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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Camila Mell Prado

ELETROMAGNETISMO II
Prática 08

Palmas, 09 de maio de 2022


Camila Mell Prado

ELETROMAGNETISMO II
Prática 08

Relatório referente à disciplina de


Eletromagnetismo II, 5º período, do Curso de
Engenharia Elétrica da Universidade Federal do
Tocantins.

Professor: Washington Luiz Carvalho Lima

Palmas, 09 de maio de 2022


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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4

2 OBJETIVO 5
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MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Materiais 5

3.2 Métodos 5

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 6

5 CONCLUSÃO 8

6 REFERÊNCIAS 9
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1 INTRODUÇÃO
A experiência conhecida como anel de Thompson ou anel saltante foi inventada
pelo físico norte-americano Elihu Thomson no século XIX e mostra a levitação
magnética de um anel de alumínio. Tal experimento baseia-se nas leis do
magnetismo sendo uma singela experiência, mas que envolve vários conceitos
para interpreta-la. Semelhante a montagem de um transformador, a experiência
consiste em uma bobina, conectada a tensão alternada, acoplada
magneticamente a um anel de material condutor não fixo colocado no núcleo de
ferro. A bobina ligada a tensão alternada é o enrolamento primário do
transformador, e o anel, semelhante a uma única espira faz o papel do
enrolamento secundário. Quando fechamos o circuito uma corrente alternada, já
que a tensão é alternada, produz um campo magnético alternado na bobina, ou
seja, hora tem sentido horário, hora sentido contrário. Pelo enunciado da Lei de
Faraday temos que o fluxo magnético produzido por essa corrente no
enrolamento primário induz uma tensão e uma corrente induzida no anel tal que
os fluxos produzidos por essa corrente induzida se opõem ao fluxo principal. A
fem é a força eletromotriz, tensão induzida no outro enrolamento, no caso, no
anel. O sinal negativo (-) dessa Lei enfatiza que a força eletromotriz se opõe a
variação do fluxo. Para que exista essa variação é necessário que exista um
movimento relativo entre a espira e a fonte primária de um campo magnético,
assim o resultado só depende da taxa de variação do fluxo no tempo, para
qualquer que seja a origem da variação: 1) a espira fixa e varia o campo ou 2) a
fonte do campo magnético fixa e a espira variando de posição, que é o caso.
Voltando a experiência de Thompson, temos que o anel localizado no núcleo de
ferro descreve um movimento repetitivo saltitante, em virtude de uma força
magnética, hora atrativa, hora repulsiva, associada ao campo magnético
alternado produzido pela corrente alternada induzida no anel até que ocorra o
equilíbrio: força magnética igual a força gravitacional. Pelo princípio da
conservação de energia temos que a energia na bobina deve ser igual a energia
transferida para o anel.
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2 OBJETIVOS
Analisar e descrever o comportamento de um anel saltante ( anel de Thomsom)

3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Materiais
 Anel condutor fechado;
 Anel condutor aberto;
 Bobina;
 Núcleo de Ferro

Figura 1: Materiais

3.2 Métodos
Inicialmente as análises qualitátivas a respeito do anel saltante ou anel de
Thomson foram realizadas. Após isso o anel condutor fechado foi colocado no
núcleo de ferro. Ao precionar a chave uma tensão alternada foi aplicada na
bobina por alguns segundos e o fenômeno observado foi explicado. Novamente
a chave foi acionada só que dessa vez com a mão impedindo o salto. O
fenômeno visto também foi explicado. Concomitantemente a isso o anel condutor
fechado foi substituído por um aberto e os precedimentos supracitados acima
foram repetidos.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Como resultado dos procedimentos realizados no primeiro caso, no anel com
condutor fechado uma espécie de levitação do anel ( figura 3 ) foi vista. Quando
a chave é acionada, energiza a bobina com uma tensão alternada, e gera uma
variação de fluxo magnético que é orientado no núcleo metálico. A bobina está
ligada a uma fonte de alimentação que, ao ser acionada, faz com que uma
corrente elétrica flua pela bobina. Dessa maneira, um campo magnético com
sentido ascendente é gerado. Como a bobina se encontra abaixo do anel, essa
corrente circulando por ela começa a se espalhar e circular pelo anel, gerando
nele um campo magnético com sentido oposto ao da bobina (como pode ser
observado na figura 2). Ou seja, os dois polos próximos são iguais e se repelem.
Essa repulsão é o que faz o anel saltar para longe da bobina.

