NOTAÇÕES alternativa C

C: conjunto dos números complexos. Com relação ao conjunto U, temos que 0 ∉ U,

Q: conjunto dos números racionais. 0 ⊂ U, n(U) = 10, 5 ∈ U, {5} ⊂ U. Temos ainda que
R: conjunto dos números reais. {0, 1, 2, 5} ∩ {5} = {5}.
Z: conjunto dos números inteiros. Logo apenas as afirmações II e III são verdadei-
ras.
N = {0, 1, 2, 3, ...}.
N ∗ = {1, 2, 3, ...}.
i: unidade imaginária; i2 = −1. Questão 2
z = x + iy, x, y ∈ R.
z: conjugado do número z, z ∈ C. Seja o conjunto S = {r ∈ Q : r ≥ 0 e r2 ≤ 2},
|z|: módulo do número z, z ∈ C. sobre o qual são feitas as seguintes afirma-
[a, b] = {x ∈ R; a ≤ x ≤ b}. ções:
]a, b[ = {x ∈ R; a < x < b}. 5 7
I. ∈Se ∈ S.
0: conjunto vazio. 4 5
A\B = {x ∈ A; x ∉ B}. II. { x ∈ R : 0 ≤ x ≤ 2 } ∩ S = 0.
n(U): número de elementos do conjunto U. III. 2 ∈ S.
P(A): coleção de todos os subconjuntos de A. Pode-se dizer, então, que é (são) verdadei-
f o g: função composta de f com g. ra(s) apenas
a) I e II b) I e III c) II e III
I: matriz identidade n × n.
d) I e) II
A −1 : inversa da matriz inversível A.
AT : transposta da matriz A. alternativa D
det A: determinante da matriz A. S = {r ∈ Q : r ≥ 0 e
AB: segmento de reta unindo os pontos A e B. r 2 ≤ 2} = {r ∈ Q : 0 ≤ r ≤ 2 }
Analisemos, agora, as afirmações:
AB: arco de circunferência de extremidades A 2 2
⎛5 ⎞ 25 ⎛7 ⎞ 49
e B. I. ⎜ ⎟ = <2 e ⎜ ⎟ = < 2 . Logo
⎝4⎠ 16 ⎝5 ⎠ 25
m(AB) : medida (comprimento) de AB. 5 7
∈S e ∈ S , ou seja, I é verdadeira.
4 5
II. {x ∈ R : 0 ≤ x ≤ 2 } ∩ S =
= {x ∈ Q :0 ≤ x ≤ 2 } = S
Questão 1 Como S ≠ 0, II é falsa.
III. Temos que 2 ∉ Q, portanto 2 ∉ S e III é fal-
Considere as seguintes afirmações sobre o sa.
Assim, apenas I é verdadeira.
conjunto U = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}:
I. 0 ∈ U e n(U) = 10.
II. 0 ⊂ U e n(U) = 10.
III. 5 ∈ U e {5} ⊂ U. Questão 3
IV. {0, 1, 2, 5} ∩ {5} = 5.
Pode-se dizer, então, que é (são) verdadei- Seja α um número real, com 0 < α < 1. Assina-
ra(s) le a alternativa que representa o conjunto de
2 x2
a) apenas I e III. ⎛ 1 ⎞
todos os valores de x tais que α 2 x ⎜ ⎟ < 1.
b) apenas II e IV. ⎝ α ⎠
c) apenas II e III. a) ]−∞ , 0] ∪ [2, +∞[ b) ]−∞ , 0[∪ ]2, +∞[
d) apenas IV. c) ]0, 2[ d) ]−∞ , 0[
e) todas as afirmações. e) ]2, +∞[
 matemática 2

alternativa C
Com α ∈ R, 0 < α < 1, temos
Questão 6
2x 2
⎛ 1 ⎞ 2 ⎡2x ( x2 + 1)−1 ⎤
α 2x ⋅ ⎜ ⎟ < 1 ⇔ α 2x ⋅ α − x <1 ⇔ Seja x ∈ R e a matriz A = ⎢ x ⎥.
⎝ α ⎠
2
⎣2 log2 5 ⎦
⇔ α 2x − x < α0 ⇔ 2x − x 2 > 0 ⇔ Assinale a opção correta.
⇔ x ⋅ (x − 2) < 0 ⇔ 0 < x < 2 . a) ∀x ∈ R, A possui inversa.
Assim V = ]0; 2[ . b) Apenas para x > 0, A possui inversa.
c) São apenas dois os valores de x para os
quais A possui inversa.
d) Não existe valor de x para o qual A possui
Questão 4 inversa.
e) Para x = log2 5, A não possui inversa.
Considere a função f : R → C, f ( x ) = 2 cos x +
+ 2i sen x. Então, ∀x, y ∈ R, o valor do produ- alternativa A
to f ( x )f ( y ) é igual a
A matriz A é inversível se, e somente se,
a) f ( x + y ) b) 2f ( x + y )
det A ≠ 0 ⇔ 2 x ⋅ log 2 5 − 2 x ⋅ (x 2 + 1) −1 ≠ 0 ⇔
c) 4i f ( x + y ) d) f ( xy )
⎛ 1 ⎞
e) 2f ( x ) + 2i f ( y ) ⇔ 2 x ⎜ log 2 5 − 2 ⎟ ≠0 ⇔
⎝ x +1⎠
alternativa B 1
⇔ 2 ≠ log 2 5 ⇔ x 2 + 1 ≠ log 5 2 ⇔
x +1
Temos f(x) = 2 cos x + 2i sen x e f(y) = 2 cos y + 2
+ 2i sen y. ⇔ x 2 ≠ log 5 2 − 1 ⇔ x 2 ≠ log 5 (∗)
5
Assim, f(x) ⋅ f(y) = 4 cos x cos y + 4i sen x cos y + 2
+ 4i sen y cos x − 4 sen x sen y ⇔ Como log 5 < 0, a expressão ( ∗ ) é verdadeira
5
⇔ f(x) ⋅ f(y) = 2[2 cos(x + y) + 2i sen(x + y)] ⇔ ∀x ∈ R.
⇔ f(x) ⋅ f(y) = 2 f(x + y). Portanto a matriz A possui inversa, ∀x ∈ R.

Questão 5 Questão 7
Considere 12 pontos distintos dispostos no Considerando as funções
plano, 5 dos quais estão numa mesma reta. arc sen: [−1, +1] → [−π/2, π/2] e
Qualquer outra reta do plano contém, no arc cos: [−1, +1] → [0, π],
máximo, 2 destes pontos. Quantos triângu- ⎛ 3 4⎞
assinale o valor de cos⎜arcsen + arccos ⎟ .
los podemos formar com os vértices nestes ⎝ 5 5⎠
pontos? 6 7 1 2 5
a) b) c) d) e)
a) 210 b) 315 c) 410 d) 415 e) 521 25 25 3 5 12

alternativa B
alternativa A
⎛ 3 4⎞ ⎛ 3⎞
Um triângulo é determinado por 3 pontos não coli- cos ⎜ arcsen + arccos ⎟ = cos ⎜ arcsen ⎟ ⋅
⎝ 5 5⎠ ⎝ 5⎠
⎛12 ⎞ 12 ⋅ 11 ⋅ 10
neares. Há ⎜ ⎟ = = 220 maneiras de ⎛ 4⎞ ⎛ 3⎞
⎝3 ⎠ 3 ⋅ 2 ⋅1 ⋅cos ⎜ arccos ⎟ − sen ⎜ arcsen ⎟ ⋅
⎝ 5⎠ ⎝ 5⎠
escolher um subconjunto de 3 dos 12 pontos da-
⎛5 ⎞ 5 ⋅ 4 ⋅3 ⎛ 4⎞ ⎛3 ⎞
2
4 3
dos, porém ⎜ ⎟ = = 10 desses subcon- ⋅ sen ⎜ arccos ⎟ = 1 − ⎜ ⎟ ⋅ − ⋅
⎝3 ⎠ 3 ⋅ 2 ⋅1 ⎝ 5⎠ ⎝5 ⎠ 5 5
juntos são formados por pontos colineares. Logo 2
podemos formar 220 − 10 = 210 triângulos com ⎛4⎞ 4 4 3 3 7
⋅ 1−⎜ ⎟ = ⋅ − ⋅ =
vértices nesses pontos. ⎝5 ⎠ 5 5 5 5 25
 matemática 3

p 1 p p
6− − (12 − p)
⎛12 ⎞ ⎛ 3 ⎞ ⎛ 5⎞3
Questão 8 =⎜ ⎟ ⋅⎜ ⎟
2
⋅x 3 ⋅ ⎜− ⎟ ⋅ x 6 =
⎝ p⎠ ⎝5 ⎠ ⎝ 3⎠
Considere um polígono convexo de nove la- 6−
p p
−4 +
p
⎛12 ⎞ ⎛ 3 ⎞ 2 ⎛ 5⎞3
dos, em que as medidas de seus ângulos in- =⎜ ⎟ ⋅⎜ ⎟ ⋅ ⎜− ⎟ ⋅ x 2.
⎝ p⎠ ⎝5 ⎠ ⎝ 3⎠
ternos constituem uma progressão aritmética
de razão igual a 5o. Então seu maior ângulo O termo Tp + 1 é independente de x quando
p
mede, em graus, −4 + = 0 ⇔ p = 8. Assim,
a) 120 b) 130 c) 140 d) 150 e) 160 2
8
⎛12 ⎞ ⎛ 3 ⎞ 2 ⎛ 5 ⎞ 3
T9 = ⎜ ⎟ ⋅ ⎜ ⎟ ⋅ ⎜ − ⎟ =
alternativa E ⎝8 ⎠ ⎝5 ⎠ ⎝ 3⎠
2
Sendo α o menor dos ângulos internos do polígo-
12 ⋅ 11 ⋅ 10 ⋅ 9 ⎛ 5 ⎞ 3
no convexo de nove lados, sabendo que as medi- = ⋅ ⎜ ⎟ = 165 3 75 é o termo
4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 ⎝3 ⎠
das de seus ângulos internos constituem uma PA
de razão igual a 5 o , a soma dos ângulos internos procurado.
é igual à soma dos 9 elementos da PA de primei-
ro termo α e razão 5 o . Então
⎛ α + (α + 8 ⋅ 5 o ) ⎞
⎜ ⎟ ⋅ 9 = (9 − 2) ⋅ 180o ⇔ Questão 10
⎝ 2 ⎠
Considere as afirmações dadas a seguir, em
⇔ ( α + 20o ) ⋅ 9 = 7 ⋅ 180o ⇔ α = 120o
que A é uma matriz quadrada n × n, n ≥ 2:
Assim o maior ângulo do polígono mede
I. O determinante de A é nulo se e somente
α + 8 ⋅ 5 o = 120o + 40o = 160o .
se A possui uma linha ou uma coluna nula.
II. Se A = ( aij ) é tal que aij = 0 para i > j, com
i, j = 1, 2, . . ., n, então det A = a11 a22 . . . ann .
Questão 9
III. Se B for obtida de A multiplicando-se a
O termo independente de x no desenvolvi- primeira coluna por 2 + 1 e a segunda por
12 2 − 1, mantendo-se inalteradas as demais
⎛ 33 x 5 x ⎞⎟
mento do binômio ⎜ − 3 é colunas, então det B = det A .
⎜ 5x 3 x ⎟⎠
⎝ Então, podemos afirmar que é (são) verdadei-
3 ra(s)
a) 729 3 45 b) 972 3 15 c) 891 3 a) apenas II. b) apenas III.
5
c) apenas I e II. d) apenas II e III.
5 e) todas.
d) 376 3 e) 165 3 75
3
alternativa D
alternativa E ⎡1 1⎤
I. Falsa, pois A = ⎢ ⎥ não possui linha ou colu-
O termo geral do desenvolvimento do binômio é ⎣1 1⎦
12 − p na nula, mas det A = 1 ⋅ 1 − 1 ⋅ 1 = 0.
⎛12 ⎞ ⎛ 33 x ⎞ ⎛ 5x ⎞
p
⎡a11 a12 a13 a1n ⎤ ...
Tp + 1 = ⎜ ⎟ ⋅⎜ ⎟ ⋅ ⎜ −3 ⎟ =
⎝p⎠ ⎜ 5x ⎟ ⎝ 3 x ⎠ ⎢0 a a2n ⎥
⎝ ⎠ 22 a23 ...
⎢ ⎥
1 1
II. Verdadeira, pois A = ⎢ 0 0 a33 a3n ⎥ ...
⋅ (12 − p) ⋅p
⎛ 1 ⎞2 ⎛ ⎞3 ⎢ M M M M ⎥ M
⎛12 ⎞ ⎜ 3 ⋅ x 3 ⎟ ⎜ 5x ⎟ ⎢ ⎥
=⎜ ⎟ ⋅⎜ ⎟ ⋅ ⎜− 1 ⎟
= ⎣ 0 0 0 ann ⎦ . ..
⎝ p ⎠ ⎜ 5x ⎟ ⎜ ⎟
⎝ ⎠ ⎝ 3 ⋅x2 ⎠ é uma matriz triangular, e seu determinante é
dado pelo produto dos elementos de sua diagonal
1 1
(12 − p) ⋅p principal, isto é, det A = a11 ⋅ a22 ⋅ a33 ⋅ ... ⋅ ann .
⎛12 ⎞ ⎛ − ⎞2
2 ⎛ 1 ⎞3
⎜ 3 ⎟ 5
=⎜ ⎟ ⋅ ⋅x 3 ⋅ ⎜− ⋅x2 ⎟ = III. Verdadeira, pois det B = ( 2 + 1) ⋅ ( 2 − 1) ⋅
⎝p⎠ ⎜5 ⎟ ⎜ 3 ⎟
⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⋅det A = (2 − 1)det A = det A.
 matemática 4

Questão 11 Questão 12
Considere um cilindro circular reto, de volu- O conjunto de todos os valores de α,
me igual a 360π cm3 , e uma pirâmide regu- α ∈ −
⎤ π π⎡
, , tais que as soluções da equa-
⎥⎦ 2 2 ⎢⎣
lar cuja base hexagonal está inscrita na base
do cilindro. Sabendo que a altura da pirâmi- ção (em x)
de é o dobro da altura do cilindro e que a x4 − 4
48 x2 + tg α = 0
área da base da pirâmide é de 54 3 cm2 , en- são todas reais, é
tão, a área lateral da pirâmide mede, em ⎡ π ⎤ ⎡ π π⎤
a) − ,0 b) − ,
cm2 , ⎢⎣ 3 ⎥⎦ ⎢⎣ 4 4 ⎥⎦
a) 18 427 b) 27 427 c) 36 427 ⎡ π π⎤ ⎡ π⎤
d) 108 3 e) 45 427 c) − , d) 0,
⎣⎢ 6 6 ⎦⎥ ⎣⎢ 3 ⎥⎦
alternativa A ⎡ π π⎤
e) ,
⎢⎣ 12 3 ⎥⎦
A base hexagonal da pirâmide está inscrita na
base de um cilindro de raio R e sua área é alternativa D
R2 3
54 3 cm 2 , isto é, 6 ⋅ = 54 3 ⇔ R 2 = 36 ⇔ Como x 4
− 4
48 x 2 + tg α = 0 ⇔
4
⇔ R = 6 cm. y2 − 4
48 y + tg α = 0
O cilindro tem altura h e volume 360π cm 3 , isto é, ⇔ , as soluções da equa-
2
y =x
π ⋅ 36 ⋅ h = 360 π ⇔ h = 10 cm.
ção dada são todas reais se, e somente se, a
Agora, observe a figura a seguir, onde AOB é um
equação y 2 − 4 48 y + tg α = 0 admite apenas
triângulo eqüilátero:
soluções não negativas. Isso ocorre se, e somen-
te se,
∆ ≥0
( − 4 48 ) 2 − 4 ⋅ 1 ⋅ tg α ≥ 0
S ≥0 ⇔ ⇔
tg α ≥ 0
P ≥0
⇔ 0 ≤ tg α ≤ 3 ( ∗ )
⎤ π π⎡
Sendo α ∈ − ; , (∗) ⇔
⎥⎦ 2 2 ⎢⎣
π ⎡ π⎤
⇔0 ≤α ≤ ⇔ α ∈ 0;
3 ⎢⎣ 3 ⎦⎥

Questão 13
Sejam as funções f e g definidas em R por
No triângulo VOM, retângulo em O: f(x) = x2 + αx e g(x) = −(x2 + βx), em que α e β
2 são números reais. Considere que estas fun-
⎛R 3 ⎞
VM 2 = OM 2 + VO 2 ⇔ VM 2 = ⎜ ⎟ + (2h) 2 = ções são tais que
⎝ 2 ⎠
⎛6 3 ⎞
2 f g
=⎜ ⎟ + (2 ⋅ 10) 2 ⇔ VM = 427 cm
⎝ 2 ⎠ Valor Ponto de Valor Ponto de
1 mínimo mínimo máximo máximo
A área lateral da pirâmide é 6 ⋅ ⋅ AB ⋅ VM =
2 9
1 −1 <0 >0
= 6 ⋅ ⋅6 ⋅ 427 = 18 427 cm 2 . 4
2
 matemática 5

Então a soma de todos os valores de x para os alternativa B

quais (f o g) (x) = 0 é igual a O conjunto dos números complexos z = x + iy ,
a) 0 b) 2 c) 4 d) 6 e) 8 7
x ∈ R e y ∈ R , que têm módulo e estão na
2
alternativa D elipse x 2 + 4y 2 = 4 é a intersecção da circunfe-
7
Sendo f(x) = x 2 + αx com valor mínimo igual a rência de centro na origem e raio com a elip-
2
−1 e ponto de mínimo negativo, temos: ⎛x⎞
2
se x 2 + 4y 2 = 4 ⇔ ⎜ ⎟ + y 2 = 1 de centro na
−( α 2 − 4 ⋅ 1 ⋅ 0) ⎝2 ⎠
= −1 ( α = −2 ou α = 2)
4 ⋅1 ⇔ ⇔
origem e eixo menor de medida 1 sobre o eixo y.
α α >0
− <0
2 ⋅1
⇔α =2
Sendo g(x) = −x 2 − βx com valor máximo igual a
9
e ponto de máximo positivo, temos:
4
−(( −β) 2 − 4 ⋅ ( −1) ⋅ 0) 9
=
4 ⋅ ( −1) 4
⇔
−( −β)
>0
2 ⋅ ( −1)

( β = −3 ou β = 3) Como os centros estão na origem e o eixo menor

⇔ ⇔ β = −3 da elipse é menor que o raio da circunferência,
β <0
por simetria, há 4 intersecções z1 , z1 , z 2 , z 2 .
Então f(x) = x 2 + 2x = x(x + 2) e g(x) = −x 2 + 3x . Logo o produto de tais números é
z1 ⋅ z1 ⋅ z 2 ⋅ z 2 =
Logo (f o g)(x) = 0 ⇔ f(g(x)) = 0 ⇔ 2 2
⎛ 7 ⎞ ⎛ 7 ⎞ 49
⇔ g(x) ⋅ [g(x) + 2] = 0 ⇔ g(x) = 0 ou g(x) + 2 = 0 ⇔ = |z1 |2 ⋅ |z 2 |2 = ⎜ ⎟ ⋅⎜ ⎟ = .
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠ 16
− x 2 + 3x = 0
⇔ ou ⇔
2
−x + 3x + 2 = 0
Questão 15
x = 0 ou x = 3
⇔ ou Para algum número real r, o polinômio
8 x 3 − 4 x2 − 42 x + 45 é divisível por ( x − r )2 .
3 17 3 17
x = + ou x = − Qual dos números abaixo está mais próximo
2 2 2 2
de r ?
A soma de todos os valores de x para os quais a) 1,62 b) 1,52 c) 1,42
(f o g)(x) = 0 é 6.
d) 1,32 e) 1,22

alternativa B
Questão 14 Pelas condições dadas, r é uma raiz dupla de P(x) =
= 8x 3 − 4x 2 − 42x + 45 , ou seja, r é uma raiz da
Considere todos os números z = x + i y que têm
derivada de P(x), P’(x) = 24x 2 − 8x − 42 .
módulo 7 2 e estão na elipse x2 + 4y2 = 4.
Como P’(x) = 0 ⇔ 24x 2 − 8x − 42 = 0 ⇔
Então o produto deles é igual a 3 7
⇔ r = ou r = − , basta verificarmos qual
25 49 81 25 2 6
a) b) c) d) e) 4
9 16 25 7 desses valores é raiz de P(x).
 matemática 6

Assim, a partir de
3
Questão 17
8 −4 −42 45
2
, A soma das raízes da equação z3 + z2 −|z|2 +
8 8 −30 0
+ 2z = 0, z ∈ C, é igual a
3 a) −2 b) −1 c) 0 d) 1 e) 2
podemos concluir que r = = 1,5 , que está mais
2
próximo de 1,52. alternativa A
Lembrando que, para z ∈ C, | z |2 = z ⋅ z , e sendo
z = a + bi, a, b reais, z 3 + z 2 − | z |2 + 2z = 0 ⇔
Questão 16 ⇔ z 3 + z 2 − z ⋅ z + 2z = 0 ⇔ z(z 2 + z − z + 2) = 0 ⇔
⇔ z = 0 ou z 2 + z − z + 2 = 0 ⇔
Assinale a opção que representa o lugar geo- ⇔ z = 0 ou (a + bi) 2 + a + bi − (a − bi) + 2 = 0 ⇔
métrico dos pontos (x, y) do plano que satisfa-
zem a equação ⇔ z = 0 ou a2 − b 2 + 2 + (2ab + 2b)i = 0 ⇔
⎡ x2 + y2 x y 1⎤ a2 − b 2 + 2 = 0
⎢ ⎥ ⇔ z = 0 ou ⇔ z = 0 ou
40 2 6 1⎥ 2b(a + 1) = 0
det ⎢ = 288.
⎢ 4 2 0 1⎥ a2 − b 2 + 2 = 0
⎢ ⎥ ⇔ z = 0 ou
⎢⎣ 34 5 3 1 ⎥⎦ (b = 0 ou a = −1)
a) Uma elipse. (a = −1 e b = 3 ) ou (a = −1 e b = − 3 ) ⇔
b) Uma parábola. ⇔ z = 0 ou z = −1 + 3 i ou z = −1 − 3 i
c) Uma circunferência. Logo a soma das raízes da equação dada é
d) Uma hipérbole. 0 + ( −1 + 3 i) + ( −1 − 3 i) = −2 .
e) Uma reta.

alternativa C
Aplicando Chió, Questão 18
x2 + y 2 x y 1
Dada a equação x 3 + ( m + 1) x2 + ( m + 9) x +
40 2 6 1
= 288 ⇔ + 9 = 0 , em que m é uma constante real, consi-
4 2 0 1 dere as seguintes afirmações:
34 5 3 1 I. Se m ∈ ]− 6, 6[ , então existe apenas uma
raiz real.
x 2 + y 2 − 34 x − 5 y − 3
4 +4 II. Se m = −6 ou m = +6, então existe raiz
⇔ ( −1) ⋅ 40 − 34 2 −5 6 −3 = com multiplicidade 2.
4 − 34 2 −5 0 −3 III. ∀m ∈ R , todas as raízes são reais.
Então, podemos afirmar que é (são) verdadei-
x 2 + y 2 − 34 x − 5 y −3 ra(s) apenas
= 288 ⇔ 6 −3 3 = 288 ⇔ a) I b) II c) III d) II e III e) I e II
−30 −3 −3

x 2 + y 2 − 34 x − 5 y −3 alternativa E
⇔ ( −3)( −3) −2 1 −1 = 288 ⇔ x 3
+ (m + 1)x 2
+ (m + 9)x + 9 = 0 ⇔
10 1 1 2
⇔ x(x + mx + 9) + (x 2 + mx + 9) = 0 ⇔
2 2
⇔x +y − 34 −10(x − 5) − 2(y − 3) −10(y − 3) + ⇔ (x + 1)(x 2 + mx + 9) = 0 ⇔
2 2
+x +y − 34 + 2(x − 5) = 32 ⇔
x = −1
⇔ x 2 + y 2 − 4x − 6y − 12 = 0 ⇔
⇔ ou
⇔ (x − 2) 2 + (y − 3) 2 = 5 2 , que representa uma
circunferência de centro (2; 3) e raio 5. x 2 + mx + 9 = 0
 matemática 7

Assim:
I. Verdadeira. Para m ∈ ] −6; 6 [ a equação Questão 20
x 2 + mx + 9 = 0 tem ∆ = m 2 − 36 < 0 e, neste
caso, a equação inicial possui apenas uma raiz A área total da superfície de um cone circular
real igual a −1. reto, cujo raio da base mede R cm, é igual à
II. Verdadeira. Para m = −6 a equação terça parte da área de um círculo de diâmetro
x 2 − 6x + 9 = 0 possui uma raiz dupla igual a 3 e igual ao perímetro da seção meridiana do
para m = 6 a equação x 2 + 6x + 9 = 0 possui cone. O volume deste cone, em cm3 , é igual a
uma raiz dupla igual a −3. π
III. Falsa. Já vimos no item I que, para a) πR3 b) π 2 R3 c) R3
2
m ∈ ] −6; 6 [ , a equação tem apenas uma raiz real π
simples. d) π 3 R3 e) R3
3

alternativa E
Questão 19
Sendo g a geratriz do cone:
Duas circunferências concêntricas C1 e C2 1 ⎛ 2R + 2g ⎞
2

têm raios de 6 cm e 6 2 cm, respectivamente. πR 2 + πRg = ⋅π⋅⎜ ⎟ ⇔

3 ⎝ 2 ⎠
Seja AB uma corda de C2 , tangente à C1 . A ⇔ 3R(R + g) = (R + g) 2 ⇔ 2R =g
área da menor região delimitada pela corda
AB e pelo arco AB mede, em cm2 ,
a) 9(π − 3) b) 18(π + 3) c) 18(π − 2)
d) 18(π + 2) e) 16(π + 3)

alternativa C

A altura do cone é h = g 2 − R 2 = 3R 2 =
= 3 R cm.
Logo o volume do cone, em cm 3 , é:
1 πR 3
⋅ π ⋅ R2 ⋅ 3 ⋅ R =
3 3

