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SEDUC-PA
Professor Classe I - Matemática
Edital Nº 01/2018 – SEAD, 19 de Março de 2018
MR113-2018
DADOS DA OBRA
• Conhecimentos Específicos
Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza
Produção Editoral
Suelen Domenica Pereira
Julia Antoneli
Capa
Joel Ferreira dos Santos
APRESENTAÇÃO
CURSO ONLINE
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SUMÁRIO
Conhecimentos Específicos
Conjunto de Números Naturais (N): Operações: adição/ subtração / multiplicação/ divisão/ expressão numérica;
Teoria dos números: pares / ímpares / múltiplos / divisores / primos / compostos / fatoração / divisibilidade / MMC
/ MDC...................................................................................................................................................................................................................01
Conjunto dos números relativos (Z): propriedades, comparação e operação.................................................................................. 01
Conjunto dos números racionais (Q): Frações ordinárias e decimais, operações, simplificações............................................. 01
Matemática financeira: razão, proporção, regra de três simples e composta, porcentagem, juros........................................ 18
Função polinominal real: função do 1° e 2° grau, equação do 1° e 2° grau, expressões numéricas: valor numérico, pro-
dutos notáveis, fatoração, simplificação, inequações e sistemas do 1° e 2° grau.......................................................................... 38
Geometria plana: ponto, reta, ângulos, triângulos, quadriláteros e polígonos................................................................................ 56
Geometria espacial: corpos redondos, poliedros, volumes, propriedades........................................................................................ 76
Análise combinatória: Arranjo, permutação, combinação, problemas, cálculos, binômio de Newton................................... 82
Progressões aritméticas e geométricas: termo geral, soma dos termos, razão............................................................................... 91
Polinômios: operações, equações, relações entre coeficientes e razões. .......................................................................................... 99
Questões relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem. ..........................................................................................................106
Conhecimento matemático e suas características. ...................................................................................................................................106
A construção dos conceitos matemáticos. ..................................................................................................................................................106
Aspectos metodológicos do ensino da matemática. ..............................................................................................................................106
Construtivismo e educação matemática. .....................................................................................................................................................106
Ética profissional.....................................................................................................................................................................................................128
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Conjunto de Números Naturais (N): Operações: adição/ subtração / multiplicação/ divisão/ expressão numérica;
Teoria dos números: pares / ímpares / múltiplos / divisores / primos / compostos / fatoração / divisibilidade / MMC
/ MDC...................................................................................................................................................................................................................01
Conjunto dos números relativos (Z): propriedades, comparação e operação.................................................................................. 01
Conjunto dos números racionais (Q): Frações ordinárias e decimais, operações, simplificações............................................. 01
Matemática financeira: razão, proporção, regra de três simples e composta, porcentagem, juros........................................ 18
Função polinominal real: função do 1° e 2° grau, equação do 1° e 2° grau, expressões numéricas: valor numérico, pro-
dutos notáveis, fatoração, simplificação, inequações e sistemas do 1° e 2° grau.......................................................................... 38
Geometria plana: ponto, reta, ângulos, triângulos, quadriláteros e polígonos................................................................................ 56
Geometria espacial: corpos redondos, poliedros, volumes, propriedades........................................................................................ 76
Análise combinatória: Arranjo, permutação, combinação, problemas, cálculos, binômio de Newton................................... 82
Progressões aritméticas e geométricas: termo geral, soma dos termos, razão............................................................................... 91
Polinômios: operações, equações, relações entre coeficientes e razões. .......................................................................................... 99
Questões relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem. ..........................................................................................................106
Conhecimento matemático e suas características. ...................................................................................................................................106
A construção dos conceitos matemáticos. ..................................................................................................................................................106
Aspectos metodológicos do ensino da matemática. ..............................................................................................................................106
Construtivismo e educação matemática. .....................................................................................................................................................106
Ética profissional.....................................................................................................................................................................................................128
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
- Se um número natural é sucessor de outro, então os
CONJUNTO DE NÚMEROS NATURAIS dois números juntos são chamados números consecutivos.
(N): OPERAÇÕES: ADIÇÃO/ SUBTRAÇÃO / Exemplos:
MULTIPLICAÇÃO/ DIVISÃO/ EXPRESSÃO a) 1 e 2 são números consecutivos.
NUMÉRICA; TEORIA DOS NÚMEROS: PARES b) 5 e 6 são números consecutivos.
c) 50 e 51 são números consecutivos.
/ ÍMPARES / MÚLTIPLOS / DIVISORES /
PRIMOS / COMPOSTOS / FATORAÇÃO /
- Vários números formam uma coleção de números na-
DIVISIBILIDADE / MMC / MDC. turais consecutivos se o segundo é sucessor do primeiro,
CONJUNTO DOS NÚMEROS RELATIVOS o terceiro é sucessor do segundo, o quarto é sucessor do
(Z): PROPRIEDADES, COMPARAÇÃO E terceiro e assim sucessivamente.
OPERAÇÃO. Exemplos:
CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS a) 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos.
(Q): FRAÇÕES ORDINÁRIAS E DECIMAIS, b) 5, 6 e 7 são consecutivos.
OPERAÇÕES, SIMPLIFICAÇÕES. c) 50, 51, 52 e 53 são consecutivos.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
- Associativa: A adição no conjunto dos números na- Propriedade Distributiva
turais é associativa, pois na adição de três ou mais parce-
las de números naturais quaisquer é possível associar as Multiplicando um número natural pela soma de dois
parcelas de quaisquer modos, ou seja, com três números números naturais, é o mesmo que multiplicar o fator, por
naturais, somando o primeiro com o segundo e ao resulta- cada uma das parcelas e a seguir adicionar os resultados
do obtido somarmos um terceiro, obteremos um resultado obtidos. m . (p + q) = m . p + m . q → 6 x (5 + 3) = 6 x 5 +
que é igual à soma do primeiro com a soma do segundo e 6 x 3 = 30 + 18 = 48
o terceiro. (A + B) + C = A + (B + C)
- Elemento neutro: No conjunto dos números natu- Divisão de Números Naturais
rais, existe o elemento neutro que é o zero, pois tomando
um número natural qualquer e somando com o elemento Dados dois números naturais, às vezes necessitamos
neutro (zero), o resultado será o próprio número natural. saber quantas vezes o segundo está contido no primeiro.
- Comutativa: No conjunto dos números naturais, a O primeiro número que é o maior é denominado dividendo
adição é comutativa, pois a ordem das parcelas não altera e o outro número que é menor é o divisor. O resultado da
a soma, ou seja, somando a primeira parcela com a segun- divisão é chamado quociente. Se multiplicarmos o divisor
da parcela, teremos o mesmo resultado que se somando a pelo quociente obteremos o dividendo.
segunda parcela com a primeira parcela. No conjunto dos números naturais, a divisão não é
fechada, pois nem sempre é possível dividir um número
Multiplicação de Números Naturais natural por outro número natural e na ocorrência disto a
divisão não é exata.
É a operação que tem por finalidade adicionar o pri-
meiro número denominado multiplicando ou parcela, tan- Relações essenciais numa divisão de números naturais
tas vezes quantas são as unidades do segundo número - Em uma divisão exata de números naturais, o divisor
denominadas multiplicador. deve ser menor do que o dividendo. 35 : 7 = 5
- Em uma divisão exata de números naturais, o dividen-
Exemplo do é o produto do divisor pelo quociente. 35 = 5 x 7
- A divisão de um número natural n por zero não é pos-
4 vezes 9 é somar o número 9 quatro vezes: 4 x 9 = 9 sível pois, se admitíssemos que o quociente fosse q, então
+ 9 + 9 + 9 = 36 poderíamos escrever: n ÷ 0 = q e isto significaria que: n = 0
O resultado da multiplicação é denominado produto x q = 0 o que não é correto! Assim, a divisão de n por 0 não
e os números dados que geraram o produto, são chama- tem sentido ou ainda é dita impossível.
dos fatores. Usamos o sinal × ou · ou x, para representar a
multiplicação. Potenciação de Números Naturais
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
- Se n é um número natural não nulo, então temos que 2 - (PREF. IMARUI/SC – AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS
no=1. Por exemplo: - PREF. IMARUI/2014) José, funcionário público, recebe sa-
- (a) nº = 1 lário bruto de R$ 2.000,00. Em sua folha de pagamento vem
- (b) 5º = 1 o desconto de R$ 200,00 de INSS e R$ 35,00 de sindicato.
- (c) 49º = 1 Qual o salário líquido de José?
A) R$ 1800,00
- A potência zero elevado a zero, denotada por 0o, é B) R$ 1765,00
carente de sentido no contexto do Ensino Fundamental. C) R$ 1675,00
D) R$ 1665,00
- Qualquer que seja a potência em que a base é o nú-
3 – (Professor/Pref.de Itaboraí) O quociente entre dois
mero natural n e o expoente é igual a 1, denotada por n1, é
números naturais é 10. Multiplicando-se o dividendo por
igual ao próprio n. Por exemplo: cinco e reduzindo-se o divisor à metade, o quociente da
nova divisão será:
- (a) n¹ = n A) 2
- (b) 5¹ = 5 B) 5
- (c) 64¹ = 64 C) 25
D) 50
- Toda potência 10n é o número formado pelo algaris- E) 100
mo 1 seguido de n zeros.
Exemplos: 4 - (PREF. ÁGUAS DE CHAPECÓ – OPERADOR DE MÁ-
a- 103 = 1000 QUINAS – ALTERNATIVE CONCURSOS) Em uma loja, as
b- 108 = 100.000.000 compras feitas a prazo podem ser pagas em até 12 vezes
c- 10o = 1 sem juros. Se João comprar uma geladeira no valor de R$
2.100,00 em 12 vezes, pagará uma prestação de:
A) R$ 150,00.
QUESTÕES B) R$ 175,00.
C) R$ 200,00.
D) R$ 225,00.
1 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) A partir de 1º de
março, uma cantina escolar adotou um sistema de recebi-
5 - PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERA-
mento por cartão eletrônico. Esse cartão funciona como CIONAIS – MAKIYAMA/2013) Ontem, eu tinha 345 bolinhas
uma conta corrente: coloca-se crédito e vão sendo debi- de gude em minha coleção. Porém, hoje, participei de um
tados os gastos. É possível o saldo negativo. Enzo toma campeonato com meus amigos e perdi 67 bolinhas, mas
lanche diariamente na cantina e sua mãe credita valores no ganhei outras 90. Sendo assim, qual a quantidade de bo-
cartão todas as semanas. Ao final de março, ele anotou o linhas que tenho agora, depois de participar do campeo-
seu consumo e os pagamentos na seguinte tabela: nato?
A) 368
B) 270
C) 365
D) 290
E) 376
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
6 – (Pref. Niterói) João e Maria disputaram a prefeitura que cada país recebeu foi
de uma determinada cidade que possui apenas duas zonas A) 26.007
eleitorais. Ao final da sua apuração o Tribunal Regional Eleito- B) 26.070
ral divulgou a seguinte tabela com os resultados da eleição. A C) 206.070
quantidade de eleitores desta cidade é: D) 260.007
E) 260.070
1ª Zona Eleitoral 2ª Zona Eleitoral Respostas
João 1750 2245 1 - RESPOSTA: “B”.
Maria 850 2320 crédito: 40+30+35+15=120
Nulos 150 217 débito: 27+33+42+25=127
120-127=-7
Brancos 18 25 Ele tem um débito de R$ 7,00.
Abstenções 183 175
2 - RESPOSTA: “B”.
A) 3995 2000-200=1800-35=1765
B) 7165 O salário líquido de José é R$1765,00.
C) 7532
D) 7575 3 - RESPOSTA: “E”.
E) 7933 D= dividendo
d= divisor
7 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERACIO- Q = quociente = 10
NAIS – MAKIYAMA/2013) Durante um mutirão para promover a R= resto = 0 (divisão exata)
limpeza de uma cidade, os 15.000 voluntários foram igualmente Equacionando:
divididos entre as cinco regiões de tal cidade. Sendo assim, cada D= d.Q + R
região contou com um número de voluntários igual a: D= d.10 + 0 → D= 10d
A) 2500
B) 3200
Pela nova divisão temos:
C) 1500
D) 3000
E) 2000
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Cada região terá 3000 voluntários. é 2, pois 2 + (-2) = (-2) + 2 = 0
8 - RESPOSTA: “B”. No geral, dizemos que o oposto, ou simétrico, de a
250∙12=3000 é – a, e vice-versa; particularmente o oposto de zero é o
O computador custa R$3000,00. próprio zero.
Definimos o conjunto dos números inteiros como a re- Propriedades da adição de números inteiros: O con-
união do conjunto dos números naturais (N = {0, 1, 2, 3, junto Z é fechado para a adição, isto é, a soma de dois
4,..., n,...}, o conjunto dos opostos dos números naturais e o números inteiros ainda é um número inteiro.
zero. Este conjunto é denotado pela letra Z (Zahlen=núme-
ro em alemão). Este conjunto pode ser escrito por: Z = {..., Associativa: Para todos a,b,c em Z:
-4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...} a + (b + c) = (a + b) + c
O conjunto dos números inteiros possui alguns sub- 2 + (3 + 7) = (2 + 3) + 7
conjuntos notáveis:
Comutativa: Para todos a,b em Z:
- O conjunto dos números inteiros não nulos: a+b=b+a
Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...}; 3+7=7+3
Z* = Z – {0}
Elemento Neutro: Existe 0 em Z, que adicionado a
- O conjunto dos números inteiros não negativos: cada z em Z, proporciona o próprio z, isto é:
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4,...} z+0=z
Z+ é o próprio conjunto dos números naturais: Z+ = N 7+0=7
- O conjunto dos números inteiros positivos: Elemento Oposto: Para todo z em Z, existe (-z) em Z,
Z*+ = {1, 2, 3, 4,...} tal que
z + (–z) = 0
- O conjunto dos números inteiros não positivos: 9 + (–9) = 0
Z_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}
Subtração de Números Inteiros
- O conjunto dos números inteiros negativos:
Z*_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1} A subtração é empregada quando:
- Precisamos tirar uma quantidade de outra quantida-
Módulo: chama-se módulo de um número inteiro a de;
distância ou afastamento desse número até o zero, na reta - Temos duas quantidades e queremos saber quanto
numérica inteira. Representa-se o módulo por | |. uma delas tem a mais que a outra;
O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0 - Temos duas quantidades e queremos saber quanto
O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7 falta a uma delas para atingir a outra.
O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9
O módulo de qualquer número inteiro, diferente de A subtração é a operação inversa da adição.
zero, é sempre positivo.
Observe que: 9 – 5 = 4 4+5=9
Números Opostos: Dois números inteiros são ditos diferença
opostos um do outro quando apresentam soma zero; as- subtraendo
sim, os pontos que os representam distam igualmente da minuendo
origem.
Exemplo: O oposto do número 2 é -2, e o oposto de -2
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Considere as seguintes situações: Propriedades da multiplicação de números intei-
ros: O conjunto Z é fechado para a multiplicação, isto é, a
1- Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião multiplicação de dois números inteiros ainda é um número
passou de +3 graus para +6 graus. Qual foi a variação da inteiro.
temperatura?
Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6) Associativa: Para todos a,b,c em Z:
– (+3) = +3 a x (b x c) = (a x b) x c
2 x (3 x 7) = (2 x 3) x 7
2- Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, duran-
te o dia, era de +6 graus. À Noite, a temperatura baixou de Comutativa: Para todos a,b em Z:
3 graus. Qual a temperatura registrada na noite de terça- axb=bxa
-feira? 3x7=7x3
Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) +
(–3) = +3 Elemento neutro: Existe 1 em Z, que multiplicado por
Se compararmos as duas igualdades, verificamos que todo z em Z, proporciona o próprio z, isto é:
(+6) – (+3) é o mesmo que (+6) + (–3). zx1=z
7x1=7
Temos:
(+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3 Elemento inverso: Para todo inteiro z diferente de
(+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3 zero, existe um inverso z–1=1/z em Z, tal que
(–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3 z x z–1 = z x (1/z) = 1
9 x 9–1 = 9 x (1/9) = 1
Daí podemos afirmar: Subtrair dois números inteiros
é o mesmo que adicionar o primeiro com o oposto do se- Distributiva: Para todos a,b,c em Z:
gundo. a x (b + c) = (a x b) + (a x c)
3 x (4+5) = (3 x 4) + (3 x 5)
Multiplicação de Números Inteiros
Divisão de Números Inteiros
A multiplicação funciona como uma forma simplificada
de uma adição quando os números são repetidos. Podería- Dividendo divisor dividendo:
mos analisar tal situação como o fato de estarmos ganhan- Divisor = quociente 0
do repetidamente alguma quantidade, como por exemplo, Quociente . divisor = dividendo
ganhar 1 objeto por 30 vezes consecutivas, significa ganhar
30 objetos e esta repetição pode ser indicada por um x, isto
é: 1 + 1 + 1 ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30 Sabemos que na divisão exata dos números naturais:
Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2 40 : 5 = 8, pois 5 . 8 = 40
+ 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60 36 : 9 = 4, pois 9 . 4 = 36
Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos:
(–2) + (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60 Vamos aplicar esses conhecimentos para estudar a di-
Observamos que a multiplicação é um caso particular visão exata de números inteiros. Veja o cálculo:
da adição onde os valores são repetidos. (–20) : (+5) = q (+5) . q = (–20) q = (–4)
Na multiplicação o produto dos números a e b, pode Logo: (–20) : (+5) = - 4
ser indicado por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum sinal
entre as letras. Considerando os exemplos dados, concluímos que,
Para realizar a multiplicação de números inteiros, deve- para efetuar a divisão exata de um número inteiro por ou-
mos obedecer à seguinte regra de sinais: tro número inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo
(+1) x (+1) = (+1) do dividendo pelo módulo do divisor. Daí:
(+1) x (-1) = (-1) - Quando o dividendo e o divisor têm o mesmo sinal, o
(-1) x (+1) = (-1) quociente é um número inteiro positivo.
(-1) x (-1) = (+1) - Quando o dividendo e o divisor têm sinais diferentes,
o quociente é um número inteiro negativo.
Com o uso das regras acima, podemos concluir que: - A divisão nem sempre pode ser realizada no conjunto
Z. Por exemplo, (+7) : (–2) ou (–19) : (–5) são divisões que
não podem ser realizadas em Z, pois o resultado não é um
Sinais dos números Resultado do produto
número inteiro.
Iguais Positivo - No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é as-
sociativa e não tem a propriedade da existência do elemen-
Diferentes Negativo to neutro.
1- Não existe divisão por zero.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Exemplo: (–15) : 0 não tem significado, pois não existe A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro a
um número inteiro cujo produto por zero seja igual a –15. é a operação que resulta em outro número inteiro não ne-
2- Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente gativo que elevado ao quadrado coincide com o número a.
de zero, é zero, pois o produto de qualquer número inteiro
por zero é igual a zero. Observação: Não existe a raiz quadrada de um núme-
Exemplos: a) 0 : (–10) = 0 b) 0 : (+6) = 0 c) 0 : (–1) ro inteiro negativo no conjunto dos números inteiros.
=0
Erro comum: Frequentemente lemos em materiais di-
Potenciação de Números Inteiros dáticos e até mesmo ocorre em algumas aulas aparecimen-
to de:
A potência an do número inteiro a, é definida como um √9 = ±3
produto de n fatores iguais. O número a é denominado a mas isto está errado. O certo é:
base e o número n é o expoente. √9 = +3
an = a x a x a x a x ... x a
a é multiplicado por a n vezes Observamos que não existe um número inteiro não
negativo que multiplicado por ele mesmo resulte em um
Exemplos:33 = (3) x (3) x (3) = 27 número negativo.
(-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125 A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro a é a
(-7)² = (-7) x (-7) = 49 operação que resulta em outro número inteiro que elevado
(+9)² = (+9) x (+9) = 81 ao cubo seja igual ao número a. Aqui não restringimos os
nossos cálculos somente aos números não negativos.
- Toda potência de base positiva é um número inteiro
positivo. Exemplos
Exemplo: (+3)2 = (+3) . (+3) = +9 3
8
(a) = 2, pois 2³ = 8.
- Toda potência de base negativa e expoente par é 3
− 8 = –2, pois (–2)³ = -8.
(b)
um número inteiro positivo.
Exemplo: (– 8)2 = (–8) . (–8) = +64 3
27 = 3, pois 3³ = 27.
(c)
- Toda potência de base negativa e expoente ímpar é 3
− 27 = –3, pois (–3)³ = -27.
(d)
um número inteiro negativo.
Exemplo: (–5)3 = (–5) . (–5) . (–5) = –125 Observação: Ao obedecer à regra dos sinais para o
produto de números inteiros, concluímos que:
Propriedades da Potenciação: (a) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número
inteiro negativo.
Produtos de Potências com bases iguais: Conserva- (b) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz
-se a base e somam-se os expoentes. (–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6 de qualquer número inteiro.
= (–7)9
QUESTÕES
Quocientes de Potências com bases iguais: Conser-
va-se a base e subtraem-se os expoentes. (+13)8 : (+13)6 = 1 - (TRF 2ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012) Uma
(+13)8 – 6 = (+13)2 operação λ é definida por:
wλ = 1 − 6w, para todo inteiro w.
Potência de Potência: Conserva-se a base e multipli- Com base nessa definição, é correto afirmar que a
cam-se os expoentes. [(+4)5]2 = (+4)5 . 2 = (+4)10 soma 2λ + (1λ) λ é igual a
A) −20.
Potência de expoente 1: É sempre igual à base. (+9)1 B) −15.
= +9 (–13)1 = –13 C) −12.
D) 15.
Potência de expoente zero e base diferente de zero: E) 20.
É igual a 1. Exemplo: (+14)0 = 1 (–35)0 = 1
2 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014)
Radiciação de Números Inteiros Ruth tem somente R$ 2.200,00 e deseja gastar a maior
quantidade possível, sem ficar devendo na loja.
A raiz n-ésima (de ordem n) de um número inteiro a é Verificou o preço de alguns produtos:
a operação que resulta em outro número inteiro não ne- TV: R$ 562,00
gativo b que elevado à potência n fornece o número a. O DVD: R$ 399,00
número n é o índice da raiz enquanto que o número a é o Micro-ondas: R$ 429,00
radicando (que fica sob o sinal do radical). Geladeira: R$ 1.213,00
7
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Na aquisição dos produtos, conforme as condições mencionadas, e pagando a compra em dinheiro, o troco recebido
será de:
A) R$ 84,00
B) R$ 74,00
C) R$ 36,00
D) R$ 26,00
E) R$ 16,00
II
III
De acordo com as propriedades da potenciação, temos que, respectivamente, nas operações I, II e III:
A) x=b-c, y=b+c e z=c/2.
B) x=b+c, y=b-c e z=2c.
C) x=2bc, y=-2bc e z=2c.
D) x=c-b, y=b-c e z=c-2.
E) x=2b, y=2c e z=c+2.
6 – (Operador de máq./Pref.Coronel Fabriciano/MG) Quantos são os valores inteiros e positivos de x para os quais
é um número inteiro?
A) 0
B) 1
C) 2
D) 3
E) 4
8
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
7- (CASA DA MOEDA) O quadro abaixo indica o nú- 4 - RESPOSTA: “D”.
mero de passageiros num vôo entre Curitiba e Belém, com Maior inteiro menor que 8 é o 7
duas escalas, uma no Rio de Janeiro e outra em Brasília. Os Menor inteiro maior que -8 é o -7.
números indicam a quantidade de passageiros que subi- Portanto: 7⋅(-7)=-49
ram no avião e os negativos, a quantidade dos que desce-
ram em cada cidade. 5 - RESPOSTA: “C”.
Carla: 520-220-485+635=450 pontos
Mateus: -280+675+295-115=575 pontos
Curtiba +240
Diferença: 575-450=125 pontos
-194
Rio de Janeiro
+158 6 - RESPOSTA:“C”.
-108 Fazendo substituição dos valores de x, dentro dos con-
Brasília juntos do inteiros positivos temos:
+94
1 - RESPOSTA:“E”. 7 - RESPOSTA:“D”.
Pela definição: 240- 194 +158 -108 +94 = 190
Fazendo w=2
NÚMEROS RACIONAIS – Q
9
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Exemplo 1
2 = 0,4 Seja a dízima 0, 333... .
5
Façamos x = 0,333... e multipliquemos ambos os
1 = 0,25 membros por 10: 10x = 0,333
4 Subtraindo, membro a membro, a primeira igualdade
da segunda:
35 = 8,75 10x – x = 3,333... – 0,333... ⇒ 9x = 3 ⇒ x = 3/9
4
Assim, a geratriz de 0,333... é a fração 3 .
153 = 3,06 9
50 Exemplo 2
2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, Seja a dízima 5, 1717...
infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se
periodicamente. Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas: Façamos x = 5,1717... e 100x = 517,1717... .
Subtraindo membro a membro, temos:
1
= 0,333... 99x = 512 ⇒ x = 512/99
3
Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração 512 .
1 = 0,04545... 99
22 Exemplo 3
167 = 2,53030... Seja a dízima 1, 23434...
66
Façamos x = 1,23434... 10x = 12,3434... 1000x =
Representação Fracionária dos Números Decimais 1234,34... .
Subtraindo membro a membro, temos:
Trata-se do problema inverso: estando o número 990x = 1234,34... – 12,34... ⇒ 990x = 1222 ⇒ x
racional escrito na forma decimal, procuremos escrevê-lo = 1222/990
na forma de fração. Temos dois casos:
Simplificando, obtemos x = 611 , a fração geratriz da
1º) Transformamos o número em uma fração cujo dízima 1, 23434... 495
numerador é o número decimal sem a vírgula e o
denominador é composto pelo numeral 1, seguido de Módulo ou valor absoluto: É a distância do ponto que
tantos zeros quantas forem as casas decimais do número representa esse número ao ponto de abscissa zero.
decimal dado:
57
5,7 =
10 3
Módulo de + 3 é 3 . Indica-se + 3 =
2 2 2 2
0,76 = 76
100 Números Opostos: Dizemos que – 32 e 32 são números
racionais opostos ou simétricos e cada um deles é o oposto
3,48 = 348 do outro. As distâncias dos pontos – 3 e 3 ao ponto zero
2 2
100 da reta são iguais.
a ad + bc
+ c =
b d bd
10
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Propriedades da Adição de Números Racionais Divisão de Números Racionais
O conjunto Q é fechado para a operação de adição, isto A divisão de dois números racionais p e q é a própria
é, a soma de dois números racionais ainda é um número operação de multiplicação do número p pelo inverso de q,
racional. isto é: p ÷ q =
- Associativa: Para todos a, b, c em Q: a + ( b + c ) = (
a+b)+c Potenciação de Números Racionais
- Comutativa: Para todos a, b em Q: a + b = b + a
- Elemento neutro: Existe 0 em Q, que adicionado a A potência qn do número racional q é um produto de
todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é: q + 0 = q n fatores iguais. O número q é denominado a base e o
- Elemento oposto: Para todo q em Q, existe -q em Q, número n é o expoente.
tal que q + (–q) = 0 qn = q × q × q × q × ... × q, (q aparece n vezes)
11
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
‘- Produto de potências de mesma base. Para reduzir Um número racional positivo só tem raiz quadrada no
um produto de potências de mesma base a uma só conjunto dos números racionais se ele for um quadrado
potência, conservamos a base e somamos os expoentes. perfeito.
2
2 3 2+3 5 O número 3 não tem raiz quadrada em Q, pois não
⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2 2⎞ ⎛ 2 2 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞
⎜⎝ ⎟⎠ .⎜⎝ ⎟⎠ = ⎜⎝ . ⎟⎠ .⎜⎝ . . ⎟⎠ = ⎜⎝ ⎟⎠ =⎜ ⎟ existe número racional que elevado ao quadrado dê 2 .
5 5 5 5 5 5 5 5 ⎝ 5⎠ 3
Questões
- Quociente de potências de mesma base. Para reduzir
um quociente de potências de mesma base a uma só 1 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPE-
potência, conservamos a base e subtraímos os expoentes. RACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Na escola onde estudo,
¼ dos alunos tem a língua portuguesa como disciplina fa-
vorita, 9/20 têm a matemática como favorita e os demais
têm ciências como favorita. Sendo assim, qual fração repre-
senta os alunos que têm ciências como disciplina favorita?
A) 1/4
B) 3/10
- Potência de Potência. Para reduzir uma potência de C) 2/9
potência a uma potência de um só expoente, conservamos D) 4/5
a base e multiplicamos os expoentes E) 3/2
12
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
A) ½ Qual o total de pessoas detidas nessa operação poli-
B) 1 cial?
C) 3/2 A) 145
D) 2 B) 185
E) 3 C) 220
D) 260
6 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Em um jogo E) 120
matemático, cada jogador tem direito a 5 cartões marcados
com um número, sendo que todos os jogadores recebem 10 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS
os mesmos números. Após todos os jogadores receberem OPERACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Quando pergunta-
seus cartões, aleatoriamente, realizam uma determinada do sobre qual era a sua idade, o professor de matemática
tarefa que também é sorteada. Vence o jogo quem cumprir respondeu:
a tarefa corretamente. Em uma rodada em que a tarefa era “O produto das frações 9/5 e 75/3 fornece a minha
colocar os números marcados nos cartões em ordem cres- idade!”.
cente, venceu o jogador que apresentou a sequência Sendo assim, podemos afirmar que o professor tem:
A) 40 anos.
B) 35 anos.
C) 45 anos.
D) 30 anos.
E) 42 anos.
Respostas
1 - RESPOSTA: “B”.
Somando português e matemática:
2 - RESPOSTA: “B”.
A) 34/39
B) 103/147
C) 104/147 Como recebeu um desconto de 10 centavos, Dirce pa-
D) 35/49 gou 58 reais
E) 106/147 Troco:100-58=42 reais
13
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
5 - RESPOSTA: “B”. 10 - RESPOSTA: “C”.
NÚMEROS REAIS
Propriedade
9 - RESPOSTA: “A”.
Ao conjunto formado pelos números Irracionais e pelos
números Racionais chamamos de conjunto dos números
Reais. Ao unirmos o conjunto dos números Irracionais com
o conjunto dos números Racionais, formando o conjunto
dos números Reais, todas as distâncias representadas
por eles sobre uma reta preenchem-na por completo;
Como 3/4 eram homens, 1/4 eram mulheres isto é, ocupam todos os seus pontos. Por isso, essa reta é
denominada reta Real.
ou 800-600=200 mulheres
14
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Expressão aproximada dos números Reais
15
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
- Em geral, para obter uma aproximação de n casas Questões
decimais, devemos trabalhar com números Reais
aproximados, isto é, com n + 1 casas decimais. 1 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Um comer-
Para colocar em prática o que foi exposto, vamos ciante tem 8 prateleiras em seu empório para organizar os
fazer as quatro operações indicadas: adição, subtração, produtos de limpeza. Adquiriu 100 caixas desses produtos
multiplicação e divisão com dois números Irracionais. com 20 unidades cada uma, sendo que a quantidade total
de unidades compradas será distribuída igualmente entre
essas prateleiras. Desse modo, cada prateleira receberá um
número de unidades, desses produtos, igual a
A) 40
B) 50
Valor Absoluto C) 100
D) 160
E) 250
Como vimos, o erro pode ser:
- Por excesso: neste caso, consideramos o erro positivo.
2 - (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA –
- Por falta: neste caso, consideramos o erro negativo. INDEC/2013) Em uma banca de revistas existem um total
Quando o erro é dado sem sinal, diz-se que está dado de 870 exemplares dos mais variados temas. Metade das
em valor absoluto. O valor absoluto de um número a é revistas é da editora A, dentre as demais, um terço são pu-
designado por |a| e coincide com o número positivo, se for blicações antigas. Qual o número de exemplares que não
positivo, e com seu oposto, se for negativo. são da Editora A e nem são antigas?
Exemplo: Um livro nos custou 8,50 reais. Pagamos com A) 320
uma nota de 10 reais. Se nos devolve 1,60 real de troco, o B) 290
vendedor cometeu um erro de +10 centavos. Ao contrário, C) 435
se nos devolve 1,40 real, o erro cometido é de 10 centavos. D) 145
16
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
5 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014) 10 - (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
Paulo recebeu R$1.000,00 de salário. Ele gastou ¼ do sa- GRANRIO/2013) Gilberto levava no bolso três moedas de
lário com aluguel da casa e 3/5 do salário com outras des- R$ 0,50, cinco de R$ 0,10 e quatro de R$ 0,25. Gilberto reti-
pesas. Do salário que Paulo recebeu, quantos reais ainda rou do bolso oito dessas moedas, dando quatro para cada
restam? filho.
A) R$ 120,00 A diferença entre as quantias recebidas pelos dois fi-
B) R$ 150,00 lhos de Gilberto é de, no máximo,
C) R$ 180,00 A) R$ 0,45
D) R$ 210,00 B) R$ 0,90
E) R$ 240,00 C) R$ 1,10
D) R$ 1,15
6 - (UFABC/SP – TECNÓLOGO-TECNOLOGIA DA IN- E) R$ 1,35
FORMAÇÃO – VUNESP/2013) Um jardineiro preencheu
parcialmente, com água, 3 baldes com capacidade de 15
Respostas
litros cada um. O primeiro balde foi preenchido com 2/3
de sua capacidade, o segundo com 3/5 da capacidade, e
o terceiro, com um volume correspondente à média dos 1 - RESPOSTA: “E”.
volumes dos outros dois baldes. A soma dos volumes de Total de unidades: 100⋅20=2000 unidades
água nos três baldes, em litros, é
A) 27. unidades em cada prateleira.
B) 27,5.
C) 28.
D) 28,5. 2 - RESPOSTA: “B”.
E) 29. editora A: 870/2=435 revistas
publicações antigas: 435/3=145 revistas
7 - (UFOP/MG – ADMINISTRADOR DE EDIFICIOS –
UFOP/2013) Uma pessoa caminha 5 minutos em ritmo
normal e, em seguida, 2 minutos em ritmo acelerado e,
assim, sucessivamente, sempre intercalando os ritmos da O número de exemplares que não são da Editora A e
caminhada (5 minutos normais e 2 minutos acelerados). A nem são antigas são 290.
caminhada foi iniciada em ritmo normal, e foi interrompida
após 55 minutos do início. 3 - RESPOSTA: “B”.
O tempo que essa pessoa caminhou aceleradamente
foi:
A) 6 minutos
B) 10 minutos 14 vezes iguais
C) 15 minutos Coco inteiro: 14
D) 20 minutos Metades:14.2=28
Terça parte:14.3=42
8 - (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF. Quarta parte:14.4=56
IMARUÍ/2014) Sobre o conjunto dos números reais é
3 cocos: 1 coco inteiro, metade dos cocos, terça parte
CORRETO dizer:
Quantidade total
A) O conjunto dos números reais reúne somente os nú-
Coco inteiro: 14+1=15
meros racionais.
B) R* é o conjunto dos números reais não negativos. Metades: 28+2=30
C) Sendo A = {-1,0}, os elementos do conjunto A não Terça parte:42+3=45
são números reais. Quarta parte :56
D) As dízimas não periódicas são números reais.
17
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
5 - RESPOSTA: “B”. 10 - RESPOSTA: “E”.
Supondo que as quatro primeiras moedas sejam as 3
Aluguel: de R$ 0,50 e 1 de R$ 0,25(maiores valores).
Um filho receberia : 1,50+0,25=R$1,75
E as ouras quatro moedas sejam de menor valor: 4 de
Outras despesas: R$ 0,10=R$ 0,40.
A maior diferença seria de 1,75-0,40=1,35
Dica: sempre que fala a maior diferença tem que o
maior valor possível – o menor valor.
Restam :1000-850=R$150,00
Razão
Segundo balde:
Sejam dois números reais a e b, com b ≠ 0. Chama-se
razão entre a e b (nessa ordem) o quociente a b, ou .
A razão é representada por um número racional, mas é
Terceiro balde:
lida de modo diferente.
Exemplos
A soma dos volumes é : 10+9+9,5=28,5 litros
3
a) A fração lê-se: “três quintos”.
5
7 - RESPOSTA: “C”.
A caminhada sempre vai ser 5 minutos e depois 2 mi-
3
b) A razão lê-se: “3 para 5”.
nutos, então 7 minutos ao total. 5
Dividindo o total da caminhada pelo tempo, temos: Os termos da razão recebem nomes especiais.
O número 3 é numerador
3
a) Na fração
Assim, sabemos que a pessoa caminhou 7. (5 minutos 5
O número 5 é denominador
+2 minutos) +6 minutos (5 minutos+1 minuto)
Aceleradamente caminhou: (7.2)+1➜ 14+1=15 minutos
O número 3 é antecedente
a) Na razão 3
8 - RESPOSTA: “D”. 5 O número 5 é consequente
A) errada - O conjunto dos números reais tem os con-
juntos: naturais, inteiros, racionais e irracionais. Exemplo 1
B) errada – R* são os reais sem o zero.
C) errada - -1 e 0 são números reais. A razão entre 20 e 50 é 20 = 2 ; já a razão entre 50 e
20 é 50 5 . 50 5
=
20 2
9 - RESPOSTA: “C”.
1 a 9 =9 algarismos=0,001⋅9=0,009 ml Exemplo 2
De 10 a 99, temos que saber quantos números tem.
99-10+1=90. Numa classe de 42 alunos há 18 rapazes e 24 moças. A
OBS: soma 1, pois quanto subtraímos exclui-se o pri-
razão entre o número de rapazes e o número de moças é
meiro número.
18 3
90 números de 2 algarismos: 0,002⋅90=0,18ml = , o que significa que para “cada 3 rapazes há 4 mo-
De 100 a 999 24 4
999-100+1=900 números ças”. Por outro lado, a razão entre o número de rapazes e o
900⋅0,003=2,7ml 18 3
total de alunos é dada por = , o que equivale a dizer
1000=0,004ml 42 7
Somando: 0,009+0,18+2,7+0,004=2,893 que “de cada 7 alunos na classe, 3 são rapazes”.
18
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Razão entre grandezas de mesma espécie A esse tipo de razão dá-se o nome de densidade de-
mográfica.
A razão entre duas grandezas de mesma espécie é o A notação hab./km2 (lê-se: ”habitantes por quilômetro
quociente dos números que expressam as medidas dessas quadrado”) deve acompanhar a razão.
grandezas numa mesma unidade.
