final do caderno Soluções dos exercícios
propostos.
Seja 𝑎 ∈ ℝ tal que 0 < 𝑎 ≠ 1, e ℎ(𝑥) = log a (𝑥). Usando o teorema da função
inversa para 𝑓 −1 = ℎ(𝑥) e 𝑓(𝑥) = 𝑎 𝑥 , de forma que 𝑓 ′ (𝑥) = ln(𝑎) 𝑎 𝑥 temos que
log 𝑎 (𝑒)
ℎ′ (𝑥) = .
𝑥
1 1 1 log 𝑎 𝑒
ℎ′ (𝑥) = = = = .
𝑓 ′ (𝑓 −1 (𝑥)) ln(𝑎) 𝑎loga (𝑥) 𝑥 ln(𝑎) 𝑥
1
(ln(𝑥))′ = .
𝑥
Usando a regra da cadeia para calcular a derivada de 𝑓(𝑥) = log a (𝑔(𝑥)), onde
𝑔(𝑥) > 0 é uma função derivável, temos que
𝑔′ (𝑥)
′
(ln(𝑔(𝑥))) = .
𝑔(𝑥)
12
Lembremos das seguintes propriedades logarítmicas: 𝑎log𝑎 𝑥 = 𝑥, e log 𝑎 𝑒 = 1/ ln 𝑎.
𝑦′ 𝑛
(ln(𝑦))′ = = (𝑛 ln(𝑥))′ = .
𝑦 𝑥
𝑦′ 𝑛 𝑛 𝑛𝑥 𝑛
𝑦′ = 𝑦 ( ) = 𝑦 ( ) = 𝑥𝑛 ( ) = = 𝑛𝑥 𝑛−1 .
𝑦 𝑥 𝑥 𝑥
Outra propriedade interessante consiste que seja 𝑦 = [𝑓(𝑥)] 𝑔(𝑥) , onde 𝑔(𝑥) > 0;
aplicando logaritmo à expressão, temos que ln(𝑦) = 𝑔(𝑥) ln(𝑓(𝑥)). Derivando, temos
que
𝑦′ 𝑔(𝑥)𝑓′(𝑥)
(ln(𝑦))′ = = 𝑔′ (𝑥) ln(𝑓(𝑥)) + .
𝑦 𝑓(𝑥)
Assim,
′ (𝑥)
𝑦 ′ (𝑥) ′ (𝑥)
𝑔(𝑥)𝑓 ′ (𝑥)
𝑦 = 𝑦(𝑥) ( ) = 𝑦(𝑥) [𝑔 ln(𝑓(𝑥)) + ].
𝑦(𝑥) 𝑓(𝑥)
′
𝑔(𝑥)𝑓 ′ (𝑥)
𝑦 = [𝑓(𝑥)]𝑔(𝑥) [𝑔 ′ (𝑥)
ln(𝑓(𝑥)) + ].
𝑓(𝑥)
√𝑥𝑒 √𝑥
𝑦= 2 .
(𝑥 + 𝑥 + 1)4
Uma forma de resolver, seria primeiro aplicar a regra do quociente, e assim teríamos
que
A partir daí, aplicamos a regra da multiplicação e regra da cadeia para derivar os fatores
do numerador, e assim temos que
13
Recordemos que ln(𝑥 𝛼 ) = 𝛼 ln(𝑥).
′ ′
′
((√𝑥) 𝑒 √𝑥 + √𝑥(𝑒 √𝑥 ) )(𝑥 2 + 𝑥 + 1)4 − (√𝑥𝑒 √𝑥 )(4(𝑥 2 + 𝑥 + 1)3 (2𝑥 + 1))
𝑦 = ,
((𝑥 2 + 𝑥 + 1)4 )2
1 𝑒 √𝑥
(( ) 𝑒 √𝑥 + √ 𝑥 ( )) (𝑥 2 + 𝑥 + 1)4 − (√𝑥𝑒 √𝑥 )(4(𝑥 2 + 𝑥 + 1)3 (2𝑥 + 1))
2√𝑥 2 √𝑥
𝑦′ = ,
(𝑥 2 + 𝑥 + 1)8
𝑒 √𝑥 𝑒 √𝑥
(( ) + ( 2 ))
2√𝑥 (√𝑥𝑒 √𝑥 )((4)(2𝑥 + 1))
𝑦′ = − .
(𝑥 2 + 𝑥 + 1)4 (𝑥 2 + 𝑥 + 1)5
ln(𝑥)
ln(𝑦) = ln(√𝑥) + ln(𝑒 √𝑥 ) − 4 ln(𝑥 2 + 𝑥 + 1) = + √𝑥 − 4ln (𝑥 2 + 𝑥 + 1).
2
𝑦′ 1 1 8𝑥 + 4
= + − 2 .
𝑦 2𝑥 2√𝑥 𝑥 + 𝑥 + 1
Logo,
1 1 8𝑥 + 4 √𝑥𝑒 √𝑥 1 1 8𝑥 + 4
𝑦 ′ = 𝑦(𝑥) [ + − 2 ]= 2 4
[ + − 2 ].
2𝑥 2√𝑥 𝑥 + 𝑥 + 1 (𝑥 + 𝑥 + 1) 2𝑥 2√𝑥 𝑥 + 𝑥 + 1
𝑑
𝑦′ = sen(𝑥) = lim(0 + cos (𝑥)) = cos(𝑥).
𝑑𝑥 𝑡→0
Agora, para calcularmos a derivada de 𝑦 = cos (𝑥), devemos nos recordar que o
cosseno de um ângulo é igual ao seno de seu complemento, e de forma análoga, o seno
de um ângulo é igual ao cosseno de seu complemento, ou seja, cos(𝑥) = sen(𝜋⁄2 − 𝑥)
e sen(𝑥) = cos(𝜋⁄2 − 𝑥). Desta forma, podemos denotar que para 𝑦 = cos(𝑥), 𝑦 ′ =
(sen(𝜋⁄2 − 𝑥))′; e assim, utilizando a regra da cadeia de forma que 𝑔(𝑥) = 𝜋⁄2 − 𝑥
tal que 𝑔′ (𝑥) = −1, e já conhecendo a derivada de 𝑓(𝑥) = sen(𝑥), temos que
𝑑 𝜋
𝑦′ = cos(𝑥) = (sen(g(x)))′𝑔′ (𝑥) = cos ( − 𝑥) (−1) = − sen(𝑥).
𝑑𝑥 2
Considere que 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥) sejam funções diferenciáveis, 𝑘 seja uma constante,
𝑛 ∈ ℝ, e 𝑎 ∈ ℝ | 0 > 𝑎 ≠ 1. A Tabela 6 nos resume as principais regras de derivação
utilizadas na prática do dia a dia de um estudante de economia ou de um cientista
econômico.
Por sua vez, a Tabela 8 nos apresenta um resumo das principais regras de
derivação das funções trigonométricas. Estas já não são muito exploradas em nível de
graduação de um economista, no entanto, é bom tê-las apresentadas e resumidas.
𝒚 𝒚′
𝑘 0
𝑥 1
𝑘𝑓(𝑥) 𝑘𝑓′(𝑥)
𝑓(𝑥) ± 𝑔(𝑥) 𝑓 ′ (𝑥) ± 𝑔′(𝑥)
𝑓(𝑥)𝑔(𝑥) 𝑓 ′ (𝑥)𝑔(𝑥) + 𝑓(𝑥)𝑔′(𝑥)
𝑓(𝑥) 𝑓 ′ (𝑥)𝑔(𝑥) − 𝑓(𝑥)𝑔′(𝑥)
, 𝑔(𝑥) ≠ 0
𝑔(𝑥) (𝑔(𝑥))2
(𝑓(𝑥))𝑛 𝑛(𝑓(𝑥))𝑛−1 𝑓 ′ (𝑥)
Elaboração do autor.
𝒚 𝒚′
𝑎 𝑓(𝑥) 𝑎 𝑓(𝑥) ln(𝑎) 𝑓 ′ (𝑥)
𝑒 𝑓(𝑥) 𝑓 ′ (𝑥) 𝑒 𝑓(𝑥)
𝑓 ′ (𝑥)
log 𝑎 𝑓(𝑥) log 𝑎 (𝑒)
𝑓(𝑥)
𝑓 ′ (𝑥)
ln(𝑓(𝑥))
𝑓(𝑥)
𝑔(𝑥) 𝑓 ′ (𝑥)𝑔(𝑥)
(𝑓(𝑥)) , 𝑓(𝑥) > 0 (𝑓(𝑥)) 𝑔(𝑥) [𝑔′ (𝑥) ln(𝑓(𝑥)) + ]
𝑓(𝑥)
Elaboração do autor.
𝒚 𝒚′
sen(𝑥) cos(𝑥)
cos(𝑥) −sen(𝑥)
tg(𝑥) sec 2 (𝑥)
cotg(𝑥) −cosec 2 (𝑥)
sec(𝑥) tg(𝑥) sec(𝑥)
cosec(𝑥) −cotg(𝑥) cosec(𝑥)
Elaboração do autor.
𝒚 𝒚′
sen(𝑓(𝑥)) cos(𝑓(𝑥)) 𝑓 ′ (𝑥)
cos(𝑓(𝑥)) −sen(𝑓(𝑥)) 𝑓 ′ (𝑥)
tg(𝑓(𝑥)) sec 2 (𝑓(𝑥)) 𝑓 ′ (𝑥)
cotg(𝑓(𝑥)) −cosec 2 (𝑓(𝑥))𝑓 ′ (𝑥)
sec(𝑓(𝑥)) tg(𝑓(𝑥)) sec(𝑓(𝑥)) 𝑓 ′ (𝑥)
cosec(𝑓(𝑥)) −cotg(𝑓(𝑥)) cosec(𝑓(𝑥))𝑓 ′ (𝑥)
Elaboração do autor.
Exercício 14. Seja 𝑓(𝑥) uma função derivável, calcule 𝑓 ′ (𝑥) para (a) 𝑓(𝑥) =
𝑥 2 cos(𝑥), (b) 𝑓(𝑥) = (𝑥 2 + 1)⁄(𝑥 2 − 1), (c) 𝑓(𝑥) = 𝑥 ln(𝑥), (d) 𝑓(𝑥) = 16⁄𝑥² +
𝑥 3 cos(𝑥), e (e) 𝑓(𝑥) = ln(𝑒 √𝑥 ).
Exercício 15. Seja 𝑦 uma função derivável. Calcule 𝑦′ para (a) 𝑦 = cos(𝑒 𝑥 ) e (b) 𝑦 =
sen3 (𝑥). Vide soluções na seção final do caderno Soluções dos exercícios propostos.
𝐹(𝑥, 𝑓(𝑥)) = 0.
𝐹(𝑥, 𝑓(𝑥)) = 𝑥 3 + (1 − 𝑥 3 ) − 1 = 0.
4 4
𝐹(𝑥, 𝑓(𝑥)) = ( √1 − 𝑥) + 𝑥 − 1 = 0.
3 ± √4𝑥 + 37
𝐹(𝑥, 𝑓(𝑥)) = 𝐹 (𝑥, ) = 0.
2
Observemos que nada garante que uma função definida implicitamente seja
contínua ou derivável. Na verdade, nem sempre uma equação 𝐹(𝑥, 𝑦) = 0 define
implicitamente alguma função.
Verificamos que pode ser muito difícil (ou até mesmo impossível) explicitar
uma variável de uma função. No entanto, podemos calcular a derivada de uma função
definida implicitamente sem necessidade de explicitá-la. Para isto, usaremos novamente
a regra da cadeia. Suponha que 𝐹(𝑥, 𝑦) = 0 define implicitamente uma função
derivável 𝑦 = 𝑓(𝑥).
2 ′ 0
(𝑥 2 )′ + ((𝑓(𝑥)) ) = (1)′ ⟹ 2𝑥 + 2𝑓(𝑥)𝑓 ′ (𝑥) = 0 ⟹ 𝑥 + 𝑓(𝑥)𝑓 ′ (𝑥) = = 0.
2
Dada uma equação que definida 𝑦 implicitamente como uma função derivável
de 𝑥, calcula-se 𝑦′ do seguinte modo.
1
𝑦′ = .
2𝑦 − 3
Verifiquemos agora, para exemplificar, 𝑦′, no caso de 𝑦 = 𝑓(𝑥) ser uma função
derivável definida implicitamente pela equação 𝑥 3 − 3𝑥 2 𝑦 4 + 𝑦 3 = 6𝑥 + 1. O primeiro
passo consiste em fazer a equação de forma que 𝑦 = 𝑓(𝑥), logo temos que 𝑥 3 −
3𝑥 2 (𝑓(𝑥))4 + (𝑓(𝑥))3 = 6𝑥 + 1. Assim, derivamos cada fator da equação, de forma
que
3𝑥 2 − (6𝑥𝑦 4 + 3𝑥 2 4𝑦 3 𝑦 ′ ) + 3𝑦 2 𝑦 ′ = 6.
Podemos agora rearranjar, de forma que a equação pode ser expressa da seguinte forma
3𝑥 2 − 6𝑥𝑦 4 − 12𝑥 2 𝑦 3 𝑦 ′ + 3𝑦 2 𝑦 ′ − 6 = 0.
Definição 14. Seja 𝑓 uma função derivável. Se a derivada 𝑓′ é uma função derivável,
então sua derivada é chamada derivada segunda de 𝑓, e é denotada por (𝑓 ′ )′ = 𝑓 ′′ . Se
𝑓 ′′ é uma função derivável, então sua derivada é chamada derivada terceira de 𝑓, e é
Ou ainda
𝑑𝑦 𝑑 2 𝑦 𝑑 3 𝑦 𝑑 4 𝑦 𝑑𝑛 𝑦
𝑓 ′ (𝑥), 𝑓 ′′ (𝑥), 𝑓 ′′′ (𝑥), 𝑓 (4) (𝑥), … , 𝑓 (𝑛) = , 2 , 3 , 4 , … , 𝑛.
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑓 (1) (𝑥) = 4𝑥 3 + 6𝑥 2 + 1,
𝑓 (2) (𝑥) = 12𝑥 2 + 12𝑥,
𝑓 (3) (𝑥) = 24𝑥 + 12,
𝑓 (4) (𝑥) = 24,
𝑓 (5) (𝑥) = 0,
1
𝑓 (1) (𝑥) = −𝑥 −2 = − ,
𝑥2
2
𝑓 (2) (𝑥) = 2𝑥 −3 = ,
𝑥3
6
𝑓 (3) (𝑥) = −6𝑥 −4 = − ,
𝑥4
24
𝑓 (4) (𝑥) = 24𝑥 −5 = .
𝑥5
(−1)2 𝑛!
𝑓 (𝑛) (𝑥) = .
𝑥 𝑛+1
𝑓 (1) (𝑥) = 2𝑒 2𝑥 ,
𝑓(0,99) = 0,9801;
𝑓(0,999) = 0,998001;
𝑓(1) = 1;
𝑓(1,001) = 1,002001;
𝑓(1,01) = 1,0201.
lim|𝑓(𝑥) − 𝑦| = lim|𝑥 2 − 2𝑥 + 1| = 0.
𝑥→1 𝑥→1
Verificamos que é fácil 𝑓(0), de forma que 𝑓(0) = 1⁄14 = 1. Definimos então
𝑙(𝑥) = 𝑓(0) + 𝑓 ′ (0)𝑥. Derivando 𝑓, temos que
8
𝑓 ′ (𝑥) = ((1 + 2𝑥)−4 )′ = −4(1 + 2𝑥)−5 (2) = − .
(1 + 2𝑥)5
1
≃ 𝑙(𝑥) = 1 − 8𝑥, no intervalo 𝑥 ∈ (−𝜀, 𝜀),
(1 + 2𝑥)4
tal que 𝜀 > 0 seja pequeno. Como 0,01 ∈ (−𝜀, 𝜀), ou seja, é pequeno, então 𝑓(0,01) ≃
𝑙(0,01) = 1 − 0,01 = 0,92 graus.
tal que 𝜀 > 0 seja pequeno. Como 20,012 ∈ (20 − 𝜀, 20 + 𝜀), se 𝑡 = 20,012, então
13𝑥 − 13 13𝑥 − 7
𝑙(𝑥) = 𝑓(1) + 𝑓 ′ (1)(𝑥 − 1) = 2 + = ,
3 3
onde a expressão à primeira vista parece ser indeterminada – neste caso como do tipo
(0⁄0). É claro que podemos utilizar a noção dos limites fundamentais para calcular este
limite, mas existe uma forma mais simples. Com este objetivo, o teorema de L’Hôpital
nos indica um método para fazer desaparecer estas indeterminações e calcular limites de
uma forma mais eficiente.
𝑓 ′ (𝑥)
1. Se lim 𝑓(𝑥) = lim 𝑔(𝑥) = 0, e lim ′ = 𝐿, então
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑔 (𝑥)
𝑓(𝑥) 𝑓 ′ (𝑥)
lim = lim ′ = 𝐿.
