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Relatório Laboratório Física III


Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP

Título: Indução Magnética

Experimento 4- Engenharia Química Integral


UC: Laboratório Física III
Professor: Fabiana Carvalho

Grupo:
Aline Beatriz Soares Passerini RA: 148849
Amanda Calil Barcellos Leite RA: 150005
Caroline Ciola Andriotti RA: 150712
Kriscia Pompolino Santinoni RA: 148958
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Sumário

Introdução .......................................................................................... 3
Experimento 1 - O experimento de Faraday........................................ 5
Experimento 2 – Eletroímã ................................................................. 6
Experimento 3 - Transformador.......................................................... 7
Experimento 4 - Gerador .................................................................... 8
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Introdução
Um ímã é definido com um objeto capaz de provocar um campo magnético à sua
volta. Os pólos magnéticos de um ímã são as regiões onde se intensificam as ações
magnéticas. Um ímã é composto por dois polos magnéticos, norte e sul,
normalmente localizados em suas extremidades, exceto quando estas não
existirem, como em um ímã em forma de disco, por exemplo. Ao manusear dois
ímãs percebemos claramente que existem formas de colocá-los para que estes
sejam repelidos ou atraídos. Isto se deve ao fato de que polos com mesmo nome
se repelem, mas polos com nomes diferentes se atraem. As linhas de campo
magnético “saem” do polo norte e “entram” no polo sul:

Por volta de 1820, Oersted descobriu que existe uma relação entre os fenômenos
elétricos e magnéticos. Acidentalmente, Oersted observou que a passagem de
corrente elétrica em um fio condutor podia alterar a direção de alinhamento de
algumas bússolas que haviam sido deixadas nas proximidades do fio.

O experimento de Oersted permitiu-nos compreender que a eletricidade e o


magnetismo, até então “independentes” um do outro, são fenômenos da mesma
natureza, e foi a partir dessa descoberta que se iniciaram os estudos sobre o
eletromagnetismo.

De acordo com os avanços dos estudos seguidos da descoberta de Oersted, entendeu-


se que as correntes elétricas eram capazes de gerar campos magnéticos, mas a
recíproca, por sua vez, só foi observada em 1831, por Michael Faraday.

Faraday descobriu que uma corrente elétrica é gerada em um circuito elétrico


fechado, quando este é colocado numa região em que haja um campo magnético
variável. Esse fenômeno recebeu o nome de indução eletromagnética, e a corrente
que surge é chamada de corrente induzida.
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A diferença de potencial responsável pela geração da corrente induzida é conhecida


por força eletromotriz induzida (ε). Um outro trabalho foi realizado para saber o
sentido da corrente induzida, possibilitando o entendimento da relação entre o
sentido da corrente induzida e a causa que lhe deu origem. É isso que nos informa a
chamada lei de Lenz: “O sentido da corrente induzida é tal que o campo magnético
criado por ela se opõe à causa que lhe deu origem". “

Deste modo a Lei de Indução de Faraday pode ser enunciada da seguinte forma: “A
força eletromotriz induzida média, num condutor fechado, é diretamente proporcional à
rapidez negativa da variação do fluxo de indução magnética (Φ ) que o atravessa.”
B

−∆𝜑𝐵
𝜖=
∆𝑡

Observação: A unidade do fluxo de indução magnética Φ é o Weber (Wb), a unidade


B

da f.e.m (ε) induzida é o volt (V) e a unidade do tempo t é o segundo (s).


Preparação: Caracterização da bússola

1) Na aba "ímã em barra”, observe a posição do ímã e da bússola. Inverta a


polaridade do ímã no painel à direita e observe novamente. Após isso,
determine o norte e o sul da bússola através das cores correspondente
Sabe-se o pólo norte e polo sul do ímã, a partir deles é possível definir o norte
e sul da bússola. Ao direcionar o pólo sul do ímã para a bússola, a ponta
vermelha da agulha aponta para o ímã, sendo este o Norte da bússola. Ao
direcionar o pólo sul do ímã para a bússola, a ponta branca aponta para o ímã,
sendo este o Sul da bússola.
Ponta vermelha: Norte; Ponta Branca Sul
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Experimento 1 - O experimento de Faraday

2. Na aba “solenoide”, escolha uma bobina e ajuste o número de espiras no painel à


direita para 1 espira.
3. Aproxime e afaste lentamente (tentando manter a mesma velocidade) o ímã do
centro da bobina.

