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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

CIÊNCIAS SOCIAIS
PROFA. MARILNE T. M. FERNANDES

ATIVIDADE PARA SER ENTREGUE REFERENTE À APOSTILA 9.

Leia o texto abaixo:

PROBLEMAS URBANOS

O grande desenvolvimento das tecnologias, principalmente na á rea das telecomunicaçõ es vem


causando sucessivas modificaçõ es nã o só nas formas de comunicaçã o, mas também nas
relaçõ es de trabalho, comércio e no convívio social. É através da abordagem do espaço virtual
que estã o surgindo à s novas formas de relaçõ es sociais. É certo, que os nossos relacionamentos
primá rios – com os filhos, empregados e agregados – continuarã o intensos e baseados no dia-a-
dia doméstico. Mas todos os demais tipos de relacionamento – em especial aqueles ligados à
vida profissional – deverã o passar por mudanças afetadas de alguma forma pelas novas
tecnologias. Sendo a cidade o abrigo de nossas vidas, de nossas relaçõ es sociais, é inevitá vel
que as absorva e acabe também, sofrendo modificaçõ es.

Assim, uma das primeiras perguntas que podemos fazer ao pensar a relaçã o das novas
tecnologias com a formaçã o dos espaços urbanos, é até que ponto elas interferem ou podem vir
a interferir nessa formaçã o. Há quem acredite que o avanço das tecnologias pode transformar
as cidades em ‘cidades fantasmas’. Mas até que ponto bastaria apenas o avanço das tecnologias
para que uma cidade, cheia de vida e movimento, venha a se transformar em uma cidade
fantasma, substituindo os deslocamentos físicos pelos virtuais?

É fato que como seres humanos temos a necessidade do contato físico. Nã o há ainda nada que
substitua o prazer e o enriquecimento que podemos obter com a convivência em espaços
urbanos acolhedores. Com isso, podemos dizer que, embora nã o seja imperativo, o lugar
continuará existindo e tendo o seu poder, sua atratividade e mesmo a sua necessidade.

Talvez entã o, a transformaçã o lenta das cidades atuais em cidades fantasmas que alguns estã o
prevendo nem venha a acontecer, mas o fato é que o simples questionamento de sua
possibilidade já serve para nos responder a uma questã o: hoje as novas tecnologias sã o, sem
sombra de dú vida, um agente urbano importante ao se pensar na formaçã o e transformaçã o
dos espaços urbanos, que sofrem também com a influência direta de outros agentes, como é o
caso da violência.

Ao observar o passado, podemos encontrar nele a causa para a maioria dos problemas urbanos
encontrados no Brasil hoje. A histó ria da evoluçã o do urbanismo e da arquitetura no Brasil
culmina na vontade atual de superar o Modernismo, vontade essa que ainda esbarra e gera
problemas que nã o foram resolvidos pelo pró prio modernismo.

É possível dizer, que o início da desorganizaçã o urbana no Brasil, se dá com as capitanias


hereditá rias, que nã o foram nada mais do que uma forma rá pida, mas irresponsá vel, de
resolver o problema de ocupaçã o territorial do Brasil. Quase o que acontece hoje com a
telefonia, as comunicaçõ es e outras. O que Portugal nã o viu e que continuou sem importâ ncia
foi que sem a presença do Estado nã o há controle. Hoje nos encontramos em meio a um caos
urbano. A violência assola a maioria das grandes cidades, que ainda tem que enfrentar
problemas de infra-estrutura e populaçã o.

Os problemas urbanos no Brasil “[...] nã o foram equacionados corretamente: um poder pú blico


despreparado para enfrentar a nova situaçã o regia-se sobretudo pelos interesses imediatos
dos agentes economicamente dependentes do processo de produçã o da cidade – como
promotores imobiliá rios, loteadores, empresá rios de ô nibus, indú stria automobilística e
empreiteiros de obras pú blicas - ,mesmo quando uma burocracia estatal emergente ligada ao
planejamento urbano propunha, no nível da retó rica ou mesmo de planos natimortos,
diretrizes que buscavam equacionar a longo prazo os problemas das cidades”.

Já é possível observar hoje um movimento de saída dos grandes centros em busca de cidades
menores que ofereçam uma melhor qualidade de vida. Essa migraçã o esta ocorrendo
principalmente por parte de uma populaçã o mais abastada, com melhores condiçõ es e por
tanto com um maior mobilidade, que de posse das ‘novas tecnologias’, abre mã o de morar em
um grande centro e se muda para uma cidade que na hierarquia das cidades é mais baixa que a
sua de origem.