Questão 21
Seja A um conjunto não vazio.
a. Se n( A ) = m, calcule n( P( A )) em termos de
m.
b. Denotando P1 ( A ) = P( A ) e P k + 1 ( A ) =
Como a corda AB é tangente à circunferência C1 ,
$ ) = 90o . No triângulo retângulo OTA, = P( P k ( A )), para todo número natural k ≥ 1,
então m (ATO
determine o menor k, tal que n( P k ( A )) ≥ 65000,
temos cos (AOT$ ) = 6 = 2 ⇔ m (AOT $ ) = 45 o . sabendo que n( A ) = 2.
6 2 2
Analogamente, m (BOT $ ) = 45o .
Resposta
Assim, o menor setor circular AOB tem ângulo cen-
tral de medida m (AOB $ ) = m (AOT $ ) + m (BOT$ ) = a) Sejam a1 , a2 , a3 , ... , am os elementos de A,
o A’ um subconjunto qualquer de A e a m-upla orde-
= 90 . A área pedida é a diferença entre a área do
setor AOB e a área do triângulo AOB, ou seja: nada (f(a1 ),f(a2 ) K ,f(am )) tal que:
π ⋅ (6 2 ) 2 (6 2 )(6 2 ) f(ai ) = 0 se ai ∉ A’
− = 18( π − 2) cm 2 ,i = 1, 2, ..., m.
4 2 f(ai ) = 1 se ai ∈ A’
 matemática 8

Assim, como para cada subconjunto de A corres- Resposta

ponde uma única m-upla e para cada m-upla cor-
responde um único subconjunto de A, o número
de subconjuntos de A é igual ao número de 1 − x2 ≥ a − x ⇔
m-uplas. Portanto:
⋅ 2 K 2 = 2 m.
n(P(A)) = 214 (a − x ≥ 0 e 1 − x 2 ≥ (a − x) 2 )
24 3
⇔ ou ⇔
m vezes
b) Temos: (a − x < 0 e 1 − x 2 ≥ 0)
n(P 1 (A)) = n(P(A)) = 2 n(A) = 2 2 = 4
1 (A)) ( x ≤ a e 2x 2 − 2ax + a2 − 1 ≤ 0)
n(P 2 (A)) = n(P(P 1 (A)) = 2 n(P = 2 4 = 16 ⇔ ou
2
n(P 3 (A)) = n(P(P 2 (A)) = 2 n(P (A)) = 2 16 = (x > a e −1 ≤ x ≤ 1)
= 65 536 > 65 000.
Se a < 1, a inequação admite solução.
Portanto o menor k ∈ N tal que n(P k (A)) ≥ 65 000 Se a ≥ 1, sendo o ponto de mínimo da função
é k = 3. quadrática f(x) = 2x 2 − 2ax + a2 − 1 igual a
−2a a
− = < a, a inequação dada admite solu-
2 ⋅2 2
Questão 22 ção se, e somente se, o valor mínimo de f(x) é
menor ou igual a zero, ou seja, quando
Uma caixa branca contém 5 bolas verdes e 3 ( −2a) 2 − 4 ⋅ 2 ⋅ (a2 − 1)
azuis, e uma caixa preta contém 3 bolas ver- − ≤0 ea≥1⇔
4 ⋅2
des e 2 azuis. Pretende-se retirar uma bola 2
⇔ a − 2 ≤ 0 e a ≥ 1 ⇔1 ≤ a ≤ 2 .
de uma das caixas. Para tanto, 2 dados são
Logo a inequação admite solução se, e somente
atirados. Se a soma resultante dos dois dados
se, a ≤ 2 .
for menor que 4, retira-se uma bola da caixa
branca. Nos demais casos, retira-se uma bola
da caixa preta. Qual é a probabilidade de se
retirar uma bola verde?
Questão 24
Resposta
60
Sendo S o conjunto dos resultados possíveis no 1+i
lançamento de 2 dados, n(S) = 6 ⋅ 6 = 36 e ape- Sendo z = , calcule ∑ zn = | z + z2 +
2 n =1
nas os 3 pares (1; 1), (1; 2) e (2; 1) pertencem a S
e têm soma menor que 4. Logo a probabilidade de + z3 + K + z60|.
3 1
a bola retirada ser da caixa branca é = ,ea
36 12
1 11 Resposta
probabilidade de ser da preta é1 − = .
12 12
Para a caixa branca, a probabilidade de escolher ⎛ π π⎞
5 5 2 ⎜cos + i sen ⎟
uma bola verde é = . Para a caixa preta, 1+i ⎝ 4 4⎠
5 +3 8 Temos z = = =
3 3 2 2
tal probabilidade é = .
3 +2 5 ⎛ π π⎞
= 1 ⋅ ⎜cos + i sen ⎟ ⇒ | z | = 1. Portanto:
Conseqüentemente, a probabilidade de se retirar ⎝ 4 4⎠
1 5 11 3 289
uma bola verde é ⋅ + ⋅ = .
12 8 12 5 480 60
z(z 60 − 1) | z | ⋅ | z 60 − 1|
∑zn =
z −1
=
| z − 1|
=
n =1
Questão 23
⎛ π⎞ ⎛ π⎞
Determine os valores reais do parâmetro a cos ⎜60 ⋅ ⎟ + i sen ⎜60 ⋅ ⎟ − 1
⎝ 4⎠ ⎝ 4⎠
para os quais existe um número real x satis- =1⋅ =
1 +i
−1
fazendo 1 − x2 ≥ a − x. 2
 matemática 9

|−1 + i ⋅0 −1| 2 Como r é raiz de P(x), utilizando o algoritmo de

= = =
⎛ 2 ⎞ 2 ⎛ 2 ⎞
2
⎛ 2 ⎞
2 Briot-Ruffini:
⎜ −1⎟ + i ⎜ − 1⎟ + ⎜ ⎟
⎝ 2 ⎠ 2
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠ −3 + 15
1 3 −2 d
3
2 2 + 2 6 + 15 −7 + 15 36 − 10 15
= ⋅ = 4 +2 2 1 +d
2 − 2 2 + 2 3 3 9

36 − 10 15 10 15 − 36
Portanto + d = 0 ⇔d =
9 9
Questão 25
Questão 27
Para b > 1 e x > 0, resolva a equação em x:
(2 x )log b 2 − (3 x )log b 3 = 0. Prove que, se os ângulos internos α , β e γ de
um triângulo satisfazem a equação
Resposta sen(3α ) + sen(3β) + sen(3γ ) = 0,
Para b > 1 e x > 0, temos: então, pelo menos, um dos três ângulos α , β
(2x) logb 2 − (3x) logb 3 = 0 ⇔ (3x) logb 3 = (2x) logb 2 ⇔ ou γ é igual a 60o.
⇔ log b (3x) logb 3 = log b (2x) logb 2 ⇔
⇔ log b 3 ⋅ (log b 3 + log b x ) = Resposta
= log b 2 ⋅ (log b 2 + log b x ) ⇔ Sendo α, β e γ medidas dos ângulos internos de
⇔ (log b 3 − log b 2) ⋅ log b x = um triângulo, α + β + γ = 180o , α > 0o , β > 0o e
= (log b 2 ) 2 − (log b 3) 2 ⇔ γ > 0o .
(log b 2 − log b 3)(log b 2 + log b 3) Assim,
⇔ log b x = ⇔ sen(3 α) + sen(3 β) + sen(3 γ ) = sen(3 α) + sen(3 β) +
(log b 3 − log b 2)
1 + sen(3(180o − α − β)) = sen(3 α) + sen(3 β) +
⇔ log b x = −log b 6 = log b 6 −1 ⇔ x = 6 −1 = .
6 + sen(540o − 3 α − 3 β) = sen(3 α) + sen(3 β) +
⎛ 3α +3β ⎞ ⎛ 3α −3β ⎞
+ sen(3 α + 3 β) = 2 sen ⎜ ⎟ cos ⎜ ⎟ +
Questão 26 ⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
⎛ 3α + 3β ⎞ ⎛ 3α + 3β ⎞
+ 2 sen ⎜ ⎟ cos ⎜ ⎟ =
Considere a equação x 3 + 3 x2 − 2 x + d = 0, ⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
em que d é uma constante real. Para qual va- ⎛ 3( α + β) ⎞ ⎛ ⎛ 3α − 3β ⎞
= 2 sen ⎜ ⎟ ⎜cos ⎜ ⎟ +
lor de d a equação admite uma raiz dupla no ⎝ 2 ⎠⎝ ⎝ 2 ⎠
intervalo ]0, 1[ ? ⎛ 3α + 3β ⎞ ⎞ ⎛ 3(180 − γ ) ⎞
o
+ cos ⎜ ⎟ ⎟ = 2 sen ⎜ ⎟ ⋅
⎝ 2 ⎠ ⎠ ⎝ 2 ⎠
Resposta 3α 3β ⎛ 3γ ⎞ 3α
⋅ 2 cos cos = 4 sen ⎜ 270o − ⎟ cos ⋅
2 2 ⎝ 2 ⎠ 2
Sejam P(x) = x + 3x 2 − 2x + d e r uma raiz du-
3

pla de P(x) pertencente ao intervalo ]0; 1[. Então r 3β 3γ 3α 3β

⋅ cos = −4 cos cos cos
é uma raiz da derivada de P(x) e 0 < r < 1, ou 2 2 2 2
seja: 3α
3r 2 + 6r − 2 = 0 o o
0o < < 270o
⇔ 0 < α < 180 2
0 < r <1 3β
e 0o < β < 180o ⇔ 0o < < 270o ,
⎛ 2
−6 + 60 −6 − 60 ⎞ o
0 < γ < 180 o
⎜r = ou r = ⎟ 3γ
⇔ ⎝ 6 6 ⎠ ⇔ 0o < < 270o
2
0 < r <1 sen(3 α) + sen(3 β) + sen(3 γ ) = 0 ⇔
−3 + 15 ⎛ 3α ⎞ ⎛ 3β ⎞ ⎛3γ ⎞
⇔r = ⇔ cos ⎜ ⎟ = 0 ou cos ⎜ ⎟ = 0 ou cos ⎜ ⎟ =0
3 ⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
 matemática 10

3α 3β 3γ ferência de 3 cm de raio, cujo centro O se si-

⇔ = 90o ou = 90o ou = 90o ⇔
2 2 2 tua em s, a 5 cm de r. Determine o raio da
⇔ α = 60o ou β = 60o ou γ = 60o . menor circunferência tangente à C1 e à reta
Logo a equação é satisfeita se, e somente se, r, cujo centro também se situa na reta s.
pelo menos um dos ângulos internos do triângulo
mede 60o .
Resposta
Sendo O’ o centro da circunferência procurada, T,
Questão 28 P ∈ r e O ’T ⊥ r , então O ’T = R é o raio dessa cir-
cunferência. Sendo K ∈ OP tal que O’K // r, então
Se A é uma matriz real, considere as defini-
OK = OP − PK = 5 − R .
ções:
I. Uma matriz quadrada A é ortogonal se e só
se A for inversível e A −1 = AT .
II. Uma matriz quadrada A é diagonal se e só
se aij = 0, para todo i, j = 1, . . ., n, com i ≠ j .
Determine as matrizes quadradas de ordem 3
que são, simultaneamente, diagonais e orto-
gonais.

Resposta
Sendo A uma matriz diagonal de ordem 3,
⎡a 0 0 ⎤
A = ⎢0 b 0 ⎥ , a, b, c ∈ R.
⎢ ⎥
⎣0 0 c ⎦
Para que A seja ortogonal, det A ≠ 0 ⇔
⇔a⋅b ⋅ c ≠ 0 e A −1 = AT ⇔
⎡1 ⎤
0 0 Sendo V o ponto de tangência das duas circunfe-
⎢a ⎥ ⎡a 0 0 ⎤
⎢ 1 ⎥ rências, temos OO ’ = OV + O ’V = 3 + R .
⇔ ⎢0 0 ⎥ = ⎢0 b 0 ⎥ ⇔ OK
b ⎢ ⎥ No ∆OO ’K , retângulo em K, temos =
⎢ 1 ⎥ ⎣0 0 c ⎦
⎢0 0 ⎥ OO’
o o
⎣ c⎦ = sen 60 , pois o ângulo agudo entre r e s é 60 .
1 5 −R 3 10 − 3 3
=a Logo = ⇔R = =
a 3 +R 2 2 + 3
(a = 1 ou a = −1)
1 = 29 − 16 3 cm.
⇔ = b ⇔ (b = 1 ou b = −1)
b
(c = 1 ou c = −1)
1
=c
c
Logo as matrizes de ordem 3 que são, simulta- Questão 30
neamente, diagonais e ortogonais são da forma
⎡a 0 0 ⎤
⎢0 b 0 ⎥ tais que a, b, c ∈{ −1, 1}. Sejam os pontos A: (2, 0), B: (4, 0) e
⎢ ⎥ P: (3, 5 + 2 2 ).
⎣0 0 c ⎦
a) Determine a equação da circunferência C,
cujo centro está situado no primeiro quadran-
te, passa pelos pontos A e B e é tangente ao
Questão 29 eixo y.
b) Determine as equações das retas tangen-
Sejam r e s duas retas que se interceptam se- tes à circunferência C que passam pelo ponto
gundo um ângulo de 60o. Seja C1 uma circun- P.
 matemática 11

Resposta b) Seja y − (5 + 2 2 ) = a(x − 3) ⇔

a) ⇔ ax − y + 5 + 2 2 − 3a = 0 a equação do fei-
xe de retas, não verticais, concorrentes em P, e a
o seu coeficiente angular. A reta vertical que con-
tém P corta a circunferência em 2 pontos.
As retas desse feixe que tangenciam a circunfe-
rência distam 3 do centro Q = (3; 2 2 ), isto é:
| a ⋅ 3 − 2 2 + 5 + 2 2 − 3a |
=3 ⇔
a2 + 1
5 4 4
⇔ = 3 ⇔a = ou a = −
a2 + 1 3 3
O centro da circunferência que passa por A, B e
tangencia o eixo y é Q = (3; b) e QA = 3 ⇔ Então as equações das retas tangentes podem
⇔ (3 − 2) 2 + (b − 0) 2 = 3 ⇔ 1 + b 2 = 3 ⇔ ser dadas por:
4
⇔ b2 = 8 ⇔ b = 2 2 y − (5 + 2 2 ) = (x − 3) e
3
Logo uma equação da circunferência é
4
(x − 3) 2 + (y − 2 2 ) 2 = 9. y − (5 + 2 2 ) = − (x − 3)
3
Caso necessário, use os seguintes dados: Analisando os expoentes, temos:
Aceleração da gravidade g = 10 m/s2 .
Velocidade do som no ar c = 300 m/s. z =1
1 atm = 1 × 105 N/m2 . 1 cal = 4,2 J.
Constante universal dos gases R = x − 3z + 1 = 0 ⇒ x − 3 ⋅ 1 + 1 = 0 ⇒ x =2
= 8 J/mol ⋅ K. Calor específico da água
β = 1 cal/g oC. π = 3,14. 5 = 2,24. −y − 1 = −3 ⇒ y =2

Questão 1
Durante a apresentação do projeto de um sis-
tema acústico, um jovem aluno do ITA esque-
ceu-se da expressão da intensidade de uma
onda sonora. Porém, usando da intuição, con-
cluiu ele que a intensidade média ( I ) é uma
função da amplitude do movimento do ar ( A ),
da freqüência ( f ), da densidade do ar ( ρ ) e
da velocidade do som ( c ), chegando à expres-
são I = A x f yρ z c. Considerando as grandezas
fundamentais: massa, comprimento e tempo,
assinale a opção correta que representa os
respectivos valores dos expoentes x, y e z.
a) −1, 2, 2 b) 2, −1, 2 c) 2, 2, −1
d) 2, 2, 1 e) 2, 2, 2
Questão 2
Um atleta mantém-se suspenso em equilí-
brio, forçando as mãos contra duas paredes
verticais, perpendiculares entre si, dispondo
seu corpo simetricamente em relação ao can-
to e mantendo seus braços horizontalmente
alinhados, como mostra a figura. Sendo m a
massa do corpo do atleta e µ o coeficiente de
atrito estático interveniente, assinale a opção
correta que indica o módulo mínimo da força
exercida pelo atleta em cada parede.

alternativa D
Sendo M, L e T, respectivamente as dimensões
de massa, comprimento e tempo, temos:
[potência] [ τ] [F] ⋅ [d]
[I] = = = =
[área] [ ∆t] ⋅ [área] [ ∆t] ⋅ [área]
MLT −2 ⋅ L
= = MT −3
T ⋅ L2
Do enunciado, vem:
[I] = [A] x ⋅ [f] y ⋅ [ ρ] z ⋅ [c]
[A] = L
[f] = T −1
[m] ⇒ 1 1
[ ρ] = = ML−3
[vol. ] mg ⎛ µ2 − 1 ⎞ 2 mg ⎛ µ2 + 1 ⎞ 2
a) ⎜ ⎟ b) ⎜ ⎟
[c] = LT −1 2 ⎝ µ2 + 1 ⎠ 2 ⎝ µ2 − 1 ⎠

mg ⎛ µ2 − 1 ⎞ ⎛ µ2 + 1 ⎞
⇒ MT −3 = Lx ⋅ T − y ⋅ (ML−3 ) z ⋅ LT −1 ⇒ c) ⎜ ⎟ d) mg ⎜ 2 ⎟
2 ⎝ µ2 + 1 ⎠ ⎝ µ − 1⎠
⇒ M 1L0T −3 = LxT − y M z L−3z LT −1 ⇒
⇒ M 1L0T −3 = M z Lx − 3z + 1T − y −1 e) n.d.a.
 física 2

alternativa B são. Suponha que, durante o salto, o centro

Em uma vista de cima, as forças horizontais apli-
cadas pelas paredes nas mãos do atleta são:
de gravidade do atleta teve sua altura varian-
do de 1,0 m no início, chegando ao máximo
de 2,0 m e terminando a 0,20 m no fim do
salto. Desprezando o atrito com o ar, pode-se
afirmar que o componente horizontal da ve-
locidade inicial do salto foi de
a) 8,5 m/s b) 7,5 m/s c) 6,5 m/s
d) 5,2 m/s e) 4,5 m/s

alternativa A
Do enunciado temos a seguinte figura:

Para o equilíbrio devemos ter N = fat .x e as com-

ponentes verticais da fat . (fat .y não mostradas na
figura) devem equilibrar o peso. Assim, temos:
fat.x = N
2 2 m2 g 2
mg ⇒ fat. = N + (I)
fat.y = 4
2
Para que a força exercida pela parede na mão do
atleta seja mínima, devemos ter fat . = µ ⋅ N. De I,
Da equação de Torricelli, para a altura máxima,
vem:
temos:
m2 g 2 m2 g 2 1
µ2 ⋅ N 2 = N 2 + ⇒N2 = ⋅ 2 (II) v y2 = v 0y
2
− 2g∆y máx. ⇒ 0 2 = v 0y
2
− 2 ⋅ 10 ⋅ 1,0 ⇒
4 4 µ −1
Substituindo II em I, vem: ⇒ v 0y = 20 ⇒ v 0y = 2 5 = 4,5 m/s
2 2 2 2 Assim, o tempo (t) que o centro de gravidade leva
2 m g 1 m g
fat. = ⋅ 2
+ ⇒ para atingir o ponto A na mesma altura do salto
4 µ −1 4
inicial é:
m2 g 2 ⎛ 1 ⎞ v 0y
2
⇒ fat. = ⎜⎜ + 1⎟⎟ (III) t =2 ⋅ ⇒t =2 ⋅
4,5
⇒ t = 0,90 s
2
4 ⎝ µ −1 ⎠ g 10
A intensidade (F) da força que a parede exerce so- Sabendo que v yA = v 0y , a componente vertical da
bre cada mão do atleta é igual àquela que cada velocidade do centro de gravidade em B (v yB ) é:
mão do atleta exerce sobre a parede e é dada por
F 2 = fat2 . + N 2 . Substituindo fat2 . e N 2 pelas expres- v y2 = v y2 + 2 g∆y AB ⇒
B A
sões obtidas nas equações III e II, temos: ⇒ v y2 = (2 5 ) 2 + 2 ⋅ 10 ⋅ 0,80 ⇒
B
m2 g 2 ⎛ 1 ⎞ m2 g 2 1
F2 = ⋅ ⎜⎜ 2 + 1⎟⎟ + ⋅ 2 ⇒ 2
⇒ v yB = 36 ⇒ v yB = 6,0 m/s
4 ⎝ µ −1 ⎠ 4 µ −1
Assim o tempo t AB é dado por:
1
⎛ µ2 + 1 ⎞ 2
v yB = v y A + gt AB ⇒ 6,0 = 4,5 + 10t AB ⇒
mg
⇒ F = ⎜⎜ ⎟⎟ ⇒ t AB = 0,15 s
2 ⎝ µ2 − 1 ⎠
Logo, o tempo t’ necessário para o centro de gra-
vidade cobrir os 8,9 m de extensão é:
t’ = t + t AB ⇒ t’ = 0,90 + 0,15 ⇒ t’ = 1,05 s
Questão 3 Dessa forma, a componente horizontal da veloci-
dade inicial (v 0x ) é:
Durante as Olimpíadas de 1968, na cidade
do México, Bob Beamow bateu o recorde de v 0x =
dx
⇒ v 0x =
8,9
⇒ v 0x = 8,5 m/s
salto em distância, cobrindo 8,9 m de exten- t’ 1,05
 física 3

ω = 2 πf
4
Questão 4 v ⇒ = 2 ⋅ 3,14 ⋅ f ⇒
ω= 2
R
A figura representa o percurso de um ciclis-
⇒ f = 0,32 s −1
ta, num plano horizontal, composto de dois
trechos retilíneos (AB e EF), cada um com Obs.: se usássemos π = 3, ao contrário do que foi
6,0 m de comprimento, e de um trecho si- dado no início da prova, chegaríamos em ∆t = 12 s.
nuoso intermediário formado por arcos de
circunferências de mesmo diâmetro, igual a
4,0 m, cujos centros se encontram numera- Questão 5
dos de 1 a 7. Considere pontual o sistema ci-
clista-bicicleta e que o percurso é completa- Em 1879, Edwin Hall mostrou que, numa lâ-
do no menor tempo, com velocidade escalar mina metálica, os elétrons de condução po-
constante. dem ser desviados por um campo magnético,
tal que no regime estacionário, há um acú-
mulo de elétrons numa das faces da lâmina,
ocasionando uma diferença de potencial VH
entre os pontos P e Q, mostrados na figura.
Considere, agora, uma lâmina de cobre de es-
pessura L e largura d, que transporta uma
Se o coeficiente de atrito estático com o solo é corrente elétrica de intensidade i, imersa no
µ = 0,80, assinale a opção correta que indica, campo magnético uniforme B que penetra
respectivamente, a velocidade do ciclista, o perpendicularmente a face ABCD, no mesmo
tempo despendido no percurso e a freqüência sentido de C para E. Assinale a alternativa
de zigue-zague no trecho BE. correta.
a) 6,0 m/s 6,0 s 0,17s−1
b) 4,0 m/s 12s 0,32s−1
c) 9,4 m/s 3,0s 0,22s−1
d) 6,0 m/s 3,1 s 0,17s−1
e) 4,0 m/s 12s 6,0s−1

alternativa B
Para que o tempo seja mínimo, a resultante cen-
trípeta, enquanto o ciclista faz a curva, deverá ser
a força de atrito estático máxima. Assim, temos:
mv 2
Rcp = f máx. ⇒ = µ e mg ⇒
at e R
⇒ v = µ e Rg ⇒ v = 0,8 ⋅ 2 ⋅ 10 ⇒

⇒ v = 4 m/s
a) O módulo da velocidade dos elétrons é
A distância total percorrida é dada pela soma da
distância percorrida nos trechos retilíneos
Ve = VH /(BL).
(dr = 6 + 6 = 12 m) com a distância percorrida b) O ponto Q está num potencial mais alto
nos arcos de circunferência (d a = 3 ⋅ 2 πR = que o ponto P.
= 3 ⋅ 2 ⋅ 3,14 ⋅ 2 = 37,68 m). Assim, a velocidade é c) Elétrons se acumulam na face AGHD.
dada por: d) Ao se imprimir à lâmina uma velocidade
v = r
d + da
⇒4 =
49,68
⇒ ∆t = 12,42 s V = VH /(Bd) no sentido indicado pela cor-
∆t ∆t rente, o potencial em P torna-se igual ao po-
A freqüência (f) do ziguezague no trecho BE é tencial em Q.
dada por: e) N.d.a.
 física 4

alternativa D ⎛ T⎞ π ⎛ 2π T ⎞
y ⎜ π, ⎟ = sen ⎜ π − ⋅ ⎟ =
⎝ 4⎠ 2 ⎝ T 4⎠
Os elétrons de condução são desviados pelo
campo magnético devido à sua velocidade em re- π ⎛ π⎞ π π ⎛ T⎞ π
= sen ⎜ π − ⎟ = sen ⇒ y ⎜ π, ⎟ =
lação ao próprio campo, gerando uma ddp dada 2 ⎝ 2⎠ 2 2 ⎝ 4⎠ 2
por VH = BdVe . Se imprimirmos à lâmina a velo-
cidade V = VH / (Bd ), no sentido indicado pela Assim, teremos a seguinte situação:
corrente, os elétrons terão velocidade nula em
relação ao campo e portanto, o potencial em P
igualar-se-á ao potencial em Q, uma vez que não
mais haverá força magnética desviando os elé-
trons.

