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Aula 08 - Profa

Mariana Moronari
(Somente em PDF)
PETROBRAS (Técnico - Ênfase 4 -
Manutenção Elétrica) Conhecimentos
Específicos - 2023 (Pós-Edital)
Autor:
Mara Queiroga Camisassa de
Assis, Mariana Moronari, Thais
Martins

27 de Março de 2023

09545388706 - Vinicius Suzano da Silva


Mariana
Mara Queiroga
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Camisassa
Samuel Carvalho
de Assis, Mariana Moronari, Thais Martins
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Carvalho

1 PRINCÍPIOS DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICA


Seja bem-vindo ao mundo das Máquinas Elétricas!

Figura 1 - Motor de Indução. Figura 2 - Transformador a seco. Figura 3 - Grupo Motor-Gerador.


FONTE: Catálogo WEG. FONTE: Catálogo WEG. FONTE: Catálogo STEMAC.

Uma máquina elétrica é um dispositivo eletromecânico que converte energia


elétrica em energia mecânica (quando é chamada de motor) ou converte energia mecânica
em energia elétrica (quando é chamada de gerador). Tais máquinas utilizam o princípio da
conversão eletromecânica de energia. Para realizar tal conversão, as máquinas elétricas se
baseiam em fenômenos decorridos da ação de campos magnéticos.

Esta possibilidade de troca entre energia mecânica e energia elétrica foi apresentada
por Michael Faraday, em 1831.

Figura 4 - Michael Faraday.


FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Michael_Faraday.

Tal descoberta permitiu avanços tecnológicos não somente como a criação de motores
e geradores, mas também microfones, alto-falantes, transformadores, galvanômetros,
dentre outros.

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Antes da descoberta de Faraday, a tensão era gerada em um circuito elétrico através de


uma ação química, como as que ocorrem em pilhas e baterias.

Mas antes de prosseguirmos para o estudo específico das máquinas, vamos fazer um
breve apanhado de conceitos que serão muito recorrentes em nosso estudo.

Ao longo de toda esta aula, toda vez que uma variável aparecer em negrito,
significa que ela está representando um vetor, ou seja, a variável possui um
módulo (ou intensidade), uma direção e um sentido.

Quando a variável aparecer em itálico, significa que se trata de uma grandeza


escalar (ou seja, possui somente módulo).

Trata-se da notação adotada no livro do Stephen Chapman, a qual acho bem


interessante. Estas notações servem para você bem poder diferenciar quando
estivermos falando de uma grandeza vetorial ou grandeza escalar.

Ok? Vamos em frente.

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1.1 Rotação, Força e Potência

Comecemos pelo movimento de rotação. O movimento de rotação, assim como o


movimento linear, possui uma posição, uma velocidade e uma aceleração próprias.

A posição angular é denotada por , e sua unidade básica é o rad.

A velocidade angular é denotada por � e é dada em rad/s, ou seja, ela conta a variação
da posição angular com relação ao tempo, ou seja,

�=

Por convenção, assume-se que a velocidade angular seja positiva no sentido anti-
horário.

Figura 5 - Sentido positivo (+) da velocidade angular.

No trato específico de máquinas elétricas rotativas (motores e geradores), a


velocidade angular é comumente também dada em rotações por minuto (ou rpm,
representada por ) ou em rotações por segundo (ou rps, representada por ).

Há uma correlação entre estas três representações, dada por


= =

Quando houver possibilidade de confusão entre um parâmetro elétrico ou mecânico,


um subscrito nestas grandezas, indica que se trata de um velocidade angular mecânica.
Quando houver um subscrito , indica que se trata de uma velocidade angular elétrica.

A aceleração angular é denotada por � e é dada em rad/s², ou seja, ela conta a variação
da velocidade angular em relação ao tempo, ou seja,


�=

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Outra relação de rotação importantíssima no estudo de máquinas elétricas é o


conjugado (também chamado em algumas literaturas de torque ou binário). O conjugado é
denotado por � e sua unidade é o newton-metro (Nm).

O conjugado, em uma definição simples, é a "força necessária para fazer girar alguma
coisa". Ele é dado pelo produto da força aplicada ao objeto pela distância perpendicular
desde o eixo de rotação do objeto até o ponto de aplicação da força. Matematicamente isto é
assim descrito

�= × |�| = | || | �in θ

Onde θ denota o ângulo entre o vetor (que "sai" do eixo de rotação e vai até o ponto de
aplicação da força e possui módulo igual ao raio do objeto) e o vetor de aplicação da força sobre
o objeto. A Figura a seguir demonstra graficamente a equação acima.

Figura 6 - Dedução da Equação do Conjugado.


FONTE: CHAPMAN (2013).

O conjugado guarda ainda uma correlação com a 1ª Lei de Newton. Enquanto a 1ª Lei
de Newton vale para movimentos lineares, sendo dada por

A chamada "Lei da Rotação de Newton" é dada por

�= �

Onde faz o papel da massa, sendo chamada de momento de inércia do objeto e � é


o vetor de aceleração angular.

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Se o trabalho (dado em � - joule), feito por uma força aplicada a um objeto que se
move ao longo de uma distância linear é dado por

Então podemos dizer também, baseado na correlação entre movimentos lineares e


movimentos de rotação demonstrada há pouco que

=�

Em ambos os casos se considera força e conjugado constantes agindo sobre o objeto.

A potência é o resultado da taxa de aplicação de um trabalho em relação ao tempo,


ou seja,

A unidade da potência é o watt. Para movimentos lineares, se pode dizer que a potência
aplicada por uma força constante é de

= = = = �

Para um movimento de rotação então será

= = � =� = ��

A relação = �� é importantíssima para o estudo das máquinas elétricas!


Não esqueça dela jamais!

A respeito da unidade de potência, a padrão seja o watt, é comum que em


questões apareça a unidade cv (cavalo-vapor) ou então o HP (horsepower).

E muitas vezes a banca não diz a você qual a correlação entre 1 W e 1 cv, ou
então entre 1 W e 1 HP . Anota aí então:

cv ≅ , � �� ≅ , �

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Ok, vimos um compêndio de definições e correlações de movimento rotacional,


conjugado, força e potência.

Vamos a um breve resumo

MOVIMENTO UNIDADE EQUIVALÊNCIA MOVIMENTO UNIDADE


DEFINIÇÃO DEFINIÇÃO
LINEAR SI ↔ DE ROTAÇÃO SI
Posição m Posição �ad
Velocidade �= m/� Velocidade �= �ad/�
� �
Aceleração = Aceleração �= �ad/�
Força = N Conjugado �= � Nm
Trabalho = � Trabalho =� �
Potência = = � � Potência = = �� �

Vejamos agora alguns aspectos de campo magnético igualmente úteis no nosso estudo.

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1.2 Campo Magnético

O campo magnético é quem faz o meio de campo na conversão eletromecânica de


energia. Sem ele não haveria como fazer a conversão do modo como fazemos. O campo
magnético interage com o meio ao seu redor basicamente de quatro maneiras:

• Ação de Transformador;
• Força Induzida em um Condutor;
• Ação de Motor;
• Ação de Gerador;

Veremos cada uma destas ações separadamente. Mas antes vejamos como se produz
um campo magnético através de uma corrente elétrica.

1.2.1 Produção de Campo Magnético

A geração de um campo magnético é bem definida pela Lei de Ampère, a seguir


descrita em sua forma magnética.

∮� ∙ = �

Onde � é o vetor intensidade de campo magnético (dado em ampère-espira por metro)


que é produzido por uma corrente líquida � (dada em ampère) e um elemento vetorial
diferencial de comprimento ao longo do caminho da integração (dado em metro).

Muito complicado? Calma, não se desespere. Vamos destrinchar isso... Pensemos numa
bobina de fio com � voltas, enrolada em um núcleo de material ferromagnético e
percorrida por uma corrente elétrica . A Figura 7 a seguir descreve tal situação.

Figura 7 - Demonstração da produção de um campo magnético.

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Pelo fato de o material do núcleo ser ferromagnético, se pode dizer que praticamente
todo o campo magnético gerado pela circulação da corrente elétrica estará encerrado no
núcleo. Isto é importante, pois desta maneira, a integral da Lei de Ampère se simplifica
muito, tornando-se igual ao caminho médio dentro do núcleo representado na Figura 7,
multiplicado pela intensidade do campo magnético .

A corrente líquida � é a corrente que está dentro do caminho de integração da


integral da Lei de Ampére. Como a bobina possui � voltas, e o caminho de integração é igual
ao caminho médio dentro do núcleo, então a corrente líquida é igual a N vezes a corrente .

Com estas considerações feitas, a Lei de Ampére pode ser reescrita como

=�

Onde é a magnitude do vetor � de intensidade de campo magnético e é o


comprimento do caminho médio do núcleo.

Isolando , se tem que a magnitude do vetor intensidade de campo magnético


gerado pela corrente circulando em uma bobina de � voltas em um núcleo ferromagnético
é


=

Entretanto, a produção de um campo magnético depende da permeabilidade


magnética do material, ou seja, depende da "facilidade" com que o campo magnético
consegue se estabelecer dentro do material.

Esta permeabilidade magnética (denotada por , que possui como unidade o henry
por metro, é estabelecida de forma proporcional à permeabilidade do vácuo, dada por =

× �/m, ou seja,

Onde é o que se chama de permeabilidade relativa, dada por um múltiplo


adimensional. Por exemplo, em máquinas elétricas atuais, o núcleo é feito de material cuja
permeabilidade relativa fica entre 2000 e 6000.

A relação entre o vetor intensidade de campo magnético � e a permeabilidade do


material é dada por

�= �

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Onde � é o vetor densidade de fluxo magnético, dado em tesla. Em módulo, estas


grandezas ainda podem ser escritas como


= =

Uma vez que o campo magnético estabelecido dentro do núcleo é representado por
um vetor, ele possui, além de módulo, uma direção e um sentido, o que indica que este
campo magnético não é uma grandeza estática.

A direção e o sentido podem ser vistos pelo que chamo de "regra da mão direita curva",
demonstrada na Figura 8.

Nesta regra, o seu polegar indica o sentido e a direção da corrente, ao passo que os
outros dedos curvados indicam o sentido e a direção do campo magnético. Ou seja, o
campo magnético "circula" em torno do condutor.

Figura 8 - Demonstração da "regra da mão direita curva".


FONTE: https://s2.static.brasilescola.uol.com.br/be/e/fig2(2).jpg

Embora nossa representação tenha sido em apenas duas dimensões, o núcleo


ferromagnético utilizado como exemplo possui ainda uma dimensão de profundidade.
Havendo a profundidade, podemos então dizer que o campo magnético atravessa uma
seção de área do núcleo.

Figura 9 - Vetor densidade de fluxo magnético B atravessando uma seção de área A.

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Este "campo magnético atravessando uma seção de área do núcleo" é chamado de fluxo
magnético � (dado em Wb - weber) dentro do núcleo, dado por

�=

E, com a relação que acabamos de fazer para a densidade de fluxo magnético, o fluxo
magnético pode ser ainda escrito como


�=

1.2.2 Ação de Transformador

Agora que já sabemos como se forma um campo magnético, vejamos quais são os
efeitos dele derivados.

O primeiro efeito é descrito pela Lei de Faraday-Lenz, proposta inicialmente por


Michael Faraday e posteriormente melhorada por Heinrich Lenz.

Faraday descobriu que era possível se gerar tensão elétrica através do movimento
relativo entre um campo magnético e um fio condutor. Ele chamou esta tensão de "tensão
induzida", uma vez que não havia "contato físico"1 efetivo entre eles. De acordo com Irwing
Kosow (KOSOW, 1982), o enunciado da Lei de Faraday é mais ou menos o seguinte:

O valor de tensão induzida em uma espira condutora simples é


proporcional à razão da variação das linhas de força que passam através
daquela espira (ou se concatenam com ela).

Faraday era um grande físico experimentalista, porém não chegou à forma


matemática da sua descoberta. Outro físico, chamado Franz Ernst Neumann, no ano de 1845,
"traduziu" o enunciado do efeito acima em uma equação, na qual o valor médio da força
eletromotriz (fem) induzida média era diretamente proporcional à razão da variação do fluxo
concatenado. Matematicamente, Neumann chegou à seguinte expressão:

� −
= � á� ×

1
Do ponto de vista da Física, em sentido estrito, obviamente há contato físico entre o condutor e o campo
magnético. Entenda-se pela expressão contato físico , aqui utilizada, em seu sentido amplo, ou seja, dito como
um toque perceptível a olho nu.

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Figura 10 - Franz Ernst Neumann.


FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Franz_Ernst_Neumann.

Onde é o tempo (em segundos) que o fluxo magnético (em maxwells, outra unidade de
fluxo magnético) leva para elevar-se de zero ao valor de pico � á� e � é o número de espiras.

Um fluxo magnético � que obedeça a uma função senoidal de frequência (em


rad/s) chega ao seu pico em 1/4 de ciclo, ou seja, = . Com isto, a equação acima vira


= �� á� ×

Para se obter o valor efetivo de um sinal quando se tem apenas seu valor médio, basta
multiplicar o valor médio pelo fator de forma = � ≅ , . Com isto,


≅ , �� á� ×

E, como já vimos, o fluxo magnético é o resultado da multiplicação da densidade de


fluxo magnético pela área, ou seja, � = . Substituindo esta relação tem-se


≅ , � á� ×

Com á� sendo o máximo valor da densidade de fluxo magnético (em G - gauss) e


sendo a seção de área (em cm²) a qual esta densidade de fluxo magnético está associada.
Perceba que estas unidades não fazem parte do SI.

Apresentamos esta equação apenas pelo contexto histórico da descoberta de Neumann.


Em unidades do SI, considerando ainda um fluxo magnético regido por uma função senoidal
� = � á� �in � �b, onde � = , tal relação se reduz a

� � á� � á�
=� =� [� á� �in � ] =� �=� ≅ , �� á�
√ √

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E, utilizando a relação � = , ficamos com

≅ , � á�

Ou seja, em unidades do SI se chega a uma expressão semelhante, entretanto sem o


fator de conversão 10-8.

Um terceiro físico, chamado Heinrich Lenz, trabalhara nos efeitos descobertos por
Faraday em 1831, e percebeu que a tensão induzida na verdade era em sentido contrário ao
da variação do fluxo magnético.

Figura 11 - Heinrich Lenz.


FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Heinrich_Lenz.

Lenz percebeu que quando um fluxo magnético crescente passa entre as espiras de
uma bobina, a tensão que se forma entre os terminais da bobina tende a criar um fluxo
magnético na direção contrária a este fluxo. A este efeito se deu o nome de Lei de Lenz e,
matematicamente, este efeito é representado através de um sinal negativo junto à Lei de
Faraday-Neumann.

Sendo assim, a junção da Lei de Faraday-Neumann com a Lei de Lenz deu origem à
Lei de Faraday-Neumann-Lenz, descrita em sua forma matemática por


= −�

Esta expressão nos diz que uma tensão ( , dada em volts) é induzida entre os
terminais de uma espira ao se variar o fluxo magnético por dentro desta espira. Se em vez
de uma única espira for uma bobina com � espiras, então a tensão induzida será � vezes a
taxa de variação deste mesmo fluxo.

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Entretanto, como a polaridade da tensão pode ser determinada através de outros


parâmetros físicos, o sinal negativo é frequentemente omitido da expressão.

De acordo com Stephen Chapman (CHAPMAN, 2013),

"A Lei de Faraday-Neumann constitui a propriedade fundamental


apresentada pelos campos magnéticos que estão presentes no
funcionamento de um transformador.

A Lei de Lenz permite prever a polaridade das tensões induzidas nos


enrolamentos do transformador".

Outra maneira de se escrever a Lei de Faraday-Neumann (e aqui já não levaremos mais


em consideração o sinal negativo) é através da junção da constante � à taxa de variação do
fluxo magnético. Esta junção gera outra variável, denominada fluxo concatenado, e
representado pela letra grega (lambda), e medido em weber-espira. Matematicamente,


=� =

Através da Lei de Faraday-Neumann também é possível a dedução das perdas por


correntes parasitas (também conhecidas como correntes de Foucault) que surgem no núcleo
do transformador.

Do mesmo modo que o fluxo magnético variável induz uma tensão nos terminais da
bobina, ela induz uma tensão também no interior do núcleo da bobina (ou seja, no material
ferromagnético).

Esta tensão gerada no material ferromagnético faz com que apareçam no interior do
material correntes, na forma de redemoinhos.

Figura 12 - Ilustração da geração de correntes parasitas em uma placa de material ferromagnético.

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A circulação destas correntes parasitas gera uma dissipação de energia através de


calor gerado no material. Quanto maior a tensão induzida no material, maiores serão as
correntes e, por consequência, maiores serão as perdas por calor.

Para se evitar este efeito, normalmente se opta pelo desenvolvimento do núcleo do


transformador através de chapas laminadas de ferro (bem finas), separadas uma a uma por
camadas isolantes.

Com isto, o redemoinho formado se reduz, pois não haverá muito "espaço" para ele se
formar dentro do núcleo. Reduzindo-se a capacidade de formação destes redemoinhos, reduz-
se também as correntes formadas e, consequentemente, as perdas devido a elas.

Outra maneira de se evitar correntes parasitas no núcleo é aumentar a resistividade


do material do núcleo, através da adição de silício ao aço do núcleo pois, segundo a Lei de
Ohm, quanto maior a resistência do núcleo, menor será a corrente parasita.

1.2.3 Ação de Motor

Outro efeito importante derivado da produção de um campo magnético em um


condutor percorrido por uma corrente elétrica é que isto produz uma força sobre o
condutor.

Segundo Stephen Chapman (CHAPMAN, 2013), é dado o nome de ação de


motor à indução de uma força em um fio condutor por uma corrente na
presença de um campo magnético.

Tal força induzida em um condutor é dada por

= �

Onde é a corrente no condutor (dada em ampère), é o vetor de comprimento do


condutor, cujo módulo é igual ao comprimento do condutor (dado em metro) e a direção e o
sentido são os mesmos da corrente elétrica e � é o vetor de densidade de fluxo magnético
(dado em tesla).

O sentido da força é encontrado através do uso da famosa regra da mão direita:

1. Se o dedo indicador aponta para o sentido da corrente;


2. E o dedo médio aponta para o sentido do campo magnético;
3. Então o dedo polegar apontará para o sentido da força.

Veja na Figura 13 a seguir a representação da regra da mão direita.

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Figura 13 - Aplicação da regra da mão direita.


6
O módulo da força será dado por

= �en

Onde é o ângulo formado entre o condutor e o campo magnético.

1.2.4 Ação de Gerador

O último efeito pelo qual um campo magnético interage com seu entorno que
veremos é chamado de ação de gerador.

A indução de tensões em um condutor que se desloca dentro de um campo


magnético é, segundo Stephen Chapman (CHAPMAN, 2013), fundamental para
o funcionamento de todos os tipos de geradores. Por essa razão, é
denominada ação de gerador.

Um condutor se deslocando dentro de um campo magnético terá então sobre ele


induzida uma tensão. Tal tensão é dada por

= �×� ∙

Onde � é o vetor velocidade do condutor (dado em metro por segundo), � é o vetor de


densidade de fluxo magnético (dado em tesla) e é o vetor de comprimento do condutor
dentro do campo magnético, cujo módulo é igual ao comprimento do condutor, a direção é a
mesma do condutor e o sentido é apontando para a extremidade com menor ângulo com relação
a � × �.

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1.3 Compreendendo o Funcionamento das Máquinas Elétricas

Para bem compreender o funcionamento das máquinas como um todo, é comum que
tomemos por base uma máquina linear CC simples.

A figura a seguir apresenta uma máquina linear CC.

Figura 14 - Máquina linear CC.


FONTE: CHAPMAN (2013).

A máquina linear CC da Figura 14 é composta pela conexão em série de uma fonte de


corrente contínua ( ), uma resistência e uma chave liga/desliga com um par de trilhos isento
de atrito.

Ao longo dos trilhos há um campo magnético que é constante e uniforme (�) e que
aponta para dentro da página (conforme o símbolo × bem representa). Sobre este par de
trilhos fica posicionada uma barra de metal condutor. Esta barra é livre para se deslocar pelos
trilhos.

Esta máquina pode funcionar tanto pela ação de gerador como pela ação de motor,
conforme será visto a seguir.

1.3.1 Dando Partida à Máquina

Vamos primeiro ligar a máquina. Para isto o que devemos fazer é fechar a chave que
está no circuito.

Isto fará com que uma corrente contínua circule pelo circuito, partindo da fonte ,
passando pela chave, pelo resistor e retornando à fonte através da barra de metal. Como as
condições iniciais da máquina eram todas iguais a zero, então no momento inicial a tensão
induzida na barra é zero, com isto, a corrente inicial no circuito é

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Porém, ao circular uma corrente pela barra, pela ação de motor, surgirá uma força
sobre a barra, dada pela equação

� = �

De acordo com a regra da mão direita, esta força que surgirá na barra será "para a direita"
dos trilhos. O módulo da força � será dado por

| � |= =

Esta força fará com que a barra então inicie um movimento para a direita, adquirindo
uma velocidade linear �, cuja direção também será para a direita. O surgimento de uma
velocidade � na barra que está imersa em um campo magnético faz com que passe a ocorrer
na máquina a ação de gerador, dada pela equação
9
= �×� ∙

Ou seja, surgirá na barra uma tensão induzida, dada por . Esta tensão induzida na
barra fará com que a corrente se reduza, pois agora ela será dada por


=

A corrente se reduzindo, a força � sobre a barra também diminui. Entretanto, pelo


fato de não haver atrito nos trilhos, a velocidade � não diminui.

Nesta condição de regime permanente, a máquina não desempenha trabalho (pois


= , e = ), embora esteja em movimento.

Vai chegar o ponto em que a força � será zero pois, neste momento, a velocidade �
será constante (aceleração zero) e a tensão induzida na barra é igual a , fazendo com que
não haja corrente alguma circulando.

Sim, a máquina irá para a direita para sempre se nada mais for feito. É a condição de regime
permanente da máquina.

Entretanto faremos sim algo...

1.3.2 Máquina Linear CC como um Motor

Iremos impor à barra uma outra força, denominada � , em sentido oposto à força �
que estava sendo aplicada à barra até que ela atingisse a condição de regime permanente. O
resultado é uma força resultante = � − � . O sentido desta força resultante é
também contrário ao movimento.

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Ao "frear" a barra, a velocidade � da barra diminui, diminuindo assim a tensão induzida


sobre si. Ao reduzir a tensão induzida, volta a haver corrente circulando pelo circuito. Com
corrente circulando pelo circuito a força induzida � novamente surge no sistema, no sentido
contrário à força � , até chegar ao ponto em que � se iguala a � , com o sistema
voltando a ficar em regime permanente, entretanto agora com uma velocidade � menor.
Estamos diante do comportamento da máquina linear CC simples na condição de motor.

Figura 15 - Comportamento da máquina linear CC na condição de motor.


FONTE: CHAPMAN (2013).

Perceba que embora a máquina entre novamente em regime permanente, desta vez
há trabalho envolvido, pois para que atinja esta condição é necessário que haja um força
induzida � "extraída" da ação motor. Havendo trabalho, há também uma potência
envolvida, e ela é dada por

P ê ia P ê ia
é i a â i a
= ⏞ = ⏞ �

Neste caso ambas são iguais pois, para fins didáticos, estamos desconsiderando todo
o tipo de perdas que poderia haver no sistema. Toda a potência elétrica está sendo convertida
em potência mecânica.

Mais adiante nesta aula será visto que um motor CC real opera de modo semelhante. A
diferença principal é que em vez de termos uma força induzida , uma força de carga
e uma velocidade linear �, teremos um conjugado � , um conjugado de carga � e uma
velocidade angular �.

1.3.3 Máquina Linear CC como um Gerador

Vamos agora retirar a carga aplicada na seção anterior e deixar a máquina voltar à
condição de regime permanente inicial.

Uma vez na condição de regime permanente inicial, o que faremos agora é aplicar uma
força na direção do movimento, ou seja, também para a direita, acelerando a barra.

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Isto resultará num aumento da velocidade � da barra, levando a um aumento da tensão


induzida sobre a barra. Agora a tensão induzida sobre a barra será maior que a tensão da
fonte . Com isto, o sentido da corrente irá se inverter. Antes ela partia da fonte , agora ela
"parte" da barra.

Com a mudança no sentido da corrente, muda também o sentido da força induzida �


sobre a barra. Agora � será para a esquerda.

Figura 16 - Comportamento da máquina linear CC na condição de gerador.


