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As áreas metropolitanas de lisboa e do porto

A relação de dependência das áreas suburbanas face às 2 metrópoles foi se transformando


numa dinâmica de complementaridade, para prevenir e resolver problemas comuns, criaram-
se:
→As áreas metropolitanas de Lisboa e Porto (1991)
→As comunidades intermunicipais (CIM), conjunto de municípios de cada NUTS III (2008)

Apenas em 2013 se estabeleceu o atual regime jurídico das autarquias e das CIM e se
redefiniram os órgãos, as atribuições e as competências das AML e AMP

Área metropolitana: espaço que inclui a cidade principal, a área suburbana e as suas cidades,
no qual se desenvolvem relações de forte independência com fluxos económicos e
demográficos.

Nas duas áreas metropolitanas desenvolvem-se intensas relações de complementaridade, que


aumentam o seu dinamismo e a sua competitividade como um todo. Gradualmente, passa-se
de uma estrutura funcional monocêntrica (centrada na grande cidade) e radio-cêntrica, do
ponto de vista da rede viária (mais evidente em Lisboa), para uma estrutura policêntrica ou
multicêntrica, em que os diferentes centros urbanos se complementam e a rede viária se
expande e organiza para os interligar.

Competências das áreas metropolitanas:

Participar na elaboração de planos e programas;


Promover o planeamento e a gestão;
Articular investimentos municipais;
Participar em entidades públicas de âmbito metropolitano;
Planear a atuação de entidades públicas;

Dinamismo demográfico:

O dinamismo demográfico das AML e AMP influenciam todo o país através da concentração
de população e de empresas, aumento da capacidade de produzir riqueza e de aceder, criar e
implementar inovações.

A variação demográfica está relacionada com a estrutura policêntrica que as áreas


metropolitanas foram adquirindo…

Isto é

Variação demográfica- elevados custos do solo


Saída da população para
↓ as periferias, onde
Perda de população- MUNÍCIPIOS CENTRAIS →elevados valores beneficia de boa
acessibilidade
↓ de habitações
Ganho populacional

Periferia
+amplos espaços para construções;
+menor custo das Intensificação dos processos de
habitações; suburbanização e periurbanização

+elevada acessibilidade ao
centro;
Em relação à AML:

Polos dinamizadores da economia nacional (55% do PIB nacional)


Bipolarização da estrutura económica (46% do emprego do pais)

Fatores que contribuem para o seu dinamismo económico

Fatores naturais:

Localização junto do litoral


Acessibilidade natural
Relevo plano ou pouco acidentado
Clima ameno

Fatores sociais:

Concentração demográfica
Concentração de população ativa
Predomínio de população jovem
Disponibilidade de mão de obra

Fatores socioeconómicos:

Concentração de mão de obra qualificada


Localização de sedes de empresas e organismos
Sistema produtivo diversificado
Acessibilidade dos mercados nacionais e internacionais
Existência de infraestruturas e serviços diversificados

Em relação à AMP:

Fatores naturais:

Clima mediterrâneo temperado


Relevo variado (inclui colinas, vales, planícies)
Proximidade com o litoral

Fatores sociais:

Concentração demográfica
População mais envelhecida
Concentração de menos população em relação à AML

Fatores socioeconómicos:

Mão de obra pouco qualificada


Predominam as indústrias tradicionais
Diversificação do modelo industrial
Infraestruturas e serviços disponíveis

Nota: Macroregião- grandes áreas sem limites administrativos que funcionam como unidades
geoeconómicas.
O município do Porto
Exemplo: Arco metropolitano de Lisboa, Arco metropolitano do Porto, perdeu mais habitantes
inserido na macrorregião do do que Lisboa
Noroeste.
O dinamismo económico das áreas AML e AMP evidencia-se pela elevada concentração
populacional e pelo aumento de população. São centros das respetivas macrorregiões e polos
dinamizadores da economia nacional.

O dinamismo económico deve-se, em parte, à oferta de mão de obra qualificada e à presença


de universidades e centros do desenvolvimento científico e tecnológico.

Indústria nas áreas metropolitanas:

Área metropolitana de Lisboa:

As empresas são de maior dimensão, menos intensivas em mão de obra e têm maior volume
de negócios.

Área metropolitana do Porto:

Ainda têm alguma importância as empresas intensivas em mão de obra, e muitas empresas
pequenas familiares com dificuldades em modernizar-se. Daí o maior número de
estabelecimentos e de trabalhadores, também por isso têm baixa produtividade, o que se
reflete no volume de negócios.

Fatores de localização industrial:

Nas duas áreas metropolitanas a indústria transformadora beneficia de grandes vantagens, que
funcionam com fatores de localização industrial (razões que influenciam a escolha de um dado
lugar para a instalação de uma indústria):

Infraestruturas de água, energia etc…


Serviços às empresas
Complementaridade entre diferentes ramos industriais
Disponibilidade de mão de obra
Boa acessibilidade
Presença de polos de inovação e investigação

→Diferenças no volume de negócios da indústria transformadora localizada no litoral/interior e


entre AML e AMP.

→Predomínio do setor secundário na região do norte

Clusters: concentração
Concluímos que, a maioria das industrias
de empresas com
transformadoras se concentram na macrorregião do
características,
Noroeste e no Arco metropolitano de Lisboa.
interesses ou atividades
semelhantes

Especialização regional:

Na especialização regional da indústria transformadora, evidenciam-se:

Indústria farmacêutica
Têxteis, vestuários, couro, mobiliário, madeira e cortiça
Indústria química e de equipamentos elétricos
Indústria alimentar
Indústria automóvel
Centros de produção de conhecimento e inovação:

O desenvolvimento industrial associa-se à investigação e ao conhecimento científico, sendo


que um dos problemas que se apontava ao tecido industrial português era a sua fraca ligação
as universidades.