Questão 6

Duas partículas carregadas com cargas opos-

tas estão posicionadas em uma corda nas po-
Do Teorema de Pitágoras obtemos rf = π 2 .
sições x = 0 e x = π, respectivamente. Uma
onda transversal e progressiva de equação A energia potencial elétrica é dada agora por:
y( x , t) = ( π / 2) sen( x − ω t), presente na cor- k ⋅ Q(−Q) −kQ 2 − 2 kQ 2
Ef = = ⇒ Ef =
da, é capaz de transferir energia para as par- rf π 2 2π
tículas, não sendo, porém, afetada por elas.
Das equações (I) e (II), vem:
Considerando T o período da onda, Ef , a
energia potencial elétrica das partículas no − 2 kQ 2
Ef 2π Ef 2
instante t = T / 4, e Ei essa mesma energia = ⇒ =
no instante t = 0, assinale a opção correta
Ei −kQ 2 Ei 2
indicativa da razão Ef / Ei . π

a) 2 / 2π b) 2 / 2 c) 2
d) 2 π / 2 e) 2 π Questão 7
alternativa B
A figura plana a seguir mostra os elementos
π
Para t = 0, temos y(0, 0) = 0 e y(π, 0) =
sen π = 0. de um circuito elétrico. Nesse mesmo plano
2
Assim, podemos montar o seguinte esquema: encontram-se duas espiras interligadas, A e
B, de comprimentos relativamente curtos em
comparação aos dois fios condutores próxi-
mos (CD e EF). A deflexão do ponteiro do mi-
cro-amperímetro, intercalado na espira B, só
ocorre instantaneamente no momento em
que

A energia potencial elétrica é dada por:

k ⋅ Q ⋅ ( −Q) −kQ 2
Ei = = (I)
ri π
2π T
Sendo ω = , para t = , temos:
T 4
⎛ T⎞ π ⎛ −2 π T ⎞ π ⎛ −π ⎞
y ⎜0, ⎟ = sen ⎜ ⋅ ⎟ = sen ⎜ ⎟ ⇒
⎝ 4⎠ 2 ⎝ T 4⎠ 2 ⎝ 2 ⎠
a) a chave 1 for ligada.
⎛ T⎞ −π b) a chave 1 for ligada ou então desligada.
⇒ y ⎜0, ⎟ =
⎝ 4⎠ 2 c) a chave 2 for ligada.
 física 5

d) a chave 2 for ligada ou então desligada.

e) a chave 2 for desligada.

alternativa D
Da Lei de Lenz, temos que uma variação de fluxo
magnético induz corrente elétrica nas espiras e
isto ocorre no instante em que as chaves são liga-
das e desligadas.
A deflexão no microamperímetro, para essa confi-
guração das espiras, somente será obtida se as
espiras estiverem sujeitas a diferentes variações
de fluxo, o que acontece, somente, ao ligarmos
ou desligarmos a chave 2.

Questão 8

O circuito elétrico mostrado na figura é

constituído por dois geradores ideais, com
45 V de força eletromotriz, cada um; dois ca-
pacitores de capacitâncias iguais a 2 µF;
duas chaves S e T e sete resistores, cujas re-
sistências estão indicadas na figura. Conside-
re que as chaves S e T se encontram inicial-
mente fechadas e que o circuito está no regi-
me estacionário.

Assinale a opção correta.

a) A corrente através do resistor d é de 7,5 A.
b) A diferença de potencial em cada capacitor
é de 15 V.
c) Imediatamente após a abertura da chave T, U AB e i são dados por:
a corrente através do resistor g é de 3,75 A. i =
U
=
90
⇒ i = 10 A
d) A corrente através do resistor e, imediata- R2 9
mente após a abertura simultânea das cha- U AB = R1i = 3 ⋅ 10 ⇒ U AB = 30 V
ves S e T, é de 1,0 A. UCB e i1 são dados por:
e) A energia armazenada nos capacitores é de U AB = r ⋅ i1 ⇒ 30 = 4i1 ⇒ i1 = 7,5 A
6,4 x 10−4 J. UCB = RCB ⋅ i1 = 2 ⋅ 7,5 ⇒ UCB = 15 V
Assim, como no regime estacionário é nula a
corrente elétrica nos capacitores, a ddp nestes
alternativa C
é U’ = UCB = 15 V.
No regime estacionário o circuito pode ser rede- Imediatamente após a abertura da chave T o cir-
senhado como segue: cuito pode ser redesenhado como segue:
 física 6

Questão 10

Um recipiente cilíndrico vertical é fechado

por meio de um pistão, com 8,00 kg de mas-
sa e 60,0 cm2 de área, que se move sem atri-
to. Um gás ideal, contido no cilindro, é
aquecido de 30 o C a 100 o C, fazendo o pistão
subir 20,0 cm. Nesta posição, o pistão é fixa-
do, enquanto o gás é resfriado até sua tempe-
ratura inicial. Considere que o pistão e o ci-
lindro encontram-se expostos à pressão at-
Assim, a corrente i g no resistor g vale:
mosférica. Sendo Q1 o calor adicionado ao gás
ig =
U’
=
15
⇒ i g = 3,75 A
durante o processo de aquecimento e Q2 , o
R eq. 4 calor retirado durante o resfriamento, assina-
le a opção correta que indica a diferença
Q1 − Q2 .
a) 136 J b) 120 J c) 100 J
Questão 9 d) 16 J e) 0 J

Um painel coletor de energia solar para alternativa A

aquecimento residencial de água, com 50% de Pela 1ª Lei da Termodinâmica, temos no proces-
efïciência, tem superfície coletora com área so de aquecimento:
útil de 10 m2 . A água circula em tubos fixa- Q1 = τ + ∆U1
dos sob a superfície coletora. Suponha que a Durante o resfriamento, com o pistão travado, te-
mos:
intensidade da energia solar incidente é de
Q2 = ∆U 2
1,0 × 10 3 W/m2 e que a vazão de suprimento
Como a temperatura antes do aquecimento é
de água aquecida é de 6,0 litros por minuto.
igual à temperatura depois do resfriamento, temos
Assinale a opção que indica a variação da |∆U1 | = |∆U 2 |. Assim a diferença entre os módulos
temperatura da água. dos calores adicionado e retirado será:
a) 12 oC b) 10 oC c) 1,2 oC |Q1 | − |Q2 | = τ + ∆U1 − ∆U 2 = τ = p ⋅ ∆V ⇒
o o
d) 1,0 C e) 0,10 C ⎛ 8 ⋅ 10 ⎞
⇒ |Q1 | − |Q2 | = ⎜ + 105 ⎟ ⋅
⎝ 60 ⋅ 10 −4 ⎠

alternativa A ⋅ (60 ⋅ 10 −4 ⋅ 20 ⋅ 10 −2 ) ⇒ |Q1 | − |Q2 | = 136 J

Sendo a potência radiante útil dada ηIA transfor-
mada em calor, como Q = ρVβ∆θ, da definição de
potência, temos:
Questão 11
φ
ρ V β∆θ ηIA
η⋅I ⋅A = ⇒ ∆θ = A linha das neves eternas encontra-se a uma
∆t ρφβ
altura h 0 acima do nível do mar, onde a
Como φ = 6 l/min = 1,0 ⋅ 10 −4 m 3 /s e temperatura do ar é 0o C. Considere que, ao
elevar-se acima do nível do mar, o ar sofre
β = 1 cal/(g ⋅ oC) = 4,2 ⋅ 10 3 J/(kg ⋅oC), temos: uma expansão adiabática que obedece à re-
0,50 ⋅ 1,0 ⋅ 10 3 ⋅ 10
lação ∆p/p = (7/2)(∆T/T), em que p é a pressão
∆θ = ⇒ e T, a temperatura. Considerando o ar um
1,0 ⋅ 10 3 ⋅ 1,0 ⋅ 10 −4 ⋅ 4,2 ⋅ 10 3
gás ideal de massa molecular igual a 30 u
(unidade de massa atômica) e a temperatura
⇒ ∆θ = 12 o C
ao nível do mar igual a 30o C, assinale a opção
 física 7

que indica aproximadamente a altura h 0 da ⎛R ⎞

3

linha das neves. ⇒ ⎜⎜ α ⎟⎟ = 16

⎝ Rγ ⎠
a) 2,5 km b) 3,0 km c) 3,5 km
d) 4,0 km e) 4,5 km Assim, temos:
2 3
⎛ Tα ⎞ ⎛R ⎞ Tα
alternativa B ⎜⎜ ⎟⎟ = ⎜⎜ α ⎟⎟ ⇒ =4
⎝ Tγ ⎠ ⎝ Rγ ⎠ Tγ
Utilizando a Equação de Estado, temos:
m m pM
pV = nRT ⇒ pV = RT ⇒ = ⇒
M V RT
pM
⇒d =
RT
(I) Questão 13
Utilizando a Lei de Stevin, a diferença de pressão
é dada por: Na figura, F1 e F2 são fontes sonoras idênticas
∆p = −dg∆h (II) que emitem, em fase, ondas de freqüência f e
Substituindo (II) em (I), vem: comprimento de onda λ. A distância d entre
pM ∆p Mg∆h
∆p = − g∆h ⇒ =− (III) as fontes é igual a 3 λ. Pode-se então afirmar
RT p RT
que a menor distância não nula, tomada a
∆p 7 ∆T 7 ∆T Mg∆h
Sendo =− , temos = e partir de F2 , ao longo do eixo x, para a qual
p 2 T 2 T RT
7R∆T 7 ⋅ 8 ⋅ ( −30) ocorre interferência construtiva, é igual a
portanto ∆h = − =− ⇒ a) 4 λ/5.
2Mg 2 ⋅ 30 ⋅ 10 −3 ⋅ 10
b) 5 λ/4.
⇒ ∆h = 2,8 ⋅ 10 3 m = 2,8 km.
c) 3 λ/2.
Logo h0 ≅ 3,0 km . d) 2 λ.
e) 4 λ.

Questão 12

Uma estrela mantém presos, por meio de sua

alternativa B
atração gravitacional, os planetas Alfa, Beta Sendo d = 3 λ, podemos montar o seguinte es-
e Gama. Todos descrevem órbitas elípticas, quema:
em cujo foco comum se encontra a estrela,
conforme a primeira lei de Kepler. Sabe-se
que o semi-eixo maior da órbita de Beta é o
dobro daquele da órbita de Gama. Sabe-se tam-
bém que o período de Alfa é 2 vezes maior
que o período de Beta. Nestas condições,
pode-se afirmar que a razão entre o período
de Alfa e o de Gama é
a) 2 . b) 2. c) 4. d) 4 2 . e) 6 2 .
Da figura temos ∆S = 9 λ2 + x 2 − x (I)
alternativa C Para interferência construtiva devemos ter
Como o raio médio (R) é proporcional ao ∆S = n ⋅ λ, n = 1, 2, 3 K
Assim, substituindo em (I), vem:
T
semi-eixo maior e sendo α = 2 , da Terceira (9 − n 2 )
Tβ 9 λ2 + x 2 − x = n ⋅ λ ⇒ x = ⋅λ
2n
Lei de Kepler, temos: O menor valor de x não nulo é obtido para n = 2,
2 3
⎛ Tα ⎞ ⎛R ⎞ 3 ou seja:
⎜⎜ ⎟⎟ = ⎜⎜ α ⎟⎟ ⎛ R ⎞
⎝ Tβ ⎠ ⎝ Rβ ⎠ ⇒ ( 2 ) 2 = ⎜⎜ α ⎟⎟ ⇒ (9 − 2 2 ) 5
⎝ 2R γ ⎠ x = ⋅λ ⇒ x = ⋅λ
Rβ = 2 R γ 2 ⋅2 4
 física 8

Questão 14 Questão 15

Num experimento de duas fendas de Young, Um tubo sonoro de comprimento l, fechado

com luz monocromática de comprimento de numa das extremidades, entra em ressonân-
onda λ, coloca-se uma lâmina delgada de vi- cia, no seu modo fundamental, com o som
dro (nv = 1,6) sobre uma das fendas. Isto pro- emitido por um fio, fixado nos extremos, que
também vibra no modo fundamental. Sendo
duz um deslocamento das franjas na figura
L o comprimento do fio, m sua massa e c, a
de interferência. Considere que o efeito da lâ-
velocidade do som no ar, pode-se afirmar que
mina é alterar a fase da onda. Nestas cir- a tensão submetida ao fio é dada por
cunstâncias, pode-se afirmar que a espessura a) (c / 2L)2 ml. b) (c / 2l )2 mL. c) (c /l )2 mL.
d da lâmina, que provoca o deslocamento da
d) (c / l )2 ml. e) n.d.a.
franja central brilhante (ordem zero) para a
posição que era ocupada pela franja brilhante
alternativa B
de primeira ordem, é igual a
O modo fundamental em tubo sonoro fechado é
c
dado por f = e para uma corda é dado por
4l
1 F m
f’ = . Sabendo-se que µ = e ambos es-
2L µ L
tão em ressonância, temos que f = f ’. Assim,
vem:
2
c 1 FL ⎛ c ⎞
= ⇒ F =⎜ ⎟ ⋅ mL
4l 2L m ⎝ 2l⎠

Questão 16

O átomo de hidrogênio no modelo de Bohr é

a) 0,38λ. b) 0,60λ. c) λ. constituído de um elétron de carga e que se
d) 1,2λ. e) 1,7λ. move em órbitas circulares de raio r, em tor-
no do próton, sob a influência da força de
atração coulombiana. O trabalho efetuado
alternativa E por esta força sobre o elétron ao percorrer a
Para que haja deslocamento da franja central bri- órbita do estado fundamental é
lhante para a posição de primeira ordem, deve- a) −e2 /(2ε 0 r). b) e2 /(2ε 0 r).
mos ter que a diferença de fases no vidro e no ar c) −e2 /(4 πε 0 r). d) e2 /r.
seja:
e) n.d.a.
d d
− = 1 (I)
λv λ alternativa E
nv λ Como a força elétrica atua como resultante centrí-
Da relação = ar temos: peta, ela não realiza trabalho.
n ar λv
1,6 λ λ
= ⇒ λv = (II)
1 λv 1,6
Questão 17
Substituindo (II) em (I) vem:
d d Num experimento que usa o efeito fotoelétri-
− =1 ⇒ d = 1,7 λ
λ λ co, ilumina-se sucessivamente a superfície
1,6 de um metal com luz de dois comprimentos
 física 9

de onda diferentes, λ 1 e λ 2 , respectivamen- Então, pode-se afirmar que

te. Sabe-se que as velocidades máximas dos a) apenas a II é correta.
fotoelétrons emitidos são, respectivamente, b) apenas a III é correta.
v1 e v2 , em que v1 = 2v2 . Designando C a ve- c) apenas II e III são corretas.
locidade da luz no vácuo, e h constante de d) todas são corretas.
Planck, pode-se, então, afirmar que a função e) todas são incorretas.
trabalho φ do metal é dada por
a) (2λ 1 − λ 2 )hC / ( λ 1 λ 2 ). alternativa C
b) ( λ 2 − 2λ 1 )hC / ( λ 1 λ 2 ). Como essa lente sempre esteve mergulhada num
c) ( λ 2 − 4 λ 1 )hC / (3λ 1 λ 2 ). meio menos refringente, seu comportamento ópti-
d) (4 λ 1 − λ 2 )hC / (3λ 1 λ 2 ). co foi sempre convergente.
e) (2λ 1 − λ 2 )hC / (3λ 1 λ 2 ). De acordo com a Lei de Snell, maior diferença en-
tre os índices de refração do material da lente e
do meio que a envolve implica em maior desvio
alternativa D dos raios de luz ao atravessarem as suas faces,
No efeito fotoelétrico, a máxima energia cinética diminuindo sua distância focal. Portanto, temos:
adquirida por um fotoelétron é: I. Incorreta. Se n = nv , os raios de luz não sofrem
Ecmáx. = hf − φ0 desvio.
II. Correta. Se 1 < n < nv , a diferença entre os ín-
Para a luz com comprimento de onda λ1 , temos:
dices de refração diminui e a sua distância focal
mv12 m(2v 2 ) 2 hC aumenta (a lente torna-se menos convergente).
= hf1 − φ0 ⇒ = − φ0 ⇒
2 2 λ1 III. Correta. Uma maior diferença entre os índices
hC de refração diminui a sua distância focal (a lente
− φ0 torna-se mais convergente).
mv 22 λ
⇒ = 1 (I)
2 4
Para a luz com comprimento de onda λ 2 , temos:
Questão 19
mv 22 mv 22 hC
= hf2 − φ0 ⇒ = − φ0 (II)
2 2 λ2
Ao olhar-se num espelho plano, retangular,
Igualando-se as equações (I) e (II), temos:
fixado no plano de uma parede vertical, um
hC
− φ0 homem observa a imagem de sua face tan-
λ1 hC (4 λ1 − λ 2 )hC
= − φ0 ⇒ φ0 = genciando as quatro bordas do espelho, isto
4 λ2 3 λ1 λ 2
é, a imagem de sua face encontra-se ajusta-
da ao tamanho do espelho. A seguir, o homem
afasta-se, perpendicularmente à parede, numa
Questão 18 certa velocidade em relação ao espelho, conti-
nuando a observar sua imagem. Nestas con-
Uma lente convergente tem distância focal dições, pode-se afirmar que essa imagem
de 20 cm quando está mergulhada em ar. A a) torna-se menor que o tamanho do espelho
lente é feita de vidro, cujo índice de refração tal como visto pelo homem.
é nv = 1,6. Se a lente é mergulhada em um b) torna-se maior que o tamanho do espelho
meio, menos refringente do que o material tal como visto pelo homem.
da lente, cujo índice de refração é n, conside- c) continua ajustada ao tamanho do espelho
re as seguintes afirmações: tal como visto pelo homem.
I. A distância focal não varia se o índice de d) desloca-se com o dobro da velocidade do
refração do meio for igual ao do material da homem.
lente. e) desloca-se com metade da velocidade do
II. A distância focal torna-se maior se o índi- homem.
ce de refração n for maior que o do ar.
III. Neste exemplo, uma maior diferença en- alternativa C
tre os índices de refração do material da lente Sendo o espelho plano, pelas propriedades de si-
e do meio implica numa menor distância fo- metria, a imagem continua ajustada ao tamanho
cal. do espelho tal como visto pelo homem.
 física 10

Assim, temos:
Questão 20 T +ρ⋅
m
⋅ (g + a) = m(g + a) ⇒
d
Um bloco homogêneo de massa m e densida- ⇒ T = m(g + a) ⎛⎜1 − ρ ⎞⎟
de d é suspenso por meio de um fio leve e ⎝ d⎠
inextensível preso ao teto de um elevador. O
bloco encontra-se totalmente imerso em
água, de densidade ρ, contida em um balde,
Questão 21
conforme mostra a figura. Durante a subida
do elevador, com uma aceleração constante a,
Uma máquina térmica opera com um mol de
o fio sofrerá uma tensão igual a
um gás monoatômico ideal. O gás realiza o
ciclo ABCA, representado no plano PV, con-
forme mostra a figura. Considerando que a
transformação BC é adiabática, calcule:

a) m ( g + a ) (1 − ρ/ d ).
b) m ( g − a ) (1 − ρ/ d ). a) a eficiência da máquina;
c) m ( g + a ) (1 + ρ/ d ). b) a variação da entropia na transformação
d) m ( g − a ) (1 + d /ρ). BC.
e) m ( g + a ) (1 − d /ρ).
Resposta
a) Sendo o gás ideal, as temperaturas são dadas
alternativa A por:
As forças que atuam sobre o bloco para um ob- p ⋅V 80 ⋅ 1
TA = A A = = 10 K
servador localizado dentro do elevador são: n ⋅R 1 ⋅8
p ⋅ VB 3 200 ⋅ 1
TB = B = = 400 K
n ⋅R 1 ⋅8
p ⋅V 80 ⋅ 8
TC = C C = = 80 K
n ⋅R 1 ⋅8
O rendimento da máquina é dado por:
ηciclo =
τciclo
Qrecebido
O trabalho do ciclo apresentado será:
τciclo = τAB + τBC + τCA ⇒
⇒ τciclo = 0 − ∆UBC + p ⋅ ∆VCA ⇒
Para esse observador, o bloco encontra-se em
3
equilíbrio. Daí vem: ⇒ τciclo = − nR ⋅ (TC − TB ) + p ⋅ ∆VCA ⇒
2
T + E ap . = Pap . ⇒ T + ρVg ap . = m ⋅ g ap .
3
Uma vez que o elevador acelera para cima, ⇒ τciclo = − ⋅ 1 ⋅ 8 ⋅ (80 − 400) + 80 ⋅ ( −7) =
2
g ap . = g + a. = 3 280 J
 física 11

Sendo que o gás recebe calor durante o ciclo, Resposta

apenas na transformação isométrica, onde
QAB = U AB , temos: Do Teorema da Energia Cinética obtemos a velo-
cidade com a qual os elétrons (carga de módulo e
3 3
QAB = nR ⋅ (TB − TA ) = ⋅ 1 ⋅ 8 ⋅ (400 − 10) ⇒ e massa m) saem do ânodo:
2 2
m ⋅v2 m ⋅ v 02
⇒ QAB = 4 680 J Fel. τ = ∆EC ⇒ e ⋅ U = − ⇒
2 2 0
Portanto o rendimento será:
τ
ηciclo = ciclo =
3 280
⇒ ηciclo = 0,7
⇒v =
2eU
(I)
m
QAB 4 680
Ao penetrar na região onde atua o campo de in-
b) Como na transformação adiabática não há tro- dução magnética (B), considerando b << L, pode-
ca de calor com o meio externo, a variação da en- mos supor a força magnética (Fmag.) atuando na
tropia será nula.
direção do eixo y. Assim, temos:
R = Fmag.
e ⋅v ⋅ B
Questão 22 Fmag. = e ⋅ v ⋅ B ⋅ sen 90o ⇒ γ = (II)
m
R =m⋅γ
Tubos de imagem de televisão possuem bobi- Durante o deslocamento horizontal em um inter-
nas magnéticas defletoras que desviam elé- L
valo de tempo , o elétron desloca-se vertical-
trons para obter pontos luminosos na tela e, v
assim, produzir imagens. Nesses dispositivos, mente de uma distância b, de onde vem:
elétrons são inicialmente acelerados por uma γ ⋅ t2 2 ⋅ b ⋅v2
b = ⇒γ = (III)
diferença de potencial U entre o catodo e o 2 L2
anodo. Suponha que os elétrons são gerados Das expressões (II) e (III), obtemos:
em repouso sobre o catodo. Depois de acelera- e ⋅v ⋅ B 2 ⋅ b ⋅v2 2 ⋅ b ⋅ m ⋅v
= ⇒B =
dos, são direcionados, ao longo do eixo x, por m L2
e ⋅ L2
meio de uma fenda sobre o anodo, para uma Substituindo a expressão (I) no resultado anterior,
região de comprimento L onde atua um cam- temos:
po de indução magnética uniforme B, que pe- 2 ⋅b ⋅m 2 ⋅e ⋅U 2b 2mU
netra perpendicularmente o plano do papel, B = ⋅ ⇒ B =
e ⋅ L2 m L2 e
conforme mostra o esquema. Suponha, ainda,
que a tela delimita a região do campo de in-
dução magnética.
Questão 23

Dois tubos sonoros A e B emitem sons simul-

Se um ponto luminoso é detectado a uma dis-
tância b sobre a tela, determine a expressão
da intensidade de B necessária para que os
elétrons atinjam o ponto luminoso P, em fun-
ção dos parâmetros e constantes fundamen-
tais intervenientes. (Considere b << L).
tâneos de mesma amplitude, de freqüências
fA = 150 Hz e fB = 155 Hz, respectivamente.
a) Calcule a freqüência do batimento do som
ouvido por um observador que se encontra
próximo aos tubos e em repouso em relação
aos mesmos.
b) Calcule a velocidade que o tubo B deve
possuir para eliminar a freqüência do bati-
mento calculada no item a), e especifique o
sentido desse movimento em relação ao ob-
servador.
Resposta
a) A freqüência f do batimento é calculada por:
f = |fA − fB | = |150 − 155 | ⇒ f = 5 Hz
 física 12

b) Para se eliminar a freqüência do batimento, o ob- Resposta

servador precisa receber o som emitido pelo tubo B
com uma freqüência aparente f’B = fA = 150 Hz . Da Equação de Halley, vem:
Do Efeito Doppler, temos: Para a luz vermelha:
f’B c − vo 150 300 − 0 1 ⎛n ⎞⎛ 1 1 ⎞
= ⇒ = ⇒ = ⎜ ve − 1⎟ ⎜ − ⎟ ⇒
fB c − vB 155 300 − v B fve ⎝ n ar ⎠ ⎝ R1 R2 ⎠
⇒ v B = −10 m/s 1 ⎛ 1,60 ⎞⎛1 1 ⎞
⇒ =⎜ − 1⎟ ⎜ − ⎟ ⇒
Portanto, o tubo B deve afastar-se do observador fve ⎝ 1 ⎠⎝1 −1 ⎠
com uma velocidade de módulo 10 m/s. 5 500
⇒ fve = + m=+ cm
6 6
Para a luz violeta:
⎛n ⎞⎛ 1 1 ⎞
Questão 24 1
= ⎜ vi − 1⎟ ⎜ − ⎟ ⇒
fvi ⎝ n ar ⎠ ⎝ R1 R2 ⎠
Atualmente, vários laboratórios, utilizando 1 ⎛ 1,64 ⎞⎛1 1 ⎞
⇒ =⎜ − 1⎟ ⎜ − ⎟ ⇒
vários feixes de laser, são capazes de resfriar fvi ⎝ 1 ⎠⎝1 −1 ⎠
gases a temperaturas muito próximas do zero 25 625
absoluto, obtendo moléculas e átomos ul- ⇒ fvi = + m=+ cm
32 8
trafrios. Considere três átomos ultrafrios de Assim, a distância (d) entre os dois focos é dada
massa M, que se aproximam com velocidades por:
desprezíveis. Da colisão tripla resultante, ob- 500 625
d = | fve − fvi | = − ⇒ d = 5,2 cm
servada de um referencial situado no centro 6 8
de massa do sistema, forma-se uma molécula
diatômica com liberação de certa quantidade
de energia B. Obtenha a velocidade final Questão 26
do átomo remanescente em função de B e M.