Exemplo 3
Exemplo
Um carro percorreu, na cidade, 83,76 km com 8 L de
Uma sala tem 18 m2. Um tapete que ocupar o centro gasolina. Dividindo-se o número de quilômetros percor-
dessa sala mede 384 dm2. Vamos calcular a razão entre a ridos pelo número de litros de combustível consumidos,
área do tapete e a área da sala. teremos o número de quilômetros que esse carro percorre
Primeiro, devemos transformar as duas grandezas em com um litro de gasolina:
uma mesma unidade:
Área da sala: 18 m2 = 1 800 dm2 83, 76km
≅ 10, 47km / l
Área do tapete: 384 dm2 8l
Estando as duas áreas na mesma unidade, podemos
escrever a razão: A esse tipo de razão dá-se o nome de consumo mé-
dio.
384dm 2 384 16 A notação km/l (lê-se: “quilômetro por litro”) deve
= = acompanhar a razão.
1800dm 2
1800 75
Exemplo 4
Razão entre grandezas de espécies diferentes
Uma sala tem 8 m de comprimento. Esse comprimento
Exemplo 1 é representado num desenho por 20 cm. Qual é a escala
do desenho?
Considere um carro que às 9 horas passa pelo quilôme-
tro 30 de uma estrada e, às 11 horas, pelo quilômetro 170. comprimento i no i desenho 20cm 20cm 1
Escala = = = = ou1 : 40
comprimento i real 8m 800cm 40
Distância percorrida: 170 km – 30 km = 140 km
Tempo gasto: 11h – 9h = 2h
A razão entre um comprimento no desenho e o corres-
Calculamos a razão entre a distância percorrida e o pondente comprimento real, chama-se Escala.
tempo gasto para isso:
Proporção
140km
= 70km / h
2h A igualdade entre duas razões recebe o nome de pro-
porção.
A esse tipo de razão dá-se o nome de velocidade mé- 3 6
dia. Na proporção 5 = 10 (lê-se: “3 está para 5 assim como
A Região Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Ja- “Em toda proporção, o produto dos meios é igual
neiro e São Paulo) tem uma área aproximada de 927 286 km2 ao produto dos extremos”.
e uma população de 66 288 000 habitantes, aproximadamen-
te, segundo estimativas projetadas pelo Instituto Brasileiro de Exemplo 1
Geografia e Estatística (IBGE) para o ano de 1995. 2 6
Dividindo-se o número de habitantes pela área, obte- Na proporção = , temos 2 x 9 = 3 x 6 = 18;
3 9
remos o número de habitantes por km2 (hab./km2):
19
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Exemplo 2 A soma dos antecedentes está para a soma dos con-
sequentes assim como cada antecedente está para o seu
Na bula de um remédio pediátrico recomenda-se a consequente.
seguinte dosagem: 5 gotas para cada 2 kg do “peso” da
criança. 12 3 ⎧12 + 3 12 15 12
= ⇒⎨ = ⇒ =
Se uma criança tem 12 kg, a dosagem correta x é dada 8 2 ⎩ 8+2 8 10 8
por:
ou
5gotas x
= → x = 30gotas 12 3 ⎧12 + 3 3 15 3
2kg 12kg = ⇒⎨ = ⇒ =
8 2 ⎩ 8 + 2 2 10 2
Por outro lado, se soubermos que foram corretamente
ministradas 20 gotas a uma criança, podemos concluir que A diferença dos antecedentes está para a diferença dos
seu “peso” é 8 kg, pois: consequentes assim como cada antecedente está para o
5gotas seu consequente.
= 20gotas / p → p = 8kg
2kg
3 1 ⎧ 3−1 3 2 3
= ⇒⎨ = ⇒ =
(nota: o procedimento utilizado nesse exemplo é co- 15 5 ⎩15 − 5 15 10 15
mumente chamado de regra de três simples.)
ou
Propriedades da Proporção
3 1 ⎧ 3−1 1 2 1
= ⇒⎨ = ⇒ =
O produto dos extremos é igual ao produto dos meios: 15 5 ⎩15 − 5 5 10 5
essa propriedade possibilita reconhecer quando duas ra-
zões formam ou não uma proporção. Questões
4 12
e 1 - (VUNESP - AgSegPenClasseI-V1 - 2012) – Em um
3 9 formam uma proporção, pois concurso participaram 3000 pessoas e foram aprovadas
1800. A razão do número de candidatos aprovados para o
Produtos dos extremos ← 4.9
= 3.12
→ Produtos dos total de candidatos participantes do concurso é:
meios. 36 36
A) 2/3
B) 3/5
A soma dos dois primeiros termos está para o primeiro
C) 5/10
(ou para o segundo termo) assim como a soma dos dois
D) 2/7
últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo).
E) 6/7
5 10 ⎧ 5 + 2 10 + 4 7 14 2 – (VNSP1214/001-AssistenteAdministrativo-I – 2012)
= ⇒⎨ = ⇒ =
2 4 ⎩ 5 10 5 10 – Em uma padaria, a razão entre o número de pessoas que
tomam café puro e o número de pessoas que tomam café
ou com leite, de manhã, é 2/3. Se durante uma semana, 180
pessoas tomarem café de manhã nessa padaria, e supondo
5 10 ⎧ 5 + 2 10 + 4 7 14 que essa razão permaneça a mesma, pode-se concluir que
= ⇒⎨ = ⇒ = o número de pessoas que tomarão café puro será:
2 4 ⎩ 2 4 2 4
A) 72
A diferença entre os dois primeiros termos está para B) 86
o primeiro (ou para o segundo termo) assim como a dife- C) 94
rença entre os dois últimos está para o terceiro (ou para o D) 105
quarto termo). E) 112
20
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
A) 31 D)
B) 34 Nº de livros Nº de revistas
C) 36
D) 38 Antes da compra 200 50
E) 43 Após a compra 300 200
A razão entre a área do triângulo (CEF) e a área do re- 7 - (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF. IMA-
tângulo é: RUÍ/2014) De cada dez alunos de uma sala de aula, seis são
a) 1/8 do sexo feminino. Sabendo que nesta sala de aula há de-
b) 1/6 zoito alunos do sexo feminino, quantos são do sexo mas-
c) 1/2 culino?
d) 2/3 A) Doze alunos.
e) 3/4 B) Quatorze alunos.
C) Dezesseis alunos.
D) Vinte alunos.
5 - (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) Na
biblioteca de uma faculdade, a relação entre a quantidade 8 - (TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-
de livros e de revistas era de 1 para 4. Com a compra de NESP/2013) Em um dia de muita chuva e trânsito caótico,
novos exemplares, essa relação passou a ser de 2 para 3. 2/5 dos alunos de certa escola chegaram atrasados, sendo
Assinale a única tabela que está associada corretamen- que 1/4 dos atrasados tiveram mais de 30 minutos de atra-
te a essa situação. so. Sabendo que todos os demais alunos chegaram no ho-
rário, pode-se afirmar que nesse dia, nessa escola, a razão
A) entre o número de alunos que chegaram com mais de 30
Nº de livros Nº de revistas minutos de atraso e número de alunos que chegaram no
horário, nessa ordem, foi de
Antes da compra 50 200
A) 2:3
Após a compra 200 300 B) 1:3
C) 1:6
B) D) 3:4
Nº de livros Nº de revistas E) 2:5
Antes da compra 50 200 9 - (PMPP1101/001-Escriturário-I-manhã – 2012) – A
Após a compra 300 200 razão entre as idades de um pai e de seu filho é hoje de
5/2. Quando o filho nasceu, o pai tinha 21 anos. A idade do
C) filho hoje é de
Nº de livros Nº de revistas A) 10 anos
B) 12 anos
Antes da compra 200 50 C) 14 anos
Após a compra 200 300 D) 16 anos
E) 18 anos
21
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
10 - (FAPESP – ANALISTA ADMINISTRATIVO – VUNESP/2012) Em uma fundação, verificou-se que a razão entre o nú-
mero de atendimentos a usuários internos e o número de atendimento total aos usuários (internos e externos), em um
determinado dia, nessa ordem, foi de 3/5. Sabendo que o número de usuários externos atendidos foi 140, pode-se concluir
que, no total, o número de usuários atendidos foi
A) 84
B) 100
C) 217
D) 280
E) 350
Respostas
1 – Resposta “B”
2 – Resposta “A”
Sejam CP e CL o número de pessoas que consumiram café puro e café com leite respectivamente. Como na semana o
número total de pessoas que consumiram café foi de 180, temos que:
CP+CL = 180
180.2 = CP.5 CP = CP = 72
3 - RESPOSTA: “D”
4 - Resposta “B”
22
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
5 - RESPOSTA: “A” 10 - RESPOSTA: “E”
Para cada 1 livro temos 4 revistas Usuários internos: I
Significa que o número de revistas é 4x o número de Usuários externos : E
livros.
50 livros: 200 revistas 5I = 3I+420 2I = 420 I = 210
Depois da compra
2 livros :3 revistas I+E = 210+140 = 350
200 livros: 300 revistas
6 - RESPOSTA: “C” REGRA DE TRÊS SIMPLES
A razão entre a idade do pai e do filho é respectiva- Distância (km) Litros de álcool
mente , se quando o filho nasceu o pai tinha 21, sig- 180 15
nifica que hoje o pai tem x + 21 , onde x é a idade do filho. 210 x
Montando a proporção teremos:
mesmo sentido
180 6 15
= 6x = 7 . 15 6x = 105 x = 105 x
210 7 x = 17,5 6
23
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Exemplo 2: Viajando de automóvel, à velocidade Se duplicarmos a velocidade inicial do carro, o tempo
de 60 km/h, eu gastaria 4 h para fazer certo percurso. gasto para fazer o percurso cairá para a metade; logo,
Aumentando a velocidade para 80 km/h, em quanto as grandezas são inversamente proporcionais. Assim, os
tempo farei esse percurso? números 200 e 240 são inversamente proporcionais aos
Solução: Indicando por x o número de horas e números 18 e x.
colocando as grandezas de mesma espécie em uma Daí temos:
mesma coluna e as grandezas de espécies diferentes que 200 . 18 = 240 . x
se correspondem em uma mesma linha, temos: 3 600 = 240x
240x = 3 600
Velocidade (km/h) Tempo (h) x = 3600
240
60 4
80 x x = 15
24
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Sentidos contrários
25
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
A) 36. 9 - (TRF 3ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2014) Sa-
B) 38. be-se que uma máquina copiadora imprime 80 cópias em
C) 40. 1 minuto e 15 segundos. O tempo necessário para que 7
D) 42. máquinas copiadoras, de mesma capacidade que a primei-
E) 44. ra citada, possam imprimir 3360 cópias é de
A) 15 minutos.
5 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Em uma ma- B) 3 minutos e 45 segundos.
quete, uma janela de formato retangular mede 2,0 cm de C) 7 minutos e 30 segundos.
largura por 3,5 cm de comprimento. No edifício, a largura D) 4 minutos e 50 segundos.
real dessa janela será de 1,2 m. O comprimento real cor- E) 7 minutos.
respondente será de:
A) 1,8 m 10 – (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA-
B) 1,35 m MA/2013) Os 5 funcionários de uma padaria produzem,
C) 1,5 m utilizando três fornos, um total de 2500 pães ao longo das
D) 2,1 m 10 horas de sua jornada de trabalho. No entanto, o dono
E) 2,45 m de tal padaria pretende contratar mais um funcionário,
comprar mais um forno e reduzir a jornada de trabalho de
seus funcionários para 8 horas diárias. Considerando que
6 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO AD- todos os fornos e funcionários produzem em igual quan-
MINISTRATIVO – FCC/2014) O trabalho de varrição de tidade e ritmo, qual será, após as mudanças, o número de
6.000 m² de calçada é feita em um dia de trabalho por 18 pães produzidos por dia?
varredores trabalhando 5 horas por dia. Mantendo-se as A) 2300 pães.
mesmas proporções, 15 varredores varrerão 7.500 m² de B) 3000 pães.
calçadas, em um dia, trabalhando por dia, o tempo de C) 2600 pães.
A) 8 horas e 15 minutos. D) 3200 pães.
B) 9 horas. E) 3600 pães.
C) 7 horas e 45 minutos.
Respostas
D) 7 horas e 30 minutos.
E) 5 horas e 30 minutos.
1- RESPOSTA: “B”
Como as alternativas estão em segundo, devemos tra-
7 – (PREF. CORBÉLIA/PR – CONTADOR – FAUEL/2014)
balhar com o tempo em segundo.
Uma equipe constituída por 20 operários, trabalhando 8
1 minuto = 60 segundos ; logo 5minutos = 60.5 = 300
horas por dia durante 60 dias, realiza o calçamento de uma
segundos
área igual a 4800 m². Se essa equipe fosse constituída por
15 operários, trabalhando 10 horas por dia, durante 80
Metro Segundos
dias, faria o calçamento de uma área igual a: 1500 ----- 300
A) 4500 m² 100 ----- x
B) 5000 m²
C) 5200 m² Como estamos trabalhando com duas grandezas dire-
D) 6000 m² tamente proporcionais temos:
E) 6200 m²
26
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
4500.x = 3375.1 ➜ x = 0,75 h
Como a resposta esta em minutos devemos achar o
correspondente em minutos
Hora Minutos
1 ------ 60
0,75 ----- x
1.x = 0,75.60 ➜ x = 45 minutos.
3. RESPOSTA : “C”
Como ele teve um prejuízo de 10%, quer dizer 27000 é Como 0,5 h equivale a 30 minutos , logo o tempo será
90% do valor total. de 7 horas e 30 minutos.
Valor %
27000 ------ 90
7 - RESPOSTA: “D”.
X ------- 100
Operários↑ horas↑ dias↑ área↑
20-----------------8-------------60-------4800
= 27000.10 ➜ 9x = 270000
15----------------10------------80-------- x
➜ x = 30000.
Todas as grandezas são diretamente proporcionais,
4. RESPOSTA : “A” logo:
75% Homens = 72
25% Mulheres = 24 Antes
40% Mulheres = 24
60% Homens = x Depois
40% -------------- 24
60% -------------- x
8- RESPOSTA: “B”
40x = 60 . 24 ➜ x = ➜ x = 36. Temos 10 funcionários inicialmente, com os afastamen-
to esse número passou para 8. Se eles trabalham 8 horas
Portanto: 72 – 36 = 36 Homens se retiraram. por dia , passarão a trabalhar uma hora a mais perfazendo
um total de 9 horas, nesta condições temos:
Funcionários↑ horas↑ dias↓
5. RESPOTA: “D” 10---------------8--------------27
Transformando de cm para metro temos : 1 metro = 8----------------9-------------- x
100cm
➜ 2 cm = 0,02 m e 3,5 cm = 0,035 m Quanto menos funcionários, mais dias devem ser tra-
Largura comprimento balhados (inversamente proporcionais).
0,02m ------------ 0,035m Quanto mais horas por dia, menos dias devem ser tra-
1,2m ------------- x
balhados (inversamente proporcionais).
27
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Máquina↑ cópias↓ tempo↓ Cálculo de uma Porcentagem: Para calcularmos uma
1----------------80-----------75 segundos
7--------------3360-----------x porcentagem p% de V, basta multiplicarmos a fração p por V.
100
Devemos deixar as 3 grandezas da mesma forma, in- p
vertendo os valores de” máquina”. P% de V = .V
100
28
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Aumento Sendo V1 o valor após o primeiro desconto, temos:
p
VD = V – D = V – .V V2 = V . (1 + p1 ) . (1 – p2 )
100 100 100
p
VD = (1 – ).V
100
Exemplo
p
Em que (1 – ) é o fator de desconto. (VUNESP-SP) Uma instituição bancária oferece um
100
rendimento de 15% ao ano para depósitos feitos numa
Exemplo certa modalidade de aplicação financeira. Um cliente deste
banco deposita 1 000 reais nessa aplicação. Ao final de n
Uma empresa admite um funcionário no mês de janeiro anos, o capital que esse cliente terá em reais, relativo a esse
sabendo que, já em março, ele terá 40% de aumento. Se a depósito, são:
empresa deseja que o salário desse funcionário, a partir de p
n
29
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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A) 4
B) 5
C) 6
D) 7
E) 8
3 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Observe a tabela que indica o consumo mensal de uma mesma torneira da pia
de uma cozinha, aberta meia volta por um minuto, uma vez ao dia.
Em relação ao cosumo mensal da torneira alimentada pela água da rua, o da torneira alimentada pela água da caixa
representa, aproximadamente,
A) 20%
B) 26%
C) 30%
D) 35%
E) 40%
4 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC/2014) O preço de uma mercadoria, na loja J, é
de R$ 50,00. O dono da loja J resolve reajustar o preço dessa mercadoria em 20%. A mesma mercadoria, na loja K, é vendida
por R$ 40,00. O dono da loja K resolve reajustar o preço dessa mercadoria de maneira a igualar o preço praticado na loja J
após o reajuste de 20%. Dessa maneira o dono da loja K deve reajustar o preço em
A) 20%.
B) 50%.
C) 10%.
D) 15%.
E) 60%.
5 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC/2014) O preço de venda de um produto, des-
contado um imposto de 16% que incide sobre esse mesmo preço, supera o preço de compra em 40%, os quais constituem
o lucro líquido do vendedor. Em quantos por cento, aproximadamente, o preço de venda é superior ao de compra?
A) 67%.
B) 61%.
C) 65%.
D) 63%.
E) 69%.
6 - (DPE/SP – AGENTE DE DEFENSORIA PÚBLICA – FCC/2013) Um comerciante comprou uma mercadoria por R$
350,00. Para estabelecer o preço de venda desse produto em sua loja, o comerciante decidiu que o valor deveria ser sufi-
ciente para dar 30% de desconto sobre o preço de venda e ainda assim garantir lucro de 20% sobre o preço de compra.
Nessas condições, o preço que o comerciante deve vender essa mercadoria é igual a
A) R$ 620,00.
B) R$ 580,00.
C) R$ 600,00.
D) R$ 590,00.
E) R$ 610,00.
7 - (DPE/SP – AGENTE DE DEFENSORIA PÚBLICA – FCC/2013) Uma bolsa contém apenas 5 bolas brancas e 7 bolas
pretas. Sorteando ao acaso uma bola dessa bolsa, a probabilidade de que ela seja preta é
A) maior do que 55% e menor do que 60%.
B) menor do que 50%.
C) maior do que 65%.
D) maior do que 50% e menor do que 55%.
E) maior do que 60% e menor do que 65%.
30
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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8 - PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA- RESPOSTAS
MA/2013) Das 80 crianças que responderam a uma en-
quete referente a sua fruta favorita, 70% eram meninos. 1 - RESPOSTA: “B”.
Dentre as meninas, 25% responderam que sua fruta favori- Mistura:28+45=73
ta era a maçã. Sendo assim, qual porcentagem representa, 73------100%
em relação a todas as crianças entrevistadas, as meninas 28------x
que têm a maçã como fruta preferida? X=38,356%
A) 10%
B) 1,5% 2 - RESPOSTA “C”.
C) 25% 12 horas → 100 %
D) 7,5%
E) 5% 50 % de 12 horas = = 6 horas
3 - RESPOSTA: “B”.
4 - RESPOSTA: “B”.
Alexandre comprou duas embalagens nessa promoção
e revendeu cada unidade por R$3,50. O lucro obtido por
ele com a revenda das latas de cerveja das duas embala-
gens completas foi:
A) R$33,60
B) R$28,60
C) R$26,40 O reajuste deve ser de 50%.
D) R$40,80
E) R$43,20 5 - RESPOSTA: “A”.
Preço de venda: PV
10 - (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014) Preço de compra: PC
Leilão de veículos apreendidos do Detran aconteceu no dia Note que: 1,4 = 100%+40% ou 1+0,4.Como ele supe-
7 de dezembro. rou o preço de venda (100%) em 40% , isso significa soma
aos 100% mais 40%, logo 140%= 1,4.
PV - 0,16PV = 1,4PC
O Departamento Estadual de Trânsito de Sergipe – De-
0,84PV=1,4PC
tran/SE – realizou, no dia 7 de dezembro, sábado, às 9 ho-
ras, no Espaço Emes, um leilão de veículos apreendidos em
fiscalizações de trânsito. Ao todo foram leiloados 195 veí-
culos, sendo que 183 foram comercializados como sucatas
e 12 foram vendidos como aptos para circulação.
Quem arrematou algum dos lotes disponíveis no leilão
O preço de venda é 67% superior ao preço de compra.
pagou 20% do lance mais 5% de comissão do leiloeiro no
ato da arrematação. Os 80% restantes foram pagos impre- 6 - RESPOSTA: “C”.
terivelmente até o dia 11 de dezembro. Preço de venda: PV
Fonte: http://www.ssp.se.gov.br05/12/13 (modificada). Preço de compra: 350
30% de desconto, deixa o produto com 70% do seu valor.
Vitor arrematou um lote, pagou o combinado no ato Como ele queria ter um lucro de 20% sobre o preço de
da arrematação e os R$28.800,00 restantes no dia 10 de compra, devemos multiplicar por 1,2(350+0,2.350) ➜ 0,7PV
dezembro. Com base nas informações contidas no texto,
= 1,2 . 350
calcule o valor total gasto por Vitor nesse leilão.
A) R$34.600,00
B) R$36.000,00
C) R$35.400,00
D) R$32.000,00
O preço de venda deve ser R$600,00.
E) R$37.800,00
31
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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7 - RESPOSTA: “A”. Chamamos de simples os juros que são somados ao
Ao todo tem 12 bolas, portanto a probabilidade de se capital inicial no final da aplicação.
tirar uma preta é:
Devemos sempre relacionar taxa e tempo numa mesma
unidade:
Taxa anual --------------------- tempo em anos
Taxa mensal-------------------- tempo em meses
8 - RESPOSTA: “D”. Taxa diária---------------------- tempo em dias
Tem que ser menina E gostar de maçã.
Meninas:100-70=30% Consideremos, como exemplo, o seguinte problema:
32
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Exemplo Na prática, as empresas, órgãos governamentais e
A que taxa esteve empregado o capital de R$ 20.000,00 investidores particulares costumam reinvestir as quantias
para render, em 3 anos, R$ 28.800,00 de juros? (Observação: geradas pelas aplicações financeiras, o que justifica o
Como o tempo está em anos devemos ter uma taxa anual.) emprego mais comum de juros compostos na Economia.
C = R$ 20.000,00 Na verdade, o uso de juros simples não se justifica em
t = 3 anos estudos econômicos.
j = R$ 28.800,00
i = ? (ao ano) Fórmula para o cálculo de Juros compostos
Considere o capital inicial (principal P) $1000,00
j = C.i.t aplicado a uma taxa mensal de juros compostos ( i ) de
100 10% (i = 10% a.m.). Vamos calcular os montantes (principal
+ juros), mês a mês:
20000..i.3
28 800 = Após o 1º mês, teremos: M1 = 1000 x 1,1 = 1100 = 1000(1
100 + 0,1)
28 800 = 600 . i Após o 2º mês, teremos: M2 = 1100 x 1,1 = 1210 = 1000(1
+ 0,1)2
i = 28.800 Após o 3º mês, teremos: M3 = 1210 x 1,1 = 1331 = 1000(1
600 + 0,1)3
i = 48 .................................................................................................
Solução:
Temos S = P(1+i)n
Logo, S/P = (1+i)n
Observe que o crescimento do principal segundo juros Pelo que já conhecemos de logaritmos, poderemos
simples é LINEAR enquanto que o crescimento segundo escrever:
juros compostos é EXPONENCIAL, e, portanto tem um n = log (1+ i ) (S/P) . Portanto, usando logaritmo decimal
crescimento muito mais “rápido”. Isto poderia ser ilustrado (base 10), vem:
graficamente da seguinte forma:
log(S / P) log S − log P
n= =
log(1+ i) log(1+ i)
33
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Deste exemplo, dá para perceber que o estudo dos A) R$6.250,00.
juros compostos é uma aplicação prática do estudo dos B) R$16.250,00.
logaritmos. C) R$42.650,00.
2 – Um capital é aplicado em regime de juros D) R$56.250,00.
compostos a uma taxa mensal de 2% (2% a.m.). Depois de E) R$62.250,00.
quanto tempo este capital estará duplicado?
4. (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA-
Solução: Sabemos que S = P (1 + i)n. Quando o capital MA/2013) Teresa pagou uma conta no valor de R$ 400,00
inicial estiver duplicado, teremos S = 2P. com seis dias de atraso. Por isso, foi acrescido, sobre o valor
Substituindo, vem: 2P = P(1+0,02)n [Obs: 0,02 = 2/100 da conta, juro de 0,5% em regime simples, para cada dia
= 2%] de atraso. Com isso, qual foi o valor total pago por Teresa?
Simplificando, fica: A) R$ 420,00.
2 = 1,02n , que é uma equação exponencial simples. B) R$ 412,00.
Teremos então: n = log1,022 = log2 /log1,02 = 0,30103 C) R$ 410,00.
/ 0,00860 = 35 D) R$ 415,00.
E) R$ 422,00.
Nota: log2 = 0,30103 e log1,02 = 0,00860; estes valores
podem ser obtidos rapidamente em máquinas calculadoras 5. PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014)
científicas. Caso uma questão assim caia no vestibular, o Polícia autua 16 condutores durante blitz da Lei Seca
examinador teria de informar os valores dos logaritmos No dia 27 de novembro, uma equipe da Companhia
necessários, ou então permitir o uso de calculadora na de Polícia de Trânsito(CPTran) da Polícia Militar do Estado
prova, o que não é comum no Brasil. de Sergipe realizou blitz da Lei Seca na Avenida Beira Mar.
Portanto, o capital estaria duplicado após 35 meses Durante a ação, a polícia autuou 16 condutores.
(observe que a taxa de juros do problema é mensal), o que Segundo o capitão Fábio <achado, comandante da CP-
equivale a 2 anos e 11 meses. Tran, 12 pessoas foram notificadas por infrações diversas e
Resposta: 2 anos e 11 meses. quatro por desobediência à Lei Seca[...].
O quarteto detido foi multado em R$1.910,54 cada e
EXERCÍCIOS
teve a Carteira Nacional de Trânsito (CNH) suspensa por
um ano.
1. (SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABILIDA-
(Fonte: PM/SE 28/11/13, modificada)
DE – FCC/2012) Renato aplicou uma quantia no regime de
Investindo um capital inicial no valor total das quatros
capitalização de juros simples de 1,25% ao mês. Ao final de
mulas durante um período de dez meses, com juros de 5%
um ano, sacou todo o dinheiro da aplicação, gastou meta-
ao mês, no sistema de juros simples, o total de juros obti-
de dele para comprar um imóvel e aplicou o restante, por
quatro meses, em outro fundo, que rendia juros simples de dos será:
1,5% ao mês. Ao final desse período, ele encerrou a aplica- A) R$2.768,15
ção, sacando um total de R$ 95.082,00. A quantia inicial, em B) R$1.595,27
reais, aplicada por Renato no primeiro investimento foi de C) R$3.821,08
A) 154.000,00 D) R$9.552,70
B) 156.000,00 E) R$1.910,54
C) 158.000,00
D) 160.000,00 6. (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – IN-
E) 162.000,00 DEC/2013) Uma aplicação financeira rende mensalmente
0,72%. Após 3 meses, um capital investido de R$ 14.000,00
2. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMI- renderá: (Considere juros compostos)
NISTRATIVO – FCC/2014) José Luiz aplicou R$60.000,00 A) R$ 267,92
num fundo de investimento, em regime de juros compos- B) R$ 285,49
tos, com taxa de 2% ao mês. Após 3 meses, o montante que C) R$300,45
José Luiz poderá sacar é D) R$304,58
A) R$63.600,00.
B) R$63.672,48. 7. (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA –
C) R$63.854,58. INDEC/2013) Qual a porcentagem de rendimento mensal
D) R$62.425,00. de um capital de R$ 5.000,00 que rende R$ 420,00 após 6
E) R$62.400,00. meses?
(Considere juros simples)
3. CREA/PR – AGENTE ADMINISTRATIVO – FUNDA- A) 2,2%
TEC/2013) Um empréstimo de R$ 50.000,00 será pago no B) 1,6%
prazo de 5 meses, com juros simples de 2,5% a.m. (ao mês). C) 1,4%
Nesse sentido, o valor da dívida na data do seu vencimento D) 0,7%
será:
34
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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8. (PM/SP – OFICIAL – VUNESP/2013) Pretendendo aplicar em um fundo que rende juros compostos, um investidor
fez uma simulação. Na simulação feita, se ele aplicar hoje R$ 10.000,00 e R$ 20.000,00 daqui a um ano, e não fizer nenhuma
retirada, o saldo daqui a dois anos será de R$ 38.400,00. Desse modo, é correto afirmar que a taxa anual de juros conside-
rada nessa simulação foi de
A) 12%.
B) 15%.
C) 18%.
D) 20%.
E) 21%.
9. (TRT 1ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC/2013) Juliano possui R$ 29.000,00 aplicados em
um regime de juros compostos e deseja comprar um carro cujo preço à vista é R$30.000,00. Se nos próximos meses essa
aplicação render 1% ao mês e o preço do carro se mantiver, o número mínimo de meses necessário para que Juliano tenha
em sua aplicação uma quantia suficiente para comprar o carro é
A) 7.
B) 4.
C) 5.
D) 6.
E) 3.
10. (BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO – CESGRANRIO/2012) João tomou um empréstimo de R$900,00 a juros com-
postos de 10% ao mês. Dois meses depois, João pagou R$600,00 e, um mês após esse pagamento, liquidou o empréstimo.
O valor desse último pagamento foi, em reais, aproximadamente,
A) 240,00
B) 330,00
C) 429,00
D) 489,00
E) 538,00
RESPOSTAS
1 - RESPOSTA: “B”.
Quantia inicial: C= 25.000 ; i=1,25% a.m = 0,0125 ; t= 1 ano = 12 meses
M= J+C e J= C.i.t da junção dessas duas fórmulas temos : M=C.(1+i.t),aplicando
Como ele gastou metade e a outra metade ele aplicou a uma taxa i=1,5% a.m=0,015 e t=4m e sacou após esse período
R$ 95.082,00
2 - RESPOSTA: “B”.
C=60.000 ; i = 2% a.m = 0,02 ; t = 3m
35
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
3 - RESPOSTA: “D”.
J=C.i.t C = 50.000 ; i = 2,5% a.m = 0,025 ; t = 5m
J=50 000.0,025.5
J=6250
M=C+J
M=50 000+6 250=56250
O valor da dívida é R$56.250,00.
4 – RESPOSTA: “B”.
5 - RESPOSTA: “C”.
7 - RESPOSTA: “C”.
C = 5.000 ; J = 420 ; t = 6m
J=C.i.t ➜ 420=5000.i.6
8 - RESPOSTA: “D”.
36
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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M1+M2 = 384000
9 - RESPOSTA: “B”.
C=29.000 ; M=30.000 ; i=1%a.m = 0,01
Teremos que substituir os valores de t, portanto vamos começar dos números mais baixos:
1,013=1,0303, está próximo, mas ainda é menor
1,014=1,0406
Como t=4 passou o número que precisava(1,0344), então ele tem que aplicar no mínimo por 4 meses.
10 - RESPOSTA: “E”.
C = 900 ; i = 10% a.m=0,10 ; t = 2m ; pagou 2 meses depois R$ 600,00 e liquidou após 1 mês
37
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
f: A → B
Função do 1˚ Grau y = f(x) = x + 1
Domínio: Conjunto dos elementos que possuem f(x) é injetora g(x) não é injetora
imagem. Portanto, todo o conjunto A, ou seja, D = A. (interceptou o gráfico mais
de uma vez)
Contradomínio: Conjunto dos elementos que se
colocam à disposição para serem ou não imagem dos Sobrejetora: Quando todos os elementos do
elementos de A. Portanto, todo conjunto B, ou seja, CD = B. contradomínio forem imagens de pelo menos um elemento
do domínio.
Conjunto Imagem: Subconjunto do conjunto B
formado por todos os elementos que são imagens dos
elementos do conjunto A, ou seja, no exemplo anterior: Im
= {a, b, c}.
Exemplo
Consideremos os conjuntos A = {0, 1, 2, 3, 5} e B = {0, 1,
2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}.
Vamos definir a função f de A em B com f(x) = x + 1. Reconhecemos, graficamente, uma função sobrejetora
Tomamos um elemento do conjunto A, representado quando, qualquer que seja a reta horizontal que interceptar
por x, substituímos este elemento na sentença f(x), o eixo no contradomínio, interceptar, também, pelo menos
efetuamos as operações indicadas e o resultado será a
uma vez o gráfico da função.
imagem do elemento x, representada por y.
38
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Função constante: A função f(x), num determinado
intervalo, é constante se, para quaisquer x1 < x2, tivermos
f(x1) = f(x2).
Exemplo
Consideremos a função real f(x) = 2x – 1. Vamos
construir uma tabela fornecendo valores para x e, por meio
da sentença f(x), obteremos as imagens y correspondentes.
x y = 2x – 1
–2 –5
Função crescente: A função f(x), num determinado
–1 –3
intervalo, é crescente se, para quaisquer x1 e x2 pertencentes
a este intervalo, com x1<x2, tivermos f(x1)<f(x2). 0 –1
1 1
2 3
3 5
x1<x2 → f(x1)<f(x2)
x1<x2 → f(x1)>f(x2)
39
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Exemplo para a > 0 Zeros da Função do 1º grau:
Consideremos f(x) = 2x – 1. Chama-se zero ou raiz da função do 1º grau y = ax +
b o valor de x que anula a função, isto é, o valor de x para
x f(x) que y seja igual à zero.
-1 -3 Assim, para achar o zero da função y = ax + b, basta
resolver a equação ax + b = 0.
0 -1
1 1 Exemplo
2 3 Determinar o zero da função:
y = 2x – 4.
2x – 4 = 0
2x = 4
x= 4
2
x=2
O zero da função y = 2x – 4 é 2.
No plano cartesiano, o zero da função do 1º grau é
Exemplo para a < 0 representado pela abscissa do ponto onde a reta corta o
Consideremos f(x) = –x + 1. eixo x.
x f(x) x y (x,y)
-1 2 1 -2 (1, -2)
0 1 3 2 (3,2)
1 0
2 -1
Exemplo
Estudar o sinal da função y = 2x – 4 (a = 2 > 0).
a) Qual o valor de x que anula a função?
y=0
2x – 4 = 0
x>x0⇒f(x)>0 x>x0⇒f(x)<0 2x = 4
x=x0⇒f(x)=0 x=x0⇒f(x)=0 4
x=
x<x0⇒f(x)<0 x<x0⇒f(x)>0 2
x=2
Conclusão: O gráfico de uma função do 1º grau é uma
reta crescente para a > 0 e uma reta decrescente para a < 0. A função se anula para x = 2.
40
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
b) Quais valores de x tornam positiva a função? Portanto, quando tivermos para outra equipe a
y>0 informação de que a sua situação é (2, -8) entenderemos,
2x – 4 > 0 que esta equipe apresenta 2 pontos ganhos e saldo de gols
2x > 4 -8. Note que é importante a ordem em que se apresenta
este par de números, pois a situação (3, 5) é totalmente
x> 4 diferente da situação (5,3). Fica, assim, estabelecida a
2
idéia de par ordenado: um par de valores cuja ordem de
x>2 apresentação é importante.
Observações: (a, b) = (c, d) se, e somente se, a = c e b
A função é positiva para todo x real maior que 2. =d
(a, b) = (b, a) se, o somente se, a = b
c) Quais valores de x tornam negativa a função?
Produto Cartesiano
y<0 Dados dois conjuntos A e B, chamamos de produto
2x – 4 < 0
cartesiano A x B ao conjunto de todos os possíveis pares
2x < 4
ordenados, de tal maneira que o 1º elemento pertença ao
4 1º conjunto (A) e o 2º elemento pertença ao 2º conjunto
x<
2 (B).
x<2
A x B= {(x,y) / x ∈ A e y ∈ B}
A função é negativa para todo x real menor que 2.
Quando o produto cartesiano for efetuado entre o
Podemos também estudar o sinal da função por meio conjunto A e o conjunto A, podemos representar A x A =
de seu gráfico: A2. Vejamos, por meio de o exemplo a seguir, as formas de
apresentação do produto cartesiano.
Exemplo
41
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
2n
Considerando os conjuntos A e B do nosso exemplo, 1ª y= √f(x) f(x)≥(n∈N*)
o produto cartesiano A x B fica assim representado no
diagrama de flechas: 2ª y= 1 ⇒ f(x)≠0
f(x(
Vejamos alguns exemplos de determinação de domínio
de uma função real.
Exemplos
Determine o domínio das seguintes funções reais.
- f(x)=3x2 + 7x – 8
D=R
- f(x)=√x+7
x – 7 ≥ 0→ x ≥ 7
D = {x∈R/x ≥ 7}
c) Plano cartesiano
Apresentamos o produto cartesiano, no plano 3
- f(x)= √x+1
cartesiano, quando representamos o 1º conjunto num eixo D=R
horizontal, e o 2º conjunto num eixo vertical de mesma
origem e, por meio de pontos, marcamos os elementos Observação: Devemos notar que, para raiz de índice
desses conjuntos. Em cada um dos pontos que representam impar, o radicando pode assumir qualquer valor real,
os elementos passamos retas (horizontais ou verticais). Nos inclusive o valor negativo.
cruzamentos dessas retas, teremos pontos que estarão
representando, no plano cartesiano, cada um dos pares 3
- f(x)=
ordenados do conjunto A cartesiano B (B x A). √x+8
x + 8 > 0 → x > -8
D = {x∈R/x > -8}
- f(x)= √x+5
x-8
x–5≥0→x≥5
x–8≥0→x≠8
D = {x∈R/x ≥ 5 e x ≠ 8}
Exercícios
42
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
4. Sejam f e g funções definidas em R por f(x)=2x-1 e 2) Resposta “100”.
g(x)=x-3. O valor de g(f(3)) é: Solução:
a) -1 n + n/2 = 150
b) 1 2n/2 + n/2 = 300/2
c) 2 2n + n = 300
d) 3 3n = 300
e) 4 n = 300/3
n = 100.