Figura 2: 1 Corrente na bobina, 2 Campo magnético com sentido


ascendente e de grandeza, 3 Corrente induzida, 4 Campo magnético
criado pela corrente induzida.

Em seguida com o mesmo anel condutor fechado, ao seguramos o mesmo para


para impedir seu movimento foi notado seu crescente aquecimento, isto pode
ser explicado pela existência das correntes de Foucalt, que são correntes que
dispersam calor quando há indução magnética, ou seja, uma transferência
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mútua de energia no primeiro sistema formado pela bobina, através do campo


magnético.

Figura 3 : Anel condutor fechado Figura 4: Anel condutor aberto

Ao utilizarmos o anel condutor aberto (figura 4) observamos que o efeito de


“levitação” não acontece, pois a corrente elétrica induzida não existe prática.
Entende-se também a limitação de ser necessário um circuito fechado para
haver correntes induzidas através da variação do fluxo magnético. Uma vez que
a corrente é alternada, esta tem forma de onda caracteristicamente senoidal,
temos que quando a corrente está aumentando (ou seja, no semiciclo negativo)
na bobina a taxa de variação do fluxo produzido no tempo por ela também
aumenta, logo a corrente induzida no anel tenderá a enfraquecer esse campo
magnético crescente produzido. Então, para tal, o campo produzido pelo anel
terá sentido oposto ao produzido na bobina, fazendo que polos iguais se
confrontem gerando uma força de repulsão entre eles, resultando no salto
observado na experiência. Ainda no semiciclo positivo da corrente, quando a
corrente vai diminuindo, por consequência, o campo magnético e a taxa de
variação do fluxo magnético no tempo produzido por esse campo também
diminui, portanto a corrente induzida no anel, que deve se opor a essa taxa de
variação que agora está diminuindo, produzirá um campo magnético de mesmo
sentido que o campo magnético produzido na bobina, no intuito de impedir seu
decrescimento, resultando em polos opostos se confrontando, gerando assim
uma força de atração entre o anel e a bobina, levando o anel a base.
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Analogamente ocorre no semiciclo negativo da corrente, contudo a polaridade


da corrente será contrária as ponderações feitas anteriormente. De acordo com
as literaturas a força predominante no sistema é a repulsiva uma vez que haverá
defasagens entre a tensão senoidal na bobina e a tensão induzida no anel que
será menos a derivada da tensão anterior, ou seja, menos uma tensão co-
senoidal. O efeito preponderantemente repulsivo sobre o anel deve-se ao fato
de que a corrente elétrica no anel (i2) está atrasada mais do que ¼ de ciclo em
relação à corrente elétrica na bobina (i1).

Figura 5: Correntes elétricas defasadas na bobina e no anel.

5 CONCLUSÃO
Por meio da prática realizada foi possóvel entender os fenômenos que ocorrem
no anel de thompson, onde um campo magnético variando no tempo gera um
campo elétrico ao seu redor. O campo produzido pelo anel terá sentido oposto
ao produzido na bobina, fazendo que polos iguais se confrontem gerando uma
força de repulsão entre eles, resultando no salto observado na experiência.
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6 REFERÊNCIAS

REITZ,J.R.;MILFORD,F.J.;CHRISTY,R.W. Fundamentos da Teoria


Eletromagnética. Rio de janeiro: Editora Campus, 1ª edição, 1982.

YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A. Física III: Eletromagnetismo. 12. ed.
São Paulo: Pearson, 2009.

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