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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DA FOZ DO RIO ITAJAÍ


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PETRÓLEO
DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL III

BALANÇO MAGNÉTICO

Aline Souza da Silva


Franciani Goedert

Prof. MSc. Marina Enricone Stasiak

BALNEÁRIO CAMBORIÚ
14 de agosto de 2018.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................................................3
2. OBJETIVOS.....................................................................................................................................3
3. MATERIAIS E MÉTODO..............................................................................................................3
4. RESULTADOS E DISCURSÕES...................................................................................................5
5. CONCLUSÃO..................................................................................................................................7
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................7
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1. INTRODUÇÃO

Em 1820, Oersted foi o primeiro físico a observar um campo elétrico junto com a
corrente elétrica. O físico dinamarquês conseguiu provar sua teoria através de um
experimento que quando as cargas elétricas se movimentam no interior de um fio
condutor de eletricidade, é correto dizer que há corrente elétrica e que esta gera um
campo magnético induzido, conforme observado em outros experimentos.

Agora, considerando que este fio condutor esteja imerso num campo magnético B
gerado por um imã, pode-se afirmar que existe uma interação entre B e o campo
magnético induzido pela corrente do fio e que esta interação gera uma força magnética,
vetorial, conhecida como F e dada por:

𝐹 = 𝑖(𝐿 𝑥 𝐵)

em que (L x B) é o produto vetorial de L, vetor comprimento de módulo L, com o vetor do


campo magnético B.

Pela expressão acima, observa-se que a força magnética induzida tem direção que está
ligada com a direção da corrente elétrica e do campo B, proveniente da posição do imã. Esta
dependência será analisada neste experimento.

2. OBJETIVOS

O experimento de balanço magnético tem como principais objetivos identificar o


vetor indução magnética e o sentido da corrente elétrica que circula em um condutor,
como também reconhecer que o campo magnético gerando em torno de uma carga
elétrica em movimento e que a corrente elétrica, quando aplicada a um condutor,
produz efeitos magnéticos. Assim pode-se aplicar, também, o conceito da regra da mão
direita.

3. MATERIAIS E MÉTODO

A seguir são apresentados os materiais utilizados para a realização do experimento. A figura


1 mostra cada um deles, apresentados com o número correspondente.

01 base com sapata, bornes, trilhos articuláveis, indicadores articuláveis para o


sentido da corrente elétrica e do vetor campo magnético, luvas deslizantes (1);
01 conjunto de hastes paralelas contendo imã de NdFeB (3);
01 balanço condutor elétrico (5);
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01 fonte de alimentação regulada para 3 VCC (10);


01 chave inversora (9);
04 fios com pinos banana para conexão (1a);

Figura 1 – Ilustração do arranjo experimental

Fonte: Roteiro experimental, 2018.

Inicialmente foi ligada a chave de modo que a corrente circulasse no sentido


convencional (do polo positivo para o negativo). As placas identificadoras da corrente e
do campo magnético foram posicionadas conforme sua orientação real, como indicado
pela Figura 2, e foi observado o ocorrido.

Figura 2 – Vetores, corrente elétrica e campo magnético

Fonte: Roteiro experimental, 2018

Na próxima etapa foi colocado o imã com o polo norte para baixo, permanecendo
o mesmo sentido da corrente. A placa identificadora do campo magnético foi
reorientada.

Em seguida, foi posicionado o polo norte do imã para cima, com a corrente ainda
no sentido convencional, para se avaliar o sentido da força eletromagnética que atuou no
balanço.
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Por último, modificando a posição da chave inversora o sentido da corrente foi


adotado como sendo o não convencional (polo negativo para o polo positivo) e manteve-
se o polo norte do imã para cima.

4. RESULTADOS E DISCURSÕES

Ao realizar o procedimento pela primeira vez, observou-se que o balanço foi


repelido, saindo conseqüentemente do repouso. Isso ocorreu por conta da força
eletromagnética que é a resultante da interação do campo magnético do imã com o
campo magnético induzido.

