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INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA

Área Departamental de Engenharia Mecânica

2º Trabalho de Avaliação Contínua:


ENSAIO COM SIMULADOR DE UMA CALDEIRA AQUATUBULAR

Semestre de Verão 2012-2013


38294 – Sérgio Afonso
38321 – Marco Venâncio
38325 – André Gomes
38326 – João Lemos
38349 – Miguel Marques

LM_42D

Trabalho realizado no âmbito da unidade curricular de Termodinâmica Aplicada da


Licenciatura em Engenharia Mecânica

Docente:
Cláudia Casaca

Abril de 2013
Índice
Introdução __________________________________________________________________ 3
Circuito água-vapor ___________________________________________________________ 3
Cálculos __________________________________________________________________ 5
Dados retirados e conversões respectivas: _______________________________________ 5
Potências térmicas e o rendimento do gerador de vapor: ___________________________ 5
Potência Térmica do Combustível:______________________________________________ 6
Potência Térmica do Economizador: ____________________________________________ 6
Potência Térmica nos Painéis de Vaporização: ____________________________________ 7
Potência Térmica no Sobreaquecedor: __________________________________________ 7
Potência Térmica no Reaquecedor: _____________________________________________ 7
Potência térmica dissipada pelos fumos (F): ______________________________________ 8
Potência Térmica Perdida na Radiação e Combustível que não arde:___________________ 8
Rendimento do gerador de vapor pelo método das perdas ____________________________ 8
Rendimento do gerador de vapor pelo método directo _______________________________ 8
Comparação de resultados analíticos e experimentais: _____________________________ 9
Erros ______________________________________________________________________ 10
Erro relativo ______________________________________________________________ 10
Erro absoluto _____________________________________________________________ 10
Comparação dos balanços térmicos com aquecimento e sem aquecimento: ___________ 11
Erros ______________________________________________________________________ 12
Erro relativo ______________________________________________________________ 12
Erro absoluto _____________________________________________________________ 12
Conclusão ________________________________________________________________ 12
Bibliografia _______________________________________________________________ 13

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ISEL – LEM – Termodinâmica Aplicada
2º Trabalho de Avaliação Contínua – Ensaio com simulador de uma caldeira Aquatubular
Introdução
Numa central termoeléctrica existem vários elementos, entre eles, a caldeira, que tem
como objectivo transformar (por aquecimento, através da queima de combustíveis)
água em vapor, que se dividem em dois tipos:

-Flamotubulares, onde os gases quentes da combustão circulam no interior de


tubos que atravessam o reservatório de água a ser aquecida para produzir
vapor saturado a baixa pressão;
-Aquatubulares, onde a água a ser aquecida passa no interior de tubos que, por
sua vez, são envolvidos pelos gases de combustão. Caracteriza-se ainda por ser
uma circulação fechada e natural, onde o objectivo é obter vapor
sobreaquecido;

Neste trabalho iremos dar mais ênfase à Caldeira Aquatubular, pois é onde ocorrer o
circuito água-vapor, fenómeno que queremos estudar.

Circuito água-vapor
No circuito água-vapor, tal como o nome indica o fluido de trabalho é a água, que irá
realizar um circuito, por onde irá passar por vários equipamentos, dentro da caldeira,
onde o fluido irá sofrer mudanças de fase.
O primeiro equipamento é o Economizador, que tem a finalidade de aproveitar o calor
dos gases de combustão que não seria aproveitado, para “pré-aquecer” o fluido de
trabalho levando a um aumento prévio na temperatura do líquido subarrefecido até
uma temperatura próxima da saturação, antes de entrar no
Barrilete, levando a um aumento na eficiência térmica.
Entrando no Barrilete, é encaminhado para os Painéis de
Vaporização, ou Evaporador, onde transforma a água em vapor
saturado. De seguida o vapor volta para o Barrilete, onde ocorre
separação da água (vinda do Economizador) do vapor gerado
nos Painéis de Vaporização, tal se sucede devido á densidade do
vapor que faz com que suba, como verifica na Ilustração 1.
O vapor saturado possui ainda uma pequena percentagem de
água (mistura), sendo prejudicial para a vida da turbina, visto Ilustração 1 - Barrilete, um dos
que as mesmas com o tempo acabam por sofrer fenómenos de componentes mais importantes da
caldeira
erosão. Pelo que, após o Barrilete, existe o Sobreaquecedor, que
normalmente se localiza na parte superior da caldeira (zona de
radiação) onde o vapor saturado passa a vapor sobreaquecido, que se irá expandir na
turbina T1 fazendo com que movimente as pás da turbina.