𝑥→𝑎 𝑔(𝑥) 𝑥→𝑎 𝑔 (𝑥)
𝑓 ′ (𝑥)
2. Se lim 𝑓(𝑥) = lim 𝑔(𝑥) = ∞, e lim = 𝐿, então
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑔′ (𝑥)
𝑓(𝑥) 𝑓 ′ (𝑥)
lim = lim ′ = 𝐿.
𝑥→𝑎 𝑔(𝑥) 𝑥→𝑎 𝑔 (𝑥)
𝑓 ′ (𝑥) 𝑓 ′′ (𝑥)
lim = lim = 𝐿.
𝑥→𝑎 𝑔′ (𝑥) 𝑥→𝑎 𝑔′′ (𝑥)
Logo,
𝑓(𝑥) 𝑓 ′′ (𝑥)
lim = lim ′′ = 𝐿.
𝑥→𝑎 𝑔(𝑥) 𝑥→𝑎 𝑔 (𝑥)
𝑥 2 − 4𝑥 + 4
lim .
𝑥→+∞ 𝑥 2 − 𝑥 − 2
𝑥 2 − 4𝑥 + 4 2𝑥 − 4 2
lim 2
= lim = lim = 1.
𝑥→+∞ 𝑥 − 𝑥 − 2 𝑥→+∞ 2𝑥 − 1 𝑥→+∞ 2
𝑒𝑥 𝑒𝑥
lim 𝑓(𝑥) = lim = lim = +∞;
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ 1
𝑥2 2𝑥 2
lim 𝑔(𝑥) = lim 𝑥 = lim 𝑥 = lim 𝑥 = 0.
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 𝑒 𝑥→+∞ 𝑒 𝑥→+∞ 𝑒
√1 + 𝑥² 𝑥 √1 + 𝑥²
lim = lim = lim .
𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ √
1 + 𝑥² 𝑥→+∞ 𝑥
𝑎𝑥 − 1 𝑎 𝑥 ln(𝑎)
lim = lim = ln(𝑎).
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 1
sen(𝑥) cos(𝑥)
lim = lim = 1.
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 1
Caso (𝟎 × ∞).
ln(𝑥)
lim+ 𝑥 ln(𝑥) = lim+ .
𝑥→0 𝑥→0 1
𝑥
1
ln(𝑥) (ln(𝑥))′
lim 𝑥 ln(𝑥) = lim+ = lim+ = lim+ − 𝑥 = lim+ (−𝑥) = 0.
𝑥→0+ 𝑥→0 1 𝑥→0 1 ′ 𝑥→0 1 𝑥→0
𝑥 (𝑥 ) 𝑥2
Caso (∞ − ∞).
1 1 sen(𝑥) − 𝑥
lim+ ( − ) = lim+ .
𝑥→0 𝑥 sen(𝑥) 𝑥→0 𝑥 sen(𝑥)
Verificamos que a forma de indeterminação agora passa a ser apresentada como (0⁄0),
e assim podemos aplicar o teorema, de forma que
1 1 sen(𝑥) − 𝑥 cos(𝑥) − 1
lim+ ( − ) = lim+ = lim+
𝑥→0 𝑥 sen(𝑥) 𝑥→0 𝑥 sen(𝑥) 𝑥→0 sen(𝑥) + cos(𝑥) 𝑥
− sen(𝑥) 0 0
= lim+ = lim+ − = − = 0.
𝑥→0 cos(𝑥) − sen(𝑥) 𝑥 + cos(𝑥) 𝑥→0 2 cos(𝑥) 2
Caso (𝟏∞ ).
1 𝑥
lim (1 + ) .
𝑥→+∞ 𝑥
1 𝑥 1
ln(𝑦) = ln ((1 + ) ) = 𝑥 ln (1 + ) ;
𝑥 𝑥
1
então, lim ln(𝑦) = lim 𝑥 ln (1 + ).
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 𝑥
1
1 ln (1 + )
lim 𝑥 ln (1 + ) = lim 𝑥 .
𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ 1
𝑥
Temos agora o limite sobre a forma indeterminada do tipo (0⁄0), então aplicando o
teorema
−𝑥 −2
1 ( 1)
ln (1 + 𝑥) 1+𝑥 1 𝑥
lim = lim = lim = lim .
𝑥→+∞ 1 𝑥→+∞ −𝑥 −2 𝑥→+∞ 1 𝑥→+∞ 𝑥 + 1
1+𝑥
𝑥
𝑥 1
lim ln(𝑦) = lim = lim = 1.
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 𝑥 + 1 𝑥→+∞ 1
Como ln(𝑥) é uma função contínua em seu domínio, temos então que
1 𝑥 1 𝑥
ln ( lim (1 + ) ) = 1; lim (1 + ) = 𝑒.
𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ 𝑥
Caso (∞𝟎 ).
−𝑥
Calculemos agora lim (𝑥)𝑒 . Este é um caso da forma de indeterminação do
𝑥→+∞
−𝑥 −𝑥
tipo (∞0 ). Fazendo 𝑦 = 𝑥 𝑒 , temos que ln(𝑦) = ln(𝑥 𝑒 ) = ln(𝑥) /𝑒 𝑥 , então
ln(𝑥)
lim ln(𝑦) = lim .
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 𝑒 𝑥
ln(𝑥) 1
lim ln(𝑦) = lim 𝑥
= = 0.
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ 𝑒 𝑥 𝑒𝑥
Assim, como ln(𝑥) é uma função contínua em seu domínio, temos que
−𝑥
lim ln(𝑥 𝑒 ) = ln ( lim 𝑥 𝑒 −𝑥 ) = 0.
𝑥→+∞ 𝑥→+∞
Como 𝑦 = 𝑒 ln(𝑦) ,
−𝑥
lim (𝑥)𝑒 = 𝑒 0 = 1.
𝑥→+∞
Caso (𝟎𝟎 ).
tipo (00 ). Fazemos da mesma forma que a anterior. Seja 𝑦 = ln(𝑥 𝑥 ) = 𝑥 ln(𝑥), então
ln(𝑥)
lim 𝑥 ln(𝑥) = lim ,
𝑥→0 𝑥→0 1
𝑥
ln(𝑥) 1
lim = lim − 𝑥 = lim −𝑥 = 0.
𝑥→0 1 𝑥→0 𝑥→0
𝑥 𝑥2
lim ln(𝑥 𝑥 )
lim 𝑥 𝑥 = lim 𝑒 𝑥→0 = 𝑒 0 = 1.
𝑥→0 𝑥→0
Definição 16.
𝑑𝑦
𝑓 ′ (𝑥0 ) = .
𝑑𝑥
𝛥𝑦 − 𝑑𝑦
lim = 0.
𝑥→𝑥0 𝑥 − 𝑥0
𝑅(𝑥 − 𝑥0 )
lim = 0.
𝑥→𝑥0 𝑥 − 𝑥0
4. APLICAÇÕES DA DERIVADA
Verificamos até aqui que a derivada pode ser utilizada para se determinar retas
tangentes em determinado ponto do gráfico de uma função; e também pode ser utilizada
para aproximação linear. No entanto, sua aplicação é bem mais extensiva. Estudaremos
agora os principais casos de aplicações da derivada.
Este último exemplo nos mostra que, em geral, uma função pode ter partes do
domínio onde é crescente, e partes onde é decrescente.
Proposição 11. Seja 𝑓 uma função contínua em [𝑎, 𝑏] e derivável em (𝑎, 𝑏).
1. Se 𝑓 ′ (𝑥) > 0 para todo 𝑥 ∈ (𝑎, 𝑏), então 𝑓 é crescente em [𝑎, 𝑏].
2. Se 𝑓 ′ (𝑥) < 0 para todo 𝑥 ∈ (𝑎, 𝑏), então 𝑓 é decrescente em [𝑎, 𝑏].
Em outras palavras, se as inclinações das retas tangentes à uma curva são todas
positivas em (𝑎, 𝑏), então a inclinação da curva é para cima (positiva) e 𝑓(𝑥) é
crescente neste intervalo. Como a inclinação da reta tangente é dada por 𝑓’(𝑥),
concluímos que 𝑓(𝑥) é crescente quando 𝑓’(𝑥) > 0. Analogamente, 𝑓(𝑥) é decrescente
quando 𝑓’(𝑥) < 0. A Figura 26 nos ilustra a Proposição 11.
Figura 26 Inclinação de retas tangentes ao gráfico de funções crescente (a) e decrescente (b).
Derivando 𝑓, temos 𝑓 ′ (𝑥) = 2𝑥; logo 𝑓 ′ (𝑥) > 0 se 𝑥 > 0; e 𝑓 ′ (𝑥) < 0 se 𝑥 <
0. Logo, 𝑓 é crescente em (0, +∞) e decrescente em (−∞, 0). Observemos que 𝑓 ′ (0) =
0.
Sabemos que 𝑓 ′ (𝑥0 ) = 0 significa que que uma reta tangente ao gráfico de 𝑓 no
ponto 𝑥0 é paralela ao eixo 𝑥; isto significa que se (𝑥0 , 𝑓(𝑥0 )) é um ponto máximo ou
mínimo local, logo 𝑓 ′ (𝑥0 ) = 0 – mas esta condição não garante que 𝑥0 seja realmente
um ponto máximo ou mínimo local.
Figura 29 Retas tangentes em pontos mínimos e máximos relativos no gráfico de uma função.
Desta forma, pode-se dizer que todo ponto extremo é ponto crítico, mas a
recíproca é falsa.
Definição 20.
1. Caso exista um ponto onde uma função atinge o maior valor possível, este ponto
é chamado máximo absoluto da função. O ponto 𝑥0 é de máximo absoluto de 𝑓
quando para todo 𝑥 ∈ 𝐷𝑜𝑚(𝑓), tem-se 𝑓(𝑥0 ) ≥ 𝑓(𝑥).
2. Caso exista um ponto onde uma função atinge o menor valor possível, este
ponto é chamado de mínimo absoluto da função. O ponto 𝑥0 é de mínimo
absoluto de 𝑓 quando para todo 𝑥 ∈ 𝐷𝑜𝑚(𝑓), tem-se 𝑓(𝑥0 ) ≤ 𝑓(𝑥).
Teorema 9 (de Rolle). Seja 𝑓 ∶ [𝑎, 𝑏] ⟶ ℝ contínua e derivável em (𝑎, 𝑏), e tal
que 𝑓(𝑎) = 𝑓(𝑏). Então, existe pelo menos um 𝑥0 ∈ (𝑎, 𝑏) tal que 𝑓 ′ (𝑥0 ) = 0.
Se 𝑓 é uma função constante, então para todo 𝑥 ∈ (𝑎, 𝑏), 𝑓 ′ (𝑥) = 0 (lembremos
que a derivada de uma constante é igual a zero). Se 𝑓 não é constante, então pelo
Teorema de Weierstrass, possui pontos extremos.
Suponha que 𝑥0 é ponto máximo, então 𝑥0 ∈ (𝑎, 𝑏), ou seja, é um ponto que está
contido no intervalo entre 𝑎 e 𝑏. Caso não esteja contido dentro deste intervalo, por
exemplo, se 𝑥0 = 𝑏, teríamos que 𝑓(𝑎) ≤ 𝑥0 = 𝑓(𝑏). Mas pelo Teorema de Rolle, a
hipótese da condição de que 𝑓(𝑎) = 𝑓(𝑏) para que exista um ponto crítico no intervalo
(𝑎, 𝑏); se 𝑥0 = 𝑏, então 𝑓 seria constante (para que exista 𝑓 ′ (𝑥) = 0); logo 𝑥0 ∈ (𝑎, 𝑏).
Veremos agora um exemplo de aplicação destes teoremas.
𝑓(𝑏) − 𝑓(𝑎)
𝑓 ′ (𝑥0 ) = .
𝑏−𝑎
Sabemos que uma função constante tem derivada nula. O Teorema do Valor
Médio nos fornece a recíproca desta propriedade, como veremos a seguir.
Corolário 4.
1. Seja 𝑓 uma função contínua em [𝑎, 𝑏] e derivável em (𝑎, 𝑏). Se 𝑓 ′ (𝑥) = 0 para
todo 𝑥 ∈ (𝑎, 𝑏), então 𝑓 é constante.
2. Sejam 𝑓 e 𝑔 funções contínuas em [𝑎, 𝑏] e deriváveis em (𝑎, 𝑏). Se 𝑓 ′ (𝑥) =
𝑔′ (𝑥) para todo 𝑥 ∈ (𝑎, 𝑏), então 𝑓(𝑥) = 𝑔(𝑥) + 𝑘, onde 𝑘 é uma constante.
De fato, sejam 𝑥1 , 𝑥2 ∈ [𝑎, 𝑏]; e suponha que 𝑥1 < 𝑥2 . Pelo Teorema do Valor
Médio, temos que existe 𝑥0 ∈ (𝑥1 , 𝑥2 ) tal que 𝑓 ′ (𝑥0 )(𝑥2 − 𝑥1 ) = 𝑓(𝑥2 ) − 𝑓(𝑥1 ).
Como, por hipótese 𝑓 ′ (𝑥) = 0 para todo 𝑥, então 𝑓(𝑥1 ) = 𝑓(𝑥2 ). Como 𝑥1 e 𝑥2 são
arbitrários, temos que 𝑓 é constante.
Do Teorema do Valor Médio, temos que o carro deve ter atingido a velocidade de
𝑠 ′ (𝑡0 ) = 90𝑘𝑚/ℎ pelo menos uma vez nesse período de tempo.
Teorema 11. Seja 𝑓 uma função contínua em [𝑎, 𝑏] e derivável em (𝑎, 𝑏),
exceto possivelmente num ponto 𝑥0 .
1. Se 𝑓 ′ (𝑥) > 0 para todo 𝑥 < 𝑥0 e 𝑓 ′ (𝑥) < 0 para todo 𝑥 > 𝑥0 , então 𝑥0 é ponto
de máximo de 𝑓.
2. Se 𝑓 ′ (𝑥) < 0 para todo 𝑥 < 𝑥0 e 𝑓 ′ (𝑥) > 0 para todo 𝑥 > 𝑥0 , então 𝑥0 é ponto
mínimo de 𝑓.
Em outras palavras, uma função só terá ponto máximo se for crescente antes do
ponto e decrescente depois; e uma função só terá ponto mínimo se for decrescente antes
e crescente depois do ponto. A Figura 33 nos ilustra este teorema.
De fato, se 𝑓 ′ (𝑥) > 0 para todo 𝑥 < 𝑥0 e 𝑓 ′ (𝑥) < 0 para todo 𝑥 > 𝑥0 , então 𝑓 é
crescente em (𝑎, 𝑥0 ) e decrescente em (𝑥0 , 𝑏); logo 𝑓(𝑥) < 𝑓(𝑥0 ) para todo 𝑥 ≠ 𝑥0 ;
logo 𝑥0 é um ponto de máximo local. A prova é análoga para o ponto 𝑥0 de mínimo
local.
1 se 𝑥 > 0,
𝑓 ′ (𝑥) = {
−1 se 𝑥 < 0.
Teorema 12. Seja 𝑓 uma função duas vezes derivável, e 𝑥0 um ponto crítico de
𝑓. Assim, se
Para 𝑥 < −1, como por exemplo, para 𝑥 = −2, temos que 𝑓 ′ (−2) = 4(−2)3 −
4(−2) = −32 − (−8) = −24 < 0. Logo, 𝑓(𝑥) é decrescente para 𝑥 < −1. Para −1 <
𝑥 < 0, como por exemplo, 𝑥 = −0,5, temos que 𝑓 ′ (−0,5) = 4(−0,5)3 − 4(−0,5) =
−0,5 − (−2) = 1,5 > 0. Logo 𝑓(𝑥) é crescente para −1 < 𝑥 < 0; desta forma
podemos concluir que 𝑥 = −1 é um mínimo local. Temos que 𝑓(−1) = (−1)4 −
2(−1)2 + 12 = 1 − 2 + 12 = 11.
Verificamos já que para −1 < 𝑥 < 0, a função é crescente. Agora, para 0 < 𝑥 <
1, como por exemplo, para 𝑥 = 0,5, temos que 𝑓 ′ (0,5) = 4(0,5)3 − 4(0,5) = 0,5 −
2 = −1,5 < 0. Logo, 𝑓(𝑥) é decrescente para 0 < 𝑥 < 1; desta forma temos como
concluir que 𝑥 = 0 é um máximo local. Temos que 𝑓(0) = 04 − 2(02 ) + 12 = 12.
Tendo já verificado que para 0 < 𝑥 < 1, 𝑓(𝑥) é decrescente, nos resta agora
verificar para 𝑥 > 1, como por exemplo, 𝑥 = 2. Temos que 𝑓 ′ (2) = 4(2)3 − 4(2) =
32 − 8 = 24 > 0; logo 𝑓(𝑥) é crescente para 𝑥 > 1. Desta forma, podemos concluir
que 𝑥 = 01 é um mínimo local. Temos que 𝑓(1) = 14 − 2(12 ) + 12 = 1 − 2 + 12 =
11.
