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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO

DE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DA TERRATECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DE FÍSICA TEÓRICA E EXPERIMENTAL
CURSO QUÍMICA DO PETRÓLEO

INTRODUÇÃO AO ELETROMAGNETISMO:
LEI DE FARADAY.

BRUNO RAFAEL FERNANDES NUNES

NATAL
JUNHO/2018
1. INTRODUÇÃO
A lei da indução eletromagnética de Faraday é uma das fórmulas básicas do
eletromagnetismo, diferentemente da lei de Gauss, ela foi evidenciada por várias
experiências. Sendo esses experimentos evidenciados na Inglaterra em 1831 por
Michael Faraday (1791-1867).

2. DOIS EXPERIMENTOS

Fig. 01 – Um amperímetro revela a existência de uma corrente na espira quando um imã está em movimento.

Conforme mostra a figura, uma espira de um material condutor é ligada a um


amperímetro. Visto que não há fonte de tensão no circuito, logo não tem corrente.
Entretanto, quando se aproxima da espira um imã o amperímetro registra uma
passagem de corrente. A corrente desaparece quando o imã para. Quando se afasta o
imã da espira, a corrente tornar a aparecer, agora no sentido contrário. Diante dessas
evidências chega-se algumas conclusões:
1. A corrente é observada se há um movimento relativo entre a espira e o imã; a
corrente desaparece se o movimento relativo cessa.
2. Quando mais intenso o movimento maior será a corrente.
3. Quando se aproxima da espira o pólo norte do imã a corrente tem sentido horário,
no afastamento do pólo norte a corrente terá sentido anti-horário. Ocorre o inverso
quando se utiliza o pólo sul.

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Fig. 2. Um amperímetro revela a existência de uma
corrente quando no circuito da direita quando a chave é fechada.

Para esse experimento utiliza-se duas espiras condutoras próximas uma da outra
sem se tocarem. Quando a chave é fechada, fazendo com que passe uma corrente na
espira esquerda, com isso, o amperímetro irá registrar uma passagem de corrente,
pelo um breve instante, uma corrente na espira da direita. Quando a chave é aberta, o
equipamento registra uma correte, sentido oposto.
Em ambos os experimentos se observa uma corrente induzida (uma força
eletromotriz induzida).

3. LEI DA INDUÇÃO DE FARADAY


Faraday descobriu que uma força eletromotriz e uma corrente podem ser induzidas
em uma espira, de acordo com os experimentos apresentados, fazendo variar a
quantidade de campo magnético que atravessa a espira. Além disso, o cientista percebeu
que a quantidade de campo magnético pode ser visualizada em relação as linhas de
campo magnético que atravessam a espira. A lei da indução de Faraday pode ser
enunciada da seguinte forma, de acordo com os experimentos:
“Uma força eletromotriz é induzida na espira na qual o amperímetro está ligado
(figs. 1 e 2) quando o número de linhas de campo magnético que atravessam a
espira varia. ”
O número de linhas de campo que atravessam a espira não importa; os valores da força
eletromotriz e da corrente induzida são determinados pela taxa de variação desse
número.

3.1 UM TRATAMENTO QUANTITATIVO

Para aplicar a lei de Faraday precisa-se saber calcular a quantidade de campo


magnético que atravessa uma espira. Definindo campo magnético: vamos supor que
uma espira que envolve uma área A seja submetida a um campo magnético B. Logo, o
fluxo magnético que atravessa a espira é dado por:

ᶲB = ∫ ⃗⃗ . d⃗

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De acordo com a equação acima, a unidade de fluxo magnético é tesla-metro quatro
(T . ), que recebe o nome de weber (Wb).
Usando a definição do fluxo em questão, podemos enunciar a lei de Faraday de uma
forma mais específica:
“O módulo da força eletromotriz ℰ induzida em uma espira condutora, é igual à
taxa de variação com o tempo do fluxo magnético ᶲB que atravessa a espira.”

ℰ =- (lei de Faraday).

3.2 APLICAÇÃO DA LEI (TRANSFORMADOR).

Da maneira mais simples, um transformador é simplesmente um par de bobinas


presas ao mesmo núcleo. O núcleo geralmente é modelado como uma espira quadrada
com bobinas primária e secundária enroladas em lados opostos. A construção de um

transformador permite ao fluxo magnético gerado por uma variação de corrente em uma
bobina induzir uma corrente na bobina vizinha.

Fig. 3: Construção de um transformador típico

Grandes transformadores são um componente chave de um sistema de distribuição


elétrica. Eles são especialmente úteis pois o número de voltas em cada bobina não
precisa ser o mesmo. Visto que a FEM induzida depende do número de voltas,
transformadores permitem que a tensão de uma corrente alternada seja drasticamente

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aumentada ou diminuída. Isto é crucial, já que permite que altas voltagens sejam usadas
para distribuir eficientemente a energia por longas distâncias, com voltagens muito mais
baixas e mais seguras disponíveis para os consumidores.
Para um transformador com nenhuma perda, a tensão alternada gerada através de
uma bobina secundária Vs depende da tensão alternada gerada na bobina primária Vp e
da relação de voltas nas bobinas primária e secundária . Visto que a energia é

conservada, a corrente máxima disponível aumenta quando a tensão é diminuída.

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