5. Numa loja, o salário fixo mensal de um vendedor
é 500 reais. Além disso, ele recebe de comissão 50 reais 3. Resposta “C”.
por produto vendido. Solução : Com a função dada f(x + 1) = 3f(x) – 2
a) Escreva uma equação que expresse o ganho men- substituímos o valor de x por x = 0:
sal y desse vendedor, em função do número x de pro- f(0 + 1) = 3f (0) – 2
duto vendido. f(1) = 3f(0) - 2
b) Quanto ele ganhará no final do mês se vendeu 4
produtos? É dito que f(1) = 4, portanto:
c) Quantos produtos ele vendeu se no final do mês 4 = 3f(0) - 2
recebeu 1000 reais? Isolando f(0):
4+2 = 3f(0)
6. Considere a função dada pela equação y = x + 1, 6 = 3f(0)
determine a raiz desta função. f(0) = 6/3 = 2.
d) D = R
Devemos observar que o radicando deve ser maior ou
igual a zero para raízes de índice par.
43
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Note que o gráfico da função y = x + 1, interceptará Função do 2º Grau
(cortará) o eixo x em -1, que é a raiz da função.
Chama-se função do 2º grau ou função quadrática
7) Solução: Fazendo y = 0, temos: toda função f de R em R definida por um polinômio do 2º
0 = -x + 1 grau da forma f(x) = ax2 + bx + c ou y = ax2 + bx + c , com
x=1 a, b e c reais e a ≠ 0.
Gráfico: Exemplo
- y = x2 – 5x + 4, sendo a = 1, b = –5 e c = 4
- y = x2 – 9, sendo a = 1, b = 0 e c = –9
- y = x2, sendo a = 1, b = 0 e c = 0
Exemplo
b) y = f(x) = -x + 1
* -x + 1 > 0
-x > -1
x<1
Logo, f(x) será maior que 0 quando x < 1
-x + 1 < 0
-x < -1
x>1
Logo, f(x) será menor que 0 quando x > 1
(*ao multiplicar por -1, inverte-se o sinal da desigual-
dade).
9) Solução:
f(1) = 1 + 1 = 2
f(2) = 2 + 1 = 3
f(3) = 3 + 1 = 4 x y (x,y)
Logo: Im(f) = {2, 3, 4}.
–2 5 (–2,5)
10) Solução: –1 0 (–1,0)
f(1) = 1² = 1 0 –3 (0, –3)
f(3) = 3² = 9
f(5) = 5² = 25 1 –4 (1, –4)
Logo: Im(f) = {1, 9, 25} 2 –3 (2, –3)
3 0 (3,0)
4 5 (4,5)
44
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
O gráfico da função de 2º grau é uma curva aberta
chamada parábola.
O ponto V indicado na figura chama-se vértice da
parábola.
Concavidade da Parábola
No caso das funções do 2º grau, a parábola pode ter
sua concavidade voltada para cima (a > 0) ou voltada para
baixo (a < 0).
ax2 + bx + c = 0
a>0 a<0
A resolução de uma equação do 2º grau é feita com o
Podemos por meio do gráfico de uma função, auxílio da chamada “fórmula de Bhaskara”.
reconhecer o seu domínio e o conjunto imagem.
-b +- √
Δ
x=
Consideremos a função f(x) definida por A = [a, b] em R. 2.a Onde Δ = b2 – 4.a.c
a<0
Domínio: Projeção ortogonal do gráfico da função no
eixo x. Assim, D = [a, b] = A
45
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Vértice (V)
O Conjunto Imagem de uma função do 2º grau está Construção do gráfico da função do 2º grau
associado ao seu ponto extremo, ou seja, à ordenada do - Determinamos as coordenadas do vértice;
vértice (yv). - Atribuímos a x valores menores e maiores que xv e
calculamos os correspondentes valores de y;
- Construímos assim uma tabela de valores;
- Marcamos os pontos obtidos no sistema cartesiano;
- Traçamos a curva.
Exemplo
y = x2 – 4x + 3
Coordenadas do vértice:
-(-4)
xv = -b = = 4 =2 V (2, –1)
2a 2(1) 2
Exemplo
yV = (2)2 – 4(2) + 3 = 4 – 8 + 3 = –1
Vamos determinar as coordenadas do vértice da
parábola da seguinte função quadrática: y = x2 – 8x + 15. Tabela:
Para x = 0 temos y = (0)2 – 4(0) + 3 = 0 – 0 + 3 = 3
Cálculo da abscissa do vértice: Para x = 1 temos y = (1)2 – 4(1) + 3 = 1 – 4 + 3 = 0
Para x = 3 temos y = (3)2 – 4(3) + 3 = 9 – 12 + 3 = 0
-(-8)
xv= -b = = 8 =4 Para x = 4 temos y = (4)2 – 4(4) + 3 = 16 – 16 + 3 = 3
2a 2(1) 2
x y (x,y)
Cálculo da ordenada do vértice:
Substituindo x por 4 na função dada: 0 3 (0,3)
1 0 (1,0)
yV = (4)2 – 8(4) + 15 = 16 – 32 + 15 = –1 2 –1 (2,–1)Vértice
Logo, o ponto V, vértice dessa parábola, é dado por V 3 0 (3,0)
(4, –1). 4 3 (4,3)
46
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Estudos do sinal da função do 2º grau Respostas
Estudar o sinal de uma função quadrática é determinar
os valores reais de x que tornam a função positiva, negativa 1) Resposta “3”.
ou nula. Solução: Sendo x o número de filhos de Pedro, temos
que 3x2 equivale ao triplo do quadrado do número de filhos
Exemplo e que 63 - 12x equivale a 63 menos 12 vezes o número de
y = x2 – 6x + 8 filhos. Montando a sentença matemática temos:
3x2 = 63 - 12x
Zeros da função: Esboço do Gráfico
y = x2 – 6x + 8 Que pode ser expressa como:
Δ = (–6)2 – 4(1)(8) 3x2 + 12x - 63 = 0
Δ = 36 – 32 = 4
√Δ= √4 = 2 Temos agora uma sentença matemática reduzida à
forma ax2 + bx + c = 0, que é denominada equação do
Estudo do Sinal: 2° grau. Vamos então encontrar as raízes da equação, que
será a solução do nosso problema:
Primeiramente calculemos o valor de Δ:
6+2 8
= =4 Para x < 2 ou x > 4 temos y > 0 Δ = b2 - 4.a.c = 122 - 4 . 3 .(-63) = 144 + 756 = 900
6±2 2 2
x= Para x = 2 ou x = 4 temos y = 0
2 6−2 4
= =2 Para 2 < x < 4 temos y < 0 Como Δ é maior que zero, de antemão sabemos que
2 2 a equação possui duas raízes reais distintas. Vamos calcu-
lá-las:
Exercícios
3x2 + 12 - 63 = 0 ⇒ x = -12 ± √Δ ⇒
1. O triplo do quadrado do número de filhos de Pedro 2.3
é igual a 63 menos 12 vezes o número de filhos. Quantos
filhos Pedro tem? -12 + √900 18
x1 = ⇒x1 = -12 ± 30 ⇒ x1 = ⇒ x1 = 3
6 6 6
2. Uma tela retangular com área de 9600cm2 tem de
-12 - √900 -42
largura uma vez e meia a sua altura. Quais são as dimensões x2 = ⇒x1 = -12 - 30 ⇒ x2 = ⇒ x2 = -7
6 6 6
desta tela?
3. O quadrado da minha idade menos a idade que eu A raízes encontradas são 3 e -7, mas como o número de
tinha 20 anos atrás e igual a 2000. Quantos anos eu tenho filhos de uma pessoa não pode ser negativo, descartamos
agora? então a raiz -7.
Portanto, Pedro tem 3 filhos.
4. Comprei 4 lanches a um certo valor unitário. De outro
tipo de lanche, com o mesmo preço unitário, a quantidade 2) Resposta “80cm; 120 cm”.
comprada foi igual ao valor unitário de cada lanche. Paguei Solução: Se chamarmos de x altura da tela, temos
com duas notas de cem reais e recebi R$ 8,00 de troco. que 1,5x será a sua largura. Sabemos que a área de uma
Qual o preço unitário de cada produto? figura geométrica retangular
é calculada multiplicando-se a medida da sua largura,
5. O produto da idade de Pedro pela idade de Paulo é pela medida da sua altura. Escrevendo o enunciado na for-
igual a 374. Pedro é 5 anos mais velho que Paulo. Quantos ma de uma sentença matemática temos:
anos tem cada um deles? x . 1,5x = 9600
Que pode ser expressa como:
6. Há dois números cujo triplo do quadrado é a igual 15 1,5x2 - 9600 = 0
vezes estes números. Quais números são estes? Note que temos uma equação do 2° grau incompleta,
que como já vimos terá duas raízes reais opostas, situação
7. Quais são as raízes da equação x2 - 14x + 48 = 0? que ocorre sempre que o coeficiente b é igual a zero. Va-
mos aos cálculos:
8. O dobro do quadrado da nota final de Pedrinho é
9600
zero. Qual é a sua nota final? 1,5x2 - 9600 = 0 ⇒ 1,5x2 = 9600 ⇒ x2 =
1,5
9. Solucione a equação biquadrada: -x4 + 113x2 - 3136 ⇒ x = ±√6400 ⇒ x = ±80
= 0.
As raízes reais encontradas são -80 e 80, no entanto
10. Encontre as raízes da equação biquadrada: x4 - 20x2 como uma tela não pode ter dimensões negativas, deve-
- 576 = 0. mos desconsiderar a raiz -80.
47
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Como 1,5x representa a largura da tela, temos então 5) Resposta “22; 17”.
que ela será de 1,5 . 80 = 120. Solução: Se chamarmos de x a idade de Pedro, teremos
Portanto, esta tela tem as dimensões de 80cm de altu- que x - 5 será a idade de Paulo. Como o produto das idades
ra, por 120cm de largura. é igual a 374, temos que x . (x - 5) = 374.
3) Resposta “45”. Esta sentença matemática também pode ser expressa
Solução: Denominando x a minha idade atual, a partir como:
do enunciado podemos montar a seguinte equação:
x2 - (x - 20) = 2000 x.(x - 5) = 374 ⇒ x2 - 5x = 374 ⇒ x2 - 5x - 374 = 0
Ou ainda:
x2 - (x - 20) = 2000 ⇒ x2 - x + 20 = 2000 ⇒ x2 - x - 1980 Primeiramente para obtermos a idade de Pedro, vamos
=0 solucionar a equação:
-(-5) ± √(-5)2 - 4 . 1 . (-374)
A solução desta equação do 2° grau completa nós dará x2 - 5x - 374 = 0 ⇒ 2.1
a resposta deste problema. Vejamos: 5 ± √1521
⇒x=
-(-1) ± √(-1)2 - 4 . 1 . (-1980) 2 5 + 39
x2 - x - 1980 = ⇒ x = x1 = ⇒ x1 = 22
2.1 2
1 ± √7921 5 ± 39
⇒x= ⇒ x= ⇒ 5 - 39
2 2 x2 = ⇒ x2 = -17
2
1 + 89
x1 = ⇒ x1 = 45
1 ± 89 2
⇒x= ⇒ As raízes reais encontradas são -17 e 22, por ser nega-
2 1 - 89 tiva, a raiz -17 deve ser descartada.
x2 = ⇒ x2 = -44
2 Logo a idade de Pedro é de 22 anos.
Como Pedro é 5 anos mais velho que Paulo, Paulo tem
então 17 anos.
As raízes reais da equação são -44 e 45. Como eu não
Logo, Pedro tem 22 anos e Paulo tem 17 anos.
posso ter -44 anos, é óbvio que só posso ter 45 anos.
Logo, agora eu tenho 45 anos.
6) Resposta “0; 5”.
4) Resposta “12”.
Solução: Em notação matemática, definindo a incóg-
Solução: O enunciado nos diz que os dois tipos de lan-
nita como x, podemos escrever esta sentença da seguinte
che têm o mesmo valor unitário. Vamos denominá-lo então
forma:
de x.
3x2 = 15x
Ainda segundo o enunciado, de um dos produtos eu Ou ainda como:
comprei 4 unidades e do outro eu comprei x unidades. 3x2 - 15x = 0
Sabendo-se que recebi R$ 8,00 de troco ao pa- A fórmula geral de resolução ou fórmula de Bhaskara
gar R$ 200,00 pela mercadoria, temos as informações ne- pode ser utilizada na resolução desta equação, mas por se
cessárias para montarmos a seguinte equação: tratar de uma equação incompleta, podemos solucioná-la
4 . x + x . x + 8 = 200 de outra forma.
Ou então: Como apenas o coeficiente c é igual a zero, sabemos
4.x + x . x + 8 = 200 ⇒ 4x + x2 + 8 = 200 ⇒ x2 + 4x - que esta equação possui duas raízes reais. Uma é igual aze-
192=0 ro e a outra é dada pelo oposto do coeficiente b dividido
pelo coeficiente a. Resumindo podemos dizer que:
Como x representa o valor unitário de cada lanche, va-
mos solucionar a equação para descobrimos que valor é x1 = 0
este: ax + bx = 0 ⇒
2
b
x2 = -
-4 ± √4 - 4 . 1 . (-192)
2
a
x + 4x - 192 = 0 ⇒ x =
2
2.1
-4 ± √784 Temos então:
⇒x=
2 b -15
-4 + 28 x=- ⇒x= ⇒x=5
x1 = ⇒ x1 = 12 a 3
2
-4 ± 28
⇒x= ⇒ -4 - 89
2 x2 = ⇒ x2 = -16
2 7) Resposta “6; 8”.
As raízes reais da equação são -16 e 12. Como o preço Solução: Podemos resolver esta equação simplesmente
não pode ser negativo, a raiz igual -16 deve ser descartada. respondendo esta pergunta:
Assim, o preço unitário de cada produto é de R$ 12,00. Quais são os dois números que somados totalizam 14
e que multiplicados resultam em 48?
48
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Sem qualquer esforço chegamos a 6 e 8, pois 6 + 8 = x1 = √49 ⇒ x1 = 7
14 e 6 . 8 = 48.
Segundo as relações de Albert Girard, que você encon- x = 49 ⇒ x ±√49 ⇒
2
x2 = - √49 ⇒ x2 = -7
tra em detalhes em outra página deste site, estas são as
raízes da referida equação.
Para simples conferência, vamos solucioná-la também Para y2 temos:
através da fórmula de Bhaskara: x3 = √64 ⇒ x3 = 8
-(-14) ± √(-14) - 4 . 1 . 48
2
x = 64 ⇒ x ±√64 ⇒
2
x2 - 14x + 48 = 0 ⇒ x = x4 = - √64 ⇒ x4 = -8
2.1
⇒ x = 14 ± √4
2 Assim sendo, as raízes da equação biquadrada -x4 +
14 ± 2 113x2 - 3136 = 0 são: -8, -7, 7 e 8.
⇒x =
2
10) Resposta “-6; 6”.
14 + 2
x1 = ⇒ x1 = 8
2
⇒ Solução: Iremos substituir x4 por y2 e x2 e y, obtendo
14 - 2 uma equação do segundo grau:
x2 = ⇒ x2 = 6
2 y2 - 20y - 576 = 0
−113 − 225
y2 = ⇒ y2 = -113 - 15
−2 -2 Função Exponencial
49
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Como um termo matemático, “função” foi introduzido Definição
por Leibniz em 1694, para descrever quantidades relacio-
nadas a uma curva; tais como a inclinação da curva ou um A função exponencial é a definida como sendo a inver-
ponto específico da dita curva. Funções relacionadas à cur- sa da função logarítmica natural, isto é:
vas são atualmente chamadas funções diferenciáveis e são
ainda o tipo de funções mais encontrado por não-matemá- logab = x ⇔ ax = b
ticos. Para este tipo de funções, pode-se falar em limites e
derivadas; ambos sendo medida da mudança nos valores de Podemos concluir, então, que a função exponencial é
saída associados à variação dos valores de entrada, forman- definida por:
do a base do cálculo infinitesimal.
A palavra função foi posteriormente usada por Euler em y= ax , com 1 ≠ a > 0
meados do século XVIII para descrever uma expressão en-
volvendo vários argumentos; i.e:y = F(x). Ampliando a defi- Gráficos da Função Exponencial
nição de funções, os matemáticos foram capazes de estudar
“estranhos” objetos matemáticos tais como funções que não
são diferenciáveis em qualquer de seus pontos. Tais funções,
inicialmente tidas como puramente imaginárias e chamadas
genericamente de “monstros”, foram já no final do século XX,
identificadas como importantes para a construção de mode-
los físicos de fenômenos tais como o movimento Browniano.
Durante o Século XIX, os matemáticos começaram a for-
malizar todos os diferentes ramos da matemática. Weiers-
trass defendia que se construisse o cálculo infinitesimal sobre
a Aritmética ao invés de sobre a Geometria, o que favorecia
a definição de Euler em relação à de Leibniz (veja aritmetiza-
ção da análise). Mais para o final do século, os matemáticos
começaram a tentar formalizar toda a Matemática usando
Teoria dos conjuntos, e eles conseguiram obter definições
de todos os objetos matemáticos em termos do conceito de
conjunto. Foi Dirichlet quem criou a definição “formal” de
função moderna.
Função Exponencial
50
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Este número é denotado por e em homenagem ao ma- Que nos leva aos seguintes valores de x:
temático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primei- ⎧ x = −10
ros a estudar as propriedades desse número. x 2 = 100 ⇒ x = ± 100 ⇒ ⎨
O valor deste número expresso com 40 dígitos deci- ⎩ x = 10
mais, é:
Note que x = -10 não pode ser solução desta equação,
e = 2,718281828459045235360287471352662497757 pois este valor de x não satisfaz a condição de existência, já
que -10 é um número negativo.
Se x é um número real, a função exponencial exp(.) Já no caso de x = 10 temos uma solução da equação,
pode ser escrita como a potência de base e com expoente pois 10 é um valor que atribuído a x satisfaz a condição de
x, isto é: existência, visto que 10 é positivo e diferente de 1.
ex = exp(x) 7log5 625x = 42
Perceba que nestas equações a incógnita encontra-se Lembre-se que logb(M.N) = logb M + logb N e que log5
ou no logaritmando, ou na base de um logaritmo. Para 625 = 4, pois 54 = 625.
solucionarmos equações logarítmicas recorremos a mui- 3log2x64 = 9
tas das propriedades dos logaritmos.
Neste caso a condição de existência em função da base
Solucionando Equações Logarítmicas do logaritmo é um pouco mais complexa:
0
2x > 0 ⇒ x > ⇒x>0
Vamos solucionar cada uma das equações acima, co- 2
meçando pela primeira: log2 x = 3
E, além disto, temos também a seguinte condição:
Segundo a definição de logaritmo nós sabemos que: 1
log2 x = 3 ⇔ 23 = x 2x ≠ 1 ⇒ x ≠
2
Logo x é igual a 8:23 = x ⇒ X = 2.2.2 ⇒ x= 8 ⎧1 ⎫
Portanto a condição de existência é: x ∈R+ − ⎨ ⎬
*
⎩2 ⎭
De acordo com a definição de logaritmo o logarit- Agora podemos proceder de forma semelhante ao
mando deve ser um número real positivo e já que 8 é um exemplo anterior: Como x = 2 satisfaz a condição de exis-
número real positivo, podemos aceitá-lo como solução da tência da equação logarítmica, então 2 é solução da equa-
equação. A esta restrição damos o nome de condição de ção. Assim como no exercício anterior, este também pode
existência. ser solucionado recorrendo-se à outra propriedade dos lo-
garitmos: log-6-x 2x = 1
logx 100 = 2
Neste caso vamos fazer um pouco diferente. Primeiro
Pela definição de logaritmo a base deve ser um núme- vamos solucionar a equação e depois vamos verificar quais
ro real e positivo além de ser diferente de 1. Então a nossa são as condições de existência: Então x = -2 é um valor
condição de existência da equação acima é que: candidato à solução da equação. Vamos analisar as condi-
ções de existência da base -6 - x:
x ∈R+* − {1} Veja que embora x ≠ -7, x não é menor que -6, portan-
to x = -2 não satisfaz a condição de existência e não pode
Em relação a esta segunda equação nós podemos es- ser solução da equação. Embora não seja necessário, va-
crever a seguinte sentença: logx 100 = 2 ⇔ x2 = 100 mos analisar a condição de existência do logaritmando 2x:
2x > 0 ⇒ x > 0
51
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Como x = -2, então x também não satisfaz esta con- Conclusão: Podemos, portanto, considerar funções lo-
dição de existência, mas não é isto que eu quero que você garítmicas do tipo y = f4(x) = a In (x + m) + k, onde o coe-
veja. O que eu quero que você perceba, é que enquanto ficiente a não é zero, examinando as transformações do
uma condição diz que x < -6, a outra diz que x > 0. Qual gráfico da função mais simples y = f0 (x) = In x, quando
é o número real que além de ser menor que -6 é também fazemos, em primeiro lugar, y=ln(x+m); em seguida, y=a.
maior que 0? ln(x+m) e, finalmente, y=a.ln(x+m)+k.
Como não existe um número real negativo, que sendo
menor que -6, também seja positivo para que seja maior Analisemos o que aconteceu:
que zero, então sem solucionarmos a equação nós po- - em primeiro lugar, y=ln(x+m) sofreu uma translação
demos perceber que a mesma não possui solução, já que horizontal de -m unidades, pois x=-m exerce o papel que
nunca conseguiremos satisfazer as duas condições simul- x=0 exercia em y=ln x;
- a seguir, no gráfico de y=a.ln(x+m) ocorreu mudan-
taneamente. O conjunto solução da equação é portanto S
ça de inclinação pois, em cada ponto, a ordenada é igual
= {}, já que não existe nenhuma solução real que satisfaça
àquela do ponto de mesma abscissa em y=ln(x+m) multi-
as condições de existência da equação. plicada pelo coeficiente a;
- por fim, o gráfico de y=a.ln(x+m)+k sofreu uma trans-
Função Logarítmica lação vertical de k unidades, pois, para cada abscissa, as
A função logaritmo natural mais simples é a função y=- ordenadas dos pontos do gráfico de y=a.ln(x+m)+k fica-
f0(x)=lnx. Cada ponto do gráfico é da forma (x, lnx) pois a ram acrescidas de k, quando comparadas às ordenadas dos
ordenada é sempre igual ao logaritmo natural da abscissa. pontos do gráfico de y=a.ln(x+m).
52
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Função Logarítmica Decrescente
Exemplo
Se a > 1 temos uma função logarítmica crescente, O valor numérico de p(x) = 2x² + 7x - 12 para x = 3 é
qualquer que seja o valor real positivo de x. No gráfico da dado por:
função ao lado podemos observar que à medida que x au- p(3) = 2 × (3)² + 7 × 3 - 12 = 2 × 9 + 21 - 12 = 18 + 9
menta, também aumenta f(x) ou y. Graficamente vemos = 27
que a curva da função é crescente. Também podemos ob-
servar através do gráfico, que para dois valor de x (x1 e x2),
que log a x2 > log a x1 ⇔ x1 > x2 , isto para x1, x2 e a números
reais positivos, com a > 1.
53
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Grau de um polinômio Soma de polinômio
Em um polinômio, o termo de mais alto grau que possui Consideremos p e q polinômios em P[x], definidos por:
um coeficiente não nulo é chamado termo dominante e o p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +... + anxn
coeficiente deste termo é o coeficiente do termo dominante. q(x) = bo + b1x + b2x² + b3x³ +... + bnxn
O grau de um polinômio p = p(x) não nulo, é o expoente
de seu termo dominante, que aqui será denotado por gr(p). Definimos a soma de p e q, por:
Acerca do grau de um polinômio, existem várias (p + q)(x) = (ao + bo) + (a1 + b1)x + (a2 + b2)x² +... + (an
observações importantes: + bn)xn
- Um polinômio nulo não tem grau uma vez que não
possui termo dominante. Em estudos mais avançados, A estrutura matemática (P[x],+) formada pelo conjunto
define-se o grau de um polinômio nulo, mas não o faremos de todos os polinômios com a soma definida acima, possui
aqui. algumas propriedades:
- Se o coeficiente do termo dominante de um polinômio Associativa
for igual a 1, o polinômio será chamado Mônico.
- Um polinômio pode ser ordenado segundo as suas Quaisquer que sejam p, q, r em P[x], tem-se que:
potências em ordem crescente ou decrescente. (p + q) + r = p + (q + r)
- Quando existir um ou mais coeficientes nulos, o
polinômio será dito incompleto. Comutativa
- Se o grau de um polinômio incompleto for n, o
número de termos deste polinômio será menor do que n Quaisquer que sejam p, q em P[x], tem-se que:
+ 1. p+q=q+p
- Um polinômio será completo quando possuir todas as
potências consecutivas desde o grau mais alto até o termo Elemento neutro
constante.
- Se o grau de um polinômio completo for n, o número Existe um polinômio po (x) = 0 tal que:
de termos deste polinômio será exatamente n + 1. po + p = p, qualquer que seja p em P[x].
- É comum usar apenas uma letra p para representar a
função polinomial p = p(x) e P[x] o conjunto de todos os Elemento oposto
polinômios reais em x.
Para cada p em P[x], existe outro polinômio q = -p em
Igualdade de polinômios P[x] tal que
p+q=0
Os polinômios p e q em P[x], definidos por:
p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+ anxn Com estas propriedades, a estrutura (P[x],+) é
q(x) = bo + b1x + b2x² + b3x³ +...+ bnxn denominada um grupo comutativo.
São iguais se, e somente se, para todo k = 0,1,2,3,...,n: Produto de polinômios
ak = bk
Sejam p, q em P[x], dados por:
Teorema p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+ anxn
q(x) = bo + b1x + b2x² + b3x³ +...+ bnxn
Uma condição necessária e suficiente para que um
polinômio inteiro seja identicamente nulo é que todos os Definimos o produto de p e q, como outro polinômio
seus coeficientes sejam nulos. r em P[x]:
r(x) = p(x) · q(x) = co + c1x + c2x² + c3x³ +...+ cnxn
Assim, um polinômio: p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+
anxn será nulo se, e somente se, para todo k = 0,1,2,3,...,n: Tal que:
ak= 0 ck = aobk + a1bk-1 + a2 bk-2 + a3bk-3 +...+ ak-1 b1 + akbo
O polinômio nulo é denotado por po= 0 em P[x]. Para cada ck (k = 1, 2, 3,..., m+n). Observamos que para
O polinômio unidade (identidade para o produto) p1 = cada termo da soma que gera ck, a soma do índice de a
1 em P[x], é o polinômio: com o índice de b sempre fornece o mesmo resultado k.
A estrutura matemática (P[x],·) formada pelo conjunto
p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ + ...+ anxn de todos os polinômios com o produto definido acima,
tal que ao = 1 e ak = 0, para todo k = 1, 2, 3,..., n. possui várias propriedades:
54
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Associativa 9. Se multiplicarmos 3 por (2x2 + x + 5), teremos:
Quaisquer que sejam p, q, r em P[x], tem-se que: 10. Se multiplicarmos -2x2 por (5x – 1), teremos:
(p · q) · r = p · (q · r)
Respostas
Comutativa
1) Solução: Adição
Quaisquer que sejam p, q em P[x], tem-se que: (–2x² + 5x – 2) + (–3x³ + 2x – 1) → eliminar os parênteses
p·q=q·p fazendo o jogo de sinal
–2x² + 5x – 2 – 3x³ + 2x – 1 → reduzir os termos
Elemento nulo semelhantes
–2x² + 7x – 3x³ – 3 → ordenar de forma decrescente de
acordo com a potência
Existe um polinômio po(x) = 0 tal que
–3x³ – 2x² + 7x – 3.
po · p = po, qualquer que seja p em P[x].
Subtração
Elemento Identidade (–2x² + 5x – 2) – (–3x³ + 2x – 1) → eliminar os parênteses
realizando o jogo de sinal
Existe um polinômio p1(x) = 1 tal que –2x² + 5x – 2 + 3x³ – 2x + 1 → reduzir os termos
po · p = po, qualquer que seja p em P[x]. A unidade semelhantes
polinomial é simplesmente denotada por p1 = 1. –2x² + 3x – 1 + 3x³ → ordenar de forma decrescente de
acordo com a potência
Existe uma propriedade mista ligando a soma e o 3x³ – 2x² + 3x – 1
produto de polinômios:
2) Resposta “15x5 + 24x4 – 3x3”.
Distributiva Solução:
(3x2) x (5x3 + 8x2 – x) → aplicar a propriedade distributiva
Quaisquer que sejam p, q, r em P[x], tem-se que: da multiplicação
p · (q + r) = p · q + p · r 15x5 + 24x4 – 3x3.
55
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7) Resposta “5”.
Solução: Pela propriedade P3, os complexos conjugados GEOMETRIA PLANA: PONTO, RETA,
3 - 2i e 4 + 3i são também raízes. Logo, por P1, concluímos ÂNGULOS, TRIÂNGULOS, QUADRILÁTEROS E
que o grau mínimo de P(x) é igual a 5, ou seja, P(x) possui
POLÍGONOS.
no mínimo 5 raízes.
Definições.
a) Segmentos congruentes.
Dois segmentos são congruentes se têm a mesma
medida.
c) Mediatriz de um segmento.
É a reta perpendicular ao segmento no seu ponto
médio
Ângulo
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Definições.
a) Ângulo é a região plana limitada por duas semirretas
de mesma origem.
Perímetro: entendendo o que é perímetro. Veremos que a área do campo de futebol é 70 unidades
de área.
Imagine uma sala de aula de 5m de largura por 8m de A unidade de medida da área é: m² (metros quadrados),
comprimento. cm² (centímetros quadrados), e outros.
Quantos metros lineares serão necessários para Se tivermos uma figura do tipo:
colocar rodapé nesta sala, sabendo que a porta mede 1m
de largura e que nela não se coloca rodapé?
Retângulo
Área
Área é a medida de uma superfície.
A área do campo de futebol é a medida de sua
superfície (gramado).
Se pegarmos outro campo de futebol e colocarmos
em uma malha quadriculada, a sua área será equivalente
à quantidade de quadradinho. Se cada quadrado for uma
unidade de área:
57
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Pegamos um retângulo e colocamos em uma malha Trapézio
quadriculada onde cada quadrado tem dimensões de 1 É o quadrilátero que tem dois lados paralelos. A altura
cm. Se contarmos, veremos que há 24 quadrados de 1 cm de um trapézio é a distância entre as retas suporte de suas
de dimensões no retângulo. Como sabemos que a área é bases.
a medida da superfície de uma figuras podemos dizer que
24 quadrados de 1 cm de dimensões é a área do retângulo.
O retângulo acima tem as mesmas dimensões que o Em todo trapézio, o segmento que une os pontos
outro, só que representado de forma diferente. O cálculo médios dos dois lados não paralelos, é paralelo às bases e
da área do retângulo pode ficar também da seguinte forma: vale a média aritmética dessas bases.
A = 6 . 4 A = 24 cm²
Podemos concluir que a área de qualquer retângulo é:
A=b
.h A área do trapézio está relacionada com a área do
triângulo que é calculada utilizando a seguinte fórmula:
Quadrado A = b . h (b = base e h = altura).
É o quadrilátero que tem os lados congruentes e todos 2
os ângulos internos a congruentes (90º). Observe o desenho de um trapézio e os seus elementos
mais importantes (elementos utilizados no cálculo da sua
área):
A= .
A= ²
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Segundo: o dividimos em dois triângulos: Losango
AT = A∆1 + A∆2
AT = B . h + b . h
2 2
59
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Propriedades dos triângulos Área do triangulo
Segmentos proporcionais
Teorema de Tales.
2) Em todo triângulo, a medida de um ângulo externo
é igual à soma das medidas dos 2 ângulos internos não Em todo feixe de retas paralelas, cortado por uma
adjacentes. reta transversal, a razão entre dois segmento quaisquer
de uma transversal é igual à razão entre os segmentos
correspondentes da outra transversal.
Definição.
Dois triângulos são semelhantes se têm os ângulos
dois a dois congruentes e os lados correspondentes dois a
dois proporcionais.
60
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Exercícios 8. Na figura a seguir, as distâncias dos pontos A e B à
reta valem 2 e 4. As projeções ortogonais de A e B sobre
1. Seja um paralelogramo com as medidas da base e da essa reta são os pontos C e D. Se a medida de CD é 9, a que
altura respectivamente, indicadas por b e h. Se construir- distância de C deverá estar o ponto E, do segmento CD,
mos um outro paralelogramo que tem o dobro da base e o para que CÊA=DÊB
dobro da altura do outro paralelogramo, qual será relação a)3
entre as áreas dos paralelogramos? b)4
c)5
2. Os lados de um triângulo equilátero medem 5 mm. d)6
Qual é a área deste triângulo equilátero? e)7
a)6
b)4
c)3
d)2
e) 3
Substituindo na fórmula:
l² 3 5² 3
S
= ⇒=S = 6, 25 3 ⇒ =
S 10,8
4 4
3. Sabemos que 2 dm equivalem a 20 cm, temos:
Considerando AF=16cm e CB=9cm, determine: h=10
a) as dimensões do cartão; b=20
b) o comprimento do vinco AC
Substituindo na fórmula:
7. Na figura, os ângulos assinalados sao iguais, AC=2 e
AB=6. A medida de AE é: .h 20.10
S b=
= = 100cm
= ² 2dm²
a)6/5 b)7/4 c)9/5 d)3/2 e)5/4
4. Para o cálculo da superfície utilizaremos a fórmula
que envolve as diagonais, cujos valores temos abaixo:
d1=10
d2=15
61
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Ângulos
5. 4 6 36
= ⇒ PR = =6
PR 9 6 Ângulo: Do latim - angulu (canto, esquina), do grego
- gonas; reunião de duas semi-retas de mesma origem não
x 9 colineares.
6.
= ⇒ x ² = 144 ⇒ x = 12
16 x
=a ) x 12(
= altura ); 2 x 24(comprimento)
b) AC = 9² + x ² = 81 + 144 = 15
7.
8.
Ângulo Central:
10.
62
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Ângulo Circunscrito: É o ângulo, cujo vértice não per- Ângulo Reto:
tence à circunferência e os lados são tangentes à ela.
- É o ângulo cuja medida é 90º;
- É aquele cujos lados se apóiam em retas perpendi-
culares.
Ângulo Raso:
- É o ângulo cuja medida é 180º; Ângulos Opostos pelo Vértice: Dois ângulos são
- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas. opostos pelo vértice se os lados de um são as respectivas
semi-retas opostas aos lados do outro.
63
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Ângulos Replementares: Dois ângulos são ditos re- Exercícios
0
plementares se a soma das suas medidas é 360 .
1. As retas f e g são paralelas (f // g). Determine a me-
dida do ângulo â, nos seguintes casos:
a)
c)
64
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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3. Obtenha as medidas dos ângulos assinalados: 5. Dois ângulos são complementares tais que o triplo
de um deles é igual ao dobro do outro. Determine o suple-
a) mento do menor.
c)
d)
65
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Respostas 4) Solução: Sabemos que a soma dos ângulos do triân-
gulo é 180°.
1) Resposta
a) 55˚ Então, 6x + 4x + 2x = 180°
b) 74˚ 12x = 180°
c) 33˚ x = 180°/12
x = 15°
Os ângulos são: 30° 60° e 90°.
2) Resposta “130”.
Solução: Imagine uma linha cortando o ângulo î, for- a) Um quadrado tem quatro ângulos de 90º, e, portan-
mando uma linha paralela às retas “a” e “b”. to a soma deles vale 360º.
Fica então decomposto nos ângulos ê e ô. 5) Resposta “144˚”.
Solução:
- dois ângulos são complementares, então a + b = 90º
- o triplo de um é igual ao dobro do outro, então 3a
= 2b
2b/3 + b = 90
5b/3 = 90
Sendo assim, ê = 80° e ô = 50°, pois o ângulo ô é igual b = 3/5 * 90
ao complemento de 130° na reta b. b = 54 → a = 90 – 54 = 36º
66
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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8) Resposta “135˚”. Apresentaremos agora alguns objetos com detalhes
Solução: Na figura, o ângulo x mede a sexta parte do sobre os mesmos.
ângulo y, mais a metade do ângulo z. Calcule y.
x + y = 180 então y = 180 – x.
Agora achar y, sabendo que y = 180° - x Mediana: É o segmento que une um vértice ao ponto
y=180º - 45°
médio do lado oposto. BM é uma mediana.
y=135°.
3m - 12º = m + 10º
3m - m = 10º + 12º
2m = 22º Bissetriz: É a semi-reta que divide um ângulo em duas
m = 22º/2 partes iguais. O ângulo B está dividido ao meio e neste
m = 11º caso Ê = Ô.
m + 10º e n são ângulos suplementares logo a soma
entre eles é igual a 180º.
(m + 10º) + n = 180º
(11º + 10º) + n = 180º
21º + n = 180º
n = 180º - 21º
n = 159º
Resposta: m = 11º e n = 159º. Ângulo Interno: É formado por dois lados do triângulo.
Todo triângulo possui três ângulos internos.
10) Resposta “45˚”.
É um ângulo oposto pelo vértice, logo, são ângulos
iguais.
Triângulos
67
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Classificação dos triângulos quanto ao número de lados Triângulo Retângulo: Possui um ângulo interno reto
(90 graus).
Triângulo Equilátero: Os três lados têm medidas
iguais. m(AB) = m(BC) = m(CA)
Exemplo
Classificação dos triângulos quanto às medidas dos Considerando o triângulo abaixo, podemos escrever
ângulos que: 70º + 60º + x = 180º e dessa forma, obtemos x = 180º
- 70º - 60º = 50º.
Triângulo Acutângulo: Todos os ângulos internos são
agudos, isto é, as medidas dos ângulos são menores do
que 90º.
68
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Exemplo LAL (Lado, Ângulo, Lado): Dados dois lados e um ân-
gulo
No triângulo desenhado: x=50º+80º=130º. Dois triângulos são congruentes quando têm dois la-
dos congruentes e os ângulos formados por eles também
são congruentes.
Congruência de Triângulos
A idéia de congruência: Duas figuras planas são con- ALA (Ângulo, Lado, Ângulo): Dados dois ângulos e
gruentes quando têm a mesma forma e as mesmas dimen- um lado
sões, isto é, o mesmo tamanho. Dois triângulos são congruentes quando têm um lado
Para escrever que dois triângulos ABC e DEF são con- e dois ângulos adjacentes a esse lado, respectivamente,
gruentes, usaremos a notação: ABC ~ DEF congruentes.
