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Geografia

Expansão Urbana
- Crescimento demográfico
- Crescimento espacial
- Crescimento funcional
A suburbanização
Divide-se em duas fases:

Fase centrípeta- Fase de densificação, concentração da população e das atividades


económicas no centro das cidades.
- Concentração demográfica e económica nos centros urbanos.

Fase Centrífuga- Fase de desdensificação, desconcentração da população e das


atividades económicas do centro da cidade.
- Saída da população, das indústrias e das funções terciárias de nível mais alto
movimento de desconcentarção urbano que alarga o espaço urbano envolvente.

Suburbanização: Processo de expansão e ocupação urbana para os subúrbios - áreas


que rodeiam a cidade. Tem como principais fatores:
‣ Desenvolvimento dos transportes e das vias de comunicação
‣ Desenvolvimento das atividades económicas (necessidade de expandir e modernizar
as empresas, levando à procura de novos espaços de localização)
‣ Vastas áreas na periferia com menor custo do solo
‣ Escassez de habitação no centro da cidade e maior custo do solo
‣ Vastos espaços sem ocupação (vantajoso especialmente para a indústria)
‣ Maior nº de automóveis por habitante (facilita as deslocações pendulares
A expansão urbana dá origem a:

Periurbanização - Expansão do espaço urbano para lá da área suburbana, ocupando


o espaço de forma descontínua e dispersa, não havendo por isso, uma distinção nítida
entre o campo e a cidade.
Rurbanização - Construção do espaço urbano em áreas rurais, migração das
populações para pequenas povoações situadas a maior distância (dentro das áreas
rurais).

Impactes da expansão urbana


‣ Intensificação dos movimentos pendulares
‣ Pressão sobre os transportes urbanos e suburbanos
‣ Habitação precária
‣ Custo elevado das redes de distribuição de água e energia de saneamento
‣ Oferta de serviços e equipamentos coletivos insuficientes
‣ Ocupação de áreas agrícolas e florestais
As áreas metropolitanas de Lisboa e P!to
Área Metropolitana: Espaço que inclui a cidade principal (metrópole), a área suburbana
e as suas cidades, no qual se desenvolvem relações de forte interdependência e
complementaridade (grandes fluxos demográficos e económicos).

1991- Áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto

2003- Comunidades intermunicipais (CIM), conjunto de


municípios de cada NUTS III

2013- Estabeleceu-Se o atual regime jurídico das


autarquias e das CIM, redefiniram-se os órgãos, as
atribuições e as competências das 2 AM’s.

Competências das áreas metropolitanas:


• Planear a atuação de entidades públicas de âmbito
metropolitano
•Participar, na definição de redes de serviços e
equipamentos de âmbito metropolitano.
• Participar na elaboração dos planos e programas de investimentos públicos com
incidência na área metropolitana.

AML- 18 municípios

AMP- 17 municípios

As 2 áreas metropolitanas são polos de desenvolvimento que ultrapassam o nível


regional e influenciam todo o país devido concentração de população e de empresas -
aumenta a capacidade de produzir riqueza e de inovar.

Dinamismo das áreas metropolitanas


As áreas metropolitanas conjugam o dinamismo económico com concentração demográfica
e boas vias de comunicação. As novas empresas tendem a instalar-se nas áreas
metropolitanas ou nas suas áreas de influência: Macrorregião do noroeste e o arco
metropolitano de Lisboa.

*Macrorregião: Grandes áreas sem limites administrativos, englobando múltiplas cidades


com atividades e dinâmicas do mercado de trabalho e outras que as ligam entre si.

Dinamismo demográfico

AMP

17 municípios 2040 km de área 1 722 000 habitantes

AML

18 municípios 3 015 km de área 2 871 130 habitantes


O crescimento demográfico das áreas metropolitanas e a sua desigual distribuição por
concelhos refletem-se na estrutura etária da população.

Porque é que ocorre uma forte concentração demográfica nas áreas metropolitanas?

Ambas as áreas metropolitanas conjugam um forte dinamismo económico, oferta de


emprego, maior quantidade e diversidade de serviços, boas vias de comunicação e
outros fatores que atraem a população para estas regiões.

Caracterizam-se por uma população: + jovem, + instruída, + qualificada…

Perda demográfica nos municípios centrais

Maior crescimento dos concelhos na periferia


1) Devido aos elevados custos do solo e das rendas
2) Melhoria das acessibilidades , disponibilidade de espaço para construção e menor
custo de habitação , etc.

