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Universidade Federal de Campina Grande - UFCG

Disciplina: Física Experimental II

Professor: Kennedy Leite Agra

RELATÓRIO DO EXPERIMENTO:
BALANÇA DE CORRENTE.

ALUNO: VINÍCIUS MONTEIRO DE


FREITAS
MATRÍCULA: 121110044
CAMPINA GRANDE, 18 de JUNHO DE 2023
1. INTRODUÇÃO

Um campo magnético é uma região do espaço onde ocorre uma interação magnética,
esse campo é gerado por cargas elétricas em movimento, como elétrons em um fio condutor
ou também ímãs. Em termos de características e propriedades, o campo magnético possui
direção, sentido e intensidade, e exerce forças magnéticas sobre objetos magnetizáveis ou
correntes elétricas, essa interação magnética é o principal personagem no estudo realizado e
aplicações tecnológicas. Além disso, é importante mencionar que a possibilidade de utilizar
campos magnéticos em diversas aplicações se deve, principalmente, por conta da pequena
intensidade do campo magnético terrestre. Essa característica permite a criação de campos
magnéticos externos que são capazes de exercer forças sobre outros corpos.

Os Campos Magnéticos são produzidos por correntes elétricas, que podem ser
correntes macroscópicas em fios, ou microscópicas associadas com elétrons em órbitas
atômicas. A unidade no SI para campo magnético B é o Tesla. O principal aspecto estudado à
seguir são as relações entre o campo magnético e suas fontes; partículas carregadas sem
movimento ou distribuições de correntes. A força magnética F que atua a em uma partícula
com carga que q e velocidade v em um campo magnético E. A direção da força será
determinada como função da corrente e da direção do campo magnético.

𝐹 = 𝑞. 𝑣 𝑥 𝐵 (1)

A equação (1) pode sofrer algumas alterações dependendo do modo que o


experimento é realizado, por exemplo, caso seja utilizada uma corrente elétrica (i), a equação
pode ser reescrita da seguinte forma:

𝐹 = 𝑖. 𝐿𝑥 𝐵 → 𝐹 = 𝑖. 𝐿. 𝐵. 𝑠𝑒𝑛 θ (2)

Onde:

F = Força;

L = Comprimento horizontal do condutor

B = Campo;

θ = Representa o angulo em que a corrente está passando.


Se L é paralelo a B, F = 0

A equação a seguir será utilizada neste experimento:

𝐹 = 𝑖. 𝐿𝑥 𝐵 → 𝐵 = 𝐹/𝑖. 𝐿 (3)

Espiras de vários tamanhos são suspensas em posição de equilíbrio, e a força


magnética é determinada como função da corrente e da indução magnética. O campo
magnético uniforme é gerado por um ímã permanente.

2. OBJETIVOS.
Análise da Força magnética de um campo magnético uniforme sobre um segmento retilíneo
de corrente

3. MATERIAIS UTILIZADOS.
● Balança;
● Blocos polares;
● Placas com espiras condutoras retangulares;
● Fonte;
● Amperímetro;
● Cabos;

· 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.

Para o início do experimento, já foi realizada a seguinte montagem:

Figura 1 referente à montagem do experimento. Fonte: Livro Texto Fis. Exp. II


A espira escolhida foi pendurada no braço da balança e a equilibrada de modo que a
seção horizontal do condutor fique perpendicular às linhas de campo – sendo a seção
horizontal do condutor ajustada, no CENTRO do campo uniforme (ajuste fino com parafuso
no tripé). Ajustou-se a balança e mediu-se a massa inicial das espiras. A massa inicial m0 das
espiras é determinada sem campo magnético. O campo magnético é então inserido, e a massa
m (aparentemente aumentada) é medida, a Força Magnética é igual à Força obtida pela
diferença entre as duas leituras de massas (m – m0), que corresponde ao peso necessário para
equilibrar a força magnética provocada pela corrente I.

Uma vez medida essa massa, ligou-se a fonte de tensão e variou-se a corrente elétrica
na na espira em intervalos de 0,5A, anotando os novos valores de massa para a espira na
Tabela 1.

Mo = 40,8 M = M1 - Mo F(peso) = M * 9,81 m/s²

Tabela 1

I (A) 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0

M1(g) 41,30 41,80 42,25 42,70 43,15 43,60 44,10 44,50

M (g) 0,50 1,00 1,45 1,90 2,35 2,80 3,30 3,75

F(peso) 4,905 9,81 14,22 18,64 23,05 27,47 32,37 36,79

Fonte Própria

Agora com a corrente fixada em I = 2,0 A, substitui-se os condutores de corrente por


outro e o procedimento foi repetido e anotando os valores de mo (g) e m(g). Repita para os
outros condutores de corrente. Os valores foram anotados na tabela 2.

Tabela 2

Comprimento da Massa (Mo) Massa (M1) M = (M1-Mo)


Espira de corrente (L)

12,5 mm 32,85 33,15 0,30

25 mm 32,79 33,25 0,46

50 mm 38,7 39,7 1,00

100 mm 40,8 42,70 1,90

Fonte Própria
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES.

Com os dados obtidos, plotou-se um gráfico da Força-Peso X Corrente com os dados


obtidos na Tabela I para a espira de 50mm. Considerando a aceleração da gravidade como g =
9,81m/s². E foi observado que o gráfico segue uma função linear.

Gráfico referente a tabela 1, Força x


Corrente.

Utilizando a equação , é possível determinar o campo magnético. Como nesse gráfico,


a força é somente função da corrente, então é possível afirmar que:

Onde α é o coeficiente angular da reta. Calculado abaixo:

y2-y1/x2-x1 =(36,79-4,905)/(4-0,5) = 9,11

B = a/L

B = 9,11 / 50= 0,1822 T

Posteriormente, realizou-se o gráfico da tabela 2.

Gráfico referente a tabela 2, L x M.


O mesmo cálculo do coeficiente angular foi realizado.

y2-y1/x2-x1 =(40,8-32,85)/(1,9-0,3) = 4,96875

B = a/L = 4,96875/50 = 0,099375 T

5. CONCLUSÃO
Com base nos gráficos realizados, pode-se observar que os valores foram
satisfatórios, pois obteve-se um gráfico realmente linear, principalmente quando se compara
com a tabela 1, que por sua vez possui mais medidas, entretanto a tabela 2, por possuir
menos medidas, apresentou valores mais divergentes, por conta de possíveis erros de
realização do experimento como aferir erradamente o peso ou calibração da corrente.

6. Referências Bibliográficas

Pedro L. Nascimento, Laerson D. da Silva, Marcos J.A. Gama, Wilson F. Curi, Alexandre J.
A. Gama (Professores) Anthony Josean C. Caldas(Engenheiro).. Guia do Experimento.
Universidade Federal de Campina Grande.[3] Pedro L. Nascimento, Laerson D. da Silva,
Marcos J.A. Gama, Wilson F. Curi, Alexandre J. A. Gama (Professores) Anthony Josean C.
Caldas(Engenheiro). Livro Texto LABOEM.

Tipler, Paul A.; Mosca, Gene (2009). FISICA PARA CIENTISTAS E ENGENHEIROS
VOL. 2

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