FONTE: CHAPMAN (2013).

Chegará o ponto em que a força induzida � será igual e contrária à força , porém
agora a máquina opera com uma velocidade maior que a de regime permanente inicial.

A máquina agora está funcionando como um gerador e está convertendo energia


mecânica em energia elétrica. E a potência envolvida é também = �= .

Num gerador CC real ocorre algo semelhante. Um conjugado é aplicado no eixo da


máquina no sentido de giro dela, aumentando a velocidade do eixo e gerado uma tensão
induzida.

Perceba que a mesma máquina funciona como gerador ou como motor, mudando
apenas a direção de aplicação da força. Quando a força é a favor do movimento ocorre a
ação gerador. Quando a força é contrária ao sentido do movimento, ocorre a ação motor.

Perceba também que embora a força aplicada à barra seja a favor do movimento numa
situação e contrária ao movimento na outra, a direção na qual a barra se movimenta é sempre
a mesma: para a direita.

Isto também acontece nas máquinas reais. Ou seja, o eixo sempre irá se movimentar no
mesmo sentido, seja na ação motor ou na ação gerador. Há apenas uma mudança no módulo
da velocidade, porém o sentido é sempre o mesmo.

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O que influencia o sentido do giro (ou do movimento, no caso de uma máquina linear)
não é a ação (motor ou gerador) em si, e sim as condições de contorno (direção do campo
magnético e polaridade da fonte de tensão).

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1.4 Fundamentos de Máquinas CA

Existem duas classes principais de máquinas elétricas de corrente alternada (ou


máquinas CA): as máquinas síncronas e as máquinas assíncronas (ou de indução).

De maneira breve, se pode dizer que as máquinas síncronas são geradores ou motores
cuja corrente de campo magnético (ou simplesmente corrente de campo) é fornecida por uma
fonte de corrente CC separada, enquanto que as máquinas de indução são geradores ou
motores cuja corrente de campo é fornecida por indução magnética (ação de transformador)
em seus enrolamentos de campo.
Máquinas CA

Síncronas
Corrente de campo é oriunda de fonte CC externa

Assíncronas
Corrente de campo é oriunda da ação transformador

Esta seção irá abordar os fundamentos comuns a estes dois tipos de máquinas, de
modo que aspectos específicos de cada um dos tipos estarão presentes em aula posterior.

Estes fundamentos comuns têm como base uma espira de fio girando dentro de um
campo magnético uniforme, gerado por um ímã estacionário.

A parte "girante" da máquina CA fundamental ganha o nome de rotor, ao passo que a


parte "estacionária" da máquina CA fundamental ganha o nome de estator. A Figura 17 a seguir
ilustra rotor e estator em um motor de indução real.

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Figura 17 - Rotor (à esquerda) e Estator (à direita).


FONTE: https://en.wikipedia.org/wiki/Stator

Comecemos analisando a ação de gerador em uma máquina CA.

1.4.1 Máquina AC Fundamental (Ação de Gerador)

Considere a Figura 18 a seguir, onde uma espira condutora está inserida em um campo
magnético, formado por dois polos magnéticos (Norte e Sul), estando livre para girar em
torno do seu eixo de rotação.

Figura 18 - Espira girando em um campo magnético constante.

Examinemos cada segmento da espira (ab, bc, cd, da) separadamente, sob o aspecto da
equação que definimos lá na seção Ação de Gerador, = �×� ∙ .

Em cada análise, leve em consideração a Figura 18.

Segmento ab:
A velocidade linear � do segmento ab é tangencial à trajetória de rotação, e
faz um ângulo com a direção do vetor campo magnético �, que aponta "para
a direita". Consequentemente, através da regra da mão direita2, se pode verificar

2Sendo o produto vetorial dado por � × �, então você deve apontar o dedo indicador da sua mão direita para o primeiro fator
desta multiplicação (no caso o vetor �) e o seu dedo médio da mão direita para o segundo fator da multiplicação (no caso, o

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que o sentido do vetor resultante do produto vetorial � × � é "para dentro da


folha" (na vista superior).

O vetor possui como módulo a própria dimensão do segmento ab (ou seja,


igual a ), apontando de b para a. Com isto, se pode chegar à conclusão de que
o vetor é paralelo ao vetor � × �, possuindo a mesma orientação ("para
dentro da folha", na vista superior). Matematicamente, podemos dizer então
que

= � ×� ∙ =� �en

O produto escalar entre � × � e , denotado por "∙" indica que, para obtermos
o módulo de deveríamos multiplicar ainda a expressão acima pelo
cosseno do ângulo formado entre o vetor � × � e o vetor . Tal passo foi
omitido, uma vez que o ângulo entre estes dois vetores é igual a zero, e o
cosseno de zero é igual a 1.

Segmento bc:
Entre b e c o produto � × � aponta novamente "para dentro da folha" (olhando
para a vista superior), ao passo que entre o eixo de rotação (linha pontilhada
detalhada na vista frontal) e c aponta "para fora da página" (olhando também
para a vista superior).

Como ambos os vetores possuem módulos iguais e direções contrárias, o vetor


resultante é igual a zero e, consequentemente,

vetor �). Feito isto, então o seu dedo polegar da mão direita apontará, automaticamente, para a direção do vetor resultante
do produto vetorial.

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Segmento cd:
Segmento cd: A velocidade � do segmento cd é tangencial à trajetória de
rotação, e o campo magnético aponta "para a direita". Portanto, através da regra
da mão direita, se pode verificar que o produto vetorial � × � apontará "para
fora da página" (olhando para a vista superior).

O vetor possui como módulo a dimensão do segmento cd (ou seja, igual a ),


apontando de d para c. Com isto, se pode chegar à conclusão de que o vetor
é paralelo ao vetor � × �, possuindo a mesma orientação. Matematicamente,
podemos dizer então que

= � ×� ∙ =� �en

Onde é o ângulo formado entre o vetor velocidade � e o vetor densidade de


fluxo magnético �, e é o ângulo formado entre o segmento cd da espira e o
a direção do produto vetorial � × �. Como neste caso é igual a 0, então

=� �en

O produto escalar entre � × � e , denotado por "∙" indica que, para obtermos
o módulo de deveríamos multiplicar ainda a expressão acima pelo
cosseno do ângulo formado entre o vetor � × � e o vetor . Tal passo foi
omitido, uma vez que o ângulo entre estes dois vetores é igual a zero, e o
cosseno de zero é igual a 1.

Segmento da:
Segmento da: Pelo mesmo motivo do segmento cd, a tensão neste segmento
é nula.

Sendo assim, a tensão induzida é igual a

= + =� �en +� �en

Se você observar bem (através da vista superior lá da Figura 18), verá que sempre a
relação + = ° se repetirá. Subtraindo em ambos os lados da equação, então
teremos que = °− .

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Como existe a relação trigonométrica �in = �in °− , então se pode escrever

=� �en °− +� �en

Como �en − = �en co� − co� �en , então

=� [�en
⏟ ° co� −⏟
co� ° �en ]+� �en
= =−

=� �en +� �en = � �en

Por simplicidade se trocou por , simplesmente. Sendo assim, uma vez que a
velocidade � é constante, a densidade de fluxo magnético é constante e o comprimento
da espira também é constante, a tensão total induzida na espira é função apenas do
ângulo formado entre o vetor velocidade da espira (�) e o vetor densidade de fluxo magnético
(�), ou seja .

Uma vez que a espira está em movimento, o ângulo varia em função da velocidade
angular � e do tempo , ou seja, pode ser reescrito como uma função da velocidade
angular e do tempo, deste modo

=�

Substituindo na nossa expressão de , ficamos com

= � �en �

Mas, a velocidade tangencial � ainda é um parâmetro um tanto quanto "fora de lugar" aqui,
não acha? Estamos lidando com movimentos angulares aqui...

Então vamos escrever a velocidade tangencial � em função da velocidade angular �.

�= �

Onde é a distância desde o eixo de rotação até a extremidade da espira (conforme


destacado na Figura 18). Assim, reescrevemos novamente nossa equação para a tensão
induzida na espira como

= � �en �

Podemos ainda olhar com um pouco mais de atenção e comparar a expressão até aqui
deduzida com a nossa espira detalhada na Figura 18. Você percebe que é igual à área da
espira? Chamando de a área, ficamos com a expressão

= � �en �

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Mas espere mais um pouco... de acordo com o que vimos na seção Produção de Campo
Magnético, a área da espira multiplicada pela densidade de fluxo magnético é igual ao
fluxo máximo possível na espira � á� ! Então, chegamos à nossa forma final da tensão
induzida na espira

=� á� � �en �

A tensão gerada em uma espira obedece a uma função seno cuja


amplitude é igual ao produto do máximo fluxo magnético possível na espira
pela velocidade angular da espira.

Como regra, a tensão induzida em uma máquina CA depende de três fatores básicos, a
saber:

• fluxo na máquina;
• velocidade de rotação;
• e uma constante que representa a construção da máquina (como o número de
espiras, por exemplo).

1.4.2 Máquina Fundamental (Ação de Motor)

Considere a Figura 19 a seguir para a análise.

Figura 19 - Corrente entrando em uma espira em um campo magnético constante.

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Agora em vez de girar a espira através de uma ação mecânica exterior, o que se faz é
injetar uma corrente na espira imersa em um campo magnético constante �, obtendo-se
como resultado o giro da espira em torno do seu eixo pontilhado, a uma velocidade � .

Novamente, a espira está fazendo um ângulo com as linhas do campo magnético �. A


corrente adentrando na espira assim estabelecida, cria uma força sobre a espira, que por sua
vez, pelo fato de a espira estar livre para girar, faz com que surja um conjugado � na espira.
Tal força é definida do mesmo jeito que abordamos na seção Ação de Motor, ou seja,

= �

Onde é a corrente que adentra a espira, é o vetor comprimento do segmento de


espira, com o sentido de dado pelo mesmo sentido da corrente , e � é o vetor densidade
de fluxo magnético do ímã.

Como vimos na seção

Rotação, Força e Potência, o conjugado � é, a grosso modo, a "força que faz girar um
objeto", sendo matematicamente igual ao resultado da ação de uma força pelo braço de
alavanca (distância perpendicular do centro do objeto até o ponto de aplicação da força), ou seja

�= × |�| = | || | �in θ

�m m�dulo: � = ⏟ ⏟ �in
ça aç
i a a a a a

Façamos uma análise, portanto, do conjugado aplicado em cada segmento da espira,


nos moldes feitos para a seção anterior. Acompanhe a Figura 19 paralelamente à análise a
seguir.
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Segmento ab:
Segmento ab: No segmento ab, a corrente aponta "para fora da página",
enquanto o campo magnético � aponta "para a direita". Com isto, o produto
vetorial × � irá apontar "para cima".

⏟ = ×� ⏟ = �in �
aV ia � a ça

Onde � é o ângulo formado entre o vetor e o vetor �. Como � é igual a 90,


então o módulo da força é dado por

Com isto, o conjugado resultante no segmento ab será no sentido horário


(pois a força é "para cima"). Em módulo, o conjugado será, portanto, igual a

� = �in � = �in

Onde é a o ângulo entre o vetor , que aponta desde o eixo de rotação até
o local de aplicação da força , e a própria força .

Na Figura a seguir podemos ver na forma de vetores o raciocínio acima.

Segmento bc:

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Segmento bc: A corrente está no plano da página, mesmo plano do campo


magnético �. Sendo assim, o vetor × � aponta "para dentro da folha". Como o
vetor aponta na mesma direção do vetor , então, por consequência, o
conjugado será também igual a zero. Assim,

� =

Na Figura a seguir podemos ver na forma de vetores o raciocínio acima.

Segmento cd:
Segmento cd: No segmento cd, a corrente aponta "para dentro da página"
(olhando a vista superior), enquanto o campo magnético � aponta para a
direita. Com isto, o produto vetorial × � irá apontar "para baixo".

= � = �in �

Onde � é o ângulo formado entre o vetor e o vetor �. Como � neste caso é


igual a 90, então

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Com isto, o conjugado resultante no segmento ab será no sentido anti-horário


(pois a força é "para baixo"). Em módulo, o conjugado será, portanto, igual a

� = �in � = �in

Onde é a o ângulo entre o vetor , que aponta desde o eixo de rotação até
o local de aplicação da força , e a própria força .

Na Figura a seguir podemos ver na forma de vetores o raciocínio acima.

Segmento da:
Segmento da: Pelo mesmo motivo do segmento cd, o conjugado neste
segmento é nulo.

� =

Na Figura a seguir podemos ver na forma de vetores o raciocínio acima.

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O conjugado total induzido � será, portanto,

� =� +� = �in + �in

Como = , pois há simetria entre ambos os lados da espira, então se pode dizer
que = = , ou seja,

� = �in

Novamente podemos dizer que a área da espira é igual a , portanto,

� = �in

Como � á� = é o fluxo máximo que passa por dentro da espira, então

� =� á� �in

O conjugado induzido em uma espira obedece a uma função seno cuja


amplitude é igual ao produto do máximo fluxo magnético possível na espira
pela corrente que circula na espira.

Há um modo alternativo de se expressar a equação do conjugado induzido total


descrita na seção anterior.

Lembra que definimos lá na seção Campo Magnético como é feita a produção de um campo
magnético através de uma corrente circulando em uma bobina?

Bem, esta corrente que circula na bobina da Figura 19 produz uma intensidade de
campo magnético própria na espira, que iremos chamar de � ç . Ao meio em que este � ç

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é produzido está associada uma permeabilidade magnética , lembra? E que a relação do


campo magnético produzido com o meio é dada pela densidade magnética � = �?

Pois bem, no caso da densidade de fluxo magnético produzida pela corrente que
circula na espira, o vetor densidade de fluxo magnético fica sendo � ç = � ç .

Pela "regra da mão direita curva" se pode verificar que a direção e o sentido do vetor � ç ,
demonstrado graficamente na Figura 20.

Figura 20 - Direção e Sentido de Blaço.

Perceba que há dois campos magnéticos envolvidos nesta outra abordagem de análise:
um é o campo estático �� ã e o outro é o campo móvel � ç , que é originário da própria
corrente que circula pela espira. O ângulo formado entre �� ã e � ç é o mesmo ângulo
formado entre o vetor e a força .

Como já descobrimos a direção dos vetores, passemos a trabalhar apenas com os


módulos. O módulo de ç será, conforme já vimos nas seções iniciais


ç =

Vamos nos livrar das variáveis de geometria da espira? Vamos chamar = . Pronto, agora
sabendo a representação de ç , podemos chegar a ç se multiplicarmos ç pela
permeabilidade do meio, ou seja,

ç = ç =

Vamos isolar a corrente e substitui-la em seguida na equação do conjugado induzido.

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ç ç
= � = �
⏟ á� �in � = � ã �in
= �mã e pi


Agora agrupamos todas as variáveis de geometria e meio em uma variável = e
ficamos com

�⏟ = � ã ç �in �
⏟� = � ç × �� ã
� aV ia

Com isto, se pode dizer que na ação motor, o conjugado depende basicamente de

• Intensidade do campo magnético no rotor ( ç ;


• Intensidade do campo magnético externo ( � ã );
• Seno do ângulo entre eles;
• Uma constante que representa a construção da máquina.

Este conjugado criado entre � ç e �� ã será sempre no sentido de alinhar � ç com �� ã.

Vamos colocar as duas ações (gerador e motor) lado a lado para compará-las.

çã a çã
⏞ =� ⏞
á� � �en � � =� á� �in

Perceba a semelhança entre estas duas equações! Não é à toa que as


ações motor e gerador são duais!

Ambas obedecem a sua função seno e são também função do fluxo


magnético máximo que pode passa pela espira.

O que muda na prática é apenas o meio de excitação da máquina. Na ação


gerador, o meio de excitação é a ação mecânica, que está descrita por meio
da velocidade angular �.

Já a ação motor precisa de uma excitação elétrica, que está descrita por
meio da corrente .

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O argumento da função seno é semelhante nas duas, uma vez que a


posição angular é matematicamente igual à multiplicação da velocidade
angular � pelo instante de tempo .

1.4.3 Campo Magnético Girante

Ok, vimos que se houver dois campos magnéticos numa máquina, entre eles se cria
um conjugado tal que tentará sempre alinhar ambos. Nas condições que descrevemos até
aqui, uma vez alinhados estes campo magnéticos, o giro irá cessar da espira irá cessar.

Vamos mudar a nomenclatura dos campos antes de seguirmos, ok? Vamos chamar �� ã de
� (onde o "E" vem de "Estator") e � ç de �� (onde o "R" vem de "Rotor").

Imagine agora que o campo magnético � esteja sempre em movimento circular


através dos enrolamentos do estator. Bom, pelo efeito que acabamos de ver, então o campo
magnético �� (gerado pela circulação de uma corrente pelos enrolamentos do rotor) tentará
"alcançar" � . Porém como � nunca irá cessar seu movimento, tampouco �� irá cessar, pois
sempre haverá um ângulo diferente de zero entre ambos, concorda?

Ok, ideia legal... Mas como fazer esse � ficar em movimento circular pelo estator? A
resposta, caro(a) estudante, está na maneira de criar os campos magnéticos.

mesma intensidade e defasadas entre si por 120, estiverem fluindo em um enrolamento trifásico, um
De acordo com Stephen Chapman (CHAPMAN, 2013), "se correntes trifásicas, todas de

campo magnético girante de intensidade constante será produzido."

Convém lembrar que os enrolamentos trifásicos também precisam estar defasados


entre si no estator da máquina por 120 espaciais.

Para entender este fenômeno eletromagnético, vamos considerar, inicialmente, uma


máquina com um estator vazio, ou seja, sem que haja um rotor inserido nele, tal como ilustra
a Figura a seguir.

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Figura 21 - Demonstração do Estator a ser analisado.

As correntes que circulam pelos enrolamentos do estator aa', bb' e cc' são,
respectivamente, as seguintes:

′ = √ �en � A
′ = √ �en � − ° A
′ = √ �en � − ° A

A corrente ′ , quando positiva, entre pelo terminal a e sai pelo terminal a'. Tal
convenção vale também para as correntes ′ e ′ em seus respectivos enrolamentos.

Como vimos na anteriormente, uma corrente que circule por um enrolamento gera um
campo magnético � na direção dada pela "regra da mão direita curva" (dedo polegar da mão
direita indica o sentido da corrente, ao passo que os outros dedos curvados reproduzem o caminho
feito pelo campo magnético).

Pelo enrolamento aa', enquanto ′ for positiva, o campo magnético ′ gerado


será na direção apontada na Figura 22 a seguir.

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Figura 22 - Direção do vetor intensidade de campo magnético gerado pela corrente que circula pelo enrolamento aa'.

De maneira similar, as correntes ′ e ′ geram seus campos magnéticos, nas


direções apontadas na Figura 23 a seguir.

Figura 23 - Direção dos demais vetores intensidade de campo magnético dentro do estator.

Estes campos magnéticos têm como equações as seguintes representações vetoriais


espaciais.

Ae
� ′ = á� �en � ∠ °
m
Ae
� ′ = á� �en � − ° ∠ °
m
Ae
� ′ = á� �en � − ° ∠ °
m

Perceba que as intensidades de campos magnéticos acima apresentam uma


defasagem espacial (dada pelo símbolo ∠ e seu argumento) e uma defasagem elétrica (dada
pela fase dentro do argumento da função seno, que é oriunda da corrente elétrica).

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Como sabemos que a multiplicação da permeabilidade magnética do meio pela


intensidade de campo magnético resulta na densidade de fluxo magnético, ou seja, =
, portanto,

� ′ = á� �en � ∠ ° �
� ′ = á� �en � − ° ∠ ° �
� ′ = á� �en � − ° ∠ °�

Onde á� = á� . Uma vez definidos os vetores espaciais das densidades de fluxo


magnético, devemos determinar o vetor densidade de fluxo magnético resultante no
estator.

Comecemos pelo instante � = . Com isto, os vetores de densidade de fluxo


magnético ficam sendo

� ′ = �
� ′ = á� �en − ° ∠ °�
� ′ = á� �en − ° ∠ °�

E isto resultará em uma densidade de fluxo magnético resultante � dada por

√ √
� =� ′ +� ′ +� ′ � = ⏟ + á� − ∠ °+ á� ∠ °
� ′ ⏟ ⏟
� ′ � ′

A representação polar de uma grandeza vetorial é dada por um módulo ( ) e uma


fase (�), e matematicamente é representada por

= ∠�

A mesma grandeza pode também ser representada em coordenadas retangulares,


através de um par de coordenadas vetoriais e (onde é um vetor unitário que aponta da
direção de crescimento do eixo das abscissas e é um vetor unitário que aponta na direção de
crescimento do eixo das coordenadas).

Matematicamente, correlacionam-se as notações da seguinte maneira

açã P a açã a g a
⏞= ∠� ⏞= co� � + �en φ

Ok, entendida a transformação de coordenadas, vamos aplicá-la no nosso � .


� = á� (⏟co� ° + �en ° ) − (⏟co� ° + �en ° )
� ′ � ′

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√ √ √
� = á� − − + − )
⏟ ⏟
� ′ � ′

açã a g a

� =− ,
√ á�
� = á� (−√

⏟ = , á� ∠ − °
açã P a

Vejamos graficamente como fica este vetor em comparação com os já demonstrados.

Figura 24 - Vetor densidade de fluxo magnético resultante no instante t=0.

Vamos analisar agora onde estará o vetor � quando � = °. Primeiramente


definimos as componentes de �

� ′ = á� �in ° � � ′ = á� �
� ′ = á� �en − ° ∠ °� � ′ =− á� ∠ °�

� ′ = á� �en − ° ∠ °� � ′ =− á� ∠ °�

E agora o � propriamente dito

� =� ′ +� ′ +� ′ � = ⏟á� + − á� ∠ °) + − á� ∠ °)
⏟ ⏟
� ′
� ′ � ′

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� =⏟ á� ∠ °+ á� ∠ °) + á� ∠ °)
⏟ ⏟
� ′
� ′ � ′

Passando para a notação retangular

� = (⏟ á� co� ° + �in ° )+ á� ( co� ° + �in ° )+ á� ( co� ° + �in ° )


⏟ ⏟
� ′
� ′ � ′

√ √
� =⏟ á� + á� − + á� +
� ′ ⏟ ⏟
� ′ � ′

√ √
� =⏟ á� + á� − + á� +
� ′ ⏟ ⏟
� ′ � ′

açã a g a

� = ,
√ √ á�
� = á� ( + + )+ − +

⏟ = , á� ∠ °
açã P a

Percebe que a magnitude de � se manteve igual, tendo mudado apenas a sua


orientação? Vamos ver isto no estator, através de vetores.

Figura 25 - Vetor densidade de fluxo magnético resultante no instante t=90.

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Não iremos demonstrar isto, pois seria um aprofundamento desnecessário para fins de
um estudo focado em concurso, porém se fizéssemos uma análise para outros instantes,
veríamos que o vetor densidade de fluxo magnético iria se manter igual em módulo (1,5
á� ), porém sua orientação mudaria a cada instante, em um sentido anti-horário.

Outro ponto interessante, e que volta e meia aparece em questões de prova é:

O que acontece se você permutar 2 fases de lugar no estator de um motor? O


sentido de rotação se inverte!

A este vetor densidade de fluxo magnético que muda de orientação é dado o nome
de campo magnético girante.

Quanto à velocidade de giro deste vetor, no exemplo apresentado ela é igual à


frequência � da fonte do campo magnético, ou seja, igual à frequência da corrente
trifásica que é inserida nos enrolamentos. Mas nem sempre isto ocorrerá, uma vez que a
velocidade do campo magnético girante depende também do número de polos da máquina.

No exemplo apresentado, a máquina possui 2 polos, pois os enrolamentos do estator


se intercalam 1 única vez ao longo de um giro completo, ou seja, o campo é gerado através
da sequência anti-horária a'-c-b'-a-c'-b e depois se repete nos próximos giros completos.

Fazendo uma analogia com um par de ímãs, com o polo norte de um virado para o
polo sul do outro, se criará uma densidade de fluxo magnético orientado do polo norte de
um para o polo sul do outro, conforme podemos ver na Figura 26 a seguir.

Figura 26 - Orientação do campo magnético entre dois ímãs.

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Se você pensar no vetor � do estator trifásico como sendo um campo magnético


com um polo norte e um polo sul, entenderá o conceito e o porquê se diz que a máquina com
estator trifásico possui 2 polos.

Ok, mas então como se faz para mudar a velocidade do campo girante?

Adianto aqui que a máquina de 2 polos é a aquela na qual o campo girante "gira" (perdão
pela redundância...) mais rápido, e você verá o porquê daqui a pouco...