Dinamismo económico
Na AML predomina o setor ternário, exceto em Palmela onde domina o secundário. Na
AMP o setor ternário, apesar de representar menos peso do que na AML, é igualmente o
que predomina.

Emprego nas AM
Estes valores derivam da evolução da indústria no Norte e aos recursos naturais que são
aproveitados.

Porto: Domina o setor terciário, o setor secundário também representa grande parte.
Lisboa: Domina também o setor terciário, contudo representa mais de 3/4 do emprego
na AM, mais dominante do que no porto, o setor secundário representa uma pequena
parte.

A indústria nas AM’S

AMP
‣ Empresas intensivas de mão de obra; pequenas empresas familiares (Daí o grande nº
de estabelecimentos e trabalhadores) contudo têm baixa produtividade, que se
reflete no volume de negócios.
‣ Tecido industrial tem aumentado a base tecnológica e inovadora- contribui para o
aumento do emprego industrial.

AML
‣ AS empresas são em média de maior dimensão, menos intensivas em mão de obra, com
menor volume de negócios
‣ Intensiva em capital, com maior especialização tecnológica e maior produtividade
‣ > nº de establecimientos — < nº de negócios

Fatores de localização industrial nas AM


‣ Grande concentração de empresas e oferta de múltiplos serviços
‣ Boas acessibilidades e infra-estruturas de vários domínios
‣ Grande oferta de mão de obra
‣ Facilidade de criação de parcerias/complementaridade
‣ Permite a formação de clusters (concentração de empresas com características
semelhantes)
‣ Centros universitários e outros polos de investigação e inovação

Clusters acabam por ser agregadores de empresas do mesmo ramo e de ramos


complementares para gerar inovação e competitividade.

Daí a maioria das industrias transformadoras se localizar na macrorregião do noroeste


e no arco metropolitano de Lisboa. Incluem também o litoral centro (Aveiro, Coimbra e
Leiria), mas com ramificações para o interior (Viseu, Guarda, Covilhã, etc.)

Indústria transformadora: Atividades que transformam matérias primas em novos


produtos.
Ex.: Volkswagen em Palmela: Custos de fabrico; localização próxima do porto de Setúbal,

Especialização regional
‣ Indústria farmacêutica em Lisboa ( + de 60% do volume de negócios)
‣ Têxteis, calçado e couro, mobiliário, madeira e cortiça na macrorregião do noroeste
‣ Indústria química e de equipamentos elétricos em ambas
‣ Indústria alimentar, especialmente no Porto e em Lisboa
‣ Indústria automóvel (Porto, Aveiro e Braga)
A qualidade de vida urbana
A qualidade de vida urbana depende essencialmente da capacidade de resposta às
necessidades da população, no que respeita a:
‣ Qualidade do ar e ambiente urbano
‣ Recolha de resíduos e limpeza da cidade
‣ Mobilidade entre a cidade e as áreas suburbanas
‣ Acesso à habitação e prevenção da exclusão social

Problemas Urbanos

Saturação de infra-estruturas e serviços públicos


‣ Excesso de trânsito e difícil estacionamento
‣ Redes de transportes públicos insuficientes
‣ Tempos grandes de espera nos serviços de justiça, saúde, etc.

Falta de habitação e condição de habitabilidade


‣ Degradação de muitos edifícios que estão abandonados ou habitados por pop. Idosa e
de fracos recursos
‣ Casas sem condições mínimas de segurança e conforto
‣ Especulação imobiliária (subida exagerada das rendas devido ao aumento da procura
e à escassez da oferta)

Envelhecimento Demográfico
‣ A maioria das famílias e jovem não consegue pagar o custo de habitação ma cidade,
e sai para os subúrbios
‣ Pobreza (Baixas pensões de reforma, famílias só com um salário, baixos salários,
emprego precário ou até desemprego, sem-abrigo)
‣ Deslocações Pendulares (Distâncias cada vez maiores: causam despesas, stress,
doenças do foro psiquiátrico, etc.)
‣ Ausência dos pais muitas horas por dia

Pressão Ambiental
A expansão urbana causa vários danos como por exemplo perda de biodiversidade,
ocupação de solos com aptidão agrícola, altos níveis de ruído e poluição atmosférica…
Para estes fatores contribuem:
‣ Materiais de construção e impermeabilização dos solos que absorvem e refletem a
radiação solar;
‣ Climatização artificial e a iluminação dos edifícios, ruas e monumentos;
‣ Calor proveniente dos meios de transporte
Planeamento urbano
Para o planeamento urbano, existem instrumentos próprios na administração local:

PDM (Planos Diretores Municipais):


- Planos de urbanização
- Planos de pormenor
PDM - São regulamentos administrativos da responsabilidade dos municípios, de
existência obrigatória e têm como objetivo a definição estratégica de desenvolvimento e
ordenamento do território e da política urbana, estabelecem as linhas gerais do uso do
solo e respetiva execução.