→Essa limitação está a ser ultrapassada por setores industriais que constituíram parcerias para
a inovação, com o objetivo de aumentar a produtividade e a competitividade internacional.

→Então, a rede nacional de produção de conhecimento e inovação estrutura-se em torno de


três ecossistemas regionais centrais:

O Noroeste, a AML e o centro.

Qualidade de vida urbana:

O crescimento urbano nem sempre é compatível com a qualidade de vida urbana, que
dependia essencialmente da capacidade de respostas às necessidades da população, no que
respeita a:

Adequação à dimensão geográfica


Acesso à habitação e prevenção da exclusão social
Mobilidade entre as cidades e as áreas suburbanas
Micromobilidade (deslocação em distâncias muito curtas e com meios de transportes
de pequena dimensão—trotinetas e bicicletas), associadas à sustentabilidade
Recolha de resíduos e limpeza da cidade
Qualidade do ar e do ambiente urbano

Os principais problemas dos espaços urbanos:

Saturação de infraestruturas e serviços públicos

Excesso de transito e difícil estacionamento


Rede de transportes públicos insuficientes
Tempos prolongados de espera nos serviços

Falta de habitação e de condições:

Degradação de muitos edifícios


Casas sem condições de segurança e conforto
Especulação imobiliária—subida exagerada das rendas e dos preços da venda

Gentrificação/mobilização Especulação imobiliária: tornar mais
(tornar nobre o centro da cidade) nobre o estatuto social, a antigos
moradores

Novos residentes (normalmente mais


jovens, mais instruídos e mais abastados
A cidade das pessoas-fragilidades sociais:

Envelhecimento demográfico (população mais jovem não consegue pagar o custo da


habitação)
Pobreza (baixas pensões de reforma, famílias monoparentais, baixos salários, emprego
precário e desemprego)
Deslocações
pendulares (causam
acidentes, stress,
despesas, etc…)
Ausência dos pais
Pressão ambiental:

Perda de biodiversidade
Ocupação dos solos com aptidão agrícola
→Os níveis de ruido e a poluição atmosférica têm riscos para a saúde humana

Causadas por:

Materiais de construção
Impermeabilização dos solos
Climatização artificial e iluminação dos edifícios
Calor proveniente dos meios de transportes

Melhorar a qualidade de vida nas áreas urbanas:

Para garantir a qualidade de vida nas cidades é necessário um planeamento adequado

→Existem instrumentos próprios na administração local

→Plano diretor municipal (PDM) dependem dos:

 Plano de urbanização (PU)


 Plano de pormenor (PP)

PDM- estabelece as linhas gerais do uso do solo no território municipal e a respetiva execução

PU- definem a organização espacial de uma área do perímetro urbano do território municipal

PP- concretizam, com detalhe, propostas de ocupação e organização de uma área especifica

A revitalização do centro das cidades:

Tem-se revelado fundamental a reabilitação dos edifícios degradados e a requalificação de


áreas de decadência, recuperando—os para usos habituais ou para utilizações diferentes.
Programas:
→Reabilitação Urbana:
PRAUD
Procedem-se alterações, reconstrução, ampliação de edifícios para melhorar as condições de
Reabilitar para
uso, conservando o seu caráter fundamental e mantendo o uso do solo.
arrendar
→Requalificação urbana:

Recuperação e construção de habitação, equipamentos e infraestruturas, podendo alterar as Programas:

antigas funções. POLIS (cidade)

Âmbitos da requalificação urbana: IFRRU

Económico: criar condições que mantenham as atividades economicamente rentáveis

Sociais: integrar toda a população, evitando bolsas de pobreza ou marginalidade

Ambiental: providenciar qualidade de vida à população, numa lógica de sustentabilidade


urbana, melhorando as condições do espaço
→Renovação Urbana:

Efetua-se em áreas das cidades degradadas ou com usos pouco adequados ao espaço urbano,
procedendo-se à:

Demolição total ou parcial


Construção de novos edifícios, espaços públicos e infraestruturas

Por vezes, as áreas renovadas tornam-se novas centralidades e polos de desenvolvimento e


expansão da modernização urbana.

Exemplo –» Parque das nações—uma área industrial degradada que foi substituída por outro
de comércio e serviços

Humanizar a cidade:

Aumentar a oferta de habitação


Reduzir o tráfego urbano
Aumentar a eficácia dos transportes públicos e reduzir os seus custos
Alargar os serviços para crianças e jovens
Aumentar o número de espaços verdes
Construir e otimizar equipamentos coletivo
Organizar serviços de apoio à população idosa

Cidades sustentáveis e inclusivas:

→Planear bem o investimento na mobilidade interurbana e na micromobilidade em modos


acessíveis a todos:

Atrai mais investimento


Gasta-se menos tempo no transito e menos dinheiros em combustível
Consome-se menor energia

→Planear a cidade com várias zonas multifuncionais

→Apoiar a construção de edifícios com eficiência energética

→Planear a cidade (maior igualdade social)

O realojamento da população
Serviço de apoio a sem abrigo e imigrantes
Conceção de bairros periféricos e suburbanos

Cidades inteligentes

Este conceito aplica-se em muitos diferentes aspetos da vida quotidiana e já está a ser aplicado
em muitas cidades—rede de cidades portuguesas inteligentes

→promovem, de forma sustentável:

Abastecimento de água energia


Drenagem e recolha de resíduos
Gestão do tráfego, etc...

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