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Capítulo 1

Problemas envolvendo números


inteiros e fracionários

1.1. Noção de inteiros


A subtração nem sempre é possível no conjunto dos números naturais IN, por
exemplo, não existe número natural que represente a diferença 2 – 7; para tanto, foi
criado o conjunto dos números inteiros. Nesse conjunto, a diferença 2 – 7 é representada
por (–5). Donde se conclui: –5 ∉ IN (lê-se: –5 não pertence ao conjunto dos números
naturais). Indica-se pelo símbolo Z o conjunto dos números inteiros:
Z = {..., –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3, ...}
Observações:
A soma de dois números inteiros não negativos é um número inteiro não negativo.
Exemplo: 3 + 7 = 10
A soma de dois números inteiros não positivos é um número inteiro não positivo.
Exemplo: –3 + (– 6) = –9
A soma de um número inteiro não negativo com um número inteiro não positivo
pode resultar em um inteiro não negativo, em um não positivo ou, ainda, em zero.
Exemplos:
não negativo + não positivo = inteiro não negativo
4 + (–1) = 3
não negativo + não positivo = inteiro não positivo
8 + (–13) = –5
não negativo + não positivo = zero
7 + (–7) = 0

1.2. Algoritmo da divisão em Z (Divisão Euclidiana em Z)


Sejam a, b ∈ Z com b ≠ 0. Então, existem e são únicos os números inteiros q e r
tais que:
a = b.q + r, onde 0 ≤ r < | b |
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Observações:

-- A relação a = b.q + r, onde 0 ≤ r < | b | é escrita como segue:

dividendo a b divisor
r q
resto quociente

-- Quando tivermos r = 0 (isto é, resto nulo) teremos: a = b.q, e nesse caso,


diremos que a divisão é exata.
-- Sejam a, b ∈ Z, com b ≠ 0 e | a | < | b |. Na divisão euclidiana de a por b, pode-
mos concluir que:
• para a > 0, teremos q = 0 e r = a;
b
• para a < 0, teremos q = − e r = | b | - | a |.
|b|
-- Ao nos depararmos com uma igualdade da forma: a = b.x + y , onde a, b, x, y
∈ Z, b ≠ 0 e 0 ≤ y < | b |, podemos interpretá-la do seguinte modo: “a quando
dividido por b nos dá quociente x e resto y”.
Exemplos:

E.1) 9 5 , porque 
9 = 1 +
5 . 4 e 0 ≤ 4 < | 5 |.
4 1 
a b q r 5

17 = (
E.2) 17 –2 , porque  −2).(
−8) + 
1 e 0 ≤ 1 < | −2 |.
1 –8 
a b q r 2

E.3) –23 6 , porque −


 23 =  −4) + 
6 .( 1 e 0 ≤ 1 < | 6 |.
1 –4 
a b q r 6

E.4) –105 –41 , porque −


 105 = (
−41). 
3 +
18 e 0 ≤ 18 < | −41 |.
18 3 
a b q r 41

E.5) 62 63 , porque 
62 =  0 +
93 .  62 e 0 ≤ 62 < | 93 |.
62 0 
a b q r 93

1.3. Paridade de um número inteiro


Definição: Quando dividimos um número inteiro por 2, o resto obtido só pode
ser 0 ou 1. Os inteiros que são divisíveis por 2 (resto 0) são chamados números pares
e os inteiros que não são divisíveis por 2 (resto 1) são chamados números ímpares.
• Se n é par: n 2 ⇒ n = 2.q (q ∈ Z).
0 q
• Se n é ímpar: n 2 ⇒ n = 2.q + 1 (q ∈ Z).
1 q

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Em símbolos, essas definições ficam:


• n é par ⇔ $ q ∈ Z : n = 2.q ⇔ n ∈ M(2).
• n é ímpar ⇔ $ q ∈ Z : n = 2.q + 1 ⇔ n ∉ M(2).
Exemplos:
1) 0 é par, porque 0 = 2.0.
2) 7 é ímpar, porque 7 = 2.3 + 1.
3) -6 é par, porque -6 = 2.(-3).
4) -11 é ímpar, porque -11 = 2.(-6) + 1.