Verificamos então que o ponto (0, 12) é um ponto máximo local de 𝑓(𝑥); e os
pontos (−1, 11) e (1, 11) são pontos mínimos locais de 𝑓(𝑥).
4 ± √16 − 12
𝑥= = 2 ± 1.
2
Verificamos então que o ponto (1, 19⁄3) é um ponto de máximo local em 𝑓(𝑥),
e que o ponto (3, 5) é um ponto de mínimo local. Da mesma forma, verificamos que
𝑓(𝑥) é crescente em 𝑥 ∈ (−∞, 1) ∪ (3, +∞), e decrescente em 𝑥 ∈ (1, 3).
Exercício 20. Através do teste da derivada primeira, verifique, caso existam, os pontos
2
de mínimos e máximos locais de 𝑓(𝑥) = 𝑒 −𝑥 . Verifique também os intervalos de
crescimento e decrescimento de 𝑓(𝑥). Vide solução na seção final do caderno Soluções
dos exercícios propostos.
podemos calcular os pontos críticos fazendo com que 𝑓 ′ (𝑥) = 0, ou seja, resolvendo a
equação 2𝑎𝑥 + 𝑏 = 0. Temos então que 𝑥 = −𝑏/2𝑎 como sendo único ponto crítico de
𝑓. Temos que a derivada segunda, 𝑓 ′′ (𝑥) = 2𝑎. Foi definido que 𝑎 ≠ 0, assim
Verificamos que 𝑓 ′ (𝑥) = 0, caso o numerador de 𝑓′(𝑥) seja igual a zero. Pelo
primeiro fator 𝑥 3 , verificamos que 𝑓 ′ (𝑥) = 0 se 𝑥 = 0. Para o segundo fator (3𝑥 2 − 4),
verificamos que 3𝑥 2 − 4 = 0 se 𝑥 = ±√4⁄3 = ±2/√3. Logo, temos que 𝑥 = 0, 𝑥 =
−2/√3, e 𝑥 = 2/√3 são os pontos críticos de 𝑓. Todos estes pontos estão contidos no
intervalo de [−2, 2].
2 2
𝑓 ′′ (− ) = 𝑓 ′′ ( ) > 0,
√3 √3
e assim podemos concluir que 𝑥 = −2/√3 e 𝑥 = 2/√3 são pontos de mínimo relativo
de 𝑓. Como 𝑓 ′′ (0) = 0, devemos utilizar então o teste da derivada primeira.
Verifiquemos um ponto − 2⁄√3 < 𝑥 < 0, como por exemplo, 𝑥 = −1. Temos
que 𝑓 ′ (−1) = ((−1)3 (3(−1)2 − 4))⁄2 = (−1)(−1)⁄2 = 1⁄2 > 0; logo 𝑓(𝑥) é
crescente para este intervalo. Verifiquemos agora um ponto 0 < 𝑥 < 2/√3, como por
exemplo, 𝑥 = 1. Temos que 𝑓 ′ (1) = (13 (3(1)2 − 4))⁄2 = (1)(−1)⁄2 = − 1⁄2 < 0;
logo 𝑓(𝑥) é decrescente para este intervalo. Logo 𝑓(𝑥) = 0 é um ponto de máximo
relativo de 𝑓.
Por outro lado, temos que 𝑓(±2) = 10; logo 𝑥 = −2 e 𝑥 = 2 são pontos de
máximo absolutos, e 𝑥 = −2/√3 e 𝑥 = 2/√3 são pontos de mínimo absolutos. A
Figura 34 nos ilustra o resultado deste exemplo.
′ (𝑥)
3𝑥 2 12 − 12𝑥 + 3𝑥 2 3(𝑥 − 2)2
𝑓 = 6 − 6𝑥 + = = .
2 2 2
Exercício 22. Usando o teste da derivada segunda, classifique os pontos críticos, caso
existam, das funções (a) 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 − 6𝑥 2 + 9𝑥 − 1, e (b) 𝑓(𝑥) = 𝑥 ln(𝑥). Vide
soluções na seção final do caderno Soluções dos exercícios propostos.
Por exemplo, considere 𝑓(𝑥) = 𝑥 4 , temos que a derivada primeira seja 𝑓 ′ (𝑥) =
4𝑥 3 ; e assim verificamos que temos o ponto crítico 𝑥 = 0 que satisfaz a condição14 de
𝑓 ′ (𝑥) = 0, A derivada segunda é obtida por 𝑓 ′′ (𝑥) = 12𝑥 2 .
Verificamos que 𝑓 ′′ (0) = 0. 𝑓 ′′′ (𝑥) = 24𝑥, e 𝑓 (4) (𝑥) = 24 > 0. Logo, como 𝑛
é par, e 𝑓 (𝑛) (0) > 0, então o ponto (0, 0) é ponto mínimo local.
14
Na literatura, a condição de 𝑓 ′ (𝑥) = 0 é chamada de condição de primeira ordem (CPO), ou pela sigla
(FOC) em inglês, que significa “first-order condition”.
Definição 21.
1. 𝑓 é dita côncava para cima, ou com concavidade voltada para cima (CVC) em
𝐷 se 𝑓 ′ (𝑥) é crescente em 𝐷.
2. 𝑓 é dita côncava para baixo, ou com concavidade voltada para baixo (CVB) em
𝐷 se 𝑓 ′ (𝑥) é decrescente em 𝐷.
Assim, para que 𝑓 ′′ (𝑥) seja maior do que zero, temos que 6𝑥 2 − 1 > 0, de
forma que 6𝑥 2 > 1; 𝑥 2 > 1/6; e assim 𝑥 > 1⁄±√6 = |1⁄√6|. Isto implica que nos
pontos de 𝑥 > 1/√6 e 𝑥 < −1/√6, 𝑓(𝑥) tem concavidade voltada para cima.
Da mesma forma, para que 𝑓 ′′ (𝑥) seja menor do que zero, temos que 𝑥 2 <
1⁄±√6 = |1⁄√6|. Isto implica que entre os pontos de abscissa − 1⁄√6 e 1/√6, 𝑓(𝑥)
tem concavidade voltada para baixo.
𝑓 ′′ (𝑥) = 0,
Em outras palavras, pontos de inflexão são aqueles em que uma curva muda sua
concavidade. Note que se 𝑓 ′′ (𝑥0 ) = 0 e 𝑓 (3) (𝑥0 ) ≠ 0, então 𝑥0 é um ponto de inflexão;
e que num ponto de inflexão, não necessariamente existe a segunda derivada da função.
Para que isto seja exemplificado, considere 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 . Temos que 𝑓 ′ (𝑥) = 2𝑥,
e 𝑓 ′′ (𝑥) = 2 > 0 para todo 𝑥. Logo, não há ponto de inflexão para 𝑓(𝑥). No entanto,
como 𝑓 ′′ (𝑥) > 0 para todo 𝑥, esta função tem concavidade voltada para cima em todo
seu domínio.
Exercício 23. Verifique a existência de pontos de inflexão e regiões onde a função tem
concavidade voltada para cima, e concavidade voltada para baixo para (a) 𝑓(𝑥) = 𝑥 5⁄3 ,
e (b) 𝑓(𝑥) = 𝑥𝑒 −𝑥 . Vide solução na seção final do caderno Soluções dos exercícios
propostos.
i. Determinar o 𝐷𝑜𝑚(𝑓).
ii. Calcular os pontos de interseção do gráfico com os eixos das coordenadas.
iii. Calcular os pontos críticos.
iv. Determinar se existem pontos de máximo e mínimo.
v. Estudar a concavidade e determinar os pontos de inflexão.
vi. Determinar se a curva possui assíntotas15.
vii. E finalmente, esboçar o gráfico.
15
Ver seção 2.7. Lembremos que assíntota vertical consiste no estudo do limite nos casos de
indeterminação de uma função, ou seja, em pontos que não fazem parte de seu domínio; e a assíntota
horizontal estuda o caso dos limites de ±∞ da função.
2𝑥 2 − (𝑥 2 + 4) 𝑥 2 − 4
𝑓 ′ (𝑥) = = .
𝑥2 𝑥2
′′ (𝑥)
2𝑥 3 − (𝑥 2 − 4)2𝑥 2𝑥 3 − 2𝑥 3 + 8𝑥 8𝑥 8
𝑓 = = = = .
𝑥4 𝑥4 𝑥4 𝑥3
Verificamos então que 𝑓 ′′ (−2) < 0, e 𝑓 ′′ (2) > 0; logo 𝑥 = −2 é um ponto de máximo
local, e 𝑥 = 2 é um ponto de mínimo local de 𝑓.
Quinto passo. Verificamos que não existe 𝑓 ′′ (𝑥) = 0, mas podemos verificar que para
𝑥 > 0, 𝑓 ′′ (𝑥) > 0, logo 𝑓 tem concavidade voltado para cima e (0, +∞); e para 𝑥 < 0,
𝑓 ′′ (𝑥) < 0, logo 𝑓 tem concavidade voltado para baixo e (−∞, 0). Como 𝑓(𝑥) não está
definida para 𝑥 = 0, não há ponto de inflexão.
Sexto passo. Como 𝐷𝑜𝑚(𝑓) = ℝ − {0}, verificamos primeiro o caso das assíntotas
verticais, ou seja, quando 𝑥 → 0+ e 𝑥 → 0− , nos casos de indeterminação. Temos então
que
𝑥2 + 4 𝑥2 + 4
lim− = −∞; e lim+ = +∞.
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥
𝑥2 + 4 𝑥2 + 4
lim = +∞; e lim = −∞.
𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→−∞ 𝑥
𝑥2 + 4
𝑓(𝑥) = .
𝑥
Segundo passo. Para 𝑥 = 0, temos que 𝑦 = 𝑓(0) = −1; logo a curva passa pelo ponto
(0, −1).
2𝑥(𝑥 2 − 1) − 2𝑥(𝑥 2 + 1) 2𝑥 3 − 2𝑥 − 2𝑥 3 − 2𝑥 4𝑥
𝑓 ′ (𝑥) = = = − .
(𝑥 2 − 1)2 (𝑥 2 − 1)2 (𝑥 2 − 1)2
Quinto passo. Verificamos que não existe 𝑓 ′′ (𝑥) = 0, pois não existe nenhuma solução
que satisfaça a equação 12𝑥 2 + 4 = 0, mas podemos verificar que 𝑓 ′′ (𝑥) > 0 para 𝑥 >
1 e para 𝑥 < −1. Isto é verificável, pois o numerador de 𝑓′′(𝑥), dado por 12𝑥 2 + 4 é
maior que zero para qualquer valor de 𝑥. Já para o denominador de 𝑓 ′′ (𝑥), expresso por
(𝑥 2 − 1)3 , como 𝑥 é elevado ao quadrado, a expressão é positiva sempre que |𝑥 2 | > 1.
Logo a função tem concavidade voltada para cima para 𝑥 ∈ (−∞, −1) ∪ (1, +∞).
Podemos também verificar que 𝑓 ′′ (𝑥) < 0 quando a expressão (𝑥 2 − 1)3 < 0.
Isto ocorre quando 𝑥 2 − 1 < 0, ou seja, quando 𝑥 2 < 1, ou 𝑥 < |1|. Assim, 𝑓 tem
concavidade voltada para baixo em (−1, 1). Como ±1 ∉ 𝐷𝑜𝑚(𝑓), então o gráfico de 𝑓
não possui pontos de inflexão.
Sexto passo. Como 𝐷𝑜𝑚(𝑓) = ℝ − {−1, 1}, verificamos primeiro o caso das assíntotas
verticais, ou seja, quando 𝑥 → −1+ , 𝑥 → −1− , 𝑥 → 1+ e 𝑥 → 1− ; ou seja, nos casos em
que a função não está determinada em seu domínio. Temos então que
𝑥2 + 1 𝑥2 + 1
lim = +∞; e lim = −∞.
𝑥→−1− 𝑥 2 − 1 𝑥→−1+ 𝑥 2 − 1
𝑥2 + 1 𝑥2 + 1
lim = −∞; e lim+ 2 = +∞.
𝑥→1− 𝑥 2 − 1 𝑥→1 𝑥 − 1
𝑥2 + 1 𝑥2 + 1
lim = 1; e lim = 1.
𝑥→+∞ 𝑥 2 − 1 𝑥→−∞ 𝑥 2 − 1
Sétimo passo. Esboçaremos agora este gráfico. Verificamos no quarto passo que 𝑥 = 0
é um ponto de máximo local, logo a função passa pelo ponto de (0, −1) como máximo
local com concavidade voltada para baixo (vide quinto passo).
𝑥2 + 1
𝑓(𝑥) = .
𝑥2 − 1
Primeiro passo. Verificamos que a função não está definida quando 𝑥 2 − 4 = 0; logo
𝐷𝑜𝑚(𝑓) = ℝ − {−2, 2}.
(2𝑥)(𝑥 2 − 4) − (𝑥 2 )(2𝑥) 2𝑥 3 − 8𝑥 − 2𝑥 3 8𝑥
𝑓 ′ (𝑥) = 2 2
= 2 2
=− 2 = 0.
(𝑥 − 4) (𝑥 − 4) (𝑥 − 4)2
Logo, o ponto crítico da função é determinado em 𝑥 = 0.
′′ (𝑥)
(−8)(𝑥 2 − 4)2 − (−8𝑥)(2𝑥)(2)(𝑥 2 − 4) (−8)(𝑥 2 − 4) − (−8𝑥)(2𝑥)(2)
𝑓 = =
(𝑥 2 − 4)4 (𝑥 2 − 4)3
−8𝑥 2 + 32 + 32𝑥 2 24𝑥 2 + 32
= = 2 .
(𝑥 2 − 4)3 (𝑥 − 4)3
Quinto passo. Verificamos que não existe 𝑥 para que 𝑓 ′′ (𝑥) = 0, e também não que
𝑓 ′′ (𝑥) não está definida para 𝑥 = ±2. Verificamos então o comportamento de 𝑓′′(𝑥)
para os intervalos de (−∞, −2), (−2, 0), (0, 2), e (2, +∞). Para facilitar o cálculo,
utilizaremos os valores de −3, −1, 1, e 3 para 𝑥, e assim temos que
Verificamos então que nos intervalos (−∞, −2) ∪ (2, +∞) a curva tem CVC, e
no intervalo (−2, 2) a curva tem CVB; e como o ponto maximizante está contido no
intervalo em que a curva tem CVB; logo não há ponto de inflexão.
Sexto passo. Verificamos primeiro as assíntotas verticais, definidas pelos limites laterais
dos pontos onde a função não é definida; logo temos que
𝑥2 𝑥2
lim = +∞; lim = −∞;
𝑥→−2− 𝑥 2 − 4 𝑥→−2+ 𝑥 2 − 4
𝑥² 𝑥2
lim− = −∞; lim = +∞.
𝑥→2 𝑥² − 4 𝑥→2+ 𝑥 2 − 4
𝑥² 𝑥²
lim = lim = 1.
𝑥→±∞ 𝑥² − 4 𝑥→±∞ 𝑥²
Elaboração do autor.
3
Exercício 24. Esboce o gráfico da função 𝑦 = 𝑓(𝑥) = √𝑥 2 (1 − 𝑥 2 ).
Exercício 25. A forma de uma colina pode ser descrita pela equação 𝑦 = −𝑥 2 + 17𝑥 −
66, (6 ≤ 𝑥 ≤ 11). Considere um asqueroso professor de cálculo, munido de um rifle de
alta precisão, localizado num ponto (2, 0). A partir de que ponto, na colina, um
estudante de cálculo estará 100% seguro?
Exercício 26. Sabendo que 𝑓(𝑥) = 𝑥⁄(𝑥 2 − 9), (a) determine o domínio de 𝑓 e
encontre a interseção com os eixos; (b) encontre, se existir, as assíntotas horizontais e
verticais ao gráfico de 𝑓; (c) determine, se existir, os intervalos de crescimento e
decrescimento, e os máximos e mínimos locais; (d) calcule os pontos de inflexão, se
existirem, e estude a concavidade; (e) e faça um esboço do gráfico de 𝑓. Vide soluções
na seção final do caderno Soluções dos exercícios propostos.
Nesta seção não será apresentado nenhum teorema ou definição nova, mas
seguirá de forma a apresentar exemplos de aplicação.
Exemplo 1. Determine dois números reais positivos cuja soma é 70 e tal que seu
produto seja o maior possível.
Considere 𝑥, 𝑦 > 0 tal que 𝑥 + 𝑦 = 70; logo, 𝑥, 𝑦 ∈ [0,70]. O produto pode ser
denotado por 𝑃 = 𝑥𝑦, e esta será a função que deveremos maximizar. Como 𝑦 = 70 −
𝑥, substituindo em 𝑃, temos que 𝑃(𝑥) = 𝑥𝑦 = 𝑥(70 − 𝑥) = 70𝑥 − 𝑥 2 .
Exemplo 2. Uma lata cilíndrica sem tampa superior tem volume de 5𝑐𝑚3 . Determina
as dimensões da lata, de modo que a quantidade de material para sua fabricação seja
mínima. A Figura 41 nos ilustra o formato de uma lata cilíndrica.