Na segunda vez, com os pólos do imã invertidos, o balanço atraído, ainda que a
corrente tenha permanecido no mesmo sentido que o anterior. Na Figura 3, é possível
verificar que o vetor força é perpendicular aos vetores corrente elétrica e campo
magnético do imã. Notando que essa força é perpendicular ao plano formado por esses
dois vetores.

Figura 3 – Vetores, corrente elétrica, força eletromagnética e campo magnético

Fonte: Roteiro experimental, 2018

Em seguida, o pólo norte do imã foi posicionado pra cima, com a corrente
permanecendo no sentido convencional. Verificou-se mudança no sentido da força
eletromagnética, sendo essa contrária a etapa anterior do experimento, o balanço foi
novamente repelido. Segue a Figura 4 que o ilustra

Figura 4 – Vetores, corrente elétrica, força eletromagnética e campo magnético


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Fonte: Roteiro experimental, 2018

Para finalizar o procedimento, a posição da chave inversora foi modificada,


com o sentido da corrente sendo o não convencional, e manteve-se o pólo norte
do imã para cima, o balanço foi novamente atraído. Na Figura 5 é possível observar
a configuração realizada:

Figura 5 – Vetores, corrente elétrica, força eletromagnética e campo magnético

Fonte: Roteiro experimental, 2018

A força que proporciona o deslocamento do balanço é de natureza


eletromagnética. A Física diz que um condutor está sujeito à essa força quando for
percorrido por uma corrente elétrica e estiver imerso em um campo magnético.

Assim, verificou-se pelo experimento que o sentido da força eletromagnética


atuante no condutor imerso no vetor B depende do sentido da corrente que por ele
circula. Isso ocorre porque a resultante da interação entre os campos magnéticos (do imã
e o induzido pela corrente) é a força eletromagnética. O campo induzido pela corrente,
por sua vez, tem seu sentido baseado no sentido da corrente de forma que, alterando o
sentido da corrente, altera-se também o sentido da força.

Deste modo, A direção da força eletromagnética F atuante é perpendicular ao


plano formado pelas direções de B e i.

O sentido da força eletromagnética atuante F pode ser definido pela muito


conhecida regra da mão direita. Ela diz que, ao colocar o polegar direito no sentido da
corrente elétrica, o dedo indicador no sentido do campo magnético, o dedo médio dará
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a direção e sentido da força eletromagnética. Nesse experimento, essa regra foi


obedecida em todos os processos.

O módulo da força eletromagnética atuante F é calculado pela expressão:

𝐹⃗𝐵 = 𝑖𝐿⃗ × 𝐵⃗

Onde i é a corrente, 𝐵⃗ o campo magnético e 𝐿⃗ é um vetor comprimento de módulo L, com a


mesma direção que o trecho de fio e o sentido igual ao da corrente.

5. CONCLUSÃO

A interação de campos perpendiculares entre si (sendo um induzido por uma corrente


e o outro uma campo magnético), resulta em uma força de natureza eletromagnética que
tem direção perpendicular ao plano de interação  dos dois campos. Ao longo do
experimento observou-se que essa força foi a responsável por atrair ou repelir o balanço,
que por sua vez foi percorrido por uma corrente elétrica  e estava em contato com o
campo magnético gerado pelo imã.

Ao analisar-se o sistema com a alteração dos pólos do imã e alternando o sentido da


corrente elétrica foi possível perceber o  sentido  do  movimento  do  balanço  era
invertido  a  cada  processo (atraído ou repelido). Sendo assim, ao inverter o sentido da
corrente ou o sentido do campo magnético, a força eletromagnética resultante também
mudará de sentido. 
Portanto, foi possível constatar a ação da força eletromagnética como um produto da
união de campos magnéticos e discernir seu sentido a cada processo. Associando o
sistema corrente-campo magnético, observou-se que o sentido da força eletromagnética
obedece à regra da mão direita.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física. 8. ed. Rio
de Janeiro: LTC, 2009. Vol. 3. p.204.
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