1.4. Representações e sequências notáveis de um número inteiro


positivo
Seja ( n )n∈IN = (1, 2, 3, . . ., n, . . .) de todos os números naturais,

a) (2n )n∈IN = (2, 4, 6, . . ., 2n, . . .) dos números naturais pares,


b) (2n − 1)n∈IN = (1, 3, 5, . . ., 2n − 1, . . .) dos números ímpares,
c) (n )
2
n ∈IN
= (1, 4, 9, . . ., n2, . . .) dos quadrados perfeitos,

d) (n )
3
n ∈IN
= (1, 8, 27, . . ., n3, . . .) dos cubos perfeitos,

e) (2 )
n
n ∈IN
= (2, 4, 8, . . ., 2n, . . .) das potências de 2,

f) ( pn )n∈IN = (2, 3, 5, . . ., pn, . . .) dos números primos,


Obs.: Dizemos também: n é o n-ésimo número natural, 2n é o n-ésimo número par,
2n − 1 é o n-ésimo número ímpar, n2 é o n-ésimo quadrado perfeito etc.

1.5. Noção de fração


Quando um todo ou uma unidade é dividido em partes iguais, uma dessas partes
ou a reunião de várias formam o que chamamos de uma fração do todo.
Para se representar uma fração são, portanto, necessários dois números inteiros:
a) O primeiro, para indicar em quantas partes iguais foi dividida a unidade (ou
todo) e que dá nome a cada parte e, por essa razão, chama-se denominador da
fração;
b) O segundo, que indica o número de partes que foram reunidas ou tomadas da
unidade e, por isso, chama-se numerador da fração.
O numerador e o denominador constituem o que chamamos de termos da
fração.
Exemplos:
2
: numerador = 2; e denominador = 3;
3
5
: numerador = 5; e denominador = 7.
7

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1.6. Nomenclaturas das frações


1 – Frações com denominadores de 1 a 10:
Enuncia-se: meios, terços, quartos, quintos, sextos, sétimos, oitavos, nonos e
décimos.
Exemplos:
2
lê-se: dois terços;
3
5
lê-se: cinco sextos;
6
7
lê-se: sete oitavos;
8
9
lê-se: nove décimos.
10

2 – Frações com denominadores potências de 10:


Enuncia-se: décimos, centésimos, milésimos, décimos de milésimos, centésimos
de milésimos etc.
Exemplos:
7
lê-se: sete décimos;
10
49
lê-se: quarenta e nove centésimos;
100
117
lê-se: cento e dezessete milésimos;
1.000
4.531
lê-se: quatro mil quinhentos e trinta e um décimos de milésimos.
10.000

3 – Denominadores diferentes dos citados anteriormente:


Enuncia-se o numerador e, em seguida, o denominador seguido da palavra
“avos”.
Exemplos:
5
lê-se: cinco onze avos;
11
7
lê-se: sete dezenove avos;
19

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13
lê-se: treze dezessete avos;
17
23
lê-se: vinte e três vinte e cinco avos.
25

1.7. Tipos de frações

1.7.1. Frações próprias


São aquelas em que o numerador é menor que o denominador.
1 3 4 5
Exemplos: ; ; ;
2 7 19 27

1.7.2. Frações impróprias


São aquelas em que o numerador é maior ou igual ao denominador
25 35 9 100
Exemplos: ; ; ;
4 8 9 4

1.7.3. Frações aparentes


São aquelas cujo numerador é múltiplo do denominador. Elas pertencem ao
grupo das frações impróprias.
2 8 10 18 4
Exemplos: ; ; ; ;
1 2 5 6 4

1.7.4. Frações particulares


Para formar uma fração de uma grandeza, dividimos a grandeza pelo deno-
minador (número de partes iguais) e multiplicamos o resultado pelo numerador
(número de partes tomadas). Assim, podemos concluir:
-- Se o numerador é zero, a fração é igual a zero:
0 0 0 0 0
= 0; = 0; = 0; = 0; = 0 etc.
2 7 11 49 731
-- Se o denominador é um, a fração é igual ao numerador.
3 17 93 478 57
= 3; = 17 ; = 93; = 478; = 57 ; etc.
1 1 1 1 1
--) Se o denominador é zero, a fração não tem sentido (a divisão por zero é impossível).
--) Se o numerador e o denominador são iguais, a fração é igual à unidade.
5 19 78 146 1.001
= 1; = 1; = 1; = 1; = 1; etc.
5 19 78 146 1.001