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ISEL – LEM – Termodinâmica Aplicada
2º Trabalho de Avaliação Contínua – Ensaio com simulador de uma caldeira Aquatubular
Na sequência da expansão na turbina T1, ocorre uma queda de temperatura e de
pressão no fluido de trabalho, mas caso seja viável é possível aproveitar alguma
energia utilizando um último sistema de aquecimento denominado por Reaquecedor,
e o fluido de trabalho, continuando em vapor sobreaquecido, vai para outra turbina
T2, que se caracteriza por ter uma pressão mais baixa que T1.
O Reaquecedor situa-se dentro da caldeira, mais especificamente na zona de radiação,
tal localização deve-se ao facto de o fluido de trabalho necessitar de ser reaquecido a
uma temperatura bastante elevada pois caso contrário não é possível obter um valor
energético o suficientemente elevado para fazer girar uma segunda turbina T2.
Depois da turbina T2, ocorre novamente uma queda de temperatura e de pressão no
fluido de trabalho. Caso o processo continue a ser viável, repete-se novamente este
passo, aparecendo um novo Reaquecedor e uma turbina com uma pressão ainda mais
baixa, T3.
Depois destes passos, é necessário um sistema de arrefecimento de modo a
restabelecer-se as condições do condensador, sendo normalmente utilizada uma parte
do caudal de um rio, para tal finalidade. Realizando-se depois o ciclo normalmente,
passando o fluido de trabalho pela bomba, voltando novamente à caldeira.

Ilustração 2 – Ciclo do fluido de trabalho com reaquecedor e respectivas turbinas T1 e T2

Após a realização do ciclo, pode-se obter um diagrama T-s, que nos permite ter uma
melhor percepção do ciclo:

01 Bomba

12 Economizador

23 Evaporador

34 Sobreaquecedor

45 Turbina T1

56 Reaquecedor
67 Turbina T2

70 Condensador

Fig. 1 - Diagrama T-s do ciclo que ocorre dentro de uma central termoeléctrica.

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2º Trabalho de Avaliação Contínua – Ensaio com simulador de uma caldeira Aquatubular
Cálculos
Dados retirados e conversões respectivas:

Pressões:
Pressão na caldeira= 90 bar = 8998,8 kPa
Pressão à saída do sobreaquecedor= 88.6 𝑏𝑎𝑟= 8858.818 𝑘𝑃𝑎
Pressão à entrada do reaquecedor= 15 𝑏𝑎𝑟 = 1499,8 𝑘𝑃𝑎
Pressão á saída do reaquecedor= 13.6 𝑏𝑎𝑟 = 1359,82 𝑘𝑃𝑎
Temperaturas:
Temperatura de entrada no economizador= 197℃
Temperatura de saída no economizador= 251℃
Temperatura de entrada no reaquecedor= 297℃
Temperatura de saída no reaquecedor= 515 ℃
Temperatura de saída no sobreaquecedor= 515 ℃
Temperatura do ar= 20 ℃
Temperatura dos fumos= 164℃
Caudais:
Caudal volúmico de ar=62247,6436 m3/h = 17,291 m3/s
Caudal mássico de combustível=5030, 3877 Kg/h = 1,397 Kg/s
Caudal volúmico debitado pela bomba= 65 m3/h = 0,9722m3/s
Caudal mássico de vapor à saída do barrilete= 61 t/h = 16,944 Kg/s

Potências térmicas e o rendimento do gerador de vapor:


Potências térmicas em cada um dos permutadores de calor:
De forma a organizarmos melhor as ideias, optámos por fazer um estudo termodinâmico em
cada um dos pontos do ciclo água-vapor que se encontra ilustrado na seguinte tabela: (os
valores que se encontram a negrito, foram aqueles que nos foram fornecidos pelo simulador)

P (kPa) T (°C) Estado Entropia (Kj/(Kg.K)) Entalpia (Kj/Kg)


1 8998,8 197 Líquido subarrefecido 2,300669 841,827
2 8998,8 251 Líquido subarrefecido 2,800814 1090,51
3 9015,526 303,321 Vapor saturado 5,682152 2744,694
4 8858,818 515 Vapor sobreaquecido 6,714954 3425,267
5 1499,8 297 Vapor sobreaquecido 6,906719 3031,142
6 1359,82 515 Vapor sobreaquecido 7,654741 3504,626

Tabela 1 - Tabela de dados

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2º Trabalho de Avaliação Contínua – Ensaio com simulador de uma caldeira Aquatubular
Constante Propriedade Valores Fonte
ρar Massa volúmica do ar 1,225(Kg/m³) Manual do
simulador
cpfumos Calor específico dos 1,025(Kj/Kg) Manual do
fumos simulador
PCcomb Poder calorífico do 42070 (KJ/Kg) Manual do
combustível simulador
Tabela 2 - tabela de constantes

Calculo das potências térmicas trocadas nos diversos permutadores de calor:


Ensaio com reaquecimento

Potência Térmica do Combustível:


̇ 𝑐𝑜𝑚𝑏=𝑚̇ 𝑐𝑜𝑚𝑏×𝑃𝐶
PC = 42 070 kJ/ kg (Segundo o manual do simulador)

𝑚̇ 𝑐𝑜𝑚𝑏 = 5030,3877 Kg/ h


̇ 𝑐𝑜𝑚𝑏 = 5030,3877 ×42070 = 211 628,41 MJ/ h

̇ 𝑐𝑜𝑚𝑏 = 211 628,41 x 10^6/ 3600 = 58,7856 MW

̇ 𝑐𝑎 𝑟𝑎

Potência Térmica do Economizador:


Calculámos a temperatura de saturação de forma a determinarmos o estado da água à
saída do economizador, e concluímos que era líquido subarrefecido. Na realidade, a
temperatura à saída deveria ser a temperatura de saturação, no entanto serão os painéis de
vaporização os responsáveis pela mudança de fase da água.
De forma a calcularmos as potências, teremos sempre de ter em vista qual o caudal
que atravessa cada um dos permutadores e como tal, o programa forneceu-nos dois caudais, o
caudal volúmico debitado pela bomba e o caudal mássico de vapor. Se trabalhássemos com o
caudal debitado pela bomba, estaríamos a incorrer a um erro de alguma gravidade visto que o
caudal que é fornecido pela bomba, é um caudal variável consoante o nível existente no
barrilete, e como tal, naquele instante o caudal era X, mas num outro instante poderia ser Y.
Optámos portanto por utilizar sempre o caudal de vapor que, por conservação mássica, é igual
ao caudal de líquido subarrefecido á entrada no economizador.

Pressão da Caldeira = 90 bar = 8998,8 kPa

𝜃1=197℃ 𝜃2=251℃ (valores retirados do simulador da caldeira)

P1=P2 = 8998,8 KPa

h1= 841,827𝑘𝐽/𝑘𝑔 h2= 1090,51𝑘𝐽/𝑘𝑔


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2º Trabalho de Avaliação Contínua – Ensaio com simulador de uma caldeira Aquatubular
P=8998,8Kpa  T sat=303,321ºC

𝑚̇ á𝑔𝑢𝑎=61t/h = 16,944 Kg/s

̇ 𝑐 =𝑚̇ á𝑔𝑢𝑎×Δh =16,944 x (1090.51-841.827)=4,2261 MW

̇ 𝑐𝑎 𝑟𝑎

Potência Térmica nos Painéis de Vaporização:


Considerámos que a temperatura à saída dos painéis de vaporização é a temperatura
de saturação do vapor, e a temperatura de entrada aquela correspondente à saída no
economizador.
𝑚̇ 𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟=61 𝑡/h = 16,944 Kg/s