Plano de urbanização
Definem a organização espacial de uma área do perímetro urbano do território
municipal, onde é necessária uma intervenção
‣ Definição da rede viária estruturante
‣ O estacionamento
‣ Valores naturais e culturais a preservar
‣ …

Planos de pormenor

Desenvolvem e concretizam com detalhe propostas de organização espacial, servem de


base aos planos de execução de infra-estruturas, arquitetura, etc. da cidade, de acordo
com as prioridades estabelecidas no PDM e PU.

A revitalização do centro das cidades

Revitalização urbana

Manter todas as características funcionais do edificado, contudo, melhorando as suas


condições, promover a dinamização de atividades, tornando a área mais atrativa
(compromisso entre a identidade original e a própria reabilitação)
1. Intervenção nas áreas degradadas de forma a melhorar as condições físicas do
edificado conservando a sua identidade;

2. Intervenção em que funções existentes são mantidas, bem como o estatuto


socioeconómico dos moradores;

Está associada ao processo de gentrificação (substituição da população residente numa


determinada área).

‣ Requalificação urbana
Melhorar as condições de vida da população de uma área abandonada/degradada para
valorizar e repor a sua centralidade e atratividade, pode alterar as suas antigas
funções.
1. Alteração funcional dos edifícios e dos espaços devido à redistribuição da população
e das atividades económicas

2. Associada ao programa POLIS


Programa Polis
Apoio financeiro a programas de requalificação urbanística financiado pela UE. Para
todas as iniciativas que tenham como objetivo a requalificação urbanística e ambiental
das cidades.

Principais objetivos
‣ Operações de requalificação urbana com uma grande componente de valorização
ambiental.
‣ Apoiar iniciativas que visam aumentar os espaços verdes, promover áreas pedonais e
condicionar o trânsito automóvel em centros urbanos
‣ Ações que contribuam para requalificação dos centros urbanos e que promovam a
multifuncionalidade desses centros.

Âmbitos da requalificação urbana


‣ Económico: (Condições que mantenham as atividades economicamente rentáveis)
‣ Social: (Integrar toda a população, evitando bolsas de pobreza/marginalidade)
‣ Ambiental: (Qualidade de vida à pop. melhorando as condições dos espaços em
função dos seus utilizadores)

Renovação Urbana
O património urbanístico/imobiliário é substituído no seu todo:
‣ Demolição total/parcial de edifícios estruturais de uma área
‣ Construção de novos edifícios/reocupação com novas funções e classes sociais mais
favorecidas
Mudança de estatuto:

‣ Socioeconómico- Reconstrução de novos e modernos edifícios ocupados agora por


classes + favorecidas

‣ Funcional- Introduzem-se por exemplo funções terciárias de nível superior


(Comércio de luxo, bancos, etc.)
Humanizar os espaços de Vivência
Valorização urbana
‣ Reduzir o tráfego urbano ( + parques de estacionamento na entrada das cidades,
melhoria da eficácia dos transportes públicos sem aumentar o seu custo)
‣ Aumentar o nº e a qualidade de espaços verdes e requalificar os já existentes
‣ Serviços de apoio à população idosa (Acompanhamento domiciliário, Contacto social e
participação em atividades
Cidades sustentáveis e inclusivas
O bom planeamento gera cidades com mais oportunidades económicas, profissionais e de
inclusão.
Planear…

1. Investimento na mobilidade urbana e micromobilidade


‣ Atrai mais investimento (acessibilidade é fundamental para todos)
‣ Menos tempo no trânsito e menos € em combustível
‣ Consome-se menis energia

2. Zonas Multifuncionais
‣ Aumenta a mobilidade
‣ Diminui as deslocações

3. Edifícios com eficiência energética


‣ Reduz o consumo de energia
‣ Condições para a captura do Co2 e libertação de O2

4. Maior = social, com espaços e orçamento para:


‣ Realojamento da população
‣ Serviços de apoio a sem-abrigo e emigrantes
‣ Melhorar os bairros periféricos e subúrbios (cria emprego e promove o
desenvolvimento local)

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