Resposta Na prospecção de jazidas minerais e locali-

zação de depósitos subterrâneos, é importan-
Da conservação da quantidade de movimento te o conhecimento da condutividade elétrica
para uma situação não relativística, temos:
do solo. Um modo de medir a condutividade
v
Qi = Qf ⇒ 0 = −Mv A + 2Mv M ⇒ v M = A elétrica do solo é ilustrado na figura. Duas
2
esferas metálicas A e B, idênticas, de raio r,
Considerando que a energia B liberada tenha sido
são profundamente enterradas no solo, a uma
transformada em energia cinética, para o sistema,
temos: grande distância entre as mesmas, compara-
tivamente a seus raios. Fios retilíneos, isola-
Mv A2 2
2Mv M
Ec A + EcM = B ⇒ + =B ⇒ dos do solo, ligam as esferas a um circuito
2 2
provido de bateria e um galvanômetro G. Co-
Mv A2 ⎛v ⎞
2
B nhecendo-se a intensidade da corrente elétri-
⇒ + M⎜ A ⎟ = B ⇒ vA = 2 ca e a força eletromotriz da bateria, determi-
2 ⎝ 2 ⎠ 3M
na-se a resistência R oferecida pelo solo entre
as esferas.

Questão 25

As duas faces de uma lente delgada biconve-

xa têm um raio de curvatura igual a 1,00 m.
O índice de refração da lente para luz verme-
lha é 1,60 e, para luz violeta, 1,64. Sabendo
que a lente está imersa no ar, cujo índice de
refração é 1,00, calcule a distância entre os
focos de luz vermelha e de luz violeta, em
centímetros.
 física 13

Sabendo que RC = ε/σ, em que σ é a conduti- tre o neutro e cada uma das fases. No circuito
vidade do solo, C é a capacitância do sistema estão ligados dois fusíveis e três aparelhos
e ε a constante dielétrica do solo, pedem-se: elétricos, com as respectivas potências nomi-
a) Desenhe o circuito elétrico correspondente nais indicadas na figura.
do sistema esquematizado e calcule a capaci-
tância do sistema.
b) Expresse σ em função da resistência R e do
raio r das esferas.

Resposta
a) O circuito elétrico correspondente está repre-
sentado a seguir:
Admitindo que os aparelhos funcionam si-
multaneamente durante duas horas, calcule
a quantidade de energia elétrica consumida
em quilowatt-hora (kWh) e, também, a capa-
cidade mínima dos fusíveis, em ampère.

Resposta
A energia elétrica (E) em kWh, consumida por to-
dos os aparelhos em ∆t = 2 h, é dada por:
E = (Pca + Pch + Pf ) ⋅ ∆t ⇒

⇒ E = (0,88 + 3,30 + 2,20) ⋅ 2 ⇒ E = 12,76 kWh

Do esquema, temos:
kQ k( −Q) 2kQ As correntes em cada um dos aparelhos, quando
UBA = VB − VA = − =
funcionam nas potências nominais, são dadas por:
r r r
A capacitância (C) é dada por: Pca = Uca ⋅ ica ⇒ 880 = 110 ⋅ ica ⇒ ica = 8 A
Q Q r r Pch = Uch ⋅ ich ⇒ 3 300 = 220 ⋅ ich ⇒ ich = 15 A
C = = ⇒C = ⇒C = ⇒
UBA 2kQ 2k 2 Pf = Uf ⋅ if ⇒ 2 200 = 110 ⋅ if ⇒ if = 20 A
r 4 πε
Como os aparelhos que estão ligados à fase
⇒ C = 2 πεr +110 V são a cafeteira e o chuveiro, o fusível des-
se ramo terá que suportar uma corrente
b) Sendo RC =
ε , vem: ifase + = ica + ich ⇒ ifase + = 8 + 15 ⇒
σ
⇒ ifase + = 23 A
R ⋅ 2 πεr =
ε ⇒ σ =
1
σ 2 πRr Como os aparelhos que estão ligados à fase
Obs.: a rigor, constante dielétrica de um meio (k) −110 V são o forno e o chuveiro, o fusível desse
é definida como a razão entre a sua permissivida- ramo terá que suportar uma corrente
de elétrica (ε) e a permissividade elétrica do ifase − = if + ich ⇒ ifase − = 20 + 15 ⇒
vácuo (ε0 ), ou seja, k =
ε .
ε0 ⇒ ifase − = 35 A

Questão 27 Questão 28

A figura representa o esquema simplificado de Um elétron é acelerado a partir do repouso

um circuito elétrico em uma instalação resi- por meio de uma diferença de potencial U,
dencial. Um gerador bifásico produz uma dife- adquirindo uma quantidade de movimento p.
rença de potencial (d.d.p) de 220 V entre as fa- Sabe-se que, quando o elétron está em movi-
ses (+110 V e −110 V) e uma ddp de 110 V en- mento, sua energia relativística é dada por
 física 14

1
Resposta
[
E = ( m0C2 )2 + p2C2 ] 2, em que m0 é a mas-
a) O fluxo de calor (φ) é dado por:
sa de repouso do elétron e C a velocidade da
kA∆T 2,0 ⋅ 100 ⋅ (47 − 27)
luz no vácuo. Obtenha o comprimento de φ = ⇒φ = ⇒
L 5,0 ⋅ 10 −2
onda de De Broglie do elétron em função de
U e das constantes fundamentais pertinen- ⇒ φ = 8,0 ⋅ 104 J/s
tes.
b) A taxa de variação de entropia é dada por:
Resposta ∆S Q Q ∆S ⎛ 1 1 ⎞
= − ⇒ = φ⎜ − ⎟ ⇒
Do Princípio da Conservação da Energia temos: ∆t T2 ∆t T1 ∆t ∆t ⎝ T2 T1 ⎠
1
∆S ⎛ 1 1 ⎞ ∆S
Ei = Ef ⇒ m0C 2 = [(m0C 2 ) 2 + p 2C 2 ] 2 − eU ⇒ ⇒ = 8,0 ⋅ 104 ⎜ − ⎟ ⇒ = 17 W /K
∆t ⎝ 300 320 ⎠ ∆t
1
⇒ eU + m0C 2 = [(m0C 2 ) 2 + p 2C 2 ] 2 ⇒ Sendo a taxa da variação de entropia positiva
conclui-se que a desordem do sistema aumentou.
⇒ [eU + m0C 2 ] 2 = (m0C 2 ) 2 + p 2C 2 ⇒

⇒ e 2U 2 + 2eUm0C 2 + (m0C 2 ) 2 = (m0C 2 ) 2 +

2 Questão 30
⎛ eU ⎞
+ p 2C 2 ⇒ p 2 = ⎜ ⎟ + 2eUm0 ⇒
⎝ C ⎠
Na figura, uma pipeta cilíndrica de 25 cm de
1
⎡ ⎛ eU ⎞ 2 ⎤2 altura, com ambas as extremidades abertas,
⇒ p = ⎢⎜ ⎟ + 2eUm0 ⎥ tem 20 cm mergulhados em um recipiente
⎝ ⎠
⎣ C ⎦ com mercúrio. Com sua extremidade superior
Assim, o comprimento de onda de De Broglie do tapada, em seguida a pipeta é retirada lenta-
elétron é: mente do recipiente.
1
−
h ⎡ ⎛ eU ⎞
2 ⎤ 2
λ = ⇒ λ = h ⎢⎜ ⎟ + 2eUm0 ⎥
p ⎝ ⎠
⎣ C ⎦

Questão 29

Duas salas idênticas estão separadas por

uma divisória de espessura L = 5,0 cm,
área A = 100 m2 e condutividade térmica
k = 2,0 W / mK . O ar contido em cada sala
encontra-se, inicialmente, à temperatura
Considerando uma pressão atmosférica de
T1 = 47o C e T2 = 27o C, respectivamente.
75 cm Hg, calcule a altura da coluna de mer-
Considerando o ar como um gás ideal e o con-
cúrio remanescente no interior da pipeta.
junto das duas salas um sistema isolado, cal-
cule:
a) O fluxo de calor através da divisória relati- Resposta
vo às temperaturas iniciais T1 e T2 .
Quando a pipeta é retirada, a coluna de mercúrio
b) A taxa de variação de entropia ∆S/∆t no
desce até que a pressão exercida pelo mercúrio e
sistema no início da troca de calor, expli- pelo ar dentro da pipeta se igualem à pressão at-
cando o que ocorre com a desordem do siste- mosférica. A pressão exercida pelo ar dentro da
ma. pipeta será dada pela Lei de Boyle-Mariotte, ou
 física 15

seja, p0 ⋅ V0 = p1 ⋅ V1 ⇒ p ar + pHg = p0 ⇒
375
+ h = 75 ⇒
⇒ 75 ⋅ A ⋅ 5 = p ar ⋅ A ⋅ (25 − h), onde h é a altu- (25 − h)
ra do mercúrio remanescente na pipeta, assim: ⇒ h 2 − 100h + 1 500 = 0 ⇒ h = 81,6 cm
375 (valor maior que a pipeta) ou
p ar =
(25 − h)
h = 18,4 cm
Do equilíbrio entre as pressões, temos:
As questões 1 e 2 referem-se ao texto
abaixo:
Job Interview
Reaching the end of a job interview, the
Human Resources Person asked the young
Engineer fresh out of MIT, “And what
starting salary were you looking for?”
The Engineer said, “In the neighborhood of
$75,000 a year, depending on the benefits
package.”
The HR Person said, “Well, what would you
say to a package of 5-weeks vacation, 14 paid
holidays, full medical and dental, company
matching retirement fund to 50% of salary,
and a company car leased every 2 years –
say, a red Corvette?”
The Engineer sat up straight and said,
“Wow!!! Are you kidding?”
And the HR Person said, “Of course,...but you
started it.”
(Texto extraído de uma mensagem
recebida por e-mail)
Questão 1
Qual dos adjetivos abaixo melhor descreve a
atitude inicial do engenheiro recém-formado?
a) Bem-humorada.
b) Corajosa.
c) Pretensiosa.
d) Humilde.
e) Maliciosa.
alternativa C
Tradução completa do texto:
Entrevista de Emprego
Terminando uma entrevista de emprego, o funcio-
nário do Departamento de Recursos Humanos
perguntou ao jovem engenheiro recém-saído do
MIT: "Qual o salário inicial que você deseja?"
O engenheiro disse: "Por volta de 75 mil dólares
por ano, dependendo dos benefícios".
O funcionário do RH disse: "Bem, então o que
você diria de férias de 5 semanas, 14 feriados pa-
gos, assistência médica e odontológica completa,
previdência privada correspondente a 50% do sa-
lário, um carro novo fornecido pela companhia a
cada 2 anos, digamos uma Corvette vermelha?"
O engenheiro se aprumou na cadeira e disse:
"Uau!!! Você está brincando?"
O funcionário do RH disse: "Claro, ... mas foi você
que começou".
Questão 2
Considere as seguintes interpretações em re-
lação à entrevista:
I. Dentre os benefícios oferecidos pela empre-
sa para a vaga, estão: 5 semanas de férias
anuais e um carro novo a cada 2 anos.
II. O engenheiro recém formado será contra-
tado pela empresa por um salário que supera
suas expectativas.
III. A pretensão salarial do candidato está
aquém do que a empresa oferece.
Das afirmações acima, está(ão) condizente(s)
com o texto
a) apenas a I.
b) apenas a III.
c) apenas I e II.
d) apenas I e III.
e) nenhuma.
alternativa E
Veja tradução do texto.
As questões de 3 a 5 referem-se ao texto
abaixo:
First, let me tell you where I’m coming
from. Before I saw “The Lord of the Rings:
The Fellowship of the Ring”, I didn’t know
the difference between an orc and an elf, or
what Middle-earth was in the middle of. This
review is coming to you from a
Tolkien-freezone. I went in to Peter Jackson’s
movie – the first of a trilogy – with no
preconceptions. I came out, three hours later,
sorry I’d have to wait a year to see what
 inglês 2
happens next in Frodo Baggins’s battle
against the Dark Lord, Sauron, and thinking
a trip to the bookstore to pick “The Two
Towers” might be in order. (...)
This is a violent movie – too violent for
little ones – and there are moments more
“Matrix” than medieval. Yet it transcends
cheap thrills; we root for the survival of our
heroes with a depth of feeling that may come
as a surprise. The movie keeps drawing you
in deeper. Unlike so many overcooked action
movies these days, “Fellowship” doesn’t
entertain you into a stupor. It leaves you
with your wits intact, hungry for more.
(fonte omitida para evitar indução na resposta)
Questão 3
O texto acima foi redigido originalmente como
a) uma sinopse do filme “The Lord of the
Rings: The Fellowship of the Ring”, dirigido
por Peter Jackson.
b) uma crítica ao filme “The Lord of the
Rings: The Fellowship of the Ring”.
c) um informativo sobre o lançamento do fil-
me “The Lord of the Rings: The Fellowship of
the Ring”, dirigido por Tolkien.
d) uma palestra sobre a obra literária de
Tolkien e os filmes de Peter Jackson.
e) uma mensagem enviada por e-mail ao
fã-clube de Tolkien.
alternativa B
Tradução completa do texto:
Primeiro, deixe-me mostrar em que pé eu esta-
va. Antes de ver O Senhor dos Anéis: A Socie-
dade do Anel, não sabia a diferença entre um
orc e um elfo, nem no meio de que ficava a Ter-
ra-Média. Esta crítica que você está lendo partiu
de quem não conhece Tolkien. Fui assistir ao fil-
me de Peter Jackson – o primeiro de uma trilo-
gia – sem uma opinião preconcebida. Saí do ci-
nema três horas depois, frustrado por ter de es-
perar um ano para saber o que vai acontecer na
batalha de Frodo Bolseiro contra Sauron, o Se-
nhor das Trevas, e pensando que poderia valer a
pena ir à livraria comprar As Duas Torres. (...)
O filme é violento – até demais para as crianças – e
há momentos mais para Matrix do que medievais.
Entretanto, ultrapassa a diversão barata; torcemos
pela sobrevivência de nossos heróis com surpreen-
dente fervor. Vai nos envolvendo cada vez mais. Di-
ferentemente de tantos filmes de ação atuais exage-
rados, A Sociedade do Anel não diverte alienando.
Deixa sua mente intacta, pedindo mais.
Questão 4
Assinale a opção correta.
a) O autor do texto é leitor assíduo da obra de
Tolkien.
b) O autor do texto tinha grandes expectati-
vas com relação ao filme antes de assisti-lo.
c) O filme fez com que o autor se sentisse ten-
tado a adquirir um livro de Tolkien.
d) O autor recomenda o filme para adultos e
crianças.
e) O filme dirigido por Peter Jackson asseme-
lha-se a Matrix.
alternativa C
Veja tradução do texto.
Questão 5
Os termos “Yet” e “Unlike”, no segundo pará-
grafo, significam, respectivamente,
a) Entretanto - Diferentemente.
b) Portanto - Conforme.
c) Assim - Diferentemente.
d) Entretanto - Conforme.
e) Assim - No entanto.
alternativa A
Veja tradução do texto.
As questões de 6 a 10 referem-se ao texto
abaixo:
And Now, the Birdcast
1 Passing almost unnoticed in the
night, billions of birds will fly over the
mid-Atlantic states this spring on their
annual migration northward. A new
5 Web site will help ornithologists pinpoint
critical habitat for the feathered
travelers by combining weather radar
data with old-fashioned fieldwork.
Radar has been used to track bird
10 migrations since around 1940, says
 inglês 3
Steve Kelling, who heads BirdSource, a
bird database at Cornell University. But
the potential payoff grew about 5 years
ago when the government began
15 installing Doppler radar Stations, which
yield high-resolution three-dimensional
data. Ornithologists are eager to use
Doppler to track bird movement, but
first, they need to calibrate it with data
20 from the ground.
So Cornell, Clemson University, and
other groups have launched BirdCast.
Every few hours from 1 April to 31 May,
radar images of the Philadelphia to
25 Washington, D. C., area – some
filtered to remove weather and
reveal birds – will be posted on the
project’s Web site (www.birdcast.org).
The site will also collect observations
30 from several hundred citizen-scientists
(birdwatchers, that is), which will be
combined with other data, such as chirps
picked up by acoustic monitors. Kelling
says the results should reveal the bird’s
35 favorite rest stops, highlighting priority
areas for protection. Eventually,
BirdCast hopes to go nationwide.
SCIENCE Vol 288 7 April 2000
Questão 6
A idéia principal abordada pela notícia é
a) o lançamento do BirdCast, um radar de-
senvolvido pela Universidade de Cornell, que
capta imagens dos movimentos migratórios
de pássaros na primavera.
b) o lançamento de um novo “site” na internet
que tem por objetivo auxiliar ornitólogos no es-
tudo dos movimentos migratórios de pássaros
na primavera.
c) a facilidade de acesso de ornitólogos e de
“cidadãos-cientistas” a um banco de dados de-
senvolvido pela Universidade de Cornell.
d) a participação de “cidadãos-cientistas” no
estudo desenvolvido pela Universidade de
Cornell sobre o movimento migratório de pás-
saros na primavera.
e) a descoberta de áreas que necessitam de
proteção ambiental para preservar espécies
raras de pássaros.
alternativa B
Tradução completa do texto:
E Agora, Birdcast
Passando quase despercebidos durante a noite,
bilhões de pássaros voarão sobre alguns Estados
americanos nesta primavera em sua migração
anual para o norte. Um novo web site ajudará or-
nitólogos a localizar o habitat vital dos viajantes
de penas, combinando informações meteorológi-
cas fornecidas por radar com trabalho de campo
convencional.
Usa-se o radar para rastrear migrações de
aves desde cerca de 1940, diz Steve Kelling,
que chefia a BirdSource, um banco de dados
sobre pássaros desenvolvido pela Universida-
de de Cornell. Mas o retorno potencial cresceu
há cerca de cinco anos, quando o governo co-
meçou a instalar estações de radar Doppler,
que permitem imagens tridimensionais de alta
resolução. Os ornitólogos estão ansiosos para
empregar o Doppler no rastreamento dos movi-
mentos das aves, mas primeiro precisam cali-
brá-lo com dados do solo.
Em razão disso é que a Cornell, a Universidade de
Clemson, e outros grupos lançaram o BirdCast. A
cada intervalo de poucas horas de 1º de abril a 31
de maio, imagens de radar provenientes da área
que abrange de Filadélfia a Washington D. C., al-
gumas das quais filtradas com o propósito de reti-
rar elementos climáticos e revelar os pássaros,
serão publicados no web site do projeto
(www.birdcast.org). O site também coletará obser-
vações de várias centenas de cientistas-cidadãos
(isto é, observadores de pássaros), que serão
combinadas com outros dados, tais como cantos
gravados por monitores acústicos. Kelling diz que
os resultados devem revelar os lugares favoritos
dos pássaros para o descanso, ressaltando as
áreas prioritárias para proteção. Com o tempo,
BirdCast espera abarcar todo o país.
Questão 7
Considere as seguintes asserções:
I. A intenção dos idealizadores do “BirdCast”
é que ele se torne um projeto de abrangência
nacional.
II. Radares são utilizados em estudos de mo-
vimentos migratórios dos pássaros há mais
de 60 anos.
III. A implantação de estações de radar
Doppler permite a coleta de dados de alta re-
solução em três dimensões.
 inglês 4
Então, das afirmações acima, está(ão) corre-
ta(s):
a) apenas a I.
b) apenas a II.
c) apenas a III.
d) apenas I e III.
e) todas.
alternativa E
Veja tradução do texto.
Questão 8
Os termos “feathered travelers” (linhas 6 e 7),
“it” (linha 19) e “which” (linha 31) referem-se,
respectivamente, a
a) ornithologists, bird movement e citizen-
scientists.
b) birds, Doppler e observations.
c) birds, Doppler e citizen-scientists.
d) ornithologists, Doppler e observations.
e) birds, bird movement e observations.
alternativa B
Veja tradução do texto.
Questão 9
Os termos “weather”, em “weather radar
data” (linhas 7 e 8); “heads”, em “who heads
BirdSource” (linha 11); e “rest”, em “bird’s
favorite rest stops” (linhas 34 e 35) têm, res-
pectivamente, as funções gramaticais de
a) substantivo, substantivo e verbo.
b) adjetivo, substantivo e adjetivo.
c) adjetivo, verbo e adjetivo.
d) adjetivo, verbo e verbo.
e) substantivo, verbo e adjetivo.
alternativa C
Veja tradução do texto.
Questão 10
Cada uma das opções abaixo se refere a um
termo extraído da notícia. Assinale a opção
em que o termo não corresponde, respectiva-
mente, ao significado e/ou à função gramati-
cal explicitados.
a) northward (linha 4): rumo ao norte, advér-
bio.
b) pinpoint (linha 5): detectar, verbo.
c) data (linha 8): dados, substantivo.
d) yield (linha 16): fornecer, verbo.
e) eventually (linha 36): casualmente, advér-
bio.
alternativa E
Eventually mais propriamente equivale a "final-
mente".
As questões de 11 a 14 referem-se ao
texto abaixo:
Commentary
Human Development 1997; 40:96-101
A New Generation: New Intellectual
Opportunities
James Youniss
The Catholic University of America,
Washington, D.C., USA
1 These comments on the publication of
the new handbook are written from the
perspective of a member of the in-between
generation. In-betweeners were born about
5 the time Murchison edited the first and
second handbooks in the 1930s. They
spent childhood watching newreels [sic] of
World War II at movie houses featuring
‘cowboy’ serials on Saturday afternoons.
10 Their professional education straddled two
psychological eras. It began just as the
‘experimental psychology’ paradigm was
ending its domination and it was
completed as new alternatives were
15 coming into view. (...)
Had they been born just a few years
earlier, they would have been part of
that powerful and long-lasting generation
that entered the military during World
20 War II and filled the universities
immediately after the war. This unusual
cohort held leadership in the discipline
of psychology in general and
developmental psychology, in particular,
25 for several decades. (...)
 inglês 5
Questão 11
Assinale a opção que não expressa uma idéia
contida no texto.
a) O autor dos comentários sobre o novo ma-
nual escreve da perspectiva de um membro
da geração de psicólogos que se autodenomi-
nam “intermediários”.
b) Os “intermediários” passaram a infância
assistindo a noticiários sobre a 2ª Guerra
Mundial.
c) Os “intermediários” nasceram no período
entre a edição do 1º e do 2º Manuais editados
por Murchison, nos anos 30.
d) A formação profissional dos “intermediários”
deu-se entre dois períodos da Psicologia.
e) Na época da 2ª Guerra, os cinemas exibiam
filmes de cowboy para as crianças nas tardes
de sábado.
alternativa C
Tradução completa do texto:
Commentary
Desenvolvimento Humano 1997
Uma Nova Geração:
Novas Oportunidades Intelectuais
James Youniss
Universidade Católica da América, Washington,
D.C., USA
Esses comentários sobre a publicação do novo livro
são escritos sob a perspectiva de um membro da
geração intermediária. Os intermediários nasceram
aproximadamente na época em que Murchison edi-
tou o primeiro e segundo manuais na década de
30. Passaram a infância assistindo a cinejornais
da Segunda Guerra Mundial em cinemas que
mostravam seriados de "cowboys" nas tardes de
sábado. A educação profissional deles esten-
deu-se por duas eras psicológicas. Começou exa-
tamente quando o paradigma da "psicologia expe-
rimental" terminava sua dominação e se comple-
tou quando novas alternativas estavam surgindo.
(...) Se eles tivessem nascido alguns anos antes,
teriam feito parte daquela geração poderosa e du-
radoura que entrou para o exército durante a Se-
gunda Guerra Mundial e que lotou as universida-
des, logo após a guerra. Esse grupo incomum
manteve a liderança na disciplina de psicologia
em geral e psicologia desenvolvimentista, em par-
ticular, durante várias décadas. (...)
Questão 12
Assinale a opção que contém uma expressão
equivalente a: “Had they been born”, em “Had
they been born just a few years earlier...” (li-
nhas 16 e 17) e que, portanto, poderia vir a
substituí-la no texto.
a) They had been born...
b) When they had been born...
c) As they had been born...
d) Whether they had been born...
e) If they had been born...
alternativa E
Nas if clauses, quando há omissão do if, ocorre
uma inversão entre verbo e sujeito.
Outro exemplo:
If you had studied...
ou
Had you studied...
Questão 13
Assinale a opção que contém a melhor
tradução de “that powerful and long-lasting
generation” (linha 18).
a) aquela geração poderosa e duradoura
b) aquela geração forte e cheia de oportunida-
des
c) aquela geração poderosa e eficiente
d) aquela geração forte e aproveitadora
e) aquela geração poderosa e eterna
alternativa A
Veja tradução do texto.
Questão 14
O termo “cohort” (linha 22) refere-se
a) ao grupo autodenominado intermediário.
b) à geração a que pertence o autor do texto.
c) à geração que participou da 2ª Guerra
Mundial.
d) a estudantes universitários de Psicologia.
e) a profissionais do campo da Psicologia
Experimental.
alternativa B
Veja tradução do texto.
 inglês 6

As questões 15 e 16 referem-se ao texto
abaixo:
Men in cobalt-blue
In reality, a perfume is the liquid essence of
herbs, fruit, flowers and certain woods. In
dreams, it’s not that way. In the ebb and flow
of the imagination, a perfume always
breathes. When creating his recent Polo
Ralph Lauren Blue, stylist Ralph Lauren
began with the freedom suggested by the
color blue: seaside, cloudless sky and jeans.
From this feeling arose the other elements of
the new cologne. In the vocabulary of a
perfumist, there are the warm tones of melon
and tangerine, of basil and sage and the soft
scents of amber and musk. The idea is to
please an urban man who is taken by
adventure, the sea and jeans. It follows the
original Polo, that is now 25 years old.
ICARO August 2003 p.14
Questão 15
começou com a liberdade sugerida pela cor azul:
o litoral, o céu azul e o jeans. A partir dessa sen-
sação surgiram outros elementos da nova colônia.
No vocabulário de um criador de perfumes, exis-
tem os tons quentes do melão e da tangerina, do
manjericão e da sálvia e de aromas suaves de
âmbar e de almíscar. A idéia é agradar ao homem
urbano que é levado pelo espírito de aventura, o
mar e o jeans. O novo perfume segue o Polo ori-
ginal, que agora completa 25 anos.
Questão 16
Os adjetivos “warm” e “soft” em “warm tones”
(linha 11) e “soft scents” (linhas 12 e 13) sig-
nificam, respectivamente,
a) quentes e aconchegantes.
b) cálidos e suaves.
c) sutis e refrescantes.
d) leves e macios.
e) fortes e leves.
alternativa B
Veja tradução do texto.

