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Universidade Estadual de Feira de Santana

Departamento: Departamento de Física (DFIS)

Disciplina: Física III

AMANDA MOURA

DAIANE

JOÃO PEDRO

JOÃO VICTOR

LARISSA GONÇALVES

LAÉRCIO BARBOSA DA CRUZ

Lei de Faraday

Feira de Santana – BA

2023
AMANDA MOURA

DAIANE

JOÃO PEDRO

JOÃO VICTOR

LARISSA GONÇALVES

LAÉRCIO BARBOSA DA CRUZ

Trabalho solicitado pelo Professor


Carlos Eduardo Magalhães Batista,
para obtenção de aprendizado e
complemento da nota da 3ª unidade
na disciplina de Física III do curso
de Engenharia de Alimentos pela
Universidade Estadual de Feira de
Santana - UEFS.

Feira de Santana- BA
2023
1. RESUMO

A Lei de Faraday ou Lei de Indução Eletromagnética, enuncia que


quando houver variação do fluxo magnético por um circuito, surgirá neste circuito
uma força eletromotriz induzida. Então no ano de 1831, Michael Faraday e ao
mesmo tempo, Joseph Henry (nos Estados Unidos), observaram que quando
acontece a aproximação de dois circuitos elétricos (ligados ou desligados)
aparece rapidamente uma corrente elétrico em um dos circuitos. Outra
observação dos cientistas era que o sentido da corrente elétrica era diferente
quando o circuito era ligado ou desligado.
A confirmação de Faraday que era um efeito magnético que aparecia nos
circuitos, foi com a utilização de um imã no circuito montado, descobrindo então
o fenômeno da indução eletromagnética, sendo então proposta uma lei
fundamental do eletromagnetismo. Tal lei foi o ponto de partida para a
construção dos dínamos e sua aplicação na produção de energia elétrica em
larga escala. Uma das aplicações presentes na atualidade é nas usinas de
geração de energia elétrica; a energia mecânica produz a variação do fluxo
magnético. A partir dessa variação, surge uma corrente induzida no gerador.
2. INTRODUÇÃO

A Lei de Faraday ou Lei de Indução Eletromagnética, enuncia que quando


houver variação do fluxo magnético por um circuito, surgirá nele uma força eletromotriz
induzida.

Este fenômeno foi observado utilizando um ímã para produzir o fluxo


magnético. Quando o imã se movimenta em relação a uma bobina (fio condutor na
forma de espiras), gera uma corrente elétrica no circuito ao qual a bobina está ligada.

Na figura 1, é possível observar a bobina à esquerda e o ímã à direita. A seta


indica o movimento relativo entre o ímã e a bobina. Abaixo, um amperímetro indica a
leitura de uma corrente elétrica: a corrente induzida pelo movimento do imã.
A lei da indução eletromagnética de Faraday é uma das equações básicas do
eletromagnetismo. Para algumas leis da Física, é raro encontrar um conjunto de
experiências de fácil realização e que nos levem às suas formulações de uma maneira
tão direta e convincente. Essas experiências foram realizadas na Inglaterra, em 1831,
por Michael Faraday e, mais ou menos na mesma época, nos Estados Unidos, por
Joseph Henry.
Figura 1: movimento relativo entre o ímã e a bobina via amperímetro

Fonte: Google

A figura 2 mostra uma bobina cujos terminais estão ligados a um galvanômetro.


Não seria de esperar nenhuma indicação do aparelho pois não há nenhuma força
eletromotriz no circuito. Se deslocamos uma barra imantada através da bobina, vamos
observar uma coisa realmente extraordinária. Enquanto o ímã estiver se deslocando,
o galvanômetro apresentará uma deflexão, demonstrando, assim, a existência de uma
corrente na bobina.
Figura 2: bobina cujos terminais estão ligados a um galvanômetro

Fonte: Google

Se seguramos o ímã, de modo que ele fique parado em relação à bobina, o


galvanômetro não apresentará deflexão alguma. Se retirarmos o ímã em sentido
contrário, o ponteiro do galvanômetro sofrerá um deslocamento na direção oposta,
indicando que também mudou o sentido da corrente na bobina. O mesmo tipo de
mudança no sentido da corrente será observado se repetimos uma aproximação com
o ímã invertido, isto é, com o polo norte no lugar do polo sul.

