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Mariana Moronari
(Somente em PDF)
PETROBRAS (Técnico - Ênfase 4 -
Manutenção Elétrica) Conhecimentos
Específicos - 2023 (Pós-Edital)
Autor:
Mara Queiroga Camisassa de
Assis, Mariana Moronari, Thais
Martins
27 de Março de 2023
Esta possibilidade de troca entre energia mecânica e energia elétrica foi apresentada
por Michael Faraday, em 1831.
Tal descoberta permitiu avanços tecnológicos não somente como a criação de motores
e geradores, mas também microfones, alto-falantes, transformadores, galvanômetros,
dentre outros.
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(Engenharia
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4 - Manutenção
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Elétrica)Específicos
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Mas antes de prosseguirmos para o estudo específico das máquinas, vamos fazer um
breve apanhado de conceitos que serão muito recorrentes em nosso estudo.
Ao longo de toda esta aula, toda vez que uma variável aparecer em negrito,
significa que ela está representando um vetor, ou seja, a variável possui um
módulo (ou intensidade), uma direção e um sentido.
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A velocidade angular é denotada por � e é dada em rad/s, ou seja, ela conta a variação
da posição angular com relação ao tempo, ou seja,
�=
Por convenção, assume-se que a velocidade angular seja positiva no sentido anti-
horário.
�
= =
A aceleração angular é denotada por � e é dada em rad/s², ou seja, ela conta a variação
da velocidade angular em relação ao tempo, ou seja,
�
�=
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O conjugado, em uma definição simples, é a "força necessária para fazer girar alguma
coisa". Ele é dado pelo produto da força aplicada ao objeto pela distância perpendicular
desde o eixo de rotação do objeto até o ponto de aplicação da força. Matematicamente isto é
assim descrito
�= × |�| = | || | �in θ
Onde θ denota o ângulo entre o vetor (que "sai" do eixo de rotação e vai até o ponto de
aplicação da força e possui módulo igual ao raio do objeto) e o vetor de aplicação da força sobre
o objeto. A Figura a seguir demonstra graficamente a equação acima.
O conjugado guarda ainda uma correlação com a 1ª Lei de Newton. Enquanto a 1ª Lei
de Newton vale para movimentos lineares, sendo dada por
�= �
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Se o trabalho (dado em � - joule), feito por uma força aplicada a um objeto que se
move ao longo de uma distância linear é dado por
=�
A unidade da potência é o watt. Para movimentos lineares, se pode dizer que a potência
aplicada por uma força constante é de
= = = = �
= = � =� = ��
E muitas vezes a banca não diz a você qual a correlação entre 1 W e 1 cv, ou
então entre 1 W e 1 HP . Anota aí então:
cv ≅ , � �� ≅ , �
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Vejamos agora alguns aspectos de campo magnético igualmente úteis no nosso estudo.
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• Ação de Transformador;
• Força Induzida em um Condutor;
• Ação de Motor;
• Ação de Gerador;
Veremos cada uma destas ações separadamente. Mas antes vejamos como se produz
um campo magnético através de uma corrente elétrica.
∮� ∙ = �
Muito complicado? Calma, não se desespere. Vamos destrinchar isso... Pensemos numa
bobina de fio com � voltas, enrolada em um núcleo de material ferromagnético e
percorrida por uma corrente elétrica . A Figura 7 a seguir descreve tal situação.
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Pelo fato de o material do núcleo ser ferromagnético, se pode dizer que praticamente
todo o campo magnético gerado pela circulação da corrente elétrica estará encerrado no
núcleo. Isto é importante, pois desta maneira, a integral da Lei de Ampère se simplifica
muito, tornando-se igual ao caminho médio dentro do núcleo representado na Figura 7,
multiplicado pela intensidade do campo magnético .
Com estas considerações feitas, a Lei de Ampére pode ser reescrita como
=�
�
=
Esta permeabilidade magnética (denotada por , que possui como unidade o henry
por metro, é estabelecida de forma proporcional à permeabilidade do vácuo, dada por =
−
× �/m, ou seja,
�= �
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�
= =
Uma vez que o campo magnético estabelecido dentro do núcleo é representado por
um vetor, ele possui, além de módulo, uma direção e um sentido, o que indica que este
campo magnético não é uma grandeza estática.
A direção e o sentido podem ser vistos pelo que chamo de "regra da mão direita curva",
demonstrada na Figura 8.
Nesta regra, o seu polegar indica o sentido e a direção da corrente, ao passo que os
outros dedos curvados indicam o sentido e a direção do campo magnético. Ou seja, o
campo magnético "circula" em torno do condutor.
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Este "campo magnético atravessando uma seção de área do núcleo" é chamado de fluxo
magnético � (dado em Wb - weber) dentro do núcleo, dado por
�=
E, com a relação que acabamos de fazer para a densidade de fluxo magnético, o fluxo
magnético pode ser ainda escrito como
�
�=
Agora que já sabemos como se forma um campo magnético, vejamos quais são os
efeitos dele derivados.
Faraday descobriu que era possível se gerar tensão elétrica através do movimento
relativo entre um campo magnético e um fio condutor. Ele chamou esta tensão de "tensão
induzida", uma vez que não havia "contato físico"1 efetivo entre eles. De acordo com Irwing
Kosow (KOSOW, 1982), o enunciado da Lei de Faraday é mais ou menos o seguinte:
� −
= � á� ×
1
Do ponto de vista da Física, em sentido estrito, obviamente há contato físico entre o condutor e o campo
magnético. Entenda-se pela expressão contato físico , aqui utilizada, em seu sentido amplo, ou seja, dito como
um toque perceptível a olho nu.
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Onde é o tempo (em segundos) que o fluxo magnético (em maxwells, outra unidade de
fluxo magnético) leva para elevar-se de zero ao valor de pico � á� e � é o número de espiras.
−
= �� á� ×
Para se obter o valor efetivo de um sinal quando se tem apenas seu valor médio, basta
multiplicar o valor médio pelo fator de forma = � ≅ , . Com isto,
−
≅ , �� á� ×
−
≅ , � á� ×
� � á� � á�
=� =� [� á� �in � ] =� �=� ≅ , �� á�
√ √
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≅ , � á�
Um terceiro físico, chamado Heinrich Lenz, trabalhara nos efeitos descobertos por
Faraday em 1831, e percebeu que a tensão induzida na verdade era em sentido contrário ao
da variação do fluxo magnético.
Lenz percebeu que quando um fluxo magnético crescente passa entre as espiras de
uma bobina, a tensão que se forma entre os terminais da bobina tende a criar um fluxo
magnético na direção contrária a este fluxo. A este efeito se deu o nome de Lei de Lenz e,
matematicamente, este efeito é representado através de um sinal negativo junto à Lei de
Faraday-Neumann.
Sendo assim, a junção da Lei de Faraday-Neumann com a Lei de Lenz deu origem à
Lei de Faraday-Neumann-Lenz, descrita em sua forma matemática por
�
= −�
Esta expressão nos diz que uma tensão ( , dada em volts) é induzida entre os
terminais de uma espira ao se variar o fluxo magnético por dentro desta espira. Se em vez
de uma única espira for uma bobina com � espiras, então a tensão induzida será � vezes a
taxa de variação deste mesmo fluxo.
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�
=� =
Do mesmo modo que o fluxo magnético variável induz uma tensão nos terminais da
bobina, ela induz uma tensão também no interior do núcleo da bobina (ou seja, no material
ferromagnético).
Esta tensão gerada no material ferromagnético faz com que apareçam no interior do
material correntes, na forma de redemoinhos.
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Com isto, o redemoinho formado se reduz, pois não haverá muito "espaço" para ele se
formar dentro do núcleo. Reduzindo-se a capacidade de formação destes redemoinhos, reduz-
se também as correntes formadas e, consequentemente, as perdas devido a elas.
= �
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= �en
O último efeito pelo qual um campo magnético interage com seu entorno que
veremos é chamado de ação de gerador.
= �×� ∙
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Para bem compreender o funcionamento das máquinas como um todo, é comum que
tomemos por base uma máquina linear CC simples.
Ao longo dos trilhos há um campo magnético que é constante e uniforme (�) e que
aponta para dentro da página (conforme o símbolo × bem representa). Sobre este par de
trilhos fica posicionada uma barra de metal condutor. Esta barra é livre para se deslocar pelos
trilhos.
Esta máquina pode funcionar tanto pela ação de gerador como pela ação de motor,
conforme será visto a seguir.
Vamos primeiro ligar a máquina. Para isto o que devemos fazer é fechar a chave que
está no circuito.
Isto fará com que uma corrente contínua circule pelo circuito, partindo da fonte ,
passando pela chave, pelo resistor e retornando à fonte através da barra de metal. Como as
condições iniciais da máquina eram todas iguais a zero, então no momento inicial a tensão
induzida na barra é zero, com isto, a corrente inicial no circuito é
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Porém, ao circular uma corrente pela barra, pela ação de motor, surgirá uma força
sobre a barra, dada pela equação
� = �
De acordo com a regra da mão direita, esta força que surgirá na barra será "para a direita"
dos trilhos. O módulo da força � será dado por
| � |= =
Esta força fará com que a barra então inicie um movimento para a direita, adquirindo
uma velocidade linear �, cuja direção também será para a direita. O surgimento de uma
velocidade � na barra que está imersa em um campo magnético faz com que passe a ocorrer
na máquina a ação de gerador, dada pela equação
9
= �×� ∙
Ou seja, surgirá na barra uma tensão induzida, dada por . Esta tensão induzida na
barra fará com que a corrente se reduza, pois agora ela será dada por
−
=
Vai chegar o ponto em que a força � será zero pois, neste momento, a velocidade �
será constante (aceleração zero) e a tensão induzida na barra é igual a , fazendo com que
não haja corrente alguma circulando.
Sim, a máquina irá para a direita para sempre se nada mais for feito. É a condição de regime
permanente da máquina.
Iremos impor à barra uma outra força, denominada � , em sentido oposto à força �
que estava sendo aplicada à barra até que ela atingisse a condição de regime permanente. O
resultado é uma força resultante = � − � . O sentido desta força resultante é
também contrário ao movimento.
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Perceba que embora a máquina entre novamente em regime permanente, desta vez
há trabalho envolvido, pois para que atinja esta condição é necessário que haja um força
induzida � "extraída" da ação motor. Havendo trabalho, há também uma potência
envolvida, e ela é dada por
P ê ia P ê ia
é i a â i a
= ⏞ = ⏞ �
Neste caso ambas são iguais pois, para fins didáticos, estamos desconsiderando todo
o tipo de perdas que poderia haver no sistema. Toda a potência elétrica está sendo convertida
em potência mecânica.