T2=251ºC T3=303,321ºC

h2= 1090,51kJ/kg h3= 2744,694 kJ/kg

̇ =𝑚̇ 𝑣 sat×Δh= 16,944 x (2744,694-1090,51)= 28,0284 MW

̇ 𝑐𝑎 𝑟𝑎

Potência Térmica no Sobreaquecedor:


O valor da entalpia à entrada do sobreaquecedor será igual ao valor à saída nos painéis
de vaporização.
O valor da entalpia à saída do sobreaquecedor vai ser obtido através do “STEAM”, nas
propriedades do vapor sobreaquecido com as entradas de temperatura e pressão.

𝜃3=303,321 --> h3=2744,694 𝑘𝐽/𝑘𝑔


𝜃4=515ºC, 𝑃4=88.6 𝑏𝑎𝑟= 8858.818 𝑘𝑃𝑎 h4= 3425,267𝑘𝐽/𝑘𝑔
𝑚̇vapor= 61t/h = 16,944 Kg/s

̇ 𝑠=𝑚̇vapor ×Δh 16,944 × (3425,267-2755,694)=11,3452 MW

̇ 𝑐𝑎 𝑟𝑎
Potência Térmica no Reaquecedor:
No reaquecedor tanto a entalpia de entrada como a de saída são calculadas através do
“STEAM”, utilizando as propriedades das regiões sobreaquecido ou subarrefecido (função 4),
através das entradas de pressão e temperatura.

𝜃5 9 ℃ 𝜃6 ℃

𝑃5= 15 𝑏𝑎𝑟 = 1499,8 𝑘𝑃𝑎 𝑃6= 13.6 𝑏𝑎𝑟 = 1359,82 𝑘𝑃𝑎

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2º Trabalho de Avaliação Contínua – Ensaio com simulador de uma caldeira Aquatubular
𝑚̇ 𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟=61 𝑡/h =16,944 kg/s
h5=3031,142 𝑘𝐽/𝑘𝑔 h6= 3504,626𝑘𝐽/𝑘𝑔

̇ = 𝑚̇𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟×Δh= 16,944 x (3504,626-3031,142) = 8,0227MW

̇ 𝑐𝑎 𝑟𝑎 9

Potência térmica dissipada pelos fumos (F):


Trabalhámos com as temperaturas em Kelvin e os valores das constantes em evidência
foram obtidas através do manual do simulador.

̇ 𝑚̇ 𝑚̇𝐶 𝑡 (𝑚 ̇ +𝑚̇ )*𝐶 =


= ̇ * +𝑚̇ ) 𝐶

̇ = (17,291 x 1,225 + 1,397) x 1025 x (164-20) =3,3325 MW

̇ 𝑐𝑎 𝑟𝑎

Potência Térmica Perdida na Radiação e Combustível que não arde:


̇ i= ̇ 𝑐𝑜𝑚𝑏−( ̇ + ̇ c+ ̇ 𝑠+ ̇ rs+ ̇ ) = 58,7856 – (4,2261+28,0284+11,3452+8,0227+3,3325)
= 3,8307MW

̇ 𝑐𝑎 𝑟𝑎 9

Rendimento do gerador de vapor pelo método das perdas


𝜂=𝑊/ 𝐵=( 𝑐𝑜𝑚𝑏 𝑓 i)/ 𝑐𝑜𝑚𝑏 = (58,7865-3,3325-3,8307)/58,7856=87,816%

Rendimento do gerador de vapor pelo método directo


𝜂=( 𝑐+ c + s+ r𝑠)/ 𝑐𝑜𝑚𝑏=(4,2261+28,0284+11,3452+8,0227)/58,7856= 87,814%

Com estes dois métodos podemos verificar que o rendimento da caldeira é de 87,814%, que não
difere muito do calculado pelo software 86,3%

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2º Trabalho de Avaliação Contínua – Ensaio com simulador de uma caldeira Aquatubular
Comparação de resultados analíticos e experimentais:

Diferença
Potência (MW) %
Caldeira/Analítico
Analítico 58,7856
Combustível 2,776
Caldeira 60,4175
Analítico 4,2261 6,956
Economizador 10,589
Caldeira 3,7786 6,25
Analítico 28,653 47,161
Painel de vaporização 2,228
Caldeira 25,653 47,42
Analítico 11,3452 18,673
Sobreaquecedor 1,859
Caldeira 11,5561 19,3
Analítico 8,0227 13,205
Reaquecedor 1,589
Caldeira 8,1502 13,49
Analítico 3,3325 5,485
Fumos 5,965
Caldeira 3,5313 5,85
Analítico 5,1752 8,521
Perdas por radiação 8,254
Caldeira 4,748 7,86
Tabela 3- Comparação entre os valores analíticos e experimentais

70
60
50
40
30
20
10
0
Analítico

Caldeira

Analítico

Caldeira

Analítico

Caldeira

Analítico

Caldeira

Analítico

Caldeira

Analítico

Caldeira

Analítico

Caldeira

Comb. Econom. Painel vap. Sobreaq. Reaq. Fumos Perdas

Gráfico de barras 1 – Comparação entre os valores analíticos e experimentais

Comentário: Para os valores cujas diferenças são pequenas (percentagem inferior a 3%), a
única justificação para estas diferenças baseiam se nos arredondamentos efectuados nos
cálculos para as diferentes potências, e derivado, tal como os valores de entalpia dados pelo
“STEAM” serem diferentes dos calculados recorrendo às tabelas das propriedades
termodinâmicas da água. Em relação ao economizador, devido às duas formas diferentes de
calcular as potências térmicas, o erro é cerca de 10,5%. Enquanto o manual do simulador
calcula considerando o fluido em líquido comprimido, através do “STEAM”, tivemos de

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2º Trabalho de Avaliação Contínua – Ensaio com simulador de uma caldeira Aquatubular
considerar o fluido em líquido saturado, daí o erro ser maior. Relativamente às perdas por
radiação, foi um acumular dos erros anteriores, que originou uma diferença de cerca de 8%.

Erros

Erro relativo
ϵrelativo = |resultados analíticos-resultados Caldeira/(resultados analíticos)|x100%
ou seja, devido ao método de calculo ser igual para todos os erros iremos apenas apresentar
os resultados finais.
ϵcombustível= 2,776% ϵeconomizador=10,589%
ϵpainéis de vaporização=2,228% ϵsobreaquecedor=1,859%
ϵreaquecedor=1,589% ϵfumos=5,965% ϵradiação=8,254%

Erro absoluto
ϵabsoluto = |resultados analíticos-resultados Caldeira|
ou seja, devido ao método de calculo ser igual para todos os erros iremos apenas apresentar
os resultados finais
ϵcombustível=1632 KW ϵeconomizador=447,5 KW
ϵpainéis de vaporização=624,6 KW ϵsobreaquecedor= 210,9 KW
ϵreaquecedor= 1275 KW ϵfumos=198,8 KW ϵradiação= 427,2 KW

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Comparação dos balanços térmicos com aquecimento e sem
aquecimento:

Através da seguinte tabela realiza-se a distinção de valores entre os dois ensaios com
arrefecimento e sem arrefecimento:

Diferença Caldeira
Potência (MW) %
/Analítico
C Reaq. 60,4175
Combustível 11,642
S Reaq. 53,3836
C Reaq. 3,7786 6,25
Economizador 27,354
S Reaq. 4,8122 9,01
Painel de C Reaq. 25,653 47,42
3,489
vaporização S Reaq. 29,6527 55,55
C Reaq. 11,5561 5,85
Sobreaquecedor 0,146
S Reaq. 11,573 5,85
C Reaq. 3,5313 19,13
Fumos 11,641
S Reaq. 3,1202 21,68
C Reaq. 4,748 7,86
Perdas por radiação 0,636
S Reaq. 4,2252 7,91
Tabela 4 – Comparação dos respectivos erros e valores entre ensaio com e sem reaquecimento