Bom, para mudar a velocidade do campo girante da máquina você precisará mexer no
número de polos. Como não é possível estabelecer um campo magnético com menos de 2
polos, então só será possível aumentar o número de polos da máquina.

Para aumentar o número de polos em uma máquina o que se faz é aumentar o


número de vezes no qual os enrolamentos se intercalam no estator.

• Intercalados 1 vez ao longo de 1 giro completo geram 2 polos;


• Intercalados 2 vezes ao longo de 1 giro completo geram 4 polos;
• Intercalados 3 vezes ao longo de 1 giro completo geram 6 polos;
• Intercalados 4 vezes ao longo de 1 giro completo geram 8 polos;
• E assim por diante...

Acompanhe o raciocínio a seguir...

• Em uma máquina de 2 polos, os enrolamentos físicos se intercalam a cada 120


espaciais, que é o mesmo "espaçamento elétrico" entre as fases, correto?
• Em uma máquina de 4 polos, os enrolamentos físicos irão se intercalar a cada
60 espaciais, com o "espaçamento elétrico" entre as fases mantido em 120
elétricos.
• Numa máquina de 6 polos, os enrolamentos físicos irão se intercalar a cada 30
espaciais, com o "espaçamento elétrico" entre as fases mantido em 120 elétricos.

Percebe que conforme o número de polos aumenta, o intervalo das intercalações


diminui, sempre na mesma proporção? Ou seja, observando este comportamento, se pode
escrever que


=

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Onde é o deslocamento angular elétrico (oriundo da oscilação da corrente elétrica


trifásica), � é o número de polos e é o deslocamento angular espacial (ou mecânico).

As demais relações oriundas desta relação angular elétrica e espacial se mantém, ou


seja,

� � �
= = � = �

Em máquinas elétricas é comum que a velocidade da máquina seja dada em rpm


(rotações por minuto). Como em 1 minuto há 60 segundos, então, a velocidade pode ser
escrita como = , e a partir desta relação de velocidade mecânica em rpm podemos
obter a correlação com a frequência de oscilação elétrica através de = , ou seja,

=
} = ( ) = [�pm]
= � �

Bom, até aqui trabalhamos com uma máquina com o rotor "extraído". Vamos agora
inserir o rotor na análise.

Ao inserirmos o rotor na máquina, há a necessidade de se deixar uma pequena "folga"


entre ele e o estator, de modo que o rotor não encontre atrito com o estator e fique livre
para girar.

Esta folga cria um entreferro de ar (lembra da relutância em circuitos magnéticos?), onde


ocorrerão perdas do campo magnético gerado pelo estator.

O rotor de máquinas CA pode ser de dois tipos: de polos não salientes (ou cilíndrico)
ou de polos salientes.

As máquinas de rotor cilíndrico possuem uma análise mais simples, pela


homogeneidade do entreferro em relação às máquinas de polos salientes, e serão tratadas
primeiramente.

A Figura a seguir ilustra os dois tipos de rotores aqui descritos.

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Figura 27 - Rotor de Polos Não Salientes (à esquerda) e Rotor de Polos Salientes (à direita).
FONTE: CHAPMAN (2013).

Veremos este assunto (tipos de rotores) e seus desdobramentos numa aula posterior.
Por ora, vamos dar uma recapitulada no que vimos nesta seção.

As máquinas CA funcionam como um dispositivo de conversão


eletromecânica de energia, ou seja, é possível converter energia elétrica em
energia mecânica (ação de motor) e energia mecânica em energia elétrica (ação
de gerador).

Ação Gerador: Se empregarmos um conjugado externo e girarmos uma


espira imersa em um campo magnético fixo e permanente, obteremos nos
terminais desta espira um valor de tensão que é função da velocidade de giro
da espira e do fluxo magnético que passa alternadamente pela espira.

Ação Motor: Se nesta mesma máquina introduzirmos uma corrente nesta


espira imersa em um campo magnético fixo e permanente, esta espira
produzirá um campo magnético próprio e é "forçada" a girar, pois este campo
magnético próprio da espira tende sempre a se alinhar com o campo
magnético fixo e permanente.

Campo Magnético Girante: Com base na ação de motor, em vez de se


deixar um campo magnético fixo e permanente, se cria, através de um
sistema trifásico equilibrado aplicado nos enrolamentos estator (devidamente
espaçados fisicamente um do outro), um campo magnético que "gira" dentro
da estator, pois uma vez que, se uma corrente contínua produz um campo
magnético constante e perpendicular à espira, então uma corrente alternada

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produzirá igualmente um campo magnético alternado e perpendicular à espira.


O resultado disto é o que se chama de campo magnético girante.

Ok, feita a recapitulação, vamos em frente... Agora, em vez de aplicarmos um sistema


trifásico equilibrado nos enrolamentos do estator, vamos fazer com que surja um sistema
trifásico equilibrado nos enrolamentos do estator.

1.4.4 Tensão Induzida em uma Máquina CA

Para isto, vamos analisar a figura a seguir, onde se aplica uma corrente elétrica
contínua no enrolamento do rotor.

Figura 28 - Máquina CA com rotor de polos não salientes e estator trifásico.


Adaptado de CHAPMAN (2013).

Esta corrente elétrica irá criar uma densidade de fluxo magnético � na direção da
"regra da mão direita curva". Inicialmente, nada além disto acontece...

Então, através de uma ação mecânica externa, este rotor passa a girar a uma
velocidade angular � . E aquela densidade de fluxo magnético � que antes apontava apenas
em uma única direção, agora irá girar, pois o enrolamento que o está gerando também está
girando, conforme indicado na Figura a seguir.

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Figura 29 - Rotor percorrido por corrente contínua i passa a girar com velocidade angular .
Adaptado de CHAPMAN (2013).

Lembra que mencionamos que entre o rotor e o estator há um entreferro? De maneira a


simplificar a análise, por ora, vamos considerar que este entreferro seja homogêneo, ou seja,
o rotor não possui polos salientes.

O fato de o rotor ser cilíndrico faz com que o valor de � no entreferro não sofra
deformações e chegue ao estator tal como foi gerado no rotor.

Como já vimos que a ação gerador produz em uma única espira uma tensão dada por

=� á� � �in �

Onde � á� é igual ao fluxo magnético produzido pelo enrolamento do rotor e � é a


velocidade de giro do rotor.

Assim, se cada uma das 3 bobinas instaladas no estator desta máquina tiver � espiras,
então teremos em cada nestas espiras as tensões

′ = �� á� � �in � ′ = �� á� � �in � − ° ′ = �� á� � �in � − °

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Lembre-se, estes são os valores das tensões geradas nos enrolamentos do estator
isoladamente. Nos terminais da máquina os valores dependerão da forma de conexão entre
estes 3 enrolamentos.

Como � = , se pode dizer que o valor de pico das tensões acima descritas vale

= �� á�

Assim, o valor RMS (ou eficaz) destas tensões, por conta de serem funções senoidais,
vale

=√ = √ �� á� ≅ , �� á�

Se os enrolamentos do estator forem ligados em Y, então o valor da tensão eficaz entre


os terminais da máquina valerá √ . Já se os enrolamentos do estator forem ligados em Δ,
então o valor eficaz da tensão entre os terminais da máquina valerá simplesmente .

Por enquanto é isto que você precisa saber sobre as ligações Y e Δ. Maiores detalhes
serão vistos a posteriori no curso.

A seguir veremos a produção de um conjugado na máquina CA.

1.4.5 Conjugado Induzido em uma Máquina CA

Nas máquinas CA, como já vimos, se pode dizer que há dois campos magnéticos
presentes: um do circuito do rotor e outro do circuito do estator. Quando estes dois campos
interagem, surge um conjugado na máquina que faz com que o campo magnético do rotor
(e o próprio rotor, por consequência) tente se alinhar ao campo magnético do estator.

Se um conjunto trifásico de tensões alimentar o enrolamento de armadura do estator


de uma máquina CA, este conjunto trifásico irá criar dentro da máquina um campo magnético
girante.

Caso o enrolamento de campo do rotor desta mesma máquina esteja sendo alimentado
por uma corrente elétrica constante , esta corrente também produz um campo magnético
apontando "para fora" da máquina.

A interação destes dois campos magnéticos fará com que o rotor comece a girar a uma
velocidade � que, como já vimos, não necessariamente é igual à frequência de oscilação �
do conjunto trifásico que alimenta o estator da máquina.

Este conjugado induzido é dado por

�� � = �� × �

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Onde �� é o vetor densidade de fluxo magnético do rotor, � é o vetor densidade


de fluxo magnético do estator e é uma constante que depende de aspectos construtivos
da máquina. Trata-se da mesma equação que encontramos lá atrás no nosso estudo.

1.4.6 Perdas em uma Máquina CA

No mundo real precisamos conviver com as perdas das máquinas elétricas, ou seja,
nem toda potência fornecida a um sistema será convertida para o fim a que se destina o
sistema. Parte desta potência será dissipada para o ambiente através das perdas.

A medida de eficiência de uma máquina se dá pela razão entre aquela potência que
se obtém na saída da máquina e aquela potência que se forneceu inicialmente à máquina.
A esta razão se dá o nome de rendimento da máquina, grandeza adimensional e comumente
denotada pelo letra grega eta ( ):


= × %

Pelo princípio da conservação da energia, a potência de saída é igual à potência de


entrada menos a potência devida às perdas. Sendo assim, se pode escrever também o
rendimento como


= × %

As perdas numa máquina CA podem ser divididas em 4 categorias principais:

• Perdas elétricas (ou perdas no cobre - I²R):


São devidas ao aquecimento dos condutores, sejam eles do estator
(enrolamento de armadura), sejam eles do rotor (enrolamento de campo).

No estator são calculadas através de


=

Onde é a corrente de armadura e é a resistência associada ao enrolamento


de armadura.

No rotor são calculadas através de


=

Onde é a corrente que circula pelo enrolamento de campo e é a resistência


associada ao enrolamento de campo.

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• Perdas no núcleo (ou perdas no ferro):


São devidas à histerese do material magnético que forma o núcleo e às
correntes parasitas. São proporcionais ao quadrado da densidade de fluxo
magnético.

• Perdas mecânicas:
São associadas ao atrito e à ventilação. O atrito é em relação aos rolamentos
da máquina. A ventilação é em relação ao atrito das partes móveis da
máquina com o ar que fica no entreferro.

• Perdas suplementares:
São todos os outros tipos de perdas que não se encaixam em nenhuma das
categorias anteriores.
Convencionalmente se atribui como sendo equivalente a 1% do valor da carga
total da máquina.

Os diagramas de fluxo de potência a seguir ilustram os processos de entrada de uma


potência inicial e as perdas que ocorrem no caminho até se obter um valor útil na saída.

O diagrama de cima apresenta a entrada de uma potência mecânica e a saída de uma


potência elétrica.

Já o de baixo apresenta a entrada de uma potência elétrica e a saída de uma potência


mecânica.

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Figura 30 - Diagramas de fluxo de potência.


FONTE: CHAPMAN (2013).

1.4.7 Regulação de Tensão e Velocidade em uma Máquina CA

Uma maneira de se comparar a qualidade entre geradores distintos é em relação à


regulação de tensão. Este parâmetro indica o quanto varia a tensão entregue em seus
terminais quando ele está a vazio (sem carga) em relação a quando está a plena carga.
Matematicamente é definido por

� −
= × %

Um valor pequeno de indica que o gerador não perde "força" quando é realmente
exigido, e indica que o gerador é de boa qualidade.

No caso dos motores, o parâmetro de análise é a regulação de velocidade. Ele indica


o quanto varia a velocidade no eixo do motor quando ele está a vazio em relação a quando
está com carga plena. Matematicamente é definido por

� −
= × %

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De maneira similar ao caso dos geradores, um valor pequeno de indica que o motor
não perde "força" quando é realmente exigido, e indica que o motor é de boa qualidade.

Há dois tipos de máquinas de corrente alternada (máquinas CA): as síncronas e


as de indução.

Em máquinas CA o enrolamento de armadura se encontra sempre no estator


e o enrolamento de campo se encontra sempre no rotor.

As máquinas síncronas necessitam de uma corrente contínua excitando o


enrolamento de campo (localizado no rotor).

Já nas máquinas de indução, tal corrente é induzida no enrolamento de


campo através da ação de transformador.

Se um sistema trifásico de tensões, com espaçamento entre fases de 120


elétricos, excitar um conjunto de 3 bobinas, espaçadas entre si de 120
espaciais, será produzido um campo magnético girante dentro do estator.

O sentido de rotação deste campo girante pode ser invertido se forem


comutadas entre si a posição de duas fases no estator.

Na mesma máquina descrita no 4º parágrafo, se um campo magnético girante


dentro do estator for estabelecido, então surgirá nas bobinas do estator um
sistema trifásico de tensões, com fases espaçadas entre si de 120 elétricos.

Em estatores com mais de 2 polos, uma rotação mecânica completa resulta


em mais de um ciclo elétrico completo das fases, ou seja, o deslocamento
angular elétrico será sempre igual à metade do deslocamento angular
espacial da máquina, multiplicado pelo número de polos da máquina, ou
seja,


=�

Há uma correlação entre a velocidade de giro do campo magnético girante


(velocidade síncrona) e a frequência elétrica do sistema trifásico que excita a
máquina, dada por

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Em uma máquina CA podem ocorrer perdas dos seguintes tipos: elétricas, no


núcleo, mecânicas e perdas suplementares.

Para geradores é importante definir a regulação de tensão, que é dada por

� �� − �
= × %

De maneira similar, para motores é importante definir a regulação de


velocidade, que é dada por

� �� − �
= × %

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2 MÁQUINAS SÍNCRONAS
2.1 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

As máquinas de corrente alternada (síncronas ou assíncronas) possuem o circuito de


campo instalado no rotor da máquina e o circuito de armadura instalado no estator da
máquina. Abaixo vemos uma figura exemplificativa de uma máquina síncrona funcionando
como motor.

Figura 31 - Posição do enrolamento de campo e de armadura em uma máquina síncrona.


FONTE: https://docente.ifrn.edu.br/heliopinheiro/Disciplinas/maquinas-acionamentos-eletricos/aula-de-geradores-de-ca

A principal diferença entre máquinas síncronas e assíncronas é em relação à


forma de uso do circuito de campo.

Nas máquinas síncronas, o circuito de campo é sempre excitado com uma


fonte de tensão contínua.

Independentemente de a máquina síncrona estar funcionando como motor


ou como gerador, o circuito de campo deste tipo de máquina CA é sempre
alimentado com corrente contínua, através de uma fonte própria de
corrente contínua.

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A corrente contínua que circula pelo enrolamento de campo faz com que se gere um
campo magnético (daí o nome "circuito de campo") dentro da máquina. Este campo
magnético é quem irá interagir com o campo magnético de armadura (localizado no estator
da máquina).

(2014 / UFES / UFES) Sobre motores elétricos, é INCORRETO afirmar:


A) A máquina síncrona é alimentada, ao mesmo tempo, em corrente contínua (CC) e alternada
(CA).
B) Os motores de corrente alternada podem ter rotor de polos lisos ou de polos salientes.
C) A máquina assíncrona é alimentada em corrente alternada (CA).
D) O motor síncrono pode fazer a função de um capacitor.
E) A corrente nos enrolamentos de armadura de um motor de corrente contínua é alternada.
Comentários
Gabarito: Alternativa B.
Analisemos as alternativas.
Alternativa A: Correta.
Alternativa B: Incorreta. Está incorreta pois os rotores de polos lisos ou salientes são nas
máquinas AC síncronas. Nas máquinas CA assíncronas os rotores são sempre cilíndricos,
podendo ser do tipo gaiola de esquilo ou bobinados.
Alternativa C: Correta.
Alternativa D: Correta.
Alternativa E: Correta.

Como já vimos inúmeras vezes lá na Aula 06, as máquinas de corrente alternada têm
sua velocidade de campo magnético girante dada por

=

A variável é dada em rotações por minuto (rpm). Ela representa a velocidade do


campo magnético girante formado no interior da máquina.

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A variável é a frequência da rede elétrica que alimenta a máquina (no caso de estar
operando como motor) ou então é a frequência da rede elétrica que a máquina produz (no
caso de estar operando como gerador). Tal frequência é dada em hertz (Hz).

Guarde esta equação no fundo do coração!

E junto a ela, guarde também a sua correlação em radianos por segundo!

a /
⏞ = ⏞
� × ≅ , �

Já a variável � é igual ao número de polos da máquina (é adimensional).

O número de polos sempre será um número inteiro e par.

Preste atenção que por vezes a banca pode trazer o número de pares de
polos!

Em máquinas síncronas, a velocidade nominal da máquina é sempre igual à


velocidade de campo girante (também chamada de velocidade síncrona).

Veremos a seguir aspectos relativos às máquinas síncronas nas montagens específicas


como gerador e como motor.

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(2016 / INSTITUTO AOCP / UFFS) De acordo com as características das máquinas síncronas,
assinale a alternativa correta.
A) Em um motor síncrono, o campo girante é sincronizado com a velocidade (� ) de seu rotor,
a qual é dada por: � = , onde é a frequência da rede elétrica em corrente alternada
e p é o número de polos do motor.
B) Uma máquina síncrona possui campo girante atrasado em 90° com relação à velocidade do
eixo.
C) Quando o rotor da máquina síncrona é ligado a uma fonte de corrente alternada, esta
funcionará como um motor síncrono e o estator receberá tensão induzida dada pelo campo
girante com frequência que depende do quadrado do número de polos.
D) A máquina síncrona não admite aplicações onde há a necessidade da correção do fator de
potência.
E) Quando o estator da máquina síncrona é ligado a uma fonte de corrente alternada
monofásica ou polifásica, esta funcionará como um motor síncrono e o rotor girará na
velocidade síncrona com o campo girante dado pelo estator.
Comentários
Gabarito: Alternativa E.
Vamos analisar as alternativas.
Alternativa A: Errada. Está errada pois a relação da velocidade síncrona apresentada leva a
frequência ao quadrado.
Alternativa B: Errada. Está errada pois o campo magnético girante não fica necessariamente
a 90 da velocidade do eixo.
Alternativa C: Errada. O rotor da máquina síncrona é sempre alimentado com corrente
elétrica contínua, seja na aplicação como motor, seja na aplicação como gerador. Também está
errado pois a velocidade não depende do quadrado do número de polos.
Alternativa D: Errada. A máquina síncrona pode atuar na correção de fator de potência, tal
como um banco de capacitores.
Alternativa E: Correta.

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2.2 GERADORES SÍNCRONOS


2.2.1 Geração de Tensão no Estator

Sem mais delongas teóricas, vamos direto ao assunto (deixemos a teoria lá para a Aula 06).
A tensão induzida em uma fase do gerador síncrono é dada por

= ���
⏟ co� �
á�

Onde � é o número de espiras do circuito de armadura da máquina (é adimensional),


� é o valor do fluxo magnético que interage com as espiras da armadura (dado em weber
[Wb]) e � é a velocidade de giro do rotor da máquina síncrona (dada em radianos por segundo
[rad/s]).

Será utilizado o subíndice " " sempre que estivermos falando de algo que está
ocorrendo na armadura.

O subíndice " " será utilizado para falarmos de algo relacionado ao campo
("field", em inglês).

Em relação a circuitos trifásicos, também utilizaremos o subíndice "�" para


nos referirmos a um valor de fase e o subíndice " " para nos referirmos a um
valor de linha.

Por último, o subíndice " " denotará que é um valor medido nos terminais
da máquina.

Os demais subíndices que forem utilizados ao longo da aula serão explicados


no momento oportuno, quando necessário.

A tensão denota o valor instantâneo da tensão induzida no circuito de


armadura. Já a variável e á� denota o valor de pico da tensão induzida no circuito de
armadura.

Entretanto, na análise de máquinas elétricas, o mais comum é utilizarmos valores


eficazes. Sendo assim, por se tratar de uma grandeza senoidal, o valor eficaz da tensão
induzida na armadura será então dado por

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á� ���
= =
√ √

Como você pode ver, a tensão gerada na armadura ( ) é diretamente proporcional à


velocidade de giro � da máquina (em rad/s) e do fluxo magnético � que interage com o
circuito de armadura.

Tal fluxo magnético � é oriundo da circulação de uma corrente contínua pelo


circuito de campo da máquina.

2.2.2 Circuito Equivalente do Gerador Síncrono

O circuito equivalente de um gerador síncrono é o seguinte.

Figura 32 - Circuito equivalente do gerador síncrono.


FONTE: CHAPMAN (2013).

Na figura acima, o circuito à esquerda é o circuito de campo e o circuito da direita é


o circuito de armadura.

Analisemos primeiramente o circuito da armadura. Veja que a tensão induzida na


armadura ( ) não é necessariamente igual à tensão de fase da armadura ( � ).

O único momento em que estas duas tensões serão iguais é quando


nenhuma carga estiver aplicada aos terminais de � .

Neste momento não haverá corrente circulando pelo circuito e, sendo


assim, nenhuma queda de tensão será produzida internamente em e .

Veremos a seguir o que é o parâmetro e a definição da equação característica do


gerador síncrono.

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2.2.3 Efeito de Reação da Armadura e Equação Característica

Quando o rotor de um gerador síncrono gira (estando, obviamente, o circuito de campo


devidamente energizado), então uma tensão é induzida no(s) circuito(s) de armadura(s).

Se uma carga for aplicada aos terminais do gerador, então uma corrente de
armadura circulará por este circuito.

Entretanto, o fato de uma corrente estar circulando pelo circuito de armadura também
fará com que um campo magnético devido a esta corrente de armadura seja gerado. E tal
campo magnético irá interagir com aquele oriundo do circuito de campo, distorcendo-o.
Esta distorção fará com que a tensão de fase na própria armadura se altere.

Tal efeito é denominado reação de armadura, uma vez que a corrente de armadura
interfere na sua própria geração.

A modelagem deste efeito é implementada através da inclusão de uma reatância


indutiva em série com a reatância indutiva da própria armadura.

O valor equivalente destas duas reatâncias indutivas é denominado reatância


síncrona da máquina, ou seja,

= +

Assim, com base na Figura 2, a tensão de fase � do circuito de armadura fica sendo

� = − +

No caso de um gerador síncrono trifásico, teremos 3 circuitos de armadura,


separados espacialmente pelo estator de 120 entre si.

O circuito equivalente de um gerador síncrono trifásico é o que a seguir está


representado.

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Figura 33 - Circuito equivalente de um gerador síncrono trifásico.


FONTE: CHAPMAN (2013).

Analisando agora o circuito de campo (situado à esquerda nas duas últimas imagens que
vimos). Há uma fonte de tensão CC que alimenta o circuito. O circuito de campo é modelado
por uma resistência em série com um resistor ajustável (que realiza o controle da corrente
de campo) e um indutor .

Perceba que, assim como qualquer outra carga trifásica, os enrolamentos de armadura
podem ser ligados em triângulo ou em estrela.

Sendo assim, quando os enrolamentos de armadura do gerador forem ligados em


estrela, teremos uma tensão de terminal neste gerador dada por

=√ � A�madu�a ligada em ��t�ela

Já se os enrolamentos de armadura do gerador forem ligados em triângulo, então


teremos uma tensão de terminal neste gerador dada por

= � A�madu�a ligada em ��iângulo

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A priori, assume-se que os enrolamentos de armadura são sempre idênticos,


ou seja, valores de e são iguais nas três fases, ou seja, são
enrolamentos trifásicos balanceados (ou equilibrados).

2.2.4 Diagrama Fasorial do Gerador Síncrono

A análise fasorial da equação do gerador síncrono é útil para entendermos alguns


aspectos intrínsecos do funcionamento do gerador sob determinadas condições. Um
exemplo deste diagrama é o que se apresenta a seguir.

Figura 34 - Diagrama fasorial de um gerador síncrono.


FONTE: CHAPMAN (2013).

Neste exemplo, a carga conectada ao terminal do gerador possui fator de potência


unitário. Podemos concluir desta maneira pois o fasor da corrente de armadura está em
fase (ou seja, possui a mesma orientação) com o fasor da tensão de fase � do circuito de
armadura.

De modo a simplificar, assume-se que sempre o fasor da tensão de fase


� possui fase de 0.

Perceba que a projeção do fasor de tensão induzido na armadura é dado pela soma
dos fasores � (tensão de fase) e (tensão sobre a resistência de armadura).

Perceba também que o fasor (tensão sobre a reatância síncrona) está situado de
maneira ortogonal ao fasor de corrente (isso sempre ocorrerá!).