𝐴 = 𝐴1 + 𝐴2 = 2𝜋𝑟ℎ + 𝜋𝑟 2 .
10
𝐴(𝑟) = + 𝜋𝑟 2 .
𝑟
10
𝐴′ (𝑟) = − + 2𝜋𝑟 = 0.
𝑟2
Devemos então isolar 𝑟, de forma que −10𝑟 −2 + 2𝜋𝑟 = 0; assim multiplicamos os dois
lados da equação por 𝑟 2 , e temos que −10𝑟 0 + 2𝜋𝑟 3 = 0𝑟 2 = 0. Temos então que
5 5 5 5 125 5
ℎ= = = = 3 ⇒ ℎ3 = = ;
3
𝜋( √5⁄𝜋)2 52 3 √25𝜋 25𝜋 𝜋
√𝜋 25
3 3
𝜋√
𝜋2 𝜋2
3
ℎ = √5⁄𝜋 .
3
Logo, as dimensões da lata são 𝑟 = ℎ = √5⁄𝜋 cm.
Aplicando a fórmula de Bhaskara, temos que 𝑥 = 6 e 𝑥 = 5/3. Como 6 ∉ (0, 4), temos
que 𝑥0 = 5/3 seja o único ponto crítico de 𝑉 . Fazendo a derivada segunda, temos que
𝑉 ′′ (𝑥) = 24𝑥 − 92; e podemos verificar que 𝑉 ′′ (𝑥0 ) < 0, logo 𝑥0 é um ponto
maximizante.
Exemplo 4. Um tanque cônico de aço, sem tampa, tem capacidade de 1000 𝑚3. Seja
determinado as dimensões do tanque que minimiza a quantidade de aço usado na sua
fabricação. A Figura 43 nos ilustra este problema.
A área do cone é definida por 𝐴1 = 𝜋𝑟𝑙, em que pela regra trigonométrica básica
do teorema de Pitágoras, 𝑙 2 = 𝑟 2 + ℎ2 , logo 𝑙 = √𝑟 2 + ℎ2 ; e assim 𝐴1 = 𝜋𝑟√𝑟 2 + ℎ2 .
Por outro lado, o volume do tanque é de 1000 𝑚3; logo 1000 = 𝑉 = 𝜋𝑟 2 ℎ/3, e assim
ℎ = 3000/𝜋𝑟 2 . Substituindo ℎ na expressão que queremos minimizar, temos que
(3000)2
𝐴1 = 𝜋𝑟√𝑟 2 + .
𝜋2𝑟4
2𝑘
𝐴′ (𝑟) = 4𝜋 2 𝑟 3 − = 0,
𝑟3
2𝑘 𝑘
4𝜋 2 𝑟 6 − 2𝑘 = 0 ⟹ 𝑟 6 = 2
= 2;
4𝜋 2𝜋
6 𝑘
𝑟=√ .
2𝜋 2
Fazendo a segunda derivada, temos que 𝐴′′ (𝑟) = 12𝜋 2 𝑟 2 + 6𝑘𝑟 −6 > 0 para
6
todo16 𝑟. Logo 𝑟 = √𝑘⁄2𝜋 2 é um ponto crítico e extremal minimizante. Como o
6
volume é dado por 𝜋𝑟 2 ℎ⁄3 = 1000, e 𝑟 = √(3000)2 ⁄2𝜋 2 , temos que
3000 3000
ℎ= 2 = 3
.
6
𝜋 ( √(3000)2 ⁄2𝜋 2 ) 𝜋 √(3000)2 ⁄2𝜋 2
6
Assim, as dimensões do tanque será de 𝑟 = √(3000)2 ⁄2𝜋 2 ≅ 8,773 𝑚, ℎ =
3
√6000⁄𝜋 ≅ 12,407 𝑚, e 𝐴1 = 𝜋𝑟√𝑟 2 + ℎ2 ≅ 418,8078 𝑚2.
16
Na matemática, a expressão “para todo” pode ser expressa pelo símbolo ∀.
direto até o ponto 𝐵, ou até qualquer outro ponto desta praia e depois prosseguir
caminhando. Seja determinado a forma com que o pescador chegue ao depósito no
menor tempo possível. A Figura 44 nos ilustra este problema.
√4 + 𝑥 2 3 − 𝑥
𝑓(𝑥) = + .
5 13
Devemos isolar 𝑥 desta equação; para retirarmos a raiz, podemos elevar os termos ao
quadrado, de forma que
𝑥2 1 𝑥2 1
2
− = 2
− = 0;
25(4 + 𝑥 ) 169 100 + 25𝑥 169
169𝑥 2 − 25𝑥 2 − 100 = 144𝑥 2 − 100 = 0;
100 100 10 5
𝑥2 = ; 𝑥=√ =± =± .
144 144 12 6
2𝑥(5) 5𝑥 2
5√4 + 𝑥 2 − 𝑥 ( ) 5√4 + 𝑥 2 −
2√4 + 𝑥 2 √4 + 𝑥 2
𝑓 ′′ (𝑥) = 2 =
(5√4 + 𝑥 2 ) 25(4 + 𝑥 2 )
5𝑥 2 √4 + 𝑥 2
5(√4 + 𝑥 2 )(√4 + 𝑥 2 ) − 2 2
√4 + 𝑥 2 = 5(4 + 𝑥 ) − 5𝑥
= 3
25(4 + 𝑥 2 )√4 + 𝑥 2 25(4 + 𝑥 2 )2
20 + 5𝑥 2 − 5𝑥 2 20 4
= 3 = 3 = 3 > 0 ∀ 𝑥 ∈ ℝ.
25(4 + 𝑥 2 )2 25(4 + 𝑥 2 )2 5(4 + 𝑥 2 )2
Verificamos então que os pontos críticos são extremais minimizantes; mas como
𝑥 não pode ser negativo, temos que 𝑥 = 5⁄6 𝑘𝑚. Note que caso o pescador tivesse
feito o percurso todo a pé, ele teria percorrido 5 𝑘𝑚, e à velocidade de 13 𝑘𝑚/ℎ, ele
teria feito o percurso no tempo de em torno de 0,385 ℎ ou 23 𝑚𝑖𝑛.
Esta ressalva nos explica o do porque o ponto 𝑥 com valor negativo ser também
minimizante – ou seja, uma suposta e possível distância nadada negativa, faria com que
o tempo gasto fosse mais rápido.
Exercício 28. Os pontos 𝐴 e 𝐵 são opostos um ao outro nas margens de um rio reto que
mede 3 𝑘𝑚 de largura. Um ponto 𝐶 está na mesma margem que 𝐵, mas 6 𝑘𝑚 rio abaixo
de 𝐵. Uma companhia telefônica deseja estender um cabo de 𝐴 até 𝐶. Se o custo por 𝑘𝑚
do cabo é 25% mais caro sob a água do que em terra, que linha de cabo minimizará o
custo da instalação para a companhia? Vide soluções na seção final do caderno
Soluções dos exercícios propostos.
5. INTEGRAÇÃO INDEFINIDA
Definição 23. Uma função 𝐹(𝑥) é chamada uma primitiva da função 𝑓(𝑥) no intervalo
𝐼 se para todo 𝑥 ∈ 𝐼, tem-se
𝐹 ′ (𝑥) = 𝑓(𝑥).
Seja 𝑓(𝑥) = cos (𝑥); então 𝐹(𝑥) = sen(𝑥) + 𝑐, para todo 𝑐 ∈ ℝ é uma
primitiva de 𝑓; pois de fato, 𝐹 ′ (𝑥) = cos(𝑥) = 𝑓(𝑥).
Em outras palavras, duas primitivas de uma função diferem por uma constante.
Logo, se conhecemos uma primitiva de uma função, também conhecemos todas as
primitivas da função; pois de fato, basta somar uma constante à primitiva conhecida
para obter as outras.
Por exemplo, seja 𝑓(𝑥) = cos(𝑥). Uma primitiva desta função é 𝐹(𝑥) =
sen (𝑥); e toda primitiva de 𝑓 é do tipo 𝐺(𝑥) = sen(𝑥) + 𝑐, 𝑐 ∈ ℝ. A Figura 45 ilustra
este exemplo.
Podemos verificar através da Figura 45 que às retas tangentes que passam num
mesmo ponto 𝑥 dos gráficos de qualquer primitiva de função, possuem mesma
inclinação.
∫ 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 = 𝐹(𝑥) + 𝑐.
Note que
em particular,
∫ 𝑓 ′ (𝑥) 𝑑𝑥 = 𝑓(𝑥) + 𝑐.
1
∫ [10𝑒 𝑥 + 4 ] 𝑑𝑥.
√𝑥
1 𝑑𝑥
∫ [10𝑒 𝑥 + 4 ] 𝑑𝑥 = 10 ∫ 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 + ∫ 4 .
√𝑥 √𝑥
4 ′ 4
Como [𝑒 𝑥 ]′ = 𝑒 𝑥 , e (4⁄3)[ √𝑥 3 ] = 1/ √𝑥, então
1 44
∫ [10𝑒 𝑥 + 4 ] 𝑑𝑥 = 10𝑒 𝑥 + √𝑥 3 + 𝑐.
√𝑥 3
𝑑𝑥 𝑑𝑥
2. ∫ = ln(|𝑥|) + 𝑐; 10. ∫ = arcsen(𝑥) + 𝑐;
𝑥 √1 − 𝑥 2
𝛼
𝑥 𝛼+1 𝑑𝑥
3. ∫ 𝑥 𝑑𝑥 = + 𝑐, 11. ∫ = arctg(𝑥) + 𝑐;
𝛼+1 1 + 𝑥2
𝛼 ∈ ℝ − {−1}; 𝑑𝑥
12. ∫ = arcsec(𝑥) + 𝑐;
𝑎𝑥 𝑥√𝑥 2 − 1
4. ∫ 𝑎 𝑥 𝑑𝑥 = + 𝑐, 𝑎 > 0, 𝑎 ≠ 1;
ln(𝑎) 𝑑𝑥
13. ∫ = argsenh(𝑥) + 𝑐;
√1 + 𝑥 2
5. ∫ 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑒 𝑥 + 𝑐;
𝑑𝑥
14. ∫ = argcosh(𝑥) + 𝑐;
√𝑥 2 − 1
6. ∫ sen(𝑥) 𝑑𝑥 = − cos(𝑥) + 𝑐;
𝑑𝑥
15. ∫ = −argsech(|𝑢|) + 𝑐.
7. ∫ cos(𝑥) 𝑑𝑥 = sen(𝑥) + 𝑐; 𝑥√1 − 𝑥 2
Regra da soma.
𝑥 𝑛+1
∫ 𝑥 𝑛 𝑑𝑥 = + 𝑐.
𝑛+1
1 𝑘𝑥
∫ 𝑒 𝑘𝑥 𝑑𝑥 = 𝑒 + 𝑐.
𝑘
1 𝑑𝑥
∫ 𝑑𝑥 = ∫ = ln|𝑥| + 𝑐.
𝑥 𝑥
2𝑥 6 8𝑥 4 3𝑥 3 5𝑥
2 ∫ 𝑥 5 𝑑𝑥 + 8 ∫ 𝑥 3 𝑑𝑥 − 3 ∫ 𝑥 2 𝑑𝑥 + 5 ∫ 𝑑𝑥 = + − + +𝑐
6 4 3 1
𝑥6
= + 2𝑥 4 − 𝑥 3 + 5𝑥 + 𝑐.
3
∫ 3 𝑑𝑥 = 3𝑥 + 𝑐.
𝑥 3+1 4𝑥 4
4 ∫ 𝑥 3 𝑑𝑥 = 4 +𝑐 = + 𝑐 = 𝑥 4 + 𝑐.
3+1 4
1
4º Caso. Calcularemos ∫ √𝑥 𝑑𝑥. Observa-se que ∫ √𝑥 𝑑𝑥 = ∫ 𝑥 2 𝑑𝑥. Assim, utilizando
a regra da potência, temos que
3 3
1 𝑥2 2𝑥 2
∫ √𝑥 𝑑𝑥 = ∫ 𝑥2 𝑑𝑥 = +𝑐 = + 𝑐.
3 3
2
𝑒 3𝑥
∫ 𝑒 3𝑥 𝑑𝑥 = + 𝑐.
3
2 𝑑𝑥
∫ 𝑑𝑥 = 2 ∫ = 2 ln|𝑥| + 𝑐.
𝑥 𝑥
8º Caso. Calcularemos ∫[2𝑥 ⁄(𝑥 2 + 1)] 𝑑𝑥. Neste caso, se utilizarmos a regra da
multiplicação por constante, obtemos que ∫[2𝑥 ⁄(𝑥 2 + 1)] 𝑑𝑥 = 2 ∫[𝑥⁄(𝑥 2 + 1)] 𝑑𝑥.
No entanto, não temos como aplicar a regra do logaritmo natural logo de cara. De fato,
podemos identificar que ∫[2𝑥 ⁄(𝑥 2 + 1)] 𝑑𝑥 = ln|𝑥 2 + 1| + 𝑐; pois (ln|𝑥 2 + 1| +
𝑐)′ = 2𝑥/(𝑥 2 + 1). Mas para resolvermos, precisaremos utilizar de métodos de
integração, como veremos a seguir.
Nesta seção, serão apresentados os métodos mais utilizados que nos permitirão
determinar uma grande quantidade de integrais não imediatas. Mas antes disto, é
importante salientar três regras básicas de integral indefinida. Primeiro, consideramos
que
∫ 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 = 𝐹(𝑥) + 𝑐.
𝐹(𝐴𝑥)
∫ 𝑓(𝐴𝑥) 𝑑𝑥 = +𝑐;
𝐴
∫ 𝑓(𝑥 + 𝐵) 𝑑𝑥 = 𝐹(𝑥 + 𝐵) + 𝑐;
1
∫ 𝑓(𝐴𝑥 + 𝐵) 𝑑𝑥 = 𝐹(𝐴𝑥 + 𝐵) + 𝑐.
𝐴
(3𝑥)3
∫(3𝑥)2 𝑑𝑥 = + 𝑐 = 3𝑥 3 + 𝑐.
3×3
Desta forma, resolvemos este problema sem utilizar a regra da multiplicação por
constante. Calculemos agora ∫ √3𝑥 𝑑𝑥. Como √3𝑥 = √3√𝑥, podemos utilizar a regra
da multiplicação por constante, de forma que ∫ √3𝑥 𝑑𝑥 = √3 ∫ √𝑥 𝑑𝑥; e utilizando a
regra da potência, temos que
3
√3𝑥 2 2√3√𝑥 3 2√3𝑥 3
√3 ∫ √𝑥 𝑑𝑥 = +𝑐 = +𝑐 = + 𝑐.
3 3 3
2
Observe que a regra do exponencial faz uso desta regra básica. Por exemplo, no 5º Caso
apresentado na seção 5.2, onde se calcula ∫ 𝑒 3𝑥 𝑑𝑥, pode-se fazer com que 𝑓(𝑥) = 𝑒 𝑥 , e
𝐴 = 3; e assim ∫ 𝑒 3𝑥 𝑑𝑥 = 𝑒 3𝑥 ⁄3 + 𝑐.
1
∫ 𝑑𝑥 = ln|𝑥 + 5| + 𝑐.
𝑥+5
𝑒 3𝑥−7
∫ 𝑒 3𝑥−7 𝑑𝑥 = + 𝑐.
3
1 ln|4𝑥 + 7|
∫ 𝑑𝑥 = + 𝑐.
4𝑥 + 7 4
Considere agora que 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 , 𝐴 = 4 e 𝐵 = 1; assim 𝑓(𝐴𝑥 + 𝐵) = (4𝑥 + 1)2 .
Assim, podemos resolver que
Sejam 𝐹 uma primitiva de 𝑓 num intervalo 𝐼 e 𝑔 uma função derivável tal que
𝐹 ∘ 𝑔 esteja definida. Usando a regra da cadeia, temos que (𝐹(𝑔(𝑥)))′ =
𝐹 ′ (𝑔(𝑥))𝑔′ (𝑥) = 𝑓(𝑔(𝑥))𝑔′ (𝑥), então
2𝑥 𝑑𝑢
∫[ ] 𝑑𝑥 = ∫ = ln|𝑢| + 𝑐 = ln|𝑥 2 + 1| + 𝑐.
(𝑥 2+ 1) 𝑢
Resolvemos agora, por exemplo, ∫ sen2 (𝑥) cos(𝑥) 𝑑𝑥. Fazendo com que 𝑢 =
sen(𝑥), então 𝑑𝑢 = cos(𝑥) 𝑑𝑥. Substituindo na integral, temos que
𝑢3 sen3 (𝑥)
∫ sen2 (𝑥) cos(𝑥) 𝑑𝑥 = ∫ 𝑢2 𝑑𝑢 = +𝑐 = + 𝑐.