Mais adiante nesta aula será visto que um motor CC real opera de modo semelhante. A
diferença principal é que em vez de termos uma força induzida , uma força de carga
e uma velocidade linear �, teremos um conjugado � , um conjugado de carga � e uma
velocidade angular �.
Vamos agora retirar a carga aplicada na seção anterior e deixar a máquina voltar à
condição de regime permanente inicial.
Uma vez na condição de regime permanente inicial, o que faremos agora é aplicar uma
força na direção do movimento, ou seja, também para a direita, acelerando a barra.
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Chegará o ponto em que a força induzida � será igual e contrária à força , porém
agora a máquina opera com uma velocidade maior que a de regime permanente inicial.
Perceba que a mesma máquina funciona como gerador ou como motor, mudando
apenas a direção de aplicação da força. Quando a força é a favor do movimento ocorre a
ação gerador. Quando a força é contrária ao sentido do movimento, ocorre a ação motor.
Perceba também que embora a força aplicada à barra seja a favor do movimento numa
situação e contrária ao movimento na outra, a direção na qual a barra se movimenta é sempre
a mesma: para a direita.
Isto também acontece nas máquinas reais. Ou seja, o eixo sempre irá se movimentar no
mesmo sentido, seja na ação motor ou na ação gerador. Há apenas uma mudança no módulo
da velocidade, porém o sentido é sempre o mesmo.
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O que influencia o sentido do giro (ou do movimento, no caso de uma máquina linear)
não é a ação (motor ou gerador) em si, e sim as condições de contorno (direção do campo
magnético e polaridade da fonte de tensão).
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De maneira breve, se pode dizer que as máquinas síncronas são geradores ou motores
cuja corrente de campo magnético (ou simplesmente corrente de campo) é fornecida por uma
fonte de corrente CC separada, enquanto que as máquinas de indução são geradores ou
motores cuja corrente de campo é fornecida por indução magnética (ação de transformador)
em seus enrolamentos de campo.
Máquinas CA
Síncronas
Corrente de campo é oriunda de fonte CC externa
Assíncronas
Corrente de campo é oriunda da ação transformador
Esta seção irá abordar os fundamentos comuns a estes dois tipos de máquinas, de
modo que aspectos específicos de cada um dos tipos estarão presentes em aula posterior.
Estes fundamentos comuns têm como base uma espira de fio girando dentro de um
campo magnético uniforme, gerado por um ímã estacionário.
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Considere a Figura 18 a seguir, onde uma espira condutora está inserida em um campo
magnético, formado por dois polos magnéticos (Norte e Sul), estando livre para girar em
torno do seu eixo de rotação.
Examinemos cada segmento da espira (ab, bc, cd, da) separadamente, sob o aspecto da
equação que definimos lá na seção Ação de Gerador, = �×� ∙ .
Segmento ab:
A velocidade linear � do segmento ab é tangencial à trajetória de rotação, e
faz um ângulo com a direção do vetor campo magnético �, que aponta "para
a direita". Consequentemente, através da regra da mão direita2, se pode verificar
2Sendo o produto vetorial dado por � × �, então você deve apontar o dedo indicador da sua mão direita para o primeiro fator
desta multiplicação (no caso o vetor �) e o seu dedo médio da mão direita para o segundo fator da multiplicação (no caso, o
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= � ×� ∙ =� �en
O produto escalar entre � × � e , denotado por "∙" indica que, para obtermos
o módulo de deveríamos multiplicar ainda a expressão acima pelo
cosseno do ângulo formado entre o vetor � × � e o vetor . Tal passo foi
omitido, uma vez que o ângulo entre estes dois vetores é igual a zero, e o
cosseno de zero é igual a 1.
Segmento bc:
Entre b e c o produto � × � aponta novamente "para dentro da folha" (olhando
para a vista superior), ao passo que entre o eixo de rotação (linha pontilhada
detalhada na vista frontal) e c aponta "para fora da página" (olhando também
para a vista superior).
vetor �). Feito isto, então o seu dedo polegar da mão direita apontará, automaticamente, para a direção do vetor resultante
do produto vetorial.
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Segmento cd:
Segmento cd: A velocidade � do segmento cd é tangencial à trajetória de
rotação, e o campo magnético aponta "para a direita". Portanto, através da regra
da mão direita, se pode verificar que o produto vetorial � × � apontará "para
fora da página" (olhando para a vista superior).
= � ×� ∙ =� �en
=� �en
O produto escalar entre � × � e , denotado por "∙" indica que, para obtermos
o módulo de deveríamos multiplicar ainda a expressão acima pelo
cosseno do ângulo formado entre o vetor � × � e o vetor . Tal passo foi
omitido, uma vez que o ângulo entre estes dois vetores é igual a zero, e o
cosseno de zero é igual a 1.
Segmento da:
Segmento da: Pelo mesmo motivo do segmento cd, a tensão neste segmento
é nula.
= + =� �en +� �en
Se você observar bem (através da vista superior lá da Figura 18), verá que sempre a
relação + = ° se repetirá. Subtraindo em ambos os lados da equação, então
teremos que = °− .
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=� �en °− +� �en
=� [�en
⏟ ° co� −⏟
co� ° �en ]+� �en
= =−
Por simplicidade se trocou por , simplesmente. Sendo assim, uma vez que a
velocidade � é constante, a densidade de fluxo magnético é constante e o comprimento
da espira também é constante, a tensão total induzida na espira é função apenas do
ângulo formado entre o vetor velocidade da espira (�) e o vetor densidade de fluxo magnético
(�), ou seja .
Uma vez que a espira está em movimento, o ângulo varia em função da velocidade
angular � e do tempo , ou seja, pode ser reescrito como uma função da velocidade
angular e do tempo, deste modo
=�
= � �en �
Mas, a velocidade tangencial � ainda é um parâmetro um tanto quanto "fora de lugar" aqui,
não acha? Estamos lidando com movimentos angulares aqui...
�= �
= � �en �
Podemos ainda olhar com um pouco mais de atenção e comparar a expressão até aqui
deduzida com a nossa espira detalhada na Figura 18. Você percebe que é igual à área da
espira? Chamando de a área, ficamos com a expressão
= � �en �
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Mas espere mais um pouco... de acordo com o que vimos na seção Produção de Campo
Magnético, a área da espira multiplicada pela densidade de fluxo magnético é igual ao
fluxo máximo possível na espira � á� ! Então, chegamos à nossa forma final da tensão
induzida na espira
=� á� � �en �
Como regra, a tensão induzida em uma máquina CA depende de três fatores básicos, a
saber:
• fluxo na máquina;
• velocidade de rotação;
• e uma constante que representa a construção da máquina (como o número de
espiras, por exemplo).
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Agora em vez de girar a espira através de uma ação mecânica exterior, o que se faz é
injetar uma corrente na espira imersa em um campo magnético constante �, obtendo-se
como resultado o giro da espira em torno do seu eixo pontilhado, a uma velocidade � .
= �
Rotação, Força e Potência, o conjugado � é, a grosso modo, a "força que faz girar um
objeto", sendo matematicamente igual ao resultado da ação de uma força pelo braço de
alavanca (distância perpendicular do centro do objeto até o ponto de aplicação da força), ou seja
�= × |�| = | || | �in θ
�m m�dulo: � = ⏟ ⏟ �in
ça aç
i a a a a a
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Segmento ab:
Segmento ab: No segmento ab, a corrente aponta "para fora da página",
enquanto o campo magnético � aponta "para a direita". Com isto, o produto
vetorial × � irá apontar "para cima".
⏟ = ×� ⏟ = �in �
aV ia � a ça
� = �in � = �in
Onde é a o ângulo entre o vetor , que aponta desde o eixo de rotação até
o local de aplicação da força , e a própria força .
Segmento bc:
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� =
Segmento cd:
Segmento cd: No segmento cd, a corrente aponta "para dentro da página"
(olhando a vista superior), enquanto o campo magnético � aponta para a
direita. Com isto, o produto vetorial × � irá apontar "para baixo".
= � = �in �
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� = �in � = �in
Onde é a o ângulo entre o vetor , que aponta desde o eixo de rotação até
o local de aplicação da força , e a própria força .
Segmento da:
Segmento da: Pelo mesmo motivo do segmento cd, o conjugado neste
segmento é nulo.
� =
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� =� +� = �in + �in
Como = , pois há simetria entre ambos os lados da espira, então se pode dizer
que = = , ou seja,
� = �in
� = �in
� =� á� �in
Lembra que definimos lá na seção Campo Magnético como é feita a produção de um campo
magnético através de uma corrente circulando em uma bobina?
Bem, esta corrente que circula na bobina da Figura 19 produz uma intensidade de
campo magnético própria na espira, que iremos chamar de � ç . Ao meio em que este � ç
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Pois bem, no caso da densidade de fluxo magnético produzida pela corrente que
circula na espira, o vetor densidade de fluxo magnético fica sendo � ç = � ç .
Pela "regra da mão direita curva" se pode verificar que a direção e o sentido do vetor � ç ,
demonstrado graficamente na Figura 20.
Perceba que há dois campos magnéticos envolvidos nesta outra abordagem de análise:
um é o campo estático �� ã e o outro é o campo móvel � ç , que é originário da própria
corrente que circula pela espira. O ângulo formado entre �� ã e � ç é o mesmo ângulo
formado entre o vetor e a força .
�
ç =
Vamos nos livrar das variáveis de geometria da espira? Vamos chamar = . Pronto, agora
sabendo a representação de ç , podemos chegar a ç se multiplicarmos ç pela
permeabilidade do meio, ou seja,
ç = ç =
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ç ç
= � = �
⏟ á� �in � = � ã �in
= �mã e pi
�
Agora agrupamos todas as variáveis de geometria e meio em uma variável = e
ficamos com
�⏟ = � ã ç �in �
⏟� = � ç × �� ã
� aV ia
Com isto, se pode dizer que na ação motor, o conjugado depende basicamente de
Vamos colocar as duas ações (gerador e motor) lado a lado para compará-las.
çã a çã
⏞ =� ⏞
á� � �en � � =� á� �in
Já a ação motor precisa de uma excitação elétrica, que está descrita por
meio da corrente .
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Ok, vimos que se houver dois campos magnéticos numa máquina, entre eles se cria
um conjugado tal que tentará sempre alinhar ambos. Nas condições que descrevemos até
aqui, uma vez alinhados estes campo magnéticos, o giro irá cessar da espira irá cessar.
Vamos mudar a nomenclatura dos campos antes de seguirmos, ok? Vamos chamar �� ã de
� (onde o "E" vem de "Estator") e � ç de �� (onde o "R" vem de "Rotor").