Mas porque se acredita que as novas tecnologias sã o um fator importante? A resposta é


simples, com as novas tecnologias é possível encurtar distâ ncias, é possível ter acesso a tudo
que se deixou para trá s na cidade grande sem grandes dificuldades. Com a nova realidade, o
lugar já nã o importa mais, nã o traz nenhuma imposiçã o, basta que o local esteja
eletronicamente interconectado. O lugar de trabalho, por exemplo, pode ser a residência. Isto é,
pode voltar a ser a casa, como já aconteceu no passado, antes da Revoluçã o Industrial. E essa
transformaçã o simples já está acontecendo em muitos lares.

Um exemplo dessas migraçõ es pode ser observado nas grandes cidades que atualmente vem
sofrendo bastante com a açã o pesada dos agentes urbanos, principalmente a violência, o que
leva a cidade a passar exatamente por esse processo de esvaziamento, para nã o dizer fuga, da
populaçã o para cidades menores. Observa-se isso nas cidades da regiã o serrana do estado do
Rio e nas cidades menores no entorno de Sã o Paulo, pró ximas a rodovias facilitando seu acesso.

Na cidade do Rio de Janeiro, Rio, há um projeto da Secretaria Estadual de Segurança Pública do Rio
de Janeiro conhecida pela sigla UPP - Unidade de Polícia Pacificadora, que pretende instituir
polícias comunitárias em favelas principalmente na capital do Estado, como forma de desarticular
quadrilhas que antes controlavam estes territórios como estados paralelos.

O programa tem sido bem avaliado por especialistas, no entanto havia sofrendo críticas no início
devido ao fato de as comunidades que mais rapidamente têm recebido este serviço seriam aquelas
situadas próximas à Zona Sul, a mais rica da cidade, sendo uma forma de, portanto, reduzir a
criminalidade nos bairros mais ricos, e não naqueles mais violentos, como deveria se esperar.

O projeto é tão bem sucedido que os governos baiano e paranaense criaram projetos para atender
suas comunidades inspiradas nas Unidades de Policia Pacificadoras.
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
NOTA
CIÊ NCIAS SOCIAIS

ATIVIDADES

Nome: _______________________________________________________ RA ________________

A - Apó s a leitura do texto elabore um resumo de aproximadamente 30 linhas.


B – Responda à s questõ es abaixo:

1) A falta de moradias e de serviços urbanos e a favelizaçã o sã o questõ es estruturais da


sociedade brasileira que se intensificaram com a urbanizaçã o ocorrida a partir de 1940,
levando a uma forte concentraçã o populacional nas grandes cidades. De acordo com o Censo
Demográ fico, havia, em 2000, cerca de 1,7 milhã o de domicílios localizados em favelas ou
assentamentos semelhantes a elas, abarcando uma populaçã o de 6,6 milhõ es de pessoas, 53%
das quais nos estados de Sã o Paulo e Rio de Janeiro, nos quais as regiõ es metropolitanas
concentram a maioria das favelas e favelados. (Radar Social, IPEA, 2005). A situaçã o descrita
acima é resultante de:

A ) A rá pida urbanizaçã o nã o foi seguida de uma correspondente expansã o dos serviços


necessá rios à sobrevivência da classe trabalhadora.
B ) A rá pida urbanizaçã o levou o governo a desenvolver um programa intensivo de construçã o
de moradias populares.
C ) A rá pida urbanizaçã o trouxe para as cidades um contingente populacional que nã o se
adequou aos padrõ es de moradia urbana, optando por viver em comunidades nas favelas.
D ) A rá pida urbanizaçã o atendeu aos interesses do desenvolvimento industrial, o problema da
moradia é resultante dos níveis altos de desemprego.
E ) A rá pida urbanizaçã o das grandes cidades brasileiras elevou consideravelmente a qualidade
de vida da populaçã o.

2) ENADE 2005
A falta de moradias e de serviços urbanos e a favelizaçã o sã o questõ es estruturais da sociedade
brasileira que se intensificaram com a urbanizaçã o ocorrida a partir de 1940, levando a uma
forte concentraçã o populacional nas grandes cidades. De acordo com o Censo Demográ fico,
havia, em 2000, cerca de 1,7 milhã o de domicílios localizados em favelas ou assentamentos
semelhantes a elas, abarcando uma populaçã o de 6,6 milhõ es de pessoas, 53% das quais nos
estados de Sã o Paulo e do Rio de Janeiro, nos quais as regiõ es metropolitanas concentram a
maioria das favelas e dos favelados. Radar Social, IPEA, 2005 (com adaptaçõ es).

A respeito dessas informaçõ es, que caracterizam alguns aspectos das metró poles brasileiras,
julgue os itens que se seguem.
I A favelizaçã o, fenô meno sobretudo metropolitano, revela forte demanda reprimida por
acesso à terra e à habitaçã o.
II A favelizaçã o é uma das formas encontradas pela populaçã o pobre para solucionar suas
necessidades habitacionais.
III A urbanizaçã o brasileira vem apresentando forte tendência de concentraçã o da populaçã o
pobre nas metró poles.