69
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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os três ângulos são respectivamente congruentes, isto Exemplo
é: A~R, B~S, C~T Na figura abaixo, observamos que um triângulo pode
ser “rodado” sobre o outro para gerar dois triângulos se-
Observação: Dados dois triângulos semelhantes, tais melhantes e o valor de x será igual a 8.
triângulos possuem lados proporcionais e ângulos con-
gruentes. Se um lado do primeiro triângulo é proporcio-
nal a um lado do outro triângulo, então estes dois lados
são ditos homólogos. Nos triângulos acima, todos os lados
proporcionais são homólogos.
Realmente:
Como as razões acima são todas iguais a 2, este valor Três lados proporcionais: Se dois triângulos têm os
comum é chamado razão de semelhança entre os triângu- três lados correspondentes proporcionais, então os triân-
los. Podemos concluir que o triângulo ABC é semelhante gulos são semelhantes.
ao triângulo RST.
Dois triângulos são semelhantes se, têm os 3 ângulos
e os 3 lados correspondentes proporcionais, mas existem
alguns casos interessantes a analisar.
70
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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4. Determine os valores literais indicados na figura: 8. Determine a diagonal de um quadrado de lado l.
Respostas
1) Solução:
7. Determine x nas figuras. a² = b² + c² → a² = 6² + 8² → a² = 100 → a = 10
b.c = a.h → 8.6 = 10.h → h = 48/10 = 4,8
c² = a.m → 6² = 10.m → m = 36/10 = 3,6
b² = a.n → 8² = 10.n → n = 64/10 = 6,4
2) Solução:
13² = 12² + x²
169 = 144 + x²
x² = 25
x=5
5.12 = 13.y
y = 60/13
71
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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3) Solução: 6) Solução:
52 = 32 + x2 2
25 = 9 + x2 ⎛ 1⎞
l =h ⎜ ⎟
2 2
x2 = 16 ⎝ 2⎠
x = √16 = 4
12
l =h +
2 2
32 = 5m 4
9 12
m= h2 = l 2 −
4
5
4l − l 2
2
4 = 5n
2
h2 =
4
16 3l 2
n= h2 =
5 4
9 16 3l 2 l 3
h2 = x h= =
5 5 4 2
144
h2 =
25 7) Solução: O triângulo ABC é equilátero.
144 l 3
h= x=
25 2
12 8 3
x= =4 3
h= 2
5
8) Solução:
4) Solução: d2 = l2 + 12
d2 = 2l2
AC = 10 → e ← AB = 24 d = √2l2
d = 1√2
(O é o centro da circunferência)
9) Solução:
Solução:
x
cos α =
(BC)2 = 10 2 + 24 2 10
3 x
(BC) = 100 + 576
2 =
5 10
5x = 30
(BC)2 = 676
30
x= =6
BC = 676 = 26 5
26 10 2 = 6 2 + y 2
x= = 13 100 = 36 + y2
2
y 2 = 100 − 36
5) Solução:
d2 = 52 + 42 y 2 = 64 ⇒ y = 64 = 8
d2 = 25 + 16
d2 = 41 P = 10 + 6 + 8 = 24m
d = √41
72
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
10) Solução: Classificação dos Quadriláteros
10 2 = 5 2 + h 2
h 2 = 100 − 25
h 2 = 75
Trapézio: É o quadrilátero que tem apenas dois lados
h = 75 = 5 2.3 = 5 3cm opostos paralelos. Alguns elementos gráficos de um trapé-
zio (parecido com aquele de um circo).
Quadrilátero
- AB é paralelo a CD
- BC é não é paralelo a AD
- AB é a base maior
- DC é a base menor
73
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Exercícios 5. No retângulo abaixo, determine as medidas de x e y
indicadas:
1. Determine a medida dos ângulos indicados:
a)
c)
7. A figura abaixo é um trapézio isósceles, onde a, b, c
representam medidas dos ângulos internos desse trapézio.
Determine a medida de a, b, c.
Respostas
4. A figura abaixo é um losango. Determine o valor de
x e y, a medida da diagonal AC , da diagonal BD e o perí- 1) Solução:
metro do triângulo BMC. a) x + 105° + 98º + 87º = 360º
x + 290° = 360°
x = 360° - 290°
x = 70º
74
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
18º + 90º + y + 90º = 360° 6) Solução:
y + 198° = 360° x + 27° + 90° = 180°
y = 360º - 198° x + 117° = 180°
y = 162º x = 180° - 117°
x = 63°
c) 3a / 2 + 2a + a / 2 + a = 360º
(3a + 4a + a + 2a) / 2 = 720° /2 y + 34° + 90° = 180°
10a = 720º y + 124° = 180°
a = 720° / 10 y = 180° - 124°
a = 72° y = 56°
72° + b + 90° = 180°
b + 162° = 180° As medidas dos ângulos são:
b = 180° - 162° 63° ; 56° ; 90° + 27° = 117° ; 90 + 34° = 124°.
b = 18°. 7) Solução:
c = 117°
2) Solução: a + 117° = 180°
x + 17° + x + 37° + x + 45° + x + 13° = 360° a = 180° - 117°
4x + 112° = 360° a = 63°
4x = 360° - 112° b = 63°
x = 248° / 4
x = 62° 8) Solução:
4) Solução: x + y = 11
x = 15 8 + y = 11
y = 20 y = 11 – 8
AC = 20 + 20 = 40 y=3
BD = 15 + 15 = 30
BMC = 15 + 20 + 25 = 60.
9) Solução:
5) Solução: A2 = (2b)(2h) = 4 bh = 4 A1
12 x + 2° + 5 x + 3° = 90°
17 x + 5° = 90°
17 x = 90° - 5° 10) Solução:
17 x = 85° Não, pois os ângulos entre os lados de dois losangos,
x = 85° / 17° = 5° podem ser diferentes.
y = 5x + 3°
y = 5 (5°) + 3°
y = 28°
75
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Considere uma região plana limitada por uma curva
GEOMETRIA ESPACIAL: CORPOS REDONDOS, suave (sem quinas), fechada e um ponto P fora desse pla-
POLIEDROS, VOLUMES, PROPRIEDADES. no. Chamamos de cone ao sólido formado pela reunião de
todos os segmentos de reta que têm uma extremidade em
P e a outra num ponto qualquer da região.
Sólidos Geométricos
Elementos do cone
Para explicar o cálculo do volume de figuras geométri- - Base: A base do cone é a região plana contida no
cas, podemos pedir que visualizem a seguinte figura: interior da curva, inclusive a própria curva.
- Vértice: O vértice do cone é o ponto P.
- Eixo: Quando a base do cone é uma região que pos-
sui centro, o eixo é o segmento de reta que passa pelo
vértice P e pelo centro da base.
- Geratriz: Qualquer segmento que tenha uma extre-
midade no vértice do cone e a outra na curva que envolve
a base.
- Altura: Distância do vértice do cone ao plano da base.
- Superfície lateral: A superfície lateral do cone é a
reunião de todos os segmentos de reta que tem uma extre-
midade em P e a outra na curva que envolve a base.
a) A figura representa a planificação de um prisma reto; - Superfície do cone: A superfície do cone é a reunião
b) O volume de um prisma reto é igual ao produto da da superfície lateral com a base do cone que é o círculo.
área da base pela altura do sólido, isto é - Seção meridiana: A seção meridiana de um cone é
V = Ab x a uma região triangular obtida pela interseção do cone com
c) O cubo e o paralelepípedo retângulo são prismas; um plano que contem o eixo do mesmo.
d) O volume do cilindro também se pode calcular da
mesma forma que o volume de um prisma reto. Classificação do cone
Os formulários seguintes, das figuras geométricas são
para calcular da mesma forma que as acima apresentadas:
Figuras Geométricas:
O conceito de cone
76
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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2. A seção meridiana do cone circular reto é a interse- O conceito de esfera
ção do cone com um plano que contem o eixo do cone. No A esfera no espaço R³ é uma superfície muito impor-
caso acima, a seção meridiana é a região triangular limitada tante em função de suas aplicações a problemas da vida.
pelo triângulo isósceles VAB. Do ponto de vista matemático, a esfera no espaço R³ é con-
fundida com o sólido geométrico (disco esférico) envolvido
3. Em um cone circular reto, todas as geratrizes são pela mesma, razão pela quais muitas pessoas calculam o
congruentes entre si. Se g é a medida de cada geratriz en- volume da esfera. Na maioria dos livros elementares sobre
tão, pelo Teorema de Pitágoras, temos: g2 = h2 + R2 Geometria, a esfera é tratada como se fosse um sólido, he-
rança da Geometria Euclidiana.
4. A Área Lateral de um cone circular reto pode ser Embora não seja correto, muitas vezes necessitamos
obtida em função de g (medida da geratriz) e R (raio da falar palavras que sejam entendidas pela coletividade. De
base do cone):ALat = Pi R g um ponto de vista mais cuidadoso, a esfera no espaço R³ é
um objeto matemático parametrizado por duas dimensões,
5. A Área total de um cone circular reto pode ser ob- o que significa que podemos obter medidas de área e de
tida em função de g (medida da geratriz) e R (raio da base comprimento, mas o volume tem medida nula. Há outras
do cone): esferas, cada uma definida no seu respectivo espaço n-di-
ATotal = Pi R g + Pi R2 mensional. Um caso interessante é a esfera na reta unidi-
mensional:
So = {x em R: x²=1} = {+1,-1}
Por exemplo, a esfera
S1 = { (x,y) em R²: x² + y² = 1 }
é conhecida por nós como uma circunferência de raio
unitário centrada na origem do plano cartesiano.
Assim:
h=R
Como o volume do cone é obtido por 1/3 do produto
da área da base pela altura, então:
77
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Uma notação para a esfera com raio unitário centrada Da forma como está definida, a esfera centrada na ori-
na origem de R³ é: gem pode ser construída no espaço euclidiano R³ de modo
S² = { (x,y,z) em R³: x² + y² + z² = 1 } que o centro da mesma venha a coincidir com a origem do
Uma esfera de raio unitário centrada na origem de R4 sistema cartesiano R³, logo podemos fazer passar os eixos
é dada por: OX, OY e OZ, pelo ponto (0,0,0).
S³ = { (w,x,y,z) em R4: w² + x² + y² + z² = 1 }
78
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Volume de uma calota no hemisfério Sul
Consideremos a esfera centrada no ponto (0,0,R) com
raio R.
79
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Com a mudança de variável u=R²-m² e du=(-2m)dm Poliedros convexos são aqueles cujos ângulos diedrais
poderemos reescrever: formados por planos adjacentes têm medidas menores do
R2 que 180 graus. Outra definição: Dados quaisquer dois pon-
Vc(h) = π {(h − R)R +
2
∫ u du} tos de um poliedro convexo, o segmento que tem esses
u=0 pontos como extremidades, deverá estar inteiramente con-
Após alguns cálculos obtemos: tido no poliedro.
VC(h) = Pi (h-R) [R² -(h-R)²] - (2/3)Pi[(R-h)³ - R³]
e assim temos a fórmula para o cálculo do volume da Poliedros Regulares
calota esférica no hemisfério Sul com a altura h no intervalo
[0,R], dada por: Um poliedro é regular se todas as suas faces são re-
VC(h) = Pi h²(3R-h)/3 giões poligonais regulares com n lados, o que significa que
o mesmo número de arestas se encontram em cada vértice.
Volume de uma calota no hemisfério Norte
Se o nível do líquido mostra que a altura h já ultrapas- Tetraedro Hexaedro (cubo) Octaedro
sou o raio R da região esférica, então a altura h está no
intervalo [R,2R]
Áreas e Volumes
80
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Seção transversal
É a região poligonal obtida pela interseção do prisma
com um plano paralelo às bases, sendo que esta região
poligonal é congruente a cada uma das bases. Cilindros
Seção reta (seção normal)
É uma seção determinada por um plano perpendicular
às arestas laterais.
Princípio de Cavaliere
Consideremos um plano P sobre o qual estão apoiados
dois sólidos com a mesma altura. Se todo plano paralelo Seja P um plano e nele vamos construir um círculo de
ao plano dado interceptar os sólidos com seções de áreas raio r. Tomemos também um segmento de reta PQ que não
iguais, então os volumes dos sólidos também serão iguais. seja paralelo ao plano P e nem esteja contido neste plano P.
Um cilindro circular é a reunião de todos os segmen-
Prisma regular tos congruentes e paralelos a PQ com uma extremidade
É um prisma reto cujas bases são regiões poligonais no círculo.
regulares. Observamos que um cilindro é uma superfície no es-
paço R3, mas muitas vezes vale a pena considerar o cilindro
Exemplos: com a região sólida contida dentro do cilindro. Quando nos
Um prisma triangular regular é um prisma reto cuja referirmos ao cilindro como um sólido usaremos aspas, isto
base é um triângulo equilátero. é, “cilindro” e quando for à superfície, simplesmente escre-
Um prisma quadrangular regular é um prisma reto cuja veremos cilindro.
base é um quadrado. A reta que contém o segmento PQ é denominada gera-
triz e a curva que fica no plano do “chão” é a diretriz.
Planificação do prisma
81
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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dois planos paralelos que contêm as bases do “cilindro”. Respostas
- Superfície Lateral É o conjunto de todos os pontos
do espaço, que não estejam nas bases, obtidos pelo deslo- 1) Solução: No cilindro equilátero, a área lateral e a área
camento paralelo da geratriz sempre apoiada sobre a curva total é dada por:
diretriz.
- Superfície Total É o conjunto de todos os pontos Alat = 2 r. 2r = 4 r2
da superfície lateral reunido com os pontos das bases do Atot = Alat + 2 Abase
cilindro. Atot = 4 r2 + 2 r2 = 6 r2
- Área lateral É a medida da superfície lateral do ci- V = Abase h = r2. 2r = 2 r3
lindro.
- Área total É a medida da superfície total do cilindro.
- Seção meridiana de um cilindro É uma região poli-
gonal obtida pela interseção de um plano vertical que pas-
sa pelo centro do cilindro com o cilindro.
Classificação dos cilindros circulares
Cilindro circular oblíquo Apresenta as geratrizes oblí-
quas em relação aos planos das bases. 2) Solução: Cálculo da Área lateral Alat = 2 r h = 2
Cilindro circular reto As geratrizes são perpendicula- 2.3 = 12 cm2
res aos planos das bases. Este tipo de cilindro é também Cálculo da Área total Atot = Alat + 2 Abase Atot = 12 + 2
chamado de cilindro de revolução, pois é gerado pela rota- 22 = 12 + 8 = 20 cm2
ção de um retângulo. Cálculo do Volume V = Abase × h = r2 × h V = 22 ×
Cilindro equilátero É um cilindro de revolução cuja se- 3 = × 4 × 3 = 12 cm33
ção meridiana é um quadrado. 3) Solução:
hprisma = 12
Abase do prisma = Abase do cone = A
Volume de um “cilindro”
Vprisma = 2 Vcone
A hprisma = 2(A h)/3
Em um cilindro, o volume é dado pelo produto da área
12 = 2.h/3
da base pela altura.
h =18 cm
V = Abase × h
Se a base é um círculo de raio r, então:
4) Solução:
V = r2 h
Áreas lateral e total de um cilindro circular reto V = Vcilindro - Vcone
Quando temos um cilindro circular reto, a área lateral V = Abase h - (1/3) Abase h
é dada por: V = Pi R2 h - (1/3) Pi R2 h
Alat = 2 r h V = (2/3) Pi R2 h cm3
onde r é o raio da base e h é a altura do cilindro.
Atot = Alat + 2 Abase
Atot = 2 r h + 2 r2
Atot = 2 r(h+r) ANÁLISE COMBINATÓRIA: ARRANJO,
PERMUTAÇÃO, COMBINAÇÃO, PROBLEMAS,
Exercícios CÁLCULOS, BINÔMIO DE NEWTON.
1. Dado o cilindro circular equilátero (h = 2r), calcular a
área lateral e a área total. Análise Combinatória
2. Seja um cilindro circular reto de raio igual a 2cm e Análise combinatória é uma parte da matemática que
altura 3cm. Calcular a área lateral, área total e o seu volume. estuda, ou melhor, calcula o número de possibilidades, e
estuda os métodos de contagem que existem em acertar
3. As áreas das bases de um cone circular reto e de um algum número em jogos de azar. Esse tipo de cálculo
prisma quadrangular reto são iguais. O prisma tem altura nasceu no século XVI, pelo matemático italiano Niccollo
12 cm e volume igual ao dobro do volume do cone. Deter- Fontana (1500-1557), chamado também de Tartaglia.
minar a altura do cone. Depois, apareceram os franceses Pierre de Fermat (1601-
1665) e Blaise Pascal (1623-1662). A análise desenvolve
4. Anderson colocou uma casquinha de sorvete dentro métodos que permitem contar, indiretamente, o número
de uma lata cilíndrica de mesma base, mesmo raio R e mes- de elementos de um conjunto. Por exemplo, se quiser saber
ma altura h da casquinha. Qual é o volume do espaço (va- quantos números de quatro algarismos são formados
zio) compreendido entre a lata e a casquinha de sorvete? com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 9, é preciso aplicar
as propriedades da análise combinatória. Veja quais
propriedades existem:
82
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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- Princípio fundamental da contagem Técnicas de contagem: Na Técnica de contagem não
- Fatorial importa a ordem.
- Arranjos simples
- Permutação simples Considere A = {a; b; c; d; …; j} um conjunto formado por
- Combinação 10 elementos diferentes, e os agrupamentos ab, ac e ca”.
- Permutação com elementos repetidos
ab e ac são agrupamentos sempre distintos, pois se
Princípio fundamental da contagem: é o mesmo que diferenciam pela natureza de um dos elemento.
a Regra do Produto, um princípio combinatório que indica ac e ca são agrupamentos que podem ser considerados
quantas vezes e as diferentes formas que um acontecimento distintos ou não distintos pois se diferenciam somente pela
pode ocorrer. O acontecimento é formado por dois estágios ordem dos elementos.
caracterizados como sucessivos e independentes:
Quando os elementos de um determinado conjunto
• O primeiro estágio pode ocorrer de m modos A forem algarismos, A = {0, 1, 2, 3, …, 9}, e com estes
distintos. algarismos pretendemos obter números, neste caso, os
• O segundo estágio pode ocorrer de n modos distintos. agrupamentos de 13 e 31 são considerados distintos, pois
indicam números diferentes.
Desse modo, podemos dizer que o número de formas Quando os elementos de um determinado conjunto A
diferente que pode ocorrer em um acontecimento é igual forem pontos, A = {A1, A2, A3, A4, A5…, A9}, e com estes pontos
ao produto m . n pretendemos obter retas, neste caso os agrupamentos
Exemplo: Alice decidiu comprar um carro novo, e são iguais, pois indicam a mesma reta.
inicialmente ela quer se decidir qual o modelo e a cor do
seu novo veículo. Na concessionária onde Alice foi há 3 Conclusão: Os agrupamentos...
tipos de modelos que são do interesse dela: Siena, Fox e
Astra, sendo que para cada carro há 5 opções de cores: 1. Em alguns problemas de contagem, quando os
preto, vinho, azul, vermelho e prata. Qual é o número total agrupamentos se diferirem pela natureza de pelo menos um
de opções que Alice poderá fazer? de seus elementos, os agrupamentos serão considerados
distintos.
Resolução: Segundo o Principio Fundamental da ac = ca, neste caso os agrupamentos são denominados
Contagem, Alice tem 3×5 opções para fazer, ou seja,ela combinações.
poderá optar por 15 carros diferentes. Vamos representar
as 15 opções na árvore de possibilidades: Pode ocorrer: O conjunto A é formado por pontos e o
problema é saber quantas retas esses pontos determinam.
2. Quando se diferir tanto pela natureza quanto pela
ordem de seus elementos, os problemas de contagem
serão agrupados e considerados distintos.
ac ≠ ca, neste caso os agrupamentos são denominados
arranjos.
83
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Os fatoriais são importantes em análise combinatória. Cálculo do número de permutação simples:
Por exemplo, existem n! caminhos diferentes de arranjar
n objetos distintos numa sequência. (Os arranjos são O número total de permutações simples de n elementos
chamados permutações) E o número de opções que podem indicado por Pn, e fazendo k = n na fórmula An,k = n (n – 1)
ser escolhidos é dado pelo coeficiente binomial. (n – 2) . … . (n – k + 1), temos:
Pn = An,n= n (n – 1) (n – 2) . … . (n – n + 1) = (n – 1)
(n – 2) . … .1 = n!
Portanto: Pn = n!
Arranjos simples: são agrupamentos sem repetições
em que um grupo se torna diferente do outro pela ordem Combinações Simples: são agrupamentos formados
ou pela natureza dos elementos componentes. Seja A um com os elementos de um conjunto que se diferenciam
conjunto com n elementos e k um natural menor ou igual somente pela natureza de seus elementos. Considere A
a n. Os arranjos simples k a k dos n elementos de A, são os como um conjunto com n elementos k um natural menor
agrupamentos, de k elementos distintos cada, que diferem ou igual a n. Os agrupamentos de k elementos distintos
entre si ou pela natureza ou pela ordem de seus elementos. cada um, que diferem entre si apenas pela natureza de seus
Cálculos do número de arranjos simples: elementos são denominados combinações simples k a k,
dos n elementos de A.
Na formação de todos os arranjos simples dos n Exemplo: Considere A = {a, b, c, d} um conjunto com
elementos de A, tomados k a k: elementos distintos. Com os elementos de A podemos
formar 4 combinações de três elementos cada uma: abc –
n → possibilidades na escolha do 1º elemento. abd – acd – bcd
Permutações: Considere A como um conjunto com n Cálculo do número de combinações simples: O número
elementos. Os arranjos simples n a n dos elementos de A, total de combinações simples dos n elementos de A
são denominados permutações simples de n elementos. De representados por C n,k, tomados k a k, analogicamente ao
acordo com a definição, as permutações têm os mesmos exemplo apresentado, temos:
elementos. São os n elementos de A. As duas permutações a) Trocando os k elementos de uma combinação k a k,
diferem entre si somente pela ordem de seus elementos. obtemos Pk arranjos distintos.
84
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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b) Trocando os k elementos das Cn,k . Pk arranjos QUESTÕES
distintos.
01. Quantos números de três algarismos distintos
Portanto: Cn,k . Pk = An,k ou podem ser formados com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 7 e 8?
85
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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07. (ESPCEX) – A equipe de professores de uma escola As três letras poderão ser escolhidas de 5 . 5 . 5 =125
possui um banco de questões de matemática composto maneiras.
de 5 questões sobre parábolas, 4 sobre circunferências e 4 Os quatro algarismos poderão ser escolhidos de 5 . 4 .
sobre retas. De quantas maneiras distintas a equipe pode 3 . 2 = 120 maneiras.
montar uma prova com 8 questões, sendo 3 de parábolas, O número total de senhas distintas, portanto, é igual a
2 de circunferências e 3 de retas? 125 . 120 = 15.000.
(A) 80
(B) 96 04.
(C) 240 I) O número de cartões feitos por Cláudia foi
(D) 640
(E) 1.280
08. Numa clínica hospitalar, as cirurgias são sempre II) O número de cartões esperados por João era
assistidas por 3 dos seus 5 enfermeiros, sendo que, para
uma eventualidade qualquer, dois particulares enfermeiros,
por serem os mais experientes, nunca são escalados para
trabalharem juntos. Sabendo-se que em todos os grupos Assim, a diferença obtida foi 2.520 – 840 = 1.680
participa um dos dois enfermeiros mais experientes,
quantos grupos distintos de 3 enfermeiros podem ser 05. Se as permutações das letras da palavra PROVA
formados? forem listadas em ordem alfabética, então teremos:
(A) 06 P4 = 24 que começam por A
(B) 10 P4 = 24 que começam por O
(C) 12 P4 = 24 que começam por P
(D) 15
(E) 20 A 73.ª palavra nessa lista é a primeira permutação que
começa por R. Ela é RAOPV.
09. Seis pessoas serão distribuídas em duas equipes
para concorrer a uma gincana. O número de maneiras 06. Se, do total de 10 diretores, 6 estão sob suspeita de
diferentes de formar duas equipes é corrupção, 4 não estão. Assim, para formar uma comissão
(A) 10 de 5 diretores na qual os suspeitos não sejam maioria,
(B) 15 podem ser escolhidos, no máximo, 2 suspeitos. Portanto, o
(C) 20 número de possíveis comissões é
(D) 25
(E) 30
Algarismos
86
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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09. Então, 35 . 3 = 105 e dividindo por 5 (ordem do termo
anterior) vem 105:5 = 21, que é o coeficiente do sexto ter-
mo, conforme se vê acima.
10.
a) 9 . A*10,3 = 9 . 103 = 9 . 10 . 10 . 10 = 9000 Observações:
b) 8 . A*9,3 = 8 . 93 = 8 . 9 . 9 . 9 = 5832 1) o desenvolvimento do binômio (a + b)n é um poli-
c) (a) – (b): 9000 – 5832 = 3168 nômio.
d) 9 . A9,3 = 9 . 9 . 8 . 7 = 4536 2) o desenvolvimento de (a + b)n possui n + 1 termos .
e) (a) – (d): 9000 – 4536 = 4464 3) os coeficientes dos termos equidistantes dos extre-
mos , no desenvolvimento De (a + b)n são iguais .
Binômio de Newton 4) a soma dos coeficientes de (a + b)n é igual a 2n .
Fórmula do termo geral de um Binômio de Newton
Denomina-se Binômio de Newton , a todo binômio da
forma (a + b)n , sendo n um número natural . Um termo genérico Tp+1 do desenvolvimento de (a+b)n
, sendo p um número natural, é dado por
Exemplo:
B = (3x - 2y)4 ( onde a = 3x, b = -2y e n = 4 [grau do ⎛ n⎞
binômio] ). T p+1 = ⎜ ⎟ .a n− p .b p
⎝ p⎠
Exemplos de desenvolvimento de binômios de Newton : onde
a) (a + b)2 = a2 + 2ab + b2 ⎛ n⎞ n!
b) (a + b)3 = a3 + 3 a2b + 3ab2 + b3 ⎜⎝ p ⎟⎠ = Cn. p = p!(n − p)!
c) (a + b)4 = a4 + 4 a3b + 6 a2b2 + 4ab3 + b4
d) (a + b)5 = a5 + 5 a4b + 10 a3b2 + 10 a2b3 + 5ab4 + b5
é denominado Número Binomial e Cn.p é o número de
Nota: combinações simples de n elementos, agrupados p a p, ou
seja, o número de combinações simples de n elementos
Não é necessário memorizar as fórmulas acima, já que de taxa p.
elas possuem uma lei de formação bem definida, senão ve- Este número é também conhecido como Número
jamos: Combinatório.
Vamos tomar, por exemplo, o item (d) acima:
Observe que o expoente do primeiro e últimos termos Probabilidade
são iguais ao expoente do binômio, ou seja, igual a 5.
A partir do segundo termo, os coeficientes podem ser Ponto Amostral, Espaço Amostral e Evento
obtidos a partir da seguinte regra prática de fácil memori- Em uma tentativa com um número limitado de
zação: resultados, todos com chances iguais, devemos considerar:
Multiplicamos o coeficiente de a pelo seu expoente e Ponto Amostral: Corresponde a qualquer um dos
dividimos o resultado pela ordem do termo. O resultado resultados possíveis.
será o coeficiente do próximo termo. Assim por exemplo, Espaço Amostral: Corresponde ao conjunto dos
para obter o coeficiente do terceiro termo do item (d) aci- resultados possíveis; será representado por S e o número
ma teríamos: de elementos do espaço amostra por n(S).
5.4 = 20; agora dividimos 20 pela ordem do termo an- Evento: Corresponde a qualquer subconjunto do
terior (2 por se tratar do segundo termo) 20:2 = 10 que é o espaço amostral; será representado por A e o número de
coeficiente do terceiro termo procurado. elementos do evento por n(A).
Observe que os expoentes da variável a decrescem de
n até 0 e os expoentes de b crescem de 0 até n. Assim o Os conjuntos S e Ø também são subconjuntos de S,
terceiro termo é 10 a3b2 (observe que o expoente de a de- portanto são eventos.
cresceu de 4 para 3 e o de b cresceu de 1 para 2). Ø = evento impossível.
Usando a regra prática acima, o desenvolvimento do S = evento certo.
binômio de Newton (a + b)7 será:
(a + b)7 = a7 + 7 a6b + 21 a5b2 + 35 a4b3 + 35 a3b4 + 21 Conceito de Probabilidade
a2b5 + 7 ab6 + b7
Como obtivemos, por exemplo, o coeficiente do 6º ter- As probabilidades têm a função de mostrar a chance
mo (21 a2b5) ? de ocorrência de um evento. A probabilidade de ocorrer
Pela regra: coeficiente do termo anterior = 35. Multipli- um determinado evento A, que é simbolizada por P(A), de
camos 35 pelo expoente de a que é igual a 3 e dividimos o um espaço amostral S ≠ Ø, é dada pelo quociente entre
resultado pela ordem do termo que é 5. o número de elementos A e o número de elemento S.
Representando:
87
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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B
S
Propriedades de um Espaço Amostral Finito e Não
Vazio Considerando que A ∩ B, nesse caso A e B serão
- Em um evento impossível a probabilidade é igual a denominados mutuamente exclusivos. Observe que A ∩ B
zero. Em um evento certo S a probabilidade é igual a 1. = 0, portanto: P(A B) = P(A) + P(B). Quando os eventos
Simbolicamente: P(Ø) = 0 e P(S) = 1. A1, A2, A3, …, An de S forem, de dois em dois, sempre
- Se A for um evento qualquer de S, neste caso: 0 ≤ mutuamente exclusivos, nesse caso temos, analogicamente:
P(A) ≤ 1.
- Se A for o complemento de A em S, neste caso: P(A) P(A1 A2 A3 … An) = P(A1) + P(A2) + P(A3) + ... +
= 1 - P(A). P(An)
Então, logo:
Probabilidade Condicionada
União de Eventos
Considere dois eventos A e B de um espaço amostral S,
Considere A e B como dois eventos de um espaço finito e não vazio. A probabilidade de B condicionada a A é
amostral S, finito e não vazio, temos: dada pela probabilidade de ocorrência de B sabendo que
já ocorreu A. É representada por P(B/A).
A
Veja:
B
S
88
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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89
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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06. Uma urna contém 4 bolas amarelas, 2 brancas e 3 03. P(dama ou rei) = P(dama) + P(rei) =
bolas vermelhas. Retirando-se uma bola ao acaso, qual a
probabilidade de ela ser amarela ou branca?
09. Uma urna contém 6 bolas: duas brancas e quatro Para encontrarmos n(B) recorremos à fórmula do termo
pretas. Retiram-se quatro bolas, sempre com reposição de geral da P.A., em que
cada bola antes de retirar a seguinte. A probabilidade de só a1 = 10
a primeira e a terceira serem brancas é: an = 500
r = 10
Temos an = a1 + (n – 1) . r → 500 = 10 + (n – 1) . 10 →
(A) (B) (C) (D) (E) n = 50
06.
Respostas Sejam A1, A2, A3, A4 as bolas amarelas, B1, B2 as brancas
e V1, V2, V3 as vermelhas.
01. Temos S = {A1, A2, A3, A4, V1, V2, V3 B1, B2} → n(S) = 9
A: retirada de bola amarela = {A1, A2, A3, A4}, n(A) = 4
02. B: retirada de bola branca = {B1, B2}, n(B) = 2
A partir da distribuição apresentada no gráfico:
08 mulheres sem filhos.
07 mulheres com 1 filho.
06 mulheres com 2 filhos.
02 mulheres com 3 filhos.
90
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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07.
Se apenas um deve acertar o alvo, então podem ocorrer PROGRESSÕES ARITMÉTICAS E
os seguintes eventos: GEOMÉTRICAS: TERMO GERAL, SOMA DOS
(A) “A” acerta e “B” erra; ou TERMOS, RAZÃO.
(B) “A” erra e “B” acerta.
Assim, temos:
P (A B) = P (A) + P (B)
P (A B) = 40% . 70% + 60% . 30% Progressão Aritmética (PA)
P (A B) = 0,40 . 0,70 + 0,60 . 0,30
P (A B) = 0,28 + 0,18 Podemos, no nosso dia-a-dia, estabelecer diversas se-
P (A B) = 0,46 quências como, por exemplo, a sucessão de cidades que
P (A B) = 46% temos numa viagem de automóvel entre Brasília e São Pau-
lo ou a sucessão das datas de aniversário dos alunos de
08. uma determinada escola.
Sendo A e B eventos independentes, P(A B) = P(A) . Podemos, também, adotar para essas sequências uma
P(B) e como P(A B) = P(A) + P(B) – P(A B). Temos: ordem numérica, ou seja, adotando a1 para o 1º termo, a2
P(A B) = P(A) + P(B) – P(A) . P(B) para o 2º termo até an para o n-ésimo termo. Dizemos que
0,8 = 0,3 + P(B) – 0,3 . P(B) o termo an é também chamado termo geral das sequências,
0,7 . (PB) = 0,5 em que n é um número natural diferente de zero. Eviden-
P(B) = 5/7. temente, daremos atenção ao estudo das sequências nu-
méricas.
09. Representando por a As sequências podem ser finitas, quando apresentam
probabilidade pedida, temos: um último termo, ou, infinitas, quando não apresentam um
último termo. As sequências infinitas são indicadas por re-
=
ticências no final.
=
Exemplos:
- Sequência dos números primos positivos: (2, 3, 5,
7, 11, 13, 17, 19, ...). Notemos que esta é uma sequência
infinita com a1 = 2; a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 11; a6 = 13 etc.
- Sequência dos números ímpares positivos: (1, 3, 5, 7,
9, 11, ...). Notemos que esta é uma sequência infinita com
10. Supondo que a lanchonete só forneça estes três a1 = 1; a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 9; a6 = 11 etc.
tipos de sucos e que os nove primeiros clientes foram - Sequência dos algarismos do sistema decimal de
servidos com apenas um desses sucos, então: numeração: (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9). Notemos que esta é
I- Como cada suco de laranja utiliza três laranjas, não é uma sequência finita com a1 = 0; a2 = 1; a3 = 2; a4 = 3; a5 =
possível fornecer sucos de laranjas para os nove primeiros 4; a6 = 5; a7 = 6; a8 = 7; a9 = 8; a10 = 9.
clientes, pois seriam necessárias 27 laranjas.
II- Para que não haja laranjas suficientes para o próximo 1. Igualdade
cliente, é necessário que, entre os nove primeiros, oito As sequências são apresentadas com os seus termos
tenham pedido sucos de laranjas, e um deles tenha pedido entre parênteses colocados de forma ordenada. Sucessões
outro suco. que apresentarem os mesmos termos em ordem diferente
A probabilidade de isso ocorrer é: serão consideradas sucessões diferentes.
Duas sequências só poderão ser consideradas iguais
se, e somente se, apresentarem os mesmos termos, na
mesma ordem.
Exemplo
A sequência (x, y, z, t) poderá ser considerada igual à
sequência (5, 8, 15, 17) se, e somente se, x = 5; y = 8; z =
15; e t = 17.
Notemos que as sequências (0, 1, 2, 3, 4, 5) e (5, 4, 3,
2, 1) são diferentes, pois, embora apresentem os mesmos
elementos, eles estão em ordem diferente.
91
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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determina o valor de cada termo an em função do valor de a4 = a3 – 2 → a4 = 8 – 2 → a4 = 6
n, ou seja, dependendo da posição do termo. Esta formula a5 = a4 – 2 → a5 = 6 – 2 → a5 = 4
que determina o valor do termo an e chamada formula do
termo geral da sucessão. Observação 1
3. Lei de Recorrências
Uma sequência pode ser definida quando oferecemos
o valor do primeiro termo e um “caminho” (uma formula)
que permite a determinação de cada termo conhecendo-
se o seu antecedente. Essa forma de apresentação de uma
sucessão é dita de recorrências.
Exemplos
- Escrever os cinco primeiros termos de uma sequência
em que:
a1 = 3 e an+1 = 2 . an - 4, em que n € N*.
Teremos:
a1 = 3
a2 = 2 . a1 – 4 a a2 = 2 . 3 – 4 a a2 = 2
a3 = 2 . a2 – 4 a a3 = 2 . 2 - 4 a a3 = 0
a4 = 2 . a3 – 4 a a4 = 2 . 0 - 4 a a4 = -4
a5 = 2 . a4 – 4 a a5 = 2 .(-4) – 4 a a5 = -12
a2 = a1 – 2 → a2 = 12 – 2 → a2=10
a3 = a2 – 2 → a3 = 10 – 2 → a3 = 8
92
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Exemplo Propriedade
- Determinar os números a, b e c cuja soma é, igual a Numa PA com n termos, a soma de dois termos
15, o produto é igual a 105 e formam uma PA crescente. equidistantes dos extremos é igual à soma destes extremos.
Teremos: Exemplo
Fazendo a = (b – r) e c = (b + r) e sendo a + b + c =
15, teremos: Sejam, numa PA de n termos, ap e ak termos equidistantes
(b – r) + b + (b + r) = 15 → 3b = 15 → b = 5. dos extremos.
P1: para três termos consecutivos de uma PA, o termo Portanto numa PA com n termos, em que n é um
médio é a media aritmética dos outros dois termos. numero ímpar, o termo médios (am) é a media aritmética
dos extremos.
a1 + an
Exemplo Am =
2
Vamos considerar três termos consecutivos de uma PA:
7. Soma dos n Primeiros Termos de uma PA
an-1, an e an+1. Podemos afirmar que:
I - an = an-1 + r
Vamos considerar a PA (a1, a2, a3,…,an-2, an-1,an ) e
II - an = an+ 1 –r
representar por Sn a soma dos seus n termos, ou seja:
Sn = a1 + a2 + a3 + …+ an-2 + an-1 + an
Fazendo I + II, obteremos: (igualdade I)
2an = an-1 + r + an +1 - r
2an = an -1+ an + 1 Podemos escrever também:
an + 1 Sn = an + an-1 + an-2 + ...+ a3 + a2 + a1
Logo: an = an-1 + (igualdade II)
2
Portanto, para três termos consecutivos de uma PA o Somando-se I e II, temos:
termo médio é a media aritmética dos outros dois termos. 2Sn = (a1 + an) + (a2 + an-1) + (a3 + an-2) + …+ (an-2 + a3) +
6. Termos Equidistantes dos Extremos (an-1 + a2) + (an + a1)
Considerando que todas estas parcelas, colocadas
Numa sequência finita, dizemos que dois termos são entre parênteses, são formadas por termos equidistantes
equidistantes dos extremos se a quantidade de termos que dos extremos e que a soma destes termos é igual à soma
precederem o primeiro deles for igual à quantidade de ter- dos extremos, temos:
mos que sucederem ao outro termo. Assim, na sucessão:
2Sn = (a1 + an) + (a1 + an) + (a1 + an) + (a1 + an) +
(a1, a2, a3, a4,..., ap,..., ak,..., an-3, an-2, an-1, an), temos: +… + (a1 + an) → 2Sn = ( a1 + an) . n
93
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Calculo de a60: - Decrescente: Quando cada termo é menor que o an-
A60 = a1 + 59r → a60 = 2 + 59 . 3 terior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou quando a1
a60 = 2 + 177 < 0 e q > 1.
a60 = 179 - Alternante: Quando cada termo apresenta sinal con-
trario ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
Calculo da soma: - Constante: Quando todos os termos são iguais. Isto
ocorre quando q = 1. Uma PG constante é também uma PA
] de razão r = 0. A PG constante é também chamada de PG
(a1 + an )n (a + a ).60
Sn = → S60 = 1 60 estacionaria.