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Caso a carga acoplada aos terminais do gerador possua um fator de potência atrasado
(carga predominantemente indutiva), então corrente de armadura estará atrasada em
relação à tensão de fase � . O diagrama fasorial desta situação é o que segue.

Figura 35 - Diagrama fasorial de um gerador conectado a uma carga com fator de potência indutivo.
FONTE: CHAPMAN (2013).

Perceba que o fasor permanece paralelo ao fasor da corrente . Isso acontece,


pois, a resistência de armadura não impõe atraso de fase algum.

Perceba ainda que o fasor segue sendo ortogonal ao fasor , conforme foi dito
anteriormente.

O resultado de uma carga com fator de potência atrasado ter sido aplicada aos
terminais do gerador é que a tensão gerada na armadura terá que aumentar para
manter a tensão de fase � .

Vejamos agora o terceiro caso de diagrama fasorial, onde a carga acoplada aos
terminais do gerador possui fator de potência adiantado, ou seja, é uma carga
predominantemente capacitiva.

Figura 36 - Diagrama fasorial de um gerador conectado a uma carga com fator de potência capacitivo.
FONTE: CHAPMAN (2013).

O resultado de uma carga com fator de potência adiantado ter sido aplicada aos
terminais do gerador é que a tensão induzida na armadura terá que diminuir para
manter a tensão de fase � inalterada.

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Em resumo, a depender do fator de potência da carga aplicada aos


terminais do gerador, será necessário regular a tensão induzida na
armadura.

Um gerador síncrono operando com um fator de potência atrasado


apresenta uma regulação de tensão muito positiva.

Um gerador síncrono operando com um fator de potência unitário tem


uma pequena regulação de tensão positiva.

Um gerador síncrono operando com um fator de potência adiantado


apresenta frequentemente uma regulação de tensão negativa.

A regulação de tensão é dada por

� �� − �
=

Lembrando que a tensão é oriunda de

= ���
⏟ co� �
á�

Portanto, como o número � de espiras é um parâmetro fixo, será


necessário mexer ou na rotação da máquina (que causará um reflexo na
frequência gerada, e isso é nada bom), ou então será necessário mexer no fluxo
magnético gerado pelo circuito de campo. Esta última é a melhor opção!

Sendo assim, o controle da tensão induzida na armadura é feito pelo


controle do fluxo magnético que origina . E o controle deste fluxo
magnético é feito através do controle da corrente do circuito de campo.

Um incremento na corrente de campo gera um aumento no fluxo


magnético � oriundo do circuito de campo, aumentando assim á�
.

Um decremento na corrente de campo gera uma diminuição no


fluxo magnético � oriundo do circuito de campo, diminuindo assim á�
.

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2.2.5 Relação entre Potência e Conjugado em Geradores Síncronos

Já vimos e revimos que uma máquina elétrica, a depender do modo como a excitamos,
pode ser um gerador ou um motor.

No caso de querermos que ela opere como um gerador, então devemos fornecer à
máquina uma potência mecânica.

Tal potência mecânica é oriunda de uma fonte comumente denominada de máquina


motriz, podendo esta ser máquina motriz ser um motor a diesel, uma turbina eólica, uma
turbina hidráulica, uma turbina a vapor etc.

(2019 / VUNESP / Prefeitura de Piracicaba – SP) Assinale a alternativa que apresenta, correta
e respectivamente, o nome dos dispositivos que operam em velocidade constante para gerar
energia elétrica em usinas hidroelétricas, dos dispositivos responsáveis por adequar as tensões
e correntes para os níveis desejados para transmissão e dos dispositivos responsáveis pela
proteção de circuitos em baixa tensão.
A) Geradores síncronos; reatores de derivação; fusível.
B) Geradores de indução de dupla alimentação; conversor eletrônico HVDC; interruptor.
C) Geradores de indução de dupla alimentação; reatores de derivação; fusível.
D) Geradores brushless; transformadores; interruptor.
E) Geradores síncronos; transformadores; disjuntor.
Comentários
Gabarito: Alternativa E.
O dispositivo que opera em velocidade constante para gerar a energia elétrica é tranquilo:
geradores síncronos.
O dispositivo que adequa o nível de tensão para a transmissão é o transformador.
O dispositivo que protege circuitos em baixa tensão é o disjuntor.
A alternativa que apresenta a descrição destes 3 dispositivos é a letra E.

O que todas estas fontes mecânicas têm em comum é que sua velocidade deve
permanecer constante ao longo de todo o período de operação, de modo que a tensão gerada (e
a frequência desta tensão) possuam valores previsíveis.

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Entretanto, independentemente da fonte original da potência mecânica, todas as


máquinas motrizes tendem a se comportar de modo semelhante, ou seja, à
medida que aumenta a potência retirada delas, a velocidade com que giram
diminui.

Diminuindo a velocidade de giro, acaba que diminui também a tensão


induzida na armadura e a frequência elétrica desta tensão.

Se diminui a tensão induzida, obviamente o gerador também perderá


capacidade de potência. Este decaimento pode ser modelado através da
expressão

= � −

Onde é a potência do gerador (em kW), é a inclinação da curva de


decaimento (normalmente fornecida pelo fabricante, dada em kW/Hz), � é a
frequência da tensão gerada a vazio (sem carga acoplada ao gerador, dada em
Hz) e é a frequência de operação do sistema (dada em Hz).

A potência mecânica fornecida pela máquina motriz (ou seja, ) é dada por

=� �

Onde é a potência de entrada no sistema (em W).

O conjugado � é aquele aplicado no rotor do gerador síncrono. E � é a velocidade


com que o rotor do gerador síncrono irá girar.

Entretanto, o conjugado aplicado � é maior que o conjugado que efetivamente será


utilizado na conversão da energia mecânica para a energia elétrica. Isto se dá por conta das
perdas intrínsecas ao processo de conversão (perdas por atrito e ventilação e perdas no
núcleo).

Em outras palavras, a potência mecânica que será convertida em potência elétrica é


dada por , sendo fisicamente definida por

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=� �

Por esta ser a potência efetivamente convertida, ela possui uma correlação com a
potência elétrica, dada por

=� � = co�

Onde é o ângulo entre a tensão induzida na armadura e a corrente que circula


pelo enrolamento de armadura.

Associada ao processo de fluxo da potência (do circuito de armadura até a carga


conectada aos terminais do gerador) há mais perdas, de modo que a potência útil
efetivamente aplicada à carga será dada por

=√ co� = � co�

Onde co� é o fator de potência da carga aplicada aos terminais do gerador e e


são, respectivamente a tensão e a corrente de linha do gerador.

Perceba que podemos expressar a potência elétrica em termos dos valores


de linha e em termos dos valores de fase.

Se a potência ativa é função de co� , então a potência reativa é função de �en :

=√ �en = � �en

Antes de prosseguirmos, vamos nos atentar novamente ao diagrama fasorial a seguir,


onde se assume que a resistência de armadura seja desprezível em relação a (que é o que
efetivamente acontece na prática).

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Figura 37 - Diagrama fasorial de um gerador síncrono desprezando-se a resistência da armadura.


FONTE: CHAPMAN (2013).

Desprezando-se , o fasor some, ficando apenas os fasores acima


apresentados. Perceba a relação que a relação de ortogonalidade entre e
permanece. Isto gera a seguinte correlação matemática em relação aos ângulos (que separa
de � ) e (que separa � de ):

co� = �en

Podemos manipular esta expressão para que seja expressa como

�en
co� =

Já vimos que a potência útil de saída do gerador (dada por ) pode ser expressa em
termos dos valores de fase através de

= � co�

Substituindo a expressão que encontramos para co� em , obtemos então uma


nova expressão para a potência de saída do gerador:


= �en

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Como assumimos que a resistência de armadura é desprezível, então não haverá


perdas no fluxo da potência convertida para a carga, ou seja, teremos que a potência
convertida será aproximadamente igual à potência de saída do gerador :


= = �en

Isto nos leva a concluir que a potência de saída de um gerador depende do ângulo
entre � e . Este ângulo ganha o nome de ângulo de conjugado (ou ângulo interno) da
máquina.

Perceba que quando for igual a 90, teremos a máxima potência gerada pelo gerador.
Este também é o valor denominado de limite de estabilidade estática do gerador síncrono.
Não se usa o gerador próximo a tal limite.

Valores típicos de em geradores comerciais ficam entre 20 e 30 graus. Tal margem até
os 90 é deixada para que haja "espaço para o gerador trabalhar" durante transientes ocorridos
em variação da carga, por exemplo.

Com relação ao conjugado � , uma vez que desprezamos , como é definido que a
potência disponível para conversão é dada por

� � = =

Então, podemos dizer que há uma íntima correlação entre a potência disponível para
conversão e o conjugado da máquina, sendo tal correlação dada por:

�� �
� �
⏞ = �en � = �en

2.2.6 Aspectos Práticos de Geradores Síncronos

A seguir são apresentados aspectos práticos de instalação e operação de geradores


síncronos.

2.2.6.1 Geradores Síncronos em Paralelo

O mais comum é que geradores síncronos operem em paralelo. Existem pelo menos 4
vantagens no uso de geradores síncronos em paralelo.

1. Geradores em paralelo podem alimentar uma carga maior do que apenas uma
máquina isolada;

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2. A presença de mais geradores aumenta a confiabilidade do sistema de


potência.
3. Quando apenas um gerador está sendo usado, e não está operando próximo
da plena carga, então ele será relativamente ineficiente.
4. Quando há máquinas menores em paralelo, é possível operar com apenas
uma fração delas. As que estiverem realmente operando funcionarão próximo
da plena carga e, portanto, mais eficientemente.

Entretanto, para que geradores operem em paralelo, são necessárias algumas condições
que obrigatoriamente ser atendidas.

2.2.6.2 Condições para o Paralelismo de Geradores

Se um gerador síncrono estiver funcionando, e um outro gerador síncrono entrar em


paralelo a este, sem que haja uma prévia preparação, é bem provável que se forme uma bela
de uma encrenca.

Isto porque para o paralelismo de fontes de tensão (afinal de contas o gerador síncrono
é uma fonte de tensão) só pode ser feito com fontes idênticas.

Caso se estabeleça um paralelo entre fontes de tensão diferentes, então as fontes


entrarão em curto-circuito entre si, deixando de "enviar" corrente para a carga. No mundo
real, tal condição descuidada de paralelismo, a depender da magnitude dos geradores, leva a
uma senhora catástrofe.

No caso de fontes de tensão alternada, não basta que apenas os valores eficazes sejam
idênticos. É necessário que haja um certo nível de sincronismo entre os ângulos de fase e as
frequências dos geradores.

Eis as condições de paralelismo entre geradores síncronos:

1. As tensões eficazes de linha dos dois geradores devem ser iguais.


2. Os dois geradores devem ter a mesma sequência de fases.
3. Os ângulos de fase das duas fases "A" devem ser iguais.
4. A frequência do novo gerador (o gerador que está entrando em paralelo) deve ser
ligeiramente superior à frequência do sistema que já está em operação.

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(2014 / VUNESP / SAP-SP) O circuito elétrico equivalente de um gerador síncrono trifásico de


polos lisos é constituído por uma reatância síncrona de 10 [Ω] e uma resistência de armadura
de 1 [Ω]. Quando o enrolamento de campo desse gerador é percorrido por uma corrente de
excitação de 100 [A], a força eletromotriz de linha induzida na armadura é de 22000 [V].
Dado que os enrolamentos de armadura do gerador em questão estão conectados em estrela
e que esse gerador alimenta uma carga resistiva trifásica equilibrada e conectada em estrela,
assinale a alternativa que apresenta aproximadamente a corrente de fase fornecida pelo
gerador.
Para tanto, considere que a impedância de carga, por fase, é 9 [Ω] ”Obs.: √6 = 2,45).
A) 56,1 [A]
B) 449,3 [A]
C) 224,5 [A]
D) 112,3 [A]
E) 896,5 [A]
Comentários
Gabarito: Alternativa E.
O gerador síncrono trifásico é ligado em estrela, possui reatância síncrona de 10 Ω e resistência
de armadura de 1 Ω. Quando excitado por uma corrente de campo de 100 A, a força
contraeletromotriz de linha é igual a 22 kV.
Por "força contraeletromotriz de linha" leia-se tensão de armadura de linha. Ou seja, o
problema forneceu o valor da tensão de linha do gerador ligado a vazio.
Ao gerador está conectada uma carga trifásica equilibrada de 9 Ω, também ligada em estrela.
A questão pede qual é a corrente de fase fornecida pelo gerador, ou seja, pede a corrente .
Bem, feita a introdução, vamos à resolução. Ela é feita em cima da equação característica do
gerador, ou seja,
� = − +
Perceba que o gerador está conectado, então a tensão � é a própria tensão aplicada sobre
uma das fases da carga. Sendo assim, podemos dizer que
� = − +
Onde � é igual a 9 Ω. Portanto, agrupando os termos de e isolando-o, temos,

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= � + + = ( + � + =
+ � +
A questão nos forneceu a tensão de linha da armadura. A equação acima utiliza a tensão de
fase da armadura, então precisamos converter o valor dado pelo problema. Em uma ligação
em estrela, a tensão de fase é igual à tensão de linha dividida por √ . Desta maneira,

=
√ ( + � +
Agora podemos substituir os valores e encontrar o módulo de .

= = =
√ + + √ + √ × +

= | |=
√ + √ √
Como a questão nos forneceu o dado √ = , e √ √ = √ , então o resultado será

| |= ≅ , A
,
Cujo valor mais aproximado bate com a alternativa E.

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2.3 MOTORES SÍNCRONOS

Já vimos na Aula 06 que um conjunto trifásico de correntes nos enrolamentos de


armadura produz um campo magnético uniforme girante � .

Nas máquinas síncronas, o circuito de campo fica no rotor e é alimentado por uma
fonte de tensão CC. A corrente que circula pelo circuito de campo do motor produz um
campo magnético � em regime permanente

Chegamos à conclusão, também lá na Aula 06, de que o princípio básico de operação do


motor síncrono é que o campo magnético � persegue o campo magnético � , sem nunca
conseguir se alinhar com ele.

Esta "perseguição" resulta no fato de que o campo magnético � "puxa" o campo


magnético � , que por sua vez, "puxa" o rotor da máquina.

Quanto maior for o ângulo entre os dois campos magnéticos (até um certo valor máximo),
maior será o conjugado no rotor da máquina.

A equação da velocidade do motor síncrono é exatamente a mesma utilizada para o


gerador síncrono, ou seja,

=

E a velocidade da máquina é igual à velocidade síncrona . Vejamos a seguir o circuito


equivalente de um motor síncrono.

2.3.1 Circuito Equivalente do Motor Síncrono

O circuito equivalente do motor síncrono é o mesmo do gerador síncrono sob todos


os aspectos, exceto pelo fato de o sentido do fluxo de potência ser invertido. Sendo assim, a
figura a seguir apresenta o circuito equivalente, já com a corrente de armadura no sentido
característico para o motor.

Figura 38 - Circuito equivalente do motor síncrono.


FONTE: CHAPMAN (2013).

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Analisando o fluxo da corrente na armadura, chegamos à seguinte equação

� = + +

2.3.2 Diagrama Fasorial do Motor Síncrono

Devemos ter em mente, no caso de um gerador, que:

• é o campo magnético � quem gera a tensão de armadura ;


• é o campo magnético � gera a queda de tensão ;
• é o campo magnético formado pela resultante entre os campos magnéticos � e
� , ou seja, é o campo magnético � � quem gera a tensão � .

Vejamos novamente o diagrama fasorial de um gerador, ao lado do diagrama vetorial


de campo magnético do gerador.

Figura 39 - Diagrama fasorial do gerador e diagrama vetorial dos campos magnéticos para uma máquina funcionando como
gerador.
FONTE: CHAPMAN (2013).

Neste caso, o gerador está alimentando uma carga com fator de potência atrasado (nota-
se pelo fato de o fasor de corrente de armadura estar atrasado em relação ao fasor de tensão
de fase � ).

Podemos concluir que, em um gerador, o fasor de tensão está sempre "à frente" do
fasor de tensão � e que o vetor � está sempre "à frente" do vetor � � . Perceba que inclusive
o ângulo entre e � e entre � e � � é o mesmo ângulo de conjugado .

O conjugado induzido na máquina de corrente alternada é dado pela seguinte


equação.

� = � ��

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Perceba que, do mesmo jeito que assumimos que o fasor � possui sempre fase de zero
grau, ou seja, está alinhado ao eixo das abscissas, o mesmo acontece para o vetor � � . Sendo
assim, a análise do conjugado fica sempre em relação a se � estará à frente de � � (caso do
gerador) ou não (caso do motor, como veremos em instantes).

A analogia feita no início desta seção entre campos magnéticos e fasores de tensão
pode ser levada para a equação característica do gerador, ou seja,

� = − � � = � + −�

Ora, se o campo magnético � entra como uma parcela negativa, então podemos
concluir que o conjugado induzido na máquina que está operando como gerador é em
sentido contrário ao movimento da máquina, pois, analisando o sentido dos vetores � e
� , ou seja, analisando o sentido do vetor unitário ̂ � � .

� = � �� � = |� ||� � |�
̂�� ̂ �� = ̂� × ̂� �

Se � � = � + −� , então o vetor unitário que aponta no sentido de � � , ou seja, ̂ � �


será

̂ � � = ̂ � + (− ̂ �

Assim, substituindo na equação de ̂ ��

̂ �� = ̂ � × ̂ � + (− ̂ � ̂ �� ̂ � × ̂ � + ̂ � × (− ̂ �
=⏟ ̂ �� = − ̂� × ̂�
=�

O sinal negativo de ̂ �� denota o sentido contrário, tal como que previmos.

Agora que vimos que o conjugado induzido no gerador é em sentido contrário ao


movimento aplicado pela máquina motriz, vejamos agora os diagramas fasorial e de
campo magnético do motor.

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Figura 40 - Diagrama fasorial e diagrama vetorial dos campos magnéticos para uma máquina funcionando como motor.
FONTE: CHAPMAN (2013).

Perceba que neste caso o motor está operando com um fator de potência adiantado
(sim, isso é possível no caso dos motores síncronos!). Veremos como tal condição é possível mais
à frente.

Podemos concluir que, em um motor, de modo semelhante ao como fizemos para o


gerador, o fasor de tensão é sempre atrasado "atrasado" em relação ao fasor de tensão �
e que também o vetor � é sempre "atrasado" em relação ao vetor � � .

Perceba que inclusive o ângulo entre e � e entre � e � � permanecem sendo os


mesmos.

Façamos novamente a analogia entre campos magnéticos e fasores para a equação


característica do motor, ou seja,

� = + �� =� +�

Ora, se o campo magnético � entra como uma parcela positiva, então podemos
concluir que o conjugado induzido na máquina que está operando como motor é no sentido
do movimento, pois, analisando o sentido dos vetores � e � , ou seja, analisando o sentido
do vetor unitário ̂ � � .

� = � �� � = |� ||� � |�
̂�� ̂ �� = ̂� × ̂� �

Se � � = � + � , então o vetor unitário que aponta no sentido de � � , ou seja, ̂ � � será

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̂� � = ̂� + ̂�

Assim, substituindo na equação de ̂ ��

̂ �� ̂ �� ̂� × ̂� + ̂� × ̂�
=⏟ ̂ �� = ̂� × ̂�
= ̂� × ( ̂� + ̂�
=�

A ausência de sinal negativa em ̂ �� denota que previmos, a favor do movimento


imposto pelo campo magnético girante.

Assim, se pode dizer que em um motor síncrono, o conjugado induzido é no


sentido do movimento e, em um gerador síncrono, o conjugado induzido se
opõe ao sentido do movimento.

2.3.3 Mudança de Carga no Motor Síncrono

A velocidade de um motor síncrono é constante, independentemente da carga.


Entretanto, tal velocidade é constante somente até um determinado ponto. O conjugado
induzido no rotor é dado pela equação que já vimos lá na abordagem sobre os geradores
síncronos.


� = �en

Percebe-se que há um conjugado máximo que o motor irá produzir. Isto acontecerá
quando a defasagem entre � e for de 90.

Se o ângulo entre estes dois fasores excede os 90, então o rotor perderá o sincronismo,
passando a "deslizar", ou seja, o campo magnético do estator irá passar muitas vezes pelo
campo magnético do rotor. E a cada ultrapassagem o sentido do conjugado se inverterá. Isto
gera uma grande trepidação no motor, podendo danificá-lo seriamente.

Mas por que a velocidade do motor síncrono é dita constante, independentemente da carga?
Bem, vamos imaginar que determinado motor síncrono opera em regime permanente com
uma determinada carga aplicada em seu eixo.

Subitamente, a carga no eixo aumenta, ou seja, fica mais "pesada" para o motor manter
a velocidade constante. O que ocorre neste momento?

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Bem, inicialmente o rotor perde sim um pouco de velocidade. Perdendo velocidade, faz
com que o campo magnético do rotor (� ) fique um pouco mais para trás em relação a � e
� � . Quando isto acontece, o ângulo de conjugado aumenta (pois, lembre-se, é o ângulo
entre � e � � ).

Acontece que o fato de aumentar o ângulo causa um aumento no conjugado induzido.


Aumentando o conjugado induzido, pelo fato de ser um motor síncrono, este conjugado
induzido se dá no sentido do movimento, fazendo com que o motor retome a velocidade
original, porém tendo agora um ângulo de conjugado maior.

Tendo um ângulo de conjugado maior, isto significa que, em um diagrama fasorial, a


separação entre � e aumenta. Entretanto, como é uma função da velocidade do motor
e da corrente de campo (e ninguém mexeu no circuito de campo), o módulo de permanece
constante, mesmo que o ângulo de conjugado tenha aumentado.

Portanto, conforme aumenta a carga no eixo do motor síncrono, o campo magnético


� fica "para trás" em relação a � e � � .

O raciocínio contrário também ocorre, ou seja, caso seja aliviada a carga no eixo,
inicialmente a velocidade do rotor fica um pouco acima. Ficando um pouco acima, isso faz com
que � ultrapasse � � . Ultrapassando � � , o conjugado se inverte, freando o rotor, até que � �
ultrapasse novamente � , voltando à condição de puxar o rotor na velocidade original.

Do ponto de vista elétrico, é normal de se imaginar que quanto maior a carga no eixo
do motor, maior é a corrente que o motor irá puxar da rede elétrica, não é mesmo?

E é exatamente isto que acontece. O resultado do aumento do ângulo de conjugado, uma


vez que estão mantidos iguais a alimentação do motor e a tensão na armadura, é que se
faz necessário um aumento na corrente de armadura, de modo que o diagrama fasorial "se
feche" novamente em um triângulo formado por � , e , afinal, com uma corrente de
armadura maior, maior será a queda de tensão sobre a reatância síncrona .

Assim, do ponto de vista elétrico, quanto maior é a carga no eixo do motor, mais
atrasado fica o fator de potência do motor, uma vez que aumenta o consumo de potência
reativa no motor (devido à maior corrente circulando por . Se a carga diminui, o fator de
potência fica menos atrasado.

2.3.4 Mudança de Corrente de Campo no Motor Síncrono

Se aumentar a carga no eixo do motor o torna uma carga com fator de potência mais
atrasado, isto pode causar malefícios ao fator de potência geral da instalação.

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Um meio de se corrigir o fator de potência de uma instalação com fator de potência


muito atrasado é o uso de motores síncronos (o outro é através de bancos de capacitores).

Em linhas gerais, a correção do fator de potência nada mais é que fornecer potência
reativa a uma carga que está solicitando muita potência reativa.

A concessionária pode até prover para a sua instalação a potência reativa que suas cargas
solicitam, entretanto, a partir de um determinado patamar, ela passará a cobrar o
fornecimento desta potência.

Muitas vezes sai mais barato investir na correção local, ou seja, instalar motores
síncronos ou bancos de capacitores próximos às cargas que estão causando o problema.

Bem, mas como fazer com que o motor síncrono forneça potência reativa? Afinal ele é uma
carga indutiva, e cargas indutivas solicitam potência reativa...

O método de se fazer isto é através do controle da corrente que circula pelo circuito
de campo do motor síncrono. Vejamos como isto ocorre. Já sabemos que a corrente de
campo modula a intensidade do campo magnético � . Quanto maior a corrente , maior a
magnitude de � . Quanto menor a corrente , menor a magnitude de � .

A magnitude de � irá controlar a formação da tensão na armadura . Quanto maior a


magnitude de � , maior será o módulo de . Quanto menor a magnitude de � , menor será o
módulo de .