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1.7.5. Números mistos


São números compostos por uma parte inteira e outra parte fracionária. Pode-
mos transformar uma fração imprópria na forma mista, ou vice-versa, sem recorrer a
desenhos ou figuras.
25 4 4 13 1 1 11 1 1
Exemplos: = 3+ = 3 ; =4+ =4 ; = 5+ = 5
7 7 7 3 3 3 2 2 2

4 (3 × 7) + 4 25 1 (4 × 3) + 1 13 1 (5 × 2) + 1 11
3 = = ; 4 = = ; 5 = =
7 7 7 3 3 3 2 2 2

1.7.6. Frações equivalentes


Duas ou mais frações que representam a mesma parte da unidade são chamadas
frações equivalentes (têm o mesmo valor).
Quando multiplicamos ou dividimos os termos de uma fração por um mesmo
número natural, diferente de zero, obtemos uma fração equivalente à fração inicial.
125÷25 5 125 ÷5 25 125 25 5
Exemplos: = ou = ; ou = =
75 3 75 15 75 15 3
÷25 ÷5
125 25 5
As frações , e são equivalentes.
75 15 3

1.7.7. Frações irredutíveis


São todas as frações em que o numerador e o denominador são números primos
entre si.
5 11 23 41 89
Exemplos: ; ; ; ;
13 17 19 29 43

1.8. Comparação e simplificação de fração


1.8.1. Comparação
Quando duas frações têm denominadores iguais, a maior das frações é aquela
que tem o maior numerador.
Quando vamos comparar duas frações que têm denominadores diferentes,
reduzimos ao mesmo denominador e aplicamos a regra.
5 5
Exemplo: Comparar as frações e entre si
6 7
Como as frações têm denominadores diferentes, reduzindo-as ao mesmo
denominador.
5 5 35 30
mmc(6, 7) = 42, daí: e ⇒ e
6 7 42 42

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5 35 5 30
Lembrando que: é equivalente a e é equivalente a
6 42 7 42
Assim sendo, observamos que o numerador da primeira fração é maior que o
5 5
numerador da segunda fração, portanto: >
6 7

1.8.2. Simplificação
Simplificar uma fração é dividir seus termos por um mesmo número e obter
termos menores que os iniciais, formando outra fração equivalente à primeira.
Exemplo: Vamos simplificar pelo método das divisões sucessivas até obter a
120
forma irredutível (numerador e denominador primos entre si) da fração .
440
120 120 : 2 60 : 2 30 : 2 15 : 5 3
Resolução: = ⇒ = ⇒ =
440 440 : 2 220 : 2 110 : 2 55 : 5 11
3 120
Logo: é uma fração equivalente a .
11 440

1.9. Operações com frações


1.9.1. Adição e subtração
A soma de frações com denominadores iguais é uma fração cujo denominador
é igual ao das parcelas e cujo numerador é a soma dos numeradores das parcelas.
Exemplo:
32 53 32 + 53 85÷5 17
+ =? = = = 17 (fração aparente)
5 5 5 5 1
÷5
A diferença entre duas frações com denominadores iguais é uma fração cujo deno-
minador é igual ao das frações dadas e cujo numerador é a diferença dos numeradores.
87 43 87 − 43 44
Exemplo: − =? =
7 7 7 7
Ao somar ou subtrair frações que têm denominadores diferentes, devemos pri-
meiro reduzi-las ao mesmo denominador e depois aplicar a regra anterior.
11 10 7 5
Exemplo: + − + =?
6 9 12 18
mmc(6, 9, 12, 18) = 36, portanto o denominador comum será 36.
6.11 4.10 3.7 2.5 66 + 40 − 21 + 10 116 − 21 95
+ − + ⇒ ⇒ =
36 36 36 36 36 36 36

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1.9.2. Multiplicação
O produto de duas frações é outra fração, cujo numerador é o produto dos nume-
radores dados e o denominador é o produto dos denominadores dados.
21 3 7 21 × 3 × 7 441
Exemplo: × × =? =
4 5 8 4 × 5 × 8 160