2 2 - Singular: Quando zero é um dos seus termos. Isto
ocorre quando a1 = 0 ou q = 0.
(2 + 179).60
S60 =
2 Formula do Termo Geral
As classificações geométricas são classificadas assim: Assim, se quisermos determinar o termo a4 desta PG,
- Crescente: Quando cada termo é maior que o ante- faremos:
rior. Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando a1 < 0 e A4 = 1 . (-3)3 → a4 = -27
0 < q < 1.
94
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Artifícios de Resolução Observação: Se a PG for positive, o termo médio será a
media geométrica dos outros dois:
Em diversas situações, quando fazemos uso de apenas an = √an-1 . an+1
alguns elementos da PG, é possível através de alguns
elementos de resolução, tornar o procedimento mais P2: Numa PG, com n termos, o produto de dois termos
simples. equidistantes dos extremos é igual ao produto destes
extremos.
PG com três termos:
Exemplo
a a; aq
Sejam, numa PG de n termos, ap e ak dois termos
q equidistantes dos extremos.
q −1
n
Logo: (an)2 = an-1 . an+1
95
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Se tivéssemos efetuado a subtração das equações em Devemos notar que a cada novo termo calculado,
ordem inversa, a fórmula da soma dos termos da PG ficaria: na PG, o seu valor numérico cada vez mais se aproxima
a1 .(1+ q n ) de zero. Dizemos que esta é uma progressão geométrica
Sn = convergente.
1− q
Evidentemente que por qualquer um dos “caminhos” Por outro lado, na serie, é cada vez menor a parcela que
o resultado final é o mesmo. É somente uma questão de se acrescenta. Desta forma, o ultimo termos da serie vai
forma de apresentação. tendendo a um valor que parece ser o limite para a série em
estudo. No exemplo numérico, estudado anteriormente,
Observação: Para q = 1, teremos sn = n . a1 nota-se claramente que este valor limite é o numero 8.
Série Convergente – PG Convergente Bem, vamos dar a esta discussão um caráter matemático.
Dada a sequência ( a1, a2, a3, a4, a5,..., an-2, an-1, an), É claro que, para a PG ser convergente, é necessário
chamamos de serie a sequência S1, S2, S3, S4, S5,..., Sn-2, sn-1, que cada termo seja, um valor absoluto, inferior ao anterior
sn,tal que: a ele. Assim, temos que:
S1 = a1
S2 = a1 + a2 PG convergente → | q | < 1
S3 = a1 + a2 + a3
S4 = a1 + a2 + a3 + a4 ou
S5 = a1 + a2 + a3 + a4 + a5
. PG convergente → -1 < 1
.
Sn-2 = a1 + a2 + a3 + a4 + a5 + ...+ an-2 Resta estabelecermos o limite da serie, que é o Sn para
Sn-1 = a1 + a2 + a3 + a4 + a5 + ...+ an-2 + an-1 quando n tende ao infinito, ou seja, estabelecermos a soma
Sn = a1 + a2 + a3 + a4 + a5 + ...+ an-2 + an-1 + an dos infinitos termos da PG convergente.
Vamos observar como exemplo, numa PG com primeiro Vamos partir da soma dos n primeiros termos da PG:
termo a1 = 4 e razão q = , à série que ela vai gerar.
a1 .(1+ q n )
Sn =
Os termos que vão determinar a progressão geométrica 1− q
são: (4, 2, 1, 1 , 1, 1, 1, 1, 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 1 1 1
, ,
...) 2 128 256 512 Estando q entre os números -1e 1 e, sendo n um
expoente que tende a um valor muito grande, pois estamos
E, portanto, a série correspondente será: somando os infinitos termos desta PG, é fácil deduzir que qn
vai apresentando um valor cada vez mais próximo de zero.
S1 = 4 Para valores extremamente grandes de n não constitui erro
S2 = 4 + 2 = 6 considerar que qn é igual a zero. E, assim, teremos:
S3 = 4 + 2 + 1 = 7
1 15 a1
S4 = 4 + 2 + 1 + = = 7, 5 S=
2 2 1− q
1 1 31
S5 = 4 + 2 + 1 + + = = 7, 75
2 4 4 Observação: Quando a PG é não singular (sequência
1 1 1 63 com termos não nulos) e a razão q é de tal forma que q | ≥
S6 = 4 + 2 + 1 + + + = = 7, 875 1, a serie é divergente. Séries divergentes não apresentam
2 4 8 8 soma finita.
1 1 1 1 127
S7 = 4 + 2 + 1 + + + + = = 7, 9375 Exemplos
2 4 8 16 16
- A medida do lado de um triângulo equilátero é 10.
1 1 1 1 1 255
S8 = 4 + 2 + 1 + + + + + = = 7, 96875 Unindo-se os pontos médios de seus lados, obtém-se o
2 4 8 16 32 32 segundo triângulo equilátero. Unindo-se os pontos médios
1 1 1 1 1 1 511 dos lados deste novo triangulo equilátero, obtém-se um
S9 = 4 + 2 + 1 + + + + + + =
2 4 8 16 32 64 64 = 7, terceiro, e assim por diante, indefinidamente. Calcule a
984375 soma dos perímetros de todos esses triângulos.
1 1 1 1 1 1 1 1023
S10 = 4 + 2 + 1 + + + + + + + =
= 7, 9921875 2 4 8 16 32 64 128 128
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Solução: 4. A soma dos elementos da sequência numérica infini-
ta (3; 0,9; 0,09; 0,009; …) é:
a) 3,1
b) 3,9
c) 3,99
d) 3, 999
e) 4
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Respostas Daqui e de (1) obtemos que:
an = 10 + [(n + 1)/2] - 1 se n é ímpar
1) Resposta “D”. an = 8 + (n/2) - 1 se n é par
Solução: Logo:
Sejam (a1, a2, a3,…) a PA de r e (g1, g2, g3, …) a PG de a30 = 8 + (30/2) - 1 = 8 + 15 - 1 = 22 e
razão q. Temos como condições iniciais: a55 = 10 + [(55 + 1)/2] - 1 = 37
1 - a1 = g1 = 4
2 - a3 > 0, g3 > 0 e a3 = g3 E, portanto:
3 - a2 = g2 + 2 a30 + a55 = 22 + 37 = 59.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Logo, poderemos escrever: 10) Resposta “6171”.
S = (10 + 102 + 103 + 104 + ... + 10n ) – n Solução: Dados:
Vamos calcular a soma Sn = 10 + 102 + 103 + 104 + ... + M(5) = 1000, 1005, ..., 9995, 10000.
10 , que é uma PG de primeiro termo a1 = 10, razão q = 10
n M(7) = 1001, 1008, ..., 9996.
e último termo an = 10n. M(35) = 1015, 1050, ... , 9975.
Teremos: M(1) = 1, 2, ..., 10000.
Sn = (an.q – a1) / (q –1) = (10n . 10 – 10) / (10 – 1) = Para múltiplos de 5, temos: an = a1+ (n-1).r → 10000 =
(10 – 10) / 9
n+1 1000 + (n - 1). 5 → n = 9005/5 → n = 1801.
Para múltiplos de 7, temos: an = a1+ (n-1).r → 9996 =
Substituindo em S, vem: 1001 + (n - 1). 7 → n = 9002/7 → n = 1286.
Para múltiplos de 35, temos: an = a1 + (n - 1).r → 9975
S = [(10n+1 – 10) / 9] – n
= 1015 + (n - 1).35 → n = 8995/35 → n = 257.
Para múltiplos de 1, temos: an = a1 = (n -1).r → 10000
Deseja-se calcular o valor de 10n+1 - 9(S + n) = 1000 + (n - 1).1 → n = 9001.
Temos que S + n = [(10n+1 – 10) / 9] – n + n = (10n+1 – Sabemos que os múltiplos de 35 são múltiplos comuns
10) / 9 de 5 e 7, isto é, eles aparecem no conjunto dos múltiplos de
5 e no conjunto dos múltiplos de 7 (daí adicionarmos uma
Substituindo o valor de S + n encontrado acima, fica: vez tal conjunto de múltiplos).
10n+1 – 9(S + n) = 10n+1 – 9(10n+1 – 10) / 9 = 10n+1 – Total = M(1) - M(5) - M(7) + M(35).
(10 – 10) = 10.
n+1
Total = 9001 - 1801 - 1286 + 257 = 6171
8) Resposta “819”.
Solução: Sendo q a razão da PG, poderemos escrever
a sua forma genérica: (x/q, x, xq). POLINÔMIOS: OPERAÇÕES,
Como o produto dos 3 termos vale 729, vem: EQUAÇÕES, RELAÇÕES ENTRE COEFICIENTES
x/q . x . xq = 729 de onde concluímos que: x3 = 729 = E RAZÕES.
36 = 33 . 33 = 93 , logo, x = 9.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Adição Exemplo 3
100
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Multiplicação de número natural Exemplo: (10a3b3 + 8ab2) : (2ab2)
- Se multiplicarmos 3 por (2x2 + x + 5), teremos: O dividendo 10a3b3 + 8ab2 é formado por dois
3 (2x2 + x + 5) → aplicar a propriedade distributiva. monômios. Dessa forma, o divisor 2ab2, que é um
3 . 2x2 + 3 . x + 3 . 5 monômio, irá dividir cada um deles, veja:
6x2 + 3x + 15. (10a3b3 + 8ab2) : (2ab2)
Divisão ou
Exercícios
Observação: ao dividirmos as partes literais temos
que estar atentos à propriedade que diz que base igual na 1. Um Caderno custa y reais. Gláucia comprou 4
divisão, repete a base e subtrai os expoentes. cadernos, Cristina comprou 6, e Karina comprou 3. Qual é
Depois de relembrar essas definições veja alguns o monômio que expressa a quantia que as três gastaram
exemplos de como resolver divisões de polinômio por juntas?
monômio.
101
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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2. Suponha que a medida do lado de um quadrado 4) Resposta “2,3x – 1,65xy + 0,8y”.
seja expressa por 6x², em que x representa um número real Solução:
positivo. Qual o monômio que vai expressar a área desse 0,3x – 5xy + 1,8y + 2x – y + 3,4xy =
quadrado? = 0,3x + 2x – 5xy + 3,4xy + 1,8y – y = → propriedade
comutativa
3. Um caderno de 200 folhas custa x reais, e um = 2,3x – 1,65xy + 0,8y → reduzindo os termos semelhantes
caderno de 100 folhas custa y reais. Se Noêmia comprar 7
cadernos de 200 folhas e 3 cadernos de 100 folhas, qual é Então: 2,3x – 1,65xy + 0,8y é a forma reduzida do
a expressão algébrica que irá expressar a quantia que ela polinômio dado.
irá gastar?
5) Resposta “5x + 2xy – 4y”.
4. Escreve de forma reduzida o polinômio: 0,3x – 5xy + Solução: 1˚ Modo:
1,8y + 2x – y + 3,4xy. (7x – 2xy – 5y) + (–2x + 4xy + y) =
= 7x – 2xy – 5y – 2x + 4xy + y =
5. Calcule de dois modos (7x – 2xy – 5y) + (-2x + 4xy = 7x – 2x – 2xy + 4xy – 5y + y =
+ y)
= 5x + 2xy – 4y
2˚ Modo:
6. Determine P1 + P2 – P3, dados os Polinômios: 7x – 2xy – 5y
– 2x + 4xy + y
P1 = 3x² + x²y² - 7y² -------------------------
P2 = 2x² + 8x²y² + 3y² 5x + 2xy – 4y
P3 = 5x² + 7x²y² - 9y²
6) Resposta “–3x² + 2x²y² + 5y²”.
7. Qual é o polinômio P que, adicionado ao polinômio Solução:
2y5 – 3y4 + y² – 5y + 3, dá como resultado o polinômio 3y5 (3x² + x²y² - 7y²) + (x² + 8x²y² + 3y²) – (5x² + 7x²y² - 9y²) =
– 2y4 – 2y3 + 2y² – 4y + 1? = 3x² + x²y² – 7y² – x² + 8x²y² + 3y² – 5x² – 7x²y² + 9y² =
= 3x² – x² – 5x² + x²y² + 8x²y² – 7x²y² – 7y² + 3y² + 9y² =
8. Qual é a forma mais simples de se escrever o = –3x² + 2x²y² + 5y²
polinômio expresso por: 2x(3a – 2x) + a(2x – a) – 3x(a + x)?
Logo, P1 + P2 – P3 = –3x² + 2x²y² + 5y².
9. Qual a maneira para se calcular a multiplicação do
seguinte polinômio: (2x + y)(3x – 2y)? 7) Resposta “y5 + y4 – 2y3 + y² + y – 2”.
Solução:
10. Calcule: (12a5b² – 20a4b³ + 48a³b4) (4ab). P + (2y5 – 3y4 + y² – 5y + 3) = (3y5 – 2y4 – 2y3 + 2y² – 4y
+ 1). Daí:
P = (3y5 – 2y4 – 2y3 + 2y² – 4y + 1) – (2y5 – 3y4 + y² – 5y
Respostas + 3) =
= 3y5 – 2y4 – 2y3 + 2y² – 4y + 1 – 2y5 + 3y4 – y² + 5y – 3 =
1) Resposta “13y reais”. = 3y5 – 2y5 – 2y4 + 3y4 – 2y3 + 2y² – y² – 4y + 5y + 1 – 3 =
Solução: 4y + 6y + 3y = = y5 + y4 – 2y3 + y² + y – 2.
= (4 + 6 + 3)y =
= 13y Logo, o polinômio P procurado é y5 + y4 – 2y3 + y² + y – 2.
Logo, as três juntas gastaram 13y reais.
8)Resposta “5ax – 7x² – a²”.
2) Resposta “36x4”. Solução:
Solução: 2x(3a – 2x) + a(2x – a) – 3x(a + x) =
Área: (6x²)² = (6)² . (x)² = 36x4 = 6ax – 4x² + 2ax – a² – 3ax – 3x² =
Logo, a área é expressa por 36x4. = 6ax + 2ax – 3ax – 4x² – 3x² – a² =
= 5ax – 7x² – a²
3) Resposta “7x + 3y”.
Solução: 9) Resposta “6x² – xy – 2y²”.
7 cadernos a x reais cada um: 7x reais Solução: Nesse caso podemos resolve de duas maneiras:
3 cadernos a y reais cada um: 3y reais. 1˚ Maneira: (2x + y)(3x – 2y) =
Portanto, a quantia que Noêmia gastará na compra dos = 2x . 3x – 2x . 2y + y . 3x – y . 2y =
cadernos é expressa por: = 6x² – 4xy + 3xy – 2y² =
7x + 3y → uma expressão algébrica que indica a adição = 6x² – xy – 2y²
de monômios.
102
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
2˚ Maneira: Exemplos:
3x – 2y 1) a ( x+y ) = ax + ay
x 2x + y 2) (a+b)(x+y) = ax + ay + bx + by
------------------- 3) x ( x ² + y ) = x³ + xy
6x² – 4xy
+ 3xy – 2y² Para multiplicarmos potências de mesma base, conser-
--------------------- vamos a base e somamos os expoentes.
6x² – xy – 2y² Na divisão de potências devemos conservar a base e
subtrair os expoentes
10) Resposta “3a4b – 5a³b² + 12a²b³”. Exemplos:
Solução: 1) 4x² : 2 x = 2 x
(12a5b² – 20a4b³ + 48a³b4) (4ab) = 2) ( 6 x³ - 8 x ) : 2 x = 3 x² - 4
= (12a5b² 4ab) – (20a4b³ 4ab) + (48a³b4 4ab) = 3) (x4 - 5x3 + 9x2 - 7x+2) :(x2 - 2x + 1) = x2 - 3x +2
= 3a4b – 5a³b² + 12a²b³
Resolução:
Cálculos Algébricos x4 - 5x3 + 9x2 - 7x+2 x2 - 2x + 1
-x4 + 2x3 - x2 x2 - 3x + 2
Expressões Algébricas são aquelas que contêm nú- -3x3 + 8x2 -7x
meros e letras. 3x3 - 6x2 -3x
Ex: 2ax²+bx 2x2 - 4x + 2
-2x2 + 4x - 2
Variáveis são as letras das expressões algébricas que 0
representam um número real e que de princípio não pos-
suem um valor definido. Para iniciarmos as operações devemos saber o que são
Valor numérico de uma expressão algébrica é o nú- termos semelhantes.
mero que obtemos substituindo as variáveis por números e Dizemos que um termo é semelhante do outro quando
efetuamos suas operações. suas partes literais são idênticas.
103
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
- 4x2 + 12y3 – 7y3 – 5x2 devemos primeiro unir os termos -20 : (– 4) . x2 : x . y3 : y3
semelhantes. 12y3 – 7y3 + 4x2 – 5x2 agora efetuamos a soma 5 x2 – 1 y3 – 3
e a subtração. 5x1y0
-5y3 – x2 como os dois termos restantes não são 5x
semelhantes, devemos deixar apenas indicado à operação
dos monômios. Potenciação de monômios
104
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Como queremos o sétimo termo, fazemos p = 6 na fór- 5) Solução:
mula do termo geral e efetuamos os cálculos indicados. (3x²+2x-1) + (-2x²+4x+2)
Temos então: 3x² + 2x – 1 – 2x² + 4x + 2 =
T6+1 = T7 = C9,6 . (2x)9-6 × (1)6 = 9! ×(2x)3×1= x² + 6x + 1
[(9-6)! x6!]
9.8.7.6!
= ×8x³=672x³ 6) Solução:
3.2.1.6!
(2x+3).(4x+1)
Portanto o sétimo termo procurado é 672x3. 8x² + 2x + 12x + 3 =
8x² + 14x + 3
2) Resposta “90720x4y4”.
Solução: Temos: 7) a - Solução:
a = 2x (x - y).(x² - xy + y²)
b = 3y x³ - x²y + xy² - x²y + xy² - y³ =
n=8 x³ - 2x²y + 2xy² - y³ =
Sabemos que o desenvolvimento do binômio terá 9
termos, porque n = 8. Ora sendo T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 os b - Solução:
termos do desenvolvimento do binômio, o termo do meio (3x - y).(3x + y).(2x - y)
(termo médio) será o T5 (quinto termo). (3x - y).(6x² - 3xy + 2xy - y²) =
Logo, o nosso problema resume-se ao cálculo do T5. (3x - y).(6x² - xy - y²) =
Para isto, basta fazer p = 4 na fórmula do termo geral e 18x³ - 3x²y - 3xy² - 6x²y + xy² + y³ =
efetuar os cálculos decorrentes. Teremos: 18x³ - 9x²y - 2xy² + y³
105
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Alfabetização
QUESTÕES RELACIONADAS AO PROCESSO
DE ENSINO-APRENDIZAGEM. O termo Alfabetização, segundo Soares, etimologi-
camente, significa: levar à aquisição do alfabeto, ou seja,
CONHECIMENTO MATEMÁTICO E SUAS
ensinar a ler e a escrever. Assim, a especificidade da Alfa-
CARACTERÍSTICAS. betização é a aquisição do código alfabético e ortográfico,
A CONSTRUÇÃO DOS CONCEITOS através do desenvolvimento das habilidades de leitura e
MATEMÁTICOS. de escrita.
ASPECTOS METODOLÓGICOS DO ENSINO DA Na história do Brasil, a alfabetização ganha força, prin-
MATEMÁTICA. cipalmente, após a Proclamação da República, com a insti-
CONSTRUTIVISMO E EDUCAÇÃO tucionalização da escola e com o intuito de tornar as novas
MATEMÁTICA. gerações aptas à nova ordem política e social. A escola-
rização, mais especificamente a alfabetização, se tornou
instrumento de aquisição de conhecimento, de progresso
e modernização do país. Com o passar do tempo muito
Alfabetização e Letramento1
se desenvolveu no campo da alfabetização, surgiram con-
ceitos, teorias, metodologias etc. Porém, mesmo com toda
Visando a compreensão do que é letramento e alfabe-
evolução, o Brasil e outros países não desenvolvidos, ainda
tização, estudos apontam discussões históricas que mos-
enfrentam um problema de muita relevância: a qualidade
tram como se desenvolveu o processo de alfabetização no
da educação básica, especialmente, a dos anos iniciais do
Brasil desde há muito tempo. É a partir da necessidade de
ensino fundamental. São evidências dessa baixa qualida-
alfabetizar “as grandes massas iletradas” que o Estado-Na-
de os índices de fracasso, reprovação e evasão escolar, que
ção passa a preocupar-se com a preparação de profissio-
nunca deixaram de se perpetuar nestas sociedades.
nais para atuar na área educacional.
Este problema tão concreto, historicamente, já foi mui-
De acordo com Saviani, a necessidade da formação
to abordado. Artigos acadêmicos tentaram indicar possí-
docente surge desde Comenius, no século XVII. Ele ainda
veis causas desta baixa qualidade, colocando a “culpa”, às
apresenta a primeira escola voltada à formação docen-
vezes, no método utilizado, no aluno que apresenta muitas
te em 1684, por São João Batista de La Salle, em Reims.
dificuldades, na má formação do professor, nas condições
Contudo, a ideia de institucionalizar escolas próprias para a
sociais desfavoráveis ou, ainda, em outras causas diversas.
formação do professor, surge da sistematização das ideias
Enfim, foram muitas as tentativas de superação, embora,
liberais em expandir o ensino a todas as camadas sociais no
nenhuma apresentasse grande êxito. Com certeza, esses
século XIX. Essas prioridades, no entanto sofrem grandes
estudos foram de muita valia, pois todos os fatores citados
influências e acabam por precarizar-se devido às dificulda-
caracterizam a qualidade da educação, logo, a escola não
des encontradas na relação escola-cidadão. O fracasso que
somente influência a sociedade, mas também é por ela in-
surge na alfabetização desde esse período nos atinge até a
fluenciada, ou seja, este conjunto de possíveis causas que
atualidade exigindo uma atenção especial e soluções para
estão dentro e no entorno da escola, realmente, afetam o
um ensino de qualidade.
ensino-aprendizagem
Portanto é preciso compreender que alfabetização e
Há algumas décadas, a principal causa que apontava
letramento são práticas distintas, porém, indissociáveis, in-
para a baixa qualidade da alfabetização era o ensino fun-
terdependentes e simultâneas. No entanto, a falta de com-
damentado na Pedagogia Tradicional.
preensão destes termos gera grande confusão em seu uso
Atualmente, entre outros fatores que envolvem um
teórico e prático, levando à perda da especificidade destas.
bom ensino-aprendizagem, as principais causas estão liga-
Ao refletir sobre essas concepções e em anuência com
das à perda da especificidade da alfabetização, devido à
Soares encontramos uma grande problemática, que acaba
compreensão equivocada de novas perspectivas teóricas e
refletindo na qualidade da educação brasileira. Muitos pro-
suas metodologias, que foram surgindo em contraposição
fissionais da educação acabam por mesclar e confundir o
ao tradicional, e a grande abrangência que se tem dado ao
significado destes dois conceitos, ampliando o conceito de
termo alfabetização.
alfabetização, sobrepondo o de letramento, como se letra-
Concordando, com Magda Soares, em seu artigo Le-
mento tivesse o mesmo sentido de alfabetização e, assim,
tramento e Alfabetização: as muitas facetas, a expansão
não desempenhando um bom trabalho.
do significado de alfabetização em direção ao conceito
Para contribuir para o esclarecimento e mudanças em
de letramento, levou à perda de sua especificidade. [...] no
algumas práticas pedagógicas atuais, explicitaremos neste
Brasil a discussão do letramento surge sempre enraizada
artigo os conceitos de Alfabetização e Letramento e a im-
no conceito de alfabetização, o que tem levado, apesar da
portância da sua conciliação para uma prática significativa.
diferenciação sempre proposta na produção acadêmica, a
uma inadequada e inconveniente fusão dos dois proces-
sos, com prevalência do conceito de letramento, [...] o que
tem conduzido a certo apagamento da alfabetização que,
talvez com algum exagero, denomino desinvenção da al-
1 Texto adaptado de DIOGO, E. M. e GORETTE, M. da S. fabetização.
106
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Essa fusão dos dois processos, que leva à chamada “de- víduo compreenda o que lê e o que escreve. Entretanto, se
sinvenção da alfabetização”, aliada à interpretação equivo- reconhece que muito mais que isso, é realizar uma leitura
cada das novas perspectivas teóricas acarretou na prática a crítica da realidade, respondendo satisfatoriamente as
negação de qualquer atividade que visasse à aquisição do demandas sociais.
sistema alfabético e ortográfico, como o ensino das rela- Para exemplificar essa situação no país, destaca-se
ções entre letras e sons, o desenvolvimento da consciência Salla, 2011, que traz o resultado da prova de leitura do
fonológica e o reconhecimento das partes menores das pa- PISA de 2009, no qual metade dos avaliados obtiveram
lavras, como as sílabas, pois eram vistos como tradicionais. no máximo nota de proficiência.
Passou-se a acreditar que o aluno aprenderia o sistema Fica claro que o problema destacado neste resultado
simplesmente pelo contato com a cultura letrada, como se não é apenas o da alfabetização, no que diz respeito ao
ele pudesse aprender sozinho o código, sem ensino explí- ler e escrever, mas a questão aparece quando se exige
cito e sistemático. interpretação e raciocínio, ou seja, há uma ausência de
Atualmente, se reconhece a importância de se usar al- letramento na alfabetização das pessoas.
gumas práticas da escola tradicional, que são entendidas Deve-se cuidar para não privilegiar um ou outro pro-
como as facetas da alfabetização segundo Soares, assim cesso (alfabetização/letramento) e entender que eles são
como os equívocos de compreensão do construtivismo fo- processos diferentes, mas, indissociáveis e simultâneos.
ram percebidos e ajustados e muitos aspectos da escola Assim, como descreve Soares: Entretanto, o que
nova tidos como essenciais. Com tudo isso, não se pode lamentavelmente parece estar ocorrendo atualmente
negar uma prática ou outra, só por ela estar fundamentada é que a percepção que se começa a ter, de que, se as
em uma ou em outra concepção, mas, sim, avaliar quais são crianças estão sendo, de certa forma, letradas na escola,
as suas contribuições e se convêm serem utilizadas para não estão sendo alfabetizadas, parece estar conduzindo
um processo de alfabetização significativa. à solução de um retorno à alfabetização como processo
Dermeval Saviani, em seu livro Escola e Democracia,
autônomo, independente do letramento e anterior a ele.
apresenta que aspectos da escola tradicional são impor-
Analisando dialeticamente a evolução humana, fica
tantes para a educação. Com a teoria da curvatura da
explícito que o homem antes mesmo de aprender à es-
vara, ele mostra que para a educação ter mais qualidade,
crita, apreende o mundo a sua volta e faz a leitura crítica
a “vara” deve permanecer reta, e não curvada para a teoria
desse imenso mundo material. Por isso, é incorreto dizer
nova, nem para a teoria tradicional, mas sim, alinhada. E
que uma pessoa é iletrada, mesmo que ela ainda não
ainda argumenta que uma pedagogia comprometida com
seja alfabetizada, pois ela desde o princípio da vida refle-
a qualidade educacional e voltada para a transformação
te sobre as coisas. O letramento está intimamente ligado
social, deve incorporar aspectos positivos e relevantes da
às práticas sociais, exigindo do indivíduo, uma visão do
pedagogia tradicional e da pedagogia nova, de modo que
o ponto de partida seja a prática social sincrética e o de contexto social em que vive. Isso faz da alfabetização
chegada uma prática social transformada. uma prática centrada mais na individualidade de cada
Assim, se faz necessário resgatar a significação verda- um e do letramento uma prática mais ampla e social.
deira da alfabetização e delinear corretamente o conceito Nesse sentido, destacamos o papel do professor
de letramento, de forma que eles não se fundam e nem dentro desse processo. Este profissional deve acreditar
se confundam, apesar de, como já foi dito, necessitarem e promover a construção de pensamento crítico em si
acontecer de maneira inter-relacionada. Com uma prática próprio e em seus alunos.
educativa que faça uma aliança entre alfabetização e letra- Assim, o letramento se torna uma forma de entender
mento, sem perder a especificidade de cada um dos pro- a si e aos outros, desenvolvendo a capacidade de ques-
cessos, sempre fazendo relação entre conteúdo e prática e tionar com fundamento e discernimento, intervindo no
que, fundamentalmente, tenha por objetivo a melhor for- mundo e combatendo situações de opressão.
mação do aluno.
Uma aliança entre Alfabetização e Letramento
Letramento
Defendida a especificidade de cada conceito, tem-
De acordo com Soares, 2003, a palavra letramento é -se agora o objetivo de mostrar que se pode chegar à
de uso ainda recente e significa o processo de relação das qualidade, conciliando ambos os procedimentos e pro-
pessoas com a cultura escrita. Assim, não é correto dizer duzindo uma prática reflexiva de aliança entre os dois
que uma pessoa é iletrada, pois todas as pessoas estão processos.
em contato com o mundo escrito. Mas, se reconhece que Partindo das reflexões de Brandão, sobre a metodo-
existem diferentes níveis de letramento, que podem variar logia freiriana de se alfabetizar, é possível compreender
conforme a realidade cultural. a importância da indissociabilidade e simultaneidade
Este termo ganha espaço a partir da constatação de destes dois processos. Em seu método de alfabetização,
uma problemática na educação, pois através de pesquisas, ele propõe que se parta daquilo que é concreto e real
avaliações e análises realizadas, chegou- se à conclusão de para o sujeito, tornando a aprendizagem significativa,
que nem sempre o ato de ler e escrever garante que o indi- mas utilizando também os mecanismos de alfabetização.
107
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Ele ainda coloca em sua obra Pedagogia da Autono- Enfim, o professor alfabetizador deve também utilizar,
mia, que o sujeito quanto mais amplia sua visão de mun- criar estratégias de ensino de acordo com as características
do, mais se liberta da opressão, ou seja, o sujeito letrado de seus alunos, sem esquecer que a educação é um ato
que já possui seus conhecimentos prévios, com um deter- político e deve romper com as situações de opressão que
minado ponto de vista, quando alfabetizado, pode modifi- muitas vezes as pessoas sofrem e nem a percebem.
car seus pensamentos, ampliando-os de forma que passa a Contudo, numa sociedade letrada, o objetivo do en-
refletir criticamente sobre a prática social. Freire acreditava sino deve ser o de aprimorar a competência e melhorar
ser fundamental que as pessoas compreendam o seu lugar o desempenho linguístico do estudante, tendo em vista a
no mundo e sua função social nele. integração e a mobilidade sociais dos indivíduos, além de
O professor, portanto, tem um papel muito importante colocar o ensino numa perspectiva produtiva.
a realizar, para que esse pensamento crítico se desenvolva
em seus alunos. Para Freire “[...] percebe-se, assim, a im- Usos e funções da escrita e leitura2
portância do papel do educador, o mérito da paz com que
viva a certeza de que faz parte de sua tarefa docente não Os PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) afirmam
apenas ensinar os conteúdos, mas também ensinar a pen- que a “Língua Portuguesa” é composta por diversas varie-
sar certo.” dades linguísticas. Essas variedades são, frequentemente,
É fundamental que o educador esclarecido de uma rea- estigmatizadas por se levar em conta o relativo valor social
lidade de opressão, não torne o processo de ensino ban- que se atribui aos diversos modos de falar: as variantes lin-
cário e improdutivo, mas uma educação que desvende o guísticas de menor prestígio social são logo catalogadas de
“inferiores” ou até mesmo, de “erradas”.
mundo material e liberte as pessoas da opressão, como de-
Atualmente, diversos linguistas, ressaltam a importân-
fende Freire. Para isso, as práticas de alfabetização e letra-
cia da variação linguística no ensino de língua materna, pois
mento são necessárias, cada uma com suas especificidades,
a mesma, além de provar que nossa língua continua viva e
como explicita Tfouni:
dinâmica, desmistifica o mito da “unidade linguística”.
“Enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da
Vale lembrar que os PCN, também, incorporam essa vi-
escrita por um indivíduo, ou grupo de indivíduos, o letra-
são de linguagem pautada na variação linguística, deixando
mento focaliza os aspectos sócio históricos da aquisição de
claro que para poder ensinar Língua Portuguesa, a escola
um sistema escrito por uma sociedade.”
precisa livrar-se de alguns mitos: o de que existe uma única
Logo, o letramento vai além do ler e escrever, ele tem
forma “certa” de falar e que esta se reflete de forma perfei-
sua função social, enquanto a alfabetização encarrega-se ta na escrita, de que nossas salas de aulas são compostas
em preparar o indivíduo para a leitura e um desenvolvi- por uma única variante linguística – a tida como Padrão
mento maior do letramento do sujeito. Nessa perspectiva, – e que as anomalias esporádicas que surgem em alguns
alfabetização e letramento se completam e enriquecem o alunos das castas baixas da sociedade, tem que ser concer-
desenvolvimento do aluno. tada, para não contamina a língua padrão e para que este
Alfabetizar letrando é uma prática necessária nos dias indivíduo se integre na sociedade dialetal. Ao nosso enten-
atuais, para que se possa atingir a educação de qualidade dimento, essas são provavelmente filhas de outra terrível
e produzir um ensino, em que os educandos não sejam inverdade a de que a sociedade é igualitária, a existência de
apenas uma caixa de depósito de conhecimentos, mas que classes sociais por sua vez é fruto das diferenças de esforço
venham a ser seres pensantes e transformadores da socie- individual de cada um e/ou talvez por obra do acaso.
dade. Essas ideias são frutos de uma cultura distorcida, in-
dustrializada, proveniente das castas superiores que che-
Práticas Pedagógicas que conciliam alfabetização e le- ga até nós, embebidas em ideologias de uma continua e
tramento consistente melhora. É bem verdade que as pesquisas em
torno da educação comprovam certa melhora, nos diversos
Um ponto primordial ao se tratar de prática pedagógi- índices que avaliam nossos alunos, mas ao passo que esta
ca é reconhecer que os alunos já possuem conhecimentos caminha demorara incontáveis gerações para que alcance-
prévios, assim, é importante que os professores façam um mos à educação preconizada por Paulo Freire.
diagnóstico do conhecimento de seus alunos, para sabe- São inúmeros os obstáculos para que a educação
rem de onde devem partir e planejar suas atividades. abandone seu caráter colonialista e se transforme em um
Partindo da prática social, o conteúdo terá sentido para instrumento de inserção social, capaz de aplanar a enorme
os alunos, que irão construindo conhecimentos gradativa- pirâmide existente em nossa sociedade. Acreditamos que
mente e desenvolvendo uma atitude transformadora da um dos mais relevantes obstáculos, para isto, encontra-se
sociedade, pois ele perceberá que conhecimento científico na língua.
faz parte da sua vida e pode contribuir para melhorá-la. As Essa que em nosso entender é a maior “descoberta”
atividades devem promover tanto a alfabetização como o do homem, além de ser, indubitavelmente, o pilar que dá
letramento, de maneira, que o ensino do código alfabético sustentabilidade a sociedade como a conhecemos. A lin-
seja conciliado com o seu uso social em diferentes oca- guagem, em seu atual, estágio transpassa a condição ins-
siões. 2 Texto adaptado de SILVA, A. C. da.
108
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
trumental de comunicação entre indivíduos no mesmo e pesquisas que põem em foco, principalmente, o trato do
espaço-temporal, possibilitando que indivíduos em épo- fenômeno linguístico em sua relação com o contexto social
cas e lugares diferentes dialoguem. Entretanto o mesmo e cultural de produção. Sendo que, pelo crescente interesse
instrumento que une é o que separa. São incontáveis os em estudar a linguagem nesse contexto social, diversos en-
conflitos históricos ocasionados pela intolerância à cultura, foques se abrigam sob o título de sociolinguística.