3 3
𝑑𝑥 𝑑𝑢 1 𝑑𝑢 1 −7
1 𝑢−6 1
∫ 7
= ∫ 7
= ∫ 7
= ∫ 𝑢 𝑑𝑢 = +𝑐 =− +𝑐
(3𝑥 + 7) 3𝑢 3 𝑢 3 3 (−6) 18𝑢6
1
=− .
18(3𝑥 + 7)6
17
Considerando 𝑢 = 𝑥 2 + 1, temos que 𝑢′ = 𝑑𝑢⁄𝑑𝑥 = 2𝑥; logo 𝑑𝑢 = 2𝑥 𝑑𝑥.
ln(𝑥) 𝑢2 (ln(𝑥))2
∫[ ] 𝑑𝑥 = ∫ 𝑢 𝑑𝑢 = +𝑐 = + 𝑐.
𝑥 2 2
2
(𝑎) ∫ 2𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥 ,
2
(𝑏) ∫ 𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥 ,
𝑥 𝑑𝑥
(𝑐) ∫ ,
√𝑥 + 1
𝑑𝑥
(𝑑) ∫ ,
√1 + 3√𝑥
𝑥2 + 1
(𝑒) ∫ 3 𝑑𝑥.
√𝑥 + 3
Fazemos então que 𝑢 = 𝑓(𝑥) e 𝑑𝑣 = 𝑔′ (𝑥) 𝑑𝑥; e assim temos que 𝑑𝑢 = 𝑓 ′ (𝑥) 𝑑𝑥 e
𝑣 = 𝑔(𝑥). Logo,
𝑑𝑥
∫ ln(𝑥) 𝑑𝑥 = ∫ 𝑢 𝑑𝑣 = 𝑢𝑣 − ∫ 𝑣 𝑑𝑢 = 𝑥 ln(𝑥) − ∫ 𝑥 = 𝑥 ln(𝑥) − 𝑥 + 𝑐.
𝑥
𝑥𝑒 2𝑥 𝑒 2𝑥 𝑥𝑒 2𝑥 1
∫ 𝑥 𝑒 2𝑥 𝑑𝑥 = ∫ 𝑢 𝑑𝑣 = 𝑢𝑣 − ∫ 𝑣 𝑑𝑢 = −∫ 𝑑𝑥 = − ∫ 𝑒 2𝑥 𝑑𝑥
2 2 2 2
𝑥𝑒 2𝑥 1 𝑒 2𝑥 𝑥𝑒 2𝑥 𝑒 2𝑥
= − +𝑐 = − + 𝑐.
2 2 2 2 4
= 𝑥 sen(𝑥) + cos(𝑥) + 𝑐.
Este método é bem interessante; e o grande segredo é fazer 𝑣′ (ou 𝑑𝑣) uma
função que seja facilmente integrada à primeira vista.
Uma dica consiste que quando temos um polinômio, como 𝑃(𝑥), e uma função
exponencial, do tipo 𝑒 𝐴𝑥 , para calcular ∫ 𝑃(𝑥)𝑒 𝐴𝑥 𝑑𝑥, fazemos 𝑢 = 𝑃(𝑥) e 𝑑𝑣 =
𝑒 𝐴𝑥 𝑑𝑥.
3 𝑥2
𝑡𝑒 𝑡 𝑑𝑡 1
∫𝑥 𝑒 𝑑𝑥 = ∫ = ∫ 𝑡𝑒 𝑡 𝑑𝑡.
2 2
2 1 1 1 1
∫ 𝑥 3 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = ∫ 𝑡𝑒 𝑡 𝑑𝑡 = (𝑢𝑣 − ∫ 𝑣 𝑑𝑢) = (𝑡𝑒 𝑡 − ∫ 𝑒 𝑡 𝑑𝑡) = (𝑡𝑒 𝑡 − 𝑒 𝑡 ) + 𝑐
2 2 2 2
2
1 2 𝑥2 𝑥2
𝑒𝑥
= (𝑥 𝑒 − 𝑒 ) + 𝑐 = (𝑥 2 − 1) + 𝑐.
2 2
𝑡 𝑑𝑡 1
∫ 𝑥 3 sen(2𝑥 2 ) 𝑑𝑥 = ∫ sen(𝑡) = ∫ 𝑡 sen(𝑡) 𝑑𝑡.
2 4 8
1 1
∫ 𝑥 3 sen(2𝑥 2 ) 𝑑𝑥 = ∫ 𝑡 sen(𝑡) 𝑑𝑡 = (𝑢𝑣 − ∫ 𝑣 𝑑𝑢)
8 8
1 1
= (− cos(𝑡) 𝑡 − ∫ − cos(𝑡) 𝑑𝑡) = (−𝑐𝑜𝑠𝑡 (𝑡)𝑡 − (− sen(𝑡))) + 𝑐
8 8
1
= (−2𝑥 2 cos(2𝑥 2 ) + sen(2𝑥 2 )) + 𝑐.
8
(𝑎) ∫ 𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥;
(𝑏) ∫ 𝑥 2 𝑒 𝑥 𝑑𝑥;
2
(𝑎) ∫ 𝑥(5)−𝑥 𝑑𝑥 ;
𝑥𝑒 𝑥
(𝑏) ∫ 𝑑𝑥 ;
(𝑥 + 1)2
3
1 2 𝑥2 − 1
(𝑐) ∫ (𝑥 + ) ( 2 ) 𝑑𝑥 ;
𝑥 𝑥
2
(𝑒) ∫ 𝑥 5 𝑒 𝑥 𝑑𝑥;
𝑥2 + 1
(𝑓) ∫ 3 𝑑𝑥.
√𝑥 + 3
6. REFERÊNCIAS
Nota do autor.
A seguir, será apresentado uma lista com todas as definições, proposições, teoremas e
corolários desenvolvidos neste caderno; a lista de exercícios propostos apresentados ao
longo das seções; e as soluções dos exercícios propostos.
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿.
𝑥→𝑏
Corolário 1. Se as funções 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥) são tais que 𝑓(𝑥) = 𝑔(𝑥) exceto num ponto 𝑏,
então:
𝑛
5. lim √𝑓(𝑥) = 𝑛√ lim 𝑓(𝑥) , se lim 𝑓(𝑥) ≥ 0
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
7. Se lim ℎ(𝑥) = lim 𝑔(𝑥) = 𝐿 e existe 𝛿 > 0 tal que ℎ(𝑥) ≤ 𝑓(𝑥) ≤ 𝑔(𝑥),
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
Definição 2.
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿.
𝑥→𝑎+
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿.
𝑥→𝑎−
Teorema 1. Seja 𝑓(𝑥) uma função com domínio 𝐷 nas condições das definições.
Então lim 𝑓(𝑥) = 𝐿, se e somente se os limites laterais existirem, e lim+ 𝑓(𝑥) =
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
lim 𝑓(𝑥) = 𝐿.
𝑥→𝑎−
Definição 3.
1. Seja 𝑓 ∶ (𝑎, +∞) → ℝ. Diz-se que lim 𝑓(𝑥) = 𝐿 quando para todo 𝜀 > 0,
𝑥→+∞
Proposição 5. Seja
𝑃(𝑥)
𝑓(𝑥) = ,
𝑄(𝑥)
Definição 4.
1. Diz-se que que lim𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) = +∞, quando para todo 𝐴 > 0, existe 𝛿 > 0 tal que
𝑓(𝑥) > 𝐴, se 𝑥 ∈ 𝐷 e 0 < |𝑥 − 𝑎| < 𝛿.
2. Diz-se que lim𝑥→𝑎 𝑓(𝑥) = −∞, quando para todo 𝐵 > 0, existe 𝛿 > 0 tal que
𝑓(𝑥) < −𝐵, se 𝑥 ∈ 𝐷 e 0 < |𝑥 − 𝑎| < 𝛿.
1
1. lim+ = +∞.
𝑥→0 𝑥 𝑛
1 +∞ se 𝑛 é par,
2. lim− 𝑛 = {
𝑥→0 𝑥 −∞ se 𝑛 é ímpar.
Proposição 7. Sejam 𝑓(𝑥) e 𝑔(𝑥) funções tais que lim 𝑓(𝑥) ≠ 0 e lim 𝑔(𝑥) =
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
0, então:
𝑓(𝑥) 𝑓(𝑥)
1. lim 𝑔(𝑥) = +∞ se 𝑔(𝑥) > 0 para valores de 𝑥 próximos de 𝑎.
𝑥→𝑎
𝑓(𝑥) 𝑓(𝑥)
2. lim 𝑔(𝑥) = −∞ se 𝑔(𝑥) < 0 para valores de 𝑥 próximos de 𝑎.
𝑥→𝑎
±∞ se 𝑛 > 𝑚,
𝑃(𝑥) 𝑎𝑛
lim ={ se 𝑛 = 𝑚,
𝑥→±∞ 𝑄(𝑥) 𝑏𝑚
0 se 𝑛 < 𝑚.
Definição 5.
1. 𝑓(𝑎) existe.
2. lim 𝑓(𝑥) existe.
𝑥→𝑎
Se uma destas três condições não é satisfeita, dizemos então que 𝑓 é descontínua em
x=a.
ponto 𝑏, então
Teorema 3. Se 𝑓 ∶ [𝑎, 𝑏] → ℝ é uma função contínua em [𝑎, 𝑏] e 𝑓(𝑎) < 𝑑 < 𝑓(𝑏)
ou 𝑓(𝑏) < 𝑑 < 𝑓(𝑎), então existe 𝑐 ∈ ]𝑎, 𝑏[ tal que 𝑓(𝑐) = 𝑑.
Corolário 3. Seja 𝑓 ∶ [𝑎, 𝑏] → ℝ uma funão contínua em [𝑎, 𝑏]. Se 𝑓(𝑎) e 𝑓(𝑏) tem
sinais opostos, ou seja 𝑓(𝑎)𝑓(𝑏) < 0, existe 𝑐 ∈ (𝑎, 𝑏) tal que 𝑓(𝑐) = 0.
𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥0 )
𝑚𝑥0 = lim
𝑥→𝑥0 𝑥 − 𝑥0
𝑓(𝑥0 + 𝑡) − 𝑓(𝑥0 )
𝑚𝑥0 = lim .
𝑡→0 𝑡
Definição 11. Seja 𝑓 ∶ 𝐷 ⟶ ℝ uma função definida num domínio 𝐷 que pode ser um
intervalo aberto, uma reunião de intervalos abertos, ou ainda 𝐷 tal que para todo
intervalo aberto 𝐼 que contenha 𝑥0 , se tenha 𝐼 ∩ (𝐷 − {𝑥0 }) ≠ ∅; 𝑓 é derivável ou
diferenciável no ponto 𝑥0 quando existe o seguinte limite:
𝑓(𝑥) − 𝑓(𝑥0 )
𝑓 ′ (𝑥0 ) = lim .
𝑥→𝑥0 𝑥 − 𝑥0
Teorema 6 (da Função Inversa). Seja 𝑓 uma função definida num intervalo aberto 𝐼.
Se 𝑓 é derivável em 𝐼, e 𝑓′(𝑥) ≠ 0 para todo 𝑥 ∈ 𝐼, então 𝑓 possui inversal 𝑓 −1
derivável e
1
(𝑓 −1 )′ (𝑥) = .
𝑓 ′ (𝑓 −1 (𝑥))
𝐹(𝑥, 𝑓(𝑥)) = 0.
Definição 14. Seja 𝑓 uma função derivável. Se a derivada 𝑓′ é uma função derivável,
então sua derivada é chamada derivada segunda de 𝑓, e é denotada por (𝑓 ′ )′ = 𝑓 ′′ . Se
𝑓 ′′ é uma função derivável, então sua derivada é chamada derivada terceira de 𝑓, e é
denotada por (𝑓 ′′ )′ = 𝑓 ′′′ . Em geral, se a derivada de ordem (𝑛 − 1) de 𝑓 é uma função
derivável, sua derivada é chamada derivada n-ésima de 𝑓, e é denotada por (𝑓 𝑛−1 )′ =
𝑓 (𝑛) .
𝑓 ′ (𝑥)
1. Se lim 𝑓(𝑥) = lim 𝑔(𝑥) = 0, e lim ′ = 𝐿, então
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑔 (𝑥)
𝑓(𝑥) 𝑓 ′ (𝑥)
lim = lim ′ = 𝐿.
𝑥→𝑎 𝑔(𝑥) 𝑥→𝑎 𝑔 (𝑥)
𝑓 ′ (𝑥)
2. Se lim 𝑓(𝑥) = lim 𝑔(𝑥) = ∞, e lim = 𝐿, então
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑔′ (𝑥)
𝑓(𝑥) 𝑓 ′ (𝑥)
lim = lim ′ = 𝐿.
𝑥→𝑎 𝑔(𝑥) 𝑥→𝑎 𝑔 (𝑥)
Definição 16.
Proposição 11. Seja 𝑓 uma função contínua em [𝑎, 𝑏] e derivável em (𝑎, 𝑏).
1. Se 𝑓 ′ (𝑥) > 0 para todo 𝑥 ∈ (𝑎, 𝑏), então 𝑓 é crescente em [𝑎, 𝑏].
2. Se 𝑓 ′ (𝑥) < 0 para todo 𝑥 ∈ (𝑎, 𝑏), então 𝑓 é decrescente em [𝑎, 𝑏].
Definição 20.
1. Caso exista um ponto onde uma função atinge o maior valor possível, este ponto
é chamado máximo absoluto da função. O ponto 𝑥0 é de máximo absoluto de 𝑓
quando para todo 𝑥 ∈ 𝐷𝑜𝑚(𝑓), tem-se 𝑓(𝑥0 ) ≥ 𝑓(𝑥).
2. Caso exista um ponto onde uma função atinge o menor valor possível, este
ponto é chamado de mínimo absoluto da função. O ponto 𝑥0 é de mínimo
absoluto de 𝑓 quando para todo 𝑥 ∈ 𝐷𝑜𝑚(𝑓), tem-se 𝑓(𝑥0 ) ≤ 𝑓(𝑥).
Teorema 9 (de Rolle). Seja 𝑓 ∶ [𝑎, 𝑏] ⟶ ℝ contínua e derivável em (𝑎, 𝑏), e tal
que 𝑓(𝑎) = 𝑓(𝑏). Então, existe pelo menos um 𝑥0 ∈ (𝑎, 𝑏) tal que 𝑓 ′ (𝑥0 ) = 0.
𝑓(𝑏) − 𝑓(𝑎)
𝑓 ′ (𝑥0 ) = .
𝑏−𝑎
Corolário 4.
1. Seja 𝑓 uma função contínua em [𝑎, 𝑏] e derivável em (𝑎, 𝑏). Se 𝑓 ′ (𝑥) = 0 para
todo 𝑥 ∈ (𝑎, 𝑏), então 𝑓 é constante.
2. Sejam 𝑓 e 𝑔 funções contínuas em [𝑎, 𝑏] e deriváveis em (𝑎, 𝑏). Se 𝑓 ′ (𝑥) =
𝑔′ (𝑥) para todo 𝑥 ∈ (𝑎, 𝑏), então 𝑓(𝑥) = 𝑔(𝑥) + 𝑘, onde 𝑘 é uma constante.
Teorema 11. Seja 𝑓 uma função contínua em [𝑎, 𝑏] e derivável em (𝑎, 𝑏),
exceto possivelmente num ponto 𝑥0 .
1. Se 𝑓 ′ (𝑥) > 0 para todo 𝑥 < 𝑥0 e 𝑓 ′ (𝑥) < 0 para todo 𝑥 > 𝑥0 , então 𝑥0 é ponto
de máximo de 𝑓.
2. Se 𝑓 ′ (𝑥) < 0 para todo 𝑥 < 𝑥0 e 𝑓 ′ (𝑥) > 0 para todo 𝑥 > 𝑥0 , então 𝑥0 é ponto
mínimo de 𝑓.
Teorema 12. Seja 𝑓 uma função duas vezes derivável, e 𝑥0 um ponto crítico de
𝑓. Assim, se
Definição 21.
1. 𝑓 é dita côncava para cima, ou com concavidade voltada para cima (CVC) em
𝐷 se 𝑓 ′ (𝑥) é crescente em 𝐷.
2. 𝑓 é dita côncava para baixo, ou com concavidade voltada para baixo (CVB) em
𝐷 se 𝑓 ′ (𝑥) é decrescente em 𝐷.
Definição 23. Uma função 𝐹(𝑥) é chamada uma primitiva da função 𝑓(𝑥) no intervalo
𝐼 se para todo 𝑥 ∈ 𝐼, tem-se
𝐹 ′ (𝑥) = 𝑓(𝑥).
∫ 𝑓(𝑥) 𝑑𝑥 = 𝐹(𝑥) + 𝑐.
3𝑥 2 + 𝑎𝑥 + 𝑎 + 3
lim
𝑥→−2 𝑥2 + 𝑥 − 2
exista.
Exercício 2. Determine o valor da constante 𝑐 tal que lim 𝑓(𝑥) exista, se:
𝑥→𝑐
2
𝑓(𝑥) = { 2 − 𝑥 se 𝑥 ≤ 𝑐
𝑥 se 𝑥 > 𝑐.