Assinale a opçã o correta.


A) Apenas um item está certo
B) Apenas os itens I e II estã o certos.
C) Apenas os itens I e III estã o certos,
D Apenas os itens II e III estã o certos
E) Todos os itens estã o certos
3) O crescimento econô mico desordenado é acompanhado por um processo jamais visto pela
humanidade, em que se utiliza grandes quantidades de energia e recursos naturais, que
resultam num quadro de degradaçã o contínua do meio ambiente. Este quadro é resultante:

A) alta concentraçã o populacional nas á reas urbanas, consumo excessivo de recursos naturais,
contaminaçã o do ar, do solo, das á guas e desflorestamento.
B) queda na taxa de natalidade, processo de desconcentraçã o populacional e uso racional dos
recursos nã o renová veis
C) ampliaçã o da açã o das políticas pú blicas de meio ambiente, que tem contribuído para
melhorar a qualidade de vida nas á reas urbanas.
D) a crise ambiental tem contribuído para diminuir a populaçã o das grandes metró poles num
movimento social de busca de interiorizaçã o da populaçã o.
E) nã o existe uma crise ambiental, o que ocorre na contemporaneidade é uma grande
concentraçã o populacional nas á reas urbanas, que é benéfica para o meio-ambiente, pois assim
temos mais á reas de proteçã o ambiental.

4) Observe a figura: A COISA PÚ BLICA E A CADEIA ALIMENTAR

- Tá achando lotado? Tem de ver na hora do rush, fica tão cheio que não dá pra ver o bicho!
(Folha de S.Paulo, 14.06.2007. Adaptado.)

Referindo-se ao Brasil, a charge representa:


(A) o Estado, que protege os habitantes de regiõ es á ridas do país, por meio de políticas de
ajuda financeira.
(B) a agilidade administrativa do governo, capaz de garantir a segurança da naçã o e de exercer
uma justiça eficaz.
(C) a prá tica política, caracterizada pelo predomínio dos interesses individuais sobre os
direitos coletivos.
(D) a dimensã o geográ fica do país e o seu baixo índice de desenvolvimento econô mico, social e
político.
(E) a pobreza das populaçõ es faveladas e a precariedade dos transportes coletivos nas
metró poles do país.
5) ENADE 2005 - A urbanizaçã o brasileira vem-se caracterizando, nas ú ltimas décadas, por
intenso processo de metropolizaçã o, ou seja, concentraçã o de populaçã o em grandes cidades
conurbadas. O conjunto metropolitano reú ne atualmente 413 municípios, onde vivem pouco
mais de 68 milhõ es de habitantes, distribuídos em aproximadamente 167 quilô metros
quadrados, conformando uma realidade muito diversificada em relaçã o à efetiva conurbaçã o
do territó rio. Sobre esse fenô meno da metropolizaçã o brasileira, julgue os itens a seguir:
I Com o aumento da importâ ncia institucional e demográ fica, as metró poles brasileiras estã o
concentrando, hoje, um conjunto de questõ es sociais, cujo aspecto mais evidente e dramá tico é
a exacerbaçã o da violência.
II Com a metropolizaçã o, há efetivo processo civilizador, que traz vantagens a todos os
indivíduos e grupos sociais que se instalam em á reas metropolitanas.
III A aglomeraçã o de populaçã o em metró poles é o resultado de fatores de expulsã o do campo e
de fatores da atraçã o que as cidades exercem sobre as correntes migrató rias.

Assinale a opçã o correta.


A) Apenas um item está certo.
B) Apenas os itens I e II estã o certos
C) Apenas os itens I e III estã o certos
D) Apenas os itens II e III estã o certos
E) Todos os itens estã o certos

6) Com a acelerada urbanizaçã o da humanidade e o advento de gigantescas aglomeraçõ es


urbanas, os especialistas no tema e as organizaçõ es internacionais logo criaram novos
conceitos para dar conta dessas realidades. Dentre eles, existem os conceitos de megalópole,
megacidade e cidade global. A
respeito desses conceitos, seria correto afirmar que:
I. Megaló pole é uma gigantesca aglomeraçã o urbana, com mais de 10 milhõ es de habitantes e
onde há conurbaçã o de inú meras cidades vizinhas.
II. Cidade global é uma imensa á rea urbana com uma populaçã o de no mínimo 10 milhõ es de
habitantes.
III. Megacidade é uma gigantesca aglomeraçã o urbana com no mínimo 10 milhõ es de
habitantes.
IV. Megaló pole é uma regiã o super urbanizada onde, numa pequena extensã o de um territó rio
nacional, se concentram vá rias cidades milioná rias, que possuem uma vida econô mica bastante
interligada.

Sã o verdadeiras as afirmativas:
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) III e IV.
(D) I e IV.
(E) II e IV.

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