Ok, ideia legal... Mas como fazer esse � ficar em movimento circular pelo estator? A
resposta, caro(a) estudante, está na maneira de criar os campos magnéticos.
mesma intensidade e defasadas entre si por 120, estiverem fluindo em um enrolamento trifásico, um
De acordo com Stephen Chapman (CHAPMAN, 2013), "se correntes trifásicas, todas de
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As correntes que circulam pelos enrolamentos do estator aa', bb' e cc' são,
respectivamente, as seguintes:
′ = √ �en � A
′ = √ �en � − ° A
′ = √ �en � − ° A
A corrente ′ , quando positiva, entre pelo terminal a e sai pelo terminal a'. Tal
convenção vale também para as correntes ′ e ′ em seus respectivos enrolamentos.
Como vimos na anteriormente, uma corrente que circule por um enrolamento gera um
campo magnético � na direção dada pela "regra da mão direita curva" (dedo polegar da mão
direita indica o sentido da corrente, ao passo que os outros dedos curvados reproduzem o caminho
feito pelo campo magnético).
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Figura 22 - Direção do vetor intensidade de campo magnético gerado pela corrente que circula pelo enrolamento aa'.
Figura 23 - Direção dos demais vetores intensidade de campo magnético dentro do estator.
Ae
� ′ = á� �en � ∠ °
m
Ae
� ′ = á� �en � − ° ∠ °
m
Ae
� ′ = á� �en � − ° ∠ °
m
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� ′ = á� �en � ∠ ° �
� ′ = á� �en � − ° ∠ ° �
� ′ = á� �en � − ° ∠ °�
� ′ = �
� ′ = á� �en − ° ∠ °�
� ′ = á� �en − ° ∠ °�
√ √
� =� ′ +� ′ +� ′ � = ⏟ + á� − ∠ °+ á� ∠ °
� ′ ⏟ ⏟
� ′ � ′
= ∠�
açã P a açã a g a
⏞= ∠� ⏞= co� � + �en φ
√
� = á� (⏟co� ° + �en ° ) − (⏟co� ° + �en ° )
� ′ � ′
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√ √ √
� = á� − − + − )
⏟ ⏟
� ′ � ′
açã a g a
⏞
� =− ,
√ á�
� = á� (−√
�
⏟ = , á� ∠ − °
açã P a
� ′ = á� �in ° � � ′ = á� �
� ′ = á� �en − ° ∠ °� � ′ =− á� ∠ °�
� ′ = á� �en − ° ∠ °� � ′ =− á� ∠ °�
� =� ′ +� ′ +� ′ � = ⏟á� + − á� ∠ °) + − á� ∠ °)
⏟ ⏟
� ′
� ′ � ′
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� =⏟ á� ∠ °+ á� ∠ °) + á� ∠ °)
⏟ ⏟
� ′
� ′ � ′
√ √
� =⏟ á� + á� − + á� +
� ′ ⏟ ⏟
� ′ � ′
√ √
� =⏟ á� + á� − + á� +
� ′ ⏟ ⏟
� ′ � ′
açã a g a
⏞
� = ,
√ √ á�
� = á� ( + + )+ − +
�
⏟ = , á� ∠ °
açã P a
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Não iremos demonstrar isto, pois seria um aprofundamento desnecessário para fins de
um estudo focado em concurso, porém se fizéssemos uma análise para outros instantes,
veríamos que o vetor densidade de fluxo magnético iria se manter igual em módulo (1,5
á� ), porém sua orientação mudaria a cada instante, em um sentido anti-horário.
A este vetor densidade de fluxo magnético que muda de orientação é dado o nome
de campo magnético girante.
Fazendo uma analogia com um par de ímãs, com o polo norte de um virado para o
polo sul do outro, se criará uma densidade de fluxo magnético orientado do polo norte de
um para o polo sul do outro, conforme podemos ver na Figura 26 a seguir.
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Ok, mas então como se faz para mudar a velocidade do campo girante?
Adianto aqui que a máquina de 2 polos é a aquela na qual o campo girante "gira" (perdão
pela redundância...) mais rápido, e você verá o porquê daqui a pouco...
Bom, para mudar a velocidade do campo girante da máquina você precisará mexer no
número de polos. Como não é possível estabelecer um campo magnético com menos de 2
polos, então só será possível aumentar o número de polos da máquina.
�
=
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� � �
= = � = �
=
} = ( ) = [�pm]
= � �
�
Bom, até aqui trabalhamos com uma máquina com o rotor "extraído". Vamos agora
inserir o rotor na análise.
O rotor de máquinas CA pode ser de dois tipos: de polos não salientes (ou cilíndrico)
ou de polos salientes.
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Figura 27 - Rotor de Polos Não Salientes (à esquerda) e Rotor de Polos Salientes (à direita).
FONTE: CHAPMAN (2013).
Veremos este assunto (tipos de rotores) e seus desdobramentos numa aula posterior.
Por ora, vamos dar uma recapitulada no que vimos nesta seção.
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Para isto, vamos analisar a figura a seguir, onde se aplica uma corrente elétrica
contínua no enrolamento do rotor.
Esta corrente elétrica irá criar uma densidade de fluxo magnético � na direção da
"regra da mão direita curva". Inicialmente, nada além disto acontece...
Então, através de uma ação mecânica externa, este rotor passa a girar a uma
velocidade angular � . E aquela densidade de fluxo magnético � que antes apontava apenas
em uma única direção, agora irá girar, pois o enrolamento que o está gerando também está
girando, conforme indicado na Figura a seguir.
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Figura 29 - Rotor percorrido por corrente contínua i passa a girar com velocidade angular .
Adaptado de CHAPMAN (2013).
O fato de o rotor ser cilíndrico faz com que o valor de � no entreferro não sofra
deformações e chegue ao estator tal como foi gerado no rotor.
Como já vimos que a ação gerador produz em uma única espira uma tensão dada por
=� á� � �in �
Assim, se cada uma das 3 bobinas instaladas no estator desta máquina tiver � espiras,
então teremos em cada nestas espiras as tensões
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Lembre-se, estes são os valores das tensões geradas nos enrolamentos do estator
isoladamente. Nos terminais da máquina os valores dependerão da forma de conexão entre
estes 3 enrolamentos.
Como � = , se pode dizer que o valor de pico das tensões acima descritas vale
= �� á�
Assim, o valor RMS (ou eficaz) destas tensões, por conta de serem funções senoidais,
vale
=√ = √ �� á� ≅ , �� á�
Por enquanto é isto que você precisa saber sobre as ligações Y e Δ. Maiores detalhes
serão vistos a posteriori no curso.
Nas máquinas CA, como já vimos, se pode dizer que há dois campos magnéticos
presentes: um do circuito do rotor e outro do circuito do estator. Quando estes dois campos
interagem, surge um conjugado na máquina que faz com que o campo magnético do rotor
(e o próprio rotor, por consequência) tente se alinhar ao campo magnético do estator.
Caso o enrolamento de campo do rotor desta mesma máquina esteja sendo alimentado
por uma corrente elétrica constante , esta corrente também produz um campo magnético
apontando "para fora" da máquina.
A interação destes dois campos magnéticos fará com que o rotor comece a girar a uma
velocidade � que, como já vimos, não necessariamente é igual à frequência de oscilação �
do conjunto trifásico que alimenta o estator da máquina.
�� � = �� × �
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No mundo real precisamos conviver com as perdas das máquinas elétricas, ou seja,
nem toda potência fornecida a um sistema será convertida para o fim a que se destina o
sistema. Parte desta potência será dissipada para o ambiente através das perdas.
A medida de eficiência de uma máquina se dá pela razão entre aquela potência que
se obtém na saída da máquina e aquela potência que se forneceu inicialmente à máquina.
A esta razão se dá o nome de rendimento da máquina, grandeza adimensional e comumente
denotada pelo letra grega eta ( ):
�
= × %
−
= × %
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• Perdas mecânicas:
São associadas ao atrito e à ventilação. O atrito é em relação aos rolamentos
da máquina. A ventilação é em relação ao atrito das partes móveis da
máquina com o ar que fica no entreferro.
• Perdas suplementares:
São todos os outros tipos de perdas que não se encaixam em nenhuma das
categorias anteriores.
Convencionalmente se atribui como sendo equivalente a 1% do valor da carga
total da máquina.
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� −
= × %
Um valor pequeno de indica que o gerador não perde "força" quando é realmente
exigido, e indica que o gerador é de boa qualidade.
� −
= × %
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De maneira similar ao caso dos geradores, um valor pequeno de indica que o motor
não perde "força" quando é realmente exigido, e indica que o motor é de boa qualidade.
�
=�
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� �� − �
= × %
�
� �� − �
= × %
�
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2 MÁQUINAS SÍNCRONAS
2.1 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
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A corrente contínua que circula pelo enrolamento de campo faz com que se gere um
campo magnético (daí o nome "circuito de campo") dentro da máquina. Este campo
magnético é quem irá interagir com o campo magnético de armadura (localizado no estator
da máquina).
Como já vimos inúmeras vezes lá na Aula 06, as máquinas de corrente alternada têm
sua velocidade de campo magnético girante dada por
=
�
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A variável é a frequência da rede elétrica que alimenta a máquina (no caso de estar
operando como motor) ou então é a frequência da rede elétrica que a máquina produz (no
caso de estar operando como gerador). Tal frequência é dada em hertz (Hz).
a /
⏞ = ⏞
� × ≅ , �
�
Preste atenção que por vezes a banca pode trazer o número de pares de
polos!
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(2016 / INSTITUTO AOCP / UFFS) De acordo com as características das máquinas síncronas,
assinale a alternativa correta.
A) Em um motor síncrono, o campo girante é sincronizado com a velocidade (� ) de seu rotor,
a qual é dada por: � = , onde é a frequência da rede elétrica em corrente alternada
e p é o número de polos do motor.
B) Uma máquina síncrona possui campo girante atrasado em 90° com relação à velocidade do
eixo.
C) Quando o rotor da máquina síncrona é ligado a uma fonte de corrente alternada, esta
funcionará como um motor síncrono e o estator receberá tensão induzida dada pelo campo
girante com frequência que depende do quadrado do número de polos.
D) A máquina síncrona não admite aplicações onde há a necessidade da correção do fator de
potência.
E) Quando o estator da máquina síncrona é ligado a uma fonte de corrente alternada
monofásica ou polifásica, esta funcionará como um motor síncrono e o rotor girará na
velocidade síncrona com o campo girante dado pelo estator.
Comentários
Gabarito: Alternativa E.
Vamos analisar as alternativas.
Alternativa A: Errada. Está errada pois a relação da velocidade síncrona apresentada leva a
frequência ao quadrado.