𝑥𝑥
𝑥 + 𝑠𝑒𝑛 ( 𝑥! )
lim .
𝑥→+∞ 𝑥2 + 1
Exercício 4. Calcule os seguintes limites:
𝑒 3𝑥 − 𝑒 2𝑥
(𝐴) lim ;
𝑥→0 𝑥
(𝑥 3 + 1)(𝑥 2 − 1) − 𝑥 5
(𝐵) lim ;
𝑥→+∞ (𝑥 2 − 1)(𝑥 2 − 3𝑥 + 2)
1 − 𝑥2, se 𝑥 < −1
ln(2 − 𝑥 2 ), se − 1 ≤ 𝑥 ≤ 1
𝑓(𝑥) =
𝑥−1
√ , se 𝑥 > 1.
{ 𝑥+1
1 − 𝑒𝑥
, se 𝑥 ≠ 0
(𝐴) 𝑓(𝑥) = { 𝑥
𝑝3 + 7, se 𝑥 = 0.
𝑥
, se 𝑥 ≠ 0
(𝐵) 𝑓(𝑥) = {sen(4𝑥)
𝑝2 , se 𝑥 = 0.
√𝑥 − 1
3 , se 𝑥 > 1
𝑓(𝑥) = √𝑥 − 1
𝑥² − 1
, se 𝑥 ≤ 1.
{𝑥 +1
seja derivável.
Exercício 11. Seja 𝑔 uma função derivável, e ℎ(𝑥) = 𝑔(𝑥 2 + 1). Calcule ℎ′ (1) se
𝑔′ (2) = 5.
2
Exercício 12. Determine a equação da reta tangente ao gráfico da função 𝑦 = 𝑒 −𝑥 no
ponto de abscissa 1.
Exercício 14. Seja 𝑓(𝑥) uma função derivável, calcule 𝑓 ′ (𝑥) para (a) 𝑓(𝑥) =
𝑥 2 cos(𝑥), (b) 𝑓(𝑥) = (𝑥 2 + 1)⁄(𝑥 2 − 1), (c) 𝑓(𝑥) = 𝑥 ln(𝑥), (d) 𝑓(𝑥) = 16⁄𝑥² +
𝑥 3 cos(𝑥), e (e) 𝑓(𝑥) = ln(𝑒 √𝑥 ).
Exercício 15. Seja 𝑦 uma função derivável. Calcule 𝑦′ para (a) 𝑦 = cos(𝑒 𝑥 ) e (b) 𝑦 =
sen3 (𝑥).
Exercício 20. Através do teste da derivada primeira, verifique, caso existam, os pontos
2
de mínimos e máximos locais de 𝑓(𝑥) = 𝑒 −𝑥 . Verifique também os intervalos de
crescimento e decrescimento de 𝑓(𝑥).
Exercício 22. Usando o teste da derivada segunda, classifique os pontos críticos, caso
existam, das funções (a) 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 − 6𝑥 2 + 9𝑥 − 1, e (b) 𝑓(𝑥) = 𝑥 ln(𝑥).
Exercício 23. Verifique a existência de pontos de inflexão e regiões onde a função tem
concavidade voltada para cima, e concavidade voltada para baixo para (a) 𝑓(𝑥) = 𝑥 5⁄3 ,
e (b) 𝑓(𝑥) = 𝑥𝑒 −𝑥 .
3
Exercício 24. Esboce o gráfico da função 𝑦 = 𝑓(𝑥) = √𝑥 2 (1 − 𝑥 2 ).
Exercício 25. A forma de uma colina pode ser descrita pela equação 𝑦 = −𝑥 2 + 17𝑥 −
66, (6 ≤ 𝑥 ≤ 11). Considere um asqueroso professor de cálculo, munido de um rifle de
alta precisão, localizado num ponto (2, 0). A partir de que ponto, na colina, um
estudante de cálculo estará 100% seguro?
Exercício 26. Sabendo que 𝑓(𝑥) = 𝑥⁄(𝑥 2 − 9), (a) determine o domínio de 𝑓 e
encontre a interseção com os eixos; (b) encontre, se existir, as assíntotas horizontais e
verticais ao gráfico de 𝑓; (c) determine, se existir, os intervalos de crescimento e
Exercício 28. Os pontos 𝐴 e 𝐵 são opostos um ao outro nas margens de um rio reto que
mede 3 𝑘𝑚 de largura. Um ponto 𝐶 está na mesma margem que 𝐵, mas 6 𝑘𝑚 rio abaixo
de 𝐵. Uma companhia telefônica deseja estender um cabo de 𝐴 até 𝐶. Se o custo por 𝑘𝑚
do cabo é 25% mais caro sob a água do que em terra, que linha de cabo minimizará o
custo da instalação para a companhia?
2
(𝑎) ∫ 2𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥 ,
2
(𝑏) ∫ 𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥 ,
𝑥 𝑑𝑥
(𝑐) ∫ ,
√𝑥 + 1
𝑑𝑥
(𝑑) ∫ ,
√1 + 3√𝑥
𝑥2 + 1
(𝑒) ∫ 3 𝑑𝑥.
√𝑥 + 3
(𝑎) ∫ 𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥;
(𝑏) ∫ 𝑥 2 𝑒 𝑥 𝑑𝑥;
2
(𝑎) ∫ 𝑥(5)−𝑥 𝑑𝑥 ;
𝑥𝑒 𝑥
(𝑏) ∫ 𝑑𝑥 ;
(𝑥 + 1)2
3
1 2 𝑥2 − 1
(𝑐) ∫ (𝑥 + ) ( 2 ) 𝑑𝑥 ;
𝑥 𝑥
2
(𝑒) ∫ 𝑥 5 𝑒 𝑥 𝑑𝑥;
𝑥2 + 1
(𝑓) ∫ 3 𝑑𝑥.
√𝑥 + 3
Exercício 1.
3𝑥 2 + 𝑎𝑥 + 𝑎 + 3
lim .
𝑥→−2 𝑥2 + 𝑥 − 2
3𝑥 2 + 𝑎𝑥 + 𝑎 + 3 3(𝑥 + 3) 3
lim 2
= lim = − = 1.
𝑥→−2 𝑥 +𝑥−2 𝑥→−2 𝑥 − 1 3
Exercício 2.
Para que lim 𝑓(𝑥) exista, devemos ter que lim+ 𝑓(𝑥) = lim− 𝑓(𝑥). Assim, temos as
𝑥→𝑐 𝑥→𝑐 𝑥→𝑐
condições de que
quando
2 − 𝑥 2 se 𝑥 ≤ 1 2
𝑓(𝑥) = { ou 𝑓(𝑥) = { 2 − 𝑥 se 𝑥 ≤ −2
𝑥 se 𝑥 > 1, 𝑥 se 𝑥 > −2.
Exercício 3.
Temos a função
𝑥𝑥
𝑥 + 𝑠𝑒𝑛 ( 𝑥! )
𝑓(𝑥) = .
𝑥2 + 1
A função seno tem imagem delimitada pelo intervalo [−1, 1], ou de outra forma,
−1 ≤ 𝑠𝑒𝑛(𝜃) ≤ 1. Assim, −1 ≤ 𝑠𝑒𝑛(𝑥 𝑥 ⁄𝑥!) ≤ 1. Pelo teorema do confronto,
apresentado pela Proposição 2.7, temos que
𝑥𝑥
𝑥−1 𝑥 + 𝑠𝑒𝑛 ( ) 𝑥+1
𝑥!
2
≤ 2
≤ 2 .
𝑥 +1 𝑥 +1 𝑥 +1
Verificamos então lim (𝑥 − 1)⁄(𝑥 2 + 1) e lim (𝑥 + 1)⁄(𝑥 2 + 1). Nos dois
𝑥→+∞ 𝑥→+∞
𝑥−1 𝑥+1
lim 2
= lim =0
𝑥→+∞ 𝑥 + 1 𝑥→+∞ 𝑥² + 1
𝑥𝑥
𝑥 + 𝑠𝑒𝑛 ( 𝑥! )
lim = 0.
𝑥→+∞ 𝑥2 + 1
Exercício 4.
𝑒 3𝑥 −𝑒 2𝑥
(A) lim .
𝑥→0 𝑥
𝑒 3𝑥 − 𝑒 2𝑥 𝑒 2𝑥 (𝑒 𝑥 − 1) 𝑒𝑥 − 1
lim = lim = lim 𝑒 2𝑥 × lim .
𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥→0 𝑥
𝑒 𝑥 −1
Sabemos que lim = ln(𝑒) = 1, pelos limites fundamentais; e lim 𝑒 2𝑥 = 𝑒 0 = 1.
𝑥→0 𝑥 𝑥→0
Assim,
𝑒 3𝑥 − 𝑒 2𝑥
lim = 1 × 1 = 1.
𝑥→0 𝑥
(𝑥 3 +1)(𝑥 2 −1)−𝑥 5
(B) lim .
𝑥→+∞ (𝑥 2 −1)(𝑥 2 −3𝑥+2)
Este exercício requer certo cuidado e atenção, pois podemos errar pelos vieses
do inconsciente. Verificamos a expressão (𝑥 2 − 1) tanto no numerador quanto no
denominador, e podemos ser tentados a já os cortar. No entanto, este seria um erro de
cálculo, pois existe o fator −𝑥 5 no numerador que não está sendo multiplicado. Um
outro erro consistiria em denotar 𝑥 5 como grau mais elevado do numerador, o que
também é errado. Multiplicando 𝑥 3 por 𝑥 2 , obtemos 𝑥 5 – mas este fator se anula com
−𝑥 5 . De fato, −𝑥 3 é o fator de mais alto grau do numerador, resultante da multiplicação
𝑥 3 (−1).
(𝑥 3 + 1)(𝑥 2 − 1) − 𝑥 5 −𝑥 3 −1
lim 2 2
= lim 4
= lim = 0.
𝑥→+∞ (𝑥 − 1)(𝑥 − 3𝑥 + 2) 𝑥→+∞ 𝑥 𝑥→+∞ 𝑥
𝑥² + 1 − 𝑥 2 + 1 2
lim √𝑥² + 1 − √𝑥 2 − 1 = lim = lim
𝑥→+∞ 𝑥→+∞ √ 𝑥→+∞ √
𝑥² + 1 + √𝑥 2 − 1 𝑥² + 1 + √𝑥 2 − 1
= 0.
1 − 𝑥2, se 𝑥 < −1
ln(2 − 𝑥 2 ), se − 1 ≤ 𝑥 ≤ 1
𝑓(𝑥) =
𝑥−1
√ , se 𝑥 > 1,
{ 𝑥+1
em que precisamos estudar a continuidade. De fato, podemos verificar que 𝑓(𝑥) existe
para todo seu domínio ℝ. Então, precisamos checar os limites laterais da função,
conforme se segue.
lim (1 − 𝑥 2 ) = 1 − 1 = 0;
𝑥→−1−
𝑥−1 0
lim+ √ = √ = 0; logo
𝑥→1 𝑥+1 2
Exercício 6.
1 − 𝑒𝑥
, se 𝑥 ≠ 0
𝑓(𝑥) = { 𝑥
𝑝3 + 7, se 𝑥 = 0.
𝑒𝑥 − 1 𝑒𝑥 − 1
lim 𝑓(𝑥) = lim − = lim(−1) lim = (−1)(1) = −1.
𝑥→0 𝑥→0 𝑥 𝑥→0 𝑥→0 𝑥
Assim, para que 𝑓(𝑥) seja contínua, é necessário que 𝑓(0) = −1, logo 𝑝3 + 7 =
3
−1; 𝑝3 = −1 − 7 = −8; 𝑝 = √−8 = −2.
𝑥
, se 𝑥 ≠ 0
𝑓(𝑥) = { sen(4𝑥)
𝑝2 , se 𝑥 = 0.
Para que 𝑓(𝑥) seja contínua, 𝑓(0) deve ser igual a lim 𝑥/(sen(4𝑥)). Para
𝑥→0
𝑥 4𝑥 1 4𝑥 1 1
lim = lim = lim = ×1= .
𝑥→0 sen(4𝑥) 𝑥→0 4sen(4𝑥) 4 𝑥→0 sen(4𝑥) 4 4
1 1
Desta forma, 𝑓(𝑥) é contínua quando 𝑝² = 1⁄4 ; ou seja, quando 𝑝 = √4 = ± 2.
√𝑥 − 1
3 , se 𝑥 > 1
𝑓(𝑥) = √ 𝑥 − 1
𝑥² − 1
, se 𝑥 ≤ 1.
{𝑥 +1
√𝑥 − 1 𝑡3 − 1 (𝑡 − 1)(𝑡 2 + 𝑡 + 1) 3
lim+ 3 = lim+ 2 = lim+ = ,
𝑥→1 √𝑥 − 1 𝑡→1 𝑡 − 1 𝑡→1 (𝑡 − 1)(𝑡 + 1) 2
𝑥² − 1
lim− = 0;
𝑥→1 𝑥+1
Verificamos então que lim+ 𝑓(𝑥) ≠ lim− 𝑓(𝑥), logo não existe lim 𝑓(𝑥), e,
𝑥→1 𝑥→1 𝑥→1
portanto, a função não é contínua em 𝑥 = 1, e logo também não será derivável neste
ponto.
Exercício 8. Temos a função 𝑓(𝑥) = √𝑥. Para determinar a equação de uma reta,
necessitamos de um ponto (𝑥0 𝑦0 ) e do coeficiente angular 𝑓 ′ (𝑥0 ). Neste problema em
que precisamos determinar uma reta paralela à reta 2𝑥 − 𝑦 − 1 = 0 que seja tangente ao
gráfico de 𝑓, temos que determinar um ponto em 𝑓 que haja tal condição.
1 1 1 2 1
2√𝑥0 = , logo √𝑥0 = , 𝑥0 = ( ) = .
2 4 4 16
1 1 1
𝑓( ) = √ = ± ,
16 16 4
Como − 1⁄4 < 0, logo, este ponto não está definido no domínio de 𝑓(𝑥) = √𝑥; logo a
equação tangente ao gráfico de 𝑓 que é tangente a 2𝑥 − 𝑦 − 1 = 0 será
1 1 2
𝑦+ = 2 (𝑥 − ) = 2𝑥 − .
4 16 16
Logo, para 𝑓 ′ (𝑥0 ) = 1 = 𝑥02 , temos que 𝑥0 = √1 = ±1. Assim, com a fórmula da
Definição 10, 𝑦 − 𝑓(𝑥0 ) = 𝑚𝑥0 (𝑥 − 𝑥0 ), tendo como 𝑓(−1) = − 1⁄3 − 1 = − 4⁄3 e
𝑓(1) = 1⁄3 − 1 = −2/3. temos que as retas
4
𝑦+ = 𝑥 + 1, e
3
2
𝑦 + = 𝑥 + 1,
3
𝑓(𝑡 + 2) − 𝑓(2)
𝑓 ′ (2) = lim .
𝑡→0 𝑡
Logo, devemos ter que 12𝑎 = 4, então 𝑎 = 1/3. Por outro lado, 𝑓 deve ser
contínua em 𝑥0 = 2; isto é,
8 4
lim− 𝑓(𝑥) = lim+ 𝑓(𝑥) ⇔ 8𝑎 = 4 + 𝑏 ⟺ 𝑏 = 8𝑎 − 4 = −4=− .
𝑥→2 𝑥→2 3 3
𝑥3
se 𝑥 < 2
𝑓(𝑥) = { 8
4
𝑥2 − se 𝑥 ≥ 2.
3
Note que 𝑓(2) = 8/3. A Figura E10 nos ilustra a solução deste exercício.
Exercício 11. Temos ℎ(𝑥) = 𝑔(𝑥 2 + 1). Observemos que ℎ(𝑥) = (𝑔 ∘ 𝑓)(𝑥), onde
𝑓(𝑥) = 𝑥 2 + 1. Pela regra da cadeia,
Podemos calcular 𝑓 ′ (𝑥) = 2𝑥, logo ℎ′ (𝑥) = (2𝑥)(𝑔′ (𝑓(𝑥)). Devemos calcular ℎ′(1),
assim, calculando a última expressão em 𝑥 = 1, temos que ℎ′ (1) = (2(1))(𝑔′ (12 +
1)) = 2𝑔′ (2). Como 𝑔′ (2) = 5, então ℎ′ (1) = 2 × 5 = 10.
2
Exercício 12. Temos a função 𝑦 = 𝑒 −𝑥 . Fazendo que 𝑓(𝑥) = −𝑥 2 , temos que 𝑓 ′ (𝑥) =
−2𝑥 e 𝑦 = 𝑒 𝑓(𝑥) . Assim,
2 2
𝑦 ′ = 𝑒 𝑓(𝑥) 𝑓 ′ (𝑥) = 𝑒 −𝑥 (−2𝑥) = −2𝑥𝑒 −𝑥 .