Questão 1. Explique fisicamente o acender e apagar da luz.


Ao aproximar e afastar lentamente o ímã do centro da bobina, faz com que uma
corrente apareça em um sentido, quando o ímã se aproxima, e posteriormente, no
sentido oposto quando o ímã se afasta. Isso acontece pois é produzida uma
diferença de potencial ao variar o fluxo magnético. Esta variação de fluxo
magnético provoca uma corrente elétrica induzida que faz acender e apagar a luz
da lâmpada.

4. Repita o item anterior com uma velocidade significativamente maior.

Questão 2. Compare a intensidade da luz no caso da movimentação do ímã com


baixa velocidade e alta velocidade e justifique fisicamente a diferença observada.
A intensidade da luz em movimentação do ímã com baixa velocidade é menor do
que a intensidade da luz em movimentação do ímã com alta velocidade. Isso ocorre
pois, ao movimentar o ímã em alta velocidade, a corrente elétrica induzida aumenta
também, fazendo com que a intensidade da luz seja maior do que ao movimentar o
ímã em baixa velocidade.

5. Aumente o número de espiras para o máximo (3 espiras) no painel à direita.


6. Aproxime e afaste o imã com uma velocidade alta e compare o brilho da lâmpada
com aquele obtido no item 4.

Questão 3. Justifique fisicamente a diferença observada entre o brilho da lâmpada


nos itens 4 e 6. A intensidade da luz em movimentação do ímã com alta velocidade
e apenas uma espira é menor do que a intensidade da luz em movimentação do ímã
com alta velocidade e 3 espiras.
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Isso ocorre pois, ao movimentar o ímã em alta velocidade com apenas 1 espira, a
corrente elétrica induzida aumenta, mas, devido ao número de espiras, a intensidade
da luz é menor, logo, ao movimentar o ímã em alta velocidade com 3 espiras, a
combinação de maior velocidade e maior número de espiras, faz com que a
intensidade da luz seja maior.

Experimento 2 – Eletroímã

7. Acesse a aba “Eletroímã”.


Questão 4. Utilizando a regra da mão direita, identifique o sentido do campo
magnético gerado pelo eletroímã e compare com o indicado pela bússola.,

Aplicando a regra da mão direita o sentido do campo magnético obtido foi o sul
(para a esquerda), sendo similar ao mostrado pela bússola do simulador.

8. Inverta a polaridade da pilha de +10V para -10V (arrastando para a esquerda o


botão de ajuste de voltagem contido na imagem da própria pilha).

Questão 5. O que aconteceu com o sentido do campo magnético gerado? Justifique


fisicamente o observado.

Quando a polaridade é invertida, o sentido do campo magnético também é


invertido. Isso ocorre devido a inversão do sentido da corrente ao alternar a
polaridade.

9. Substitua a pilha por uma fonte de corrente alternada AC (~) no painel à direita.

Questão 6. Que tipo de campo magnético é observado?

O campo magnético observado é do tipo solenoide, sendo formado por fios


condutores espalhados uniformemente. Ao ser percorrido por uma corrente elétrica,
os mesmos passam a atuar como eletroímãs, gerando um campo magnético
constante.
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Sabe-se também que quanto maior a superioridade do comprimento em


comparação ao raio, mais próximo o campo está do ideal.

Experimento 3 - Transformador

10. Acesse a aba “Transformador” e escolha a opção de corrente alternada no painel


à direita.

11. Ajuste a frequência e a intensidade do enrolamento primário para os seus valores


máximos (100%).

12. Ajuste o número de espiras do enrolamento secundário para 1 espira.

13. Sobreponha o primário ao secundário do transformador e observe o brilho da


lâmpada.