Assinale a opção que não está de acordo com A questão 17 refere-se à figura abaixo:
o texto. Bad news, Cromwell _
a) Ao criar seu mais recente perfume, Ralph ................... by a machine.

Lauren inspirou-se na liberdade sugerida

pela cor azul.
b) O novo perfume de Ralph Lauren foi
criado após 25 anos de existência do Polo
original.
c) Um perfume é uma essência líquida de
ervas, frutas, flores e certas madeiras.
d) Para Ralph Lauren, o homem urbano, que Questão 17
gosta de aventuras, sempre vai usar um Polo
original.
Qual das opções abaixo melhor preenche a la-
e) O nome do novo perfume de Ralph Lauren
cuna no cartoon?
é Polo Ralph Lauren Blue.
a) you’re replaced
b) you’re being replaced
alternativa D c) you were replaced
Tradução completa do texto: d) you replaced
e) you’ve replaced
Homens com Azul-Cobalto
alternativa B
Na realidade, um perfume é a essência líquida de Tradução da tira:
ervas, frutas, flores e certas madeiras. Nos so-
nhos, não é desse jeito. No ir e vir da imaginação, "Más notícias, Cromwell – você está sendo subs-
um perfume sempre inspira. Ao criar seu recente tituído por uma máquina."
Polo Ralph Lauren Azul, o estilista Ralph Lauren Uso da voz passiva no present continuous.
 inglês 7
As questões de 18 a 20 referem-se ao tex-
to abaixo:
IN THE PIPELINE
1 The sewer systems of Europe could
soon provide a conduit for more than
water and waste. A machine vision
sewer inspection project has sparked
5 interest in using the pipes to lay cables
for telecommunications traffic. The
project, named Inspecting Sewage
Systems and Image Analysis by
Computer, or Isaac, is part of a larger
10 European Commission-backed initiative
to promote use of vision technology.
Project coordinator Mark Sawyer
explained that the inspection system
employs a tractor-mounted CCD matrix
15 camera and curved mirrors for imaging
inside the pipes, and proprietary
software to convert the data into a
perspective that humans can interpret. It
will enable rapid detection of defects in
20 pipe walls and could be in operation
within 18 months.
“The prospect of using the sewers
for telecommunications is still evolving”,
he said. Commercial relationships
25 between cable companies and sewer
landlords must be negotiated, and the
technology to install cables has yet to be
developed. “However,” he added, “an
accurate survey of the sewer system
30 brings it closer.” It’s a concept that could
well “go down the tubes”.
PHOTONICS SPECTRA March 2003 p. 176
Questão 18
A idéia principal abordada pelo texto é
a) a busca de formas alternativas para trata-
mento de água e esgoto na Europa.
b) a implementação imediata de novas tecno-
logias no campo das telecomunicações.
c) o uso de tecnologia avançada na detecção
de defeitos em cabos utilizados para teleco-
municações.
d) a possibilidade de utilização dos encana-
mentos de água e esgoto também para insta-
lação de cabos de telecomunicações.
e) o aprimoramento das relações comerciais
entre empresas dos setores de tratamento de
água e de telecomunicações.
alternativa D
Tradução completa do texto:
Para Sair
O sistema de esgotos da Europa poderá em bre-
ve servir de condutor para algo mais do que água
e dejetos. Um projeto de inspeção por câmera
despertou interesse na utilização dos dutos para
colocação de cabos para telecomunicação. O pro-
jeto, batizado de Sistema de Inspeção de Esgotos
e Análise de Imagens por Computador, ou Isaac,
é parte de uma iniciativa maior apoiada pela Co-
missão Européia para promover o uso da tecnolo-
gia visual.
O coordenador do projeto, Mark Sawyer, explicou
que o sistema de inspeção emprega câmeras ma-
triz CCD com suporte motorizado e espelhos cur-
vos para a visualização interna dos dutos, e pro-
grama patenteado para a conversão de dados em
uma perspectiva que os humanos possam inter-
pretar.
Ele permitirá uma rápida detecção de defeitos nas
paredes dos dutos e poderá começar a operar em
18 meses.
“A perspectiva de usar os esgotos para telecomu-
nicações está ainda evoluindo”, disse ele. As rela-
ções comerciais entre companhias de cabo e
administradores de esgoto devem ser negocia-
das, e a tecnologia para instalar cabos ainda tem
de ser desenvolvida. “Entretanto”, acrescentou,
“uma avaliação precisa do sistema de esgoto
pode antecipar esse processo”. É um conceito
que pode “fluir bem”.
Questão 19
Considere as seguintes asserções:
I. O projeto Isaac entrará em funcionamento
dentro de um ano e meio.
II. O software utilizado no projeto Isaac é um
dos componentes essenciais para auxiliar na
detecção de defeitos em encanamentos de
água e esgoto.
III. O projeto Isaac também é responsável
por uma iniciativa mais ampla de uma Co-
missão Européia responsável por pesquisas
no campo tecnológico.
Então, das afirmações acima, está(ão) corre-
ta(s)
 inglês 8