Assim, 𝑦 ′ (1) = −2𝑒 −1 e 𝑦(1) = 𝑒 −1 ; logo a equação da reta tangente passando pelo
ponto (1, 𝑦(1)) é 𝑦 − 𝑦(1) = 𝑦 ′ (1)(𝑥 − 1), ou seja
𝑦 − 𝑒 −1 = −2𝑒 −1 (𝑥 − 1) = −2𝑒 −1 𝑥 + 2𝑒 −1
𝑦 − 𝑒 −1 + 2𝑒 −1 𝑥 − 2𝑒 −1 = 𝑦 − 3𝑒 −1 + 2𝑥𝑒 −1 = 0.
Exercício 13.
(a) Temos 𝑦 = 𝑥 𝑥 , sendo 𝑥 > 0. Aplicando logarítmica nos dois lados, temos que
𝑦′ 1
= ln(𝑥) + 𝑥 ( ) = ln(𝑥) + 1.
𝑦 𝑥
Logo,
(b) Temos 𝑦 = 𝑥 √𝑥 , sendo 𝑥 > 0. Aplicando logarítmica nos dois lados, temos que
Logo,
2 + ln(𝑥) 2 + ln(𝑥)
𝑦′ = 𝑦 ( ) = 𝑥 √𝑥 ( ).
2√𝑥 2√𝑥
Exercício 14.
(a) Temos que 𝑓(𝑥) = 𝑥 2 cos(𝑥), logo, podemos aplicar a regra da multiplicação, de
forma que
(b) Temos que 𝑓(𝑥) = (𝑥 2 + 1)⁄(𝑥 2 − 1), logo podemos aplicar a regra do quociente,
de forma que
1
𝑓 ′ (𝑥) = (𝑥)′ ln(𝑥) + 𝑥(ln(𝑥))′ = 1 ln(𝑥) + 𝑥 = ln(𝑥) + 1.
𝑥
(d) Temos 𝑓(𝑥) = 16⁄𝑥² + 𝑥 3 cos 𝑥. Observamos que 𝑓(𝑥) = 16𝑥 −2 + 𝑥 3 cos (𝑥);
logo podemos aplicar a regrada da soma para cada fator, a regra da potência e a regra da
multiplicação para o fator multiplicado 𝑥 3 (cos(𝑥)). Logo temos que
(e) Temos que 𝑓(𝑥) = ln(𝑒 √𝑥 ). Verificamos pela propriedade do logarítmico natural
1
que ln( 𝑒 √𝑥 ) = √𝑥(ln(𝑒)) = √𝑥(1) = 𝑥 2 . Aplicamos então a propriedade da potência,
e obtemos que
1 −1 1
𝑓 ′ (𝑥) = 𝑥 2= .
2 2√𝑥
Caso não simplifiquemos a função já desde o início, podemos resolver aplicando a regra
da cadeia, de forma que
′
′ (𝑥)
′ (𝑒 √𝑥 )′ 𝑒 √𝑥 ln(𝑒) (√𝑥) 1
𝑓 = (ln(𝑒 √𝑥 )) = = = .
𝑒 √𝑥 𝑒 √𝑥 2√𝑥
Exercício 15.
(a) Temos 𝑦 = cos(𝑒 𝑥 ), assim podemos utilizar a regra da cadeia para calcular a
derivada, de forma que
(b) Temos 𝑦 = sen3 (𝑥). Novamente utilizamos a regra da cadeia para calcular a
derivada. Podemos fazer com que 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 , e 𝑔(𝑥) = sen (𝑥). Assim, temos que
2
Agora devemos derivar 𝑑 (sen(𝑥 + 𝑓(𝑥)) − (𝑓(𝑥)) cos(𝑥)) /𝑑𝑥; e assim temos que
′ 2 ′
(sen(𝑥 + 𝑓(𝑥))) = ((𝑓(𝑥)) cos(𝑥))
2
cos(𝑥 + 𝑓(𝑥)) (1 + 𝑓 ′ (𝑥) = 2𝑓(𝑥)𝑓 ′ (𝑥) cos(𝑥) + (𝑓(𝑥)) (− sen(𝑥)).
Exercício 17. Temos uma função 𝑓(𝑥) = 𝑦 que seja implícita a equação 𝑦 2 =
𝑥 2 (𝑥 + 2). É proposto que determinemos uma reta tangente ao gráfico desta função
implícita definida no ponto ((− 1⁄2), (√3⁄2⁄2)). Neste caso, é fácil verificarmos a
função implícita, pois podemos explicitar 𝑦 na equação dada, de forma que 𝑦 =
√𝑥 2 (𝑥 + 2).
1 2 1 3⁄2 √3⁄2
√
𝑦 = (− ) (− + 2) = √ = ;
2 2 4 2
assim, verificamos que este ponto ((− 1⁄2), (√3⁄2⁄2)) realmente existe dentro da
função implícita 𝑓(𝑥) = 𝑦. O primeiro passo então consiste em derivar 𝑑𝑓(𝑥)/𝑑𝑥
implicitamente pela equação dada, de forma que (𝑓(𝑥))2 = 𝑥 2 (𝑥 + 2), e assim temos
que
2𝑥(𝑥 + 2) + 𝑥 2 2𝑥 2 + 4𝑥 + 𝑥 2 3𝑥 2 + 4𝑥
𝑦′ = = = .
2𝑦 2𝑦 2𝑦
1 2 1 3
1 3 (− 2) + 4 (− 2) − 2 −5/4 5 5
𝑓 ′ (− ) = =4 = =− =− .
2 2 √3⁄2⁄2 √3⁄2 √3⁄2 4√3⁄2 2√6
√3⁄2 5 1 5𝑥 5
𝑦− =− (𝑥 + ) = − − ;
2 2√6 2 2√6 4√6
5𝑥 √3⁄2 5
𝑦+ − + = 0;
2√6 2 4√6
4√6𝑦 + 10𝑥 − 2√6√3⁄2 + 5 4√6𝑦 + 10𝑥 − √6√6 + 5 4√6𝑦 + 10𝑥 − 6 + 5
= =
4√6 4√6 4√6
4√6𝑦 + 10𝑥 − 1
= = 4√6𝑦 + 10𝑥 − 1 = 0.
4√6
A Figura E17 nos ilustra o resultado desta reta tangente ao gráfico da função
implícita 𝑓(𝑥) = 𝑦 da equação 𝑦 2 = 𝑥 2 (𝑥 + 2) no ponto ((− 1⁄2), (√3⁄2⁄2)).
𝑦 ′ = 𝐴𝑒 𝑥 + 𝐴𝑥𝑒 𝑥 ;
𝑦 ′′ = 𝐴𝑒 𝑥 + 𝐴𝑒 𝑥 + 𝐴𝑥𝑒 𝑥 = 2𝐴𝑒 𝑥 + 𝐴𝑥𝑒 𝑥 ;
𝑦 ′′′ = 𝐴𝑒 𝑥 + 𝐴𝑒 𝑥 + 𝐴𝑒 𝑥 + 𝐴𝑥𝑒 𝑥 = 3𝐴𝑒 𝑥 + 𝐴𝑥𝑒 𝑥 ;
𝑦 (𝑛) = 𝑛𝐴𝑒 𝑥 + 𝐴𝑥𝑒 𝑥 ;
𝑦 (4) = 4𝐴𝑒 𝑥 + 𝐴𝑥𝑒 𝑥 .
1
𝑓(𝑥) = 𝑥 + = 𝑥 + 𝑥 −1 .
𝑥
Derivando, temos
1 1 − 𝑥 2 (1 + 𝑥)(1 − 𝑥)
𝑓 ′ (𝑥) = 1 − 𝑥 −2 = 1 − = = .
𝑥2 𝑥2 𝑥2
Verificamos então que 𝑓 ′ (𝑥) = 0 quando 𝑥 = ±1; então, podemos verificar como 𝑓′(𝑥)
se comporta para valores nos intervalos ao redor de 𝑥 = ±1 e 𝑥 = 0, onde a função não
está definida. Sabemos que o denominador sempre será positivo de 𝑓′(𝑥), pois é 𝑥 2 ;
então verificamos os resultados para o numerador, conforme demonstrado na Tabela
E19A.
Assim, 𝑓 é crescente em (−∞, −1) ∪ (1, +∞), e decrescente em (−1, 0) ∪ (0, 1). A
Figura E19A nos ilustra esta função.
𝑥4 𝑥3
𝑔(𝑥) = − − 𝑥 2 + 5.
4 3
Assim, 𝑔 é crescente em (−1, 0) ∪ (2, +∞), e decrescente em (−∞, −1) ∪ (0, 2). A
Figura E19B nos ilustra o gráfico de 𝑔(𝑥).
2
Exercício 20. Temos a função 𝑓(𝑥) = 𝑒 −𝑥 . Assim, para identificarmos pontos
de máximo e mínimo locais da função através do teste da derivada primeira; (chega a
ser redundante), mas o primeiro passo consiste em derivar a função. Aplicando as
2
técnicas de derivação, temos que 𝑓 ′ (𝑥) = −2𝑥 𝑒 −𝑥 .
Podemos então concluir que existe um ponto de máximo local para 𝑓(𝑥), que é o
ponto (0, 1). Para 𝑥 ∈ (−∞, 0), 𝑓(𝑥) é crescente, e que para 𝑥 ∈ (0, +∞), 𝑓(𝑥) é
decrescente.
A Figura E21 nos ilustra este resultado, com o gráfico da função 𝑓(𝑥) = 𝑥 4 −
16𝑥 3 /3.
(b) Temos a função 𝑓(𝑥) = 𝑥 ln(𝑥). Derivando, temos que 𝑓 ′ (𝑥) = ln(𝑥) + 1. Logo
temos como CPO ln(𝑥) + 1 = 0, logo ln(𝑥) = −1, e 𝑥 = 𝑒 −1 é o ponto crítico desta
função. Fazendo a derivada segunda, temos que 𝑓 ′′ (𝑥) = 1/𝑥. Fazendo o teste da
derivada segunda, obtemos que
1 1
𝑓 ′′ ( ) = = 𝑒 > 0.
𝑒 1
𝑒
5 2
Exercício 23. (a) Temos a função 𝑓(𝑥) = 𝑥 3 , logo 𝑓 ′ (𝑥) = 5𝑥 3 /3, e 𝑓 ′′ (𝑥) =
1
10𝑥 −3 ⁄9 = 10/9 √𝑥. Desta forma, não existe 𝑓 ′′ (𝑥) = 0. No entanto, para 𝑥 > 0,
3
𝑓 ′′ (𝑥) > 0, e para 𝑥 < 0, 𝑓 ′′ (𝑥) < 0, logo (0, 0) é um ponto de inflexão. E 𝑓 tem
concavidade voltada para baixo em (−∞, 0), e concavidade voltada para cima em
(0, +∞).
3
Exercício 24. Temos a função 𝑦 = 𝑓(𝑥) = √𝑥 2 (1 − 𝑥 2 ), que pode ser expressa
por
2
𝑓(𝑥) = (𝑥 3 ) (1 − 𝑥 2 ).
Segundo passo. Para 𝑥 = 0, temos que 𝑦 = 𝑓(0) = 0; logo a curva passa pelo ponto
(0, 0). Para 𝑦 = 0, além de 𝑥 = 0, podemos verificar pelo segundo fator da função
expresso por 1 − 𝑥 2 outras condições que satisfaçam 𝑦 = 0. Assim, resolvemos 𝑥 para
1 − 𝑥 2 = 0, e obtemos que para 𝑥 = ±1, 𝑦 = 0. Desta forma verificamos que a curva
também passa pelos pontos (−1, 0) e (1, 0).
2 6
4 2
−40𝑥 3 − 2𝑥 −
3 2𝑥 −3 (20𝑥 3 + 1) 20𝑥 2 + 1
= 2 =− 2 = −2 4 .
9𝑥 3 9𝑥 3 9𝑥 3
Quinto passo. Verificamos que não existe 𝑓 ′′ (𝑥) = 0, mas devido ao formado de
𝑓 ′′ (𝑥), podemos verificar que 𝑓 ′′ (𝑥) < 0 para todo 𝑥 ∈ ℝ − {0}, logo 𝑓 é côncava
voltada para baixo em ℝ − {0}.
Sexto passo. Como 𝐷𝑜𝑚(𝑓) = ℝ, logo não existe assíntota vertical. Para verificar se
existem assíntotas horizontais, verificamos os limites em ±∞, de forma que
3 3
lim √𝑥 2 (1 − 𝑥 2 ) = −∞; e lim √𝑥 2 (1 − 𝑥 2 ) = −∞.
𝑥→+∞ 𝑥→−∞
Sétimo passo. Esboçaremos agora este gráfico. Verificamos no quarto passo que 𝑥 =
±1/2 são pontos de máximo local, logo a função passa pelos pontos de (−0,5, 0,47) e
(0,5, 0,47) como máximos locais com concavidade voltada para baixo (vide quinto
passo). Já o ponto (0, 0) é um mínimo local de 𝑓.
3
A Figura E24 ilustra o esboço do gráfico da função 𝑓(𝑥) = √𝑥 2 (1 − 𝑥 2 ).
Exercício 26. (a) Temos a função 𝑓(𝑥) = 𝑥⁄(𝑥 2 − 9). Podemos verificar que caso
𝑥 2 − 9 = 0, a função não estará definida. Logo 𝐷𝑜𝑚(𝑓) = ℝ − {−3, 3}. Verificamos
que 𝑓(0) = 0, logo 𝑥 = 𝑦 = 0 é o ponto de interseção com os eixos.
(b) Verificamos os limites laterais nos pontos onde a função não definida para
determinarmos as assíntotas verticais, e assim temos que
𝑥 𝑥
lim − = +∞; lim + = −∞;
𝑥→−3 𝑥 2 −9 𝑥→−3 𝑥 2 −9
𝑥 𝑥
lim− 2 = −∞; lim+ = +∞.
𝑥→3 𝑥 − 9 𝑥→3 𝑥 2 −9
𝑥 1
lim = lim = 0.
𝑥→±∞ 𝑥 2 − 9 𝑥→±∞ 𝑥
(𝑥 2 − 9) − (𝑥)(2𝑥) 𝑥 2 − 9 − 2𝑥 2 −𝑥 2 − 9
𝑓 ′ (𝑥) = = = = 0.
(𝑥 2 − 9)2 (𝑥 2 − 9)2 (𝑥 2 − 9)2
′′ (𝑥)
(−2𝑥)(𝑥 2 − 9)2 − (−𝑥 2 − 9)(2𝑥)(2(𝑥 2 − 9))
𝑓 =
(𝑥 2 − 9)4
(−2𝑥)(𝑥 2 − 9)1 − (−𝑥 2 − 9)(2𝑥)(2) −2𝑥 3 + 18𝑥 + 4𝑥 3 + 36𝑥
= =
(𝑥 2 − 9)3 (𝑥 2 − 9)3
2𝑥 3 + 54𝑥 2𝑥(𝑥 2 + 27)
= 2 = .
(𝑥 − 9)3 (𝑥 2 − 9)3
Podemos verificar que não existe 𝑓′′(𝑥) para ±3, e que 𝑓 ′′ (0) = 0. Assim,
devemos estudar a concavidade para os intervalos (−∞, −3), (−3, 0), (0, 3), e
(3, +∞). Para facilitar o cálculo, verificaremos os sinais de 𝑓 ′′ (𝑥) nos pontos em que
𝑥 = −4, 𝑥 = −1, 𝑥 = 1, e 𝑥 = 4.
Logo 𝑓(𝑥) tem concavidade voltada para baixo em (−∞, −3) ∪ (0, 1), e concavidade
voltada para cima em (−3, 0) ∪ (3, +∞). Logo o ponto (0, 0) é um ponto de inflexão.
Elaboração do autor.
Exercício 27. Temos que a área de um parque retangular seja dada pelo produto de
comprimento (𝑥) e largura (𝑦), e definida de forma que 𝑥𝑦 = 3600 𝑚2. Isolando 𝑦,
temos que
3600
𝑦= = 3600𝑥 −1 .
𝑥
7200
𝐶 ′ (𝑥) = 2 − 7200𝑥 −2 = 2 − = 0.
𝑥2
7200𝑥 2
2𝑥 2 − = 0𝑥 2 ;
𝑥2
2𝑥 2 − 7200 = 0;
7200
𝑥2 = = 3600;
2
𝑥 = √3600 = ±60.
É claro que 𝑥 não pode ser um valor negativo, pois se não o parque não seria
construído (ou pelo menos não estaria contido em nossa dimensão, por ter um de seus
comprimentos com valor negativo). Fazemos então a derivada segunda de 𝐶(𝑥) para
verificarmos se o ponto crítico de 𝑥 = 60 é realmente um ponto minimizante.
14400
𝐶 ′′ (𝑥) = (−2)(−7200)𝑥 −3 = .
𝑥3
Desta forma, fica claro que 𝐶 ′′ (𝑥) > 0 para 𝑥 positivo, e 𝐶 ′′ (𝑥) < 0 para 𝑥
negativo; assim o único ponto crítico extremal minimizante é 𝑥 = 60. Como 𝑦 =
3200/𝑥, temos que 𝑦 = 60 = 𝑥. Assim, para que o comprimento do cercado seja
menor possível, no caso de 240 𝑚, o parque deve ter formato quadrado, com lados de
60 𝑚, e assim sua área será de 3600 𝑚2 .
