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Universidade Federal de Campina Grande


Centro de Ciências e Tecnologia – CCT
Unidade Acadêmica de Física - UAF
Laboratório de Física Experimental I

EXPERIMENTO: MEDIDAS DE TEMPO

Discente: Tayná Laís Lima da Costa


Matrícula: 121110256
Docente: Alexandre José de Almeida Gama
Turma: 08
Nota:

Campina Grande - PB, 24 de outubro de 2022


tayna.lais@estudante.ufcg.edu.br
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Experimento: Medidas de tempo.

Autor: Tayná Laís Lima da Costa.


Unidade Acadêmica de Física, Centro de Ciências e Tecnologia, Universidade Federal de Campina Grande,
Bodocongó, 58109-970, Campina Grande – PB

1. INTRODUÇÃO
O presente relatório aplica-se ao primeiro experimento da disciplina Física
Experimental I, referente às medidas de tempo, realizado no dia 18 de outubro de 2022 em
aula ministrada pelo professor Alexandre José de Almeida Gama.
O experimento foi dividido em duas etapas:
● Análise dos tempos de queda de uma régua;
● Análise dos intervalos de tempo de oscilações em um pêndulo simples.

1.1 OBJETIVOS
O experimento realizado tem como desígnio principal determinar o tempo de reação
de um indivíduo e a incerteza que deverá ser considerada durante a medição de um intervalo
de tempo. Em somatório, como objetivos específicos, tem-se:
● Realizar os tratamentos estatísticos dos dados obtidos a fim de determinar os valores
médios;
● Identificar e analisar os desvios padrões obtidos.

1.2 MATERIAL UTILIZADO


Para a realização do experimento, fez-se uso de uma régua milimetrada de 30
centímetros - utilizada na primeira parte do experimento - de um cronômetro e de um pêndulo
simples - utilizados na segunda parte do estudo.

2. PROCEDIMENTOS E ANÁLISES

2.1 Parte A - Determinação do tempo de reação.


Como demonstrado na figura 1, o primeiro procedimento deverá ser realizado em
dupla. Enquanto um dos indivíduos segura na extremidade superior da régua (em posição

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vertical e com marca zero para baixo), o outro deverá posicionar os dedos indicador e polegar
entreabertos na marca zero da régua.
Por fim, quando o instrumento for solto, sem aviso prévio, o indivíduo com a mão
posicionada deverá tentar segurá-lo. Vale ressaltar que não se deve subir ou descer a mão.
Quando a régua for pega, a distância “S” será marcada.

Imagem 1 - Demonstração da parte A do experimento.

Na experiência realizada em laboratório, foram determinadas 10 distâncias para cada


aluno da dupla, somando um total de 20 medidas, disponibilizadas nas tabelas IA e IB abaixo.

N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

S(cm) 9,0 14,3 14,9 8,2 9,1 11,2 13,2 11,2 8,8 19,5
Tabela IA - Distâncias de queda.

N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

S(cm) 19,5 8,0 16,8 12,9 11,6 11,9 14,4 9,6 9,7 9,6
Tabela IB - Distâncias de queda para o colega.

A partir das medidas obtidas e considerando que a resistência do ar é nula, podem ser
calculados os tempos de queda livre da régua e, por conseguinte, os seus valores médios, que
correspondem ao tempo gasto para a reação. Para isso, faz-se uso da seguinte fórmula:

S = ½.g.t²
Equação I - Movimento de queda livre.

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Assumindo que g = 9,81 m/s² e convertendo os valores das tabelas IA e IB para


metros, obtêm-se os valores aproximados de t, expressos nas tabelas IIA e IIB.

N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

t(s) 0,135 0,171 0,174 0,129 0,136 0,151 0,164 0,151 0,134 0,199
Tabela IIA - Tempo de queda.

N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

t(s) 0,199 0,128 0,185 0,162 0,154 0,156 0,171 0,140 0,141 0,140
Tabela IIB - Tempo de queda para o colega.

Por fim, calcula-se o valor do tempo médio de cada reação com base nos valores
obtidos, a partir da fórmula do valor médio de uma série.

V = 1/N . ∑Vi
Equação II - Valor médio de uma série.

Para a tabela IIA:


V = (0,135 + 0,171 + 0,174 + 0,129 + 0,136 + 0,151 . 2 + 0,164 + 0,134 + 0,199) / 10
V = 1,544 / 10 = 0,1544 s ⫽

Para a tabela IIB:


V = (0,199 + 0,128 + 0,185 + 0,162 + 0,154 + 0,156 + 0,171 + 0,140 . 2 + 0,141) / 10
V = 1,576 / 10 = 0,1576 s ⫽

2.2 Parte B - Incerteza na medição de um intervalo de tempo.


Nesta parte do experimento, faz-se uso de um cronômetro para medir o intervalo de
tempo de dez oscilações de um pêndulo de 70 centímetros. A figura 2 mostra uma ilustração
dos instrumentos e uma demonstração do procedimento a ser realizado.