Essas experiências demonstram que o mais importante na geração da corrente


é o movimento relativo existente entre o ímã e a bobina. O fato de ser o ímã que está
se movendo na direção da bobina, ou a bobina na direção do ímã, não faz qualquer
diferença. A corrente que se observa é chamada de corrente induzida, e dizemos que
a sua presença é devida à existência de uma força eletromotriz induzida.

Observe que não existem quaisquer baterias no circuito. Faraday conseguiu


obter, de experiências como estas, a lei que dá a intensidade e o sentido dessa fem,
cuja importância na prática é muito grande.
3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 LEI DA INDUÇÃO DE FARADAY:

A descoberta de Faraday foi que existe uma força eletromotriz e uma


corrente elétrica que podem ser induzidas em uma determinada espira, desde que
varie a quantidade de campo magnética que atravessa a espira. Essa quantidade
citada anteriormente, conforme o cientista, pode ser visualizada sob forma de
linhas de campo magnético que atravessam a espira. Portanto, a lei da indução de
Faraday pode ser expressa como: Uma força eletromotriz é induzida em uma
espira fechada via taxa de variação do fluxo magnético, tendo o sinal negativo,
através da área delimitada pela espira (Young&Freedman, 2009).
Em termos matemáticos, a lei da indução de Faraday é dada assim:

Uma observação válida a ser dita é que a quantidade de linhas que um


campo magnético atravessam uma espira não importará, pois os valores da força
eletromotriz e da corrente induzida serão determinadas pela taxa de variação da
quantidade de linhas do campo magnético em questão (Halliday, 2016).

3.2 FLUXO MAGNÉTICO ATRAVÉS DA ÁREA:

Neste caso, as linhas do campo magnético vão se espalhar a partir do polo


norte do imã. Desta maneira, ao aproximar o polo norte da espira, o número de
linhas do campo magnético que atravessam a espira aumentará. Esse aumento
fará por sua vez que os elétrons de condução consigam se mover, produzindo
então uma corrente induzida, fornecendo então uma energia mínima necessária
para que aconteça o movimento em questão, em outras palavras, terá a presença
de uma força eletromotriz induzida. Quando o imã para de se mover, o número de
linhas do campo que atravessam a espira deixa de ter variação, então a corrente
e força eletromotriz induzida irão desaparecer.

Figura 3: Fluxo magnético através da área

Fonte: Halliday

3.3 CAMPO MAGNÉTICO UNIFORME:

O campo magnético será uniforme quando a corrente elétrica for zero, ou seja,
não terá linhas de campo magnético. A corrente será zero quando tiver uma chave e
ela estiver aberta. Se a chave for fechada, passa a ter corrente elétrica na bobina. A
corrente então produzirá um campo magnético nas vizinhanças da espira em todos os
sentidos, tanto o do lado direito quanto o esquerdo.
Como a corrente elétrica está aumentando, o campo magnético também
aumentará e o número de linhas que atravessam a espira do lado esquerdo também
aumentará. É esse aumento do número de linhas que induz a presença de uma
corrente elétrica e da força eletromotriz do lado esquerdo da espira.
Quando a corrente elétrica presente no lado direito da espira atinge o seu valor
final, que é constante, o número de linhas do campo magnético que atravessam a
espira do lado esquerdo deixa de ter variação e assim a corrente e força eletromotriz
induzida desaparecem.
Figura 4: Campo magnético uniforme

Fonte: Halliday

3.4 FORMAS DE MUDAR O FLUXO MAGNÉTICO QUE ATRAVESSAM UMA


BOBINA:

Conforme Halliday propõe, existem três maneiras de mudar o fluxo magnético


que atravessam uma bobina:
1. Mudando o módulo de B do campo magnético;
2. Mudando a área total da bobina ou a parte da área que será atravessada
pelo campo magnético, desta maneira aumentará ou diminuirá o
tamanho da bobina;
3. Mudando o ângulo entre a direção do campo magnético e o plano da
bobina.
4. OBJETIVO

O objetivo desta prática é investigar e demonstrar experimentalmente a Lei de


Faraday da Indução Eletromagnética. A Lei de Faraday estabelece uma relação entre
a variação do fluxo magnético através de uma bobina e a corrente induzida nela. Ao
realizar este experimento, buscamos:

• Compreensão da Lei de Faraday: Entender os princípios fundamentais


da Lei de Faraday e como a variação do fluxo magnético induz uma
corrente elétrica em uma bobina;
• Validação Experimental: Validar experimentalmente a Lei de Faraday
através da medição precisa do fluxo magnético e da corrente induzida
em uma bobina;
• Análise Quantitativa: Realizar medidas quantitativas do fluxo magnético
e da corrente induzida em diferentes condições experimentais; Analisar
como a magnitude e a taxa de variação do fluxo magnético afetam a
corrente induzida;
• Determinação de Constantes: Determinar constantes relevantes, como
o número de espiras da bobina, para relacionar as grandezas medidas
de acordo com a Lei de Faraday;
• Exploração de Parâmetros: Investigar como a orientação da bobina em
relação ao campo magnético e a velocidade relativa entre a bobina e a
fonte magnética influenciam os resultados;
• Discussão Teórica e Experimental: Comparar os resultados
experimentais com as previsões teóricas baseadas na Lei de Faraday;
identificar discrepâncias, fontes de erro e possíveis melhorias
experimentais;
• Aplicações Práticas: Discutir as aplicações práticas da Lei de Faraday
em tecnologias do cotidiano, como geradores elétricos e
transformadores;
• Relacionamento com Outros Conceitos: Compreender como a Lei de
Faraday se relaciona com outros princípios da eletricidade e do
eletromagnetismo.
5. MATERIAIS E MÉTODOS
5.1.MATERIAIS

• Galvanômetro;
• Bobinas;
• Fonte de tensão;
• Décadas de resistors.
• Placa de ligação;
• Chaves liga-desliga ;
• Fios.

5.2 MÉTODOS

Arme o circuito. Mantenha as duas bobinas o mais próximo possível. Ligue


a chave. Observe o que acontece. Espere o galvanômetro zerar. Gire, em torno do
eixo do suporte, uma das bobinas de aproximadamente 90 graus em relação a outra.
Espere o galvanômetro zerar.
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Conforme descrito pela metodologia, o circuito montado está conforme a figura


5.

Figura 5: Circuito montado

Fonte: Autores

O experimento foi dado via observações sobre como a corrente elétrica variava
no amperímetro tendo a fonte ligada ou não. Primeiramente, movimentou-se
rapidamente os ímãs sem ter a fonte ligada na tomada, atravessando os ímãs pelo
centro da bobina, e observou-se uma variação no amperímetro de -0,25mA. Trocou-
se os imãs pelos Bender 300, e verificou-se a variação de -0,125mA no amperímetro.

Com a bateria ligada na tomada, novamente movimentando-se rapidamente os


ímãs pelo centro da bobina, atravessando a mesmo, foi constatado uma variação de
-0,5mA no amperímetro, tendo baixa velocidade ocorreu a redução da variação da
corrente, sendo o valor de -0,125mA. Fazendo o mesmo procedimento com os
Benders, tendo velocidade ao atravessar a bobina, a variação no amperímetro foi de
-0,2125mA e com baixa velocidade foi de apenas -0,070mA.
7. CONCLUSÃO

Em conclusão, os resultados deste experimento destacam claramente a


influência significativa da Lei de Faraday nas induções eletromagnéticas. Observamos
que a variação do experimento foi notavelmente maior quando os imãs foram
envolvidos, sugerindo que a presença desses elementos magnéticos intensificou a
eficácia do processo de indução.

Surpreendentemente, constatou-se que a variação sem a ligação à fonte de


energia foi maior do que quando a fonte estava conectada sem ter velocidade ao
movimentar os ímãs e blenders. Isso pode indicar fenômenos adicionais ou
complexidades na interação entre os campos magnéticos e os condutores, os quais
merecem investigação mais aprofundada.

Esses resultados não apenas corroboram a validade da Lei de Faraday, mas


também destacam a importância de considerar fatores externos, como a presença de
campos magnéticos, ao projetar e conduzir experimentos relacionados à indução
eletromagnética. Esta descoberta pode ter implicações práticas em diversas
aplicações, desde o desenvolvimento de tecnologias de geração de energia até a
otimização de sistemas de transmissão elétrica. A compreensão aprimorada desses
fenômenos contribui para avanços significativos na área da física e abre novas
possibilidades para inovações tecnológicas no futuro.
8. REFERÊNCIAS

HALLIDAY, David; RESNICK, Roberto; KRANE, Kenneth S. Física 3. 10ª


Edição. LTC, 2016;

YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A. Física III: eletromagnetismo. São Paulo:
Person Education do Brasil, 2009.

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