14. Aumente o número de espiras do secundário para o máximo (3 espiras) e observe


o brilho da lâmpada.

Questão 7. É possível estabelecer alguma relação entre o número de espiras e o


brilho da lâmpada? Compare com o esperado teoricamente para os transformadores.

Um transformador de tensão é constituído por uma peça de ferro, denominada de


núcleo do transformador, ao redor do qual são enroladas duas bobinas. Na bobina
primária é aplicada a tensão que se deseja aumentar ou diminuir, e essa tensão é
estabelecida nos terminais da bobina secundária. Ao aplicar essa tensão, surgirá
uma corrente alternada que percorre a bobina primária, essa corrente alternada
estabelece um campo magnético no núcleo de ferro, que sofre com flutuações,
criando um fluxo magnético induzido na bobina secundária.

Este fluxo magnético induzido é variado produzindo corrente elétrica induzida, ao


aumentar o número de espiras, a corrente induzida aumenta também, logo a
intensidade da luz aumenta também, obtendo uma relação entre o número de espiras
e o brilho da lâmpada.
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15. Substitua a lâmpada pelo medidor de voltagem no painel à direita e repita os


itens 12 a 14, observando agora a voltagem indicada no medidor.

Questão 8. É possível estabelecer alguma relação entre o número de espiras e a


voltagem produzida pelo secundário do transformador? Compare com o esperado
teoricamente para os transformadores.

Um transformador de tensão é constituído por uma peça de ferro, denominada de


núcleo do transformador, ao redor do qual são enroladas duas bobinas. Na bobina
primária é aplicada a tensão que se deseja aumentar ou diminuir, e essa tensão é
estabelecida nos terminais da bobina secundária. Ao aplicar essa tensão, surgirá uma
corrente alternada que percorre a bobina primária, essa corrente alternada estabelece
um campo magnético no núcleo de ferro, que sofre com flutuações, criando um fluxo
magnético induzido na bobina secundária.

Este fluxo magnético induzido é variado produzindo corrente elétrica induzida, ao


aumentar o número de espiras, a corrente induzida aumenta, consequentemente, a
tensão aumenta também, obtendo uma relação entre o número de espiras e a
voltagem produzida.

Experimento 4 - Gerador
16. Acesse a aba “Gerador”.

17. Ajuste o número de espiras do gerador para 1 espira e substitua a lâmpada pelo
medidor de voltagem no painel à direita.

18. Ajuste, no painel à direita, a área do gerador para seu valor mínimo (20%)

19. Abra a torneira ao máximo de modo a girar o ímã de barra e observe a


intensidade da voltagem gerada.

20. Aumente o número de espiras do gerador para o máximo (3 espiras) e observe


novamente a voltagem.

Questão 9. É possível estabelecer alguma relação entre o número de espiras e a


voltagem produzida pelo gerador? Compare com o esperado teoricamente.
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Sim, é possível notar que, ao aumentar o número de espiras do gerador, ocorre


também um aumento na variação da voltagem envolvida no mesmo.

Baseado na Lei de Faraday, sabe-se que a diferença de potencial (ddp) de uma


bobina é diretamente proporcional ao número de espiras e à variação temporal do
fluxo magnético sobre essas espiras. Desse modo, o observado no experimento é
condizente com o abordado nas teorias.

21. Aumente a área das espiras do gerador para o valor máximo (100%).

Questão 10. É possível estabelecer alguma relação entre a área das espiras e a
voltagem produzida pelo gerador? Compare com o esperado teoricamente.

Fazendo essa alteração na área da espira foi possível perceber que a voltagem
produzida pelo gerador é diretamente proporcional à área, ou seja, ao aumentar a
área das espiras ocorre, por consequência, um aumento na voltagem produzida pelo
gerador.

De acordo com a lei de Faraday, há notórias evidências de que a corrente elétrica


induzida se torna mais intensa com o aumento da área das espiras e com a velocidade
do movimento. Assim, o que foi observado experimentalmente é condizente com o
esperado pelas teorias abordadas.

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