O processo de urbanização brasileira começou no século XX, a partir do êxodo
rural, que foi impulsionado pelo processo de industrialização do nosso país e pelo desemprego gerado pela mecanização do campo e concentração fundiária. Apenas um terço dos brasileiros vivia em cidades e todo o restante morava na zona rural, cenário que mudou quando surgiram supostas melhores oportunidades de trabalho e supostas melhores condições de vida. A partir da formação de vilas e cidades depois do Brasil ser colonizado, o país cresceu economicamente e demograficamente, ampliando as funções desses grupos urbanos, que, no entanto, se restringia apenas às atividades rurais. Com a urbanização brasileira, essa perspectiva mudou drasticamente porque, dado a chegada das indústrias, houve uma consolidação de atividades fabris, o que aconteceu de forma desgovernada e muito acelerada. Nesse sentido, houve a necessidade do investimento em meios de comunicação, meios de transporte e apesar das mudanças positivas, surgiram vários problemas sociais decorrentes do processo, tais como: poluição, favelização e desemprego. As indústrias, os automóveis e a grande quantidade de pessoas levou à poluição: água poluída, lixo acumulado, ar impuro, entre muitos outros fenômenos de poluição. Isso expõe o quão despreparadas estavam as cidades para receber um fluxo intenso de novos habitantes. Atualmente, embora tenham ocorrido avanços significativos no desenvolvimento urbano, persistem desafios consideráveis que demandam atenção. As cidades brasileiras continuam a enfrentar questões relacionadas à infraestrutura e saneamento básico, refletindo a necessidade contínua de investimentos nessas áreas. Os impactos negativos do rápido processo de urbanização continuam a ser uma preocupação: a poluição permanece uma ameaça à qualidade de vida, exigindo medidas para promover práticas mais sustentáveis e a preservação dos recursos naturais. Por causa da inaptidão das cidades, pode-se evidenciar, também, o surgimento das favelas. A população de baixa renda adquiria terrenos baratos, que eram desvalorizados por conta da localização. Nesse contexto, pode-se apontar, a grande desigualdade social que surgiu. Isso persiste como um problema relevante atualmente, manifestando-se em disparidades no acesso à educação e saúde. O fenômeno das favelas ainda é uma realidade em muitas metrópoles, evidenciando a necessidade de políticas públicas eficazes para abordar as disparidades socioeconômicas. É evidente que, por conta da crescente desigualdade social, surgiram problemas como desemprego, evento que aconteceu por causa da falta de escolaridade, o que gerou, ainda, o aumento dos níveis de pobreza e de violência. Posto isso, podemos inferir que o processo de urbanização trouxe novas oportunidades de empregos para as pessoas, ainda que fossem, e sejam, precárias, mas também trouxe grandes impactos ambientais para o nosso país: nosso meio ambiente se modificou e continua a se modificar como um todo. É necessário que esse crescimento urbano seja organizado e de maneira direcionada se quisermos reprimir todos os impactos que o processo traz. Caso contrário, continuará havendo um crescente risco ambiental não só para o nosso país, como também para o nosso planeta.