Exercício 28. O custo do cabo por km sobre terra pode ser denotado pelo valor unitário
1; e assim o custo do cabo sob a água pode ser denotado por 1,25/𝑘𝑚.
Caso o cabo fosse atravessando a largura do rio de 3𝑘𝑚 sob o custo de 1,25, e
depois percorrendo a distância de 6 𝑘𝑚 por terra pelo custo de 1; o custo toal seria de
(3)(1,25) + (6)(1) = 3,75 + 6 = 9,75. No entanto, veremos que esta não é a forma
que minimiza o custo.
Chamemos esta distância de 𝑥, que é uma distância menor do que 6 𝑘𝑚. Logo, o
comprimento do cabo que deverá seguir por terra será de 6 𝑘𝑚 − 𝑥.
(1,25)2 𝑥 2
= 1 ⇒ (1,25)2 𝑥 2 = 9 + 𝑥 2 ;
9 + 𝑥2
(1,25)2 𝑥 2 − 𝑥 2 = 9 ⇒ 𝑥 2 ((1,25)2 − 1) = 9;
9 9
𝑥2 = 2
= = 16;
(1,25) − 1 0,5625
𝑥 = √16 = ±4.
Intuitivamente, sabemos que o resultado não pode ser −4, e que logo 𝑥 = 4 é o
ponto minimizante. No entanto, podemos fazer o teste da derivada segunda para
conferir, e verificar se 𝐶 ′′ (4) > 0. Assim temos que
1 1,25𝑥 2
1,25(√9 + 𝑥 2 ) − 1,25𝑥(2𝑥) ( ) 1,25(√9 + 𝑥 2 ) −
2√9 + 𝑥 2 √9 + 𝑥 2
𝐶 ′′ (𝑥) = 2 =
(√9 + 𝑥 2 ) (9 + 𝑥 2 )
Desta forma, verificamos que 𝐶 ′′ (𝑥) > 0 para qualquer valor de 𝑥 > −9. Logo,
ambos pontos críticos são minimizantes, mas somente 𝑥 = 4 deve ser considerado.
Desta forma, a hipotenusa que define a distância do cabeamento sob água é definida por
√9 + 42 = √25 = 5 𝑘𝑚; e a distância do cabeamento sobre a terra é definida sobre 6 −
4 = 2 𝑘𝑚. Utilizando o numéraire de custo, temos que o custo total de cabeamento
desta forma seja 1,25(5) + 1(2) = 6,25 + 2 = 8,25, ou seja, menor caso o cabeamento
sob água fosse somente ligando cada extremidade do rio que verificamos no início da
solução deste exercício.
2
Exercício 29. (a) Para resolvermos ∫ 2𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥, façamos 𝑢 = 𝑥 2 , logo 𝑑𝑢 =
2𝑥 𝑑𝑥; assim substituindo na integral, temos que
2 2
∫ 2𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = ∫ 𝑒 𝑢 𝑑𝑢 = 𝑒 𝑢 + 𝑐 = 𝑒 𝑥 + 𝑐.
2
(b) Para resolvermos ∫ 𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥, façamos novamente 𝑢 = 𝑥 2 , logo 𝑑𝑢 = 2𝑥 𝑑𝑥; e assim
𝑥 𝑑𝑥 = 𝑑𝑢/2. Substituindo assim na integral, temos que
2
𝑥2
𝑒𝑢 1 𝑒𝑢 𝑒𝑥
∫ 𝑥𝑒 𝑑𝑥 = ∫ 𝑑𝑢 = ∫ 𝑒 𝑢 𝑑𝑢 = +𝑐 = + 𝑐.
2 2 2 2
𝑥
∫ 𝑑𝑥 = ∫ 2 (𝑢2 − 1) 𝑑𝑢 = 2 ∫(𝑢2 − 1) 𝑑𝑢 = 2 ∫ 𝑢2 𝑑𝑢 − 2 ∫ 𝑑𝑢
√𝑥 + 1
3
2𝑢3 2(√𝑥 + 1)
= − 2𝑢 + 𝑐 = − 2√𝑥 + 1 + 𝑐.
3 3
3 3
(d) Para resolvermos ∫ 𝑑𝑥⁄√1 + √𝑥, façamos 𝑢 = 1 + √𝑥 , e assim 𝑥 = (𝑢 − 1)3; e
2 2
𝑑𝑢 = 1⁄3𝑥 3 𝑑𝑥, e 𝑑𝑥 = 3𝑥 3 𝑑𝑢 = 3((𝑢 − 1)3 )2/3 𝑑𝑢 = 3(𝑢 − 1)2 𝑑𝑢. Observa-se
que verificando que 𝑥 = (𝑢 − 1)3 , uma forma mais prática seria fazer 𝑑𝑥 =
3(𝑢 − 1)2 𝑑𝑢. Assim, substituindo os termos na integral, temos que
𝑑𝑥 3(𝑢 − 1)2
∫ =∫ 𝑑𝑢
√1 + 3√𝑥 √𝑢
𝑑𝑥 3(𝑢 − 1)2 1 1
∫ =∫ 𝑑𝑢 = 3 ∫(𝑢 − 1)2 𝑢−2 𝑑𝑢 = 3 ∫(𝑢2 − 2𝑢 + 1)𝑢−2 𝑑𝑢
√1 + 3√𝑥 √𝑢
5 3 1
3 1 1 𝑢2 𝑢2 𝑢2
= 3 ∫ 𝑢2 − 2𝑢2 + 𝑢 −2 𝑑𝑢 = 3 [ − 2( )+ ]+𝑐
5/2 3/2 1/2
5 3 1 5 3
2𝑢2 2𝑢2 2𝑢2 𝑢2 2𝑢2 1
= 3[ − 2( )+ ] + 𝑐 = 6[ − + 𝑢2 ] + 𝑐
5 3 1 5 3
5 3
3 3
(1 + √𝑥)2 2(1 + √𝑥)2 3
1
= 6[ − + (1 + √𝑥)2 ] + 𝑐
5 3
1 3 5 2 3 3 3
= 6 ( √(1 + √𝑥) − √(1 + √𝑥) + √(1 + √𝑥)) + 𝑐.
5 3
3 3
(e) Para resolvermos ∫ (𝑥 2 + 1)⁄ √𝑥 + 3 𝑑𝑥, fazemos que 𝑢 = √𝑥 + 3; e assim 𝑢3 =
𝑥 + 3, logo 𝑥 = 𝑢3 − 3, e 𝑑𝑥 = 3𝑢2 𝑑𝑢. Desta forma, a expressão 𝑥 2 + 1 pode ser
reescrita como (𝑢3 − 3)2 + 1 = 𝑢6 − 6𝑢3 + 9 + 1 = 𝑢6 − 6𝑢3 + 10. Fazendo as
substituições na integral, temos que
7 4
𝑢8 6𝑢5 10𝑢2
= 3 ∫ 𝑢 − 6𝑢 + 10𝑢 𝑑𝑢 = 3 [ − + ]+𝑐
8 5 2
3 8 3 5
( √𝑥 + 3) 6( √𝑥 + 3) 3 2
= 3( − + 5( √𝑥 + 3) ) + 𝑐
8 5
3 8 5 2
= (5(𝑥 + 3)3 − 48(𝑥 + 3)3 + 200(𝑥 + 3)3 ) + 𝑐
40
3 2
= (𝑥 + 3)3 (5(𝑥 + 3)2 − 48(𝑥 + 3) + 200) + 𝑐
40
3 2
= (𝑥 + 3)3 (5(𝑥 2 + 6𝑥 + 9) − 48𝑥 − 144 + 200) + 𝑐
40
3 2
= (𝑥 + 3)3 (5𝑥 2 + 30𝑥 + 45 − 48𝑥 + 56) + 𝑐
40
3 2
= (𝑥 + 3)3 (5𝑥 2 − 18𝑥 + 101) + 𝑐.
40
Exercício 30. (a) Para resolvermos ∫ 𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥, fazemos com que 𝑢 = 𝑥, e logo
𝑑𝑢 = 𝑑𝑥; e fazemos 𝑑𝑣 = 𝑒 𝑥 , logo 𝑣 = ∫ 𝑒 𝑥 𝑑𝑣 = 𝑒 𝑥 + 𝑐. Assim temos que
∫ 𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑢𝑣 − ∫ 𝑣 𝑑𝑢 = 𝑥𝑒 𝑥 − ∫ 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑥𝑒 𝑥 − 𝑒 𝑥 + 𝑐 = 𝑒 𝑥 (𝑥 − 1) + 𝑐.
∫ 𝑥 2 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑥 2 𝑒 𝑥 − ∫ 𝑒 𝑥 2𝑥 𝑑𝑥 = 𝑥 2 𝑒 𝑥 − 2 ∫ 𝑒 𝑥 𝑥 𝑑𝑥.
∫ 𝑒 𝑥 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑥𝑒 𝑥 − ∫ 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑥𝑒 𝑥 − 𝑒 𝑥 + 𝑐.
∫ 𝑥 2 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑥 2 𝑒 𝑥 − 2(𝑥𝑒 𝑥 − 𝑒 𝑥 ) + 𝑐 = 𝑒 𝑥 (𝑥 2 − 2𝑥 + 2) + 𝑐.
(c) Para calcularmos ∫ 𝑥 2 ln(𝑥) 𝑑𝑥, fazemos com que 𝑢 = ln(𝑥), e assim 𝑑𝑢 = 𝑑𝑥/𝑥; e
𝑑𝑣 = 𝑥 2 𝑑𝑥, e assim 𝑣 = 𝑥 3 /3 (calculamos a integral de 𝑥 2 de forma imediata com a
regra da potência). Assim, temos que
2
Exercício 31. (a) Para resolvermos ∫ 𝑥(5)−𝑥 𝑑𝑥, façamos 𝑢 = 𝑥 2 , logo 𝑑𝑢 = 2𝑥 𝑑𝑥, e
assim 𝑑𝑢⁄2 = 𝑥 𝑑𝑥. Assim, substituindo na integração, temos que
2
−𝑥 2 −𝑢
𝑑𝑢 1 −𝑢
1 5−𝑢 5−𝑥
∫ 𝑥(5) 𝑑𝑥 = ∫(5) = ∫ 5 𝑑𝑢 = +𝑐 =− + 𝑐.
2 2 2 − ln 5 2 ln(5)
(b) Notemos que ∫ 𝑥𝑒 𝑥 ⁄(𝑥 + 1)2 𝑑𝑥 pode ser reescrito como ∫ 𝑥𝑒 𝑥 (𝑥 + 1)−2 𝑑𝑥;
assim podemos fazer com que 𝑢 = 𝑥𝑒 𝑥 , e assim 𝑑𝑢 = (𝑒 𝑥 + 𝑥𝑒 𝑥 ) 𝑑𝑥 = 𝑒 𝑥 (1 + 𝑥) 𝑑𝑥
e 𝑑𝑣 = (𝑥 + 1)−2 𝑑𝑥, e assim 𝑣 = (𝑥 + 1)−1⁄−1 = −(𝑥 + 1)−1 ; assim temos que
𝑥𝑒 𝑥
∫ 𝑑𝑥 = 𝑥𝑒 𝑥 (−(𝑥 + 1)−1 ) − ∫ −(𝑥 + 1)−1 𝑒 𝑥 (1 + 𝑥) 𝑑𝑥
(𝑥 + 1)2
𝑥𝑒 𝑥 𝑥𝑒 𝑥 𝑥
=− + ∫ 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = − + 𝑒 𝑥 + 𝑐 = 𝑒 𝑥 (1 − )+𝑐
𝑥+1 𝑥+1 𝑥+1
𝑥+1−𝑥 𝑒𝑥
= 𝑒𝑥 ( )+𝑐 = + 𝑐.
𝑥+1 𝑥+1
3
(c) Notemos que ∫(𝑥 + 1⁄𝑥 )2 ((𝑥 2 − 1)⁄𝑥 2 ) 𝑑𝑥 pode ser reescrito como ∫(𝑥 +
3
1⁄𝑥 )2 (1 − 𝑥 −2 ) 𝑑𝑥. Façamos 𝑢 = 𝑥 + 1⁄𝑥 = 𝑥 + 𝑥 −1 , logo 𝑑𝑢 = 1 − 𝑥 −2 𝑑𝑥 = 1 −
1⁄𝑥 2 𝑑𝑥. Verificamos neste caso, que não há necessidade de se fazer integração por
partes, e que já pode-se fazer as substituições na integral, de forma que
5
3 1 2
5
1 𝑥2 − 1
2 3 2 (𝑥 + 𝑥)
2𝑢2
∫ (𝑥 + ) ( 2 ) 𝑑𝑥 = ∫ 𝑢2 𝑑𝑢 = +𝑐 = + 𝑐.
𝑥 𝑥 5 5
(d) Para calcularmos ∫ ln3 (𝑥) 𝑑𝑥, fazemos 𝑢 = ln3 (𝑥), e assim 𝑑𝑢 = 3 ln2 (𝑥)⁄𝑥 𝑑𝑥; e
𝑑𝑣 = 𝑑𝑥, e assim, 𝑣 = 𝑥; desta forma temos que
3 (𝑥) 3 (𝑥)
3 ln2 (𝑥)
∫ ln 𝑑𝑥 = 𝑥 ln − ∫𝑥 𝑑𝑥 = 𝑥 ln3 (𝑥) − 3 ∫ ln2 (𝑥) 𝑑𝑥.
𝑥
Para resolvermos ∫ ln2 (𝑥) 𝑑𝑥, fazemos novamente integral por partes, de forma que
𝑢 = ln2 (𝑥), e assim 𝑑𝑢 = 2 ln(𝑥) /𝑥 𝑑𝑥; e 𝑑𝑣 = 𝑑𝑥, e assim 𝑣 = 𝑥; logo
2 ln(𝑥)
∫ ln2 (𝑥) 𝑑𝑥 = 𝑥 ln2 (𝑥) − ∫ 𝑥 = 𝑥 ln2 (𝑥) − 2 ∫ ln(𝑥).
𝑥
𝑑𝑥
∫ ln(𝑥) = 𝑥 ln(𝑥) − ∫ 𝑥 = 𝑥 ln(𝑥) − ∫ 𝑑𝑥 = 𝑥 ln(𝑥) − 𝑥 + 𝑐 = 𝑥(ln(𝑥) − 1) + 𝑐.
𝑥
E assim,
5 𝑥2
𝑡 2 𝑒 𝑡 𝑑𝑡 1
∫ 𝑥 𝑒 𝑑𝑥 = ∫ = ∫ 𝑡 2 𝑒 𝑡 𝑑𝑡.
2 2
2 1 1 1
∫ 𝑥 5 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = ∫ 𝑡 2 𝑒 𝑡 𝑑𝑡 = (𝑡 2 𝑒 𝑡 − ∫ 𝑒 𝑡 2𝑡 𝑑𝑡) = (𝑡 2 𝑒 𝑡 − 2 ∫ 𝑒 𝑡 𝑡 𝑑𝑡).
2 2 2
∫ 𝑒 𝑡 𝑡 𝑑𝑡 = 𝑡𝑒 𝑡 − ∫ 𝑒 𝑡 𝑑𝑡 = 𝑡𝑒 𝑡 − 𝑒 𝑡 + 𝑐 = 𝑒 𝑡 (𝑡 − 1) + 𝑐.
2 1 𝑒 𝑡 (𝑡 2 − 2𝑡 + 2)
∫ 𝑥 5 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = (𝑡 2 𝑒 𝑡 − 2𝑒 𝑡 (𝑡 − 1)) + 𝑐 = +𝑐
2 2
2
𝑒 𝑥 (𝑥 4 − 2𝑥 2 + 2) 2 𝑥
4
= + 𝑐 = 𝑒 𝑥 ( − 𝑥 2 + 1) + 𝑐.
2 2
3
(f) Verifiquemos que ∫ (𝑥 2 + 1)⁄ √𝑥 + 3 𝑑𝑥 pode ser reescrito como ∫(𝑥 2 +
1)(𝑥 + 3)−1⁄3 𝑑𝑥. Fazemos então que 𝑢 = 𝑥 + 3, e assim 𝑑𝑢 = 𝑑𝑥, e 𝑥 = 𝑢 − 3; e
assim substituindo na integral, temos que
𝑥2 + 1 1 1
∫3 𝑑𝑥 = ∫((𝑢 − 3)2 + 1)𝑢−3 𝑑𝑢 = ∫(𝑢2 − 6𝑢 + 9 + 1)𝑢−3 𝑑𝑢
√𝑥 + 3
8 5
5 2
−
1 3𝑢3 18𝑢 3 2
= ∫ 𝑢3 − 6𝑢3 + 10𝑢 3 𝑑𝑢 = − + 15𝑢 3 + 𝑐
8 5
8 5
3(𝑥 + 3)3 18(𝑥 + 3)3 2
= − + 15(𝑥 + 3)3 + 𝑐.
8 5