a) apenas a I. b) apenas a II. b) ‘lay’ (linha 5), em “lay cables”, é o mesmo

c) apenas a III. d) apenas II e III. que ‘install’.
e) apenas I e II. c) ‘enable’ (linha 19), em “will enable rapid
detection”, significa o mesmo que ‘allow’.
alternativa B d) ‘evolving’ (linha 23), em “is still evolving”,
Veja tradução do texto. é o mesmo que ‘in progress’.
e) ‘go down the tubes’ (linha 31) é usado com
significado semelhante a ‘fail’.
Questão 20
alternativa E
Assinale a opção que não condiz com o texto: No texto, go down the tubes dá a idéia de fluir
a) ‘sparked’ (linha 4), em “has sparked bem, dar certo.
interest”, tem significado semelhante a
‘stimulated’.
As questões de 21 a 29 referem-se aos
dois textos seguintes:
TEXTO 1
Valorizar o professor do ciclo básico
1 Como não sou perito em futurologia,
devo limitar-me a fazer um exercício de
observação. Presto atenção ao que se pas-
sa na escola hoje e suponho que, daqui a
5 25 anos, as tendências atuais persistirão
com maior ou menor intensidade. Prova-
velmente, o analfabetismo dos adultos
terá sido erradicado e o acesso à instru-
ção primária terá sido generalizado.
10 Tudo indica que a demanda conti-
nuará a crescer em relação ao ensino se-
cundário e superior. Se os poderes públi-
cos não investirem sistematicamente na
expansão desses dois níveis, a escola mé-
15 dia e a universidade serão, em grande
parte, privatizadas.
A educação a distância será promovi-
da tanto pelo Estado como pelas institui-
ções particulares. Essa alteração no uso
20 de espaços escolares tradicionais levará a
resultados contraditórios. De um lado,
aumentará o número de informações e
instrumentos didáticos de alta precisão.
De outro lado, a elaboração pessoal dos
25 dados e a sua crítica poderão sofrer com a
falta de um diálogo sustentado face a face
entre o professor e o aluno.
É preciso pensar, desde já, nesse de-
safio que significa aliar eficiência técnica
30 e profundidade ou densidade cultural.
O risco das avaliações sumárias, por
meio de testes, crescerá, pois os proces-
sos informáticos visam a poupar tempo e
reduzir os campos de ambigüidade e in-
35 certeza. Com isso, ficaria ainda mais
raro o saber que duvida e interroga, es-
perando com paciência, até vislumbrar
uma razão que não se esgote no simplis-
mo do certo versus errado. Poderemos ter
40 especialistas cada vez mais peritos nas
suas áreas e massas cada vez mais inca-
pazes de entender o mundo que as rodeia.
De todo modo, o futuro depende, em lar-
ga escala, do que pensamos e fazemos no
45 presente.
Uma coisa me parece certa: o profes-
sor do ciclo básico deve ser valorizado em
termos de preparação e salário, caso con-
trário, os mais belos planos ruirão como
50 castelos de cartas. (BOSI, Alfredo. Ca-
derno Sinapse. Folha de S. Paulo,
29/07/2003.)
TEXTO 2
Diretrizes de salvação para a
Universidade Pública
1 “... poder-se-ia alegar que não é muito
bom o ensino das matérias que se costuma
lecionar nas universidades. Todavia, não
fossem essas instituições, tais matérias ge-
5 ralmente não teriam sido sequer ensina-
das, e tanto o indivíduo como a sociedade
sofreriam muito com a falta delas...”
Adam Smith
(...) A grande característica distinti-
10 va de uma Universidade pública reside
na sua qualidade geradora de bens pú-
blicos. Estes, por definição, são bens cujo
usufruto é necessariamente coletivo e
não podem ser apropriados exclusiva-
15 mente por ninguém em particular.
Quanto ao grau de abrangência, os
bens públicos podem ser classificados em
locais, nacionais ou universais.
O corpo de bombeiros de uma cida-
20 de, por exemplo, é um bem público local,
o serviço da guarda costeira de um país
é um bem público nacional, ao passo que
a proteção de áreas ambientais impor-
tantes do planeta, como a Amazônia,
25 deve ser vista como bem público univer-
sal, assim como qualquer outra ativida-
de protetora de patrimônios da humani-
dade ou de segurança global, como é o
caso da proteção contra vírus de compu-
30 tador, para citar um exemplo mais atual,
 português/redação 2
embora ainda não plenamente reconhe-
cido.
Incluem-se no elenco dos bens públi-
cos as atividades relacionadas à produ-
35 ção e transmissão da cultura, ao pensa-
mento filosófico e às investigações cien-
tíficas não alinhadas com qualquer inte-
resse econômico mais imediato.
A Universidade surgiu na civiliza-
40 ção porque havia uma necessidade la-
tente desses bens e legitimou-se pelo re-
conhecimento de sua importância para a
humanidade.
Portanto, ela nasceu e legitimou-se
45 como instituição social pública e não
como negócio privado, como muitos ago-
ra a querem transformar, inclusive a
OMC, contradizendo o próprio Adam
Smith, o patriarca da economia de mer-
50 cado, como bem o indica a passagem
acima epigrafada, retirada de “A Rique-
za das Nações”.
As tecnologias podem ser “engenhei-
radas”, transformando-se em produtos
55 de mercado, mas o conhecimento que as
originou é uma conquista da humanida-
de e, portanto, um bem público univer-
sal, como é o caso, por exemplo, das ati-
vidades do Instituto Politécnico de Zuri-
60 que, de onde saiu Albert Einstein, e do
laboratório Cavendish da Universidade
de Cambridge, onde se realizaram os ex-
perimentos que levaram a descobertas
fundamentais da física, sem as quais
65 não teriam sido possíveis as maravilhas
tecnológicas do mundo moderno, da lâm-
pada elétrica à internet. (...)
(SILVA, José M. A. Jornal da
Ciência, 22/07/2003. Extraído de:
http://www.jornaldaciencia.org.br,
15/07/2003.)
Questão 21
Em relação ao Texto 1, assinale a opção que
contém a idéia que NÃO pode ser pressupos-
ta.
a) Hoje, no Brasil, existem analfabetos.
b) Nem todos os brasileiros têm instrução pri-
mária.
c) Existe uma procura crescente pelo ensino
secundário.
d) O poder público não investe no ensino mé-
dio e superior.
e) Atualmente, o saber questionador é inco-
mum nos espaços escolares.
alternativa D
Segundo Alfredo Bosi, "se os poderes públicos
não investirem sistematicamente na expansão
desses dois níveis, a escola média e a universida-
de serão, em grande parte, privatizadas". Ou seja,
o texto aponta para uma hipótese, enquanto a al-
ternativa faz uma afirmação categórica.
Questão 22
Em relação ao Texto 1, é possível inferir que
a) não causará prejuízo para o ensino a elimi-
nação da interação face a face envolvendo
professor e aluno.
b) o aumento do número de informação é di-
retamente proporcional ao crescimento dos
instrumentos didáticos de alta precisão.
c) o saber questionador exige tempo, condição
incompatível com os objetivos dos processos
informáticos.
d) a incapacidade de entender o mundo de-
correrá da completa ausência, no futuro, de
um saber questionador.
e) o sucesso da educação, no futuro, depende
necessariamente da eliminação dos processos
informáticos.
alternativa C
Segundo o texto: "O risco das avaliações sumá-
rias, por meio de testes, crescerá, pois os proces-
sos informáticos visam a poupar tempo e reduzir
os campos de ambigüidade e incerteza."
Questão 23
Aponte o enunciado em que o verbo poder
não indica possibilidade.
a) De outro lado, a elaboração pessoal dos da-
dos e a sua crítica poderão sofrer com a falta de
um diálogo sustentado (...) (Texto 1, linhas de
24 a 26).
b) Poderemos ter especialistas cada vez mais
peritos (...) (Texto 1, linhas 39 e 40).
 português/redação 3
c) Estes, por definição, são bens cujo usufruto
é necessariamente coletivo e não podem ser
apropriados exclusivamente por ninguém em
particular. (Texto 2, linhas 12 a 15).
d) Quanto ao grau de abrangência, os bens pú-
blicos podem ser classificados em locais, nacio-
nais ou universais. (Texto 2, linhas 16 a 18).
e) As tecnologias podem ser “engenheiradas”,
transformando-se em produtos de mercado,
(...) (Texto 2, linhas 53 a 55).
alternativa C
Nesse caso, a frase expressa uma negativa con-
tundente (ou uma proibição categórica).
Questão 24
A única opção em que o advérbio em negrito
indica o ponto de vista do autor é
a) Provavelmente, o analfabetismo dos
adultos terá sido erradicado (...) (Texto 1, li-
nhas 6 e 7).
b) Se os poderes públicos não investirem sis-
tematicamente na expansão desses dois ní-
veis, (...) (Texto 1, linha 13).
c) Estes, por definição, são bens cujo usufruto
é necessariamente coletivo (...) (Texto 2, li-
nha 13).
d) (...) e não podem ser apropriados exclusi-
vamente por ninguém (...) (Texto 2, linhas 14
e 15).
e) (...) como é o caso da proteção contra vírus
de computador, para citar um exemplo atual,
embora ainda não plenamente reconhecido.
(Texto 2, linha 31).
alternativa A
O ponto de vista do autor está na utilização do ad-
vérbio provavelmente que pode ser substituído
por acho que. "Acho que o analfabetismo dos
adultos terá sido erradicado...". O adjunto adverbial
provavelmente, por estar deslocado para o início
da frase, apresenta valor de ponto de vista.
Questão 25
Na Matemática, a ordem dos elementos rela-
cionados pela conjunção e não é significativa.
Desse modo, se “A e B” é verdadeiro, “B e A”
também o será. Mas, na linguagem natural,
nem sempre a inversão resulta adequada.
Assinale a opção em que a mudança da ordem
NÃO causa qualquer alteração de sentido.
a) Estes, por definição, são bens cujo usufruto
é necessariamente coletivo e não podem ser
apropriados exclusivamente por ninguém em
particular. (Texto 2, linhas 12 a 15).
b) A Universidade surgiu na civilização por-
que havia uma necessidade latente desses
bens e legitimou-se pelo reconhecimento de
sua importância para a humanidade. (Texto
2, linhas 39 a 43).
c) As tecnologias podem ser “engenheiradas”,
(...) mas o conhecimento que as originou é
uma conquista da humanidade e, portanto,
um bem público universal (...) (Texto 2, li-
nhas 53 a 58).
d) Provavelmente, o analfabetismo dos adul-
tos terá sido erradicado e o acesso à instrução
primária terá sido generalizado. (Texto 1, li-
nhas 6 a 9).
e) [A Universidade] legitimou-se como insti-
tuição social pública e não como negócio pri-
vado, como muitos agora a querem transfor-
mar, (...) (Texto 2, linhas 44 a 47).
alternativa D
Nesta alternativa, a ordem dos termos ligados
pela conjunção "e" pode ser alterada sem prejuízo
de sentido. Assim: "o analfabetismo dos adultos
terá sido erradicado e o acesso à instrução primá-
ria terá sido generalizado" equivale a "o acesso à
instrução primária terá sido generalizado e o anal-
fabetismo dos adultos terá sido erradicado".
Questão 26
O morfema –ada tem mais de um sentido.
Assinale a opção em que esse morfema apre-
senta o mesmo sentido que tem na palavra
engenheirada.
a) freada b) cajuada c) caldeirada
d) cervejada e) aguada
ver comentário
Em "engenheirada", o morfema -ada permitiu a
formação de um particípio, usado como verbo
principal da oração na voz passiva.
Nos substantivos cajuada, caldeirada, cervejada,
o morfema -ada tem valor nominal e pode indicar
produto alimentar, reunião ou excesso de alguma
coisa.
Em freada, o sufixo pode ser tanto nominal, indi-
cando o resultado de uma ação brusca, quanto
verbal, formador de particípio.
 português/redação 4
Já em aguada, é possível entender o morfema
-ada como:
• sufixo nominal, excesso de água (em um pro-
duto qualquer) ou reunião/ajuntamento (lugar
onde se faz provisão de água potável).
• sufixo verbal, formador do particípio do verbo
aguar.
Portanto, em freada e aguada o morfema -ada
pode adquirir o valor de sufixo verbal, tal como
em "engenheirada".
Questão 27
Em relação à epígrafe do Texto 2 (linhas de 1
a 7) é correto afirmar que ela
I. cumpre o papel de indicar ao leitor o tema
do texto.
II. sintetiza a tese do texto.
III. tangencia o tema do texto.
Então, está(ão) correta(s)
a) I e II. b) I e III. c) apenas a II.
d) II e III. e) apenas a III.
alternativa A
I. (V) Segundo verbete do Dicionário Aurélio, epí-
grafe é "título ou frase que serve de tema a um
assunto; mote".
II. (V) A epígrafe faz a defesa da Universidade
(subentende-se que pública, pois era a única que
havia em sua época) como geradora de um co-
nhecimento que, embora nem sempre valorizado,
muita falta faria aos indivíduos e à sociedade. De
um modo geral, essa é a idéia central desenvolvi-
da pelo texto de José M. A. Silva.
Questão 28
Releia a epígrafe e o excerto abaixo do Tex-
to 2 (linhas 44 a 52) e assinale a melhor op-
ção.
Portanto, ela [a Universidade] nasceu e legi-
timou-se como instituição social pública e não
como negócio privado, como muitos agora a
querem transformar, inclusive a OMC, con-
tradizendo o próprio Adam Smith, o patriarca
da economia de mercado, como bem o indica a
passagem acima epigrafada, retirada de “A
Riqueza das Nações”.
Pode-se afirmar que a relação de sentido en-
tre a epígrafe e esse trecho do texto é
a) direta, porque o excerto confirma a epígra-
fe.
b) direta, porque o excerto é extensão da epí-
grafe.
c) indireta, porque o excerto não trata das
matérias lecionadas nas universidades.
d) indireta, porque é preciso inferir que, na
epígrafe, se trata de universidades públicas.
e) inexistente, já que não há relação de senti-
do entre a epígrafe e o trecho do texto.
alternativa D
Para o leitor que desconhece as condições da
universidade na época em que foi redigida A Ri-
queza das Nações, o trecho grifado na seguinte
passagem: "... e não como negócio privado, como
muitos agora a querem transformar, inclusive a
OMC, contradizendo o próprio Adam Smith" é fun-
damental para inferir a condição "pública" para a
universidade referida por Adam Smith.
Questão 29
Em relação ao aposto “o patriarca da econo-
mia de mercado”, pode-se afirmar que ele
tem a função de
I. explicar quem foi Adam Smith, localizan-
do-o no domínio da economia, informação que
pode estar ausente no universo de conheci-
mento do leitor.
II. fornecer uma informação que reforça ain-
da mais a defesa da universidade pública
dentro de uma estratégia argumentativa.
III. sustentar a informação subseqüente, re-
lativa à autoria de “A Riqueza das Nações”.
Então, está(ão) correta(s)
a) apenas a I. b) I e II. c) I, II e III.
d) apenas a II. e) II e III.
alternativa B
O aposto "o patriarca da economia de mercado"
explica quem foi Adam Smith, além de apresentar
a idéia de que ele concebia a universidade como
uma instituição social, o que reforça a argumenta-
ção apresentada.
Questão 30
Os trechos abaixo foram baseados em “Retra-
tos do entardecer”, de Marcos Pivetta, publi-
cado na revista Pesquisa Fapesp, maio/2003.
Neles, foram feitas alterações para a forma-
 português/redação 5
ção de períodos distintos. Leia-os com aten-
ção, buscando observar se o último período de
cada trecho estabelece uma relação de con-
clusão ou conseqüência com os anteriores do
mesmo trecho.
I. Os preocupantes índices de deterioração
cognitiva em idosos (...) são um indício de que
uma série de problemas devem aparecer num
futuro próximo, em especial demências como
o mal de Alzheimer, e perda de autonomia
para a realização das tarefas cotidianas.
Esses idosos, se a deterioração mental avan-
çar, terão de ser assistidos por alguém diu-
turnamente. (p. 37-8)
II. (...) o nível de escolaridade dos idosos pa-
rece se comportar como um marcador de sua
condição geral de saúde, sobretudo de seus
aspectos cognitivos. Aparentemente, quanto
maior o grau de educação formal do entrevis-
tado, menor seu desconforto físico e mental.
(p. 36)
III. Embora a relação entre escolaridade e
distúrbios cognitivos realmente exista, ela
deve ser um pouco relativizada. Os idosos
sem estudo têm mais dificuldade de respon-
der ao questionário dos pesquisadores. Muita
gente com pouca ou nenhuma escolaridade
acaba sendo rotulada, erroneamente, de de-
mente ou portadora de problemas mentais.
(p. 38)
Pode-se afirmar que o último período do mes-
mo trecho constitui uma conclusão ou con-
seqüência em
a) I e II. b) I e III. c) apenas a II.
d) II e III. e) todas.
alternativa B
I. (V) De uma constatação ("Os preocupantes ín-
dices de deterioração cognitiva em idosos") che-
ga-se a uma conclusão ("Esses idosos (...) terão
de ser assistidos...").
III. (V) O fato de muito idoso ser erroneamente ro-
tulado de portador de problemas mentais é conse-
qüência da dificuldade que ele tem para respon-
der ao questionário.
Questão 31
O Nordeste se rende ao hábito de tomar café
expresso. A região é a nova aposta das redes
de cafeterias para expandir sua atuação no
mercado nacional. Só este ano, a expectativa
é que pelo menos mais 11 franquias sejam
inauguradas nas principais capitais nordesti-
nas. (...) O mito de que o café é um hábito dos
paulistas começa a ser quebrado no Nordeste.
Um bom indicador é o consumo per capita,
que em âmbito nacional chega a 3,4 quilos
por habitante/ano, contra um índice de
3,2 quilos na região. (GUARDA, Adriana.
Gazeta Mercantil. 12/03/2003.)
Sobre o texto, é possível afirmar que
a) a inauguração de 11 franquias em capitais
nordestinas é algo certo.
b) a região Nordeste é ainda inexplorada
como consumidora de café.
c) não há mais o mito de que tomar café seja
um hábito apenas dos paulistas.
d) no texto, a palavra aposta envolve a idéia
de desafio.
e) as expressões se rende e começa a ser
quebrado se equivalem em significado.
alternativa D
O termo aposta, no contexto, envolve a significa-
ção de desafio econômico, pois são citados o mito
de que o café é um hábito específico dos paulistas
e a expectativa da inauguração de franquias no
Nordeste.
Questão 32
Assinale a opção em que a ambigüidade ou o
efeito cômico NÃO decorre da ordem dos ter-
mos.
a) O estudo analisou, por 16 anos, hábitos
como caminhar e subir escadas de homens
com idade média de 58 anos. (Equilíbrio. Fo-
lha de S. Paulo, 19/10/2000)
b) Andando pela zona rural do litoral norte,
facilmente se encontram casas de veraneio e
moradores de alto padrão. (Folha de S. Pau-
lo, 26/01/2003)
c) Atendimento preferencial para: idosos, ges-
tantes, deficientes, crianças de colo (Placa so-
bre um dos caixas de um banco.)
d) Temos vaga para rapaz com refeição (Placa
em frente a uma casa em Campinas, SP.)
e) Detido acusado de furtos de processos (Fo-
lha de S. Paulo, 8/7/2000)
 português/redação 6
alternativa C
Independentemente de vir no fim ou no começo
do período, "crianças de colo" causa um efeito
cômico, pois elas não podem ir a um banco sozi-
nhas, tampouco ser atendidas pelo caixa.
Questão 33
Assinale a opção que melhor substitui a ex-
pressão destacada no trecho abaixo e, ao mes-
mo tempo, esteja de acordo com a relação por
ela estabelecida.
(...) Embora o Enem seja um avanço no
sentido de permitir uma avaliação do en-
sino médio, ele pode incorrer em um pro-
blema que existe atualmente: tornar-se um
modelo para os currículos das escolas. (...)
(Caderno Especial. Folha de S. Paulo.
24/8/1999.)
a) que permite – restrição.
b) porque permite – explicação.
c) e permita – adição.
d) para permitir – finalidade.
e) a despeito de permitir – concessão.
alternativa B
No sentido de permitir equivale a pois permite/
porque permite, ou seja, equivale a uma oração
coordenada explicativa. Ressalte-se que, comu-
mente, as explicativas vêm marcadas por vírgu-
las, o que não é o caso do texto.
Questão 34
Assinale a opção em que o uso do pronome re-
lativo NÃO está de acordo com a norma pa-
drão escrita. (Excertos extraídos e adaptados
de Folha de S. Paulo, 1/11/1993.)
a) [O cineasta sofreu] um derrame, do qual
não iria se recuperar mais.
b) [O rosto e a voz do cineasta] são aqueles os
quais estamos acostumados, talvez um pouco
mais cansados.
c) [Estar doente era] uma realidade sobre a
qual [o cineasta] não sabia nada, sobre a qual
jamais havia pensado.
d) [Com ele, o cinema] não é mais um meio;
torna-se um fim, no qual o autor é a principal
referência.
e) Depois das três cirurgias às quais se sub-
metera, teve um ataque cardíaco.
alternativa B
A escrita correta do período é: "O rosto e a voz do
cineasta são aqueles aos (ou com os) quais esta-
mos acostumados, talvez um pouco mais cansa-
dos".
A preposição a (ou com) é justificada pela regên-
cia solicitada pelo termo "acostumados".
Questão 35
Nem sempre a negação é expressa por meio
do não. Existem diferentes maneiras de ne-
gar. Aponte a opção em que o enunciado
NÃO expressa negação.
a) Em 76 dos 96 distritos da cidade [de São
Paulo], a falta de planejamento adequado apro-
fundou as desigualdades que eram enormes.
(Pesquisa Fapesp, janeiro/2003, n. 83, p. 7.)
b) Metade das pacientes consome o Evista e a
outra metade, um placebo. Nenhum dos dois
grupos abandonou seus medicamentos habi-
tuais para doenças cardiovasculares. (Idem,
p. 22.)
c) O que nós temos recomendado, agora, é
que o pesquisador não só participe da execu-
ção da pesquisa, mas também da sua concep-
ção. (Idem, p. 24.)
d) Esses dados preliminares mostram que di-
ficilmente será possível aumentar de forma
significativa – e não predatória – a quantida-
de de pescado marinho capturado pelo Brasil
em sua Zona Econômica Exclusiva (ZEE).
(Idem, p. 34.)
e) Pesquisadores da Universidade de Oxford,
no Reino Unido, constataram que roedores
contaminados com o parasita (...) deixam de
exibir a aversão natural aos gatos e, em al-
guns casos, passam a se sentir atraídos pelo
odor dos bichanos. (Idem, p. 30.)
alternativa C
Em "não só participe da execução da pesquisa,
mas também da sua concepção", as expressões
"não só" e "mas também" funcionam como reco-
mendações ao cientista e assumem valor afirmati-
vo.
 português/redação 7
Questão 36
O texto abaixo é a estrofe inicial do poema
“Meus oito anos”, de Casimiro de Abreu:
(...)
Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
(...)
(In CANDIDO, A.; CASTELLO, J. A.
Presença da literatura brasileira, v. 2.
São Paulo: Difel, 1979.)
Sobre o poema, NÃO se pode afirmar que
a) se trata de um dos poemas mais populares
da Literatura Brasileira.
b) o poeta se vale do texto para manifestar a
sua saudade da infância.
c) a linguagem não é erudita, pois se aproxi-
ma da simplicidade da fala popular, o que é
uma marca da poesia romântica.
d) a memória da infância do poeta está inti-
mamente ligada à natureza brasileira.
e) o poeta é racional e contido ao mostrar a
sua emoção no poema.
alternativa E
Casimiro de Abreu é poeta da escola romântica e
uma das principais características desse período
literário é o tratamento subjetivo e emocional de
temas como a saudade da infância, presente no
fragmento selecionado.
Questão 37
O romance Lucíola pertence à chamada fase
urbana da produção ficcional de José de Alen-
car. Neste livro,
a) o autor discute a desigualdade social no
meio urbano.
b) o autor mostra a prostituição como um
grave problema social urbano.
c) não há uma típica narrativa romântica,
pois o autor fala de prostituição, que é um
tema naturalista.
d) não existe a presença do amor; há apenas
promiscuidade sexual.
e) o autor focaliza o drama da prostituição na
esfera do indivíduo, mostrando a diferença
entre o ser e o parecer.
alternativa E
Alencar não discute a prostituição como problema
social; a relação Paulo – Lúcia se coloca no plano
puramente pessoal. O amor entre eles faz renas-
cer em Lúcia, a prostituta que uma certa elite da
Corte conhecia (campo do parecer), a verdadeira
mulher que ela era – a Maria da Glória, pura e so-
nhadora (campo do ser).
Questão 38
Acerca do romance O cortiço, de Aluísio Aze-
vedo, NÃO é correto dizer que
a) todas as personagens, por serem muito po-
bres, enveredam pelo mundo do crime ou da
prostituição.
b) as personagens, ainda que todas sejam po-
bres, possuem temperamentos distintos, tais
como Bertoleza, Rita Baiana e Pombinha.
c) homens e mulheres são, na sua maioria, ví-
timas de uma situação de pobreza que os de-
sumaniza muito.
d) as personagens, na sua maioria, sejam ho-
mens ou mulheres, vivem quase que exclusi-
vamente em função dos impulsos do desejo e
da perversidade sexual.
e) a vida difícil das personagens, tão ligadas
à criminalidade e à prostituição, é condicio-
nada pelo meio adverso em que vivem e por
problemas biopatológicos.
ver comentário
• A alternativa A é incorreta. Algumas persona-
gens realmente são pobres, como é o caso de
Pombinha, jovem inocente e pobre, que é levada
à prostituição, e também de Jerônimo, português
moralmente forte, que chega ao crime pela obses-
são sexual. No entanto, há personagens que não
são pobres, já que existe o confronto entre cortiço
(pobreza) e sobrado (riqueza).
• A alternativa B é incorreta. As personagens,
ainda que algumas sejam pobres e outras ricas,
 português/redação 8
possuem, realmente, temperamentos distintos:
Bertoleza, submissa e dedicada; Rita Baiana, ex-
plorando seu erotismo; Pombinha, tímida e
comportada no início, desabrocha para o homosse-
xualismo. Pensar no termo "todas" referindo-se
somente às três personagens torna a leitura da al-
ternativa muito forçada.
Questão 39
O livro de contos Laços de família, de Clarice
Lispector, reúne textos que, em geral, apre-
sentam
a) dramas femininos relacionados ao adulté-
rio.
b) personagens femininas envolvidas com re-
flexões pessoais desencadeadas por um fato
inusitado.
c) dramas femininos ligados exclusivamente
ao problema da solidão.
d) personagens femininas lutando por causas
sociais.
e) personagens femininas preocupadas com o
amor à família.
alternativa B
Os contos de Laços de Família, em sua maioria,
apresentam, como personagens principais,
mulheres que, no seu cotidiano doméstico ou
familiar, passam por momentos epifânicos. Ou
seja, trata-se de processos de intensa revelação
da verdade, desencadeados por fatos inespera-
dos ou imprevistos, os quais suscitam uma série
de reflexões das personagens sobre suas existên-
cias.
Questão 40
Leia os textos abaixo, de Oswald de Andrade,
extraídos de Poesias reunidas (Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1978).
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
Esses poemas
I. mostram claramente a preocupação dos
modernistas com a construção de uma litera-
tura que levasse em conta o português brasi-
leiro.
II. mostram que as variantes lingüísticas, li-
gadas a diferenças sócio-econômicas, são to-
das válidas.
III. expõem a maneira cômica com que os mo-
dernistas, por vezes, tratavam de assuntos
sérios.
IV. possuem uma preocupação nacionalista,
ainda que não propriamente romântica.
Estão corretas
a) I e IV. b) I, II e III. c) I, II e IV.
d) I, III e IV. e) todas.
alternativa E
Oswald de Andrade, um dos mais representati-
vos nomes do Modernismo brasileiro, aborda
em seus textos temas muito caros à 1ª geração.
As variantes lingüísticas, assunto sério, cono-
tam as diferenças socioeconômicas e servem
de meio para se atacarem os convencionalis-
mos burgueses. Preocupados com a construção
de um ideal nacionalista tipicamente brasileiro,
buscam fugir do cânone romântico, idealizado e
distante da realidade.
As questões de número 41 a 45 devem
ser respondidas no caderno de soluções.
Questão 41
O texto abaixo é um dos mais importantes ca-
pítulos do romance Dom Casmurro, de Ma-
chado de Assis. Leia-o com atenção e respon-
da às perguntas seguintes.
 português/redação 9
Capítulo 123: Olhos de ressaca
Enfim, chegou a hora da encomendação
e da partida. Sancha quis despedir-se do
marido, e o desespero daquele lance conster-
nou a todos. Muitos homens choravam tam-
bém, as mulheres todas. Só Capitu, ampa-
rando a viúva, parecia vencer-se a si mes-
ma. Consolava a outra, queria arrancá-la
dali. A confusão era geral. No meio dela, Ca-
pitu olhou alguns instantes para o cadáver
tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não
admira lhe saltassem algumas lágrimas
poucas e caladas...
As minhas cessaram logo. Fiquei a ver
as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhan-
do a furto para a gente que estava na sala.
Redobrou de carícias para a amiga, e quis
levá-la; mas o cadáver parece que a tinha
também. Momento houve em que os olhos
de Capitu fitaram o defunto, quais os da viú-
va, sem o pranto nem palavras desta, mas
grandes e abertos, como a vaga do mar lá
fora, como se quisesse tragar também o na-
dador da manhã.
a) Como é o comportamento de Capitu no ve-
lório de Escobar? O que chama a atenção de
Bentinho no comportamento de Capitu?
b) Por que essa passagem é importante no de-
senvolvimento do romance de Machado de
Assis?
Resposta
a) Inicialmente, em "Só Capitu, amparando a viú-
va, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a
outra, queria arrancá-la dali.", tem-se uma mulher
forte que procura consolar uma amiga por ocasião
da morte do marido desta. O que chama a atenção
de Bentinho é o olhar de Capitu: "olhou alguns
instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonada-
mente fixa...", o narrador acrescenta a idéia de
uma mulher envolvida sentimentalmente com o
cadáver que contempla. O termo "apaixonada-
mente" vem reforçado pelos olhos "grandes e
abertos" que procuram "tragar" o defunto e o con-
templam "quais os da viúva".
b) Nesse momento, o narrador Bento julga ter
confirmadas as suspeitas que vinha alimentando:
Capitu, sua esposa, havia-o traído com Escobar,
amigo íntimo desde a época do seminário.
Questão 42
Leia o texto abaixo e responda à questão se-
guinte:
Solar
Minha mãe cozinhava exatamente:
arroz, feijão-roxinho, molho de batatinhas.
Mas cantava.
(PRADO, Adélia. O coração disparado.
Rio de Janeiro: Guanabara, 1987.)
Nesse pequeno poema, a escritora Adélia
Prado consegue não só registrar um traço
singular do cotidiano da própria mãe, como
também constrói dessa mulher um retrato,
que apresenta duas facetas: uma, relativa à
posição social e outra, ao temperamento. Par-
ticularize essas duas facetas e aponte como a
estruturação sintática as instaura.
Resposta
Pelo pequeno texto de Adélia Prado, é possível
inferir que a mãe não tinha uma vida fácil, já que
o alimento não era farto ("cozinhava exatamen-
te"), apenas o trivial arroz com feijão e "molho" de
batatinhas. A conjunção mas instaura uma outra
faceta da mãe e, em oposição à vida dura, vem a
alegria de cantar. Estabelece-se, deste modo, um
paradoxo. Assim, em um lugar que tinha tudo
para ser tão somente uma casa (so/lar), alguém
radiante (solar) o habitava.
Questão 43
Leia o texto abaixo e responda às perguntas
seguintes.
O sol ainda nascendo, dou a volta pela
Lagoa Rodrigo de Freitas (7.450 metros e
22 centímetros). Deslumbrante. Paro diante
de uma placa da Prefeitura, feita com os
maiores cuidados técnicos, em bela tipogra-
fia, em português e inglês, naturalmente es-
crita por altos professores e, no longo perío-
do com que trabalham as burocracias, vista
e revista por engenheiros, psicólogos, enfim,
por toda espécie e gênero de PhDs. Certo
disso, leio, cheio do desejo de aprender, a
história da lagoa e seus d’intorni, environs,
neighbourhood.
 português/redação 10
Lá está escrito: “beleza cênica integrada
aos contornos dos morros que a cerca (!).”
Berro, no português mais castiço do manual
do [jornal] Globo: HELP!
E, como isso não tem a menor impor-
tância, o sol continua nascendo no horizon-
te. Um luxo!
(FERNANDES, Millôr. Caderno 2. O Estado de
S. Paulo, 4/07/1999.)
a) Explique porque Millôr Fernandes se as-
susta com a placa da Prefeitura.
b) Localize no texto um trecho que indica a
ironia do autor. Explique como é produzido o
efeito de ironia nesse trecho.
Resposta
a) A placa assusta o narrador porque se pretende
correta ("escrita por altos professores"), no entanto:
1. comete um erro primário de concordância ver-
bal: "... dos morros que a cerca", quando o correto
é: "... dos morros que a cercam";
2. utiliza o termo "contornos" de forma indevida (e
pleonástica em relação a "cerca"); a frase deveria
ser: "integrada aos morros que a contornam".
b) A ironia reside no fato de um manual de portu-
guês bem puro e correto (castiço) conter uma in-
terjeição em língua inglesa (Help!).
Outra ironia é atribuir um texto com erro tão pri-
mário a possíveis "doutores".
Questão 44
As perguntas abaixo referem-se ao Texto 2
(Diretrizes de salvação para a Universidade
Pública), constante da segunda página desta
prova.
a) De caráter argumentativo, o Texto 2 apre-
senta uma definição de “bem público”, assim
como seus tipos. Para estes, no entanto, em
vez de definição, o autor apenas cita exem-
plos. Supondo que você esteja redigindo um
texto que deva oferecer aos leitores a defini-
ção dos tipos de bem público, quais você apre-
sentaria?
b) O autor do Texto 2 sustenta a tese de que
a universidade pública deve ser mantida,
apresentando, para isso, alguns argumentos.
Com base neles, expresse um raciocínio que
evidencie por que a universidade privada não
deve ocupar o espaço da universidade públi-
ca.
Resposta
a) O autor define "bem público" nas linhas
de 11 a 15: "... bens públicos. Estes, por defini-
ção, são bens cujo usufruto é necessariamente
coletivo e não podem ser apropriados exclusiva-
mente por ninguém em particular".
Ao falar dos tipos de bens públicos, o autor ape-
nas classifica (locais, nacionais ou universais) e
exemplifica (corpo de bombeiros, guarda costeira,
proteção de áreas ambientais, etc.).
Portanto, trata-se de tudo aquilo que pertence ao
município, ao Estado, à nação ou, ainda, a toda a
humanidade.
b) Segundo o texto, a universidade privada não
deve ocupar o espaço da universidade pública
porque esta desenvolve atividades relacionadas à
produção e à transmissão da cultura, ao pensa-
mento filosófico e às investigações científicas que
representam sobretudo o saber "puro e desinte-
ressado", enquanto aquela está alinhada a inte-
resses econômicos imediatos. Dessa forma, a
universidade privada poderia representar um risco
para a continuidade e sobrevivência da produção
acadêmica que não estiver associada ao valor
econômico.
Obs.: trata-se de uma redação pessoal, argumen-
tativa, a partir das idéias do texto.
Questão 45
HAGAR - Dik Browne
POR QUE NÃO
ESTOU TENDO PARA CONSERTAR
VAI A UM UM TELHADO COM
PROBLEMAS
CONSELHEIRO INFILTRAÇÃO?
EM CASA.
MATRIMONIAL?
(Folha de S. Paulo, 1º/10/2001.)
a) O que há de engraçado nesse diálogo?
b) Qual a marca lingüística que permite o
efeito cômico?
Resposta
a) O fato de Hagar ter entendido "problemas em
casa" como se fossem "problemas conjugais".
b) A polissemia da expressão "problemas em
casa", pois abre-se a possibilidade para se enten-
der "casa" como "casamento" e não apenas como
um "lugar destinado à habitação".
 português/redação 11
INSTRUÇÕES PARA REDAÇÃO
Redija uma dissertação (em prosa, de aproxi-
madamente 25 linhas) sobre o tema:
Produção e consumo de bens tecnológi-
cos geram relações sociais mais justas?
Para elaborar sua redação, você poderá va-
ler-se, total ou parcialmente, dos argumentos
contidos nos excertos abaixo, refutando-os ou
concordando com os mesmos. Não os copie
nem os parafraseie. (Dê um título a seu
texto. A redação final deve ser feita com ca-
neta azul ou preta.)
1) As sociedades modernas também se me-
dem pela justiça na distribuição da riqueza.
Isso não significa apenas tomar dinheiro dos
ricos para dar aos pobres, através dos impos-
tos, por exemplo, mas oferecer oportunidades
para que um número cada vez maior de pes-
soas possa ter acesso à riqueza e melhorar o
padrão de vida, via educação, saúde e outros
serviços. (Veja, 12/7/2000.)
2) (...) a noção de qualidade de vida envolve
duas grandes questões: a qualidade e a demo-
cratização dos acessos às condições de preser-
vação do homem, da natureza e do meio am-
biente. Sob esta dupla consideração, enten-
de-se que a qualidade de vida é a possibilida-
de de melhor redistribuição – e usufruto – da
riqueza social e tecnológica aos cidadãos de
uma comunidade; a garantia de um ambiente
de desenvolvimento ecológico e participativo
de respeito ao homem e à natureza, com o
menor grau de degradação e precariedade.
(SPOSATI, Aldaíza. Políticas públicas.
http://www.comciencia.br, 14/10/2002.)
3) (...) a tecnologia deve ser entendida como
resultado e expressão das relações sociais, e
as conseqüências desse processo tecnológico
só podem ser entendidas no contexto dessas
relações. Em nossa sociedade, as relações so-
ciais são relações entre classes sociais com di-
ferentes interesses, poderes e direitos. As tec-
nologias são, portanto, fruto do conhecimento
científico avançado aplicado à produção e à
cultura, de maneira a atender aos interesses
das classes dominantes. (SAMPAIO, Marisa
N.; LEITE, Lígia S. Alfabetização tecnológica
do professor. Petrópolis: Vozes, 1999.)
4) Muita gente se espantou com a modesta
43ª posição que o Brasil ocupa no ranking
mundial de desenvolvimento tecnológico, ela-
borado pela ONU. (...) [O Brasil] inclui-se en-
tre as nações que absorvem tecnologias de
ponta, mas está fora do grupo de líderes em
potencial. Não poderia ser diferente. Basta
cruzar o Índice de Avanço Tecnológico (IAT)
com outro levantamento divulgado pela
ONU: o Índice de Desenvolvimento Humano.
Em termos de IDH, o Brasil não passa do
69º lugar. Pior ainda: segundo estudo da
Fundação Getúlio Vargas, existem no país 50
milhões de pessoas vivendo abaixo da linha
da pobreza absoluta, com renda mensal infe-
rior a 80 reais. (...) Enquanto não avançar em
desenvolvimento humano, o Brasil dificil-
mente conseguirá galgar posições no ranking
tecnológico. Os dois indicadores são interde-
pendentes e agem como vasos comunicantes.
Tome-se o exemplo da Argentina, que ocupa
a 34ª posição em ambos levantamentos. Ou
então países da Ásia como a Coréia, Cingapu-
ra, Hong Kong, que surpreendem com o
avanço tecnológico e também se juntam aos
líderes de desenvolvimento humano. (Jornal
do Brasil, 11/07/2001.)
Comentário
Com quatro textos que serviram de base para a
emissão de opiniões diversas, o candidato do ITA
2004 foi convidado a discorrer sobre um assunto
recorrente, mas sempre válido: bens tecnológicos
versus relações sociais. Em que medida as rela-
ções sociais mais justas são geradas por produ-
ção e consumo de bens tecnológicos é o ponto a
que o candidato deveria se ater para argumentar.
Recolher possibilidades a favor (ou contra) era o
desafio do vestibulando, mas ele sempre poderia
recorrer ao conteúdo dos textos oferecidos. Bom
tema.
 CONSTANTES Ti 22 47,88
Constante de Avogadro = 6,02 x 10 23 mol −1 Cr 24 52,00
Constante de Faraday (F) = 9,65 x 104 C mol −1 Mn 25 54,94
Volume molar de gás ideal = 22,4 L (CNTP) Fe 26 55,85
Carga elementar = 1,602 x 10−19 C Cu 29 63,55
Constante dos gases (R) = Zn 30 65,37
= 8,21 x 10−2 atm L K −1 mol −1 = Br 35 79,91
= 8,31 J K −1 mol −1 = Ag 47 107,87
= 62,4 mmHg L K −1 mol −1 = In 49 114,82
= 1,98 cal mol −1 K −1 Sb 51 121,75
I 53 126,90
DEFINIÇÕES
Ba 56 137,34
Condições normais de temperatura e
Pt 78 195,09
pressão (CNTP): 0 oC e 760 mmHg.
Hg 80 200,59
Condições ambientes: 25 oC e 1 atm. Pb 82 207,21
Condições-padrão: 25 oC, 1 atm, concentra- Bi 83 208,98
ção das soluções: 1 mol L −1 (rigorosamente: Po 84 209,98
atividade unitária das espécies), sólido com As questões de 01 a 20 NÃO devem ser resol-
estrutura cristalina mais estável nas condi- vidas no caderno de soluções. Para respon-
ções de pressão e temperatura em questão. dê-las, marque a opção escolhida para cada ques-
(s) ou (c) = sólido cristalino; (l) ou (l) = líqui- tão na folha de leitura óptica e na reprodu-
do; (g) = gás; (aq) = aquoso; (graf) = grafite; ção da folha de leitura óptica (que se encon-
(CM) = circuito metálico; (conc) = concentra- tra na última página do caderno de soluções).
do; (ua) = unidades arbitrárias; [A] = concen-
tração da espécie química A em mol L−1 .