à religião, à linguagem do outro, o que a nosso ver isso Esta ciência, conforme afirma Mollica (2004), se faz pre-
se configura como uma continuidade do mito da Torre se sente num espaço interdisciplinar em fronteira com a lín-
Babel. gua e a sociedade, tendo como foco principal os empregos
Como nos lembra Bagno o preconceito linguístico linguísticos concretos, principalmente os de caráter social
constitui-se em um não aceitar, da variação linguística fala- heterogêneo. Assim, tendo em vista que todas as línguas
da pelo outro, ainda na concepção do mesmo autor os cha- naturais humanas, de modo geral, apresentam um dina-
mados erros gramaticais não existem nas línguas naturais, mismo inerente – heterogeneidade -, a está ciência vem
salvo por patologias de ordem cognitiva. Na concepção de considerar para objeto de estudo justamente essa dina-
Xavier (2007), a qual ressaltamos, a noção de correto im- micidade da língua, que pressupõe a variação, “entendo-a
posta pelo ensino tradicional da gramática normativa e o como um princípio geral e universal, passível de ser descri-
repasse incorreto do léxico pertencente à variação padrão ta e analisada cientificamente” (Mollica, 2004, p. 10). Assim,
da língua originam os preconceitos contra as variedades em linhas gerais, podemos dizer que o objeto de estudo
não padrão. da sociolinguística é o estudo da língua falada, observada,
Em nosso entendimento a escola deveria atuar como descrita e analisada em seus contextos reais de uso.
um combatente a este como a muitos outros preconceitos,
mas infelizmente, essas também como foram observadas, A sociolinguística em sala de aula
tornou-se uma fonte discriminatória das variações não pa-
drão da língua. Bagno nos lembra ainda “a vitória sobre À medida que a criança se desenvolve e cria relações
esse preconceito passa por um estudo mais apropriado com o meio, modifica seu modo de ver e interagir com o
da língua, onde o aluno tenha as outras variedades, mas mundo, criando assim sua própria identidade linguística e
sempre tendo como base em sua própria variedade”. Sobre cultural. Ao adentrar na escola a criança traz consigo uma
esse prisma compreendemos o papel impa desempenhado gama de informações linguísticas, as quais são, na maioria
pelo pelos PCNs, como um instrumento de prevenção e das vezes, desprezadas e/ou taxadas de erradas, em de-
combate aos diversos estigmas que circundam a presença trimentos de outras provenientes das castas superiores da
da oralidade dentro das salas de aula. Balizados nisso con- sociedade. O que por sua vez se reflete em uma enorme di-
feccionamos o presente trabalho. ficuldade em apreender a variedade tida como eleita, tanto
Nosso texto pretende, apoiada na fundamentação teó- em sua variante escrita, como em sua variante falada.
rica levantada em diversas investigações existentes, ofere- Ao dar início ao seu “processo de alfabetização”, o alu-
cer subsídios para analisarmos à abordagem dos PCNs em no já é um falante nativo da língua, com um certo leque
relação as variações linguísticas e como esta influência na de signos, o qual é capaz de interpretar todo o seu campo
aquisição da escrita. de interesse, mas em concordância com o que pregam a
Sem pretendemos esgotar os desafios e as possibili- maioria dos livros didáticos, estes campos são substituídos,
dades envolvidas nas temáticas em pauta, estruturamos por aspectos formais de uma língua ideal, juntamente com
o texto de modo a discorremos sobre a sociolinguística apreciação de aspectos mecânicos no ensino da leitura e
e como esta atua dentro da sala de aula, a seguir iremos escrita, como se todos os alunos obedecessem ao mesmo
contar de forma breve, a história dos PCNs. Em um terceiro ritmo, tivessem a mesma motivação e o mesmo foco de
plano iremos discursas sobre a aquisição da linguagem es- interessem.
crita, a seguir iremos analisar o trato dado pelos PCNs em É fácil perceber que cada indivíduo tem seu ritmo e
relação a oralidade e como este contribuem para a aquisi- interesses próprios, principalmente quando trabalhamos
ção da escrita. com jovens e adultos, é sensível também que estas caracte-
rísticas se manifestam de forma mais aberta na linguagem
Sociolinguística de cada um. Foi provavelmente este um dos motivos da
aceitação da sala de aula e de suas relações como um dos
Por se considerar a língua um sistema homogêneo, o objetos de estudo para a sociolinguística, além é claro do
estudo das variações nunca havia despertado o interesse combate e prevenção as diversas formas de preconceitos
dos linguistas. Só em meados da década de 1960, quan- existente em sala de aula e que se origina nas diferentes
do muitos desses cientistas da linguagem perceberam que linguagens que compõem o âmbito escolar.
não era mais possível estudar a língua sem considerar tam- Enfatizando Souza (2008) o qual cita Cagliari, os modos
bém a sociedade em que ela é falada, é que se começou a diferentes de falar acontecem porque a língua portuguesa,
estudar a língua na perspectiva da mudança e da variação como qualquer outra língua, é um fenômeno dinâmico, isto
em termos sociolinguísticos (Bagno, 2007). é, está sempre em evolução. Pelos usos diferenciados ao
Tendo por base, pois, a heterogeneidade, a sociolin- longo do tempo e nos mais diversos grupos sociais, as lín-
guística de 1960 pode ser vista como uma área que abriu guas passam a existir como um conjunto de falares diferen-
caminhos para o surgimento de novas correntes de estudo tes ou dialetos, todos muito semelhantes entre si, porém
109
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
cada qual apresentando suas peculiaridades com relação a Há, ainda, os objetivos gerais e específicos, além das
alguns aspectos linguísticos. Todas as variedades, do ponto características das áreas do conhecimento componentes
de vista da estrutura linguística, são perfeitas e completas da Base Nacional Comum, a listagem dos Temas Transver-
em si. O que as tornam diferentes são os valores sociais sais e sua operacionalização.
que seus membros possuem na sociedade. Ainda segundo Os Parâmetros (ou Referenciais) abordam todas as mo-
o autor, os dialetos de uma língua, apesar de serem seme- dalidades da Educação Básica no Brasil, além da Educação
lhantes entre si, apresentam-se como línguas específicas, Especial, modalidade educativa que perpassa, de modo
com sua gramática e usos próprios. transversal, todos os níveis de ensino, inclusive o nível su-
É fácil perceber que em nenhum nicho social a variação perior.
linguística é mais sentida do que na escola. É lá em que Ainda segundo Czapski (1997): Os PCN são apresen-
está, que deveria ser uma característica positiva, acaba se tados não como um currículo, e sim como subsídio para
transformando em um obstáculo para a aquisição de uma apoiar o projeto da escola na elaboração do seu programa
nova variedade dialetal.
curricular. Sua grande novidade está nos Temas Transver-
Em qualquer lugar onde se desenvolva o preconceito
sais, que incluem o Meio Ambiente. Ou seja, os PCN tra-
linguístico, este já causa sequelas enormes, mas é justa-
mente na escola, local onde o caráter do indivíduo esta zem orientações para o ensino das disciplinas que formam
sendo formado, onde estes estigmas são mais prejudiciais a base nacional, e mais cinco temas transversais que per-
à sociedade. Foi pensando nisso que os estudiosos aborda- meiam todas disciplinas, para ajudar a escola a cumprir
ram essa características na confecção dos PCNs. seu papel constitucional de fortalecimento da cidadania.
Em função da LDB 9.394/96, o Ministério da Educação A quase totalidade das crianças que adentram na es-
e Desporto achou por bem elaborar uma série de docu- cola, ainda não sabem ler, mas já reconhecem uma estreita
mentos orientativos sobre a prática pedagógica, tendo em relação entre língua falada e escrita, compreendem, mes-
vista a amplitude do território nacional, as diferenças de mo que de forma “não formal”, que uma é a representação
formação do professorado e suas dificuldades de acesso gráfica da outra. Como nos complementa Bento (2008)
a conteúdo pedagógicos atualizados. Surgiram, assim, os citando Ferreiro e Taberosky pareceu-lhes difícil admitir
PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais (também conhe- que a criança - que aprende a falar sem ir à escola - não
cidos como RCNs - Referenciais Curriculares Nacionais). aprendesse nada sobre a língua escrita, “[...] até ter seis
Entretanto o processo de elaboração dos PCNs iniciou anos e uma professora à sua frente.”. Do ponto de vista
um pouco antes como nos lembra Czapski (1997): O pro-
destas autoras, a criança, como sujeito cognoscente, não
cesso de elaboração dos PCN começou em 1995, sendo
poderia ser impermeável ao contato com a língua escrita
que no fim daquele ano já havia a versão preliminar, que
foi apresentada a diferentes instituições e especialistas. e de alguma forma ela haveria de tentar apreender esta,
Em resposta, o MEC recebeu cerca de 700 pareceres, que relacionando-a com a língua falada.
foram catalogados por áreas temáticas e embasaram a Ainda segundo Bento (2008), aos quatro anos, as crian-
revisão do texto. Para completar, Delegacias do MEC pro- ças já constroem conceptualizações interessantes sobre as
moveram reuniões com suas equipes técnicas, o Conselho relações entre a linguagem falada e o sistema de escrita.
Federal de Educação organizou debates regionais e algu- Estas elaborações sucedem-se num percurso consti-
mas universidades se mobilizaram. Tudo isso subsidiou a tuído por diversas fases ou níveis e permitem concluir que
produção da versão final dos PCN para 1ª a 4ª série, que o processo de aprendizagem não consiste na aquisição de
foi aprovada pelo Conselho Federal de Educação em 1997. elementos isolados que depois se reúnem - mas na cons-
Os PCNs foram transformados num conjunto de dez livros, trução de sistemas em que o valor dos elementos se vai
cujo lançamento ocorreu em 15 de outubro de 1997, Dia redefinindo em função das mudanças estruturais.
do Professor, em Brasília. Depois, professores de todo país Nível A - É o nível de conceptualização mais evoluí-
passaram a recebê-los em casa. Enquanto isso, o MEC ini- do. Todas as palavras do texto oral estão representadas no
ciou a elaboração dos PCN para 5ª a 8ª série. texto escrito. Nesta fase, a criança é capaz de estabelecer
Assim estes, constituem uma coleção de documentos uma correspondência, termo a termo, entre as unidades
onde, além de uma introdução geral: onde foi abordando vocabulares do enunciado oral e os segmentos do texto
a tradição pedagógica brasileira, dados estatísticos sobre
escrito (palavras gráficas).
população, alunos e professores (dados de 1990), orienta-
Nível B - Todas as palavras estão escritas, exceto os
ções doutrinárias e metodológicas (o sócio construtivismo,
a postura crítico-social de conteúdo, as teorias psicogené- artigos. Para estes, surgem três soluções: O texto escrito
ticas) e conteúdos técnicos sobre planejamento e avaliação. é tratado como se fosse feito em linguagem de telegrama,
Encontram-se listadas as exigências educacionais previstas dos 4 aos 7 anos, aproximadamente, os artigos, preposi-
pela LDB, a Base Nacional Comum (o currículo disciplinar) e ções, pronomes e conjunções são sistematicamente, ha-
a utilização da transversalidade (Temas Transversais) como vendo uma rejeição da classe das “palavras”.
instrumento de trabalho para contextualização dos temas Nível C - Há correspondência para os substantivos, mas
de aula. não para o verbo
110
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
A escrita não é vista [pela criança] como uma reprodu- dania. “Ensinar linguagem oral” não significa trabalhar a ca-
ção rigorosa de um texto oral, e sim como a representação pacidade de falar, pois este já é domínio pleno do discente,
de alguns elementos essenciais do texto oral. Em conse- mas significa auxiliar o desenvolver do domínio dos tipos
quência, nem tudo está escrito. discursivos que vão apoiar a aprendizagem escolar de Lín-
Nível D - Impossibilidade de estabelecer correspon- gua Portuguesa e de outras áreas e, por conseguinte serão
dência entre as partes do texto oral e as partes do texto aplicados na vida social no sentido mais amplo do termo.
escrito. A criança não consegue segmentar a frase orali- Como já ressaltamos um aspecto importante presente
zada. Por isso, as respostas são diversas e incongruentes. no documento é que não se pode mais empregar somente
Quando se pergunta à criança onde está escreve uma pa- o nível mais formal de fala para todas as situações. A escola
lavra ou toda a frase, a resposta é imprevisível: pode estar precisa se livrar da ideia – enfatiza o documento – de que a
em qualquer parte do texto escrito, em todo ou apenas fala “correta” é a que se aproxima da escrita.
numa sílaba. Os Paramentos Curriculares Nacionais propõem duas
Nível E - Também, neste nível, a criança não consegue modalidades distintas de atividades para se trabalhar à
segmentar o texto oral, para que possa estabelecer corres- oralidade são elas a escuta e a produção de textos orais,
pondências com o texto escrito. Porém, enquanto no nível ambas indiscutivelmente fundamentais para a aquisição da
D se tentava sem êxito essa divisão, agora essa tentativa já variante escrita e por sua vez capacitar o aluno para enfren-
não tem lugar. A criança atribui toda a frase a um segmento tar as diversas demandas sociais de comunicação. A seguir
do texto. discorreremos sobre ambas as atividades:
Nível F - A criança procura no texto escrito apenas os A Escuta objetiva ampliar o conjunto dos conhecimen-
nomes, i. é, na interpretação de Emília Ferreiro e Ana Ta- tos discursivos, semânticos, pragmáticos e gramaticais en-
baroski, a escrita serve como objeto substitutivo (função volvidos na construção dos discursos. Além disso dar-se-á
simbólica) dos objetos. ênfase aos elementos não-verbais presentes na fala, como
gestos expressões faciais, postura corporal, tons de voz,
etc. A utilização dos mecanismos da escrita ficou restrita
a suportes, além de serem empregados com o intuito de
Palavras só com dois caracteres, como alguns
comparação a respeitos dos mecanismos não-verbais da
artigos, e as ações não são representáveis.
fala.
Lembramos que a escuta de textos pode ser real ou
gravada, de autoria dos alunos (ou não). São relevantes
Tudo se passa como no desenho. Aí figuram dois “ato- para o processo de aprendizagem, pois as gravações con-
res”: a pessoa que executa a ação e a ação. ferem ao processo de análise um verdadeiro entendimento
A análise destes cinco níveis mostra que a criança vai da relação oral-escrito, uma vez que se pode transcrever
relacionando a seu modo à fala e a escrita, independente- os dados, voltar a trechos que não tenham sido bem com-
mente de qualquer forma de ensino e que, até chegar ao preendidos, dar ênfase a trechos que mostrem característi-
nível mais elevado, ela não espera “ler” no texto escrito o cas típicas da fala, etc.
mesmo que o adulto. Este processo construtivo resulta da A Produção de Textos Orais privilegiar-se-á a produção
atividade da criança (sujeito cognoscitivo) e pressupõe o dos diversos gêneros orais presentes no cotidiano, já que
contato com materiais e atividade de leitura/escrita (objeto para o documento o texto, seja este proveniente de qual-
do conhecimento). quer suporte, como a unidade básica do ensino, é relevante
lembramos ainda que na produção oral, não ficara presa a
PCNs e a relação língua falada e escrita. língua em sua variante eleita, mas será permitido a compa-
ração entre esta variante e as demais, permitindo assim que
Segundo os Paramentos Curriculares Nacionais de Lín- o aluno amplie seu léxico e tenha ciência que a variante por
gua Portuguesa, a língua é fundamental para a participação ele falada não perde em nada para a tida como eleita.
social efetiva do indivíduo. Por isso, ao repassa-la, a escola Um aspecto relevante, o qual também salientamos, na
tem a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos produção dos textos orais, é que, o documento alia o pla-
o acesso aos saberes linguísticos necessários para o exercí- nejamento prévio da língua oral à escrita – em função da
cio da cidadania, direito inalienável de todo cidadão. intencionalidade do locutor, das características do receptor,
No tocante os, PCNs afirmam sobre o trabalho com das exigências da situação e dos objetivos estabelecidos
a modalidade oral, a necessidades de seu uso como base –, o que reforça Magalhães citando Fávero et ali também
para o desenvolvimento das outras modalidades comuni- prescreveram: “aliar o tratamento da oralidade à escrita”.
cativas e por conseguinte ampliação das possibilidades dis- Na visão dos PCNs, a produção textual Oral seria aque-
cursivas do discente. la atividade em que os alunos são orientados tanto para
Ensinar língua oral deve significar para a escola à possi- a preparação prévia – elaboração de quaisquer suportes
bilidade de dar acesso a usos da linguagem mais formaliza- como cartazes, esquemas, encenação, memorização de
dos e convencionais, que exijam controle mais consciente textos – quanto para o uso em situações reais de interlocu-
e voluntário da enunciação, tendo em vista a importância ção – gêneros por natureza orais como entrevistas, deba-
que o domínio da palavra pública tem no exercício da cida- tes, exposições, teatros, leituras expressivas.
111
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Assim para os PCNs estes exercícios significam colocar A escolha do tema tem como razão fundamental acre-
os alunos em situações reais de interlocução, apenas ou- ditar que é necessário que a aprendizagem da leitura, es-
vido, ou participando ativamente, com ou sem interferên- crita de textos melhorados através da revisão poderá cola-
cia, o que tende a proporcionar aos alunos conhecimentos borar com todo o processo educacional que o educando
teóricos e práticos acerca da produção oral, proporcionan- possa percorrer durante a vida toda.
do assim o aluno apreender as capacidades comunicativas Desta forma destaca-se a concepção psicogenética,
para uma efetiva participação social. deslocando o eixo de compreensão e interpretação do pro-
Infelizmente este cuidado especial dado pelos PCNs a cesso pela qual a criança aprende a ler e a escrever.
produção oral, não se reflete diretamente em sala de aula, A mesma trouxe uma rigorosa crítica à importância
pois um dos mais importantes instrumentos educacionais, que vinha sendo atribuída ao processo de alfabetização a
o livro didático ainda não contempla de forma efetiva esta ruptura de padrão: “... a concepção psicogenética alterou
modalidade, como nos afirma Magalhães; infelizmente profundamente a concepção do processo de aquisição da
existe divergências entre os estudiosos que avaliam e se- língua escrita, em aspectos fundamentais: a criança, de
lecionam os livros que iram integrar o PNLD (programa aprendiz dependente de estímulos externos para produzir
nacional do livro didático) e os texto que compõe os PCN, respostas que, reforçadas, conduziriam à aquisição da lín-
deixando assim lacunas para que os LDs ora contemplem a gua escrita – concepção básica dos métodos tradicionais
modalidade oral, ora não. de alfabetização – passa a sujeito ativo capaz de construir
o conhecimento da língua escrita, interagindo com esse
Procedimentos de Revisão Textual e Reescritura objeto de conhecimento; os chamados pré-requisitos para
a aprendizagem da escrita, que caracterizariam a criança
1. Introdução “pronta” ou “madura” para ser alfabetizada – pressuposto
dos métodos tradicionais de alfabetização – são negados
A produção textual quanto a revisão no 1º e 2º ano pa- por uma visão interacionista que rejeita uma ordem hierár-
recia um tabu, quanto a questão do processo de alfabetiza- quica de habilidades, afirmando que a aprendizagem se da
ção e letramento, nesse período os alunos não caminham por uma progressiva construção de estruturas cognitivas,
no mesmo nível de leitura e escrita. Esse tema traz muitas na relação da criança com objeto “língua escrita’; As dificul-
reflexões sobre o que acontece quando a criança está es- dades da criança, no processo de aprendizagem da língua
crevendo e lendo ao mesmo tempo, adquirindo o processo escrita – consideradas “deficiências” ou “disfunções”, na
de decodificação da linguagem. perspectiva dos métodos tradicionais – passam a ser vistos
O presente artigo pretende analisar a produção e revi- como “erros construtivos”, resultado de constantes reestru-
são textual nas séries iniciais do Ensino Fundamental, pois a turações, no processo de construção do conhecimento da
produção de textos em sala de aula ganhou papel relevante língua. (SOARES, 2004, p.89).
quando se trocou a redação, produção realizada pelo alu- Os procedimentos metodológicos para obtenção de
no (normalmente com tema proposto pelo professor), por dados foram realizados através de pesquisas para colher
produção de textos no ambiente escolar. Essa troca, ganha as informações contidas em livros, revistas, artigos e ende-
considerável importância visto a necessidade de tornar o reços eletrônicos para os dados bibliográficos. Em seguida,
aluno leitor-produtor. Outro fator em destaque é que du- foi utilizada uma pesquisa de estudo de caso em uma es-
rante muito tempo o ensino da produção textual esteve cola da Rede Municipal de Anápolis, para coleta de dados
centrado na instrução de erros ortográficos e gramaticais e através de aulas ministradas sobre produção e revisão tex-
os textos produzidos pelos alunos era o resultado da assi- tual. Essa pesquisa tem o objetivo de confrontar a teoria
milação e aplicação do conteúdo gramatical e ortográfico com a prática em relação ao tema em estudo.
aprendido em sala de aula.
Sendo assim, a produção textual é de fundamental im- 2. Leitura
portância, pois para escrever bem é necessário conhecer
vários gêneros textuais, como comentário, notícia, bilhete, De acordo com Kato (2002, p 61), para os estruturalis-
artigo e para escrever um bom texto é indispensável, es- tas a “leitura é a decodificação sonora da palavra” e o leitor
tar informado sobre o que esta acontecendo no mundo, “é um antecipador da palavra que vai ler”. Os gerativistas
principalmente através da leitura que traz informações ne- afirmam que a leitura “é um ato de construção, em que
cessárias para ter um texto completo e para desenvolver os dados linguísticos são apenas um fator que contribui
comportamentos escritores, onde o processo de revisão para o significado linguístico”. E a pragmática ressalta que
está incluso. E é no desenvolvimento da produção textual o autor “está presente na consciência do leitor, este, o lei-
que o escritor revisa seu texto continuamente, relendo e tor, interage com o texto, procura interpretar os objetivos e
modificando o mesmo quando necessário. propósitos do escritor”.
Os objetivos dessa pesquisa são destacar a importân- Tentando chegar ao significado de uma unidade a par-
cia do letramento para quem sabe ler e escrever; mostrar tir de um todo estamos utilizando o processo analítico.
o quanto a leitura é importante no processo de produção Nele é necessária a obtenção de um significado parcial e,
textual; identificar quais as etapas da produção textual; sa- a partir daí, formular hipóteses e tentar confirmá-las. “Essa
ber se o aluno ao fazer a revisão de texto consegue comu- adivinhação do significado fez com que Goodman (1967, p.
nicar bem suas ideias e se ajuste ao gênero. 126 - p. 135) definisse a leitura como um jogo psicolinguís-
112
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
tico de adivinhação”. Porém, não se deve acreditar que a Segundo Soares (1998) a palavra letramento é uma tra-
leitura eficiente dependa desse tipo de mecanismo, já que dução para o português da palavra inglesa Literacy “con-
o mau leitor faz uso excessivo de estratégias sintéticas e dição de ser letrado”, ou literate, que é o adjetivo que ca-
de inferências não autorizadas pelo texto. racteriza a pessoa que domina a leitura e a escrita. Assim,
letramento é o estado ou condição de quem sabe ler e
2.1 Modelos de leitura e processos meta cognitivos escrever, isto é, o estado ou a condição de quem respon-
de adequadamente às intensas demandas sociais pelo uso
Gough (1972, p. 348), descreve os passos que o lei- amplo e diferenciado da leitura e da escrita. Ao exercício
tor obedece para a realização da leitura, demonstra sua efetivo e competente da tecnologia da escrita denomina-
visão linear e indutiva: transformação do estímulo visual -se letramento que implica habilidades várias, tais como:
em uma imagem: identificação letra por letra, da esquerda capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes ob-
para a direita e armazenamento em um registro de carac- jetivos – para informar-se, para interagir com outros, para
teres; interpretação das letras em fonemas, armazenada imergir no imaginário, no estético, para ampliar conhe-
como em uma fita a espera da busca lexical; depósito de cimentos, para seduzir ou induzir, para divertir-se, para
itens lexicais na memória, através de um operador sintá- orientar-se, para apoio à memória, para catarse...; habili-
tico chamado de “merlin”; e aplicação de regras fonológi- dades de interpretar e produzir diferentes tipos e gêneros
cas por um “editor” que interpreta a sentença e a transfor- de textos, habilidades de orientar-se pelos protocolos de
ma em um enunciado fonético. leitura que marcam o texto ou de lançar mão desses pro-
No processo de leitura, o professor deve seguir alguns tocolos, ao escrever, atitudes de inserção efetiva no mun-
procedimentos gerais para ensinar a ler que são indispen- do da escrita, tendo interesse e prazer em ler e escrever,
sáveis. sabendo utilizar a escrita para encontrar para ou fornecer
Primeiramente, ele deve antecipar o conteúdo, indu- informações e conhecimentos, escrevendo ou lendo de
zindo as crianças a olhar as ilustrações, a extensão, a ti- forma diferenciada, segundo as circunstâncias, os objeti-
pografia, etc., informações estas, que podem servir para vos, o interlocutor. (SOARES, 2004: 92).
representar o conteúdo que lerão, fazendo com que a A identificação das letras, a construção dos significa-
criança tenha um esforço mental ativo. dos, o agrupamento das palavras, a coesão e coerência
Outro procedimento interessante é a leitura interativa, textual, tudo isso poderia traduzir o processo de letramen-
pois ao ler, o texto vai revelando se pouco a pouco. Isso to, ou seja, de desenvolvimento da leitura e da escrita dos
faz com que o ser humano pense, avalie, critique, formule estudantes. Para Smith (1999, p. 113), a ideia de apren-
perguntas, sinta emoções, pule parágrafos, etc. Sendo as- der a ler é, de alguma forma, diferente de ler e, perigosa
sim, o professor que faz interrupções nos momentos ade- para aqueles que enfrentam dificuldades no letramento.
quados, induz o aluno a uma compreensão básica para Na maioria dos casos, o aprendiz que está “aprendendo
continuar tendo interesse na leitura. Curto, 2000, pg. 175, a ler” pode interpretar o processo como se houvesse um
ressalta que enquanto se lê, se constrói significados, se dia mágico em sua vida em que eles se tornassem alfabe-
aprende, se pensa. tizado. Como se houvesse algum tipo de magia que nos
Para isso a recapitulação da leitura, ou seja, recapitu- tornássemos leitores e que antes disso não possuíssemos
lar o que leu, faz com que o aluno elabore uma represen- essa capacidade.
tação global do texto como resultado do que foi lido e do Durante o processo de letramento, os novos profes-
que se compreendeu. sores devem ser preparados nas escolas de educação, se-
E por fim, para ampliar a leitura, o professor deve for- gundo Smith (1999, p. 138), para que dependam dos pro-
mular perguntas que estimulem a reflexão e a aprendiza- gramas, seja porque não conhecem uma maneira melhor
gem para melhorar a compreensão. de ensinar, porque as escolas querem um determinado
A leitura é o próprio ato de ver, na sua concretude ou programa ou porque é assim que funcionam as escolas.
representado por meio da escrita, do som, da arte, dos Seguindo uma ordem cronológica de aprendizagem, em
cheiros. A leitura é uma experiência cotidiana e pessoal letras, sons, palavras e sentenças, reforça a ideia de separar
representativa para cada pessoa. A leitura é única, incapaz pré-requisitos para a alfabetização. Desta forma, supõe-se
de ser a do outro. A convergência total neste ponto ine- que o simples envolvimento com a linguagem escrita não
xiste, e é aí que se encontra o grande encanto da leitura, seja o suficiente para o desenvolvimento da leitura e da
recheada de tantos outros, mas tão única para um só. escrita nos aprendizes. Os programas tentam, portanto,
controlar o incontrolável, ou seja, promover uma apren-
3. Letramento dizagem em massa, sem conseguir prever e uniformizar o
que poderíamos chamar de diversidade de aprendizagem.
O fato de aprender uma língua ultrapassa a simples A experiência com textos variados e de diferentes gê-
decodificação das letras e abarcar a complexidade das neros é fundamental para a constituição do ambiente de
práticas sociais existentes em nossa sociedade, para tanto letramento. A escolha do material escrito, portanto, deve
é necessário recorrer ao conceito de Letramento para com- estar guiada pela necessidade de iniciar as crianças no
preender melhor este processo. contato com os diversos textos e de facilitar a observação
113
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
de práticas sociais de leitura e escrita nas quais suas dife- 4.3 Revisar
rentes funções e características sejam consideradas. Nesse
sentido, os textos de literatura geral e infantil, jornais, re- Após a escrita, vem a revisão. Ela não consiste em cor-
vistas, textos publicitários etc. são os modelos que se pode rigir apenas erros ortográficos e gramaticais, como se fazia
oferecer às crianças para que aprendam sobre a linguagem antes, mas cuidar para que o texto cumpra sua finalidade
que se usa para escrever. comunicativa. “Deve-se olhar para a produção dos estu-
dantes e identificar o que provoca estranhamento no lei-
4. Produção Textual tor dentro dos usos sociais que ela terá”, explica Fernanda
Liberali.
Produzir textos é um processo que envolve diferentes Talvez, a explicação a seguir seja a mais apropriada
etapas: planejar, escrever, revisar e reescrever. Esses com- para explicar o processo de escrita. De acordo com Koch
portamentos escritores são os conteúdos fundamentais da
(2000, p. 20), a atividade de produção textual, pressupõe
produção escrita e consequentemente na revisão textual.
um sujeito – entidade psico-físico- social – que, em sua re-
4.1 Planejar lação com o outro(s) sujeito(s), constrói o objeto-texto, le-
vando em consideração em seu planejamento todos os fa-
Antes da produção textual, é necessário preparar para tores acima mencionados, combinando-os de acordo com
escrever, ou seja, planejar o tema sobre o qual se vai escre- suas necessidades e seus objetivos. O(s) outro(s) sujeito(s)
ver em que virá determinada pela atividade escolar que se implicado(s) nessa atividade – e no próprio discurso do
insere a situação escrita. O professor, no entanto, se asse- parceiro, já que a alteridade é constitutiva da linguagem –
gurará de ter proposto a seus alunos modelos adequados pode(m) ou não atribuir sentido ao texto, aceitá-lo como
que os orientem. Terá explicado, lido, mostrado e comenta- coeso e/ou coerente, considerá-lo relevante para a situa-
do textos semelhantes ao que lhes propõe escrever. ção de interlocução e/ou capaz de produzir nela alguma
Curto, 2000, pg. 148, destaca que é importante o pro- transformação.
fessor, ...estabelecer claramente a finalidade da escrita: para Sendo assim, a revisão é uma atividade interativa, que
que se escreve? E o destinatário: para quem se escreve? E faz parte do mesmo processo de construção de conheci-
Quais são as características do texto trabalhado, onde se mento e da própria atividade de aprendizagem. A correção
recomenda usar textos com valor social. inicia antes de escrever, continua durante o ato da escrita e
é completada após ao revisar. Ela deve ser compartilhada
4.2 Escrever pelo professor, pelo aluno e pelo grupo de alunos que es-
creve junto, que discute e melhora o escrito.
Sendo assim, em relação a escrita, Anna Camps, 2006,
pg. 17, ressalta que: ...mais recente é o interesse da escola
pela compreensão e a produção de textos não-literários. 4.4 Reescrever
A linguística textual e as tentativas de estabelecer tipolo-
gias de textos baseadas em suas características estruturais De início, um texto nem sempre fica correto. Então,
e linguísticas ofereceram instrumentos para se adentrar no após a avaliação e a correção, deve-se refazer, por várias
ensino de textos de diferentes tipos, especialmente dos vezes se for necessário, até ficar bem, pois em algumas
próprios dos entornos de aprendizagem das matérias do ocasiões esse processo é imprescindível.
currículo. A reescrita é uma produção com apoio, uma versão
Nota-se assim, que o uso de tipologias textuais é fun- pessoal de um texto fonte. Sobre isso, o PCN de Língua
damental para escrever. Isso fará com que o aluno tenha Portuguesa (1998, pg. 74-75) mostra algumas importan-
mais embasamento para a elaboração coletiva dos conteú- tes colocações: A constatação das dificuldades inerentes
dos dos textos, pois escrever é construir mentalmente o ao ato de escrever textos – dificuldades decorrentes da
texto, depois elaborar um pré-texto fazendo e refazendo exigência de coordenar muitos aspectos ao mesmo tem-
o mesmo sempre que necessário, para que o aluno possa po – requer a apresentação de propostas para os alunos
identificar suas dúvidas e buscar a ajuda e os recursos in- iniciantes que, de certa forma, possam “eliminar” algumas
dispensáveis para resolvê-las. delas, para que se concentrem em outras. É importante
Outro fator importante é que a construção do texto que essas situações sejam planejadas de tal forma que
obedece a um planejamento mental e é orientada pelos
os alunos apenas se preocupem com as variáveis que o
objetivos e necessidades de expressão do autor, para pro-
professor priorizou por se relacionarem com o desenvolvi-
vocar no leitor a interpretação desejada. Entretanto, Anna
Camps ainda explica sobre o princípio máximo da interpre- mento do conteúdo em questão. Por exemplo:
tação do discurso: a alteridade. Assim, de acordo com essa - Reescrever ou parafrasear bons textos já repertoria-
característica própria do ser humano de ser outro e de co- dos mediante leitura;
locar-se no lugar do outro, de tentar refazer seus percursos - [...] Dar o começo de um texto para os alunos con-
na escrita, e de ser único e dissociável de suas característi- tinuarem (ou o fim, para que escrevam o início e o meio);
cas próprias de ser vivente é que o texto pode, ou não, fa- - Planejar coletivamente o texto (o enredo da história,
zer sentido e ser transformado em informação apreensível, por exemplo) para que depois cada aluno escreva a sua
ou armazenável como conteúdo ou conhecimento. versão (ou que o façam em pares ou trios).
114
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Sendo assim, a reescrita é fundamental. Ao reescrever As crianças precisam se sentir seguras para tentar nova-
há tempo para pensar nas estruturas sintáticas e modifi- mente, revivendo a experiência anterior e transformando-a
cá-las, se necessário. Há tempo para perceber que outra a partir de suas tentativas. Neste sentido, afirma Morales
palavra fica melhor do que aquela que foi usada. Há tempo (2006, p. 56), que o aluno deve sentir-se livre para errar e
para perceber se o leitor não vai encontrar dificuldades aprender com seu erro também na escola. Essa liberdade
para entender. Há tempo para observar se há palavras ou se traduz na ausência de angústia, de medo de errar. Este
ideias repetidas, pode-se ver a ortografia. Enfim, a reescri- tipo de aprendizagem contribui para o crescimento pes-
ta é crucial na produção de texto. soal, emocional ou cognitivo. É o que podemos chamar de
experiência que gera conhecimento.
5. Revisão Textual Então, após a avaliação e a correção, deve-se refazer
por várias vezes se for necessário, até ficar bem, pois em
Mediante os passos desenvolvidos na produção tex- algumas ocasiões esse processo é imprescindível.
tual, a revisão de texto atua como importante procedi-
mento, no sentido de aprimorar a estética do discurso. 7. Papel do professor nesse processo
Um escritor proficiente, no entanto, não faz a revisão
só no fim do trabalho. Durante a escrita, é comum reler o As crianças que tem interlocutores no processo de pro-
trecho já produzido e verificar se ele está adequado aos dução e destinatários para os seus textos dedicam tempo a
objetivos e às ideias que tinha intenção de comunicar – planejar e são capazes de revisar seus textos globalmente
só então se planeja a continuação. E isso é feito por todo considerando a intenção com que escrevem e o significado
escritor profissional. com que querem transmitir. Para isso é necessário haver
Estudos assinalam o papel da revisão, apontando que situações de ensino e aprendizagem com a ajuda do pro-
os bons escritores são precisamente aqueles que revisam fessor.
Os professores, no entanto, devem construir as con-
e refazem o texto mais vezes.
cepções críticas sobre o que se quer analisar diante de um
A revisão como processo é afinal, um passo fundamen-
determinado texto com a premissa de não prejudicar ou
tal para conseguir de fato uma boa escrita. Nesse sentido,
desestimular aquele aluno que, com muito esforço conse-
a maneira como o professor escreve e revisa no quadro
guiu por suas palavras no papel.
negro, por exemplo, pode colaborar para que a criança o
O professor deve ajudar o aluno a desenvolver o que
tome como modelo e se familiarize com o procedimento.
ele ainda não atingiu sozinho. Ângela Freire considera que
Sobre o assunto, Mirta Castedo escreve em sua tese de
o professor: É um mediador que orienta o aprendizado no
doutorado: Os bons escritores adultos (...) são pessoas que
sentido de adiantar o desenvolvimento do aluno, tornan-
pensam sobre o que vão escrever, colocam em palavras e do-o ideal. O lugar do professor é essencial na infância,
voltam sobre o já produzido para julgar sua adequação. sua prática não se dá no improviso, tampouco é um ato
Mas, acima de tudo, não realizam as três ações (planejar, inocente. Pelo contrário, tem uma intencionalidade, e, de
escrever e revisar) de maneira sucessiva: vão e voltam de modo consciente ou inconsciente, explicito ou implícito, é
umas a outras, desenvolvendo um complexo processo de embasada por um corpo teórico metodológico que reflete
transformação de seus conhecimentos em um texto. o modo de atuação, as crenças, os valores e a maneira de
As estratégias conscientes ou metacognitivas caracte- perceber e conceber o homem, a sociedade, a educação,
rizam o leitor maduro, pois derivam do controle e planeja- a escola, o conhecimento, o currículo, o processo ensino
mento deliberado das atividades que levarão à Especialista e aprendizagem, a avaliação, o aluno, o professor. A inter-
Argentina na Semana de Educação, no SESC Anchieta da venção pedagógica é determinante na construção de todo
capital paulista. Revista Nova Escola 2008. e qualquer conhecimento.