Alternativa B: Errada. Está errada pois o campo magnético girante não fica necessariamente
a 90 da velocidade do eixo.
Alternativa C: Errada. O rotor da máquina síncrona é sempre alimentado com corrente
elétrica contínua, seja na aplicação como motor, seja na aplicação como gerador. Também está
errado pois a velocidade não depende do quadrado do número de polos.
Alternativa D: Errada. A máquina síncrona pode atuar na correção de fator de potência, tal
como um banco de capacitores.
Alternativa E: Correta.
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Sem mais delongas teóricas, vamos direto ao assunto (deixemos a teoria lá para a Aula 06).
A tensão induzida em uma fase do gerador síncrono é dada por
= ���
⏟ co� �
á�
Será utilizado o subíndice " " sempre que estivermos falando de algo que está
ocorrendo na armadura.
O subíndice " " será utilizado para falarmos de algo relacionado ao campo
("field", em inglês).
Por último, o subíndice " " denotará que é um valor medido nos terminais
da máquina.
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á� ���
= =
√ √
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Se uma carga for aplicada aos terminais do gerador, então uma corrente de
armadura circulará por este circuito.
Entretanto, o fato de uma corrente estar circulando pelo circuito de armadura também
fará com que um campo magnético devido a esta corrente de armadura seja gerado. E tal
campo magnético irá interagir com aquele oriundo do circuito de campo, distorcendo-o.
Esta distorção fará com que a tensão de fase na própria armadura se altere.
Tal efeito é denominado reação de armadura, uma vez que a corrente de armadura
interfere na sua própria geração.
= +
Assim, com base na Figura 2, a tensão de fase � do circuito de armadura fica sendo
� = − +
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Analisando agora o circuito de campo (situado à esquerda nas duas últimas imagens que
vimos). Há uma fonte de tensão CC que alimenta o circuito. O circuito de campo é modelado
por uma resistência em série com um resistor ajustável (que realiza o controle da corrente
de campo) e um indutor .
Perceba que, assim como qualquer outra carga trifásica, os enrolamentos de armadura
podem ser ligados em triângulo ou em estrela.
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Perceba que a projeção do fasor de tensão induzido na armadura é dado pela soma
dos fasores � (tensão de fase) e (tensão sobre a resistência de armadura).
Perceba também que o fasor (tensão sobre a reatância síncrona) está situado de
maneira ortogonal ao fasor de corrente (isso sempre ocorrerá!).
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Caso a carga acoplada aos terminais do gerador possua um fator de potência atrasado
(carga predominantemente indutiva), então corrente de armadura estará atrasada em
relação à tensão de fase � . O diagrama fasorial desta situação é o que segue.
Figura 35 - Diagrama fasorial de um gerador conectado a uma carga com fator de potência indutivo.
FONTE: CHAPMAN (2013).
Perceba ainda que o fasor segue sendo ortogonal ao fasor , conforme foi dito
anteriormente.
O resultado de uma carga com fator de potência atrasado ter sido aplicada aos
terminais do gerador é que a tensão gerada na armadura terá que aumentar para
manter a tensão de fase � .
Vejamos agora o terceiro caso de diagrama fasorial, onde a carga acoplada aos
terminais do gerador possui fator de potência adiantado, ou seja, é uma carga
predominantemente capacitiva.
Figura 36 - Diagrama fasorial de um gerador conectado a uma carga com fator de potência capacitivo.
FONTE: CHAPMAN (2013).
O resultado de uma carga com fator de potência adiantado ter sido aplicada aos
terminais do gerador é que a tensão induzida na armadura terá que diminuir para
manter a tensão de fase � inalterada.
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� �� − �
=
�
= ���
⏟ co� �
á�
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Já vimos e revimos que uma máquina elétrica, a depender do modo como a excitamos,
pode ser um gerador ou um motor.
No caso de querermos que ela opere como um gerador, então devemos fornecer à
máquina uma potência mecânica.
(2019 / VUNESP / Prefeitura de Piracicaba – SP) Assinale a alternativa que apresenta, correta
e respectivamente, o nome dos dispositivos que operam em velocidade constante para gerar
energia elétrica em usinas hidroelétricas, dos dispositivos responsáveis por adequar as tensões
e correntes para os níveis desejados para transmissão e dos dispositivos responsáveis pela
proteção de circuitos em baixa tensão.
A) Geradores síncronos; reatores de derivação; fusível.
B) Geradores de indução de dupla alimentação; conversor eletrônico HVDC; interruptor.
C) Geradores de indução de dupla alimentação; reatores de derivação; fusível.
D) Geradores brushless; transformadores; interruptor.
E) Geradores síncronos; transformadores; disjuntor.
Comentários
Gabarito: Alternativa E.
O dispositivo que opera em velocidade constante para gerar a energia elétrica é tranquilo:
geradores síncronos.
O dispositivo que adequa o nível de tensão para a transmissão é o transformador.
O dispositivo que protege circuitos em baixa tensão é o disjuntor.
A alternativa que apresenta a descrição destes 3 dispositivos é a letra E.
O que todas estas fontes mecânicas têm em comum é que sua velocidade deve
permanecer constante ao longo de todo o período de operação, de modo que a tensão gerada (e
a frequência desta tensão) possuam valores previsíveis.
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= � −
A potência mecânica fornecida pela máquina motriz (ou seja, ) é dada por
=� �
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=� �
Por esta ser a potência efetivamente convertida, ela possui uma correlação com a
potência elétrica, dada por
=� � = co�
=√ co� = � co�
=√ �en = � �en
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co� = �en
�en
co� =
Já vimos que a potência útil de saída do gerador (dada por ) pode ser expressa em
termos dos valores de fase através de
= � co�
�
= �en
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�
= = �en
Isto nos leva a concluir que a potência de saída de um gerador depende do ângulo
entre � e . Este ângulo ganha o nome de ângulo de conjugado (ou ângulo interno) da
máquina.
Perceba que quando for igual a 90, teremos a máxima potência gerada pelo gerador.
Este também é o valor denominado de limite de estabilidade estática do gerador síncrono.
Não se usa o gerador próximo a tal limite.
Valores típicos de em geradores comerciais ficam entre 20 e 30 graus. Tal margem até
os 90 é deixada para que haja "espaço para o gerador trabalhar" durante transientes ocorridos
em variação da carga, por exemplo.
Com relação ao conjugado � , uma vez que desprezamos , como é definido que a
potência disponível para conversão é dada por
� � = =
Então, podemos dizer que há uma íntima correlação entre a potência disponível para
conversão e o conjugado da máquina, sendo tal correlação dada por:
�� �
� �
⏞ = �en � = �en
�
O mais comum é que geradores síncronos operem em paralelo. Existem pelo menos 4
vantagens no uso de geradores síncronos em paralelo.
1. Geradores em paralelo podem alimentar uma carga maior do que apenas uma
máquina isolada;
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Entretanto, para que geradores operem em paralelo, são necessárias algumas condições
que obrigatoriamente ser atendidas.
Isto porque para o paralelismo de fontes de tensão (afinal de contas o gerador síncrono
é uma fonte de tensão) só pode ser feito com fontes idênticas.
No caso de fontes de tensão alternada, não basta que apenas os valores eficazes sejam
idênticos. É necessário que haja um certo nível de sincronismo entre os ângulos de fase e as
frequências dos geradores.
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= � + + = ( + � + =
+ � +
A questão nos forneceu a tensão de linha da armadura. A equação acima utiliza a tensão de
fase da armadura, então precisamos converter o valor dado pelo problema. Em uma ligação
em estrela, a tensão de fase é igual à tensão de linha dividida por √ . Desta maneira,
=
√ ( + � +
Agora podemos substituir os valores e encontrar o módulo de .
= = =
√ + + √ + √ × +
= | |=
√ + √ √
Como a questão nos forneceu o dado √ = , e √ √ = √ , então o resultado será
| |= ≅ , A
,
Cujo valor mais aproximado bate com a alternativa E.
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Nas máquinas síncronas, o circuito de campo fica no rotor e é alimentado por uma
fonte de tensão CC. A corrente que circula pelo circuito de campo do motor produz um
campo magnético � em regime permanente
Quanto maior for o ângulo entre os dois campos magnéticos (até um certo valor máximo),
maior será o conjugado no rotor da máquina.
=
�
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� = + +
Figura 39 - Diagrama fasorial do gerador e diagrama vetorial dos campos magnéticos para uma máquina funcionando como
gerador.
FONTE: CHAPMAN (2013).
Neste caso, o gerador está alimentando uma carga com fator de potência atrasado (nota-
se pelo fato de o fasor de corrente de armadura estar atrasado em relação ao fasor de tensão
de fase � ).
Podemos concluir que, em um gerador, o fasor de tensão está sempre "à frente" do
fasor de tensão � e que o vetor � está sempre "à frente" do vetor � � . Perceba que inclusive
o ângulo entre e � e entre � e � � é o mesmo ângulo de conjugado .
� = � ��
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Perceba que, do mesmo jeito que assumimos que o fasor � possui sempre fase de zero
grau, ou seja, está alinhado ao eixo das abscissas, o mesmo acontece para o vetor � � . Sendo
assim, a análise do conjugado fica sempre em relação a se � estará à frente de � � (caso do
gerador) ou não (caso do motor, como veremos em instantes).
A analogia feita no início desta seção entre campos magnéticos e fasores de tensão
pode ser levada para a equação característica do gerador, ou seja,
� = − � � = � + −�
Ora, se o campo magnético � entra como uma parcela negativa, então podemos
concluir que o conjugado induzido na máquina que está operando como gerador é em
sentido contrário ao movimento da máquina, pois, analisando o sentido dos vetores � e
� , ou seja, analisando o sentido do vetor unitário ̂ � � .
� = � �� � = |� ||� � |�
̂�� ̂ �� = ̂� × ̂� �
̂ � � = ̂ � + (− ̂ �
̂ �� = ̂ � × ̂ � + (− ̂ � ̂ �� ̂ � × ̂ � + ̂ � × (− ̂ �
=⏟ ̂ �� = − ̂� × ̂�
=�
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Figura 40 - Diagrama fasorial e diagrama vetorial dos campos magnéticos para uma máquina funcionando como motor.
FONTE: CHAPMAN (2013).
Perceba que neste caso o motor está operando com um fator de potência adiantado
(sim, isso é possível no caso dos motores síncronos!). Veremos como tal condição é possível mais
à frente.
� = + �� =� +�
Ora, se o campo magnético � entra como uma parcela positiva, então podemos
concluir que o conjugado induzido na máquina que está operando como motor é no sentido
do movimento, pois, analisando o sentido dos vetores � e � , ou seja, analisando o sentido
do vetor unitário ̂ � � .
