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CIÊNCIAS SOCIAIS
PROFA. MARILNE T. M. FERNANDES
PROBLEMAS URBANOS
Assim, uma das primeiras perguntas que podemos fazer ao pensar a relaçã o das novas
tecnologias com a formaçã o dos espaços urbanos, é até que ponto elas interferem ou podem vir
a interferir nessa formaçã o. Há quem acredite que o avanço das tecnologias pode transformar
as cidades em ‘cidades fantasmas’. Mas até que ponto bastaria apenas o avanço das tecnologias
para que uma cidade, cheia de vida e movimento, venha a se transformar em uma cidade
fantasma, substituindo os deslocamentos físicos pelos virtuais?
É fato que como seres humanos temos a necessidade do contato físico. Nã o há ainda nada que
substitua o prazer e o enriquecimento que podemos obter com a convivência em espaços
urbanos acolhedores. Com isso, podemos dizer que, embora nã o seja imperativo, o lugar
continuará existindo e tendo o seu poder, sua atratividade e mesmo a sua necessidade.
Talvez entã o, a transformaçã o lenta das cidades atuais em cidades fantasmas que alguns estã o
prevendo nem venha a acontecer, mas o fato é que o simples questionamento de sua
possibilidade já serve para nos responder a uma questã o: hoje as novas tecnologias sã o, sem
sombra de dú vida, um agente urbano importante ao se pensar na formaçã o e transformaçã o
dos espaços urbanos, que sofrem também com a influência direta de outros agentes, como é o
caso da violência.
Ao observar o passado, podemos encontrar nele a causa para a maioria dos problemas urbanos
encontrados no Brasil hoje. A histó ria da evoluçã o do urbanismo e da arquitetura no Brasil
culmina na vontade atual de superar o Modernismo, vontade essa que ainda esbarra e gera
problemas que nã o foram resolvidos pelo pró prio modernismo.
Já é possível observar hoje um movimento de saída dos grandes centros em busca de cidades
menores que ofereçam uma melhor qualidade de vida. Essa migraçã o esta ocorrendo
principalmente por parte de uma populaçã o mais abastada, com melhores condiçõ es e por
tanto com um maior mobilidade, que de posse das ‘novas tecnologias’, abre mã o de morar em
um grande centro e se muda para uma cidade que na hierarquia das cidades é mais baixa que a
sua de origem.
Um exemplo dessas migraçõ es pode ser observado nas grandes cidades que atualmente vem
sofrendo bastante com a açã o pesada dos agentes urbanos, principalmente a violência, o que
leva a cidade a passar exatamente por esse processo de esvaziamento, para nã o dizer fuga, da
populaçã o para cidades menores. Observa-se isso nas cidades da regiã o serrana do estado do
Rio e nas cidades menores no entorno de Sã o Paulo, pró ximas a rodovias facilitando seu acesso.
Na cidade do Rio de Janeiro, Rio, há um projeto da Secretaria Estadual de Segurança Pública do Rio
de Janeiro conhecida pela sigla UPP - Unidade de Polícia Pacificadora, que pretende instituir
polícias comunitárias em favelas principalmente na capital do Estado, como forma de desarticular
quadrilhas que antes controlavam estes territórios como estados paralelos.
O programa tem sido bem avaliado por especialistas, no entanto havia sofrendo críticas no início
devido ao fato de as comunidades que mais rapidamente têm recebido este serviço seriam aquelas
situadas próximas à Zona Sul, a mais rica da cidade, sendo uma forma de, portanto, reduzir a
criminalidade nos bairros mais ricos, e não naqueles mais violentos, como deveria se esperar.
O projeto é tão bem sucedido que os governos baiano e paranaense criaram projetos para atender
suas comunidades inspiradas nas Unidades de Policia Pacificadoras.
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
NOTA
CIÊ NCIAS SOCIAIS
ATIVIDADES
2) ENADE 2005
A falta de moradias e de serviços urbanos e a favelizaçã o sã o questõ es estruturais da sociedade
brasileira que se intensificaram com a urbanizaçã o ocorrida a partir de 1940, levando a uma
forte concentraçã o populacional nas grandes cidades. De acordo com o Censo Demográ fico,
havia, em 2000, cerca de 1,7 milhã o de domicílios localizados em favelas ou assentamentos
semelhantes a elas, abarcando uma populaçã o de 6,6 milhõ es de pessoas, 53% das quais nos
estados de Sã o Paulo e do Rio de Janeiro, nos quais as regiõ es metropolitanas concentram a
maioria das favelas e dos favelados. Radar Social, IPEA, 2005 (com adaptaçõ es).
A respeito dessas informaçõ es, que caracterizam alguns aspectos das metró poles brasileiras,
julgue os itens que se seguem.
I A favelizaçã o, fenô meno sobretudo metropolitano, revela forte demanda reprimida por
acesso à terra e à habitaçã o.
II A favelizaçã o é uma das formas encontradas pela populaçã o pobre para solucionar suas
necessidades habitacionais.
III A urbanizaçã o brasileira vem apresentando forte tendência de concentraçã o da populaçã o
pobre nas metró poles.
A) alta concentraçã o populacional nas á reas urbanas, consumo excessivo de recursos naturais,
contaminaçã o do ar, do solo, das á guas e desflorestamento.
B) queda na taxa de natalidade, processo de desconcentraçã o populacional e uso racional dos
recursos nã o renová veis
C) ampliaçã o da açã o das políticas pú blicas de meio ambiente, que tem contribuído para
melhorar a qualidade de vida nas á reas urbanas.
D) a crise ambiental tem contribuído para diminuir a populaçã o das grandes metró poles num
movimento social de busca de interiorizaçã o da populaçã o.
E) nã o existe uma crise ambiental, o que ocorre na contemporaneidade é uma grande
concentraçã o populacional nas á reas urbanas, que é benéfica para o meio-ambiente, pois assim
temos mais á reas de proteçã o ambiental.
- Tá achando lotado? Tem de ver na hora do rush, fica tão cheio que não dá pra ver o bicho!
(Folha de S.Paulo, 14.06.2007. Adaptado.)
Sã o verdadeiras as afirmativas:
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) III e IV.
(D) I e IV.
(E) II e IV.