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Conceitos:
Tipos de cidades
Cidades Planejadas: surgem de um planejamento urbanístico prévio baseado em um plano diretor.
Exemplo: Brasília
Cidades Espontâneas: crescem sem planejamento motivada por algum agente existente no território como
alguma atividade econômico. Exemplo São Paulo, que nasce a partir de um colégio.
Função urbana: quando a cidade tem uma atividade principal, na qual todas as outras se desenvolvem a
partir dela. Exemplos de função urbana.
Industrial: São Bernardo do Campo e Detroit.
Portuária: Santos.
Administrativa: Brasília.
Turística: Campos do Jordão e Cancun.
Religiosa: Aparecida do Norte.
Conurbação: Encontro físico de duas ou mais cidades. A área urbana de um município se encontra com a
área urbana de outro. Muito comum nas regiões metropolitanas na maior parte das capitais do Brasil.
Exemplo: São Paulo, Santo André, São Bernardo, Barueri e São Caetano, são algumas das cidades
conturbadas da Grande São Paulo.
Metrópole: cidade que exerce influência (polariza) sobre um grande território. Influência se dá no campo
econômico, político e social. A capacidade de influência é mais importante do que o tamanho da
população.
Megalópe: área conurbada interligando duas ou mais metrópoles. Todo o conjunto de cidades entre as
metrópoles torna-se uma enorme conurbação.
Exemplo: Bos-Wash e Tóquio-Osaka-Nagoia.
No Brasil falamos em uma megalópole em formação interligando as cidades de São Paulo e Rio de
Janeiro pelo Vale do Paraíba.
Megacidade: cidades com mais de 10 milhões de habitantes. Conceito puramente quantitativo.
Cidade Global: conceito qualitativo. Cidades que são grandes centros decisórios mundiais. Apresentam
grandes redes de serviços em escala global com destaque para o setor financeiro. Estão no topo da
hierarquia urbana.
Exercem uma função de coordenar as dinâmicas econômicas, políticas e burocráticas em todo o mundo
ou em regiões específicas, pois carregam consigo serviços especializados, centros tecnológicos e
científicos, sedes de grandes bancos, bolsas de valores.
Regiões metropolitanas: conjunto de cidades em torno de uma metrópole onde existe uma forte
interação na rede de serviços e grandes deslocamentos internos entre seus habitantes. Possui uma
regulamentação jurídica e parte de sua administração é pensada em conjunto.
Serviços de água, esgoto, transporte e telefonia, além de migração pendular marcam uma região
metropolitana.
Rede Urbana: forma pela qual as cidades estão interligadas. Cidades são interdependentes umas das
outras.
Redes materiais: Transporte.
Redes imateriais: Comunicação e informação.
Hierarquia Urbana: Relação de poder entre as cidades.
Urbanização do Brasil
Processo de urbanização do Brasil
Pré-Vargas – Domínio das atividades rurais: Café
1930 – Início da Era Vargas – ideal urbano.
Governo Vargas tem como projeto uma maior valorização do meio urbano e foco em um processo de
industrialização, o que contrastava com os presidentes anteriores. Lembrando que o Brasil foi governado
por décadas pelas oligarquias rurais.
Urbanização ligada ao processo de industrialização. Os processos são interligados, a indústria gerando
empregos urbanos e motivando o êxodo rural.
CARACTERÍSTICAS DA URBANIZIÇÃO (1930 – 1990)
Êxodo Rural – saída do campo para a cidade. Fatores de estímulo ao êxodo rural.
Concentração de terra
Mecanização
Estatuto de trabalhador rural
Crescimento dos empregos urbanos
Formação de Grandes Centros Urbanos que concentram renda. Poucas cidades tinham infraestrutura
para receber indústrias. As cidades que conseguiam ter essa infraestrutura receberam mais investimentos
e tornaram-se grandes polos de atração.
Ocorre de forma acelerada. Em1950, apenas 36,2% de população urbana. Em 1990, já eram 75% de
população urbana.
Periferização da população pobre. Formação de favelas e cortiços. A valorização imobiliária e as
diferenças de renda vão criar uma segregação socioespacial.
Não homogênea – cada região teve sua velocidade e intensidade.
Links
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/513614/noticia.html?sequence=1
https://g1.globo.com/economia/noticia/brasil-tem-69-milhoes-de-familias-sem-casa-e-6-milhoes-de-
imoveis-vazios-diz-urbanista.ghtml
Causas do problema:
• Especulação Imobiliária. Valorização imobiliária encarece os imóveis e dificulta o acesso.
• Baixa renda de parte da população.
• Desemprego e informalidade.
Segregação Socioespacial
Divisão do espaço urbano relacionado as diferenças econômicas entre classes sociais. Cria-se
infraestrutura urbana diferente para cada um grupo social.
Bairros Nobres
Infraestrutura pronta (água, luz, esgoto e asfalto), parques, escolas e ampla rede de serviços.
Bairros Pobre
Infraestrutura deficiente (água, luz, esgoto e asfalto), poucas opções de educação e lazer e rede de
serviços deficitária.
Gentrificação: mudança da estrutura urbana de um bairro periférico, gerando sua revitalização e alteração
da paisagem de um bairro pobre para um bairro nobre. Com isso há uma valorização imobiliária e uma
expulsão da população que vivia no local por uma população mais rica ou centros comerciais.
População pobre sai para chegada de população mais rica ou centro comercial
Estatuto da cidade
Lei de 2001 que regula a política urbana de forma participativa e buscando cumprir a função social.
Plano Diretor
• Regular uso do solo
• Reduzir a especulação imobiliária
• Proteção ambiental