� = � �� � = |� ||� � |�
̂�� ̂ �� = ̂� × ̂� �
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̂� � = ̂� + ̂�
̂ �� ̂ �� ̂� × ̂� + ̂� × ̂�
=⏟ ̂ �� = ̂� × ̂�
= ̂� × ( ̂� + ̂�
=�
�
� = �en
�
Percebe-se que há um conjugado máximo que o motor irá produzir. Isto acontecerá
quando a defasagem entre � e for de 90.
Se o ângulo entre estes dois fasores excede os 90, então o rotor perderá o sincronismo,
passando a "deslizar", ou seja, o campo magnético do estator irá passar muitas vezes pelo
campo magnético do rotor. E a cada ultrapassagem o sentido do conjugado se inverterá. Isto
gera uma grande trepidação no motor, podendo danificá-lo seriamente.
Mas por que a velocidade do motor síncrono é dita constante, independentemente da carga?
Bem, vamos imaginar que determinado motor síncrono opera em regime permanente com
uma determinada carga aplicada em seu eixo.
Subitamente, a carga no eixo aumenta, ou seja, fica mais "pesada" para o motor manter
a velocidade constante. O que ocorre neste momento?
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Bem, inicialmente o rotor perde sim um pouco de velocidade. Perdendo velocidade, faz
com que o campo magnético do rotor (� ) fique um pouco mais para trás em relação a � e
� � . Quando isto acontece, o ângulo de conjugado aumenta (pois, lembre-se, é o ângulo
entre � e � � ).
O raciocínio contrário também ocorre, ou seja, caso seja aliviada a carga no eixo,
inicialmente a velocidade do rotor fica um pouco acima. Ficando um pouco acima, isso faz com
que � ultrapasse � � . Ultrapassando � � , o conjugado se inverte, freando o rotor, até que � �
ultrapasse novamente � , voltando à condição de puxar o rotor na velocidade original.
Do ponto de vista elétrico, é normal de se imaginar que quanto maior a carga no eixo
do motor, maior é a corrente que o motor irá puxar da rede elétrica, não é mesmo?
Assim, do ponto de vista elétrico, quanto maior é a carga no eixo do motor, mais
atrasado fica o fator de potência do motor, uma vez que aumenta o consumo de potência
reativa no motor (devido à maior corrente circulando por . Se a carga diminui, o fator de
potência fica menos atrasado.
Se aumentar a carga no eixo do motor o torna uma carga com fator de potência mais
atrasado, isto pode causar malefícios ao fator de potência geral da instalação.
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Em linhas gerais, a correção do fator de potência nada mais é que fornecer potência
reativa a uma carga que está solicitando muita potência reativa.
A concessionária pode até prover para a sua instalação a potência reativa que suas cargas
solicitam, entretanto, a partir de um determinado patamar, ela passará a cobrar o
fornecimento desta potência.
Muitas vezes sai mais barato investir na correção local, ou seja, instalar motores
síncronos ou bancos de capacitores próximos às cargas que estão causando o problema.
Bem, mas como fazer com que o motor síncrono forneça potência reativa? Afinal ele é uma
carga indutiva, e cargas indutivas solicitam potência reativa...
O método de se fazer isto é através do controle da corrente que circula pelo circuito
de campo do motor síncrono. Vejamos como isto ocorre. Já sabemos que a corrente de
campo modula a intensidade do campo magnético � . Quanto maior a corrente , maior a
magnitude de � . Quanto menor a corrente , menor a magnitude de � .
Mas, embora não tenha havido mudanças na parte útil da potência solicitada da rede
elétrica, houve sim mudanças na potência reativa solicitada da rede elétrica. Pense comigo...
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Esta aproximação nunca será a ponto de ficarem alinhados, pois isto resultaria em um
conjugado induzido igual a zero. Entretanto, será suficiente para fazer com que a corrente
de armadura mude bastante.
Com isto, a corrente de armadura tenderá a adiantar sua fase, ao ponto de chegar a
ficar à frente da fase do fasor � . Neste momento, o motor síncrono estará então gerando
potência reativa, em vez de solicitar da rede elétrica.
Sendo assim, para um motor síncrono operando inicialmente com um fator de potência
atrasado, ou seja, solicitando potência reativa da rede elétrica, se formos aos poucos
aumentando sua corrente de campo , estaremos na prática, neste primeiro momento,
diminuindo o módulo da corrente de armadura, e também diminuindo sua defasagem
em relação ao fasor � (pois o fator de potência tenderá a ficar unitário neste primeiro momento).
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Vimos até o momento o motor síncrono operando na velocidade síncrona. Não vimos
ainda como fazer para partir ele do zero.
Por ser muito mais rápido que o campo � do rotor, o campo magnético � irá passar
por ele diversas vezes por segundo, sempre invertendo o sentido do conjugado induzido a cada
==df098==
Sendo assim, é necessária uma estratégia diferente para por o motor em funcionamento.
Existem 3 abordagens:
A redução da velocidade do campo magnético girante pode ser feita através da redução
da frequência de oscilação do conjunto trifásico de tensões, utilizando inversores de
frequência para isso.
A segunda alternativa é mais custosa, pois envolve o uso de uma segunda máquina para
dar partida à primeira. Um tanto quanto trabalhoso...
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O campo magnético � irá interagir com o campo magnético �� , fazendo com que o rotor
comece a girar no mesmo sentido do campo magnético girante. É importante frisar que este
movimento inicial é bem fraquinho, de modo que nem ocorrerá se houver alguma carga
acoplada ao eixo do motor.
O rotor então se acelera até próximo da velocidade síncrona, momento este em que se
pode ligar o circuito de campo e o motor passa a funcionar na velocidade síncrona.
Em uma máquina real, os circuitos dos enrolamentos de campo não são abertos durante
o procedimento de partida. Eles são na verdade curto-circuitados!
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Se esses circuitos fossem abertos, tensões elevadíssimas seriam produzidas neles durante
a partida. Se os enrolamentos de campo forem colocados em curto-circuito durante a partida,
tensões perigosas não serão produzidas.
Com o rotor do motor síncrono irá girando à velocidade síncrona, nenhuma tensão é
induzida nos enrolamentos amortecedores!
O contrário também ocorrerá, ou seja, caso uma parte da carga no eixo do motor seja
retirada, o rotor tenderá a rodar um pouco mais acelerado. Neste momento os
enrolamentos amortecedores entram em ação e freiam o rotor, fazendo com que ele volte
à velocidade síncrona.
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3 MÁQUINAS DE INDUÇÃO
3.1 MOTORES ASSÍNCRONOS
Isso funciona tão bem que é baseado nisto que funcionam os motores assíncronos (ou
de indução). Elas ganham este nome por conta do fato de que a corrente no rotor é induzida,
e não gerada por uma fonte externa.
Assim como no caso das máquinas síncronas, as máquinas assíncronas podem também
funcionar como motor. Entretanto seu uso é pouco comum, por apresentar inúmeras
desvantagens em relação ao gerador síncrono. Por este motivo abordaremos apenas os
motores assíncronos.
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Os motores de indução com rotor bobinado são mais caros que o dos motores de
indução com gaiola de esquilo, por conta de exigirem muito mais manutenção devido ao
desgaste das suas escovas e anéis deslizantes.
Digamos que o estator do motor assíncrono seja trifásico. Este conjunto trifásico induz
um a formação de um campo magnético girante � dentro do motor. A velocidade de giro
deste campo � é a mesma da que vimos nas máquinas síncronas, ou seja,
=
�
O campo magnético girante � atravessa as barras do rotor (que estão estáticas até este
momento), induzindo nelas uma tensão induzida , dada por aquela equação que vimos lá
na Aula 06, ou seja,
= �×� ∙
Como as barras estão curto-circuitadas, esta tensão induzida forma uma corrente pelas
barras do rotor. Esta corrente faz com que surja um campo magnético no rotor, dado por � .
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� = � �
Se fosse igual a 0, então não haveria corrente nem campo magnético no rotor. Sem
campo magnético no rotor, � seria zero e o rotor perderia velocidade como resultado das
perdas por atrito.
Pela própria equação da tensão induzida , se percebe que ela depende da velocidade
das barras em relação aos campos magnéticos.
= −
= ×
= −
Com esta última equação podemos ver que se = , então o escorregamento será
igual a zero. Já se a velocidade do motor for igual a zero (motor parado), então o
escorregamento será igual a 1.
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Por esta analogia, se pode dizer que o estator seria o primário do transformador, ao
passo que o rotor seria o secundário. A única diferença aqui é que, diferentemente do
transformador, a frequência do secundário não é necessariamente igual à frequência do
primário.
Com estas duas condições de contorno, podemos dizer então que, nas condições
intermediárias a estes dois limites, a frequência da corrente que circula pelo rotor é
proporcional à frequência da corrente que circula pelo estator, com a constante de
proporcionalidade sendo dada pelo próprio escorregamento , ou seja,
Como já foi dito, é possível associar o motor de indução com um transformador, com o
rotor sendo o secundário e o estator sendo o primário. O circuito equivalente resultante é o
que segue. Atente-se que é a representação por fase do motor de indução.
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Como o motor de indução não conta com um circuito de campo independente, seu
circuito equivalente não conta com a fonte de tensão interna , que aparece no circuito
equivalente das máquinas síncronas, por exemplo.
Já no caso de um rotor com gaiola de esquilo não é tão simples assim, porém se pode
dizer que há também uma relação de transformação.
Por último, no lado do rotor, a tensão induzida sobre ele é , e podemos ver também
que há uma reatância do rotor ( ) e uma resistência do rotor ( ). Perceba que o lado do
secundário (rotor) está em curto-circuito através da impedância + .
Vimos já que a frequência da tensão induzida no rotor será máxima quando o rotor
estiver parado e será mínima quando o rotor se mover na velocidade síncrona. Isto também
vale para a tensão induzida no rotor, ou seja, da mesma forma que = , uma relação
semelhante ocorre para a tensão, ou seja,
Onde é o valor da máxima tensão induzida no rotor (ou seja, é o valor da tensão na
condição de rotor bloqueado) e é o valor proporcional da tensão induzida no rotor na
condição do escorregamento .
Como você sabe, a resistência não varia com a frequência, porém a reatância sim.
Portanto, como temos uma reatância no secundário, e uma frequência que muda conforme o
escorregamento, conclui-se que a reatância do rotor é variável, também de maneira
proporcional ao escorregamento, ou seja,
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=� =
Bem, analisando o circuito do rotor, se pode dizer que a corrente que circula pelo rotor
( ) pode ser expressa através de
=
+
=
+
=
/ +
= ≅
+
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= ≅
/ + /
Entendido até aqui, vamos apresentar agora a forma com que usualmente é descrito o
circuito equivalente do rotor, através da reflexão do secundário para o primário. O circuito
equivalente por fase é o que segue na página seguinte.