Imaginemos um motor operando inicialmente com um fator de potência atrasado, com


uma determinada carga aplicada em seu eixo que não varia.

Se resolvermos aumentar a corrente , o resultado é que a tensão induzida na armadura


irá também aumentar (em módulo). Entretanto, como a carga aplicada ao eixo do motor
não variou, o motor segue solicitando da rede elétrica a mesma potência inicial.

Em relação aos campos magnéticos, o aumento de causa um aumento na magnitude


de � , impactando, a priori, em um aumento também no conjugado induzido. Entretanto, como
a carga no eixo é fixa, o ângulo de conjugado acaba diminuindo, de modo a compensar o
aumento na magnitude de � , mantendo assim o conjugado constante aplicado à carga.

Mexemos somente na corrente , isto causou um aumento em sem que impactasse em


um aumento na potência de entrada do motor.

Mas, embora não tenha havido mudanças na parte útil da potência solicitada da rede
elétrica, houve sim mudanças na potência reativa solicitada da rede elétrica. Pense comigo...

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Se aumenta a magnitude do fasor da tensão induzida na armadura, e a magnitude da


tensão de entrada no motor não muda, é necessário que um outro parâmetro se modifique,
de modo que o triângulo formado por , � e "se feche".

Ora, se é um parâmetro estático, a única variável que pode mudar é a corrente de


armadura , concorda?

A corrente de armadura "se adapta" à nova situação. Em magnitude e em fase. Isto


ocorre no sentido de que, quanto maior for a magnitude de , o ângulo de conjugado
tentará compensar este incremento diminuindo seu valor, fazendo com que "se aproxime"
de � .

Esta aproximação nunca será a ponto de ficarem alinhados, pois isto resultaria em um
conjugado induzido igual a zero. Entretanto, será suficiente para fazer com que a corrente
de armadura mude bastante.

Se aumentarmos a corrente de campo , então aumentaremos, em módulo, a tensão


induzida na armadura e, em menor grau, uma diminuição na fase também.

Com isto, a corrente de armadura tenderá a adiantar sua fase, ao ponto de chegar a
ficar à frente da fase do fasor � . Neste momento, o motor síncrono estará então gerando
potência reativa, em vez de solicitar da rede elétrica.

Sendo assim, para um motor síncrono operando inicialmente com um fator de potência
atrasado, ou seja, solicitando potência reativa da rede elétrica, se formos aos poucos
aumentando sua corrente de campo , estaremos na prática, neste primeiro momento,
diminuindo o módulo da corrente de armadura, e também diminuindo sua defasagem
em relação ao fasor � (pois o fator de potência tenderá a ficar unitário neste primeiro momento).

Após ter ficado unitário, se seguirmos aumentando o valor de , a defasagem de em


relação a � começará a aumentar novamente, entretanto agora não mais de maneira
atrasada, e sim de maneira adiantada. Este aumento na defasagem vem aliado a um novo
aumento na magnitude de .

O motor síncrono com um fator de potência adiantado é chamado de motor sobre-


excitado. Já o motor síncrono operando com fator de potência atrasado é chamado de sub-
excitado.

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2.3.5 Partida de Motores Síncronos

Vimos até o momento o motor síncrono operando na velocidade síncrona. Não vimos
ainda como fazer para partir ele do zero.

Imaginemos um motor síncrono inicialmente desligado. Se simplesmente ligarmos seu


circuito de campo e depois seu circuito de armadura, nada irá acontecer. Isto acontece
porque inicialmente o campo magnético � do rotor é estacionário, ao passo que o campo
magnético � já começa girando na velocidade síncrona (e consequentemente o campo
magnético � � ).

Por ser muito mais rápido que o campo � do rotor, o campo magnético � irá passar
por ele diversas vezes por segundo, sempre invertendo o sentido do conjugado induzido a cada
==df098==

ultrapassagem, gerando trepidação no motor, e nada de o rotor girar.

Sendo assim, é necessária uma estratégia diferente para por o motor em funcionamento.
Existem 3 abordagens:

1. Reduzir a velocidade do campo magnético girante a um valor bem baixo, de


modo que o rotor possa se acelerar junto com este giro lento, e aos poucos ir
subindo a velocidade do campo magnético girante até a nominal.
2. Usar uma máquina motriz para acelerar o rotor até a velocidade síncrona e em
seguida acoplar o rotor já em movimento ao estator do motor síncrono, retirando
em seguida a máquina motriz.
3. Usando enrolamentos amortecedores. Esta é a estratégia mais usada.

A redução da velocidade do campo magnético girante pode ser feita através da redução
da frequência de oscilação do conjunto trifásico de tensões, utilizando inversores de
frequência para isso.

A segunda alternativa é mais custosa, pois envolve o uso de uma segunda máquina para
dar partida à primeira. Um tanto quanto trabalhoso...

A terceira é a maneira mais viável e popular de se partir motores síncronos. Os


enrolamentos amortecedores são barras colocadas em ranhuras abertas na face do rotor, e
em seguida curto-circuitadas em cada extremidade por anéis de curto-circuito, tal como
representado na figura a seguir.

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Figura 41 - Representação de barras de curto-circuito em um rotor de dois polos.


FONTE: CHAPMAN (2013).

Vamos estudar como é o funcionamento destes enrolamentos amortecedores. Vamos


supor que inicialmente o motor está totalmente desligado, ou seja, tanto seu circuito de
campo quanto seu circuito de armadura estão desligados.

Então, em um determinado instante, se liga apenas o circuito de armadura do motor


síncrono. Surge então na máquina o campo magnético girante � . Este campo magnético
girante irá induzir uma tensão elétrica alternada nas barras de curto circuito. Esta tensão,
pelo fato de as barras estarem curto-circuitadas, formará uma corrente alternada, que por
sua vez irá formar um campo magnético igualmente oscilatório nas barras, denominado �� .

O campo magnético � irá interagir com o campo magnético �� , fazendo com que o rotor
comece a girar no mesmo sentido do campo magnético girante. É importante frisar que este
movimento inicial é bem fraquinho, de modo que nem ocorrerá se houver alguma carga
acoplada ao eixo do motor.

O rotor então se acelera até próximo da velocidade síncrona, momento este em que se
pode ligar o circuito de campo e o motor passa a funcionar na velocidade síncrona.

Em uma máquina real, os circuitos dos enrolamentos de campo não são abertos durante
o procedimento de partida. Eles são na verdade curto-circuitados!

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Se esses circuitos fossem abertos, tensões elevadíssimas seriam produzidas neles durante
a partida. Se os enrolamentos de campo forem colocados em curto-circuito durante a partida,
tensões perigosas não serão produzidas.

O uso de enrolamentos amortecedores traz ainda um bônus à estabilidade do motor


síncrono.

Com o rotor do motor síncrono irá girando à velocidade síncrona, nenhuma tensão é
induzida nos enrolamentos amortecedores!

Caso a velocidade se reduza durante alguma mudança de carga, os enrolamentos


amortecedores voltam a atuar, devolvendo a velocidade síncrona do motor e saindo de
operação novamente!

O contrário também ocorrerá, ou seja, caso uma parte da carga no eixo do motor seja
retirada, o rotor tenderá a rodar um pouco mais acelerado. Neste momento os
enrolamentos amortecedores entram em ação e freiam o rotor, fazendo com que ele volte
à velocidade síncrona.

O nome "enrolamentos amortecedores" vem desta propriedade: eles "amortecem" as


mudanças de carga no motor.

Veremos que um princípio semelhante ao dos enrolamentos amortecedores é utilizado


como princípio geral de funcionamento das máquinas assíncronas.

(2017 / FCC / ARTESP) Os motores síncronos


A) de baixa velocidade (abaixo de 500 rpm) têm um torque de partida típico da ordem de 120%.
B) têm uma corrente típica de partida baixa (70% em relação à corrente de regime).
C) têm um rendimento típico alto (acima de 90%).
D) de alta velocidade (acima de 500 rpm) têm um baixo torque de partida típico (até 50%).
E) têm tipicamente um grande escorregamento.
Comentários
Gabarito: Alternativa C.
Analisemos as alternativas.

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Alternativa A: Errada. Motores síncronos possuem baixo conjugado de partida, independente


do número de polos.
Alternativa B: Errada. A corrente de partida em motores sempre é elevada.
Alternativa C: Correta.
Alternativa D: Errada. Não se pode dizer que 500 rpm seja considerado alta velocidade.
Alternativa E: Errada. Motores síncronos funcionam sem escorregamento.

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3 MÁQUINAS DE INDUÇÃO
3.1 MOTORES ASSÍNCRONOS

Vimos nas máquinas síncronas que os enrolamentos amortecedores podem auxiliar os


motores síncronos a partir sem que haja uma corrente circulando pelo enrolamento de campo.

Isso funciona tão bem que é baseado nisto que funcionam os motores assíncronos (ou
de indução). Elas ganham este nome por conta do fato de que a corrente no rotor é induzida,
e não gerada por uma fonte externa.

Esta é a principal diferença das máquinas síncronas para as máquinas assíncronas: a


ausência de corrente contínua circulando pelo enrolamento de campo.

Também por este motivo, as máquinas de indução são denominadas máquinas de


excitação simples (em oposição a uma máquina síncrona que é de excitação dupla).

Assim como no caso das máquinas síncronas, as máquinas assíncronas podem também
funcionar como motor. Entretanto seu uso é pouco comum, por apresentar inúmeras
desvantagens em relação ao gerador síncrono. Por este motivo abordaremos apenas os
motores assíncronos.

3.1.1 Construção do Motor Assíncrono

Os motores de indução possuem a mesma montagem de estator que as máquinas


síncronas. A diferença ocorre na montagem do rotor.

Os rotores podem ser do tipo gaiola de esquilo ou rotor bobinado.

O rotor em gaiola de esquilo consiste em barras condutoras encaixadas em ranhuras na


superfície do rotor e curto-circuitadas em ambas as extremidades através de anéis de curto-
circuito.

Figura 42 - Motor de indução com rotor em gaiola de esquilo.


FONTE: CHAPMAN (2013).

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O rotor bobinado consiste em um conjunto de enrolamentos semelhantes ao do estator.


Usualmente estas bobinas são ligadas em estrela, tendo seus terminais ligados a anéis
deslizantes posicionados no eixo do rotor. Os enrolamentos do rotor são curto-circuitados
através de escovas.

Figura 43 - Motor de indução com rotor bobinado.


FONTE: CHAPMAN (2013).

Os motores de indução com rotor bobinado são mais caros que o dos motores de
indução com gaiola de esquilo, por conta de exigirem muito mais manutenção devido ao
desgaste das suas escovas e anéis deslizantes.

3.1.2 Funcionamento do Motor Assíncrono

O funcionamento dos motores de indução é basicamente o mesmo daquele que vimos


lá nos motores síncronos com enrolamentos amortecedores.

Digamos que o estator do motor assíncrono seja trifásico. Este conjunto trifásico induz
um a formação de um campo magnético girante � dentro do motor. A velocidade de giro
deste campo � é a mesma da que vimos nas máquinas síncronas, ou seja,

=

O campo magnético girante � atravessa as barras do rotor (que estão estáticas até este
momento), induzindo nelas uma tensão induzida , dada por aquela equação que vimos lá
na Aula 06, ou seja,

= �×� ∙

Onde � é a velocidade relativa das barras em relação a � e é o comprimento do


condutor dentro do campo magnético.

Como as barras estão curto-circuitadas, esta tensão induzida forma uma corrente pelas
barras do rotor. Esta corrente faz com que surja um campo magnético no rotor, dado por � .

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A interação do campo magnético do rotor com o do estator forma o conjugado induzido.


Como já vimos, o conjugado induzido no motor é dado por

� = � �

Entretanto, há um limite superior finito para a velocidade do motor de indução. Se o


rotor do motor de indução estivesse girando na velocidade síncrona, as barras do rotor
estariam estacionárias em relação ao campo magnético e não haveria tensão induzida.

Se fosse igual a 0, então não haveria corrente nem campo magnético no rotor. Sem
campo magnético no rotor, � seria zero e o rotor perderia velocidade como resultado das
perdas por atrito.

Portanto, um motor de indução pode ganhar velocidade até próximo da velocidade


síncrona, sem nunca a alcançar. Isto gera o conceito de escorregamento. Perceba que
embora o rotor gire a uma velocidade menor que a síncrona, tanto � quanto � giram na
velocidade síncrona.

Pela própria equação da tensão induzida , se percebe que ela depende da velocidade
das barras em relação aos campos magnéticos.

Como o comportamento de um motor de indução depende da tensão e da corrente do


rotor, muitas vezes é mais lógico falar em velocidade relativa. Esta velocidade relativa é
denominada velocidade de escorregamento , e é dada por

= −

Onde é a velocidade síncrona do campo magnético girante e é a velocidade


nominal do rotor do motor de indução (ou seja, é a velocidade mecânica do motor).

Podemos escrever em termos de através de uma constante de proporcionalidade


denominada escorregamento :

= ×

É comum também se expressar a velocidade nominal do motor em função do


escorregamento e da velocidade síncrona :

= −

Com esta última equação podemos ver que se = , então o escorregamento será
igual a zero. Já se a velocidade do motor for igual a zero (motor parado), então o
escorregamento será igual a 1.

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Pelo fato de um motor de indução funcionar justamente através de uma indução


eletromagnética, se pode representar o circuito equivalente do motor de indução através de
uma analogia com um transformador.

Por esta analogia, se pode dizer que o estator seria o primário do transformador, ao
passo que o rotor seria o secundário. A única diferença aqui é que, diferentemente do
transformador, a frequência do secundário não é necessariamente igual à frequência do
primário.

A frequência da corrente elétrica que circula no rotor só é igual à frequência elétrica do


estator na condição de escorregamento igual a 1 (ou seja, com o rotor parado). Na condição
de escorregamento igual a zero, então a frequência no estator é de 0 Hz.

Com estas duas condições de contorno, podemos dizer então que, nas condições
intermediárias a estes dois limites, a frequência da corrente que circula pelo rotor é
proporcional à frequência da corrente que circula pelo estator, com a constante de
proporcionalidade sendo dada pelo próprio escorregamento , ou seja,

Onde é a frequência da corrente elétrica que circula pelo rotor e é a frequência da


corrente elétrica que circula pelo estator.

Esclarecidos estes pontos, passemos agora ao circuito equivalente do motor de indução.

3.1.3 Circuito Equivalente do Motor Assíncrono

Como já foi dito, é possível associar o motor de indução com um transformador, com o
rotor sendo o secundário e o estator sendo o primário. O circuito equivalente resultante é o
que segue. Atente-se que é a representação por fase do motor de indução.

Figura 44 - Circuito equivalente do motor de indução.


FONTE: CHAPMAN (2013).

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Como o motor de indução não conta com um circuito de campo independente, seu
circuito equivalente não conta com a fonte de tensão interna , que aparece no circuito
equivalente das máquinas síncronas, por exemplo.

Vemos neste circuito equivalente um resistência e uma reatância , que indicam a


resistência de do enrolamento de fase do estator e a reatância de dispersão do campo
magnético do enrolamento do estator, respectivamente.

Também se percebe que há uma resistência e uma reatância , que são,


respectivamente, a resistência e reatância de magnetização do efeito transformador.

Há a seguir um transformador ideal, com o primário formado pela tensão e o


secundário formado pela tensão . A relação de transformador é dada por . No caso de
um rotor bobinado, esta relação é dada, basicamente, pelo número de espiras do enrolamento
do estator pelo número de espiras do enrolamento do rotor.

Já no caso de um rotor com gaiola de esquilo não é tão simples assim, porém se pode
dizer que há também uma relação de transformação.

Por último, no lado do rotor, a tensão induzida sobre ele é , e podemos ver também
que há uma reatância do rotor ( ) e uma resistência do rotor ( ). Perceba que o lado do
secundário (rotor) está em curto-circuito através da impedância + .

Imagine um motor de indução trifásico inicialmente desligado. Ao se aplicar a tensão ,


surgirá um tensão lá no secundário. Neste momento, o valor de é máximo, uma vez que
a velocidade relativa entre o campo magnético girante � e as barras do rotor é máxima, pois
as barras estão estacionárias. Esta condição é denominada de rotor bloqueado.

Vimos já que a frequência da tensão induzida no rotor será máxima quando o rotor
estiver parado e será mínima quando o rotor se mover na velocidade síncrona. Isto também
vale para a tensão induzida no rotor, ou seja, da mesma forma que = , uma relação
semelhante ocorre para a tensão, ou seja,

Onde é o valor da máxima tensão induzida no rotor (ou seja, é o valor da tensão na
condição de rotor bloqueado) e é o valor proporcional da tensão induzida no rotor na
condição do escorregamento .

Como você sabe, a resistência não varia com a frequência, porém a reatância sim.
Portanto, como temos uma reatância no secundário, e uma frequência que muda conforme o
escorregamento, conclui-se que a reatância do rotor é variável, também de maneira
proporcional ao escorregamento, ou seja,

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Onde é o valor da máxima reatância de rotor (ou seja, é o valor da reatância na


condição de rotor bloqueado) e é o valor proporcional da reatância no rotor na condição do
escorregamento .

O valor da reatância na condição de rotor bloqueado pode ser encontrado pela


expressão

=� =

Onde é o valor da indutância do rotor (em henry).

Bem, analisando o circuito do rotor, se pode dizer que a corrente que circula pelo rotor
( ) pode ser expressa através de

=
+

Considerando as condições de operação em relação ao escorregamento, podemos


reescrever tal expressão como

=
+

Se dividirmos o numerador e o denominador pelo escorregamento chegaremos à


expressão

=
/ +

Esta representação é mais útil de se expressar pois o escorregamento aparece uma


única vez. Vamos agora verificar o comportamento da corrente com relação ao valor de
escorregamento .

Sabe que o escorregamento varia de 1 (escorregamento máximo) até 0 (escorregamento


nulo). Quando = ocorre a condição de rotor bloqueado, e a corrente de rotor é dada por

= ≅
+

A componente de reatância predomina nesta condição. Porém, conforme o rotor ganha


velocidade, o valor de escorregamento se aproxima de zero. Entretanto não chega a zero.

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Porém, é bem pequeno mesmo, da ordem de 1% a 5%, em média, na condição de regime


permanente.

Perceba que para valores pequenos de escorregamento, a componente de resistência


predomina sobre a componente de reatância, ou seja,

= ≅
/ + /

Entendido até aqui, vamos apresentar agora a forma com que usualmente é descrito o
circuito equivalente do rotor, através da reflexão do secundário para o primário. O circuito
equivalente por fase é o que segue na página seguinte.

Perceba que se mudou os nomes da resistência e da reatância do secundário (antes


chamávamos de e ). Agora elas recebem o nome de e . Perceba também que foi
suprimido o transformador ideal do modelo que apresentamos originalmente.

Figura 45 - Circuito equivalente final (por fase) do motor de indução trifásico.


FONTE: CHAPMAN (2013).

A relação entre e e entre e é dada pelo uso da relação de transformação ,


da seguinte maneira:

= =

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(2019 / VUNESP / Prefeitura de Campinas – SP) Um motor assíncrono trifásico, 2 polos, 60


Hz, opera com escorregamento nominal de 5% acionando um gerador síncrono trifásico de 16
polos.
Uma ferramenta elétrica de alta velocidade, equipada com um motor assíncrono trifásico de 2
polos com escorregamento nominal de 3%, opera alimentada pelo gerador síncrono.
Determine a frequência de saída do gerador síncrono e a velocidade nominal do motor da
ferramenta elétrica, respectivamente:
A) 480 Hz; 28.800 RPM.
B) 456 Hz; 27.360 RPM.
C) 456 Hz; 26.539 RPM.
D) 465 Hz; 27.936 RPM.
E) 480 Hz; 26.496 RPM.
Comentários
Gabarito: Alternativa C.
O motor assíncrono de 2 polos, 60 Hz e escorregamento 5% aciona um gerador trifásico de 16
polos.
Primeiro precisamos encontrar a velocidade nominal do motor e em seguida aplicar tal
velocidade como sendo a velocidade síncrona do gerador, para então descobrir a frequência
elétrica do conjunto trifásico de tensões por ele gerado.
A velocidade síncrona do motor é

= = × = �pm

Com um escorregamento de 5%, a velocidade nominal do motor será
= − = − , = �pm

Esta será a velocidade aplicada ao rotor do gerador. Dado que o gerador possui 16 polos, a
frequência elétrica por ele gerada será
�
= = = × = �z

Ficamos então com as alternativas B e C.

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A ferramenta é alimentada pelo gerador síncrono acima especificado (de 456 Hz). Portanto, a
frequência que alimenta o motor assíncrono da ferramenta é 456 Hz. Se o número de polos
deste motor assíncrono é 2, então o motor da ferramenta possui uma velocidade síncrona
dada por

= = × = . �pm

Se o motor da ferramenta possui escorregamento de 3%, então a velocidade nominal do motor
da ferramenta será de
= − = − , ≅ . �pm

3.1.4 Conjugado e Potência no Motor Assíncrono

Por não envolver uma segunda excitação, as relações de potência e conjugado no motor
assíncrono são bem diferentes daquelas vistas para as máquinas síncronas.

Um diagrama de fluxo de potência para o motor assíncrono pode ser o a seguir


representado.

Figura 46 - Diagrama de fluxo de potência.


FONTE: CHAPMAN (2013).

Perceba que entre as potências de entrada (potência elétrica) e a potência de saída


(potência mecânica) há as perdas no cobre do estator e do núcleo, além das perdas no cobre
do rotor.

A diferença entre a potência elétrica de entrada e as perdas elétricas e magnéticas


resulta na potência . Esta potência é a que efetivamente será convertida em potência
mecânica.

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Entretanto, até chegar no eixo há mais perdas, como as perdas por atrito e ventilação.

3.1.5 Características de Velocidade e Conjugado

O conjugado de um motor assíncrono é dado pela expressão

� =

Podemos manipular esta expressão para chegar a

� =

Onde é a potência no entreferro. Esta potência é o resultado da potência de entrada


subtraída das perdas ocorridas no estator e no núcleo. Lembre-se que � é a frequência
síncrona em rad/s.

Entretanto não iremos adentrar na análise da expressão que gera a curva de conjugado
em relação à velocidade mecânica do motor de indução. Focaremos na análise da curva em si.
Tal curva possui a seguinte característica.

Figura 47 - Curva característica de conjugado x velocidade do motor assíncrono.


FONTE: CHAPMAN (2013).

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Desta curva característica se pode extrair as seguintes informações:

1. O conjugado induzido do motor assíncrono é igual a zero na velocidade síncrona.


2. A relação entre conjugado induzido e velocidade do rotor é praticamente linear
entre o rotor a vazio e o rotor à plena carga.
3. Há um valor máximo de conjugado que pode ser solicitado no motor.
4. O conjugado de partida do motor de indução é um pouco maior que seu
conjugado a plena carga.

3.1.6 Partida de Motores de Indução

Os motores assíncronos não apresentam os problema de partida que vimos nos


motores síncronos. Eles podem inclusive serem ligados diretamente, apenas acionando-se o
circuito de força (método de partida direta). Entretanto isso só será possível nos motores
assíncronos trifásicos.

Tal método de partida gera correntes elevadíssimas e, a depender da potência do motor,


poderá causar até mesmo um afundamento de tensão no sistema que alimenta o motor, o que
pode vir a prejudicar outras cargas conectadas ao mesmo sistema

A corrente de partida em motores com rotor em gaiola de esquilo é determinada através


de um dado comumente presente nas placas de motores, a relação / , onde é a corrente
de partida e é a corrente nominal do motor.

A corrente nominal do motor de indução trifásico pode ser encontrada através de uma
das seguintes expressões.

= = =
√ √ co� √ co� ×

A relação de / fica normalmente entre 7 a 9 vezes. Ou seja, dado um valor de corrente


nominal, a corrente de partida fica entre 7 e 9 vezes tal valor.

O método mais comum de se reduzir a corrente de partida em motores de indução é


através do uso do método de partida estrela-triângulo. Este método usa como fundamento a
partida do motor de indução com seus enrolamentos de estator ligados em estrela e
posteriormente, após um determinado tempo, a comutação dos enrolamentos para uma
ligação em triângulo.

O uso desta técnica faz com que se reduza a corrente de partida a 1/3 daquela prevista
pela relação / . Para que tal técnica seja possível de ser implementada, é necessário que o
motor tenha todos os 6 terminais dos enrolamentos de armadura disponíveis.

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No caso de motores de indução com enrolamento bobinado, a partida pode ser feita
com correntes relativamente baixas inserindo resistências a mais no circuito do rotor durante
a partida. Essas resistências não só aumentam o conjugado de partida, como também reduzem
a corrente de partida.