Compreensão
115
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
A MATEMÁTICA EM NOSSO AMBIENTE Criação de números
O numero e uma criação humana necessária para dis-
A Matemática sofreu um longo caminho de reformas, tinguir a quantidade de objetos, pessoas, animais, etc. Com
para conseguir seu grau de abstração, elaboração e aca- a necessidade de contar, a noção de números vai sendo
bamento conhecido nos dias de hoje. O conhecimento da construída, a partir da comparação entre conjuntos, como
matemática inicia-se na infância, por meio de uma cultura a conceito de par que contem abstrações: uma quantida-
direcionada a essa idade e construída pelo homem para de (dois), uma qualidade (objetos, animais) e uma relação
transformar o ambiente em que vive. Para a criança se (semelhança). O mesmo ocorre com os números seguintes
adaptar ao ambiente presente e atuar nele com clareza e três, quatro, cinco, etc., dando inicio a contagem.
determinação e preciso conhecer as etapas de construção A principio a demonstração de quantidade era feita
da matemática e suas funções. Dessa forma, da para esta- através do pictograma, onde os povos ancestrais se comu-
belecer um paralelo entre a historia da Matemática e o de- nicavam aliando os desenhos aos riscos.
senvolvimento da criança, em uma sequência que mostra
as etapas da construção dessa ciência:
116
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
O Construtivismo haver sentido a sua interpretação. Quando comparamos a
E relevante o professor atuar junto ao aluno com inte- altura de um cavalo com a de um cachorro, obviamente o
ratividade, no intuito de formar o conhecimento de uma primeiro e maior que o segundo, sendo estabelecida uma
disciplina como a matemática. Ao trabalhar a criança ou relação entre os dois. O conhecimento lógico-matemati-
o jovem o professor não precisa conhecer o cérebro dos co constitui de relações como igual, maior, menor, contido,
alunos, mas sim se posicionar quanto ao conhecimento. perpendicular, etc. Não são conhecimentos apenas obser-
Para entender o posicionamento do professor em relação váveis, mas sim relações entre conceitos.
ao aluno, partiremos de três posições epistemológicas: em- Piaget classifica o conhecimento em três tipos:
pirismo, inatismo e interacionismo. a) conhecimento físico, que são atributos ou qualida-
O empirismo e uma doutrina na qual todo conheci- des observáveis;
mento vem do domínio sensorial, da experiência, da rea- b) conhecimento lógico-matematico: relações que en-
lidade organizada para um cérebro receptivo, que passa a volvem conceitos diferentes;
absorver as informações progressivamente na ordem natu- c) Conhecimento social: convenções como nomencla-
ral. Para ele o conhecimento tem a direção do objeto para turas, regras, leis, ética e moral.
o sujeito. Todo conhecimento e social, são esquemas voltados
De acordo com Neto (1998), “os planos de ensino em- para a ação e, estão relacionados para a resolução de pro-
pirista envolvem técnicas de descoberta ou transmissão de blemas. O chamado esquema de ação e uma estrutura
coisas prontas, imitação de modelos, repetição, fixação, etc. mental, um plano de ação necessário para formar o co-
Considerando o aluno como sendo receptivo-passivo em nhecimento. Há a existência de outros tipos de estruturas
relação em relação a um conhecimento já pronto e exte- cognitivas que se apresentam como: esquemas de percep-
rior”. ção, motores, etc. Os esquemas estão ligados a estruturas
Em oposição ao empirista esta o inatista, que valoriza inatas, no entanto eles mudam com a maturidade, ficando
as estruturas inatas, transmitidas hereditariamente. Acre- mais completo e contendo mais abstrações.
dita-se que as crianças que possuem estruturas inatas, al- A maioria das escolas insiste em transmitir conteúdos
gum dom, predestinação ou vocação, devem receber um isolados e memorizados, dificultando a relação entre um
treinamento para desenvolver essas aptidões. Segundo o conhecimento anterior e outro novo. O aprendizado deve
inatismo, primeiro o aluno e treinado para depois aplicar sistêmico e interativo com o ambiente e, construído pela
seus conhecimentos. Para o inatista o conhecimento tem a própria pessoa.
direção do sujeito para o objeto, com novos conhecimen-
tos surgindo por invenção e sendo levado a pratica. Símbolos e Signos
No interacionismo o conhecimento e construído pelo Os símbolos são sinais que sugerem fortemente o sig-
próprio sujeito a partir de sua interação com o ambiente. nificado, como exemplo: I I I I representa a classe de con-
Existem pessoas com aptidões, gosto por algum instru- juntos de quatro elementos. Os símbolos podem ser usa-
mento musical, o que facilita o seu aprendizado, mas em dos para dar informações sobre o tipo de esquema de ação
qualquer situação poderá construir um novo conhecimen- que esta sendo representado. Os signos são conhecimen-
to. O interacionista procura conhecer algo por meio de uma tos sociais e convencionais como 4, IV e etc, pois exigem
construção mental, uma relação com a ação vivenciada. um trabalho especial para o aprendizado de sua constru-
Uma escola deve se posicionar epistemologicamen- ção. Assim, a escola deve partir do símbolo para o signo
te, definindo os métodos didáticos correspondentes, pois para facilitar o aprendizado das crianças.
descoberta, invenção e construção possuem métodos di-
ferentes. Desenvolvimento Psicogenético
A construção do conhecimento esta relacionada com
Concreto e Abstrato o desenvolvimento psicogenético de cada individuo. Esses
O conceito de um objeto e formado por nos a partir indivíduos iniciam suas vidas desenvolvendo funções a par-
da ação sobre ele, na qual construímos atributos e rela- tir de atividades que contribui de forma significativa para
ções, depois elaboramos composições. Entre os objetos o crescimento físico e desenvolvimento lógico da criança.
distinguimos a diferença de cores, formas, funções, através Segundo Piaget há quatro estágios no desenvolvimen-
do cérebro que os identifica. Essa analise e uma operação to lógico:
mental que coloca qualidades nos objetos e cada qualida- Estagio sensório-motor: vai desde o nascimento ate
de se chama conhecimento físico que e observável e, ob- cerca de 24 meses. Nesse período, a criança passa de ativi-
servar e construir. dades puramente reflexas a formação dos primeiros hábi-
O objeto e concreto, em exemplo o cavalo, e uma mon- tos, coordenação entre visão e preensão, intencionalidade
tagem mental do que vemos, e a ocorrência das formas di- de atos, diferenciação de esquemas de ação e a resolução
nâmicas, o objeto do pensamento. Se definirmos a cor des- de problemas.
se cavalo como branco, o seu conceito e abstrato. Para for- Estagio pré-operatório: vai dos dois anos, aproxima-
mar o conceito, a imagem de cavalo branco, fazemos varias damente, ate cerca de sete anos. Esta fase começa com o
abstrações relacionando as informações que conhecemos. aprendizado da linguagem, sendo uma função simbólica.
A criança constrói seus conceitos: cachorro, gato, arvore, Inicia as perguntas (como? Porque?) e aparece o pensa-
chuva, etc. Mas e preciso relacionar esses conceitos para mento intuitivo a partir das organizações representativas.
117
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Estágio das operações concretas: vai dos sete aos onze Compreensão
anos, aproximadamente, e o que mais interessa ao primeiro Compreender e entender a totalidade de caracteres
grau. Nessa etapa do desenvolvimento a criança e capaz abrangidos em uma ideia geral. Na escola o aluno tem que
de passar da ação para a operação, com pensamento estru- apreender, entendendo o processo histórico e sistemático
turado e fundamentado na manipulação de objetos. Inicia que gerou os diversos tipos de conhecimento e não ter
também, a capacidade de transformações reversíveis, isto acesso apenas aos mecanismos visualizando a repetição.
e, que podem ser invertidas voltando ao ponto de partida. Assim, o aluno terá capacidade para fazer a sistematização
Estagio das operações formais: vai dos onze anos ou lógica, uma dedução que contextualiza o conhecimento
doze ate os quinze anos. E a fase que aparece o raciocínio sistematizado.
lógico: a criança já e capaz de pensar usando abstrações e
condicionais.
Problemas
Estes estágios são um referencial para pesquisar as
Há momentos que o professor cria situações novas
sequências de construções dos alunos. Uma sequência e
histórica, outra e lógica, a outra e pratica, assim, cada uma com problemas em que o aluno deve resolver. Os proble-
delas possui uma variante. mas sempre contem novidades, sendo considerado uma
O desenvolvimento do aprendizado da criança não e tarefa desafiadora, para o aluno poder aplicar técnicas de
linear e nem quantitativo, há rupturas no modo de pensar resolução que tem conhecimento, criar quando não exis-
e as mensagens são interpretadas de modos diferentes em tem técnicas ou não resolve-los por ausência de conheci-
cada uma das etapas. mentos.
O professor precisa conhecer seus alunos para favore- Analise
cer a evolução do aprendizado com atividades oportunas. Analisar e investigar, decompor um todo em suas par-
As atividades devem ser adequadas para a cada etapa em tes constituintes. Analisar um problema e destacar varias
que a criança se encontra, sem forçar o seu desenvolvi- premissas, em cujos desdobramentos esta a solução.
mento psicogenético. Cada individuo tem um ritmo para
aprender e não há um amadurecimento equiparado entre Síntese
as outras pessoas. A síntese e um método que reúne os elementos sim-
ples para formar o composto, que parte de um principio e
A escola deve se preocupar com os alunos em três ní- consequências, um resumo, uma resenha literária ou cien-
veis:
tifica.
• Cognitivo: Conhecimento;
O professor muitas vezes ensina ao aluno problemas
• Afetivo: gostar do que faz, fazer com interesse;
e teorias com conclusões prontas, prejudicando assim o
• Psicomotor: desenvolvimento de habilidades mo-
toras. desenvolvimento da habilidade de analisar e deduzir um
Os alunos devem desenvolver integralmente esses três texto, um problema.
níveis. Os níveis afetivos e psicomotor não são especiali-
dades do professor, mas este deve proporcionar atividades Ponderação
que estimule seus alunos. A escola deve criar momentos decisão, para que um
O nível cognitivo e especialidade do professor e se dis- adolescente em desenvolvimento normal, passa a pon-
tribui em sete objetivos que vale para todas as disciplinas. derar, medir e avaliar uma situação antes de tomar uma
Os objetivos cognitivos são de responsabilidade do profes- atitude.
sor e da escola em relação ao aluno. São conhecimentos e Laboratório de Matematica
comportamentos desejáveis no aluno e devem ser desen- São atividades direcionadas aos alunos e professores,
volvidos durante o período do curso. em que os primeiros aprenderão manuseando diversos
Conteúdo utensílios elaborados por eles próprios. Essas atividades
O conteúdo de disciplina uma e formado por informa- são fundamentadas no construtivismo que pressupõe o
ções, regras e símbolos. Em cada matéria existem símbolos interacionismo como gênese do conhecimento. Essas são
que e preciso conhecer para saber usa-los corretamente. oportunas apresentam sequências que pressupõe etapas
→G*%@P^!0]~A82&
de desenvolvimento que motivam o aluno.
Os nomes são signos e fazem parte da simbologia.
Construção de conjuntos: Blocos lógicos
→ Arvore, pato, verbo, flor.
No conteúdo há também formulas, teorias e regras. Os blocos lógicos podem ser confeccionados em car-
tolina, são 48 pecas nas formas de quadrado, triangulo, re-
Aplicação tângulo e círculos, nas cores de amarelo, vermelho e azul,
O aluno deve aprender técnicas de aplicação de regras, com tamanho grande e pequeno, com espessura grossa e
formulas e métodos para ter condições de resolucionar os fina. Com uma linguagem própria para criança esses blo-
problemas vivenciados no cotidiano. Com conhecimento cos lógicos são usados no estudo da lógica e na formação
destas técnicas e da construção dos conhecimentos o aluno de conjuntos.
pode atuar sozinho em determinadas situações, como tam-
bém participar da sociedade em busca de transformação.
118
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Compreensão da Aritmética: Cavalu – Cartaz Valor COMPETÊNCIAS E HABILIDADES PROPOSTAS
do Lugar PELOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS DO
O cavalu e e uma representação simbólica, manuseável ENSINO MÉDIO PARA A DISCIPLINA DE
e de fácil compreensão pelos alunos e importante na ope- MATEMÁTICA. CONHECIMENTOS DE
ração de números, na alfabetização matemática quanto ao MATEMÁTICA
problema de elevação (reagrupamento).
Para confeccionar o cartaz são necessárias uma cartoli- À medida que vamos nos integrando ao que se de-
na e uma folha de papel, neste ultimo fazer quatro pregas. nomina uma sociedade da informação crescentemente
Grampear ou colar ao redor para fixar o papel com dobras globalizada, é importante que a Educação se volte para
na cartolina, e fazer mais duas costuras verticais dividindo o desenvolvimento das capacidades de comunicação, de
o cavalu em três colunas, ficando com doze bolsas. Recor- resolver problemas, de tomar decisões, de fazer inferên-
tar três fichas de cartolina e escrever 100,10,1, que mais cias, de criar, de aperfeiçoar conhecimentos e valores, de
tarde serão substituídas por centena, dezena, unidade. trabalhar cooperativamente.
Preparar fichas compridas de cartolina ou palitos de picolé Ao se estabelecer um primeiro conjunto de parâ-
cortados em tamanhos convenientes e iguais. No cavalu metros para a organização do ensino de Matemática no
temos na primeira linha as fichas: centena, dezena, unidade Ensino Médio, pretende-se contemplar a necessidade da
(Neto,1998). Na segunda linha deve ser colocado o nume- sua adequação para o desenvolvimento e promoção de
ral que for escolhido, exemplo 33, são três palitos de picolé alunos, com diferentes motivações, interesses e capaci-
debaixo da palavra dezena e mais três embaixo da palavra dades, criando condições para a sua inserção num mun-
unidade. Se for usado como exemplo o numeral 456, de-
do em mudança e contribuindo para desenvolver as ca-
ve-se colocar quatro palitos na centena, cinco na dezena e
pacidades que deles serão exigidas em sua vida social e
seis na unidade. Os palitos diferenciam as ordens e o valor
profissional. Em um mundo onde as necessidades sociais,
do lugar.
culturais e profissionais ganham novos contornos, todas
Compreensão das Frações as áreas requerem alguma competência em Matemática
Os problemas do dia-a-dia colocam como necessidade e a possibilidade de compreender conceitos e procedi-
o entendimento sobre frações que vão muito alem das pa- mentos matemáticos é necessária tanto para tirar conclu-
lavras meio e metade. Há muito tipo de material de fração: sões e fazer argumentações, quanto para o cidadão agir
por comprimento, por área, por volume, por ângulo. Como como consumidor prudente ou tomar decisões em sua
exemplo citaremos por comprimento, o facterial um jogo vida pessoal e profissional.
de 60 pecas que possuem comprimentos com boa preci- A Matemática no Ensino Médio tem um valor forma-
são. tivo, que ajuda a estruturar o pensamento e o raciocínio
As pecas são ripas de madeiras cortadas em tamanhos dedutivo, porém também desempenha um papel instru-
e cores distintas. A branca deve ter 36 cm (peca inteira). As mental, pois é uma ferramenta que serve para a vida co-
outras vão sendo divididas de acordo com as medidas ½, tidiana e para muitas tarefas específicas em quase todas
1/3, ¼ e assim, por diante. As pecas não devem ser pin- as atividades humanas.
tadas nos cortes e apenas embaixo, em cima e nas duas Em seu papel formativo, a Matemática contribui para
laterais. o desenvolvimento de processos de pensamento e a
Com este jogo, podem ser trabalhadas a comparação, aquisição de atitudes, cuja utilidade e alcance transcen-
a equivalência, a adição, a subtração, a multiplicação e a dem o âmbito da própria Matemática, podendo formar
divisão de cada atividade proposta. no aluno a capacidade de resolver problemas genuínos,
gerando hábitos de investigação, proporcionando con-
Compreensão da Álgebra fiança e desprendimento para analisar e enfrentar situa-
Para entender a álgebra os alunos podem utilizar uma ções novas, propiciando a formação de uma visão am-
balança de pratos simples e artesanal. São necessários cerca pla e científica da realidade, a percepção da beleza e da
de doze pesos iguais que representarão 1kg e ainda alguns harmonia, o desenvolvimento da criatividade e de outras
pacotes, todos aparentemente iguais, porem de 1kg, 2kg e capacidades pessoais.
3kg. Colocar areia e pesar para obter esses pacotes. Quan- No que diz respeito ao caráter instrumental da Ma-
do um deles e colocado na balança, o aluno não sabe o seu
temática no Ensino Médio, ela deve ser vista pelo aluno
peso e o problema e justamente calcula-lo (Neto,1998). De
como um conjunto de técnicas e estratégias para serem
um modo simplificado e lúdico o aluno pode aprender a
aplicadas a outras áreas do conhecimento, assim como
somar e subtrair resolvendo os problemas propostos.
para a atividade profissional. Não se trata de os alunos
possuírem muitas e sofisticadas estratégias, mas sim de
desenvolverem a iniciativa e a segurança para adaptá-las
a diferentes contextos, usando-as adequadamente no
momento oportuno.
119
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Nesse sentido, é preciso que o aluno perceba a Ma- Esse impacto da tecnologia, cujo instrumento mais re-
temática como um sistema de códigos e regras que a tor- levante é hoje o computador, exigirá do ensino de Mate-
nam uma linguagem de comunicação de ideias e permite mática um redirecionamento sob uma perspectiva curricu-
modelar a realidade e interpretá-la. Assim, os números e a lar que favoreça o desenvolvimento de habilidades e pro-
álgebra como sistemas de códigos, a geometria na leitura cedimentos com os quais o indivíduo possa se reconhecer
e interpretação do espaço, a estatística e a probabilidade e se orientar nesse mundo do conhecimento em constante
na compreensão de fenômenos em universos finitos são movimento.
sub-áreas da Matemática especialmente ligadas às aplica- Para isso, habilidades como selecionar informações,
ções. analisar as informações obtidas e, a partir disso, tomar
Contudo, a Matemática no Ensino Médio não possui decisões exigirão linguagem, procedimentos e formas de
apenas o caráter formativo ou instrumental, mas também pensar matemáticos que devem ser desenvolvidos ao lon-
deve ser vista como ciência, com suas características estru- go do Ensino Médio, bem como a capacidade de avaliar
turais específicas. É importante que o aluno perceba que limites, possibilidades e adequação das tecnologias em di-
as definições, demonstrações e encadeamentos concei- ferentes situações.
tuais e lógicos têm a função de construir novos conceitos Assim, as funções da Matemática descritas anterior-
e estruturas a partir de outros e que servem para validar mente e a presença da tecnologia nos permitem afirmar
intuições e dar sentido às técnicas aplicadas. que aprender Matemática no Ensino Médio deve ser mais
A essas concepções da Matemática no Ensino Médio do que memorizar resultados dessa ciência e que a aqui-
se junta a ideia de que, no Ensino Fundamental, os alunos sição do conhecimento matemático deve estar vinculada
devem ter se aproximado de vários campos do conheci- ao domínio de um saber fazer Matemática e de um saber
mento matemático e agora estão em condições de utilizá- pensar matemático.
-los e ampliá-los e desenvolver de modo mais amplo ca- Esse domínio passa por um processo lento, trabalho-
pacidades tão importantes quanto as de abstração, racio- so, cujo começo deve ser uma prolongada atividade sobre
cínio em todas as suas vertentes, resolução de problemas resolução de problemas de diversos tipos, com o objetivo
de elaborar conjecturas, de estimular a busca de regula-
de qualquer tipo, investigação, análise e compreensão de
ridades, a generalização de padrões, a capacidade de ar-
fatos matemáticos e de interpretação da própria realidade.
gumentação, elementos fundamentais para o processo de
Por fim, cabe à Matemática do Ensino Médio apre-
formalização do conhecimento matemático e para o de-
sentar ao aluno o conhecimento de novas informações e
senvolvimento de habilidades essenciais à leitura e inter-
instrumentos necessários para que seja possível a ele con-
pretação da realidade e de outras áreas do conhecimento.
tinuar aprendendo. Saber aprender é a condição básica
para prosseguir aperfeiçoando-se ao longo da vida. Sem
Feitas as considerações sobre a importância da Ma-
dúvida, cabe a todas as áreas do Ensino Médio auxiliar no
temática no Ensino Médio, devemos agora estabelecer os
desenvolvimento da autonomia e da capacidade de pes- objetivos para que o ensino dessa disciplina possa resultar
quisa, para que cada aluno possa confiar em seu próprio em aprendizagem real e significativa para os alunos.
conhecimento.
É preciso ainda uma rápida reflexão sobre a relação en- As finalidades do ensino de Matemática no nível médio
tre Matemática e tecnologia. Embora seja comum, quando indicam como objetivos levar o aluno a:
nos referimos às tecnologias ligadas à Matemática, tomar- • compreender os conceitos, procedimentos e estraté-
mos por base a informática e o uso de calculadoras, estes gias matemáticas que permitam a ele desenvolver estudos
instrumentos, não obstante sua importância, de maneira posteriores e adquirir uma formação científica geral;
alguma constituem o centro da questão. • aplicar seus conhecimentos matemáticos a situações
O impacto da tecnologia na vida de cada indivíduo vai diversas, utilizando-os na interpretação da ciência, na ativi-
exigir competências que vão além do simples lidar com dade tecnológica e nas atividades cotidianas;
as máquinas. A velocidade do surgimento e renovação de • analisar e valorizar informações provenientes de di-
saberes e de formas de fazer em todas as atividades hu- ferentes fontes, utilizando ferramentas matemáticas para
manas tornarão rapidamente ultrapassadas a maior parte formar uma opinião própria que lhe permita expressar-se
das competências adquiridas por uma pessoa ao início de criticamente sobre problemas da Matemática, das outras
sua vida profissional. áreas do conhecimento e da atualidade;
O trabalho ganha então uma nova exigência, que é a • desenvolver as capacidades de raciocínio e resolução
de aprender continuamente em um processo não mais so- de problemas, de comunicação, bem como o espírito críti-
litário. O indivíduo, imerso em um mar de informações, se co e criativo;
liga a outras pessoas, que, juntas, complementar-se-ão em • utilizar com confiança procedimentos de resolução
um exercício coletivo de memória, imaginação, percepção, de problemas para desenvolver a compreensão dos con-
raciocínios e competências para a produção e transmissão ceitos matemáticos;
de conhecimentos. • expressar-se oral, escrita e graficamente em situações
matemáticas e valorizar a precisão da linguagem e as de-
monstrações em Matemática;
120
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
• estabelecer conexões entre diferentes temas mate- Também por isso, o currículo a ser elaborado deve cor-
máticos e entre esses temas e o conhecimento de outras responder a uma boa seleção, deve contemplar aspectos
áreas do currículo; dos conteúdos e práticas que precisam ser enfatizados.
• reconhecer representações equivalentes de um mes- Outros aspectos merecem menor ênfase e devem mesmo
mo onceito, relacionando procedimentos associados às di- ser abandonados por parte dos organizadores de currícu-
ferentes representações; los e professores. Essa organização terá de cuidar dos con-
• promover a realização pessoal mediante o sentimen- teúdos mínimos da Base Nacional Comum, assim como fa-
to de segurança em relação às suas capacidades matemá- zer algumas indicações sobre possíveis temas que podem
ticas, o desenvolvimento de atitudes de autonomia e coo- compor a parte do currículo flexível, a ser organizado em
peração. cada unidade escolar, podendo ser de aprofundamento ou
Essencial é a atenção que devemos dar ao desenvol- direcionar-se para as necessidades e interesses da escola e
vimento de valores, habilidades e atitudes desses alunos da comunidade em que ela está inserida.
em relação ao conhecimento e às relações entre colegas e Sem dúvida, os elementos essenciais de um núcleo co-
professores. A preocupação com esses aspectos da forma- mum devem compor uma série de temas ou tópicos em
ção dos indivíduos estabelece uma característica distintiva Matemática escolhidos a partir de critérios que visam ao
desta proposta, pois valores, habilidades e atitudes são, a desenvolvimento das atitudes e habilidades descritas an-
um só tempo, objetivos centrais da educação e também teriormente.
são elas que permitem ou impossibilitam a aprendizagem, O critério central é o da contextualização e da inter-
quaisquer que sejam os conteúdos e as metodologias de disciplinaridade, ou seja, é o potencial de um tema permi-
trabalho. Descuidar do trabalho com a formação geral do tir conexões entre diversos conceitos matemáticos e entre
indivíduo impede o desenvolvimento do pensamento cien- diferentes formas de pensamento matemático, ou, ainda,
tífico, pois o pano de fundo das salas de aula se constitui a relevância cultural do tema, tanto no que diz respeito às
dos preconceitos e concepções errôneas que esses alunos suas aplicações dentro ou fora da Matemática, como à sua
trazem sobre o que é aprender, sobre o significado das ati- importância histórica no desenvolvimento da própria ciên-
vidades matemáticas e a natureza da própria ciência. cia.
Como vimos, a Matemática, integrando a área das Um primeiro exemplo disso pode ser observado com
Ciências da Natureza e Tecnologia do Ensino Médio, tem relação às funções. O ensino isolado desse tema não per-
caráter instrumental mais amplo, além de sua dimensão mite a exploração do caráter integrador que ele possui.
própria, de investigação e invenção. Certamente, ela se si- Devemos observar que uma parte importante da Trigono-
tua como linguagem, instrumento portanto de expressão metria diz respeito às funções trigonométricas e seus grá-
e raciocínio, estabelecendo-se também como espaço de ficos. As sequências, em especial progressões aritméticas e
elaboração e compreensão de ideias que se desenvolvem progressões geométricas, nada mais são que particulares
em estreita relação com o todo social e cultural, portan- funções. As propriedades de retas e parábolas estudadas
to ela possui também uma dimensão histórica. Por isso, o em Geometria Analítica são propriedades dos gráficos das
conjunto de competências e habilidades que o trabalho de funções correspondentes. Aspectos do estudo de polinô-
Matemática deve auxiliar a desenvolver pode ser descrito mios e equações algébricas podem ser incluídos no estudo
tendo em vista este relacionamento com as demais áreas de funções polinomiais, enriquecendo o enfoque algébrico
do saber, cada uma delas aglutinadora de área correspon- que é feito tradicionalmente.
dente no Ensino Médio, o que consta do quadro resumo Além das conexões internas à própria Matemática, o
das competências e habilidades gerais da área. conceito de função desempenha também papel importan-
Para que essa etapa da escolaridade possa comple- te para descrever e estudar através da leitura, interpreta-
mentar a formação iniciada na escola básica e permitir o ção e construção de gráficos, o comportamento de cer-
desenvolvimento das capacidades que são os objetivos do tos fenômenos tanto do cotidiano, como de outras áreas
ensino de Matemática, é preciso rever e redimensionar al- do conhecimento, como a Física, Geografia ou Economia.
guns dos temas tradicionalmente ensinados. Cabe, portanto, ao ensino de Matemática garantir que o
De fato, não basta revermos a forma ou metodologia aluno adquira certa flexibilidade para lidar com o conceito
de ensino, se mantivermos o conhecimento matemático de função em situações diversas e, nesse sentido, através
restrito à informação, com as definições e os exemplos, de uma variedade de situações problema de Matemática
assim como a exercitação, ou seja, exercícios de aplicação e de outras áreas, o aluno pode ser incentivado a buscar a
ou fixação. Pois, se os conceitos são apresentados de for- solução, ajustando seus conhecimentos sobre funções para
ma fragmentada, mesmo que de forma completa e apro- construir um modelo para interpretação e investigação em
fundada, nada garante que o aluno estabeleça alguma Matemática.
significação para as ideias isoladas e desconectadas umas Outro tema que exemplifica a relação da aprendizagem
das outras. Acredita-se que o aluno sozinho seja capaz de de Matemática com o desenvolvimento de habilidades e
construir as múltiplas relações entre os conceitos e formas competências é a Trigonometria, desde que seu estudo es-
de raciocínio envolvidas nos diversos conteúdos; no entan- teja ligado às aplicações, evitando-se o investimento exces-
to, o fracasso escolar e as dificuldades dos alunos frente à sivo no cálculo algébrico das identidades e equações para
Matemática mostram claramente que isso não é verdade. enfatizar os aspectos importantes das funções trigonomé-
121
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
tricas e da análise de seus gráficos. Especialmente para o se vê imerso numa enorme quantidade de informações de
indivíduo que não prosseguirá seus estudos nas carreiras natureza estatística ou probabilística. No tratamento des-
ditas exatas, o que deve ser assegurado são as aplicações ses temas, a mídia, as calculadoras e o computadores ad-
da Trigonometria na resolução de problemas que envolvem quirem importância natural como recursos que permitem
medições, em especial o cálculo de distâncias inacessíveis, a abordagem de problemas com dados reais e requerem
e na construção de modelos que correspondem a fenô- habilidades de seleção e análise de informações.
menos periódicos. Nesse sentido, um projeto envolvendo Não são suficientes metas e princípios que norteiem a
também a Física pode ser uma grande oportunidade de seleção de temas e conceitos, mas são também essenciais
aprendizagem significativa. escolhas de natureza metodológica e didática, para com-
O currículo do Ensino Médio deve garantir também por o par indissociável conteúdo e forma. Algumas dire-
espaço para que os alunos possam estender e aprofundar trizes para se alcançar esse equilíbrio estão sintetizadas no
seus conhecimentos sobre números e álgebra, mas não terceiro item desse documento de área, entre elas algumas
isoladamente de outros conceitos, nem em separado dos de particular importância para o aprendizado matemático.
problemas e da perspectiva sócio-histórica que está na Integrando o currículo, com o mesmo peso que os
origem desses temas. Estes conteúdos estão diretamente conceitos e os procedimentos, o desenvolvimento de valo-
relacionados ao desenvolvimento de habilidades que di- res e atitudes são fundamentais para que o aluno aprenda
zem respeito à resolução de problemas, à apropriação da a aprender. Omitir ou descuidar do trabalho com esse as-
linguagem simbólica, à validação de argumentos, à descri- pecto da formação pode impedir a aprendizagem inclusive
ção de modelos e à capacidade de utilizar a Matemática na da própria Matemática. Dentre esses valores e atitudes, po-
interpretação e intervenção no real. demos destacar que ter iniciativa na busca de informações,
O trabalho com números pode também permitir que demonstrar responsabilidade, ter confiança em suas for-
os alunos se apropriem da capacidade de estimativa, para mas de pensar, fundamentar suas ideias e argumentações
que possam ter controle sobre a ordem de grandeza de são essenciais para que o aluno possa aprender, se comu-
resultados de cálculo ou medições e tratar com valores nu- nicar, perceber o valor da Matemática como bem cultural
méricos aproximados de acordo com a situação e o instru- de leitura e interpretação da realidade e possa estar melhor
mental disponível. preparado para sua inserção no mundo do conhecimento
Numa outra direção, as habilidades de visualização, e do trabalho.
desenho, argumentação lógica e de aplicação na busca de
soluções para problemas podem ser desenvolvidas com COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
um trabalho adequado de Geometria, para que o aluno A SEREM DESENVOLVIDAS EM
possa usar as formas e propriedades geométricas na repre- MATEMÁTICA REPRESENTAÇÃO E
sentação e visualização de partes do mundo que o cerca. COMUNICAÇÃO
Essas competências são importantes na compreensão
e ampliação da percepção de espaço e construção de mo- • Ler e interpretar textos de Matemática.
delos para interpretar questões da Matemática e de outras • Ler, interpretar e utilizar representações matemáticas
áreas do conhecimento. De fato, perceber as relações entre (tabelas, gráficos, expressões etc).
as representações planas nos desenhos, mapas e na tela • Transcrever mensagens matemáticas da linguagem
do computador com os objetos que lhes deram origem, corrente para linguagem simbólica (equações, gráficos,
conceber novas formas planas ou espaciais e suas proprie- diagramas, fórmulas, tabelas etc.) e vice-versa.
dades a partir dessas representações são essenciais para a • Exprimir-se com correção e clareza, tanto na língua
leitura do mundo através dos olhos das outras ciências, em materna, como na linguagem matemática, usando a termi-
especial a Física. nologia correta.
As habilidades de descrever e analisar um grande nú- • Produzir textos matemáticos adequados.
mero de dados, realizar inferências e fazer predições com • Utilizar adequadamente os recursos tecnológicos
base numa amostra de população, aplicar as ideias de como instrumentos de produção e de comunicação.
probabilidade e combinatória a fenômenos naturais e do • Utilizar corretamente instrumentos de medição e de
cotidiano são aplicações da Matemática em questões do desenho.
mundo real que tiveram um crescimento muito grande e
se tornaram bastante complexas. Técnicas e raciocínios es- INVESTIGAÇÃO E COMPREENSÃO
tatísticos e probabilísticos são, sem dúvida, instrumentos
tanto das Ciências da Natureza quanto das Ciências Hu- • Identificar o problema (compreender enunciados,
manas. Isto mostra como será importante uma cuidadosa formular questões etc).
abordagem dos conteúdos de contagem, estatística e pro- • Procurar, selecionar e interpretar informações relati-
babilidade no Ensino Médio, ampliando a interface entre o vas ao problema.
aprendizado da Matemática e das demais ciências e áreas. • Formular hipóteses e prever resultados.
Os conceitos matemáticos que dizem respeito a conjun- • Selecionar estratégias de resolução de problemas.
tos finitos de dados ganham também papel de destaque • Interpretar e criticar resultados numa situação con-
para as Ciências Humanas e para o cidadão comum, que creta.
122
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
• Distinguir e utilizar raciocínios dedutivos e indutivos. do chamado “bloco ocidental”, que patrocinaram a produ-
• Fazer e validar conjecturas, experimentando, recor- ção de projetos como o BSCS – Biological Sciences Curricu-
rendo a modelos, esboços, fatos conhecidos, relações e lum Study – para Biologia, PSSC – Physical Sciences Study
propriedades. Committee – para Física, Chem Study e o Chemical Bound
• Discutir ideias e produzir argumentos convincentes. Approach para a Química. Também nesse período surge a
Matemática moderna, que aproxima o ensino básico esco-
CONTEXTUALIZAÇÃO SÓCIO -CULTURAL lar de uma particular reformulação acadêmica do conhe-
cimento matemático, com ênfase na teoria de conjuntos e
• Desenvolver a capacidade de utilizar a Matemática estruturas algébricas. A formação e expansão de centros de
na interpretação e intervenção no real. Ciências e de Matemática, em vários Estados, teve a fina-
• Aplicar conhecimentos e métodos matemáticos em lidade de preparar professores para o desenvolvimento de
situações reais, em especial em outras áreas do conheci- ensino proposto nos projetos traduzidos e em produções
mento. próprias que tiveram grande influência na década seguinte.
• Relacionar etapas da história da Matemática com a Nesta década de 70, já se propunha uma democrati-
evolução da humanidade. zação do conhecimento científico, reconhecendo-se a im-
• Utilizar adequadamente calculadoras e computador, portância da vivência científica não apenas para eventuais
reconhecendo suas limitações e potencialidades. futuros cientistas, mas também para o cidadão comum,
paralelamente a um crescimento da parcela da população
RUMOS E DESAFIOS atendida pela rede escolar. Esse crescimento, especialmen-
te no tocante ao Ensino Médio, não foi acompanhado pela
A educação em geral e o ensino das Ciências da Na- necessária formação docente, resultando assim em acen-
tureza, Matemática e das Tecnologias não se estabelecem tuada carência de professores qualificados, carência que
como imediata realização de definições legais ou como só tem se agravado até a atualidade. Sem pretender su-
simples expressão de convicções teóricas. Mais do que bestimar a importância das discussões ocorridas naquele
isso, refletem também as condições políticas, sociais e período para a mudança de mentalidade do professor, que
econômicas de cada período e região, assim como são começa a assimilar, mesmo que num plano teórico, novos
diretamente relevantes para o desenvolvimento cultural objetivos para o ensino, é preciso saber que a aplicação
e produtivo. As ideias dominantes ou hegemônicas em efetiva dos projetos em sala de aula acabou se dando ape-
cada época sobre a educação e a ciência, seja entre os
nas em alguns estabelecimentos de ensino de grandes
teóricos da educação, seja entre as instâncias de decisão
centros.
política, raramente coincidem com a educação efetiva-
Ainda nessa época, o modelo de industrialização ace-
mente praticada no sistema escolar, que reflete uma si-
lerada impôs, em todo o mundo, custos sociais e ambien-
tuação real nem sempre considerada, onde as condições
tais altos, de forma que, particularmente no Ensino Fun-
escolares são muito distintas das idealizadas.
damental, os problemas relativos ao meio ambiente e à
Por isso, na elaboração de propostas educacionais,
saúde humana começaram a estar presentes em currículos
além de se considerarem as variáveis regionais, de sen-
de ciências. Discutiam-se implicações políticas e sociais
tido cultural e sócio-econômico, tão significativas em um
país de dimensões e de contrastes sociais como o Brasil, da produção e aplicação dos conhecimentos científicos
é preciso ter clareza de que as propostas, oficiais ou não, e tecnológicos, com algum reflexo nas salas de aula. Foi
na melhor da hipóteses são o início de um processo de nesse momento que se inaugurou a ideia de que tecnolo-
transformação, de reacomodação e de readequação. Os gia é integrante efetiva dos conteúdos educacionais, lado
rumos desse processo dependem não só do mérito da a lado com as ciências. Não se deve confundir essa ideia,
proposta, que condicionará as reações a ela, mas também contudo, com a real ou pretensa introdução, em todo o
da história pregressa e dos meios empregados. Isto foi Ensino Médio, de disciplinas técnicas separadas das disci-
verdade para iniciativas anteriores e, com certeza, será plinas científicas, como preconizado pela já mencionada
verdade para a atual. Lei 5692/71, cuja perspectiva era a de formar profissionais
Quando foi promulgada a LDB 4024/61, o cenário de nível médio, e que teve resultados frustrantes. No âmbi-
escolar era dominado pelo ensino tradicional, ainda que to da pedagogia geral, naquele período, aprofundaram-se
esforços de renovação estivessem em processo. As pro- discussões sobre as relações entre educação e sociedade,
postas para o ensino de ciências debatidas para a con- determinantes para o surgimento de tendências cujo tra-
fecção daquela lei orientavam-se pela necessidade de o ço comum era atribuir particular importância a conteúdos
currículo responder ao avanço do conhecimento científico socialmente relevantes e aos processos de discussão em
e às novas concepções educacionais, deslocando o eixo grupo. Na mesma época, e pouco depois, estabeleceu-se
da questão pedagógica, dos aspectos puramente lógicos um núcleo conceitual teórico de diferentes correntes deno-
para aspectos psicológicos, valorizando a participação ati- minadas construtivistas, cujo pressuposto básico é tomar a
va do aluno no processo de aprendizagem. aprendizagem como resultado da construção do conheci-
No período subsequente, o Brasil buscou novos ru- mento pelo aluno, processo em que se respeitam as ideias
mos para o ensino de Biologia, Física, Matemática e Quí- dos alunos prévias ao processo de aprendizagem.
mica, no seguimento de linha de ação dos países centrais Esta proposta de condução do aprendizado tem sido
123
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
aperfeiçoada no sentido de se levar em conta que a cons- É claro que se demanda um preparo adequado dos
trução de conhecimento científico envolve valores huma- professores de Biologia, Física, Química e Matemática,
nos, relaciona-se com a tecnologia e, mais em geral, com para que a modernidade de seu conhecimento não tenha
toda a vida em sociedade, de se enfatizar a organicidade como contrapartida a superficialidade ou o empobreci-
conceitual das teorias científicas, de se explicitar a função mento cognitivo. Além disso, um desenvolvimento mais
essencial do diálogo e da interação social na produção co- eficaz, científico e pedagógico exige também mudanças na
letiva. Tais redirecionamentos têm sido relevantes para a própria escola, de forma a promover novas atitudes nos
educação científica e matemática e, certamente, suas ideias alunos e na comunidade. É preciso mudar convicções equi-
influenciam o presente esforço de revisão de conteúdos vocadas, culturalmente difundidas em toda a sociedade,
e métodos para a educação científica. Será preciso, além de que os alunos são os pacientes, de que os agentes são
disso, procurar suprir a carência de propostas interdiscipli- os professores e de que a escola estabelece simplesmente
nares para o aprendizado, que tem contribuído para uma o cenário do processo de ensino. Quando o aprendizado
educação científica excessivamente compartimentada, es- das Ciências e da Matemática, além de promover compe-
pecialmente no Ensino Médio, fazendo uso, por exemplo, tências como o domínio de conceitos e a capacidade de
de instrumentos com natural interdisciplinaridade, como os utilizar fórmulas, pretende desenvolver atitudes e valores,
modelos moleculares, os conceitos evolutivos e as leis de através de atividades dos educandos, como discussões,
conservação. leituras, observações, experimentações e projetos, toda a
Felizmente, pelo menos no plano das leis e das dire- escola deve ter uma nova postura metodológica difícil de
trizes, a definição para o Ensino Médio estabelecida na implementar, pois exige a alteração de hábitos de ensino
LDB/96, assim como seu detalhamento e encaminhamento há muito consolidados.
pela Resolução CNE/98, apontam para uma revisão e uma Especialmente nas ciências, aprendizado ativo é, às ve-
atualização na direção correta. Vários dos artigos daque- zes, equivocadamente confundido com algum tipo de expe-
la Resolução são dedicados a orientar o aprendizado para rimentalismo puro e simples, que não é praticável nem sequer
uma maior contextualização, uma efetiva interdisciplinari- recomendável, pois a atividade deve envolver muitas outras
dimensões, além da observação e das medidas, como o diálo-
dade e uma formação humana mais ampla, não só técnica,
go ou a participação em discussões coletivas e a leitura autô-
já recomendando uma maior relação entre teoria e prática
noma. Não basta, no entanto, que tais atividades sejam reco-
no próprio processo de aprendizado.
mendadas. É preciso que elas se revelem necessárias e sejam
Entre os maiores desafios para a atualização pretendida
propiciadas e viabilizadas como partes integrantes do projeto
no aprendizado de Ciência e Tecnologia, no Ensino Médio,
pedagógico. Isso depende da escola, não só do professor. Para
está a formação adequada de professores, a elaboração de
a Matemática, em particular, dado seu caráter de linguagem e
materiais instrucionais apropriados e até mesmo a modifi-
de instrumental universal, os desvios no aprendizado influen-
cação do posicionamento e da estrutura da própria escola,
ciam muito duramente o aprendizado das demais ciências.
relativamente ao aprendizado individual e coletivo e a sua Pode-se perceber, por exemplo, quão significativa teria
avaliação. de ser a reformulação de postura pedagógica na maioria
Esta afirmação pode ser feita acerca de todo aprendi- de nossas escolas para que assumissem, como parte re-
zado escolar de Ciências, desde a alfabetização científico- gular da promoção da educação científico-tecnológica, a
-tecnológica das primeiras séries do Ensino Fundamental. O concepção e a condução de projetos de trabalho coletivo,
significado dessas deficiências se agrava, contudo, na esco- interdisciplinares. Entre outras coisas, a comunidade esco-
la média, etapa final da Educação Básica, nessa época carac- lar deveria estar envolvida na concepção do projeto peda-
terizada pelo ritmo vertiginoso de mudanças econômicas e gógico e, em muitas situações, um apoio científico e edu-
culturais, aceleradas por uma revolução científico-tecnoló- cacional das universidades ou de outros centros formado-
gica mal acompanhada pelo desenvolvimento na educação. res pode ser necessário. Por um lado, a complexidade dos
Não se deve pretender, aliás, depositar a esperança des- temas pode tornar indispensável tal apoio; por outro, os
se acompanhamento simplesmente numa exigência maior programas de formação inicial e continuada de professores
sobre a cultura científica do professor que, afinal, não deve da área de Ciências da Natureza, Matemática e Tecnolo-
ser pensado como detentor de todo o saber da ciência con- gia, conduzidos por esses centros ou universidades, seriam
temporânea. Vale insistir que a atualização curricular não mais eficazes se conduzidos em função das necessidades
deve significar complementação de ementas, ao se acres- identificadas na prática docente.
centarem tópicos a uma lista de assuntos. Ao contrário, é Nessa área, que mais tradicionalmente seria a das
preciso superar a visão enciclopédica do currículo, que é um Ciências e da Matemática, é tão difícil promover uma nova
obstáculo à verdadeira atualização do ensino, porque esta- postura didática quanto introduzir novos e mais signifi-
belece uma ordem tão artificial quanto arbitrária, em que cativos conteúdos. A simples menção de “tecnologia” ao
pré-requisitos fechados proíbem o aprendizado de aspec- lado da “ciência” não promove a nova postura e os novos
tos modernos antes de se completar o aprendizado clássico conteúdos. Usualmente, não se costuma passar do discurso
e em que os aspectos “aplicados” ou tecnológicos só teriam geral e abstrato, ao se conceituar tecnologia, sem mesmo
lugar após a ciência “pura” ter sido extensivamente domi- se explicitar de que forma ela demanda conhecimento e,
nada. Tal visão dificulta tanto a organização dos conteúdos portanto, educação científica, e por que processos ela fo-
escolares quanto a formação dos professores. menta desenvolvimento científico.