= =
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= = × = �pm
�
Com um escorregamento de 5%, a velocidade nominal do motor será
= − = − , = �pm
Esta será a velocidade aplicada ao rotor do gerador. Dado que o gerador possui 16 polos, a
frequência elétrica por ele gerada será
�
= = = × = �z
�
Ficamos então com as alternativas B e C.
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A ferramenta é alimentada pelo gerador síncrono acima especificado (de 456 Hz). Portanto, a
frequência que alimenta o motor assíncrono da ferramenta é 456 Hz. Se o número de polos
deste motor assíncrono é 2, então o motor da ferramenta possui uma velocidade síncrona
dada por
= = × = . �pm
�
Se o motor da ferramenta possui escorregamento de 3%, então a velocidade nominal do motor
da ferramenta será de
= − = − , ≅ . �pm
Por não envolver uma segunda excitação, as relações de potência e conjugado no motor
assíncrono são bem diferentes daquelas vistas para as máquinas síncronas.
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Entretanto, até chegar no eixo há mais perdas, como as perdas por atrito e ventilação.
� =
�
� =
�
Entretanto não iremos adentrar na análise da expressão que gera a curva de conjugado
em relação à velocidade mecânica do motor de indução. Focaremos na análise da curva em si.
Tal curva possui a seguinte característica.
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A corrente nominal do motor de indução trifásico pode ser encontrada através de uma
das seguintes expressões.
= = =
√ √ co� √ co� ×
O uso desta técnica faz com que se reduza a corrente de partida a 1/3 daquela prevista
pela relação / . Para que tal técnica seja possível de ser implementada, é necessário que o
motor tenha todos os 6 terminais dos enrolamentos de armadura disponíveis.
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No caso de motores de indução com enrolamento bobinado, a partida pode ser feita
com correntes relativamente baixas inserindo resistências a mais no circuito do rotor durante
a partida. Essas resistências não só aumentam o conjugado de partida, como também reduzem
a corrente de partida.
Sendo assim, há que se ter bom senso em relação ao uso de uma tensão reduzida na
partida de um motor assíncrono, de modo a não se perder demais o conjugado na partida.
=
√ × ×
Onde é a potência mecânica do motor, é a tensão de linha que alimenta o motor, éo
rendimento do motor e é o fator de potência do motor.
Substituindo todas estas variáveis na equação temos
×
= ≅ A
√ × , × ,
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Máquinas Máquinas
CC CA
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4.1.1 O Gerador CC
Adotemos a figura a seguir para iniciarmos a nossa análise primeira análise: a máquina
CC funcionando como gerador CC.
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Esta montagem é relativamente simples. Trata-se de uma espira única (formada pelos
segmentos abcd) girando em torno de um eixo o , imersa em um campo magnético,
formado pelos polos N (norte) e S (sul) de dois ímãs externos.
A espira, por estar livre para girar, forma o rotor da máquina. Os ímãs, por estarem
fixos, formam o estator da máquina. Perceba ainda que, de maneira proposital, se esculpiu
as faces dos ímãs para que formassem o menor entreferro possível.
Pois bem... Imaginemos agora que o rotor desta máquina passe a girar (a uma
velocidade � ), por conta de uma ação externa.
=� �en �
Onde o ângulo � é aquele formado entre o os vetores � e �. Pelo fato de que a espira
está imersa em um campo magnético, isto irá produzir uma tensão induzida nos
terminais da espira.
Tal tensão induzida cresce rapidamente até completar 90º e decai a zero quando chega
à meia volta (180º). O ciclo se repete com sinal trocado na volta complementar.. A figura a
seguir ilustra o que ocorre com a tensão induzida.
Figura 49 - Tensão efetivamente induzida na espira, em função do ângulo entre o sentido do movimento e o sentido do
campo magnético.
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que, no instante em que a tensão na espira é igual a zero, os contatos põem em curto-circuito
os dois segmentos. A figura a seguir ilustra a nova montagem descrita.
Com isto, sempre que a tensão na espira muda de polaridade, os contatos também
mudam de segmento, e com isto a tensão induzida nos contatos é sempre da mesma
polaridade! Acompanhe a ilustração a seguir.
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Procurou-se demonstrar na figura acima o giro da espira e como este giro interage com
comutadores e escovas. Perceba que as escovas (quadrados preenchidos em preto) sempre
acabam ficando conectados com uma tensão de mesma polaridade. E são estes contatos que
formam os terminais + e - da máquina CC (aqui funcionando como um gerador CC).
4.1.2 O Motor CC
Agora que já vimos que escovas e comutadores são partes obrigatórias em máquinas
CC, vamos modificar um pouco a montagem anterior. Vamos supor agora a montagem da
figura a seguir.
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Perceba que agora conectou-se uma fonte CC (denominada ) nos terminais onde
antes era medida a tensão induzida . Em série com a fonte inseriu-se um resistor de valor
e uma chave liga/desliga. O restante da montagem permanece igual, ou seja, temos duas
escovas, um anel comutador, a espira e o campo magnético gerado pelo par de ímãs.
Bem, agora quando fechamos a chave liga/desliga a espira começa a girar, pois já
sabemos que uma espira que esteja livre para girar, quando imersa em um campo
magnético �, e percorrida por uma corrente elétrica , produz uma força , de tal modo que
= �
Devido ao anel comutador, a força sempre irá apontar no mesmo sentido (gerando
um conjugado constante), tal como indicado na figura a seguir.
Caso não houvesse o anel comutador, a máquina iria dar meia volta e parar, afinal de
contas, além de a alimentação ser constante, na meia volta complementar à primeira o sentido
na força iria se inverter, e com isso a máquina pararia.
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4.2 MOTORES CC
4.2.1 O Circuito Equivalente do Motor CC
Você pode observar que o circuito de armadura (localizado no lado direito da figura) é
representado por uma fonte e um resistor . Há ainda uma pequena fonte de tensão
, que representa a queda de tensão nas escovas do motor CC. Tal fonte se opõe à
tensão gerada na armadura.
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À esquerda na figura você vê o circuito de campo. Este é o circuito que produz o fluxo
magnético do motor. Ele é representado por um indutor e um resistor . Por vezes há
ainda um resistor de ajuste da corrente de campo , denominado .
Todas elas levam em seu nome o tipo de excitação que ocorre a partir do
circuito de campo do motor.
Motores CC
Veremos em detalhes cada um deles nas subseções a seguir. Mas antes disso, vamos
estabelecer alguns aspectos comuns a todos estes tipos:
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� = Kφω
� ∝ω e � ∝φ
φ∝�
τi = Kφ�
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τi ∝� e τi ∝φ
φ∝�
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Ou seja:
� =� +� �
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� −�
� =� +� � � =
�
E perceba que isto irá ocorrer com uma velocidade ω mais baixa!
Bem, fizemos todo este raciocínio mentalmente. Vamos agora traduzir isto em uma
linguagem matemática! Sabendo que a tensão de terminal do motor é
� =� +� �
� = Kφω τi = Kφ�
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A
A
⏞τi
� = ⏞Kφω +( )�
Kφ
E, isolando ω , chegamos a
�
ω = (� − τ )
Kφ Kφ i
Esta equação nos diz que, uma vez mantida constante a alimentação do motor (ou
seja, mantido um � constante) a relação entre a velocidade do motor CC em derivação é
praticamente uma linha reta com inclinação negativa muito leve.
Mas, para que isto ocorra, é necessário que outro parâmetro seja mantido constante: o
fluxo magnético φ.
Para que isto ocorra, é necessário que o motor não possua o chamado efeito de reação
de armadura (isso pode ser obtido ao se instalar no motor enrolamentos de compensação).
Vamos resolver duas questões para exercitar o que vimos até aqui.
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�� − � a
τa =
π
n ×
π
Onde é o fator de conversão da velocidade (dada em rpm) para rad/s. Efetuando as contas:
, − ,
τa = ≅ , Nm
π
×
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Ou seja,
� �
=
ω ω
Como a velocidade na primeira condição é igual a 25 rad/s e a velocidade na segunda condição
é igual a 20 rad/s, então
� �
= � = � � = , �
ω ω
A potência transmitida à carga também pode ser expressa em termos da corrente de
armadura e da tensão de armadura, ou seja,
� =� � � =� �
Como já vimos, pelo fato de o conjugado se manter constante, a corrente na armadura
deverá ser igual, sendo assim,
� =� � � =� �
Correlacionando estas duas expressões para a potência com a expressão já obtida para as
potências, teremos:
� � = , � �
As correntes de armadura se cancelam, ficando então
� = , �
� ⏞
⏟ −� � = , (� −� �
A
Chamando � � de � ,
� −� = , (� −�
Resolvemos agora a expressão, sabendo que � = �e� = �
−� = , −� , � = , × −
, � = , � = �
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Ajuste da Resistência de
Campo
Controle de Velocidade de
um Motor CC em Ajuste da Tensão do Circuito
Derivação de Armadura
Inserção de Resistor em
série com o Circuito de Pouco Usual
Armadura
� −�
� =
�
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Excelente pergunta!
Ocorre que a alteração de � é muito mais proeminente que a alteração do fluxo φ (ao
menos na faixa de operação nominal do motor, conforme será visto a seguir)! Ou seja, uma
pequena variação no fluxo magnético φ desencadeia uma grande alteração da corrente
� !
O fato disto acontecer faz com que mesmo havendo uma diminuição no valor do fluxo
magnético φ, o conjugado induzido τi aumenta (em razão de que o aumento de � é muito
mais forte que o decaimento do fluxo).
E um aumento no conjugado induzido faz com que ele fique maior que o conjugado da
carga, desencadeando um aumento na velocidade ω de giro da carga.
Este aumento de ω faz com que a tensão � , por sua vez, suba novamente. E a elevação
de � faz com que � se reduza. Esta redução se dá até que novamente τi se iguale ao τ a ga .
E isto ocorrerá numa velocidade ω agora superior à inicial.
O efeito aqui descrito literalmente pode ser resumido na forma gráfica como
demonstrado a seguir.
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Figura 5 - Característica de Terminal do motor CC com derivação, desde a vazio (m max) até a parada completa (m zero).
FONTE: CHAPMAN (2013).
Um motor CC em derivação com sobrecarga em seu eixo não deve ser regulado através
deste método de variação de resistência do circuito de campo, pois este método tenderá a
levar o motor a uma parada, e não a um aumento de velocidade.
Isso ocorre pois em velocidades mais baixas, um aumento da corrente � ocasionado pela
diminuição de � não será mais suficientemente grande para compensar a diminuição do fluxo
magnético φ na equação do conjugado induzido.