70
60
50
40
30
20
10
0
C Reaq.S Reaq.C Reaq.S Reaq.C Reaq.S Reaq.C Reaq.S Reaq.C Reaq.S Reaq.C Reaq.S Reaq.C Reaq.S Reaq.
Comb. Econom. Painel vap. Sobreaq. Reaq. Fumos Perdas

Gráfico de barras 2 – comparação dos respectivos erros e valores entre ensaio com e sem reaquecimento

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Erros
Erro relativo
ϵrelativo = |resultados analíticos-resultados Caldeira/(resultados analíticos)|x100%
ou seja, devido ao método de calculo ser igual para todos os erros iremos apenas apresentar
os resultados finais.
ϵcombustível= 11,642% ϵeconomizador=27,354%
ϵpainéis de vaporização=3,489% ϵsobreaquecedor=0,146%
ϵfumos=11,641% ϵradiação=0,636%

Erro absoluto
ϵabsoluto = |resultados analíticos-resultados Caldeira|

ou seja, devido ao método de calculo ser igual para todos os erros iremos apenas apresentar
os resultados finais

ϵcombustível=7033,9 KW ϵeconomizador=1033,6KW

ϵpainel de vaporização= 3999,7KW ϵsobreaquecedor =16,9KW

ϵfumos =411,1KW ϵradiação =522,8KW

Conclusão
Como podemos verificar obtivemos pressões aproximadamente iguais
(aproximadamente 0.6% de diferença) em ambos os casos, mas pelo contrário existe um
menor consumo de combustível (da ordem dos 12,4%) da simulação realizada com o
reaquecedor desligado em relação à simulação realizada com o reaquecedor ligado, o que nos
leva a afirmar que o reaquecimento é responsável pela absorção dessa percentagem de
energia. Isto deve-se ao facto de haver um maior caudal de combustível.

Fig. 2 - Valores do ensaio com reaquecedor Fig. 3 - Valores do ensaio sem reaquecedor
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Devido ao reaquecedor precisar de mais calor para aumentar a temperatura do fluido
de trabalho que vem da turbina de alta pressão (onde sofreu uma diminuição de temperatura
e pressão), por consequência a câmara de combustão vai necessitar de mais combustível e de
mais caudal de ar para poder transferir esse calor, e para que o fluido de trabalho se possa
expandir na turbina de baixa pressão.
O diagrama ilustrado pode exemplificar melhor a ideia por nós proposta, onde a
situação sem reaquecimento é referente á transição 2´-3, e a situação com reaquecimento é
referente á transição 2-3. Para um mesmo caudal de água que atravessa o painel de
vaporização, é fácil verificar que: h3-h2´>h3-h2 e portanto a potência térmica no painel de
evaporação no caso sem reaquecimento é superior ao caso com reaquecimento.

Figura 4 – Diagrama T-s.

A nível do economizador por estar no fim do percurso do fumo, ou seja, quando este
tem menor capacidade para ceder calor, tem a percentagem mais baixa de absorção. Contudo
aproveita energia que seria desperdiçada e ainda conquista 4.8MJ não havendo
reaquecimento, provando que e mais eficaz neste caso (há uma diferença de 27.4%
aproximadamente).
Quanto ao cálculo da eficiência, o que difere um método do outro é que o primeiro,
método das perdas, considera que à taxa de calor total produzida pela combustão do
combustível é retirada às várias taxas de calor dissipativas (fumos e radiação). No segundo
método, método directo, é considerada a soma de todas as taxas de calor que contribuem
para a função útil da turbina (potência no economizador, painéis de vaporização,
sobreaquecedor e reaquecedor).

Bibliografia
 Haywood R.W. “Analysis’s of Engineering Cycles”- Pergamon Press
 Manual do simulador da caldeira
 Dados Retirados do programa “STEAM”
 Apontamentos das aulas do presente semestre;

Webgrafia:
 http://web.ist.utl.pt/luis.roriz/prodenerg/centrais_vapor.htm
 http://dc212.4shared.com/doc/QK-R_7I0/preview_html_m1da00431.jpg
 http://fabioferrazdr.files.wordpress.com/2008/08/2caldeiras.pdf

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