124
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Com o advento do que se denomina sociedade pós- vidual do conhecimento e, por isso mesmo, não deve ser
-industrial, a disseminação das tecnologias da informação um procedimento aplicado nos alunos, mas um processo
nos produtos e nos serviços, a crescente complexidade dos que conte com a participação deles. É pobre a avaliação
equipamentos individuais e coletivos e a necessidade de que se constitua em cobrança da repetição do que foi en-
conhecimentos cada vez mais elaborados para a vida so- sinado, pois deveria apresentar situações em que os alunos
cial e produtiva, as tecnologias precisam encontrar espaço utilizem e vejam que realmente podem utilizar os conheci-
próprio no aprendizado escolar regular, de forma seme- mentos, valores e habilidades que desenvolveram.
lhante ao que aconteceu com as ciências, muitas décadas Esses e outros recursos e instrumentos educacionais
antes, devendo ser vistas também como processo, e não têm validade praticamente universal, ainda que se apre-
simplesmente como produto. A tecnologia no aprendiza- sentem com característica e ênfases específicas, no proces-
do escolar deve constituir-se também em instrumento da so de ensino-aprendizagem das Ciências e da Matemática.
cidadania, para a vida social e para o trabalho. No Ensino Por isso, é justo que tratemos de, pelo menos, arrolar ou
Médio, a familiarização com as modernas técnicas de edi- elencar seu conjunto, ilustrando como eles podem ser uti-
ção, de uso democratizado pelos computadores pessoais, lizados pelas várias disciplinas.
é só um exemplo das vivências reais que é preciso garantir, Há características comuns, entre as várias ciências, a
ultrapassando-se assim o “discurso sobre as tecnologias” Matemática e as tecnologias, pelo tipo de rigor que pres-
de utilidade questionável. É preciso identificar na Matemá- supõem, pelo tipo de correspondência entre suas formula-
tica, nas Ciências Naturais, Ciências Humanas, Comunica- ções e os fatos observáveis ou pelo tipo de sentido práti-
ções e nas Artes, os elementos de tecnologia que lhes são co que frequentemente ostentam, que é também comum
essenciais e desenvolvê-los como conteúdos vivos, como parte significativa das didáticas utilizadas em seu ensino,
objetivos da educação e, ao mesmo tempo, como meios ainda que com distintas ênfases adotadas pelas diferen-
para tanto. tes disciplinas dessa área. Em parte, isso já pode ser per-
A incorporação de tais elementos às práticas esco- cebido a partir do histórico da evolução do ensino dessas
lares, alguns imediatamente, é mais realizável do que se disciplinas, feito há pouco, mostrando que elas viveram as
pode imaginar. Até por já se constituirem em objetos de mesmas fases e tendências, mais ou menos na mesma épo-
consumo relativamente triviais, câmeras de vídeo e com- ca. Se é fato que isso, de certa forma, reflete movimentos
putadores estão hoje se tornando mais baratos do que gerais da educação, não é menos verdade que, frequen-
microscópios e outros equipamentos experimentais con- temente, o ensino de Ciências tem estado na vanguarda
vencionais, com tendência a se tornarem cada vez mais desses movimentos, especialmente nos últimos cinquen-
acessíveis. Isso eliminará, em muito pouco tempo, os obs- ta anos,Sem pretender estabelecer qualquer hierarquia de
táculos à incorporação desses instrumentos do processo prioridades, rapidamente descreveremos alguns aspectos,
de aprendizado, seja como meio indireto, na utilização de conceitos ou instrumentos didáticos partilhados no ensino
textos e vídeos didáticos apropriados a cada momento de todas as ciências e no da Matemática, começando por
e local, seja como meio direto e objeto de aprendiza- considerações sobre o papel do professor, que, conhecen-
do, usado pelos alunos na produção de textos e vídeos, do os conteúdos de sua disciplina e estando convicto da
aprendizado prático, portanto. importância e da possibilidade de seu aprendizado por to-
O desenvolvimento de projetos, conduzidos por gru- dos os seus alunos, é quem seleciona conteúdos instrucio-
pos de alunos com a supervisão de professores, pode dar nais compatíveis com os objetivos definidos no projeto pe-
oportunidade de utilização dessas e de outras tecnologias, dagógico; problematiza tais conteúdos, promove e media
especialmente no Ensino Médio. Isso, é claro, não ocorre o diálogo educativo; favorece o surgimento de condições
espontaneamente, mas sim como uma das iniciativas in- para que os alunos assumam o centro da atividade educa-
tegrantes do projeto pedagógico de cada unidade escolar, tiva, tornando-se agentes do aprendizado; articula abstrato
projeto que pode mesmo ser estimulado pelas redes edu- e concreto, assim como teoria e prática; cuida da contínua
cacionais. Para a elaboração de tal projeto, pode-se con- adequação da linguagem, com a crescente capacidade do
ceber, com vantagem, uma nucleação prévia de disciplinas aluno, evitando a fala e os símbolos incompreensíveis, as-
de uma área, como a Matemática e Ciências da Natureza, sim como as repetições desnecessárias e desmotivantes.O
articulando-se em seguida com as demais áreas. conhecimento prévio dos alunos, tema que tem mobiliza-
Modificações como essas, no aprendizado, vão de- do educadores, especialmente nas últimas duas décadas, é
mandar e induzir novos conceitos de avaliação. Isso tem particularmente relevante para o aprendizado científico e
aspectos específicos para a área de Ciência e Tecnologia, matemático. Os alunos chegam à escola já trazendo con-
mas tem validade mais ampla, para todas as áreas e disci- ceitos próprios para as coisas que observam e modelos ela-
plinas. Há aspectos bastante particulares da avaliação que borados autonomamente para explicar sua realidade vivida,
deverão ser tratados em cada disciplina, no contexto de inclusive para os fatos de interesse científico. É importante
suas didáticas específicas, mas há aspectos gerais que po- levar em conta tais conhecimentos, no processo pedagó-
dem ser desde já enunciados. É imprópria a avaliação que gico, porque o efetivo diálogo pedagógico só se verifica
só se realiza numa prova isolada, pois deve ser um proces- quando há uma confrontação verdadeira de visões e opi-
so contínuo que sirva à permanente orientação da prática niões; o aprendizado da ciência é um processo de transição
docente. Como parte do processo de aprendizado, precisa da visão intuitiva, de senso comum ou de auto-elaboração,
incluir registros e comentários da produção coletiva e indi- pela visão de caráter científico construída pelo aluno, como
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
produto do embate de visões. Se há uma unanimidade, As ciências e as tecnologias, assim como seu aprendi-
pelo menos no plano dos conceitos entre educadores para zado, podem fazer uso de uma grande variedade de lin-
as Ciências e a Matemática, é quanto à necessidade de se guagens e recursos, de meios e de formas de expressão, a
adotarem métodos de aprendizado ativo e interativo. Os exemplo dos mais tradicionais, os textos e as aulas expo-
alunos alcançam o aprendizado em um processo comple- sitivas em sala de aula. Os textos nem sempre são essen-
xo, de elaboração pessoal, para o qual o professor e a esco- ciais, mas podem ser utilizados com vantagem, uma vez
la contribuem permitindo ao aluno se comunicar, situar-se verificada sua adequação, como introdução ao estudo de
em seu grupo, debater sua compreensão, aprender a res- um dado conteúdo, síntese do conteúdo desenvolvido ou
peitar e a fazer-se respeitar; dando ao aluno oportunidade leitura complementar. Um texto apresenta concepções filo-
de construir modelos explicativos, linhas de argumentação sóficas, visões de mundo, e deve-se estimular o aluno a ler
e instrumentos de verificação de contradições; criando si- além das palavras, aprender, avaliar e mesmo se contrapor
tuações em que o aluno é instigado ou desafiado a parti- ao que lê. A leitura de um texto deve ser sempre um dos
cipar e questionar; valorizando as atividades coletivas que recursos e não o essencial da aula. Assim, cabe ao profes-
propiciem a discussão e a elaboração conjunta de ideias e sor problematizar o texto e oferecer novas informações que
de práticas; desenvolvendo atividades lúdicas, nos quais o caminhem para a compreensão do conceito pretendido.
aluno deve se sentir desafiado pelo jogo do conhecimento Quanto às aulas expositivas, é comum que sejam o úni-
e não somente pelos outros participantes. co meio utilizado, ao mesmo tempo em que deixam a ideia
Não somente em Matemática, mas até particularmente de que correspondem a uma técnica pedagógica sempre
nessa disciplina, a resolução de problemas é uma impor- cansativa e desinteressante. Não precisa ser assim. A aula
tante estratégia de ensino. Os alunos, confrontados com expositiva é só um dos muitos meios e deve ser o momento
situações-problema, novas mas compatíveis com os instru- do diálogo, do exercício da criatividade e do trabalho cole-
mentos que já possuem ou que possam adquirir no pro- tivo de elaboração do conhecimento. Através dessa técnica
cesso, aprendem a desenvolver estratégia de enfrentamen- podemos, por exemplo, fornecer informações preparató-
to, planejando etapas, estabelecendo relações, verificando rias para um debate, jogo ou outra atividade em classe,
regularidades, fazendo uso dos próprios erros cometidos análise e interpretação dos dados coletados nos estudo do
para buscar novas alternativas; adquirem espírito de pes- meio e laboratório.
quisa, aprendendo a consultar, a experimentar, a organizar Aulas e livros, contudo, em nenhuma hipótese resu-
dados, a sistematizar resultados, a validar soluções; desen- mem a enorme diversidade de recursos didáticos, meios e
volvem sua capacidade de raciocínio, adquirem auto-con- estratégias que podem ser utilizados no ensino das Ciên-
fiança e sentido de responsabilidade; e, finalmente, am- cias e da Matemática. O uso dessa diversidade é de fun-
pliam sua autonomia e capacidade de comunicação e de damental importância para o aprendizado porque tabelas,
argumentação. gráficos, desenhos, fotos, vídeos, câmeras, computadores e
O aprendizado que tem seu ponto de partida no uni- outros equipamentos não são só meios. Dominar seu ma-
verso vivencial comum entre os alunos e os professores, nuseio é também um dos objetivos do próprio ensino das
que investiga ativamente o meio natural ou social real, ou Ciências, Matemática e suas Tecnologias. Determinados as-
que faz uso do conhecimento prático de especialistas e ou- pectos exigem imagens e, mais vantajosamente, imagens
tros profissionais, desenvolve com vantagem o aprendizado dinâmicas; outros necessitam de cálculos ou de tabelas
significativo, criando condições para um diálogo efetivo, de de gráfico; outros podem demandar expressões analíticas,
caráter interdisciplinar, em oposição ao discurso abstrato sendo sempre vantajosa a redundância de meios para ga-
do saber, prerrogativa do professor. Além disso, aproxima a rantir confiabilidade de registro e/ou reforço no aprendi-
escola do mundo real, entrando em contato com a realida- zado.
de natural, social, cultural e produtiva, em visitas de campo, Outro aspecto metodológico a ser considerado, no
entrevistas, visitas industriais, excursões ambientais. Tal sis- ensino das ciências em geral, com possível destaque para
tema de aprendizado também atribui sentido imediato ao a Química e a Física, diz respeito às abordagens quanti-
conhecimento, fundamentando sua subsequente amplia- tativas e às qualitativas. Deve-se iniciar o estudo sempre
ção de caráter abstrato. pelos aspectos qualitativos e só então introduzir tratamen-
Para o aprendizado científico, matemático e tecnoló- to quantitativo. Este deve ser feito de tal maneira que os
gico, a experimentação, seja ela de demonstração, seja de alunos percebam as relações quantitativas sem a necessi-
observação e manipulação de situações e equipamentos dade de utilização de algoritmos. Os alunos, a partir do
do cotidiano do aluno e até mesmo a laboratorial, pro- entendimento do assunto, poderão construir seus próprios
priamente dita, é distinta daquela conduzida para a des- algoritmos
coberta científica e é particularmente importante quando A própria avaliação deve ser também tratada como
permite ao estudante diferentes e concomitantes formas estratégia de ensino, de promoção do aprendizado das
de percepção qualitativa e quantitativa, de manuseio, ob- Ciências e da Matemática. A avaliação pode assumir um
servação, confronto, dúvida e de construção conceitual. A caráter eminentemente formativo, favorecedor do progres-
experimentação permite ainda ao aluno a tomada de da- so pessoal e da autonomia do aluno, integrada ao processo
dos significativos, com as quais possa verificar ou propor ensino-aprendizagem, para permitir ao aluno consciência
hipóteses explicativas e, preferencialmente, fazer previsões de seu próprio caminhar em relação ao conhecimento e
sobre outras experiências não realizadas. permitir ao professor controlar e melhorar a sua prática
126
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
pedagógica. Uma vez que os conteúdos de aprendizagem Cada um dos elementos pedagógicos da sequência
abrangem os domínios dos conceitos, das capacidades e acima, que sequer tem a pretensão de ser completa, pode
das atitudes, é objeto da avaliação o progresso do aluno ser visto como meio e fim, como processo e como pro-
em todos estes domínios. De comum acordo com o ensino duto da educação, devendo ser promovido, portanto, com
desenvolvido, a avaliação deve dar informação sobre o co- o cuidado de se estar lidando com algo necessário, não
nhecimento e compreensão de conceitos e procedimentos; como eventual expediente de que se lança mão, na falta de
a capacidade para aplicar conhecimentos na resolução de outro. Mesmo computadores, câmeras e outros recursos,
problemas do cotidiano; a capacidade para utilizar as lin- aos quais se fez tão breve menção, devem ser percebidos
guagens das Ciências, da Matemática e suas Tecnologias como algo mais do que instrumentos do aprendizado, pois,
para comunicar ideias; e as habilidades de pensamento quando for possível aprender a usá-los como ferramenta
como analisar, generalizar, inferir. de trabalho, de vida e de formação permanente, se estará
O aprendizado das Ciências, da Matemática e suas Tec- complementando as metas da Educação Básica.
nologias pode ser conduzido de forma a estimular a efetiva Concluindo essas considerações sobre fins e meios
participação e responsabilidade social dos alunos, discu- da educação, é justo se acrescentarem alguns ingredien-
tindo possíveis ações na realidade em que vivem, desde tes frequentemente esquecidos, quando se fala do ensino
a difusão de conhecimento a ações de controle ambiental das Ciências, da Matemática e suas Tecnologias, que são o
ou intervenções significativas no bairro ou localidade, de apreço pela cultura e a alegria do aprendizado. Quando a
forma a que os alunos sintam-se de fato detentores de um escola promove uma condição de aprendizado em que há
saber significativo. entusiasmo nos fazeres, paixão nos desafios, cooperação
Os projetos coletivos são particularmente apropriados entre os partícipes, ética nos procedimentos, esta cons-
para esse propósito educacional, envolvendo turmas de truindo a cidadania em sua prática, dando as condições
alunos em projetos de produção e de difusão do conheci- para a formação dos valores humanos fundamentais, que
mento, em torno de temas amplos, como edificações e ha- são centrais entre os objetivos da educação.
bitação ou veículos e transporte, ou ambiente, saneamento
e poluição, ou ainda produção, distribuição e uso social da
energia, temas geralmente interdisciplinares.
A compreensão da relação entre o aprendizado cientí-
fico, matemático e das tecnologias e as questões de alcan-
ce social são a um só tempo meio para o ensino e objetivo
da educação. Isso pode ser desenvolvido em atividades
como os projetos acima sugeridos, ou se analisando his-
toricamente o processo de desenvolvimento das Ciências
e da Matemática. Nessa medida, a história das Ciências é
um importante recurso. A importância da história das Ciên-
cias e da Matemática, contudo, tem uma relevância para o
aprendizado que transcende a relação social, pois ilustra
também o desenvolvimento e a evolução dos conceitos a
serem aprendidos.
A confluência entre os meios utilizados para o apren-
dizado e os objetivos pretendidos para a educação deve
ser observada com especial atenção, como algo a ser cul-
tivado no projeto pedagógico de cada escola, em todos os
aspectos do processo educacional. Quando, por exemplo,
são propostas atividades coletivas, de cooperação entre
estudantes e de elaboração de projetos conjuntos, quer se
tornar o aprendizado das Ciências e da Matemática mais
eficaz, mas, ao mesmo tempo, quer se promover o apren-
dizado do trabalho coletivo e cooperativo, como compe-
tência humana. Aliás, são absolutamente raros os trabalhos
demandados na vida real que não exijam precisamente ati-
vidades conjuntas e cooperativas.
Quando, noutro exemplo, se propõem métodos de
aprendizado ativo, em que os alunos se tornem protago-
nistas do processo educacional, não pacientes deste, quer
se ter a certeza de que o conhecimento foi de fato apro-
priado pelos alunos, ou mesmo elaborado por eles. Mas o
que também se pretende é educar para a iniciativa, pois a
cidadania que se quer construir implica participação e não
se realiza na passividade.
127
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
Todos também têm a opção de agir ou não de forma
ÉTICA PROFISSIONAL. ética. Cada ser humano, independente da sua origem, da
sua história e de seus antecedentes pode escolher o seu
caminho. Os atos de cada um são uma escolha pessoal e a
forma como cada um age depende de si próprio.
Ética e Postura Profissional E por que vale a pena ser ético?
Em um mundo empresarial onde a competição é cada Para que possamos agir de modo que as consequên-
vez mais acirrada, termos como ética e moral são cada vez cias de nossas ações possibilitem a aceitação e aprovação
menos valorizados. Mas os bons profissionais de qualquer de nosso comportamento pelo grupo social que nos cer-
ramo de atividade devem manter uma postura ética para
ca e ao mesmo tempo para garantir a nossa qualidade de
que possam ter sucesso em suas carreiras. O comporta-
vida. Quando agimos de forma ética (de acordo com os
mento ético do bom profissional traz a garantia do respeito
princípios básicos de convivência e civilidade difundidos
e da estabilidade no emprego. A atuação de acordo com
os valores morais da sociedade e da organização valoriza em nossa sociedade) e respeitamos a moral (as regras es-
o profissional e o transforma em um elemento importante critas e não escritas que determinam o comportamento de
dentro da estrutura da empresa. todos os membros de uma sociedade) somos respeitados
Porém, o que são a ética e a moral? Como podemos por nossos atos e passamos a ser mais valorizados no jul-
aplicá-las no dia a dia do trabalho? Como pensar em ser gamento de todos que nos cercam.
ético em uma sociedade onde a ética é cada vez menos Um comportamento sempre ético não dá margens a
valorizada? A resposta a estas perguntas nos mostrará dúvidas com relação ao nosso caráter e à nossa integridade
como é importante o comportamento ético no ambiente e nos confere o status de bom cidadão e bom profissional.
empresarial. Muitas vezes, confundimos ética com moral O nosso comportamento ético tem o poder de mudar o
e, por isso, vamos definir cada um desses termos, para que meio em que vivemos. Por mais corrompido e difícil que
possamos compreender a diferença e a relação existente seja o ambiente externo (seja ele profissional ou não) cada
entre eles. um de nós possui a capacidade da alterá-lo por meio de
Ética vem do grego ethos, que significa morada, lugar nossa postura individual.
certo. São princípios universalizantes, perenes. Ética é a Se o meu comportamento é sempre ético, eu passo
parte da filosofia que se preocupa com a reflexão a respei- a ter a capacidade de exigir que o comportamento das
to das noções e princípios que fundamentam a vida moral.
outras pessoas para comigo seja da mesma forma ético.
Moral vem do latim mos, moris, que significa o modo de
O relacionamento com todos se altera a partir da minha
proceder regulado pelo uso ou costume. Moral é o conjun-
mudança individual. O meu comportamento ético fará com
to de normas livres e conscientemente adotadas que visam
organizar as relações das pessoas na sociedade, tendo em que as pessoas passem a me tratar de forma mais respeito-
vista o certo e o errado. sa e justa. Dessa maneira, a minha opinião passa a ter mais
A Ética é a teoria e a Moral é a prática. A ética tem a ver valor, minhas ações passam a ter mais peso e por fim minha
com os princípios mais abrangentes e universais, enquanto influência positiva na sociedade passa a ser sentida e me
a moral se refere à conduta humana. A primeira aparece traz retornos positivos.
como um horizonte que inspira, atrai e define o ser huma- Por mais que meu comportamento ético não consiga
no, e a segunda seria o caminho que nos possibilita agir alterar a situação global do meio social onde estou inse-
com ética. Assim, um termo nasce do outro. rido, com certeza ele fará com que ocorra uma mudança
Podemos então afirmar que os princípios éticos são positiva da atitude das pessoas para comigo e isso me traz
aqueles princípios básicos que definem o comportamento efeitos muito positivos ao nível pessoal. Vale à pena ten-
de todos os seres humanos. Mais abrangentes que as leis, tar! O maior beneficiado com a minha postura ética sou eu
os regulamentos e mesmo os costumes, os princípios da mesmo e, portanto, trabalhar e viver com ética é o melhor
ética valem para toda a sociedade e devem ser respeitados caminho para trabalhar e viver com paz e tranquilidade e
por todos. Existem atos como o homicídio, o preconceito e ser respeitado como profissional e cidadão.
a discriminação que são vistos de forma negativa por toda O comportamento ético é traduzido no ambiente de
a sociedade e esta noção do que é certo e do que é errado
trabalho por uma postura profissional adequada. Entende-
nos é transmitida por meio das gerações e se transforma
-se por postura o modo como nos apresentamos junto aos
no padrão ético de uma sociedade.
nossos colegas profissionais e clientes. É a forma como po-
A moral representa a interpretação e consolidação
dos princípios éticos para a sua aplicação na sociedade. As demos externalizar o nosso profissionalismo interior por
leis de um país ou o regulamento de uma empresa repre- intermédio de atitudes, gestos e dizeres. Logo, é impor-
sentam o código moral que deve ser seguido por todos e tante que nosso comportamento seja adequado para que
representam de forma prática os preceitos éticos que são possamos transmitir uma boa imagem pessoal em nosso
aceitos por todos os membros daquele grupo. Portanto, ambiente de trabalho.
todos sabem o que é ou não é ético. Todos sabem distin- O depoimento de um funcionário do restaurante de
guir o certo do errado em nossa sociedade. Todos devem um hotel de alto padrão, em Belo Horizonte nos mostra
conhecer as regras e normas de conduta que regem os có- como o setor de alimentos e bebidas valoriza a boa postura
digos morais de nosso grupo social. profissional:
128
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
[...] o mais difícil são as atitudes, os aspectos comporta- transmissão e recepção de ideias, de informações e de sen-
mentais. O comportamento é que faz a diferença no aten- timentos e tem como principais componentes o emissor, o
dimento. (...) Pode saber fazer, mas se não quiser, não faz. receptor, a mensagem e o código (veículo em que a infor-
(...) Depois do comportamento é que vem o saber fazer, mação é transmitida).
para manter o padrão do hotel. (AUTOR, ano, p.). Neste processo o emissor (pessoa que tem uma infor-
Muitos bons profissionais não são valorizados, pois mação para repassar), utilizará algum tipo de código (ou
transmitem uma imagem ruim de si, ou seja, não têm uma linguagem) para que o receptor (pessoa ou grupo de pes-
postura adequada. A busca por um profissional capaz de soas a que se destina a informação) a compreenda. Após
realizar um bom atendimento representa hoje uma grande a sua codificação, a informação transforma-se em mensa-
preocupação dos estabelecimentos de alimentos e bebi- gem que será transmitida do emissor para o receptor (ou
das, sejam estes de qualquer perfil ou porte. receptores) por meio de um meio específico.
Os desafios do mercado são muitos, mas a postura O processo de comunicação é bem-sucedido quando
como encaramos estes desafios faz toda a diferença. Se o receptor capta a informação transmitida com o mínimo
nos posicionarmos de forma ética, dinâmica, colaborativa de distorção (ou diferenças) em relação à informação ori-
e hospitaleira estaremos de fato contribuindo para o nos- ginal. É um processo que parece simples, mas que pode
so crescimento profissional e para o sucesso da empresa ser prejudicado por vários fatores, que são chamados de
como um todo. O bom profissional deve combinar um co- ruídos de comunicação. Os ruídos podem partir do emis-
nhecimento técnico adequado com um comportamento sor, do receptor ou do meio ambiente onde se desenvolve
desejável. Nenhum desses dois ingredientes sozinho pode o processo de comunicação. Quanto menor a quantidade
construir um bom profissional. Somente a boa postura de de ruído presente na comunicação maior às chances de se
um profissional sem conhecimento técnico não conduz ao obter um bom resultado.
sucesso, ao mesmo tempo em que os conhecimentos téc- Para que o ruído seja reduzido e o processo de comu-
nicos de um profissional não bastam se este não souber se nicação ocorra sem problemas deve haver a colaboração
do emissor e do receptor. As principais formas de cada um
comportar da maneira correta.
destes elementos colaborar no bom processo de comuni-
Algumas ferramentas comportamentais podem ser de
cação são.
grande auxílio na formação de um profissional com pos-
No ato da comunicação cada pessoa sempre atua
tura mais adequada. A comunicação interpessoal é um
como emissor e receptor simultaneamente, daí a necessi-
aspecto básico muito importante e pode auxiliar muito o
dade da atenção constante para que o processo se efetive
profissional a melhorar seus aspectos comportamentais.
com eficácia. Outro elemento da comunicação que é mui-
Deve ser entendida como uma das principais ferramentas
to importante para seu sucesso é o feedback, que pode
de trabalho no restaurante. Independente do cargo e da
ser definido como retorno dado pelo receptor ao emissor,
função exercida por cada um, todos têm que se comunicar após ter recebido uma mensagem.
durante todo o tempo, seja com os clientes, com os cole- Um bom feedback dá fluidez à comunicação a
gas, ou com os outros setores. partir do momento em que auxilia emissor e receptor
Se cada funcionário souber a melhor forma de se co- a certificarem-se de que as informações estão sendo
municar o trabalho fica muito mais fácil e os problemas são transmitidas e entendidas de forma adequada. No processo
evitados, tornando o ambiente mais agradável e produti- de comunicação do restaurante é muito importante
vo. A boa comunicação deve partir de cada um de nós. É recebermos e valorizarmos o feedback de nossos clientes.
muito comum encontrarmos excelentes profissionais que Se levarmos em consideração tudo àquilo que o cliente nos
não conseguem mostrar todo o seu potencial no trabalho transmite saberemos de forma mais exata o que ele deseja,
devido a dificuldades de comunicação. A forma de se ex- necessita, pensa, sente e teremos melhores condições de
pressar é muito importante e pode ser a diferença entre um satisfazê-lo.
profissional medíocre de um funcionário eficiente e com Escutar sempre nossos clientes e procurar sempre dar
condições de progredir na carreira. um feedback positivo é uma ótima maneira de aprimorar o
Algumas regras básicas devem ser entendidas e apli- processo de comunicação e melhorar a qualidade do servi-
cadas para que cada um consiga se comunicar da melhor ço prestado. Além da comunicação outras pequenas atitu-
maneira possível. Isso não significa que existe um modo des podem fazer a diferença no momento do atendimento
único de nos comunicarmos. Na verdade cada um tem seu ao cliente.
próprio estilo de comunicação e isso deve ser respeitado.
Porém todos os tipos de pessoa (os tímidos, os extroverti- FONTE: http://www.portaleducacao.com.br/ini-
dos, os falantes, os calados, etc.) podem aprimorar a forma ciacao-profissional/ar tigos/17750/etica-e-postura-
como se comunicam com os outros e utilizar a boa comu- -profissional#!4#ixzz4DqBCNcjy
nicação como ferramenta de trabalho.
O termo comunicação vem do latim communicatione
e significa tornar comum, transmitir. A comunicação não
inclui apenas mensagens que as pessoas trocam de for-
ma voluntária entre si. As mensagens podem ser trocadas
consciente ou inconscientemente. A comunicação é uma
129
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
9! 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 5! _______
!!,! = = = 126 P5.4.3.2.1 A=120
5! 4! 5! ∙ 24 120.2(letras E e U)=240
!
120+240=360 anagramas com a letra P
RESPOSTA: “A”.
360.4=1440 (serão 4 tipos por ter 4 consoantes)
2. (PREF. LAGOA DA CONFUSÃO/TO – ORIENTA-
DOR SOCIAL – IDECAN/2013) Renato é mais velho que RESPOSTA: “C”.
Jorge de forma que a razão entre o número de anagra- 5. (PM/SP – CABO – CETRO/2012) Assinale a al-
mas de seus nomes representa a diferença entre suas ternativa que apresenta o número de anagramas da pa-
idades. Se Jorge tem 20 anos, a idade de Renato é lavra QUARTEL que começam com AR.
A) 24. A) 80.
B) 25. B) 120.
C) 26. C) 240.
D) 27. D) 720.
E) 28.
AR_ _ _ _ _
Anagramas de RENATO 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1=120
______
6.5.4.3.2.1=720 RESPOSTA: “B”.
130
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
A) 36. De quantos modos distintos é possível escolher
B) 27. uma cor para o fundo e uma cor para o texto se, por
C) 30. uma questão de contraste, as cores do fundo e do texto
D) 21. não podem ser iguais?
E) 18. A) 13
B) 14
__ C) 16
6.6=36 D) 17
Mas, como pode haver o mesmo produto por ser dois E) 18
dados, 36/2=18
__
RESPOSTA: “E”. 6.3=18
131
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
4ª possibilidade:3 ventiladores e 4 lâmpadas 14. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁ-
!!
RIA E ADMINISTRATIVA – FAURGS/2012) O Tribunal de
!!,! = =1 Justiça está utilizando um código de leitura de barras
!!!!
composto por 5 barras para identificar os pertences de
!! uma determinada seção de trabalho. As barras podem
!!,! = !!!! = 1 ser pretas ou brancas. Se não pode haver código com
todas as barras da mesma cor, o número de códigos di-
!!,! ∙ !!,! = 1 ∙ 1 = 1 ferentes que se pode obter é de
A) 10.
! B) 30.
Somando as possibilidades:12+3+4+1=20
C) 50.
RESPOSTA: “C”. D) 150.
E) 250.
12. (PREF. PAULISTANA/PI – PROFESSOR DE MATE- _____
MÁTICA – IMA/2014) Se enfileirarmos três dados iguais, 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2 ⋅ 2=32 possibilidades se pudesse ser
obteremos um agrupamento dentre quantos possíveis. qualquer uma das cores
A) 150 Mas, temos que tirar código todo preto e todo branco.
B) 200 32-2=30
C) 410
D) 216 RESPOSTA: “B”.
E) 320
15. (PETROBRAS – TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR
!!,! ∙ !!,! ∙ !!,! – CESGRANRIO/2012) Certa empresa identifica as dife-
rentes peças que produz, utilizando códigos numéricos
compostos de 5 dígitos, mantendo, sempre, o seguin-
6! 6.5! te padrão: os dois últimos dígitos de cada código são
!!,! = = =6 iguais entre si, mas diferentes dos demais. Por exemplo,
1! 5! 5! o código “03344” é válido, já o código “34544”, não.
Quantos códigos diferentes podem ser criados?
6 ∙ 6 ∙ 6 = 216 A) 3.312
! B) 4.608
C) 5.040
RESPOSTA: “D”.
D) 7.000
E) 7.290
13. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁ-
_____
RIA E ADMINISTRATIVA – FAURGS/2012) Um técnico
9.9.9.1.1=729
judiciário deve agrupar 4 processos do juiz A, 3 do juiz São 10 possibilidades para os últimos dois dígitos:
B e 2 do juiz C, de modo que os processos de um mes- 729.10=7290
mo juiz fiquem sempre juntos e em qualquer ordem. A
quantidade de maneiras diferentes de efetuar o agru- RESPOSTA: “E”.
pamento é de
A) 32. 16. (DNIT – ANALISTA ADMINISTRATIVO –ADMI-
B) 38. NISTRATIVA – ESAF/2012) Os pintores Antônio e Batis-
C) 288. ta farão uma exposição de seus quadros. Antônio vai
D) 864. expor 3 quadros distintos e Batista 2 quadros distintos.
E) 1728. Os quadros serão expostos em uma mesma parede e
em linha reta, sendo que os quadros de um mesmo pin-
Juiz A:P4=4!=24 tor devem ficar juntos. Então, o número de possibilida-
Juiz B: P3=3!=6 des distintas de montar essa exposição é igual a:
Juiz C: P2=2!=2 A) 5
_ _ _ B) 12
24.6.2=288.P3=288.6=1728 C) 24
A P3 deve ser feita, pois os processos tem que ficar jun- D) 6
tos, mas não falam em que ordem podendo ser de qual- E) 15
quer juiz antes. Para Antônio
Portanto pode haver permutação entre eles. _ _ _ P3=3!=6
132
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
E pode haver permutação dos dois expositores: A) 384.
B) 392.
6.2.2=24 C) 396.
D) 416.
RESPOSTA: “C”. E) 432.
133
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Professor Classe I - Matemática
que ganhou uma ou mais medalhas não ganhou mais
de uma medalha do mesmo tipo (ouro, prata, bronze).
De acordo com o diagrama, por exemplo, 2 atletas da
delegação desse país ganharam, cada um, apenas uma
medalha de ouro.
RESPOSTA: “C”.
22. (TRT 19ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2014) A análise adequada do diagrama permite concluir
Dos 46 técnicos que estão aptos para arquivar docu- corretamente que o número de medalhas conquistadas
mentos 15 deles também estão aptos para classificar por esse país nessa edição dos jogos universitários foi
processos e os demais estão aptos para atender ao pú- de
blico. Há outros 11 técnicos que estão aptos para aten- A) 15.
der ao público, mas não são capazes de arquivar do- B) 29.
cumentos. Dentre esses últimos técnicos mencionados, C) 52.
4 deles também são capazes de classificar processos. D) 46.
Sabe-se que aqueles que classificam processos são, ao E) 40.
todo, 27 técnicos. Considerando que todos os técnicos
que executam essas três tarefas foram citados anterior- O diagrama mostra o número de atletas que ganharam
mente, eles somam um total de medalhas.
A) 58. No caso das intersecções, devemos multiplicar por
B) 65. 2 por ser 2 medalhas e na intersecção das três medalhas
C) 76. multiplica-se por 3.
D) 53.
E) 95. Intersecções:
RESPOSTA: “D”.
134