Vamos trazer novamente o nosso circuito equivalente, apenas para fins de facilidade de
acompanhamento do raciocínio que virá a seguir.
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Lembrando que agora não iremos mexer diretamente no circuito de campo, e sim na
tensão de armadura.
Bem, ocorre que para este método possa ser implementado, o circuito a ser utilizado
precisa ser levemente modificado, ficando desta maneira:
Ah... Agora sim! Perceba que vamos manter a tensão � de terminal constante (e assim
não mais mexeremos no circuito de campo do motor) e que o ajuste será feito a jusante do
circuito de campo ”através do elemento Controlador de Tensão Variável ), controlando a
tensão � !
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� −�
� =
�
Entretanto, o limite de operação por este método é a corrente de armadura, que não
poderá aumentar indefinidamente, devido a limitações físicas do circuito de armadura (que
pode superaquecer).
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Frente ao que vimos até aqui, em especial no que diz respeito ao controle de velocidade
pelo circuito de campo, podemos fazer a seguinte pergunta...
Porém agora perdemos o circuito de campo... O que acontece é que o motor mantém
um fluxo residual φ muito baixo... Com isto, o valor da tensão � induzida na armadura cai
assustadoramente até um determinado valor, elevando também de maneira assustadora a
corrente � , e consequentemente τi e ω atingem valores astronômicos!
Frente a este risco que a perda do circuito de campo pode ocasionar, é prudente que o
circuito de campo receba uma atenção especial no projeto de proteção de um motor CC.
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Este motor possui uma característica de terminal muito diferente daquela vista para
o motor CC em derivação.
τi = Kφ�
φ∝� φ = c�
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φ = c�
τi = Kφ� τi = Kc �
Sendo assim, se pode afirmar que, dentre os motores CC, o motor CC série é
seguramente aquele que mais fornece conjugado a uma carga a cada incremento de
ampère!
E por este motivo ele é o motor mais utilizado em cargas que requerem
conjugados elevadíssimos, tais como motores de arranque em veículos,
elevadores e motores de tração de locomotivas.
� =� +� � +� � � =� +� � +�
Já definimos que para o motor CC série há uma relação direta entre a corrente de
armadura � e o conjugado induzido, dada por
τi = Kc �
τi
� =√
Kc
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Também temos que para qualquer motor CC, a tensão � gerada na armadura é dada por
� = Kφω
Assim sendo, substituindo estas duas últimas expressões (para � e � ) na expressão que
modela o motor CC série, ficamos com
τi
� = Kφω + √ � +�
Kc
Resta eliminarmos o fluxo φ da expressão. E temos uma relação direta entre o fluxo φ e
a corrente de armadura � , lembram? Ela é dada por
τi
φ = c� φ = c√
Kc
τi τi τi τi
� = Kc√ ω +√ � +� Kc√ ω =� −√ � +�
Kc Kc Kc Kc
τi
� −√
Kc � + � �
ω = ω = √Kc − � +� )
τ Kc ( √τi
Kc√ i
Kc
Ou seja, podemos ver que a velocidade ω do motor CC série varia com o inverso do
quadrado do conjugado induzido τi !
Mas lembre-se: isto acontece desde que o fluxo φ do motor não esteja saturado (pois
admitimos a hipótese de que ele variava linearmente com o a corrente de armadura � )
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Tal relação é bem interessante, não é mesmo? Perceba o conjugado de partida como é
alto, e que ele ocorre numa velocidade extremamente baixa.
Agora... Olhe para a expressão que acabamos de definir. O que acontece se o conjugado
induzido tender a zero (ou seja, se o motor for ligado a vazio)?
A velocidade tende ao infinito! Claro que isto na realidade não acontece, devido ao
fato de que há perdas mecânicas envolvidas no processo, mas mesmo assim a velocidade
deste tipo de motor, se ligado a vazio, tende a ser elevadíssima.
Por este motivo, um motor CC série jamais deve partir a vazio, ou com conjugado
�
ω = √Kc − � +� )
Kc ( √τi
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Tal mudança no valor de � pode ser implementada através do uso de conversores CC-
CC, que estudamos lá na Eletrônica de Potência.
Este tipo de motor CC possui uma parte do circuito de campo em derivação e outra
parte do mesmo circuito de campo em série. Ou seja, ele pode ser montado de duas
maneiras distintas:
Figura 12 - Motor CC composto com derivação longa. Figura 13 - Motor CC composto com derivação curta.
FONTE: CHAPMAN (2013). FONTE: CHAPMAN (2013).
A ligação destas duas partes do circuito de campo (em derivação e em série) pode ser
feita de duas maneiras diferentes:
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Cumulativo
Derivação
Curta
Diferencial
Motor CC
Composto
Cumulativo
Derivação
Longa
Diferencial
� =� −�
Onde � é a corrente que entra pelos terminais do motor (vindo da alimentação externa
� ), � é a corrente que circula pelo enrolamento em derivação do circuito de campo e � é
a corrente que circula pelo circuito de armadura e pelo enrolamento em série do circuito
de campo.
� �
� = ou � =
⏟ � ⏟ � +�
i açã ga i açã a
Para este tipo de motor, há uma componente de fluxo magnético que é constante e
outra que é proporcional à sua corrente de armadura (e, consequentemente, proporcional
ao carregamento do motor).
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Isso quer dizer que o motor CC composto cumulativo possui um conjugado de partida
que é:
Para este tipo de motor CC, quando a carga do motor aumenta (� aumenta), sua
velocidade � diminui, obviamente. Ao acontecer isto, a tensão diminui (pois ∝ � ). Com
isto, a corrente aumenta.
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E com isto, uma corrente de armadura ainda maior é gerada! E aumentando a corrente
de armadura, o conjugado induzido tende a aumentar cada vez mais, ao ponto de
ultrapassar o conjugado da carga e seguir aumentando cada vez mais, tal como você pode
observar no gráfico a seguir.
Como você já pode ver, o motor CC composto diferencial é insamente instável, e sua
velocidade tende a disparar. Tal característica o torna inadequado para qualquer utilização.
Além do mais, esse motor é impossível de dar a partida, pois as correntes de campo e de
armadura necessárias são elevadíssimas!
E ainda pode ocorrer algo ainda mais bizarro! Como o fluxo série se subtrai do fluxo em
derivação, pode ocorrer ainda a inversão do sentido do fluxo magnético! Em outras
palavras, o motor pode até começar a girar no sentido inverso ao esperado, e ainda por
cima vir a queimar os enrolamentos armadura !
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Como o motor CC composto diferencial não tem sentido em ser usado, sendo,
portanto, aplicável o controle de velocidade somente ao motor CC composto cumulativo. E
os métodos de controle são os mesmos vistos para o motor CC série e o motor CC em
derivação.
Outra vantagem é que, também por não possuírem circuito de campo, podem ser
muito menores se comparados com os outros tipos de motores CC.
Em geral, os motores CC de ímã permanente são também mais baratos, mais simples
e mais eficientes que os demais tipos de motores CC. Entretanto, são construídos para
atender potências reduzidas (até cerca de 10 HP, conforme CHAPMAN, 2013)
Mas, há também desvantagens no uso deste tipo de motores CC. A principal delas é
em relação ao próprio fluxo magnético que os ímãs permanentes produzem.
Em síntese, se pode dizer (com um certo grau de abstração) que o circuito equivalente
de um motor CC com ímã permanente é basicamente o mesmo que o motor CC em
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derivação, exceto pela fato de que não há uma conexão elétrica do circuito de campo , e que
o fluxo magnético se mantém constante sempre.
Assim, pelo fato de o fluxo magnético ser constante, os únicos métodos possíveis de
controle de velocidade de um motor CC com ímã permanente são através do controle da
tensão aplicada no circuito de armadura, ou então através da variação da resistência de
armadura.
Durante a partida de um motor CC, por conta de que sua velocidade inicial � é igual
a zero, sua tensão de armadura também é igual a zero. Sendo assim, sua corrente de
armadura é máxima neste momento, sendo, portanto, a corrente de partida muito alta!
Como vimos, um motor CC pode ser, basicamente, ter sua velocidade controlada através
de 3 meios:
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Ela era feita através do Sistema Ward-Leonard. Este sistema consiste em conectar um
motor CA a um gerador CC, que por sua vez supre a tensão CC em um motor CC, tal como
apresentado na figura a seguir.
O motor CA funciona neste sistema como máquina primária, ou seja, ele fornece o giro
necessário para que o gerador CC funcione. E a tensão gerada pelo gerador CC (perdão pela
redundância...) pode ser controlada variando-se apenas a corrente de campo do circuito do
gerador.
Mas aí você pode pensar... Hoje em dia há métodos mais fáceis de se gerar a tensão na
armadura... Para que ver esse sistema? Bem, por 4 motivos:
1. Cai nas provas (acredito que este seja o principal nesta etapa de estudo );
2. Fator histórico: não é interessante ver como os engenheiros de antigamente eram
criativos?
3. Entender a correlação entre as máquinas;
4. Possibilidade de regeneração de energia.
Tal regeneração pode ser pensada da seguinte maneira, tal como descrito em CHAPMAN
(2013). Pense em um determinado trabalho exige o içamento de uma carga pesadíssima (um
elevador, por exemplo)
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E atrelado a isto vem o fator custo: é muito caro este sistema! Soluções muito mais
baratas do problema de controle de velocidade de motores CC são atingidas através do uso
de tiristores.
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4.3 GERADORES CC
Os geradores CC são as mesmas máquinas CC que já vimos até aqui. Não há diferença
real entre a construção de um gerador e um motor. O que diferencia um gerador de um motor
é o sentido do fluxo de potência.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHAPMAN, S. Fundamentos de Máquinas Elétricas: 5ª Edição. Porto Alegre: Editora
Bookman, 2013.
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5 QUESTÕES COMENTADAS
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Gabarito: CERTO.
Definição simples e eficaz de conjugado.
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Gabarito: Alternativa E.
Vamos aos dados da questão:
�e�ado� ��nc�ono = �pm = �z
Portanto, o número de polos deste gerador síncrono deve ser
×
= �= = = polo�
�
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Gabarito: Errado.
De acordo com a expressão
=
�
Onde (dada em rpm) é a velocidade síncrona do motor (também conhecida como velocidade
de campo girante), (dada em Hz) é a frequência da alimentação elétrica da máquina e � é o
número de polos da máquina.
Portanto,
×
= = . �pm
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Gabarito: Alternativa B.
O motor de indução é trifásico com rotor bobinado ligado em estrela. Conta com
escorregamento de 4% e resistência do rotor por fase igual a 0,2 ohm.
