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TEXTO – AULA 02

A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO AGRÁRIO E A LUTA PELA TERRA

Vimos, anteriormente, que o processo de modernização promoveu uma


profunda transformação no campo e que a tendência é ir transformando o
espaço rural numa extensão do mundo urbano.
Entretanto, essa modernização foi e continua sendo marcada pela
desigualdade, pois manteve privilégios dos grandes proprietários de terras e
esqueceu aqueles que não foram atingidos por essas modificações.
Além disso, colaborou para o aumento da concentração de terras, dando
espaço para o surgimento de novos latifundiários – empresas e bancos que
hoje dominam verdadeiros superlatifúndios, cuja extensão até o Brasil rural
tradicional desconhecia.

O que os gráficos revelam? Eles mostram, por exemplo, que os menores


estabelecimentos rurais (com menos de 10 ha) somam mais da metade do total
deles, mas representam menos de 3% da área agrícola.
Desde o período colonial, o campo brasileiro assiste à expropriação de
terras dos camponeses e à violência contra eles. Com a modernização, a
situação não se alterou; ao contrário, permaneceram os conflitos sociais que
sempre marcaram nossa vida rural, conflitos decorrentes do processo de
espoliação do campesinato brasileiro e que expressam a resistência histórica
desse segmento social.
As diversas relações econômicas que cercam a produção agrícola
colocam em segundo plano o principal elemento do campo: O homem que ali
vive e produz. O desemprego e a exclusão no campo tem como consequência
a migração para o espaço urbano, dando origem ao crescimento desordenado
das cidades, tema a ser abordado a seguir.

A URBANIZAÇÃO ATUAL

Atualmente, as grandes cidades diferem das cidades industriais do


século XIX e início do século XX, pois se identificam principalmente pelas suas
funções ligadas às atividades do setor terciário (comércio e prestação de
serviços). Hoje, mais da metade da população mundial vive em áreas urbanas.
Colégio SESI CIC
Av. Senador Accioly Filho 250 | 81.310-0| Curitiba PR (41) 3271-8976.
Entretanto, a intensidade da urbanização deve ser considerada não somente
pelos números, mas principalmente pelo aspecto qualitativo. Isso porque,
muitos aspectos da vida urbana estenderam-se à vida no campo: valores
socioculturais, equipamentos (água encanada, telefone, pavimentação, esgoto,
energia elétrica), hospital e escola são alguns desses aspectos.
As telecomunicações integram hoje todos os habitantes do campo e da
cidade numa mesma rede de informação. Assim, os limites territoriais das
cidades não são mais os limites do modo de vida urbano e os conceitos de
urbano e de cidade ganharam características diferentes.
A grande concentração de pessoas nas cidades acarretou em uma série
de problemas. A deficiência de infraestrutura, de serviços e de equipamentos
urbanos necessários à manutenção da qualidade de vida nas cidades gera
problemas sociais e ambientais– os efeitos colaterais da urbanização, é o que
veremos na sequência.

O ESPAÇO URBANO E SEUS PROBLEMAS

Os problemas urbanos normalmente estão relacionados com o tipo de


desenvolvimento que vem ocorrendo no país há várias décadas: por um lado,
aumenta a riqueza de uma minoria; por outro, agrava a pobreza da maioria dos
habitantes.
Um desses problemas é a moradia. Enquanto em algumas áreas das
grandes cidades brasileiras surgem ou crescem bairros ricos, com residências
moderníssimas, em outras, às vezes até nas vizinhanças, multiplicam-se as
favelas e os cortiços.
Além da grande carência de moradias, a população das grandes cidades
brasileiras enfrenta outros problemas como a falta de transportes coletivos,
falta de coleta de lixo, falta de escolas creches e hospitais, água encanada,
iluminação, favelização, rede de esgotos, poluição do ar, da água e sonora e,
em especial, a violência urbana.

QUESTÕES

1) Faça uma tabela e descreva as características do ESPAÇO URBANO


ESPAÇO RURAL.

2) Como se constituiu o processo de urbanização atual? Quais são os


principais problemas de infraestrutura no espaço urbano?

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