MASSAS MOLARES
Questão 1
Elemento Número Massa Molar Qual das opções a seguir apresenta a equação
Químico Atômico (g mol −1) química balanceada para a reação de forma-
H 1 1,01 ção de óxido de ferro (II) sólido nas condições-
C 6 12,01 padrão?
N 7 14,01 a) Fe(s) + Fe2O 3 (s) → 3FeO(s).
O 8 16,00 b) Fe(s) + 1/ 2 O2 (g) → FeO(s).
F 9 19,00 c) Fe2O 3 (s) → 2FeO(s) + 1/2 O2 (g).
Na 11 22,99 d) Fe(s) + CO(g) → FeO(s) + C(graf ).
e) Fe(s) + CO2 (g) → FeO(s) + C(graf ) + 1/ 2 O2 (g).
Mg 12 24,31
Al 13 26,98
alternativa B
Si 14 28,09
P 15 30,97 Na reação de formação de um composto, nas con-
dições-padrão é produzido 1 mol da substância, a
S 16 32,06 partir dos elementos químicos que o constituem,
Cl 17 35,45 em suas formas alotrópicas mais estáveis e nos
Ar 18 39,95 estados físicos mais comuns. A equação que me-
K 19 39,10 lhor representa a formação do óxido de ferro (II) é:
1
Ca 20 40,08 Fe(s) + O2(g) → FeO(s)
2
 química 2

Questão 2 Questão 4

Considere as reações representadas pelas se-
guintes equações químicas balanceadas:
I. C10 H 8 (s) + 12 O2 (g) → 10 CO2 (g) + 4 H2O(g).
II. C10 H 8 (s) + 9/ 2 O2 (g) →
Qual das opções a seguir apresenta o gráfico
que mostra, esquematicamente, a variação
da condutividade elétrica de um metal sólido
com a temperatura?
a)

→ C6 H4 (COOH)2 (s) + 2 CO2 (g) + H2O(g).

III. C6 H12O6 (s) + 6 O2 (g) →
→ 6 CO2 (g) + 6 H2O(g).
IV. C2 H 5OH( l ) + O2 (g) → 2 C(s) + 3 H2O(g).
Das reações representadas pelas equações b)
acima, são consideradas reações de combus-
tão
a) apenas I e III.
b) apenas I, II e III.
c) apenas II e IV.
d) apenas II, III e IV.
e) todas.
c)

alternativa E
Todas as reações são de combustão (oxidações
nas quais o agente oxidante é o O2 ):
I. Combustão completa.
II. Combustão incompleta, com oxidação parcial,
formando ácido carboxílico, além dos produtos da
combustão completa (CO2 e H 2O). d)
III. Combustão completa.
IV. Combustão incompleta.

Questão 3

Qual das opções abaixo apresenta o material

e)
com maior concentração de carbono?
a) Negro de fumo. b) Carvão.
c) Alcatrão. d) Piche.
e) Óleo diesel.

alternativa A
O "negro de fumo" é um material constituído, qua-
se que unicamente, de átomos de carbono. Na in-
dústria petroquímica é realizada uma pirólise de
hidrocarbonetos, na presença de catalisadores,
de modo a obter o "negro de fumo" (C(s) ) e o gás
hidrogênio (H 2 ).
alternativa C
A condutividade elétrica, em metais sólidos, tende
a diminuir com o aumento da temperatura (2ª Lei
de Ohm). Assim o gráfico que melhor representa
o fenômeno é o da alternativa C.
 química 3
Questão 5
Considere as reações representadas pelas se-
guintes equações químicas balanceadas:
a. C2 H 5OH( l ) + O2 (g) → 2 C(s) + 3 H2O(g);
∆HI(T); ∆EI(T),
b. C2 H 5OH( l ) + 2 O2 (g) → 2 CO(g) + 3 H2O(l);
∆HII(T); ∆EII(T),
sendo ∆H(T) e ∆E(T), respectivamente, a va-
riação da entalpia e da energia interna do
sistema na temperatura T. Assuma que as
reações acima são realizadas sob pressão
constante, na temperatura T, e que a tempe-
ratura dos reagentes é igual à dos produtos.
Considere que, para as reações representadas
pelas equações acima, sejam feitas as seguin-
tes comparações:
I.|∆EI| = |∆EII|.
II.|∆HI| = |∆HII|.
III.|∆HII|> |∆EII|.
IV.|∆HI|< |∆EI|.
Das comparações acima, está(ão) CORRE-
TA(S)
a) apenas I. b) apenas I e II.
c) apenas II. d) apenas III.
e) apenas IV.
alternativa E
I. Falsa. Admitindo-se a condição-padrão e calcu-
lando-se a variação de entalpia das reações I e II
por ∆Hf 0 , temos ∆HI = −447,8 kJ e ∆HII =
= −800,8 kJ (ambas por mol de C 2 H5OH( l) ).
Em (b), p∆V = ∆nRT = 0 e ∆EII = ∆HII − p∆V =
= −800,8 kJ por mol de C 2 H5OH( l) .
Em (a), p∆V = ∆nRT = 2 ⋅ 8,3 ⋅ 298 = 4 946,8 kJ
e ∆EI = −447,8 − 4 946,8 = −5 394,6 kJ por mol
de C 2 H5OH( l) .
Logo | ∆EI | ≠ | ∆EII | .
II. Falsa.
C 2 H5OH( l) + O2(g) → 2 C(s) + 3 H 2O(g) , ∆HI < 0
2 C(s) + O2(g) → 2 CO(g) , ∆HIII < 0
3 H 2O(g) → 3 H 2O( l) , ∆HIV < 0
C 2 H5OH( l) + 2 O2(g) → 2 CO(g) + 3 H 2O( l) , ∆HII
Logo ∆HII = ∆HI + ∆HIII + ∆HIV . Os processos
são exotérmicos, levando a ∆HII < ∆HI ou
| ∆HII | > | ∆HI | .
III. Falsa.
A variação de entalpia de uma reação é dada por
∆H = ∆E + ∆(pV ). Como as reações são isobáricas,
∆n ⋅ RT
∆H = ∆E + p∆V . Ainda, ∆V = uma vez
p
que a pressão é constante e Treagentes = Tprodutos .
Como ∆n = 0, ∆V = 0 e ∆HII = ∆EII ou
| ∆HII | = | ∆EII | .
IV. Verdadeira.
Da Primeira Lei da Termodinâmica, segue que:
p = cte
q = ∆E + w ⇔ q = ∆E + p∆V ⇔
⇔ ∆E = q − p∆V
A reação de combustão é exotérmica e portanto
q < 0.
∆n ⋅ RT
E em (a) ∆V = > 0 ⇔ p∆V > 0.
p
Logo | ∆E | = |q | + | p∆V |.
Como ∆H = ∆E + p∆V = q , então | ∆H | = |q |, le-
vando a | ∆HI | < | ∆EI | .
Questão 6
Considere os metais P, Q , R e S e quatro so-
luções aquosas contendo, cada uma, um dos
íons Pp+ , Qq + , R r + , S s+ (sendo p, q, r, s nú-
meros inteiros e positivos). Em condições-pa-
drão, cada um dos metais foi colocado em
contato com uma das soluções aquosas e al-
gumas das observações realizadas podem ser
representadas pelas seguintes equações quí-
micas:
I. qP + pQq + → não ocorre reação.
II. rP + pR r + → não ocorre reação.
III. rS + sR r + → sR + rS s + .
IV. sQ + qS s + → qS + sQq + .
Baseado nas informações acima, a ordem
crescente do poder oxidante dos íons Pp+ ,
Qq + , R r + e S s+ deve ser disposta da seguinte
forma:
a) R r + < Qq + < Pp+ < S s+ .
b) Pp+ < R r + < S s+ < Qq + .
c) S s+ < Qq + < Pp+ < R r + .
d) R r + < S s+ < Qq + < Pp+ .
e) Qq + < S s+ < R r + < Pp+ .
 química 4

alternativa E
Observando-se os quatro experimentos realiza-
dos, nota-se que o metal P não consegue deslo-
car Q e R, e que o metal S desloca R e o metal Q
desloca S.
Desse modo, pode-se ordenar os metais em or-
dem decrescente de reatividade:
Q>S>R>P
reatividade aumenta
O poder oxidante de um cátion metálico aumenta
com a diminuição da reatividade do respectivo
metal; assim sendo, a ordem correta será:
Qq + < S s + < R r + < P p +
poder oxidante aumenta
Questão 7
A estrutura molecular da morfina está repre-
sentada a seguir. Assinale a opção que apre-
senta dois dos grupos funcionais presentes
nesta substância.
Questão 8
Qual das opções abaixo apresenta a compara-
ção ERRADA relativa aos raios de átomos e
de íons?
a) raio do Na + < raio do Na.
b) raio do Na + < raio do F − .
c) raio do Mg 2 + < raio do O2 − .
d) raio do F − < raio do O2 − .
e) raio do F − < raio do Mg 2 + .
alternativa E
O raio dos íons se relaciona tanto com o número
de prótons, quanto com o número de elétrons.
Assim o raio iônico do F − é maior que o raio iôni-
co do Mg 2 +
− ⎧ 9 prótons 2 + ⎧ 12 prótons
9F ⎨ 12 Mg ⎨
⎩ 10 elétrons ⎩ 10 elétrons
pois a força de atração eletrostática é maior entre
o núcleo do íon de magnésio e a sua eletrosfera.

Questão 9

Considere as seguintes configurações eletrô-

nicas e respectivas energias da espécie atô-
mica (A), na fase gasosa, na forma neutra,
aniônica ou catiônica, no estado fundamen-
tal ou excitado:
a) Álcool e éster.
b) Amina e éter. I. ns2np 5 (n + 1)s2 ; EI .
c) Álcool e cetona. 2 6 1
II. ns np (n + 1)s (n + 1)p ; 1
EII .
d) Ácido carboxílico e amina.
e) Amida e éster. III. ns2np4 (n + 1)s2 ; EIII .
2 5
IV. ns np ; EIV .
2 6 2
V. ns np (n + 1)s ; EV .
alternativa B
2 6
Na morfina (presente na papoula) existem os gru- VI. ns np ; EVI .
pos funcionais: VII. ns2np 5 (n + 1)s1 (n + 1)p1 ; EVII .
2 6 1
VIII. ns np (n + 1)s ; EVIII .

Sabendo que|EI| é a energia, em módulo, do

primeiro estado excitado do átomo neutro (A),
assinale a alternativa ERRADA.
a) |EIII − EVI| pode representar a energia
equivalente a uma excitação eletrônica do cá-
tion (A + ).
 química 5

b) |EII − EV | pode representar a energia Pelo grau de ionização ser muito baixo (k I muito
equivalente a uma excitação eletrônica do pequeno), então [H 2 S] = 0,1 − x ≅ 0,1 mol ⋅ L−1 .
ânion (A − ). [H + ][HS − ] (x)(x)
Assim k I = ⇒ 9,1 ⋅ 10 −8 = ⇒
c) |EIV − EVI| pode representar a energia [H 2 S] 0,1
equivalente à ionização do cátion (A + ). ⇒ x = 9,54 ⋅ 10 −5 mol ⋅ L−1 e
d) |EII − EVIII| pode representar a energia [H + ] = [HS − ] = 9,54 ⋅ 10 −5 mol ⋅ L−1 ou [H + ] =
equivalente à afinidade eletrônica do átomo
= [HS − ] ≅ 1 ⋅ 10 −4 mol ⋅ L−1 .
neutro (A).
No equilíbrio iônico II: (quantidades em mol ⋅ L−1 )
e) |EVII − EVIII| pode representar a energia
− + 2−
equivalente a uma excitação eletrônica do HS(aq) H(aq) + S(aq)
átomo neutro (A). início 1 ⋅ 10 −4 1 ⋅ 10 −4 0

alternativa D ioniza −y +y +y
−4 −4
eq. iônico (1 ⋅10 − y) (1 ⋅10 + y) (y)
A afinidade eletrônica do átomo neutro (A) é a
energia liberada quando um elétron é adicionado De modo análogo:
a um átomo neutro e isolado: A + e − → A − [HS − ] = 1 ⋅ 10 −4 − y ≅ 1 ⋅ 10 −4 mol ⋅ L−1 e
Portanto, o valor correto seria |EV − EVIII |.
[H + ] = 1 ⋅ 10 −4 + y ≅ 1 ⋅ 10 −4 mol ⋅ L−1 . Logo
[H + ][S 2 − ] (1 ⋅ 10 −4 ) ⋅ y
k II = −
⇒1,2 ⋅10 −15 = ⇒
Questão 10 [HS ] (1 ⋅ 10 −4 )
⇒ y = 1,2 ⋅ 10 −15 mol ⋅ L−1 ou [S 2 − ] =
Na temperatura de 25 o C e pressão igual = 1,2 ⋅10 −15 mol ⋅ L−1 .
a 1 atm, a concentração de H2 S numa solu- Sendo assim, a alternativa C representa a única
ção aquosa saturada é de aproximadamente concentração molar errada.
0,1 mol L−1 . Nesta solução, são estabelecidos
os equilíbrios representados pelas seguintes
equações químicas balanceadas: Questão 11
I. H2 S(aq) H + (aq) + HS − (aq);
KI (25o C) = 9,1 × 10−8 . Uma mistura de 300 mL de metano e 700 mL
II. HS − (aq) H + (aq) + S2 − (aq); de cloro foi aquecida no interior de um cilin-
dro provido de um pistão móvel sem atrito, re-
KII (25o C) = 1,2 × 10−15 .
sultando na formação de tetracloreto de carbo-
Assinale a informação ERRADA relativa a no e cloreto de hidrogênio. Considere todas as
concentrações aproximadas (em mol L−1 ) das substâncias no estado gasoso e temperatura
espécies presentes nesta solução. constante durante a reação. Assinale a opção
a) [H + ]2[S2 − ] ~ 1 × 10−23 . que apresenta os volumes CORRETOS, me-
b) [S2 − ] ~ 1 × 10−15 . didos nas mesmas condições de temperatura e
c) [H + ] ~ 1 × 10−7 . pressão, das substâncias presentes no cilindro
d) [HS − ] ~ 1 × 10−4 . após reação completa.
e) [H2 S] ~ 1 × 10−1 . Volume Volume Volume Volume
metano cloro tetraclore- cloreto de
alternativa C (mL) (mL) to de car- hidrogênio
bono (mL) (mL)
Para o equilíbrio iônico I: (quantidades em mol ⋅ L−1 )
a) 0 0 300 700
+ −
H 2S(aq) H(aq) + HS(aq)
b) 0 100 300 600
início 0,1 0 0 c) 0 400 300 300
ioniza −x +x +x d) 125 0 175 700
eq. iônico (0,1 − x) (x) (x) e) 175 0 125 700
 química 6

alternativa D II. In2 + (aq) + e − (CM) In+ (aq);

Num sistema gasoso, nas condições de pressão e EoII = −0,40 V.
temperatura constantes, o volume é diretamente
proporcional ao número de mols: III. In3 + (aq) + 2 e − (CM) In+ (aq);

1 CH4(g) + 4 Cl 2(g) → 1 CCl4(g) + 4 HCl(g) EoIII = −0,44 V.

início 300 ml 700 ml 0 0 IV. In3 + (aq) + e − (CM) In2 + (aq);

reage −175 ml −700 ml +175 ml +700 ml EoIV = −0,49 V.
final 125 ml 0 175 ml 700 ml Assinale a opção que contém o valor
CORRETO do potencial-padrão do eletrodo
⎡reagente ⎤
⎢limitante ⎥ representado pela semi-equação
⎣ ⎦ In3 + (aq) + 3e − (CM) In(s).
a) −0,30V. b) −0,34V. c) −0,58V.
d) −1,03V. e) −1,47V.
Questão 12
alternativa B
Considere as seguintes radiações eletromag-
Pode-se representar os potenciais de eletrodo
néticas:
(em volts) das semi-reações do seguinte modo:
I. Radiação Gama.
II. Radiação visível.
III. Radiação ultravioleta.
IV. Radiação infravermelho.
V. Radiação microondas.
Dentre estas radiações eletromagnéticas,
aquelas que, via de regra, estão associadas a
transições eletrônicas em moléculas são
Para se obter o potencial padrão (EVo ) da semi-rea-
a) apenas I, II e III.
ção
b) apenas I e IV. 3+
In(aq) + 3e − (CM) In(s)
c) apenas II e III.
d) apenas II, III e IV. deve-se utilizar a seguinte expressão:
e) todas. EIo + EIIo + EIV
o
EVo =
3
alternativa C ( −0,14) + ( −0,40) + ( −0,49)
EVo = ≅ −0,34 V
As transições eletrônicas em moléculas usual- 3
mente estão associadas às radiações eletromag-
néticas das faixas do visível (luz) e ultravioleta.
A radiação gama é de origem nuclear e as radia- Questão 14
ções menos energéticas, a partir do infraverme-
lho, estão associadas às deformações estruturais
e vibrações das moléculas. Quatro copos (I, II, III e IV) contêm, respec-
tivamente, soluções aquosas de misturas de
substâncias nas concentrações especificadas
a seguir:
Questão 13 I. Acetato de sódio 0,1 mol L−1 + Cloreto de
sódio 0,1 mol L−1 .
Considere os eletrodos representados pelas II. Ácido acético 0,1 mol L−1 + Acetato de só-
semi-equações químicas seguintes e seus res- dio 0,1 mol L−1 .
pectivos potenciais na escala do eletrodo de III. Ácido acético 0,1 mol L−1 + Cloreto de só-
hidrogênio (Eo) e nas condições-padrão: dio 0,1 mol L−1 .
I. In+ (aq) + e − (CM) In(s); IV. Ácido acético 0,1 mol L−1 + Hidróxido de
EoI = −0,14 V. amônio 0,1 mol L−1 .
 química 7

Para uma mesma temperatura, qual deve ser Considerando ácido fraco: 0,1 − x ≅ 0,1
a seqüência CORRETA do pH das soluções x ⋅x
1,8 ⋅ 10 −5 = ⇒ x 2 = 1,8 ⋅ 10 −6
contidas nos respectivos copos? 0,1
x = 1,8 ⋅ 10 −3
Dados eventualmente necessários:
[H + ] = 1,8 ⋅ 10 −3 M ⇒ 2 < pHIII < 3
Constante de dissociação do ácido acético em
água a 25o C: Ka = 1,8 × 10−5 . Copo IV. Como o ácido e a base apresentam a
mesma constante de dissociação, o sal produzido
Constante de dissociação do hidróxido de na neutralização terá caráter neutro.
amônio em água a 25o C: K b = 1,8 × 10−5 . Portanto pHIV = 7 .
a) pHI > pHIV > pHII > pHIII . Logo pHI > pHIV > pHII > pHIII .
b) pHI ~ pHIV > pHIII > pHII .
c) pHII ~ pHIII > pHI > pHIV .
d) pHIII > pHI > pHII > pHIV . Questão 15
e) pHIII > pHI > pHIV > pHII .
214
O 82 Pb desintegra-se por emissão de partí-
alternativa A 214
culas Beta, transformando-se em 83 Bi que,
Copo I. O ânion acetato sofre hidrólise, segundo a por sua vez, se desintegra também por emis-
equação: são de partículas Beta, transformando-se em
CH 3COO − + H 2O CH 3COOH + OH − 214
84 Po. A figura a seguir mostra como varia,
Portanto pHI > 7 .
Copo II. O sal dissocia totalmente, logo: com o tempo, o número de átomos, em porcen-
[CH 3COO − ] = 0,1 M tagem de partículas, envolvidos nestes proces-
O ácido dissocia parcialmente: sos de desintegração. Admita ln 2 = 0,69. Con-
CH 3COOH CH 3COO − + H + sidere que, para estes processos, sejam feitas
início 0,1 M 0,1 M 0 as seguintes afirmações:
reação −x +x +x I. O tempo de meia-vida do chumbo é de
equilíbrio 0,1 − x 0,1 + x x aproximadamente 27 min.
[CH 3COO − ] ⋅ [H + ] II. A constante de velocidade da desintegra-
Ka =
[CH 3COOH] ção do chumbo é de aproximadamente
⎧0,1 − x ≅ 0,1 3 × 10−2 min−1 .
Considerando ácido fraco ⎨
⎩0,1 + x ≅ 0,1 III. A velocidade de formação de polônio é igual
−5 0,1 ⋅ x à velocidade de desintegração do bismuto.
1,8 ⋅ 10 = ⇒ x = 1,8 ⋅ 10 −5 M IV. O tempo de meia-vida do bismuto é maior
0,1
[H + ] = 1,8 ⋅ 10 −5 M ⇒ 4 < pHII < 5 que o do chumbo.
O cálculo do pH de uma solução tampão ácida V. A constante de velocidade de decai-
pode ser feito diretamente, utilizando-se a equa- mento do bismuto é de aproximadamente
ção de Henderson-Hasselbach: 1 × 10−2 min−1 .
[sal]
pHII = pK a + log
[ácido]
0,1
pHII = −log(1,8 ⋅ 10 −5 ) + log ≅ 4,75
0,1
Copo III. O sal dissocia totalmente.
O ácido dissocia parcialmente:
CH 3COOH CH 3COO − + H +
início 0,1 M 0 0
reação −x +x +x
estequiometria 0,1 − x x x
[CH 3COO − ] ⋅ [H + ]
Ka =
[CH 3COOH]
 química 8

Das afirmações acima, estão CORRETAS que esta é mantida constante durante todo o
a) apenas I, II e III. b) apenas I e IV. experimento. Abrindo-se a torneira do tubo
c) apenas II, III e V. d) apenas III e IV. de conexão entre os dois balões, ocorre a mis-
e) apenas IV e V. tura dos dois gases. Após estabelecido o equi-
líbrio, a pressão nos dois balões pode ser ex-
alternativa A pressa em função da constante dos gases (R)
e da temperatura absoluta (T) por
As únicas afirmações corretas são as seguintes:
1 1 3
I. Consultando o gráfico, o tempo para que meta- a) RT. b) RT + 1. c) RT.
de dos átomos se desintegrem é 27 minutos apro- 2 2 2
ximadamente. 1
d) RT + 2. e) RT + 3.
II. Para o cálculo da constante de velocidade, te- 3
N
mos: ln 0 = λ ⋅ ∆t , onde
N
N0 → número de átomos no instante t0 alternativa D
N → número de átomos no instante t Calculando o número de mols dos gases, temos:
λ → constante de velocidade da desintegração • para o balão A:
t → tempo mZn = 180 − 49 = 131 g Zn
(excesso)
No gráfico temos:
Zn(s) + 2 HCl(aq) → H 2(g) + ZnCl 2(aq)
80% do número de átomos t0 = 10 min
40% do número de átomos t = 37 min 1 mol Zn 1 mol H 2
131 g Zn ⋅ ⋅ ≅ 2 mol H 2
∆t = 27 min 65,37 g Zn 1 mol Zn
14 4244 3 14243
N0 = 0,8x m. molar equação
química
N = 0,4x
(x é o número total de átomos) • para o balão B:
N 0,8x PV 3 ⋅4 12
ln 0 = λ ⋅ ∆t ⇒ ln = λ ⋅ 27 ⇒ n = = = mol N 2
N 0,4x RT RT RT
⇒ ln ⋅ 2 = λ ⋅ 27 Cálculo da pressão final:
λ ≅ 2,56 ⋅10 −2 min PTVT = nT RT , sendo VT = VA + VB
III. Observando a equação: nT = nH 2 + nN 2 ; então
214
83 Bi → 214 0
84 Po + −1 β ⎛ 12 ⎞
PT ⋅ 6 = ⎜ + 2 ⎟ ⋅ RT
Para cada átomo de Bi desintegrado, forma-se ⎝ RT ⎠
um de polônio ao mesmo tempo. Concluímos que RT
a velocidade de formação de polônio é igual à ve- PT = 2 +
3
locidade de desintegração de bismuto.