É importante ressaltar aqui que a corrente de partida se reduz de maneira diretamente


proporcional à tensão aplicada em seus terminais. Já o conjugado de partida se reduz ao
quadrado em relação à tensão aplicada.

Sendo assim, há que se ter bom senso em relação ao uso de uma tensão reduzida na
partida de um motor assíncrono, de modo a não se perder demais o conjugado na partida.

(2016 / INSTITUTO AOCP / UFFS) Um Engenheiro Eletricista, ao calcular a corrente nominal de


um motor de indução trifásico do tipo gaiola de esquilo de 20 cv, alimentado com tensão de
380 V, η=0,8 e cosφ=0,85, chegou à conclusão de que o valor da corrente nominal calculada foi
A) IN= 76,4 A.
B) IN= 44,23 A.
C) IN= 21,875 A.
D) IN= 32,889 A.
E) IN= 128,47 A.
Comentários
Gabarito: Alternativa D.
A corrente nominal que um motor de indução trifásico solicita da rede elétrica é dada por

=
√ × ×
Onde é a potência mecânica do motor, é a tensão de linha que alimenta o motor, éo
rendimento do motor e é o fator de potência do motor.
Substituindo todas estas variáveis na equação temos
×
= ≅ A
√ × , × ,

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4 MÁQUINAS DE CORRENTE CONTÍNUA


Máquinas de Corrente Contínua (ou máquinas CC) são: ou geradores que convertem a
energia mecânica em energia elétrica em corrente contínua; ou motores que convertem a
energia elétrica em corrente contínua em energia mecânica.

De acordo com CHAPMAN (2013), a maioria das máquinas CC funciona como


as máquinas CA no sentido de que elas trabalham com tensões e correntes
alternadas em seu interior.

Máquinas CC são de "corrente contínua somente porque nelas existe um


mecanismo que converte as tensões alternadas internas em tensões
contínuas em seus terminais.

Tal mecanismo é denominado comutador.

Os princípios fundamentais envolvidos no funcionamento das máquinas CC são bem


simples.

A diferença primordial das máquinas CC para as máquinas CA é a posição dos circuitos


de campo e de armadura. Nas máquinas CC, o circuito de campo fica no estator, ao passo
que o circuito de armadura fica no rotor.

Máquinas
Elétricas

Máquinas Máquinas
CC CA

Circuito de Circuito de Circuito de Circuito de


Campo no Armadura Campo no Armadura
Estator no Rotor Rotor no Estator

Veremos a seguir o princípio de funcionamento destas máquinas

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4.1 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

De acordo com MARTIGNONI (1987), a corrente contínua encontra aplicação em diversos


setores industriais (eletroquímica, baterias, eletroímãs etc.).

Entretanto, de acordo com a Lei de Faraday:

É impossível gerar uma tensão contínua através de conversão eletromecânica, afinal


de contas, é preciso que haja uma variação de fluxo magnético para se induzir (ou seja, gerar)
uma tensão. Matematicamente, é necessário que seja um valor diferente de zero para que
se gere uma tensão.

Como então gerar corrente contínua através de uma conversão eletromecânica?


Bem, na prática o que se utiliza como princípio fundamental das máquinas CC é uma
corrente CA! Veremos este processo todo nesta seção.

4.1.1 O Gerador CC

Adotemos a figura a seguir para iniciarmos a nossa análise primeira análise: a máquina
CC funcionando como gerador CC.

Figura 48 - Máquina primordial.


FONTE: CHAPMAN (2013).

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Esta montagem é relativamente simples. Trata-se de uma espira única (formada pelos
segmentos abcd) girando em torno de um eixo o , imersa em um campo magnético,
formado pelos polos N (norte) e S (sul) de dois ímãs externos.

A espira, por estar livre para girar, forma o rotor da máquina. Os ímãs, por estarem
fixos, formam o estator da máquina. Perceba ainda que, de maneira proposital, se esculpiu
as faces dos ímãs para que formassem o menor entreferro possível.

Pois bem... Imaginemos agora que o rotor desta máquina passe a girar (a uma
velocidade � ), por conta de uma ação externa.

Se extrai da Teoria de Conversão Eletromagnética que a tensão induzida é dada


por

=� �en �

Onde o ângulo � é aquele formado entre o os vetores � e �. Pelo fato de que a espira
está imersa em um campo magnético, isto irá produzir uma tensão induzida nos
terminais da espira.

Tal tensão induzida cresce rapidamente até completar 90º e decai a zero quando chega
à meia volta (180º). O ciclo se repete com sinal trocado na volta complementar.. A figura a
seguir ilustra o que ocorre com a tensão induzida.

Figura 49 - Tensão efetivamente induzida na espira, em função do ângulo entre o sentido do movimento e o sentido do
campo magnético.

Ou seja, temos efetivamente uma máquina CA em mãos... Queremos transformá-la


em uma máquina CC... Para isto, adiciona-se à máquina dois segmentos semicirculares às
extremidades da espira, além de dois contatos fixos, que são instalados em um ângulo tal

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que, no instante em que a tensão na espira é igual a zero, os contatos põem em curto-circuito
os dois segmentos. A figura a seguir ilustra a nova montagem descrita.

Figura 50 - Inclusão de comutador e escovas na máquina.


FONTE: CHAPMAN (2013).

Com isto, sempre que a tensão na espira muda de polaridade, os contatos também
mudam de segmento, e com isto a tensão induzida nos contatos é sempre da mesma
polaridade! Acompanhe a ilustração a seguir.

Figura 51 - Ilustração do funcionamento do comutador.

Esse processo de troca de conexões é comumente chamado de comutação. Os dois


segmentos semicirculares ganham o nome de comutadores, ou então anel comutador. Aos
contatos fixos se dá o nome de escovas.

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Procurou-se demonstrar na figura acima o giro da espira e como este giro interage com
comutadores e escovas. Perceba que as escovas (quadrados preenchidos em preto) sempre
acabam ficando conectados com uma tensão de mesma polaridade. E são estes contatos que
formam os terminais + e - da máquina CC (aqui funcionando como um gerador CC).

Perceba que a máquina é dita de corrente contínua pois o sentido da


corrente não muda! E não porque possui um valor constante de corrente.
É um erro comum pensar que corrente contínua é o mesmo que corrente
constante!

Entretanto, nada impede que nesta máquina seja implementado um maior


número de comutadores, que acabe resultando uma forma de onda da
tensão induzida cada vez mais próxima de ser constante, de modo que ao se
plugar uma carga entre os terminais resulte em uma corrente constante...

4.1.2 O Motor CC

Agora que já vimos que escovas e comutadores são partes obrigatórias em máquinas
CC, vamos modificar um pouco a montagem anterior. Vamos supor agora a montagem da
figura a seguir.

Figura 52 - Montagem para o motor CC.


FONTE: CHAPMAN (2013).

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Perceba que agora conectou-se uma fonte CC (denominada ) nos terminais onde
antes era medida a tensão induzida . Em série com a fonte inseriu-se um resistor de valor
e uma chave liga/desliga. O restante da montagem permanece igual, ou seja, temos duas
escovas, um anel comutador, a espira e o campo magnético gerado pelo par de ímãs.

Bem, agora quando fechamos a chave liga/desliga a espira começa a girar, pois já
sabemos que uma espira que esteja livre para girar, quando imersa em um campo
magnético �, e percorrida por uma corrente elétrica , produz uma força , de tal modo que

= �

Devido ao anel comutador, a força sempre irá apontar no mesmo sentido (gerando
um conjugado constante), tal como indicado na figura a seguir.

Figura 53 - Representação do giro do motor CC.

Caso não houvesse o anel comutador, a máquina iria dar meia volta e parar, afinal de
contas, além de a alimentação ser constante, na meia volta complementar à primeira o sentido
na força iria se inverter, e com isso a máquina pararia.

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4.2 MOTORES CC
4.2.1 O Circuito Equivalente do Motor CC

Acompanhe a figura a seguir.

Figura 54 - Circuito equivalente geral de um motor CC.


FONTE: CHAPMAN (2013).

Você pode observar que o circuito de armadura (localizado no lado direito da figura) é
representado por uma fonte e um resistor . Há ainda uma pequena fonte de tensão
, que representa a queda de tensão nas escovas do motor CC. Tal fonte se opõe à
tensão gerada na armadura.

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Por vezes a queda de tensão é suprimida, pois ela é muito reduzida em


relação à tensão (que alimenta o circuito de armadura) e a própria tensão
da armadura.

À esquerda na figura você vê o circuito de campo. Este é o circuito que produz o fluxo
magnético do motor. Ele é representado por um indutor e um resistor . Por vezes há
ainda um resistor de ajuste da corrente de campo , denominado .

Como mencionado, são 5 os tipos principais de montagens de motores CC.

Todas elas levam em seu nome o tipo de excitação que ocorre a partir do
circuito de campo do motor.

Acompanhe a seguir os tipos.

Motores CC

Excitação Em Derivação Ímã


Em Série Composto
Independente (ou shunt) Permanente

Veremos em detalhes cada um deles nas subseções a seguir. Mas antes disso, vamos
estabelecer alguns aspectos comuns a todos estes tipos:

• a tensão gerada na armadura; e


• o conjugado induzido no eixo do motor.

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4.2.2 Tensão de Armadura

A tensão � gerada na armadura de um motor CC é sempre dada pela seguinte


expressão

� = Kφω

Onde K é uma constante que trata de parâmetros internos da montagem do motor.


O fluxo magnético φ é oriundo do circuito de campo (dado em webers) e a velocidade ω é a
velocidade com que o rotor gira (dada em rad/s).

Desta equação se retira que a tensão gerada na armadura de um motor CC é


diretamente proporcional à velocidade ω do motor, e também é
diretamente proporcional ao fluxo magnético no circuito de campo. Ou
seja,

� ∝ω e � ∝φ

Tal fluxo magnético, por sua vez, é diretamente proporcional à corrente �


que circula pelo circuito de campo. Ou seja,

φ∝�

Em outras palavras, se pode dizer que:

a tensão gerada na armadura (em uma máquina CC) é diretamente


proporcional tanto à velocidade do motor quanto à corrente de campo.

4.2.3 Conjugado Induzido

O conjugado induzido τi (por vezes também chamado de conjugado eletromagnético)


no eixo do motor é sempre dado pela seguinte expressão

τi = Kφ�

Onde K é uma constante que trata de parâmetros internos da montagem do motor.


O fluxo magnético φ é oriundo do circuito de campo (dado em webers) e a corrente de
armadura � (dada em ampères) é a que circula pela resistência de armadura � .

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Desta equação se retira que o conjugado induzido em um motor CC é


diretamente proporcional à corrente � que percorre o circuito de
armadura, e é diretamente proporcional ao fluxo magnético no circuito
de campo. Ou seja,

τi ∝� e τi ∝φ

Tal fluxo magnético, por sua vez, é diretamente proporcional à corrente �


que circula pelo circuito de campo. Ou seja,

φ∝�

Em outras palavras, se pode dizer que:

o conjugado induzido (em uma máquina CC) é diretamente proporcional


tanto à corrente de armadura quanto à corrente de campo.

Feitas estas explanações sobre a tensão de armadura e sobre o conjugado induzido


(parâmetros fundamentais para o entendimento das máquinas CC), passemos agora a ver
cada uma das montagens de motores CC, tal como descrito anteriormente.

4.2.4 Motor CC com Excitação Independente e em Derivação

Um motor CC de excitação independente é um motor cujo circuito de campo é


alimentado a partir de uma fonte isolada de tensão constante, tal como ilustra a figura a
seguir.

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Figura 1 - Circuito equivalente de um motor CC com excitação independente.


FONTE: CHAPMAN (2013).

Um motor CC com excitação em derivação (também conhecido como shunt ou paralelo)


é um motor cujo circuito de campo está conectado em paralelo ao circuito da armadura,
e ambos os circuitos (armadura e campo) compartilham uma única fonte de tensão como
alimentação, tal como ilustra a figura a seguir.

Figura 2 - Circuito equivalente de um motor CC em derivação.


FONTE: CHAPMAN (2013).

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Quando a tensão da fonte de alimentação (ou seja, a tensão VT) de um


motor é constante, não há nenhuma diferença de comportamento entre o
motor CC com excitação independente e o motor CC em derivação.

Ou seja:

A não ser que seja especificado em contrário, sempre que o comportamento


de um motor em derivação for descrito, estará incluído nele o motor de
excitação independente.

Perceba que para ambos os motores, é possível dizer que

� =� +� �

4.2.4.1 Característica Terminal

De acordo com CHAPMAN (2013), a característica terminal de uma máquina


é um gráfico que envolve as suas grandezas de saída. Para um motor,
portanto, as grandezas de saída são o conjugado induzido em seu eixo (τi )
e sua velocidade (ω ).

Assim sendo, a característica terminal de um motor é um gráfico que envolve


a relação entre estas duas grandezas. Portanto, precisamos chegar em
equações que correlacionem τi e ω .

Vamos pensar no caso de um motor CC em derivação. Como ele responde a mudanças


de carga?

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4.2.4.1.1 Entendendo o Funcionamento do Motor Instintivamente

Considerando que um determinado motor CC com excitação em derivação esteja


funcionando com uma carga acoplada em seu eixo com conjugado τ a ga e uma dada
velocidade �

Em determinado instante, τ a ga é aumentado. Instintivamente podemos pensar que ao


se aumentar a carga no eixo de um motor, o reflexo disto é que o motor tende a ter sua
velocidade ω reduzida, não é mesmo? E é exatamente isto o que acontece...

Quando a velocidade ω se reduz, a tensão interna � gerada na armadura também


se reduz (afinal, como já vimos, � ∝ ω ).

Consequentemente, a corrente de armadura � do motor aumenta, afinal,

� −�
� =� +� � � =

Ao aumentar � , o conjugado induzido cresce (afinal, como já vimos, τi ∝ � ). Este τi


irá aumentar até que se iguale ao novo τ a ga .

E perceba que isto irá ocorrer com uma velocidade ω mais baixa!

4.2.4.1.2 Entendendo o Funcionamento do Motor Matematicamente

Bem, fizemos todo este raciocínio mentalmente. Vamos agora traduzir isto em uma
linguagem matemática! Sabendo que a tensão de terminal do motor é

� =� +� �

E que a tensão de armadura � e o conjugado induzido τi são respectivamente dados


por

� = Kφω τi = Kφ�

Podemos substituir � e � na equação para � , obtendo

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A
A
⏞τi
� = ⏞Kφω +( )�

E, isolando ω , chegamos a


ω = (� − τ )
Kφ Kφ i

Esta equação nos diz que, uma vez mantida constante a alimentação do motor (ou
seja, mantido um � constante) a relação entre a velocidade do motor CC em derivação é
praticamente uma linha reta com inclinação negativa muito leve.

Mas, para que isto ocorra, é necessário que outro parâmetro seja mantido constante: o
fluxo magnético φ.

Para que isto ocorra, é necessário que o motor não possua o chamado efeito de reação
de armadura (isso pode ser obtido ao se instalar no motor enrolamentos de compensação).

O efeito de reação de armadura causa uma redução no valor do fluxo magnético, o


que, conforme podemos ver na equação acima, tenderá a causar um leve aumento na
velocidade do motor à medida que o conjugado induzido aumenta.

Acompanhe a figura a seguir, que traça um comparativo entre o comportamento do


motor CC em derivação (ou com excitação independente) sem reação de armadura (linha
tracejada) e com reação de armadura (linha cheia).

Figura 3 - Gráfico da característica da velocidade do motor CC shunt em função do conjugado induzido.


FONTE: CHAPMAN (2013).

Vamos resolver duas questões para exercitar o que vimos até aqui.

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(2019 / COVEST-COPSET / UFPE) Se uma tensão de 250 V é aplicada a um motor de corrente


contínua, resulta numa corrente de armadura de 210 A. Assumindo uma resistência de 0,25
Ω, encontre a tensão de armadura, a potência líquida de saída e o torque.
Considere as perdas rotacionais de 1475 W a uma velocidade de plena carga de 1750 rpm.
As respostas corretas são, respectivamente:
A) Ea = 156,9 V | Ps 39,30 kW | T 203,54 N.m
B) Ea = 197,5 V | Ps 41 ,48 kW | T 218,27 N.m
C) Ea = 191,9 V | Ps 43,30 kW | T 201,03 N.m
D) Ea = 187,8 V | Ps 47,30 kW | T 223,54 N.m
E) Ea = 186,9 V | Ps 45,30 kW | T 199,54 N.m
Comentários
Gabarito: Alternativa B.
Uma vez que não foi informada a resistência de campo, assume-se que o motor CC seja de
excitação independente. Sendo assim, tem-se o seguinte circuito equivalente:

A tensão � gerada na armadura é dada por


� =� −� � � = − × , = , �

Com isto já poderíamos marcar a alternativa B. Mas vamos encontrar as demais.


A potência líquida que ele se refere é igual à potência transferida para o rotor, ou seja, é
igual à potência gerada na armadura:
�� = � � �� = , × = , k�

O conjugado que ele se refere é igual ao conjugado efetivamente aplicado na carga.


Perceba que a questão traz as perdas rotacionais.
Portanto, o conjugado efetivamente aplicado na carga é igual à potência gerada na
armadura, descontada das perdas e dividida pela velocidade da máquina:

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�� − � a
τa =
π
n ×
π
Onde é o fator de conversão da velocidade (dada em rpm) para rad/s. Efetuando as contas:

, − ,
τa = ≅ , Nm
π
×

(2019 / IADES / AL-GO) Determinado motor CC com excitação independente entre


enrolamentos de armadura e de campo é utilizado para acionar uma carga com torque
constante.
Ao se aplicar 400 V no enrolamento de armadura, obteve-se uma velocidade de 25 rad/s em
regime permanente, e, ao se aplicar 330 V no enrolamento de armadura, obteve-se uma
velocidade de 20 rad/s em regime permanente.
Acerca do exposto, assinale a alternativa que apresenta o cálculo da queda de tensão da
resistência do enrolamento de armadura ao se aplicar 400 V.
A) 55 V
B) 30 V
C) 45 V
D) 60 V
E) 50 V
Comentários
Gabarito: Alternativa E.
O motor CC possui excitação independente e o conjugado aplicado sobre a carga se mantém
constante nas duas condições (tensões de entrada 400 V e 330 V).
Se pode dizer que a potência transmitida à carga em ambas as situações são
� = τi ω � = τi ω
Lembrando que a questão nos disse que o conjugado da carga é constante, portanto, o
conjugado induzido não mudará. Assim, se pode dizer que
� �
τi = τi =
ω ω

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Ou seja,
� �
=
ω ω
Como a velocidade na primeira condição é igual a 25 rad/s e a velocidade na segunda condição
é igual a 20 rad/s, então
� �
= � = � � = , �
ω ω
A potência transmitida à carga também pode ser expressa em termos da corrente de
armadura e da tensão de armadura, ou seja,
� =� � � =� �
Como já vimos, pelo fato de o conjugado se manter constante, a corrente na armadura
deverá ser igual, sendo assim,
� =� � � =� �
Correlacionando estas duas expressões para a potência com a expressão já obtida para as
potências, teremos:
� � = , � �
As correntes de armadura se cancelam, ficando então
� = , �

Podemos escrever as tensões de armadura em função da tensão aplicada nos terminais da


máquina e em função da queda de tensão na armadura (que é igual em ambos os casos, pelo
fato de a corrente de armadura ser constante). Portanto,
A

� ⏞
⏟ −� � = , (� −� �
A

Chamando � � de � ,
� −� = , (� −�
Resolvemos agora a expressão, sabendo que � = �e� = �
−� = , −� , � = , × −
, � = , � = �

4.2.4.2 Controle de Velocidade

Há basicamente 3 meios de se fazer isso com um motor CC em derivação. Veremos


apenas os dois mais comuns em nossos estudos:

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Ajuste da Resistência de
Campo

Controle de Velocidade de
um Motor CC em Ajuste da Tensão do Circuito
Derivação de Armadura

Inserção de Resistor em
série com o Circuito de Pouco Usual
Armadura

4.2.4.2.1 Ajuste da Resistência de Campo

Vamos relembrar o circuito do motor CC que estamos vendo até aqui.

Figura 4 - Circuito equivalente do motor CC em derivação.


FONTE: CHAPMAN (2013).

Se aumentarmos o valor de � , então a corrente � diminuirá. Acontecendo isto, o fluxo


magnético φ diminuirá também.

Diminuindo o valor de φ, conforme já vimos anteriormente, diminuirá a tensão � na


armadura do motor (afinal, � ∝ φ).

Se cair a tensão � , aumentará a corrente � de armadura, uma vez que a tensão de


terminal � permanece constante, ou seja,

� −�
� =

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Como vimos também, o conjugado induzido τi é proporcional à corrente � de


armadura (ou seja, τi ∝ � ). Além disso, ele é proporcional também ao fluxo φ da máquina
(ou seja, τi ∝ φ).

Ora, um aumenta (� ) e o outro diminui (φ)?

Como isso pode alternar a velocidade da máquina então?

Excelente pergunta!

Ocorre que a alteração de � é muito mais proeminente que a alteração do fluxo φ (ao
menos na faixa de operação nominal do motor, conforme será visto a seguir)! Ou seja, uma
pequena variação no fluxo magnético φ desencadeia uma grande alteração da corrente
� !

O fato disto acontecer faz com que mesmo havendo uma diminuição no valor do fluxo
magnético φ, o conjugado induzido τi aumenta (em razão de que o aumento de � é muito
mais forte que o decaimento do fluxo).

E um aumento no conjugado induzido faz com que ele fique maior que o conjugado da
carga, desencadeando um aumento na velocidade ω de giro da carga.

Este aumento de ω faz com que a tensão � , por sua vez, suba novamente. E a elevação
de � faz com que � se reduza. Esta redução se dá até que novamente τi se iguale ao τ a ga .
E isto ocorrerá numa velocidade ω agora superior à inicial.

O efeito aqui descrito literalmente pode ser resumido na forma gráfica como
demonstrado a seguir.

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Figura 5 - Característica de Terminal do motor CC com derivação, desde a vazio (m max) até a parada completa (m zero).
FONTE: CHAPMAN (2013).

No gráfico, τP indica o conjugado a plena carga. As variáveis � e� indicam os valores


diferentes impostos ao resistor do circuito de campo.

Perceba que, somente é seguro regular a velocidade de um motor CC em derivação


através deste método enquanto o conjugado induzido estiver nas proximidade do conjugado
do motor a plena carga.

Um motor CC em derivação com sobrecarga em seu eixo não deve ser regulado através
deste método de variação de resistência do circuito de campo, pois este método tenderá a
levar o motor a uma parada, e não a um aumento de velocidade.

Isso ocorre pois em velocidades mais baixas, um aumento da corrente � ocasionado pela
diminuição de � não será mais suficientemente grande para compensar a diminuição do fluxo
magnético φ na equação do conjugado induzido.

4.2.4.2.2 Ajuste da Tensão de Armadura

Vamos trazer novamente o nosso circuito equivalente, apenas para fins de facilidade de
acompanhamento do raciocínio que virá a seguir.

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Figura 6 - Circuito equivalente do motor CC em derivação.


FONTE: CHAPMAN (2013).

Lembrando que agora não iremos mexer diretamente no circuito de campo, e sim na
tensão de armadura.

Mas espere um pouco... Analisando o circuito, o único método de mexermos na tensão


de armadura � sem mexer no campo é alterando a tensão de terminal � . Mas mexer na
tensão � fatalmente acarreta modificações na corrente de campo!

Bem, ocorre que para este método possa ser implementado, o circuito a ser utilizado
precisa ser levemente modificado, ficando desta maneira:

Figura 7 - Circuito para o controle da velocidade do motor CC em derivação.


FONTE: CHAPMAN (2013).

Ah... Agora sim! Perceba que vamos manter a tensão � de terminal constante (e assim
não mais mexeremos no circuito de campo do motor) e que o ajuste será feito a jusante do
circuito de campo ”através do elemento Controlador de Tensão Variável ), controlando a
tensão � !

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Perceba também que, na verdade, este circuito é o de um motor CC com excitação


independente, não é mesmo?

Vamos ao raciocínio do funcionamento do ajuste da velocidade do motor através do


ajuste da tensão aplicada à armadura.

Se aumentarmos � , então a corrente � de armadura também aumenta, afinal

� −�
� =

Bem, à medida que � aumenta, também aumenta o conjugado induzido, afinal τi ∝ � .


Se o τi aumenta, ele acaba ficando maior que o τ a ga . Com um τi > τ a ga , então se pode
dizer que a velocidade ω de giro da carga aumentou também.