Para a condição nominal, o valor do conjugado de saída é dado por
−
� = � = � =
� � − �
A resistência de rotor a ser adicionada para que o escorregamento aumente para 10% deverá
ser de
+ ,
=
� � × ,
Simplificando os termos:
, = + , = , Ω
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Gabarito: Alternativa C.
A linha de produção possui 4 motores de indução monofásicos. Cada um com 2 cv. A potência
mecânica total é de
= × × = k�
Assim, o rendimento é de
= × %= × %= %
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Gabarito: Alternativa B.
O motor elétrico é trifásico e possui 20 HP de potência mecânica (ou seja, 14,92 kW). Ele possui
rendimento de 80%, fator de potência de 0,64 indutivo (tanto em estrela quanto em triângulo)
e está conectado a um sistema 220/127 V.
A corrente na configuração em triângulo será igual a
, ×
Δ = Δ
= ≅ , A
√ × × co� × √ × × , × ,
A corrente na configuração em estrela será
Δ ,
� = ≅ A
√ √
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Gabarito: Alternativa A.
A alternativa A é a resposta que procuramos, visto que o conjugado de partida dos motores de
indução é inclusive maior que o conjugado nominal.
As demais alternativas trazem características de motores de indução.
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Gabarito: Alternativa E.
A solução atual possui uma potência mecânica (em kW) total de
P .
º
P
= ⏞ ×⏞× = k�
E uma potência elétrica total de
ã P
º a a a a a a
= ⏞ × ⏞ × ⏞ × ⏞
, = = , k�
= × %= × % ≅ , %
,
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Gabarito: Alternativa C.
O gerador é síncrono e monofásico. Alimenta uma carga que consome 1,2 kW quando a tensão
de terminal do gerador é de 120 V. A reatância síncrona do gerador é de 5 ohms.
A questão nos diz que a impedância é constante. Se pode entender que constante quer dizer
que ela independe de condições. Como a única carga que independe de condições é a resistiva,
podemos dizer que a carga possui fator de potência unitário.
Assim, a corrente que circula pelo enrolamento de armadura é dada por
�
= � = = = A
� = − = � + = + × = + �
| |=√ + = �
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Gabarito: Afirmativa Errada.
O conjugado eletromagnético (ou seja, o conjugado induzido) em uma máquina síncrona
depende de outros fatores, conforme pode ser visto pela equação do conjugado:
�
� = �en
�
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Gabarito: Afirmativa Correta.
A rotação mecânica da turbina é a mesma rotação do rotor do gerador síncrono. Entretanto
não é necessariamente a mesma frequência da tensão elétrica gerada nos terminais do
estator. Vejamos os dois exemplos a seguir.
Digamos que a máquina seja de 2 polos. Então o rotor terá uma velocidade de 3600 rpm, ou
seja, 60 ciclos por segundo (leia-se 60 Hz). Neste caso, a frequência da tensão gerada será
também de 60 Hz.
Digamos agora que a máquina seja de 4 polos. Então o rotor terá agora uma velocidade de
1800 rpm, ou seja, 30 ciclos por segundo (leia-se 30 Hz). Entretanto, a frequência da tensão
gerada será ainda de 60 Hz.
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Gabarito: Afirmativa Errada.
O entreferro possui a mesma espessura somente nas máquinas de polos lisos.
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Gabarito: Afirmativa Errada.
A corrente que excita o circuito de campo de uma máquina síncrona é contínua, e não
alternada.
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Gabarito: Afirmativa Errada.
Em um gerador síncrono a tensão é induzida no estator, entretanto o estator é a peça que fica
estática.
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Gabarito: Alternativa A.
O gerador é síncrono, trifásico, ligação Y, reatância síncrona de 0,8 pu. A tensão em uma fase
deste gerador ( � ) é de 1,0 pu e a corrente nesta mesma fase ( ) é de 0,4 + j0,3 pu.
A tensão interna na fase do gerador será de
� = − = � + = , + , + , ,
= , + , + , , = , + , + ,
= , + , − , = , + , pu
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Gabarito: Alternativa C.
Analisemos as alternativas.
Alternativa A: Errada. Motores síncronos possuem baixo conjugado de partida, independente
do número de polos.
Alternativa B: Errada. A corrente de partida em motores sempre é elevada.
Alternativa C: Correta.
Alternativa D: Errada. Não se pode dizer que 500 rpm seja considerado alta velocidade.
Alternativa E: Errada. Motores síncronos funcionam sem escorregamento.
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Gabarito: Alternativa D.
O motor é trifásico, 60 Hz, ligação em Y, com tensão de alimentação 760√3 V, reatância síncrona
de j1 Ω e resistência de armadura desprezível. A carga acoplada em seu eixo é de 15 HP. A
corrente de linha é de 5 A e o fator de potência é unitário.
Vamos encontrar a potência elétrica útil que alimenta o motor (que é igual à aparente neste
caso, pois o fator de potência é unitário).
=√ =√ ×( √ × = , k�
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Gabarito: Afirmativa Errada.
Considerando = �z, e 2 polos, a velocidade de campo girante (ou velocidade síncrona)
desta máquina é de
×
= = = �pm
�
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Gabarito: Alternativa E.
Se 1 HP = 746 W, então o motor de 12 HP possui uma potência mecânica de
= × = , k�
Tal motor possui rendimento de 0,8, ou seja, sua potência elétrica útil é de
= / = , / , = , k�
Como o fator de potência deste motor é de 0,6, sua potência aparente será de
= / , = , / , = , k�A
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Nesse aparato, há dois trilhos condutores paralelos na horizontal, por onde uma barra
condutora vertical de 30 cm de comprimento pode deslizar, com força de atrito desprezível,
mantendo sempre o contato elétrico com eles.
Essa barra vertical está conectada a uma mola ideal que apresenta uma constante elástica kM =
20 N/m.
Nesse esquema, quando a chave S do circuito é fechada, observa-se que a barra vertical se
desloca por uma distância Δx = 1,5 cm, em relação à posição inicial em que a mola estava
relaxada.
Considerando-se que o aparato está imerso em um campo magnético ⃗B uniforme, qual será,
em Tesla, a intensidade desse campo?
A) 0,3
B) 0,4
C) 0,5
D) 0,6
E) 1,0
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Gabarito: Alternativa C.
Quando a chave S é fechada, circulará uma corrente elétrica i constante e igual a
i= = A
Neste momento, a barra se move 1,5 cm para a direita. Entretanto, há uma mola segurando a
barra. A constante desta mola é igual a 20 N/m. Montando a equação deste sistema, podemos
dizer que
� a = kx puxando pa�a a e�que�da
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Gabarito: Alternativa B.
Vejamos as afirmativas.
Afirmativa 1: Correta. Motores assíncronos (ou de indução) não possuem um campo
magnético gerado no rotor previamente formado, tal como ocorre nos motores síncronos. Nos
motores assíncronos, o campo magnético gerado pelo estator induz uma tensão no
enrolamento de campo (situado no rotor). Pelo fato de o rotor estar curto-circuitado, surge
uma corrente, e esta forma um campo magnético, que irá, por sua vez, "perseguir" o campo
magnético do estator, sempre numa velocidade menor.
Afirmativa 2: Errada. A velocidade síncrona é inversamente proporcional ao número de polos,
tal como demonstra a equação
f
n =
p
Afirmativa 3: Correta. Nas máquinas CC, os enrolamentos de armadura e de campo ficando
posicionados ao contrário das máquinas CA, ou seja, nas máquinas CC o enrolamento de
armadura fica no rotor e o enrolamento de campo fica no estator.
Afirmativa 4: Errada. Tal afirmativa só é verdadeira se a máquina CA for do tipo síncrona e o
número de polos for igual a 2. Para todas as outras possibilidades de máquinas CA, a
frequência elétrica é diferente da frequência de giro do rotor.
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Gabarito: Alternativa C.
A questão pede a alternativa incorreta. A alternativa incorreta é a letra C, pois os motores
de indução não funcionam na velocidade síncrona.
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Gabarito: Alternativa C.
Analisemos as alternativas. A questão pede a alternativa incorreta.
Alternativa A: Correta.
Alternativa B: Correta.
Alternativa C: Errada. Nas máquinas síncronas o enrolamento de campo conduz corrente
contínua.
Alternativa D: Correta.
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Gabarito: Alternativa B.
Analisemos as alternativas. A questão pede a alternativa incorreta.
Alternativa A: Correta.
Alternativa B: Errada. Nas máquinas CA o enrolamento de armadura fica no estator.
Alternativa C: Correta.
Alternativa D: Correta.
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Gabarito: Alternativa B.
Vejamos o circuito equivalente do gerador CC shunt (ou seja, gerador CC em derivação).
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×
� = = A
A corrente de campo � é
�
� = = = A
�
A corrente de armadura � é igual à soma das correntes � e � :
� =� +� = A
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Na máquina a que se refere o gráfico II, o enrolamento de campo fica em paralelo com o
enrolamento de armadura.
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Gabarito: Afirmativa Errada.
O gráfico II mostra que à medida que a velocidade do motor aumenta, o conjugado diminui.
Isto é característico dos motores CC série. E neste tipo de motor, o enrolamento de campo
fica em série com a armadura.
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Gabarito: Afirmativa Correta.
Por apresentar elevado conjugado na partida, a máquina descrita pelo gráfico II é aplicável a
um guindaste, que necessita de muito conjugado logo na partida do motor.
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Gabarito: Afirmativa Errada.
No gráfico I, a primeira parte, com conjugado constante e aumento de rotação, corresponde
ao controle da tensão de armadura.
A transição indica que o controle passou a ser feito seguindo-se da queda do conjugado com
o aumento da rotação no controle do campo.
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O gráfico I refere-se a uma máquina de corrente contínua com esquema de ligação excitação
composta.
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Gabarito: Afirmativa Errada.
A figura corresponde ao gráfico de uma máquina de corrente contínua com excitação
independente.
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Gabarito: Alternativa A.
A corrente na armadura � é dada por
� −� −
� = � = = A
� ,
Como a tensão transferida para as rodas é dada pela multiplicação da tensão gerada na
armadura pela corrente que circula pela armadura, então
� =� � � = × = k�
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Gabarito: Alternativa C.
No momento em que perde o circuito de campo, o fluxo magnético no campo tende a zero
(pois a corrente que passa pela bobina também tende a zero). A relação entre fluxo de campo e
velocidade do motor é a seguinte:
�
φ=
kω
Uma vez que o fluxo vai a zero, é necessário que a velocidade do motor aumente. A relação
entre fluxo de campo e corrente é a seguinte:
τi
φ=
k�
Uma vez que o fluxo vai a zero, é necessário que a corrente de armadura também aumente.
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