Questão 17
Questão 16
Considere as seguintes equações químicas:
Uma massa de 180 g de zinco metálico é adi- I.
cionada a um erlenmeyer contendo solução
aquosa de ácido clorídrico. Ocorre reação com
liberação de gás que é totalmente coletado
em um Balão A, de volume igual a 2 L. Ter-
minada a reação, restam 49 g de zinco metá-
lico no erlenmeyer. A seguir, por meio de um II.
tubo provido de torneira, de volumes despre-
zíveis, o Balão A é conectado a um Balão B,
de volume igual a 4 L, que contém gás nitro-
gênio sob pressão de 3 atm. Considere que a
temperatura é igual em ambos os balões e
 química 9
III.
IV.
Das reações representadas pelas equações
acima, aquela(s) que ocorre(m) nas condi-
ções-padrão é (são)
a) apenas I. b) apenas I, II e IV.
c) apenas II e III. d) apenas III e IV.
e) todas.
alternativa B
I. O fenol apresenta um caráter ácido e nas condi-
ções-padrão é neutralizado por uma base forte
(NaOH).
II. O fenol reage com o formaldeído nas condi-
ções-padrão formando uma resina fenólica deno-
minada baquelite (ou baquelita).
III. A reação não ocorre devido às característi-
cas do fenol decorrentes da ressonância do
anel aromático e da forte orientação ativante do
grupo —OH para reações eletrófilas aromáticas.
IV. A reação entre o fenol e o ácido nítrico ocorre
nas condições-padrão formando o ácido pícrico.
Observe que o grupo —OH é um forte ativante
orientador orto-para para reações eletrófilas aro-
máticas.
Questão 18
A figura a seguir representa o resultado de
dois experimentos diferentes (I) e (II) realiza-
dos para uma mesma reação química genéri-
ca (reagentes → produtos). As áreas hachura-
das sob as curvas representam o número de
partículas reagentes com energia cinética
igual ou maior que a energia de ativação da
reação (Eat ).
Baseado nas informações apresentadas nesta
figura, é CORRETO afirmar que
a) a constante de equilíbrio da reação nas
condições do experimento I é igual à da rea-
ção nas condições do experimento II.
b) a velocidade medida para a reação nas con-
dições do experimento I é maior que a medida
nas condições do experimento II.
c) a temperatura do experimento I é menor
que a temperatura do experimento II.
d) a constante de velocidade medida nas con-
dições do experimento I é igual à medida nas
condições do experimento II.
e) a energia cinética média das partículas,
medida nas condições do experimento I, é
maior que a medida nas condições do experi-
mento II.
alternativa C
A diferença nas curvas do gráfico mostra que,
para a mesma reação, sem modificação da ener-
gia de ativação (E at ), houve mudança na tempe-
ratura, em que:
temperatura do temperatura do
<
experimento I experimento II
O aumento de temperatura implica em aumento
da energia cinética média das partículas, favore-
cendo a formação dos produtos.
Questão 19
A figura a seguir mostra como o valor do lo-
garitmo da constante de velocidade (k) da
reação representada pela equação química
k
A R varia com o recíproco da temperatu-
ra.
 química 10

Considere que, em relação às informações

mostradas na figura, sejam feitas as afirma- Questão 20
ções seguintes:
Considere os dois eletrodos (I e II) seguintes
e seus respectivos potenciais na escala do
eletrodo de hidrogênio (Eo) e nas condi-
ções-padrão:
I. 2 F − (aq) 2 e − (CM) + F2 (g); EoI = 2,87 V.
II. Mn2 + (aq) + 4 H2O( l )
5 e − (CM) + 8 H + (aq) + MnO4− (aq);
EoII = 1,51 V.
A força eletromotriz de um elemento galvâni-
co construído com os dois eletrodos acima é
I. O trecho a – b da curva mostra a variação de
de ln k da reação direta (A → R) com o recí- a) −1,81 V. b) −1,13 V. c) 0,68 V.
proco da temperatura, enquanto o trecho b – c d) 1,36 V. e) 4,38 V.
mostra como varia ln k da reação inversa
(R → A) com o recíproco da temperatura. alternativa D
II. Para temperaturas menores que Tb , o me-
O cálculo da f.e.m. de um elemento galvânico
canismo controlador da reação em questão é
pode ser feito utilizando-se a expressão:
diferente daquele para temperaturas maiores
f.e.m. = Ered . − Ered .
que Tb .
(maior) (menor)
III. A energia de ativação da reação no trecho
a – b é menor que a no trecho b – c. Deste modo, para o elemento citado tem-se que:
IV. A energia de ativação da reação direta f.e.m. = 2,87 − 1,51 = +1,36 V
(A → R) é menor que a da reação inversa As semi-reações e a equação global deste pro-
cesso são:
(R → A).
5 F2(g) + 10 e − (CM) redução 10 F(aq)
−
Das afirmações acima, está(ão) CORRETA(S)
a) apenas I e IV. b) apenas I, II e IV. 2+ oxidação
c) apenas II. d) apenas II e III. 2 Mn(aq) + 8 H 2O( l)
e) apenas III.
− +
oxidação
2 MnO4(aq) + 16 H(aq) + 10 e − (CM)
alternativa D
2+ equação
Analisando as afirmações, temos: 5 F2(g) + 2 Mn(aq) + 8 H 2O
global
I. Errada. O gráfico mostra a variação de ln k,
onde k é a constante cinética da reação direta. equação − − +
II. Correta. Na temperaturaTb , muda-se a inclina- 10 F(aq) + 2 MnO4(aq) + 16 H(aq)
ção da reta. global
III. Correta. Segundo a Equação de Arrhenius
E 1
ln k = ln A − a ⋅ , temos que o coeficiente an-
R T
E
Questão 21
gular é igual a − a , na qual E a é a energia de
R
ativação da reação, assim sendo, quanto mais Descreva os procedimentos utilizados na de-
acentuada a inclinação da reta (trecho b – c) terminação do potencial de um eletrodo de co-
maior será a energia de ativação. bre Cu(s)|Cu2 + (aq). De sua descrição devem
IV. Errada. Quanto maior a temperatura, maior constar:
será o ln k, favorecendo a reação direta (A → K);
logo esta é endotérmica. A energia de ativação da a) A listagem de todo o material (soluções,
reação direta é, portanto, maior que a energia de medidores etc.) necessário para realizar a
ativação da reação inversa. medição do potencial do eletrodo em questão.
 química 11
b) O desenho esquemático do elemento galvâ-
nico montado para realizar a medição em
questão. Deixe claro nesse desenho quais são
os pólos positivo e negativo e qual dos eletro-
dos será o anodo e qual será o catodo, quando
corrente elétrica circular por esse elemento
galvânico. Neste último caso, escreva as
equações químicas que representam as rea-
ções anódicas e catódicas, respectivamente.
c) A explicação de como um aumento do valor
das grandezas seguintes afeta o potencial do
eletrodo de cobre (Aumenta? Diminui? Não al-
tera?): área do eletrodo, concentração de cobre
no condutor metálico, concentração de íons co-
bre no condutor eletrolítico e temperatura.
Resposta
a) Para se determinar o potencial de um eletrodo
2+
de cobre (Cu (aq) / Cu (s) ) é necessário haver outro
eletrodo cujo potencial seja exatamente conheci-
do. Os dois eletrodos podem ser combinados
para formar uma célula voltáica cuja f.e.m. pode
ser medida diretamente utilizando-se um voltíme-
tro (V). Desse modo, necessita-se, primeiramente,
de um eletrodo de referência que será ligado ao
eletrodo de cobre. O eletrodo de referência primá-
rio é o eletrodo padrão de hidrogênio (EPH) cujo
potencial, a 25 o C e 1 atm, foi adotado como sen-
do igual a zero. Um eletrodo de hidrogênio típico
(do tipo sino de Hildebrand), consiste numa folha
de platina recoberto eletroliticamente com negro
de platina (platina/platinizada), imerso numa solu-
ção de HCl contendo íons H + com atividade uni-
tária. O hidrogênio gasoso à pressão de uma at-
mosfera é passado sobre a folha de platina atra-
vés de um tubo lateral e escapa por pequenos fu-
ros do tubo de vidro. A ligação da platina com o
circuito externo é feita com mercúrio (vide figura).
O eletrodo de cobre é constituído de uma folha de
cobre imersa numa solução aquosa de CuSO4 . A
interligação entre os eletrodos e o voltímetro é fei-
ta por um fio de cobre de pureza conhecida.
Uma ponte salina (agar-agar/KCl) foi usada como
elemento de contato iônico entre os eletrodos.
b)
Semi-reações:
redução
2+
Cu (aq) + 2 e− Cu (s)
cátodo
oxidação
+
H 2(g) 2 H(aq) + 2 e−
ânodo
c) A área do eletrodo de cobre influenciará na du-
ração da pilha, não na determinação do potencial.
A concentração de cobre no fio condutor, ou seja,
a pureza da liga de cobre, influenciará na passa-
gem de elétrons entre os eletrodos. Quanto mais
puro o material, melhor será a condução e mais
precisa será a medida do potencial.
A Equação de Nernst
RT
E eletrodo = E oeletrodo − ln Q
nF
permite prever que o aumento da temperatura cau-
sará a diminuição do potencial e que o aumento da
concentração de Cu 2 + na solução aumentará o
potencial do eletrodo. Para a semi-reação de redu-
ção do cobre:
1
2+
Cu (aq) + 2 e − red. Cu (s) , Q =
[Cu 2 + ]
Questão 22
Deseja-se preparar 57 gramas de sulfato de
alumínio [Al2 (SO4 )3 ] a partir de alumínio só-
lido (Al), praticamente puro, e ácido sulfúri-
co (H2 SO4 ). O ácido sulfúrico disponível é
uma solução aquosa 96 % (m/m), com massa
específica de 1,84 g cm−3 .
a) Qual a massa, em gramas, de alumínio ne-
cessária para preparar a quantidade de
Al2 (SO4 )3 especificada? Mostre os cálculos
realizados.
b) Qual a massa, em gramas, de ácido sulfú-
rico necessária para preparar a quantidade
de Al2 (SO4 )3 especificada? Mostre os cálculos
realizados.
c) Nas condições normais de temperatura e
pressão (CNTP), qual é o volume, em litros,
de gás formado durante a preparação da
quantidade de Al2 (SO4 )3 especificada? Mos-
tre os cálculos realizados.
d) Caso a quantidade especificada de
Al2 (SO4 )3 seja dissolvida em água acidulada,
formando 1 L de solução, qual a concentração
de íons Al 3 + e de íons SO24 − existentes nesta
solução?
 química 12

Resposta 57 g Al 2 (SO4 ) 3 1 mol Al 2 (SO4 ) 3

[SO42 − ] = ⋅ ⋅
1 l solução 342,14 g Al 2 (SO4 ) 3
Temos a seguinte equação química: 1444424444 3
m. molar
2 Al(s) + 3 H 2 SO4(aq) → Al 2 (SO4 ) 3(aq) + 3 H 2(g)
3 mols SO42 − mol SO42 −
⋅ ≅ 0,50
a) Cálculo da massa de alumínio necessária para 1 mol Al 2 (SO4 ) 3 l solução
formar 57 g de Al 2 (SO4 ) 3 : 144424443
f . química
1 mol (Al 2 (SO4 ) 3
mAl = 57 g Al 2 (SO4 ) 3 ⋅ ⋅
342,14 g Al 2 (SO4 ) 3
1444424444 3
massa molar Questão 23
2 mols Al 26,98 g Al
⋅ ⋅ ≅ 8,99 g Al Uma solução aquosa foi preparada em um
1 mol Al 2 (SO4 ) 3 114 mol
4244
Al3
144424443 balão volumétrico de capacidade igual a 1 L,
eq. química massa molar
adicionando-se uma massa correspondente
b) Cálculo da massa de solução de H 2 SO4 (ácido a 0,05 mol de dihidrogenofosfato de potássio
sulfúrico disponível) necessária ao preparo de (KH2 PO4 ) sólido a 300 mL de uma solução
57 g de Al 2 (SO4 ) 3 : aquosa de hidróxido de potássio (KOH)
msolução = 57 g Al 2 (SO4 ) 3 ⋅ 0,1 mol L−1 e completando-se o volume do ba-
lão com água destilada.
1 mol Al 2 (SO4 ) 3 3 mols H 2 SO4
⋅ ⋅ ⋅ Dado eventualmente necessário: pKa =
342,14 g Al 2 (SO4 ) 3 1 mol Al 2 (SO4 ) 3 = − log Ka = 7,2 , em que Ka = constante de
1444424444 3 144424443
m. molar eq. química dissociação do H2 PO4− em água a 25o C.
98,08 g H 2 SO4 100 g solução de H 2 SO4 a) Escreva a equação química referente à rea-
⋅ ⋅ ≅
1 mol H 2 SO4 96 g H SO4 ção que ocorre no balão quando da adição do
144 42444 3 1444442244444 3
m. molar % em massa KH2 PO4 à solução de KOH.
b) Determine o pH da solução aquosa prepa-
≅ 51,06 g de solução de H 2 SO4 rada, mostrando os cálculos realizados.
c) O que ocorre com o pH da solução prepara-
c) Cálculo do volume em litros do gás hidrogênio da (Aumenta? Diminui? Não altera?) quando
formado, nas CNTP, quando 57 g de Al 2 (SO4 ) 3
a 100 mL desta solução for adicionado 1 mL
forem formados:
de solução aquosa de HCl 0,1 mol L−1 ? Justi-
1 mol Al 2 (SO4 ) 3 fique sua resposta.
VH 2 = 57 g Al 2 (SO4 ) 3 ⋅ ⋅
342,14 g Al 2 (SO4 ) 3 d) O que ocorre com o pH da solução prepara-
1444424444 3
massa molar da (Aumenta? Diminui? Não altera?) quando
3 mols H 2 22,4 l H 2 a 100 mL desta solução for adicionado 1 mL
⋅
1 mol Al 2 (SO4 ) 3
⋅
1 mol H 2
≅ 11,19 l H 2 de solução aquosa de KOH 0,1 mol L−1 ? Justi-
144424443 14243 fique sua resposta.
eq. química volume molar
nas CNTP
Resposta
d) Cálculo da concentração de íons Al3 + em 1 l
de solução a partir de 57 g de Al 2 (SO4 ) 3 : a) KH 2 PO4(s) + KOH(aq) → H 2O( l) + K 2 HPO4(aq)
57 g Al 2 (SO4 ) 3 1 mol Al 2 (SO4 ) 3
[ Al3 + ] = ⋅ ⋅ b) Cálculo do número de mols de KOH:
1 l solução 342,14 g Al 2 (SO4 ) 3 0,1 mol KOH
1444424444 3 0,3 L solução = 0,03 mol KOH
m. molar 1 L solução
1442443
conc. molar
2 mols Al3 + mol Al3 +
⋅ ≅ 0,33 Logo, há um excesso de 0,02 mol de KH 2 PO4 .
1 mol Al 2 (SO4 ) 3 l solução Ocorre dissociação do sal seguida de hidrólise do
144424443
f . química ânion:
+ −
KH 2 PO4(aq) → K (aq) + H 2 PO4(aq)
Cálculo da concentração de íons SO42 − na mes-
− 2− +
ma solução: H 2 PO4(aq) + H 2O( l) HPO4(aq) + H 3O(aq)
 química 13

A solução se comportará como um tampão ácido,

cujo pH pode ser calculado pela expressão:
[HPO42 − ]
pH = pK a + log
[H 2 PO4− ]
Como [HPO42 − ] = 0,03 mol/L e [H 2 PO4− ] =
= 0,02 mol/L:
0,03
pH = 7,2 + log ≅ 7,4
0,02
c) e d) Tipicamente, a solução-tampão formada
de um ácido fraco (H 2 PO4− ) e seu ânion derivado
(HPO42 − ) não sofrerá variações apreciáveis de pH
quando da adição de pequenas quantidades de
solução ácida (HCl) ou básica (KOH).

Questão 24

Certa reação química exotérmica ocorre, em

dada temperatura e pressão, em duas etapas
representadas pela seguinte seqüência de
equações químicas: A + B → E + F + G
E+ F + G → C+ D
Represente, em um único gráfico, como varia
a energia potencial do sistema em transfor-
mação (ordenada) com a coordenada da rea-
ção (abscissa), mostrando claramente a varia-
ção de entalpia da reação, a energia de ativa- Vamos usar o gráfico com o primeiro perfil:
ção envolvida em cada uma das etapas da rea-
ção e qual destas apresenta a menor energia
de ativação. Neste mesmo gráfico, mostre
como a energia potencial do sistema em trans-
formação varia com a coordenada da reação,
quando um catalisador é adicionado ao siste-
ma reagente. Considere que somente a etapa
mais lenta da reação é influenciada pela pre-
sença do catalisador.

Resposta
Um gráfico de uma reação exotérmica, em dada
T e p, que ocorre em duas etapas em seqüência,
pode apresentar vários perfis:

Questão 25

São preparadas duas misturas: uma de água

e sabão e a outra de etanol e sabão. Um feixe
de luz visível incidindo sobre essas duas
misturas é visualizado somente através da
mistura de água e sabão. Com base nestas
informações, qual das duas misturas pode
ser considerada uma solução? Por quê?
 química 14

Resposta
Mistura água e sabão: o sistema é coloidal e ob-
serva-se o efeito Tyndall, que consiste na disper-
são da luz, tornando o sistema não-transparente e
permitindo a visualização do raio de luz. Esse sis-
tema é um colóide, isto é, não é uma solução ver-
dadeira.
Mistura etanol e sabão: o sistema não apresenta
o efeito Tyndall, caracterizando uma solução ver-
dadeira. O etanol, por ser menos polar que a
água, dissolve melhor o sabão.

J
3,0 ⋅ 7 min
Questão 26 N
Área = calor trocado = min = 10,5 J
2
Como este calor foi trocado na formação de 1 mol
O gráfico a seguir mostra a variação, com o do produto, temos:
tempo, da velocidade de troca de calor du- Q = 10,5 J ⋅ mol −1 = 1,05 ⋅10 −2 kJ ⋅ mol −1
rante uma reação química. Admita que a) A partir novamente do gráfico temos:
1 mol de produto tenha se formado desde o
início da reação até o tempo t = 11 min. Utili-
zando as informações contidas no gráfico, de-
termine, de forma aproximada, o valor das
quantidades abaixo, mostrando os cálculos
realizados.

J
1 ⋅ 1,5 min
N
Área = calor trocado = min = 0,75 J
2
Então:
1 mol N
0,75 J = 0,08 mol de produto
9,45
1424
J
3
calor trocado por
a) Quantidade, em mols, de produto formado mol de produto
até t = 4 min.
b) Quantidade de calor, em kJ mol −1 , libera-
da na reação até t = 11 min. Questão 27

Resposta Um dos sistemas propelentes usados em fo-

A quantidade de calor trocada durante a reação
química é diretamente proporcional ao número de
mols do produto formado (1 mol).
b) A partir do gráfico podemos calcular, aproxi-
madamente, o calor total trocado na formação de
1 mol do produto:
guetes consiste de uma mistura de hidrazina
(N2 H4 ) e peróxido de hidrogênio (H2O2 ). Sa-
bendo que o ponto triplo da hidrazina corres-
ponde à temperatura de 2,0 oC e à pressão de
3,4 mm Hg, que o ponto crítico corresponde à
temperatura de 380 oC e à pressão de 145 atm
 química 15

e que na pressão de 1 atm as temperaturas de ∆Hreação = ( −967,2) − ( −375,6 + 50,6)

fusão e de ebulição são iguais a 1,0 e 113,5 oC, ∆Hreação = −967,2 + 325,0 ⇒
respectivamente, pedem-se: ⇒ ∆Hreação = −642,2 kJ/mol N 2 H4
a) Um esboço do diagrama de fases da hidra-
zina para o intervalo de pressão e temperatu-
ra considerados neste enunciado. Questão 28
b) A indicação, no diagrama esboçado no item
a), de todos os pontos indicados no enunciado
e das fases presentes em cada região do dia- Um recipiente aberto, mantido à temperatu-
grama. ra ambiente, contém uma substância A (s)
c) A equação química completa e balanceada que se transforma em B (g) sem a presença
que descreve a reação de combustão entre hi- de catalisador. Sabendo-se que a reação
drazina e peróxido de hidrogênio, quando estes acontece segundo uma equação de velocida-
são misturados numa temperatura de 25 oC e de de ordem zero, responda com justificati-
pressão de 1 atm. Nesta equação, indique os vas às seguintes perguntas:
estados físicos de cada substância. a) Qual a expressão algébrica que pode ser
d) O cálculo da variação de entalpia da rea- utilizada para representar a velocidade da
ção mencionada em c). reação?
Dados eventualmente necessários: variação b) Quais os fatores que influenciam na veloci-
dade da reação?
de entalpia de formação (∆Hof ), na tempera-
c) É possível determinar o tempo de meia-vida
tura de 25 oC e pressão de 1 atm, referente a: da reação sem conhecer a pressão de B (g) ?
N2 H4 (g) : ∆Hof = 95,4 kJ mol −1 .
N2 H4 ( l ) : ∆Hof = 50,6 kJ mol −1 . Resposta
o −1
H2O2 ( l ) : ∆H f = −187,8 kJ mol . Para a reação química de ordem zero:
H2O(g) : ∆Hof = −241,8 kJ mol −1 . A(s) → B(g)
Temos que:
a) A expressão algébrica que representa a veloci-
Resposta dade da reação é:
∆( mA )
a) v=− = K’(mA )0 = K
∆t
K = constante
m0A − mtA = K ⋅ t
mA = massa de A(s)
b) Considerando que a substância A(s) é mantida
na temperatura ambiente (T constante) e sem a
presença de um catalisador, a velocidade desta
reação de ordem zero é constante e provém da
natureza da substância A(s) constituindo uma de
suas características e não sofrendo influência de
outros fatores.
c) A meia-vida da reação poderia ser determinada
b) Ponto Pressão Temp. ( o C) pela variação da massa de A(s) da expressão do
A (triplo) 3,4 mmHg (4,47 ⋅ 10 −3
atm) 2 item a:
m0
B (crítico) 145 atm 380 mtA = A
C (fusão) 1 atm 1 2
0
D (ebulição) 1 atm 113,5 m
m0A − A = K ⋅ t 1
2
c)1 N 2 H4( l) + 2 H 2O2( l) → 1 N 2(g) + 4 H 2O(g) 2
m0 ⎛ 1⎞
d) ∆Hreação = ( ∆Hf0 N 2(g) + t1 = A ⎜1 − ⎟
K ⎝ 2⎠
2
+ 4 ∆Hf0 H 2O(g) ) − (2 ∆Hf0 H 2O2( l) +
+ ∆Hf0 N 2 H 2( l) ) m0A
t1 =
2K
∆Hreação = (0 + 4 ⋅ ( −241,8)) − (2 ⋅ ( −187,8) + 50,6) 2
 química 16

d) Manipulando a expressão de K c , temos:

Questão 29
Uma mistura gasosa é colocada a reagir den-
tro de um cilindro provido de um pistão mó-
vel, sem atrito e sem massa, o qual é mantido
à temperatura constante. As reações que
ocorrem dentro do cilindro podem ser generi-
camente representadas pelas seguintes equa-
ções químicas:
I. A (g) + 2 B (g) 3C (g).
II. C(g) C(l).
O que ocorre com o valor das grandezas abai-
xo (Aumenta? Diminui? Não altera?), quando
o volume do cilindro é duplicado? Justifique
suas respostas.
a) Quantidade, em mols, da espécie B.
b) Quantidade, em mols, da espécie C líquida.
c) Constante de equilíbrio da equação I.
d) Razão [C]3 / [B]2 .
Resposta
Considerando que o equilíbrio I, devido à sua ra-
zão (1 : 1) entre os mols dos reagentes e produ-
tos gasosos não é perturbado por uma variação
de volume-pressão, temos:
a) O aumento de volume diminui inicialmente as
concentrações de A(g) , B(g) e C(g) (sem deslocar
o equilíbrio I). A diminuição repentina de [C(g) ]
desloca o equilíbrio II para a esquerda aumentan-
do a [C(g) ] até alcançar o valor inicial de equilíbrio
com C( l) .
Agora, esta variação de [C(g) ] irá, pelo Princípio
de Le Chatelier, deslocar o equilíbrio I para a es-
querda no sentido do aumento de [B(g) ] e de
[A(g) ]. Estas variações nas concentrações de A(g)
e B(g) irão levá-las até os valores iniciais do equilí-
[C(g) ] 3
[A(g) ] ⋅ K c = = constante
[B(g) ] 2
Explicação: A [C(g) ] no equilíbrio inicial e no equi-
líbrio final apresenta o mesmo valor porque C(g)
está em equilíbrio também com C( l) , isto é, após
a descompressão, C( l) evapora até que pC(g) al-
cance o valor da pressão de vapor.
Portanto, na expressão anterior, como [C] e K c
são constantes, [A] e [B] também são necessaria-
mente constantes.
Questão 30
Dois substratos de vidro, do tipo comumente
utilizado na fabricação de janelas, foram lim-
pos e secos. Nas condições ambientes, deposi-
taram-se cuidadosamente uma gota (0,05 mL)
de mercúrio sobre um dos substratos e uma
gota (0,05 mL) de água sobre o outro substra-
to. Considere os líquidos puros.
a) Desenhe o formato da gota de líquido depo-
sitada sobre cada um dos substratos.
b) Justifique a razão de eventuais diferenças
nos formatos das gotas dos líquidos deposita-
das sobre cada um dos substratos de vidro.
c) Qual a influência do volume do líquido no
formato das gotas depositadas sobre os subs-
tratos?
Resposta
a)
gota de água

brio antes do aumento do volume. Portanto, como

o volume foi dobrado e a [B(g) ]i = [B(g) ]f , a quan-
tidade em mols de B(g) aumentou.
b) O deslocamento do equilíbrio II, conforme des-
crito no item a, leva a uma diminuição da quanti-
dade, em mols, de espécie C( l) .
c) A expressão de K c é: gota de mercúrio
[C(g) ] 3
Kc =
[A(g) ][B(g) ] 2
e lembrando que a temperatura permanece cons-
tante durante todo o procedimento, concluímos
que K c não se altera.
 química 17

b) Este problema está associado à energia de su- c) O aumento do volume do líquido irá aumentar
perfície. Quanto maior for a tensão superficial na o tamanho da gota no sentido horizontal, mas
interface substrato-líquido, menor deve ser o con- mantendo o mesmo ângulo θ (diédrico).
tato entre as duas fases (líquido-vidro).
Em um caso extremo (mercúrio), o contato ocorre
através de uma superfície muito pequena (quase
um ponto), dando à gota uma geometria quase
esférica e indicando a altíssima tensão superficial
do mercúrio.