Entretanto, quando ω aumenta, também aumenta a tensão de armadura � (afinal, � ∝


ω , e isto faz com que a corrente � de armadura diminua. Essa diminuição de � vai até o
ponto onde o conjugado induzido τi se iguala novamente ao conjugado da carga τ a ga . E
quando isto acontecer, a velocidade ω do motor será maior!

Vejamos o gráfico desta característica de terminal.

Figura 8 - Controle de velocidade através de controle da tensão aplicada no circuito de armadura.


FONTE: CHAPMAN (2013).

Observe que agora, diferentemente do que aconteceu no método de controle pela


modificação do campo magnético, ambas as curvas são paralelas entre si, e não ocorre
aquela restrição de funcionamento apenas na faixa próxima ao conjugado de plena carga.

Entretanto, o limite de operação por este método é a corrente de armadura, que não
poderá aumentar indefinidamente, devido a limitações físicas do circuito de armadura (que
pode superaquecer).
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4.2.4.3 Efeito de um Circuito de Campo em Aberto

Frente ao que vimos até aqui, em especial no que diz respeito ao controle de velocidade
pelo circuito de campo, podemos fazer a seguinte pergunta...

E se por algum motivo perdermos o circuito de campo do motor? O que irá


acontecer?

Vejamos novamente o circuito equivalente do motor CC em derivação.

Figura 9 - Circuito equivalente do motor CC em derivação.


FONTE: CHAPMAN (2013).

Como já vimos, ao aumentarmos o valor do resistor de campo � , reduz-se a corrente de


campo � , reduzindo também o fluxo magnético φ. Reduzindo o fluxo magnético, reduzimos
também o valor da tensão � induzida na armadura. E a consequência disto é o aumento da
corrente de armadura � , que por sua vez causa um aumento no conjugado induzido τi ,
elevando a velocidade do motor ω .

Porém agora perdemos o circuito de campo... O que acontece é que o motor mantém
um fluxo residual φ muito baixo... Com isto, o valor da tensão � induzida na armadura cai
assustadoramente até um determinado valor, elevando também de maneira assustadora a
corrente � , e consequentemente τi e ω atingem valores astronômicos!

Frente a este risco que a perda do circuito de campo pode ocasionar, é prudente que o
circuito de campo receba uma atenção especial no projeto de proteção de um motor CC.

4.2.5 Motor CC Série

O motor CC série possui os enrolamentos de campo em série com os enrolamentos de


armadura. Ou seja, a corrente � do campo é igual à corrente � da armadura. O circuito
equivalente é o seguinte.

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Figura 10 - Circuito equivalente do motor CC série.


FONTE: CHAPMAN (2013).

Este motor possui uma característica de terminal muito diferente daquela vista para
o motor CC em derivação.

Neste tipo de motor, o fluxo φ é diretamente proporcional à corrente de armadura �


(ao menos até que este fluxo φ sature).

O funcionamento é basicamente o seguinte: à medida que a carga do motor aumenta,


ou seja, τ a ga aumenta, o motor perde velocidade ω .

Ao perder velocidade ω , a tensão � gerada na armadura diminui. Com isto, a corrente


� aumenta. Como neste motor � = � , ao aumentar a corrente de armadura � , também
aumenta a corrente de campo � , e consequentemente também aumenta o fluxo φ.

E, conforme já vimos, ao aumentar o fluxo magnético φ, a tensão � de armadura diminui


ainda mais! O resultado é que este motor CC tem uma característica de terminal com uma
queda de velocidade ω bastante acentuada, tal como será demonstrado daqui a pouco.

Se sabe que o conjugado induzido em um motor CC qualquer é dado pela expressão

τi = Kφ�

Assumindo que o fluxo magnético φ seja diretamente proporcional à corrente de cmapo


� , se pode dizer que,

φ∝� φ = c�

Onde c é uma constante de proporcionalidade qualquer. Como nesta máquina � = � , se


pode dizer que o fluxo magnético φ é tal que

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φ = c�

Substituindo esta nova expressão para o fluxo magnético na expressão do conjugado


induzido, ficaremos com

τi = Kφ� τi = Kc �

Traduzindo a expressão em destaque acima, a cada vez que a corrente de armadura


dobra, se pode dizer que o conjugado induzido se multiplica por 4.

Sendo assim, se pode afirmar que, dentre os motores CC, o motor CC série é
seguramente aquele que mais fornece conjugado a uma carga a cada incremento de
ampère!

E por este motivo ele é o motor mais utilizado em cargas que requerem
conjugados elevadíssimos, tais como motores de arranque em veículos,
elevadores e motores de tração de locomotivas.

O conjugado de partida do motor CC série é elevadíssimo, conforme


veremos na característica de terminal daqui a pouco, porém a velocidade com
que ele parte com tal conjugado é bem baixa.

4.2.5.1 Característica de Terminal

Vamos agora equacionar a característica de terminal do motor CC série. Lá da página


anterior podemos tirar do circuito equivalente do motor CC série que

� =� +� � +� � � =� +� � +�

Já definimos que para o motor CC série há uma relação direta entre a corrente de
armadura � e o conjugado induzido, dada por

τi = Kc �

Isolando nesta última expressão a corrente de armadura � , ficamos com

τi
� =√
Kc

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Também temos que para qualquer motor CC, a tensão � gerada na armadura é dada por

� = Kφω

Assim sendo, substituindo estas duas últimas expressões (para � e � ) na expressão que
modela o motor CC série, ficamos com

τi
� = Kφω + √ � +�
Kc

Resta eliminarmos o fluxo φ da expressão. E temos uma relação direta entre o fluxo φ e
a corrente de armadura � , lembram? Ela é dada por

τi
φ = c� φ = c√
Kc

Substituindo esta nova relação para o fluxo magnético na expressão de � e isolando ω :

τi τi τi τi
� = Kc√ ω +√ � +� Kc√ ω =� −√ � +�
Kc Kc Kc Kc

τi
� −√
Kc � + � �
ω = ω = √Kc − � +� )
τ Kc ( √τi
Kc√ i
Kc

Ou seja, podemos ver que a velocidade ω do motor CC série varia com o inverso do
quadrado do conjugado induzido τi !

Mas lembre-se: isto acontece desde que o fluxo φ do motor não esteja saturado (pois
admitimos a hipótese de que ele variava linearmente com o a corrente de armadura � )

Tal curva característica de terminal é a seguir apresentada.

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Figura 11 - Característica de terminal de um motor CC série.


FONTE: CHAPMAN (2013).

Tal relação é bem interessante, não é mesmo? Perceba o conjugado de partida como é
alto, e que ele ocorre numa velocidade extremamente baixa.

Agora... Olhe para a expressão que acabamos de definir. O que acontece se o conjugado
induzido tender a zero (ou seja, se o motor for ligado a vazio)?

A velocidade tende ao infinito! Claro que isto na realidade não acontece, devido ao
fato de que há perdas mecânicas envolvidas no processo, mas mesmo assim a velocidade
deste tipo de motor, se ligado a vazio, tende a ser elevadíssima.

Por este motivo, um motor CC série jamais deve partir a vazio, ou com conjugado

4.2.5.2 Controle de Velocidade

Para o motor CC série há somente um tipo de controle de velocidade que iremos


estudar. E ele é bem simples!

Ele consiste na variação da tensão de terminal � do motor. Retomemos a expressão


que definimos para a característica de terminal do motor CC série:


ω = √Kc − � +� )
Kc ( √τi

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Perceba que, ao aumentarmos a tensão de terminal � , aumentamos


automaticamente a velocidade ω do motor, seja qual for o conjugado induzido que o
motor esteja operando no momento!

Tal mudança no valor de � pode ser implementada através do uso de conversores CC-
CC, que estudamos lá na Eletrônica de Potência.

4.2.6 Motor CC Composto

Este tipo de motor CC possui uma parte do circuito de campo em derivação e outra
parte do mesmo circuito de campo em série. Ou seja, ele pode ser montado de duas
maneiras distintas:

• Em uma delas o circuito em derivação está diretamente em paralelo com a


alimentação do motor (denominado motor CC composto em derivação longa); e
• Na outra, o circuito em derivação está ligado diretamente em paralelo com o
circuito de campo (denominado motor CC composto em derivação curta).

A figura a seguir ilustra ambos os tipos:

Figura 12 - Motor CC composto com derivação longa. Figura 13 - Motor CC composto com derivação curta.
FONTE: CHAPMAN (2013). FONTE: CHAPMAN (2013).

A ligação destas duas partes do circuito de campo (em derivação e em série) pode ser
feita de duas maneiras diferentes:

1. Se o fluxo magnético da parte em derivação do circuito de campo for tal que


se some com o fluxo magnético da parte em série do circuito de campo, então
o motor CC é dito Composto Cumulativo (ou adicional);
2. Se o fluxo magnético da parte em derivação do circuito de campo for tal que
se subtraia com o fluxo magnético da parte em série do circuito de campo,
então o motor CC é dito Composto Diferencial;

Em suma, temos o seguinte:

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Cumulativo
Derivação
Curta
Diferencial
Motor CC
Composto
Cumulativo
Derivação
Longa
Diferencial

Voltando ao circuito equivalente... As relações das correntes deste motor CC composto é


tal que

� =� −�

Onde � é a corrente que entra pelos terminais do motor (vindo da alimentação externa
� ), � é a corrente que circula pelo enrolamento em derivação do circuito de campo e � é
a corrente que circula pelo circuito de armadura e pelo enrolamento em série do circuito
de campo.

Perceba que a corrente � é dada por

� �
� = ou � =
⏟ � ⏟ � +�
i açã ga i açã a

4.2.6.1 Característica de Terminal

As características de terminal para este tipo de motor CC são muito dependentes da


forma de conexão do circuito de campo. Sendo assim, vamos dividir esta análise da
característica de terminal em duas, ou seja:

1. Característica de terminal do motor CC composto cumulativo;


2. Característica de terminal do motor CC composto diferencial,

4.2.6.1.1 Motor CC Composto Cumulativo

Para este tipo de motor, há uma componente de fluxo magnético que é constante e
outra que é proporcional à sua corrente de armadura (e, consequentemente, proporcional
ao carregamento do motor).

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Isso quer dizer que o motor CC composto cumulativo possui um conjugado de partida
que é:

• mais elevado que o motor CC em derivação (cujo fluxo é 100% constante);


• mais baixo que o motor CC série (cujo fluxo é 100% dependente da carga).

Em outras palavras se pode dizer que o motor CC composto cumulativo é


um intermediário entre o motor CC em derivação e o motor CC série,
combinando as melhores características entre este dois.

Ou seja, apresenta ele apresenta:

conjugado de partida maior que o motor CC em derivação;

velocidade controlável quando fica sem carga.

Vejamos estas características em um gráfico da característica de terminal:

4.2.6.1.2 Motor CC Composto Diferencial

Para este tipo de motor CC, quando a carga do motor aumenta (� aumenta), sua
velocidade � diminui, obviamente. Ao acontecer isto, a tensão diminui (pois ∝ � ). Com
isto, a corrente aumenta.

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Ao aumentar , aumenta o conjugado induzido (pois � ∝ ), bem como aumenta o


fluxo magnético da parte do campo que está em série com a armadura.

Entretanto, esta componente do fluxo do circuito de campo entra subtraindo com a


componente do fluxo magnético do circuito de campo que está em derivação.

O resultado disto é um fluxo magnético resultante ainda menor. E reduzindo o fluxo


magnético resultante, reduz-se ainda mais ainda a tensão (pois ∝ � também).

E com isto, uma corrente de armadura ainda maior é gerada! E aumentando a corrente
de armadura, o conjugado induzido tende a aumentar cada vez mais, ao ponto de
ultrapassar o conjugado da carga e seguir aumentando cada vez mais, tal como você pode
observar no gráfico a seguir.

Figura 55 - Característica de terminal do motor CC composto diferencial.


FONTE: CHAPMAN (2013).

Como você já pode ver, o motor CC composto diferencial é insamente instável, e sua
velocidade tende a disparar. Tal característica o torna inadequado para qualquer utilização.
Além do mais, esse motor é impossível de dar a partida, pois as correntes de campo e de
armadura necessárias são elevadíssimas!

E ainda pode ocorrer algo ainda mais bizarro! Como o fluxo série se subtrai do fluxo em
derivação, pode ocorrer ainda a inversão do sentido do fluxo magnético! Em outras
palavras, o motor pode até começar a girar no sentido inverso ao esperado, e ainda por
cima vir a queimar os enrolamentos armadura !

Resumindo a seção: Não tem serventia esse motor!

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4.2.6.2 Controle de Velocidade

Como o motor CC composto diferencial não tem sentido em ser usado, sendo,
portanto, aplicável o controle de velocidade somente ao motor CC composto cumulativo. E
os métodos de controle são os mesmos vistos para o motor CC série e o motor CC em
derivação.

4.2.7 Motor CC com Ímãs Permanentes

Os motores CC de ímã permanente não possuem circuito de campo. Em vez disso,


um ímã permanente provê o campo magnético necessário para a formação da tensão de
armadura e conjugado induzido.

Ele apresenta algumas vantagens em relação aos motores CC em derivação, por


exemplo. Uma delas (talvez a principal) é o fato de que, pelo fato de não possuírem um circuito
de campo, eliminam esta fonte de perdas.

Outra vantagem é que, também por não possuírem circuito de campo, podem ser
muito menores se comparados com os outros tipos de motores CC.

Em geral, os motores CC de ímã permanente são também mais baratos, mais simples
e mais eficientes que os demais tipos de motores CC. Entretanto, são construídos para
atender potências reduzidas (até cerca de 10 HP, conforme CHAPMAN, 2013)

Em relação ao circuito de armadura, a montagem é basicamente a mesma que nos


demais motores CC.

Mas, há também desvantagens no uso deste tipo de motores CC. A principal delas é
em relação ao próprio fluxo magnético que os ímãs permanentes produzem.

Tais ímãs não conseguem reproduzir a mesma densidade de fluxo magnético


elevada que os eletroímãs das máquinas com circuito de campo produzem. Isso acarreta em
um conjugado induzido bem inferior se comparado com os demais tipos de motores CC.

Outra desvantagem é o risco de desmagnetização do ímã permanente, que pode


ocorrer em razão da própria reação de armadura (que é, relembrando, a geração de um fluxo
magnético oriundo da circulação de uma corrente de armadura pelos enrolamentos de armadura).

Uma corrente de armadura mais elevada pode vir a desmagnetizar o ímã


permanente, em razão de o fluxo magnético imposto pela reação de armadura ser
suficientemente mais forte que o fluxo magnético do ímã.

Em síntese, se pode dizer (com um certo grau de abstração) que o circuito equivalente
de um motor CC com ímã permanente é basicamente o mesmo que o motor CC em

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derivação, exceto pela fato de que não há uma conexão elétrica do circuito de campo , e que
o fluxo magnético se mantém constante sempre.

Assim, pelo fato de o fluxo magnético ser constante, os únicos métodos possíveis de
controle de velocidade de um motor CC com ímã permanente são através do controle da
tensão aplicada no circuito de armadura, ou então através da variação da resistência de
armadura.

4.2.8 Partida de Motores CC

Durante a partida de um motor CC, por conta de que sua velocidade inicial � é igual
a zero, sua tensão de armadura também é igual a zero. Sendo assim, sua corrente de
armadura é máxima neste momento, sendo, portanto, a corrente de partida muito alta!

E quando eu digo alta, é alta MESMO!

Pode ultrapassar 20 vezes o valor da corrente nominal!

Uma solução comum a tal problema de corrente de partida é incluir resistores em


série com o circuito de armadura em motores CC até que a tensão assuma um valor
suficiente para limitar a corrente de armadura. Uma vez atingido um valor de suficiente, o
resistor de partida é retirado do circuito.

4.2.9 Sistema Ward-Leonard de Controle de Velocidade

Como vimos, um motor CC pode ser, basicamente, ter sua velocidade controlada através
de 3 meios:

• Variação da resistência de campo;


• Variação da tensão da armadura; e
• Variação da resistência da armadura.

Sendo o mais eficaz o segundo método (variação da tensão da armadura). Hoje em


dia isso pode ser feito através de conversores CC-CC, ou então de conversores CA-CC.

Entretanto, antigamente a Eletrônica de Potência não era tão bem desenvolvida, e os


engenheiros da época mesmo assim conseguiram encontrar um meio de fazer tal variação.

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Ela era feita através do Sistema Ward-Leonard. Este sistema consiste em conectar um
motor CA a um gerador CC, que por sua vez supre a tensão CC em um motor CC, tal como
apresentado na figura a seguir.

Figura 56 - Sistema Ward-Leonard para controle da tensão CC na armadura de um motor CC.


FONTE: CHAPMAN (2013).

O motor CA funciona neste sistema como máquina primária, ou seja, ele fornece o giro
necessário para que o gerador CC funcione. E a tensão gerada pelo gerador CC (perdão pela
redundância...) pode ser controlada variando-se apenas a corrente de campo do circuito do
gerador.

Outra vantagem deste sistema é que se invertermos o sentido da corrente de campo do


gerador CC, invertemos também a polaridade da tensão gerada, o que influi também no
sentido de giro do motor CC.

Mas aí você pode pensar... Hoje em dia há métodos mais fáceis de se gerar a tensão na
armadura... Para que ver esse sistema? Bem, por 4 motivos:

1. Cai nas provas (acredito que este seja o principal nesta etapa de estudo );
2. Fator histórico: não é interessante ver como os engenheiros de antigamente eram
criativos?
3. Entender a correlação entre as máquinas;
4. Possibilidade de regeneração de energia.

A possibilidade de regeneração talvez seja uma das características mais interessantes


deste sistema. Ele pode devolver a energia mecânica da máquina à rede de alimentação.

Tal regeneração pode ser pensada da seguinte maneira, tal como descrito em CHAPMAN
(2013). Pense em um determinado trabalho exige o içamento de uma carga pesadíssima (um
elevador, por exemplo)

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Ao se utilizar o sistema Ward-Leonard, quando a carga é abaixada, se pode devolver


energia ao sistema elétrico, pois o motor CC do sistema irá agora funcionar como um
gerador CC, sendo possível assim a recuperação de parte da energia gasta no içamento da
carga.

Bom, vimos as vantagens. Mas, como tudo em engenharia, há o lado negativo. E o


primeiro deles (e certamente o principal) é o mais óbvio... O uso deste sistema exige o
emprego de 3 máquinas!

E atrelado a isto vem o fator custo: é muito caro este sistema! Soluções muito mais
baratas do problema de controle de velocidade de motores CC são atingidas através do uso
de tiristores.

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4.3 GERADORES CC

Os geradores CC são as mesmas máquinas CC que já vimos até aqui. Não há diferença
real entre a construção de um gerador e um motor. O que diferencia um gerador de um motor
é o sentido do fluxo de potência.

Da mesma maneira que as montagens dos motores CC, há 5 montagens possíveis de


geradores CC:

• Gerador CC com Excitação independente;


• Gerador CC em Derivação;
• Gerador CC Série;
• Gerador CC Composto Cumulativo;
• Gerador CC Composto Diferencial.

Uma diferença óbvia na análise reside na característica de terminal desta máquina.


Enquanto no motor CC vimos a característica terminal ser a relação entre velocidade e
conjugado induzido, no gerador CC a característica terminal será a relação entre tensão e
corrente.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAPMAN, S. Fundamentos de Máquinas Elétricas: 5ª Edição. Porto Alegre: Editora
Bookman, 2013.

UMANS, S. Máquinas Elétricas de Fitzgerald e Kingsley: 7ª Edição. Porto Alegre: Editora


Bookman, 2014.

KOSOW, I. Máquinas Elétricas e Transformadores - Volume 1: 4ª Edição. Porto Alegre:


Editora Globo, 1982.

MARTIGNONI, A. Máquinas Elétricas de Corrente Contínua. 4ª Edição. São Paulo: Editora


Globo, 1987.

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5 QUESTÕES COMENTADAS

1. 2020 / INÉDITA / Estratégia Concursos


Conjugado é a força que faz girar o rotor da máquina. Ele depende do valor da força aplicada
e da distância entre o eixo de rotação e a reta de ação da força. Sua unidade no SI é o N.m.
Certo / Errado.

Comentários:
Gabarito: CERTO.
Definição simples e eficaz de conjugado.

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25. 2015 / CESGRANRIO / LIQUIGÁS


Uma turbina está acoplada ao eixo do rotor de um gerador síncrono. Para que a velocidade de
rotação do eixo da turbina seja de 300 rpm sob frequência de tensão de 60Hz, o número de
polos do gerador deve ser:
A) 12.
B) 16.
C) 18.
D) 20.
E) 24.

Comentários:
Gabarito: Alternativa E.
Vamos aos dados da questão:
�e�ado� ��nc�ono = �pm = �z
Portanto, o número de polos deste gerador síncrono deve ser
×
= �= = = polo�

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29. 2018 / CESPE / FUB


Julgue item que se segue, relativos a máquinas elétricas.
Considerando a frequência de alimentação de 60 Hz, a velocidade de campo
girante de uma máquina síncrona de 2 polos é de 1.800 rpm
Certo / Errado.

Comentários:
Gabarito: Errado.
De acordo com a expressão

=

Onde (dada em rpm) é a velocidade síncrona do motor (também conhecida como velocidade
de campo girante), (dada em Hz) é a frequência da alimentação elétrica da máquina e � é o
número de polos da máquina.
Portanto,
×
= = . �pm

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46. 2019 / CESGRANRIO / UNIRIO


Um motor de indução trifásico bobinado, com rotor ligado em estrela, possui escorregamento
de 4% em suas condições nominais. Sua resistência do rotor por fase é 0,2 Ω.
Mantendo-se a tensão terminal e o torque de saída do motor constantes, o valor da resistência,
em Ω, que deverá ser adicionada ao circuito do rotor, de modo que o escorregamento seja de
10%, é
A) 0,1
B) 0,3
C) 0,5
D) 0,8
E) 0,9

Comentários
Gabarito: Alternativa B.
O motor de indução é trifásico com rotor bobinado ligado em estrela. Conta com
escorregamento de 4% e resistência do rotor por fase igual a 0,2 ohm.
Para a condição nominal, o valor do conjugado de saída é dado por

� = � = � =
� � − �

Considerando os valores dados, teremos


× ,
� = � =
� × , �

A resistência de rotor a ser adicionada para que o escorregamento aumente para 10% deverá
ser de
+ ,
=
� � × ,
Simplificando os termos:
, = + , = , Ω

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47. 2019 / CESGRANRIO / UNIRIO


Uma linha de produção é composta por quatro motores de indução monofásicos, operando
em condições nominais. Cada motor tem potência nominal de 2 cv e fator de potência nominal
de 0,8. A potência medida na saída do ramal que alimenta os motores é 10 kVA.
Adotando-se 1 cv igual a 750 W, o valor do rendimento, em %, da linha de produção é
A) 68
B) 70
C) 75
D) 80
E) 84

Comentários
Gabarito: Alternativa C.
A linha de produção possui 4 motores de indução monofásicos. Cada um com 2 cv. A potência
mecânica total é de
= × × = k�

Se a potência medida na entrada do circuito é de 10 kVA e o fator de potência de todos os


motores é o mesmo (igual a 0,8), então a potência elétrica útil na entrada é de
= × , = k�

Assim, o rendimento é de

= × %= × %= %

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48. 2019 / CESGRANRIO / UNIRIO


Um motor elétrico trifásico, com 20 HP de potência máxima no eixo do motor, possui seus
enrolamentos disponíveis para as ligações Delta ou Estrela.
Considere que esse motor possui rendimento de 80%, fator de potência indutivo de 0,64 nas
duas configurações e está conectado a um sistema elétrico com níveis de tensão 220/127 volts.
Os valores, em ampères, das correntes elétricas nas linhas desse motor, nas configurações
Delta e Estrela, respectivamente, são:
Dado 1 HP = 746 W
A) 44,3 x 30,5 e 44,3
B) 76,5 e 76,5 x 3-0,5
C) 76,5 e 76,5 x 30,5
D) 56,3 x 30,5 e 56,3
E) 56,3 x 3-0,5 e 56,3

Comentários
Gabarito: Alternativa B.
O motor elétrico é trifásico e possui 20 HP de potência mecânica (ou seja, 14,92 kW). Ele possui
rendimento de 80%, fator de potência de 0,64 indutivo (tanto em estrela quanto em triângulo)
e está conectado a um sistema 220/127 V.
A corrente na configuração em triângulo será igual a
, ×
Δ = Δ
= ≅ , A
√ × × co� × √ × × , × ,
A corrente na configuração em estrela será
Δ ,
� = ≅ A
√ √

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52. 2020 / IBFC / EBSERH


Dentre as máquinas elétricas, a de indução é uma das mais utilizadas no meio industrial. Sendo
assim, aponte a alternativa que não é característica desse tipo de equipamento.
A) O torque de partida desse tipo de equipamento é nulo
B) São motores apropriados para o uso em grande escala, pois possuem fácil operação
C) Podem se conectar diretamente a fontes de energia CA
D) Se comparado a um motor de corrente contínua de mesma potência, o custo de
manutenção é relativamente menor
E) Possui robustez

Comentários
Gabarito: Alternativa A.
A alternativa A é a resposta que procuramos, visto que o conjugado de partida dos motores de
indução é inclusive maior que o conjugado nominal.
As demais alternativas trazem características de motores de indução.