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Figura 2 - Demonstração e ilustração da parte B do experimento.

Foram feitas 10 medições por dois alunos, totalizando 20 medidas de intervalos de


tempo. Os dados obtidos estão expressos nas tabelas IIIA e IIIB.

N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

𝚫t (s) 16,96 16,78 16,77 16,53 16,75 16,50 16,42 16,47 16,60 16,65
Tabela IIIA - Intervalos de tempo.

N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

𝚫t (s) 16,22 16,79 16,64 16,82 16,84 15,40 17,12 16,34 15,62 16,29
Tabela IIIB - Intervalos de tempo para o colega.

Com o conjunto de intervalos obtidos, torna-se possível realizar o tratamento


estatístico dos dados e obter valores para os desvios padrão das médias, ou seja, a incerteza
presente nas medidas. Para isso, faz-se uso das seguintes fórmulas:

𝞼vm = 1/N . √ ∑ (𝝳Vi)²


Equação III - Desvio padrão da média.

𝝳Vi = Vi - V ⟹ 𝝳Vi² = ( Vi - V)²


Equação IV - Desvio.

V = 1/N . ∑Vi
Equação II - Valor médio de uma série.

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Para a tabela IIIA:


V = (16,96 + 16,78 + 16,77 + 16,53 + 16,75 + 16,50 + 16,42 + 16,47 + 16,60 + 16,65) / 10
V = 166,43 / 10 = 16,643 s

𝝳Vi1 = (16,96 - 16,643)² = 0,100489 𝝳Vi6 = (16,50 - 16,643)² = 0,020449


𝝳Vi2 = (16,78 - 16,643)² = 0,018769 𝝳Vi7 = (16,42 - 16,643)² = 0,049729
𝝳Vi3 = (16,77 - 16,643)² = 0,016129 𝝳Vi8 = (16,47 - 16,643)² = 0,029929
𝝳Vi4 = (16,53 - 16,643)² = 0,012769 𝝳Vi9 = (16,60 - 16,643)² = 0,001849
𝝳Vi5 = (16,75 - 16,643)² = 0,011449 𝝳Vi10 = (16,65 - 16,643)² = 0,000049
𝝳Vi = 0,26161 s²

𝞼vm = (√ 0,26161) / 10 = 0,051147824978194

Portanto, tem-se que:


𝚫t = (16,64 土 0,05) ⫽

Para a tabela IIIB:


V = (16,22 + 16,79 + 16,64 + 16,82 + 16,84 + 15,40 + 17,12 + 16,34 + 15,62 + 16,29) / 10
V = 164,08 / 10 = 16,408 s

𝝳Vi1 = (16,22 - 16,408)² = 0,035344 𝝳Vi6 = (15,40 - 16,408)² = 1,016064


𝝳Vi2 = (16,79 - 16,408)² = 0,145924 𝝳Vi7 = (17,12 - 16,408)² = 0,506944
𝝳Vi3 = (16,64 - 16,408)² = 0,053824 𝝳Vi8 = (16,34 - 16,408)² = 0,004624
𝝳Vi4 = (16,82 - 16,408)² = 0,169744 𝝳Vi9 = (15,62 - 16,408)² = 0,620944
𝝳Vi5 = (16,84 - 16,408)² = 0,186624 𝝳Vi10 = (16,29 - 16,408)² = 0,01392
𝝳Vi = 2,75396 s²

𝞼vm = (√2,75396) / 10 = 1,659505950576858 s

Portanto, tem-se que:


𝚫t = (16,4 土 1,7) ⫽

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3. CONCLUSÃO
Com base no exposto, pode-se concluir, primeiramente, que os tempos de reação
analisados na primeira parte do experimento não tiveram uma distinção significativa;
Enquanto o primeiro aluno obteve uma média de 0,1544 s, o segundo obteve a média de
0,1576 s. Em somatório, pode-se inferir que o desvio padrão médio obtido no estudo com o
pêndulo pelo primeiro aluno é consideravelmente menor em relação ao obtido pelo segundo,
ou seja, a precisão presente na primeira leitura é maior. Cabe ressaltar que essas variações
podem ocorrer devido a descuidos durante a realização da experiência como, por exemplo,
cessar a contagem do cronômetro antes ou depois do fim do intervalo das oscilações.
Por fim, conclui-se que o experimento se torna fundamental para a percepção da
importância do tratamento de dados estatísticos, bem como para a compreensão da
necessidade de se realizar uma série de leituras - tendo em vista que apenas uma única leitura
não fornece a precisão necessária para a obtenção dos dados e, por conseguinte, não
possibilita a obtenção de resultados conclusivos e coerentes.

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