1.9.3. Divisão
O quociente de uma fração por outra é igual ao produto da primeira fração pelo
inverso da segunda fração.
72 4 72 7 72 × 7 504 ÷4 126
Exemplo: ÷ =? × = = =
5 7 5 4 5×4 20 5
÷4

1.9.4. Números decimais e frações decimais


O sistema de numeração decimal apresenta a seguinte ordem posicional dos
algarismos locados no número:
*Unidades simples (1)
*Dezenas (10)
*Centenas (100)
*Unidade de milhar (1000)
1
*Décimos  
 10 

*Centésimos  1 
 100 
1 
*Milésimos 
 1.000 

*Décimos-milésimos  1 
 10.000 

*Centésimos-milésimos  1 
 100.000 

*Milionésimos  1 
 1.000.000 
Eis alguns numerais e como devem ser lidos:
0,9: nove décimos
0,17: dezessete centésimos
0,254: duzentos e cinquenta e quatro milésimos
5,6: cinco inteiros e seis décimos
7,18: sete inteiros e dezoito centésimos
27,391: vinte e sete inteiros, trezentos e noventa e um milésimos
472,1256: quatrocentos e setenta e dois inteiros e mil, duzentos, cinquenta e
seis décimos-milésimos.

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1.10. Transformação de frações ordinárias em decimais e vice-versa


1.10.1. Representação fracionária
Exemplo: Vamos transformar os números decimais 0,097 e 5,691 na forma fra-
cionária.
97
0,097 =
1.000
5.691 5.000 + 691 691 691
5,691 = = = 5+ =5
1.000 1.000 1.000 1.000
Note-se que o numeral decimal 0,097 representa 97 milésimos e o numeral decimal
5,691, representa cinco inteiros e seiscentos e noventa e um milésimos.
Para transformar um numeral decimal em fração decimal, escreve-se uma fração
cujo denominador é o numeral decimal sem a vírgula e cujo denominador é o algaris-
mo 1 (um) seguido de tantos zeros quantas forem as casas decimais do numeral dado.
Para transformar uma fração decimal em número decimal, escreve-se o numerador
da fração com tantas ordens (ou casas) decimais forem os zeros do denominador.
37 2.417
Exemplo: Vamos transformar os números fracionários e na sua forma
decimal. 100 1.000
37 ocupará duas casas decimais após a vírgula, pois está dividido por 100 (2 zeros),
então: 0,37
2.417 ocupará três casas decimais após a vírgula, pois está dividido por 1.000
(3 zeros), então: 2,417

1.10.2. Representação decimal: propriedades


Um numeral decimal não se altera quando retiramos ou acrescentamos um ou mais
zeros à direita da parte decimal.
2,51 = 2,510 = 2,5100 = 2,51000...
Para multiplicar um numeral decimal por 10, 100 ou 1.000 etc. basta deslocar a
vírgula uma, duas, três, etc. casas decimais para a direita.
12,7 × 10 = 127
132,85 × 100 = 13 852
1,345 × 10 000 = 13 450
Para dividir um numeral decimal por 10, 100 ou 1.000 etc., basta deslocar a vírgula
uma, duas ou três etc. casas decimais para a esquerda.
5,196 ÷ 10 = 0,5196
6,4 ÷ 1 000 = 0,0064
67 ÷ 10 000 = 0,0067

1.11. Dízimas periódicas simples e compostas


1.11.1. Decimais exatos
Decimais exatos são numerais decimais obtidos a partir de frações irredutíveis. Va-
mos, por exemplo, transformar em numerais decimais as frações irredutíveis a seguir:

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5 15 7 50
Exemplos: , , e
4 6 25 1
5
⇒ 5 : 4 ⇒ 1,25 é um decimal exato.
4
15
⇒ 15 : 6 ⇒ 2,5 é um decimal exato.
6
7
⇒ 7 : 25 ⇒ 0,28 é um decimal exato.
25
50
⇒ 50 : 1 ⇒ 50 é um decimal exato.
1

1.11.2. Dízimas periódicas simples


Uma dízima periódica é simples quando seu período tem início logo após a vírgula
(na ordem décimo de unidade).
Exemplos:

0,454545... ou 0,45 ou 0,( 45) ou 0,45
 
0,316316316... ou 0,316 ou 0,( 316) ou 0,316

0,2222... ou 0,2 ou 0,( 2) ou 0,2


Partes periódicas ou períodos: 45; 316; 2

1.11.3. Dízimas periódicas compostas


Uma dízima periódica é composta quando existir(em) algarismo(s) na ordem
dos décimos, centésimos, milésimos, etc. que não faz(em) parte do período.
Exemplos:
1,8333................................ parte inteira: 1
parte periódica ou período: 3
parte não periódica: 8
29,31727272...................... parte inteira: 29
parte periódica ou período: 72
parte não periódica: 31
341,834751751751............ parte inteira: 341
parte periódica ou período: 751
parte não periódica: 834

1.12. Fração geradora da dízima periódica ou geratriz da dízima


Quando dividimos o numerador de uma fração irredutível pelo denominador,
obtemos uma dízima periódica (simples ou composta) e dizemos que a fração primi-
tiva é chamada de geratriz da dízima periódica.

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5
Exemplo: é geratriz da dízima 0,454545...
11

1.12.1. Obtenção de uma fração geratriz


Chama-se fração geratriz de uma dízima periódica a fração que deu origem a essa
dízima, isto é, aquela que gerou a dízima.
Conceito: A geratriz de uma dízima periódica simples é uma fração na qual o nu-
merador é igual ao período da dízima e o denominador é formado por tantos noves
quantos são os algarismos do período.
6 21 341
Exemplos: 0,6 = ; 0,21 = ; 0,341 =
9 99 999
Conceito: A geratriz de uma dízima periódica composta é uma fração na qual:
– O numerador é formado escrevendo-se a parte não periódica seguida do perío­
do. Do número formado, subtrai-se a parte não periódica.
– O denominador é formado por tantos noves quantos são os algarismos do
período e por tantos zeros quantos são os algarismos da parte não periódica.
37 − 3 34 ÷2 17
Exemplos: 0,37 = = =
90 90 ÷2 45

427 − 42 385÷5 77
0,427 = = =
900 900 180
÷5
6327 − 63 6264 ÷36 174 275 × 5 + 174 1549
5,6327 = 5 =5 =5 = = .
9900 9900 275 275 275
÷36

Exercícios resolvidos
3
1. (FCC) João tinha uma caixa com pregos, mas perdeu da quantidade inicial. De-
11
5
pois, ele usou do que sobrou na caixa. Qual fração representa a parte de pregos
8
que sobrou na caixa?
2 5
a) . d) .
11 8
3 17
b) . e) .
11 88
3
c) .
8

Resolução:
A quantidade inicial de pregos será representada pela fração inteira, igual a 1.

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3 3
Ao perder uma quantidade equivalente a de pregos, João ficou com: 1 –
11 11
11 − 3 8
= = de pregos.
11 11
5 5 8
A seguir, João usou do que sobrou, ou seja, de resultando em:
8 8 11
5 8/ 1 5
× = .
1 /
8 11 11
A fração que representa a parte de pregos que sobrou na caixa, após João usar
8 5 8−5 3
a quantidade anterior, será de: − = = .
11 11 11 11
Gabarito: B.

2
2. (FEC) Ana comeu da quantidade total de bombons de uma caixa, e sua irmã comeu
3
1
da mesma quantidade total. A fração correspondente à quantidade de bombons
4
que as duas comeram juntas é de:
3 1
a) . d) .
7 7
11 5
b) . e) .
12 6
2
c) .
12
Resolução:
Inicialmente, determinaremos a fração do número de bombons consumidos
por Ana e sua irmã:
2 1 2 × 4 + 1 × 3 8 + 3 11
+ = = =
3 4 12 12 12
A seguir, determinaremos a fração que corresponde à quantidade de bombons
que sobrou na caixa:
11 12 × 1 − 11 12 − 11 1
1− = = =
12 12 12 12
Gabarito: B.

3. (FCC) Observe os dados apresentados na tabela:


X Y X÷Y
2 3 0,666...
5 6 0,8333...
1 2 0,5

12

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