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62. 2019 / VUNESP / Prefeitura de Itapevi - SP


O processo industrial da indústria XPQL conta com uma esteira transportadora que utiliza dez
motores monofásicos de indução de 10 [HP] cada. São dados:
• 1 [HP] = 750 [W]
• Tensão de alimentação de cada motor: 375 [V]
• Corrente de alimentação de cada motor: 25 [A]
• Fator de potência do motor: 0,9
Pretende-se substituir esses motores por outros que possuem maior eficiência energética e
cujos dados são:
• Tensão de alimentação de cada novo motor: 375 [V]
• Corrente de alimentação de cada novo motor: 24 [A]
• Potência de cada novo motor: 10 [HP]
• Fator de potência do motor: 0,85
Assinale a alternativa que apresenta, correta e respectivamente, os valores de rendimento, em
[%], da solução atual e da solução com os novos motores.
A) 95,2 e 97,2.
B) 96,2 e 86,0.
C) 86,0 e 96,2.
D) 98,0 e 88,9.
E) 88,9 e 98,0.

Comentários
Gabarito: Alternativa E.
A solução atual possui uma potência mecânica (em kW) total de
P .
º
P
= ⏞ ×⏞× = k�
E uma potência elétrica total de
ã P

º a a a a a a

= ⏞ × ⏞ × ⏞ × ⏞
, = = , k�

O rendimento desta solução é de

= × %= × % ≅ , %
,

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65. 2019 / FCC / Prefeitura de São José do Rio Preto - SP


Um gerador síncrono monofásico pode ser modelado por uma fonte de
tensão alternada (tensão interna) de frequência constante, em série com
uma impedância equivalente (reatância síncrona). A intensidade da tensão
interna deve ser ajustada em função da natureza e da impedância da carga
conectada aos terminais do gerador.
Esse gerador alimenta uma carga de impedância constante, que consome 1200 W quando a
tensão de terminal do gerador é de 120 V.
Nessas condições, sabendo que a reatância síncrona é de 5 ohms, o módulo da corrente
terminal e a intensidade da tensão interna são, respectivamente, de
A) 20 A − 100 V.
B) 20 A − 150 V.
C) 10 A − 130 V.
D) 5 A − 120 V.
E) 10 A − 170 V.

Comentários
Gabarito: Alternativa C.
O gerador é síncrono e monofásico. Alimenta uma carga que consome 1,2 kW quando a tensão
de terminal do gerador é de 120 V. A reatância síncrona do gerador é de 5 ohms.
A questão nos diz que a impedância é constante. Se pode entender que constante quer dizer
que ela independe de condições. Como a única carga que independe de condições é a resistiva,
podemos dizer que a carga possui fator de potência unitário.
Assim, a corrente que circula pelo enrolamento de armadura é dada por


= � = = = A

A tensão interna será encontrada através de

� = − = � + = + × = + �

O módulo desta tensão é

| |=√ + = �

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69. 2009 / CESPE / UNIPAMPA


Um gerador síncrono é um tipo de máquina que, quando conectada à rede
elétrica, funciona em sincronismo com outros geradores dessa rede. Sob o
ponto de vista construtivo, o gerador tem de ser projetado de modo a
atender outros requisitos nominais, como potência, tensão terminal, rotação
mecânica etc. Com relação a esse assunto, julgue o item a seguir.
Em uma máquina síncrona trifásica, o conjugado eletromagnético desenvolvido depende
apenas da corrente de carga do gerador.

Comentários
Gabarito: Afirmativa Errada.
O conjugado eletromagnético (ou seja, o conjugado induzido) em uma máquina síncrona
depende de outros fatores, conforme pode ser visto pela equação do conjugado:

� = �en

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70. 2009 / CESPE / UNIPAMPA


Um gerador síncrono é um tipo de máquina que, quando conectada à rede
elétrica, funciona em sincronismo com outros geradores dessa rede.
Sob o ponto de vista construtivo, o gerador tem de ser projetado de modo a
atender outros requisitos nominais, como potência, tensão terminal, rotação
mecânica etc. Com relação a esse assunto, julgue o item a seguir.
A rotação mecânica da turbina que aciona um gerador, em Hz, não é necessariamente igual à
frequência elétrica do sinal de tensão que é gerado pelo próprio gerador.

Comentários
Gabarito: Afirmativa Correta.
A rotação mecânica da turbina é a mesma rotação do rotor do gerador síncrono. Entretanto
não é necessariamente a mesma frequência da tensão elétrica gerada nos terminais do
estator. Vejamos os dois exemplos a seguir.
Digamos que a máquina seja de 2 polos. Então o rotor terá uma velocidade de 3600 rpm, ou
seja, 60 ciclos por segundo (leia-se 60 Hz). Neste caso, a frequência da tensão gerada será
também de 60 Hz.
Digamos agora que a máquina seja de 4 polos. Então o rotor terá agora uma velocidade de
1800 rpm, ou seja, 30 ciclos por segundo (leia-se 30 Hz). Entretanto, a frequência da tensão
gerada será ainda de 60 Hz.

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71. 2009 / CESPE / UNIPAMPA


Um gerador síncrono é um tipo de máquina que, quando conectada à rede
elétrica, funciona em sincronismo com outros geradores dessa rede.
Sob o ponto de vista construtivo, o gerador tem de ser projetado de modo a
atender outros requisitos nominais, como potência, tensão terminal, rotação
mecânica etc. Com relação a esse assunto, julgue o item a seguir.
Em um gerador síncrono de pólos salientes, o entreferro tem uma mesma espessura, ao
contrário do que ocorre nas máquinas de pólos lisos. Essa característica permite que o gerador
de pólos salientes possa ser acionado a velocidades bem inferiores em relação àquelas
normalmente desenvolvidas pelas máquinas de pólos lisos, sob as mesmas condições de
operação nominais de potência e de tensão.

Comentários
Gabarito: Afirmativa Errada.
O entreferro possui a mesma espessura somente nas máquinas de polos lisos.

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72. 2009 / CESPE / UNIPAMPA


Um gerador síncrono é um tipo de máquina que, quando conectada à rede
elétrica, funciona em sincronismo com outros geradores dessa rede. S
Sob o ponto de vista construtivo, o gerador tem de ser projetado de modo a
atender outros requisitos nominais, como potência, tensão terminal, rotação
mecânica etc. Com relação a esse assunto, julgue o item a seguir.
Como uma máquina síncrona fornece potência elétrica a uma carga em tensão de corrente
alternada (CA), a alimentação necessária para gerar a corrente de campo no circuito do rotor
da máquina também tem de ser em CA.

Comentários
Gabarito: Afirmativa Errada.
A corrente que excita o circuito de campo de uma máquina síncrona é contínua, e não
alternada.

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73. 2009 / CESPE / UNIPAMPA


Um gerador síncrono é um tipo de máquina que, quando conectada à rede
elétrica, funciona em sincronismo com outros geradores dessa rede.
Sob o ponto de vista construtivo, o gerador tem de ser projetado de modo a
atender outros requisitos nominais, como potência, tensão terminal, rotação
mecânica etc. Com relação a esse assunto, julgue o item a seguir.
A tensão induzida em um gerador síncrono trifásico ocorre no estator, que, no caso de
máquinas síncronas, é sempre a peça girante.

Comentários
Gabarito: Afirmativa Errada.
Em um gerador síncrono a tensão é induzida no estator, entretanto o estator é a peça que fica
estática.

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81. 2018 / FCC / EMAE-SP


Um gerador síncrono trifásico, simétrico, de polos lisos, ligação estrela,
possui reatância síncrona de xs = 0,8 [p.u.]. Esse gerador é ligado à rede
elétrica do sistema interligado nacional, perfazendo uma configuração de
máquina contra barramento infinito. Admitindo que a tensão em uma fase
no barramento infinito é de 1,0∠ 0°[p.u.] e que a corrente que flui do terminal
do gerador nessa fase para a barra infinita é de 0,4 + j.0,3 [p.u.], a tensão
interna nessa fase do gerador, em [p.u.], é de
A) 0,76 + j.0,32.
B) 0,4 + j.0,3.
C) j.1,0.
D) 0,32 + j.0,24.
E) 1,0.

Comentários
Gabarito: Alternativa A.
O gerador é síncrono, trifásico, ligação Y, reatância síncrona de 0,8 pu. A tensão em uma fase
deste gerador ( � ) é de 1,0 pu e a corrente nesta mesma fase ( ) é de 0,4 + j0,3 pu.
A tensão interna na fase do gerador será de
� = − = � + = , + , + , ,
= , + , + , , = , + , + ,
= , + , − , = , + , pu

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82. 2017 / FCC / ARTESP


Os motores síncronos
A) de baixa velocidade (abaixo de 500 rpm) têm um torque de partida típico
da ordem de 120%.
B) têm uma corrente típica de partida baixa (70% em relação à corrente de
regime).
C) têm um rendimento típico alto (acima de 90%).
D) de alta velocidade (acima de 500 rpm) têm um baixo torque de partida típico (até 50%).
E) têm tipicamente um grande escorregamento.

Comentários
Gabarito: Alternativa C.
Analisemos as alternativas.
Alternativa A: Errada. Motores síncronos possuem baixo conjugado de partida, independente
do número de polos.
Alternativa B: Errada. A corrente de partida em motores sempre é elevada.
Alternativa C: Correta.
Alternativa D: Errada. Não se pode dizer que 500 rpm seja considerado alta velocidade.
Alternativa E: Errada. Motores síncronos funcionam sem escorregamento.

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83. 2019 / FGV / Prefeitura de Salvador - BA


Um motor síncrono, 760√3 V, ligação Y, 60 Hz, reatância síncrona j1 Ω,
resistência de armadura desprezível, aciona uma carga que demanda uma
potência de 15 HP.
Sabe-se que a corrente de linha é 5 A e o fator de potência nessa condição
de funcionamento é unitário.
Diante do exposto, as perdas do motor, em kW, são de
A) 11,19.
B) 11,40.
C) 0,63.
D) 0,21.
E) 0,07.

Comentários
Gabarito: Alternativa D.
O motor é trifásico, 60 Hz, ligação em Y, com tensão de alimentação 760√3 V, reatância síncrona
de j1 Ω e resistência de armadura desprezível. A carga acoplada em seu eixo é de 15 HP. A
corrente de linha é de 5 A e o fator de potência é unitário.
Vamos encontrar a potência elétrica útil que alimenta o motor (que é igual à aparente neste
caso, pois o fator de potência é unitário).
=√ =√ ×( √ × = , k�

A potência mecânica do motor é de 15 HP, que em kW (considerando 1 HP = 0,746 kW)


representa 11,19 kW, aproximadamente.
As perdas são, portanto, iguais à diferença entre a potência elétrica de entrada e a potência
mecânica de saída, ou seja,
= − = , k�

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86. 2018 / CESPE / FUB


Julgue item que se segue, relativos a máquinas elétricas.
Considerando a frequência de alimentação de 60 Hz, a velocidade de campo
girante de uma máquina síncrona de 2 polos é de 1.800 rpm
Certo / Errado

Comentários
Gabarito: Afirmativa Errada.
Considerando = �z, e 2 polos, a velocidade de campo girante (ou velocidade síncrona)
desta máquina é de
×
= = = �pm

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88. 2018 / CESGRANRIO / LIQUIGÁS


Um motor elétrico de 12 HP de potência mecânica possui rendimento e fator de potência iguais
a 0,8 e 0,6, respectivamente.
Sabendo-se que 1 HP é igual a 746 W, a potência aparente desse motor, em VA, é igual a
A) 4.296
B) 6.714
C) 8.952
D) 11.936
E) 18.650

Comentários
Gabarito: Alternativa E.
Se 1 HP = 746 W, então o motor de 12 HP possui uma potência mecânica de
= × = , k�

Tal motor possui rendimento de 0,8, ou seja, sua potência elétrica útil é de
= / = , / , = , k�

Como o fator de potência deste motor é de 0,6, sua potência aparente será de
= / , = , / , = , k�A

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89. 2019 / CESGRANRIO / UNIRIO


Um aparato experimental, usado para medir a intensidade de campo magnético, é ilustrado
na Figura abaixo.

Nesse aparato, há dois trilhos condutores paralelos na horizontal, por onde uma barra
condutora vertical de 30 cm de comprimento pode deslizar, com força de atrito desprezível,
mantendo sempre o contato elétrico com eles.
Essa barra vertical está conectada a uma mola ideal que apresenta uma constante elástica kM =
20 N/m.
Nesse esquema, quando a chave S do circuito é fechada, observa-se que a barra vertical se
desloca por uma distância Δx = 1,5 cm, em relação à posição inicial em que a mola estava
relaxada.
Considerando-se que o aparato está imerso em um campo magnético ⃗B uniforme, qual será,
em Tesla, a intensidade desse campo?
A) 0,3
B) 0,4
C) 0,5
D) 0,6
E) 1,0

Comentários
Gabarito: Alternativa C.
Quando a chave S é fechada, circulará uma corrente elétrica i constante e igual a

i= = A

Neste momento, a barra se move 1,5 cm para a direita. Entretanto, há uma mola segurando a
barra. A constante desta mola é igual a 20 N/m. Montando a equação deste sistema, podemos
dizer que
� a = kx puxando pa�a a e�que�da

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� ag = ilB puxando pa�a a di�eita


A força � ag puxa a mola para a direta, que responde com uma força � a para a esquerda.
Em equilíbrio, este sistema será
� a =� ag

Como o deslocamento da mola foi de 1,5 cm, então


− −
kx = ilB × , × = × × ×B
Isolando B:

× , ×
B= −
B= , �
× ×

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92. 2017 / NC-UFPR / COPEL


Sobre o funcionamento das máquinas elétricas, considere as seguintes afirmativas:
1. Motores de indução operam sempre abaixo da velocidade síncrona.
2. Nos motores síncronos, a velocidade de rotação é diretamente proporcional ao
número de polos em seu rotor.
3. Em máquinas CC, o enrolamento de armadura encontra-se no rotor.
4. Nas máquinas CA, a frequência elétrica é igual à frequência de giro do rotor.
Assinale a alternativa correta.
A) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
B) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
C) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
D) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
E) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

Comentários
Gabarito: Alternativa B.
Vejamos as afirmativas.
Afirmativa 1: Correta. Motores assíncronos (ou de indução) não possuem um campo
magnético gerado no rotor previamente formado, tal como ocorre nos motores síncronos. Nos
motores assíncronos, o campo magnético gerado pelo estator induz uma tensão no
enrolamento de campo (situado no rotor). Pelo fato de o rotor estar curto-circuitado, surge
uma corrente, e esta forma um campo magnético, que irá, por sua vez, "perseguir" o campo
magnético do estator, sempre numa velocidade menor.
Afirmativa 2: Errada. A velocidade síncrona é inversamente proporcional ao número de polos,
tal como demonstra a equação
f
n =
p
Afirmativa 3: Correta. Nas máquinas CC, os enrolamentos de armadura e de campo ficando
posicionados ao contrário das máquinas CA, ou seja, nas máquinas CC o enrolamento de
armadura fica no rotor e o enrolamento de campo fica no estator.
Afirmativa 4: Errada. Tal afirmativa só é verdadeira se a máquina CA for do tipo síncrona e o
número de polos for igual a 2. Para todas as outras possibilidades de máquinas CA, a
frequência elétrica é diferente da frequência de giro do rotor.

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93. 2017 / IBFC / POLÍCIA CIENTÍFICA-PR


Assinale a alternativa incorreta sobre motores de indução.
A) A maioria dos métodos de partida de motores de indução monofásico emprega a estratégia
de criar campos magnéticos bifásicos, através de enrolamentos auxiliares conectados em
paralelo com o enrolamento principal
B) Diferentemente dos motores de corrente contínua, os motores de indução não têm um
enrolamento específico de campo.
C) Por depender da indução por tensão no enrolamento do motor, o motor de indução
necessariamente precisa funcionar na velocidade síncrona
D) Fase auxiliar em série com capacitor de partida e fase dividida combinada a capacitores de
partida e de regime são tipos de métodos de partida de motores de indução monofásicos
E) Motores de indução polifásicos desenvolvem torque de partida, pois estabelecem ondas
girantes de força motriz e, consequentemente, geram campos girantes

Comentários
Gabarito: Alternativa C.
A questão pede a alternativa incorreta. A alternativa incorreta é a letra C, pois os motores
de indução não funcionam na velocidade síncrona.

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94. 2019 / FUNDEP (Gestão de Concursos)


Em relação às máquinas elétricas, assinale a alternativa incorreta.
A) Em uma máquina CC, o enrolamento de armadura encontra-se no rotor.
B) Em máquinas CA síncronas, o enrolamento de armadura encontra-se no estator.
C) Em máquinas síncronas e CC, pode ser encontrado um segundo enrolamento, chamado de
enrolamento de campo, responsável pela condução de corrente alternada.
D) Em algumas máquinas, tais como máquinas de relutância variável e motores de passo, o
rotor não tem enrolamentos.

Comentários
Gabarito: Alternativa C.
Analisemos as alternativas. A questão pede a alternativa incorreta.
Alternativa A: Correta.
Alternativa B: Correta.
Alternativa C: Errada. Nas máquinas síncronas o enrolamento de campo conduz corrente
contínua.
Alternativa D: Correta.

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95. 2020 / FUNDEP (Gestão de Concursos) / DMAE - MG


Máquinas elétricas são dispositivos que realizam a conversão entre energia elétrica e mecânica
ou vice-versa. Sobre esses dispositivos, assinale a alternativa incorreta.
A) Normalmente o enrolamento de armadura de uma máquina rotativa conduz corrente
alternada.
B) Em uma máquina de corrente alternada, por exemplo a máquina de indução, o enrolamento
de armadura se encontra no rotor.
C) Em máquinas de corrente contínua, o enrolamento de armadura se encontra na parte
rotativa.
D) A maioria das máquinas de corrente contínua apresenta um conjunto de enrolamento que
conduz corrente contínua e é chamado de enrolamento de campo.

Comentários
Gabarito: Alternativa B.
Analisemos as alternativas. A questão pede a alternativa incorreta.
Alternativa A: Correta.
Alternativa B: Errada. Nas máquinas CA o enrolamento de armadura fica no estator.
Alternativa C: Correta.
Alternativa D: Correta.

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96. 2018 / AOCP / UEFS


Um gerador shunt de corrente contínua de 250 V e 150 kW possui uma
resistência de campo de 50 Ω e uma resistência de armadura de 0,05 Ω.
Assinale a alternativa que apresenta os valores corretos da corrente em
plena carga IL, da corrente de campo If, da corrente de armadura IA e a
equação da tensão gerada na situação de plena carga desse gerador.
A) IL = 600 A, If = 5 A, IA = 605 A, Eg = 300 + 605x50 V.
B) IL = 600 A, If = 5 A, IA = 605 A, Eg = 250 + 605x0,05 V.
C) IL = 0,6 A, If = 5 A, IA = 5,6 A, Eg = 250 + 5,6x0,05 V.
D) IL = 800 A, If = 5 A, IA = 805 A, Eg = 250 + 805x50 V.
E) IL = 800 A, If = 3 A, IA = 605 A, Eg = 250 + 605x50 V.

Comentários
Gabarito: Alternativa B.
Vejamos o circuito equivalente do gerador CC shunt (ou seja, gerador CC em derivação).

A corrente � sobre a carga � é dada por



� =

Sabendo que a potência plena é de 150 kW, então a corrente será

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×
� = = A

A corrente de campo � é

� = = = A

A corrente de armadura � é igual à soma das correntes � e � :
� =� +� = A

A tensão � gerada na armadura será igual a


� =� +� � � = + × , �

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105. 2019 / CESPE / SLU-DF


Considerando os gráficos I e II, que apresentam curvas de torque conforme
a rotação em máquinas de corrente contínua, julgue o item subsequente.

Na máquina a que se refere o gráfico II, o enrolamento de campo fica em paralelo com o
enrolamento de armadura.

Comentários
Gabarito: Afirmativa Errada.
O gráfico II mostra que à medida que a velocidade do motor aumenta, o conjugado diminui.
Isto é característico dos motores CC série. E neste tipo de motor, o enrolamento de campo
fica em série com a armadura.

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106. 2019 / CESPE / SLU-DF


Considerando os gráficos I e II, que apresentam curvas de torque conforme
a rotação em máquinas de corrente contínua, julgue o item subsequente.

A máquina a que se refere o gráfico II é aplicável em guindastes.

Comentários
Gabarito: Afirmativa Correta.
Por apresentar elevado conjugado na partida, a máquina descrita pelo gráfico II é aplicável a
um guindaste, que necessita de muito conjugado logo na partida do motor.

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107. 2019 / CESPE / SLU-DF


Considerando os gráficos I e II precedentes, que apresentam curvas de
torque conforme a rotação em máquinas de corrente contínua, julgue o item
subsequente.

A alteração observada no gráfico I corresponde à mudança do controle do campo para o


controle da armadura.

Comentários
Gabarito: Afirmativa Errada.
No gráfico I, a primeira parte, com conjugado constante e aumento de rotação, corresponde
ao controle da tensão de armadura.
A transição indica que o controle passou a ser feito seguindo-se da queda do conjugado com
o aumento da rotação no controle do campo.

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108. 2019 / CESPE / SLU-DF


Considerando os gráficos I e II precedentes, que apresentam curvas de
torque conforme a rotação em máquinas de corrente contínua, julgue o item
subsequente.

O gráfico I refere-se a uma máquina de corrente contínua com esquema de ligação excitação
composta.

Comentários
Gabarito: Afirmativa Errada.
A figura corresponde ao gráfico de uma máquina de corrente contínua com excitação
independente.

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116. 2018 / CESGRANRIO / Transpetro


Motores CC idênticos, com enrolamento de campo em derivação, são utilizados para o
acionamento das rodas de um determinado veículo elétrico. Cada motor é alimentado por um
banco de baterias ideais, cuja tensão nominal é de 400 V. Para uma determinada velocidade
do veículo, todos os motores apresentam a resistência de campo de 80 ohms, a resistência de
armadura de 0,2 ohms e a força contra eletromotriz de 380 V.
Desconsiderando-se a queda de tensão nas escovas dos motores, o valor, em quilowatts, da
potência mecânica desenvolvida pela armadura de cada motor é
A) 38,0
B) 39,9
C) 40,0
D) 42,0
E) 45,8

Comentários
Gabarito: Alternativa A.
A corrente na armadura � é dada por
� −� −
� = � = = A
� ,
Como a tensão transferida para as rodas é dada pela multiplicação da tensão gerada na
armadura pela corrente que circula pela armadura, então
� =� � � = × = k�

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117. 2018 / CESGRANRIO / Transpetro


Um motor de corrente contínua shunt, alimentado por uma fonte de tensão constante e
operando em suas condições nominais, subitamente perde seu circuito de campo.
Essa falha durante a operação provocará a(o)
A) diminuição da velocidade do motor, devido ao aumento da tensão induzida.
B) inversão do fluxo de potência do motor, fazendo-o funcionar como gerador.
C) aumento da corrente de carga e, consequentemente, o aumento de sua velocidade.
D) aumento da tensão induzida no motor, aumentando sua velocidade.
E) travamento do rotor do motor, uma vez que o torque induzido cai a zero.

Comentários
Gabarito: Alternativa C.
No momento em que perde o circuito de campo, o fluxo magnético no campo tende a zero
(pois a corrente que passa pela bobina também tende a zero). A relação entre fluxo de campo e
velocidade do motor é a seguinte:

φ=

Uma vez que o fluxo vai a zero, é necessário que a velocidade do motor aumente. A relação
entre fluxo de campo e corrente é a seguinte:
τi
φ=
k�
Uma vez que o fluxo vai a zero, é necessário que a corrente de armadura também aumente.

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